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BH - SETEMBRO - 2009 ANO 15 - NÚMERO 142 P u b l i c a ç ã o d a S e c r e t a r i a d o T r i b u n a l d e J u s t i ç a d o E s t a d o d e M i n a s G e r a i s Alienação parental: fogo cruzado atinge filhos Após a separação, é bem comum os filhos se sentirem desorientados no meio das agressões verbais e difamação dirigidas a um dos pais (geralmente o que não deteve a guarda) pelo outro progenitor. Ofensas e empecilhos à convivência acabam distancian- do pais e filhos, causando-lhes sofrimento e dor. A essa interferência negativa na imagem de um dos pais dá-se o nome de alienação parental. O problema tem aumenta- do e o Judiciário está se preparando para enfrentá-lo. Nesta edição, juízes e outros especialistas da Vara de Família debatem o tema. Páginas 6 e 7

Alienação parental: fogo cruzado atinge filhosmuseudojudiciariomineiro.com.br/wp-content/uploads/2017/06/8-TJIN... · fogo cruzado atinge filhos Após a separação, é bem comum

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BH - SETEMBRO - 2009ANO 15 - NÚMERO 142

Publicação da Secretaria do Tribunalde Justiça do Estado de Minas Gerais

Alienação parental:

fogo cruzado atinge filhos

Após a separação, é bem comum os filhos se sentirem desorientados no meio dasagressões verbais e difamação dirigidas a um dos pais (geralmente o que não deteve aguarda) pelo outro progenitor. Ofensas e empecilhos à convivência acabam distancian-do pais e filhos, causando-lhes sofrimento e dor. A essa interferência negativa naimagem de um dos pais dá-se o nome de alienação parental. O problema tem aumenta-do e o Judiciário está se preparando para enfrentá-lo. Nesta edição, juízes e outrosespecialistas da Vara de Família debatem o tema.

Páginas 6 e 7

pessoas passaram a recorrer à Justiçapara fazer valer seus direitos. Infelizmen-te, em um quadro de desigualdade eco-nômica e social, são muitas as necessi-dades. Se o atendimento não é feito naesfera administrativa, as pessoas não he-sitam em buscar o Judiciário.

Não há dúvida de que se trata deuma questão positiva: a procura pelaJustiça demonstra confiança nela. Masas consequências são complicadas. So-mente no Estado de Minas Gerais, em1994, a média mensal de processos dis-tribuídos para cada juiz de direito era de62; no ano passado, essa quantia subiupara 211. Em todo o Brasil, o Judiciáriose encontra sobrecarregado.

Diante de tantas reivindicações eda complexidade da vida moderna, maisque nunca, é preciso, realmente, pensarem outros caminhos que não seja a viajudicial para se resolverem as questões.Caso contrário, o orçamento do Judiciárionão conseguirá atender à demanda, cri-ando uma situação insustentável. É im-portante que se chegue a um número e-quilibrado de processos por juiz, ameni-zando as condições de trabalho dos ma-gistrados e servidores.

02

E X P E D I E N T E

Participe

Interessados em divulgar notíciasnas próximas edições do TJMG

Informativo devem encaminhar omaterial à Ascom pelo e-mail

[email protected].

Tribunal de Justiça do Estado de MGPresidente: Sérgio Antônio deResende;1º Vice-Presidente: Cláudio Costa; 2º Vice-Presidente: Reynaldo XimenesCarneiro;3º Vice-Presidente: Jarbas Ladeira; Corregedor-Geral: Célio César Paduani;Superintendentes de Comunicação:Alexandre Victor de Carvalho, AntônioArmando dos Anjos; SecretárioEspecial da Presidência: Luiz CarlosElói; Secretária do Presidente: SidneiaSimões; Assessor de ComunicaçãoInstitucional: Ronaldo Ribeiro; Gerentede Imprensa: Wilson Menezes;Editoras e Jornalistas Responsáveis:Ione Bernadete Dias - RG n° 1929/MGe Patrícia Melillo - RG n° MG04592/JP; Revisão: Patrícia Melillo eManuela Ribeiro;Design Gráfico: Narla Prudêncio;Ilustrações: Daniel Fantine;Fotolito e Impressão: CGB ArtesGráficas Ltda; Ascom TJMG: Rua Goiás, 253 - 1ºandar - Centro - Belo Horizonte - MG CEP 30190-030Tel.: 31 3237-6551 Fax: 31 3226-2715E-mail: [email protected]

Ascom TJMG/Unidade Raja Gabaglia:31 3344-8039Ascom Fórum BH: 31 3330-2123Tiragem: 3 mil exemplares

Como desarmar a

montanha de processos?

E D I T O R I A L

Estratégica para o Judiciário Brasileiro.São dez Metas Nacionais, com o objetivode nivelar o funcionamento dos tribunais.

A conciliação é outra tecla que temsido reforçada, constantemente, peloConselho Nacional de Justiça. Promoveracordos em processos novos e mesmonos antigos é a saída para a solução maisrápida das ações, com a vantagem de serresultado do consenso entre as partes.Assim, foi instituída a Semana da Conci-

liação no período de 14 a 18 de setem-bro, para os processos da Meta 2. Todosos magistrados e servidores deverãoconcentrar esforços para a conclusãodesses casos.

Foi encaminhada pelo próprio CNJuma listagem de processos passíveis deconciliação em que figuram como partesas empresas de telefonia. As ações fo-ram elencadas pelas próprias empresas,em atendimento à solicitação do Conse-lho, cujos líderes têm-se mostrado dis-postos a fazer gestões políticas, visandoatingir melhores índices de conciliação e,portanto, agilização dos processos.

É muito comum ouvir elogios àConstituição de 1988, que revigorou o es-pírito de cidadania. Mais conscientes, as

A criação de alternativas para "de-sarmamento da montanha de proces-sos", de modo a evitar a descrença noJudiciário e formas distorcidas para so-lucionar conflitos - essa ideia tem sidodefendida pelo presidente do SupremoTribunal Federal e do Conselho Nacionalde Justiça (CNJ), ministro Gilmar Men-des. Entre as saídas apontadas pelo pre-sidente do CNJ estão as relações padro-nizadas com o Estado, evitando que o ci-dadão tenha que acionar sempre o Judi-ciário, bem como a ampliação do pro-cesso eletrônico, além de muita "criativi-dade".

Com foco na melhoria do atendi-mento à sociedade, o CNJ decidiu prio-rizar o julgamento dos processos maisantigos, amenizando o sofrimento depessoas que aguardam, há muitos anos,uma decisão final. Criou-se, assim, aMeta de Nivelamento 2. Ela determinaque sejam identificados e julgados, ain-da neste ano, todos os processos judi-ciais distribuídos (em 1º, 2º graus ou tri-bunais superiores) até 31 de dezembrode 2005. Essa meta está prevista na Re-solução 70, editada em março de 2009,que dispõe sobre Planejamento e Gestão

No dia 20 de agosto, o presidente do TJ, desembargador Sérgio Resende,presidiu solenidade de lançamento das obras de ampliação e reforma doFórum Magalhães Drumond, em Sacramento, ao lado da juíza diretora doForo da comarca, Cíntia Fonseca Nunes Junqueira de Moraes. Foi inaugu-rada também a galeria de retratos dos 21 juízes de direito que atuaramna comarca. Na oportunidade, Sérgio Resende foi homenageado por seusconterrâneos. Também recebeu homenagem o vice-governador do Esta-do, Antônio Augusto Junho Anastasia.

Presidente lançaobra em Sacramento

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ende

s

S E T E M B R O / 2 0 0 9

03S E T E M B R O / 2 0 0 9

processual esteja desatualizada no sistema.Assim, a identificação física e a triagem per-mitirão também atualizar o sistema, diminu-indo os registros de processos paralisados eações que já podem ser baixadas, reduzindoo acervo.

Marco Aurélio Ferenzini explicou que aidentificação física das ações incluídas nosprocedimentos da Meta 2 também vai permi-tir conhecer que processos estão paralisa-dos, mas sem que o Judiciário tenha culpa.

"Há casos em que o pro-cesso está parado por-que depende de atos daprópria parte. Também hásituações em que a pos-sibilidade de atuação doJudiciário se esgota",lembra o juiz.

Para Ferenzini, "es-sa primeira fase está sen-do a de identificar os pro-

cessos e de promover as movimentaçõesnecessárias". Todas as dúvidas estão sendotiradas por e-mail e todas as comunicaçõestambém estão sendo feitas por meio digital."Nosso objetivo é evitar o envio de ofícios,agilizando ao máximo o trabalho", explicou odiretor do Foro de Belo Horizonte.

A recomendação de Marco Aurélio Fe-renzini é que todos os magistrados e servi-dores fiquem atentos aos dados que estãosendo divulgados no Portal do TJMG, nobanner da Meta 2.

De 14 a 18 de setembro, servidores emagistrados de Minas Gerais estarão mo-bilizados para a Semana da Conciliação or-ganizada especialmente para o cumpri-mento da Meta 2 do Conselho Nacional deJustiça (CNJ). A chamada Meta 2 é um dos10 objetivos traçados pelo CNJ para o nive-lamento dos tribunais brasileiros.

Pela determinação do Conselho Nacio-nal, os tribunais têm até o fim de dezem-bro deste ano para identificar e julgar to-dos os processos distribuídos até 31 dedezembro de 2005. Desde que a meta foiestabelecida, em fevereiro de 2009, o Tri-bunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG)promoveu diversas reuniões e se organi-zou para obedecer o prazo.

"Minas Gerais vai cumprir o que foi es-tabelecido. Segundo dados consolidadospelo CNJ, para zerar todo o acervo de pro-cessos antigos, no prazo de cinco anos,será necessário que os magistrados au-mentem a produtividade em 5%. Em rela-ção aos casos novos, o TJMG apresentanúmeros excelentes", explica o juiz auxiliarda Corregedoria-Geral de Justiça e diretordo Foro da capital, Marco Aurélio Ferenzini,também um dos gestores da Meta 2 no Es-tado. Na listagem de processos antigosque compõem o acervo do TJ, estão incluí-dos os casos que se enquadram na Meta 2e também as ações distribuídas antes de31 de dezembro de 2006. Zerar o acervo éuma meta constante do Planejamento Es-

tratégico do TJMG.

O presidente da comissão formadapara organizar a Semana da Conciliação,desembargador Antônio Armando dos An-jos, explicou que as comarcas estão fazen-do a triagem dos processos da Meta 2 quepodem ser alvo de conciliação. "Nem todosos processos se enquadram nessa possibi-lidade. De qualquer forma,esse levantamento está sen-do feito", adiantou o magis-trado. Marco Aurélio Feren-zini acredita que a partir des-te mês será possível ter umaideia do cenário que envolveo cumprimento da Meta 2em Minas Gerais. Isso por-que o TJMG encaminha nes-te mês os primeiros núme-ros referentes ao trabalho de julgamentodos processos da Meta 2. "Só depois queas comarcas identificarem e separarem osprocessos é que teremos noção dosnúmeros reais do que precisa ser julgado",explica o juiz.

Sabe-se que, entre os processos en-quadrados na Meta 2, existe a possibilida-de de que haja ações cuja movimentação

Cenário

Identificação

Francis Rose

Processos da Meta 2: alvo de conciliação

I N S T I T U C I O N A L

Rossana Souza

Durante o encontro em Poçosde Caldas, o juiz Marco AurélioFerenzini falou aos servidoressobre as ações do TJMG paracumprir determinações do CNJ

Há casos em queo processo estáparado porquedepende de atos

da própria parte." ‘

C O M U N I C A Ç Ã O

04 S E T E M B R O / 2 0 0 9

Pesquisa avalia

comunicação no TJ

O TJMG Informativo é a publicação maisconhecida. A intranet é o meio preferido decomunicação interna, seguido pelo e-mail.As pessoas que trabalham no TJ se conside-ram melhor informadas sobre os assuntosde sua unidade. Esses são al-guns dos resultados apresen-tados na Pesquisa de Opiniãoe Avaliação da Comunicação,realizada em junho deste ano,pela Assessoria de Comunica-ção Institucional (Ascom), comapoio da Diretoria Executivade Informática (Dirfor).

Por meio de formulário eletrônico, apesquisa colheu a opinião de 153 participan-tes da Segunda Entrância, 142 da EntrânciaEspecial, 130 da Segunda Instância e 93 daPrimeira Entrância, sendo que 70% deles tra-balham na área judiciária. Das 521 respostasda pesquisa, 90% foram de servidores, 6%de magistrados, 3% de trabalhadores tercei-rizados e 1% de estagiários.

A pesquisa avaliou o grau de informa-ção interna, os meios, programas e produtosde comunicação, com a finalidade de subsi-diar o planejamento de novas ações e identi-ficar pontos passíveis de melhoria. Segundoo assessor de Comunicação Institucional,

Ronaldo Ribeiro, as avaliações favoráveis sãoum bom indicativo do trabalho realizado até a-gora pela área de Comunicação no TJ. E com-pleta: "Temos ainda muitos desafios a enfren-tar, e as opiniões e sugestões apresentadas

na pesquisa vão auxiliarna definição dos pontosprioritários em que preci-samos atuar."

Fatores como moti-vação, integração e rela-cionamento também fo-ram abordados na pes-quisa. Conforme os da-

dos, os entrevistados se consideram motiva-dos para o trabalho, integrados à equipe ebem relacionados com a chefia e com os co-legas de outros setores. Já as opções "partici-pativo nas decisões de sua unidade" e "incen-tivado a apresentar sugestões de melhoria" ti-veram menores índices de resposta.

Para a secretária da Presidência e tam-bém supervisora da área de Imprensa do TJ,Sidneia Simões, a comunicação tem um papelimportante na integração, propiciando meiospara que todos tenham informação sobre oque acontece no TJ e para que possam serouvidos em suas dúvidas e sugestões.

Os dados da pesquisa demonstram que

Nanci Andrade

Os resultados TJMG

Informativo é a publicaçãomais conhecida

O

a comunicação interna do TJMG vem melho-rando. Em sondagem realizada em 2007, oprincipal motivo de acesso era para consul-tar o contracheque e o registro de frequên-cia. Hoje, acompanhar o que acontece nainstituição passou a ser o principal motivode acesso.

As notícias publicadas no Portal TJMG

representam o segundo meio de acesso àsinformações, mencionado por 78,5% dosparticipantes. Já o Boletim Gerencial é fontede informação para 45% dos entrevistados.A conversa com os colegas é apontada co-mo a terceira fonte de informação. Já quan-do se trata dos meios preferidos para obterinformações, "a chefia imediata" e "a dire-ção/direção do Foro" são os escolhidos, ten-do sido mais votados que "os colegas".

A pesquisa também avaliou os canais:Fale com o Presidente, Fale Conosco e Fale

com DJe. O canal mais conhecido, mais uti-lizado e com maior índice de satisfação dosusuários foi o Fale Conosco.

Esses e outros resultados podem serconsultados na intranet, no banner "PesquisaInterna."

O gráfico representa um dos resultados da pesquisa com o público interno

05S E T E M B R O / 2 0 0 9

G U I A D O S E R V I D O R

Convênio facilita

compra de imóvelFrancis Rose

O TJMG firmou dois impor-tantes convênios na área imobi-liária neste ano. Desde abril, ma-gistrados e servidores têm condi-ções especiais para contratar umfinanciamento para a compra deimóveis junto ao Banco do Brasile Caixa Econômica Federal. Nãoé necessário que o servidor rece-ba o seu salário emnenhum dos doisbancos. Além dejuros menores, osbancos também o-ferecem descontoem algumas taxas.Os convênios sãoválidos em todo oEstado, e o interes-sado não pode tero nome incluído nos serviços deproteção ao crédito.

Na Caixa, o convênio é váli-do para a aquisição de imóveisresidenciais, com financiamentode até 90% do valor. Para aque-les que custam até R$ 500 mil,que se enquadram no Sistema Fi-nanceiro de Habitação (SFH), ataxa de juros efetiva é de 8,4%ao ano, mais a Taxa Referencial(TR). Para imóveis acima de R$

500 mil, fora do SFH, a taxa é de11% ao ano, mais a TR. Para umusuário comum, a taxa de jurosvaria entre 8,9% e 11,5% ao ano,mais a TR.

Júnia Maria de Souza, ge-rente de relacionamento da Caixa- agência Inconfidência, em BeloHorizonte, explica que o descon-

to da prestaçãonão é feito nafolha de paga-mento. "O fi-n a n c i a m e n t opode ser pagoem até 360 me-ses e o servi-dor só podecomprometer,mensalmente,

25% da renda bruta familiar como valor da prestação", detalha.

A gerente da Caixa explicaque para ter acesso às condiçõesdiferenciadas para o TJMG é ne-cessário procurar qualquer agên-cia da Caixa, pois a simulaçãonão está disponível no site. Aparceria com o Tribunal tambémgarante vantagens na aquisiçãode um consórcio imobiliário resi-dencial ou automotivo. "No caso

do consórcio, o cliente do TJMGtem desconto de 100% na taxade administração antecipada",explica Júnia.

Para usufruir das condiçõesdo Banco do Brasil é necessárioser cliente do banco, já que asparcelas do financiamento sãodebitadas em conta. Gislene Ma-ria Viveiros, gerente de relaciona-mento do TJMG no Banco doBrasil, explica que há três moda-lidades de financiamento, e oconvênio garante a menor taxapraticada pelo banco, indepen-dente do valor do imóvel. PeloSFH, o servidor pode adquiririmóvel residencial novo ou usa-do, em alvenaria, na área urbana,que custe até R$ 500 mil. Os ju-ros para o pagamento de parce-las decrescentes, a chamadaamortização constante, são de8,4% ao ano, mais a TR.

Pelo Sistema de Financia-mento Imobiliário (SFI) ou pelaCarteira Hipotecária (CH), o imó-vel pode custar até R$ 5 milhões,com limite de financiamento de

R$ 1,5 milhão. O SFI, no entanto,só permite a aquisição de imóvelresidencial. Os juros pelo Siste-ma de Amortização Constante(SAC) são de 14,98% ao ano,mais a TR, e de 11% ao ano,mais a TR, respectivamente, emcada uma das duas modalidades.

Gislene explica que, peloconvênio, o servidor ou magistra-do é isento do pagamento da ta-rifa de avaliação jurídica, de cer-ca de R$ 400. Segundo ela, o cli-ente tem até 360 meses para pa-gar os recursos, que podem co-brir até 80% do valor do imóvel.O banco também financia o Im-posto sobre Transmissão de Be-ns Imóveis (ITBI) e o registro car-torário. "Outras possibilidadesoferecidas são a carência de 180dias para pagamento da primeiraparcela e a opção de apenas 11prestações ao ano", lembra Gisle-ne. No site do Banco do Brasil épossível fazer a simulação do fi-nanciamento com as condiçõesdiferenciadas oferecidas ao TJ.

Outras informações pelos te-lefones (31) 3270-2150 (Caixa) e0800-7290001 (Banco do Brasil)ou na intranet do Tribunal.

Juros

Além de jurosmenores, osbancos tam-

bém oferecem descontoem algumas taxas”‘

D I R E I T O D E F A M Í L I A

Uma separação, muitas ve-zes, gera efeitos negativos paraos filhos, que precisam se acos-tumar com uma nova rotina e re-duzir o tempo que passam comum dos pais. Diversas famíliasconseguem superar esse mo-mento e criar novos arranjos quecombinam pais, filhos, madras-tas e padrastos, novos irmãos eagregados, em núcleos unidospela convivência e pelo amor.

Em outros casos, a separa-ção é só o primeiro passo de umafastamento cada vez maior en-tre os filhos e o genitor que nãodetém a guarda. Esse distancia-mento é alimentado pelo outrogenitor. A essa interferência narelação da criança com o pai oumãe foi dado o nome de aliena-ção parental, termo cunhado nadécada de 80 pelo psicanalistaamericano Richard A. Gardner.

A alienação parental consis-te na interferência sistemáticade um dos pais sobre a imagemque os filhos têm do outro, bus-cando difamá-lo ou distanciá-lodo convívio familiar. "É a busca,por parte de um genitor, em ge-ral o guardião, de um aliado con-tra o outro", explica o juiz da 3ªVara de Família de Belo Horizon-te, Reinaldo Portanova.

Para a promotora Raquel Pa-checo Ribeiro de Souza, a aliena-ção parental sempre existiu,mas tem aparecido nas causasde família de forma recorrentenos últimos cinco anos. Ela acre-dita que o aumento no númerode casos se deve à aceitação so-cial e legal do divórcio e à guar-da compartilhada, que reforça a

Na mira da lei

Rachel Barreto

Alienação parental

evita

corresponsabilidade dos pais."As alterações na sociedade le-varam a um questionamentomaior da forma de exercer a pa-ternalidade e exigem uma pos-tura muito mais ativa dos pais,que antes eram quase esque-cidos, reduzidos a pagadores depensão ou visitantes de final desemana. Não é o que os filhosprecisam nem o que os pais hojequerem", afirma.

Junto ao crescimento doproblema, aumenta também abusca por soluções. "A alienaçãoé um fato, um problema que es-tá surgindo, e o Judiciário estáse preparando para enfrentá-lo.Como é uma situação nova, nãopodemos usar os mesmos ins-trumentos dos séculos passa-dos. Precisamos de ferramentasmodernas, que realmente aten-dam ao objetivo da Constituiçãode dar proteção integral à crian-ça", explica Portanova.

Um impulso nesse sentidovem do Projeto de Lei 4.053/08,de autoria do deputado RégisOliveira (PSC-SP). O projeto de-fine a alienação parental, exem-plifica algumas de suas formas(como realizar campanha de des-qualificação do genitor, dificultaro contato com a criança, omitirinformações e apresentar falsasdenúncias) e estabelece pos-síveis penas, que vão desde aadvertência ao alienador até aperda do poder familiar, passan-do por multa, intervenção psi-

cológica monitorada e alteraçãoda guarda.

De acordo com a proposta,os processos terão tramitaçãoprioritária e as medidas provisó-rias necessárias serão determi-nadas com urgência pelo juiz, vi-sando preservar a integridadepsicológica das crianças atravésde uma intervenção judicial clarae ágil. O projeto já foi aprovadopela Comissão de SeguridadeSocial e Família da Câmara dosDeputados e aguarda parecer daComissão de Constituição e Jus-tiça e de Cidadania.

"Toda lei no sentido de pro-teger as crianças, de tentar solu-cionar os problemas familiares,

é bem-vinda, porque suscita de-bate, controvérsia e até a pró-pria superação do problema",afirma Portanova. Porém, o ma-gistrado acredita que, apesarde funcionar como uma refe-rência, a lei por si só não resol-ve a questão, pois depende dainterpretação e aplicação pelosoperadores do Direito, capazesde possibilitar sua efetividade.

Lidar com casos de aliena-ção parental já em estado avan-çado é importante para tentar

Prevenir ao invésde remediar

06 S E T E M B R O / 2 0 0 9

l: fundamental é

ar que se instale

reverter o processo e minimizaros danos. Mas todos os profis-sionais que lidam com o proble-ma são unânimes ao afirmar quenão basta sanar situações já des-gastadas, o fundamental é evitarque a alienação se instale.

"O pior são as crianças alie-nadas, odiando pai, mãe... Quan-do a gente as atende, a síndromejá está instaurada", afirma a as-sistente social judiciária Maria Fi-lomena Jardim da Silva. Para ela,a forma mais correta de trabalhoé a prevenção. O juiz, por exem-plo, pode advertir tanto a parteque tem a guarda, sobre os cui-dados para exercê-la, quanto aque não tem, para o caso de se

Em busca desoluções

sentir lesada. Aos assistentes so-ciais e psicólogos cabe identifi-car o grau de desejo de vingançados pais, avisando o juiz da pos-sibilidade de uma futura aliena-ção parental.

Os profissionais devem tam-bém esclarecer os pais, mostran-do que a vingança só vai prejudi-car a criança. "Muitas vezes, o ali-enador não tem consciência domal que está causando", acreditaa promotora Raquel. "O Judiciáriotem que intervir antes que a alie-nação parental se torne crônica,porque muitos danos são irrever-síveis. Quando a alienação é le-ve, facilmente ela é revertida. Àsvezes, só uma advertência do ju-

07S E T E M B R O / 2 0 0 9

iz já resolve, já faz mudar de ati-tude", completa.

A psicóloga judicial CleideRocha de Andrade destaca as du-as modalidades de enfrentamen-to da situação que consideramais efetivas. Uma delas é oacompanhamento das visitas porpsicólogos, que podem interme-diar a reaproximação do filhocom o genitor alienado e identifi-car possíveis problemas, buscan-do reverter casos de alienação.

Outra ferramenta importan-te é a mediação de conflitos, quetrabalha a relação entre os geni-tores, para que consigam dife-renciar a relação conjugal quechegou ao fim das relações de

paternidade e maternidade, quedevem ser preservadas.

Através da mediação, Cleideacredita que é possível restabe-lecer laços baseados em confian-ça e respeito, destacando a res-ponsabilidade dos pais pelobem-estar dos filhos e criandoum ambiente familiar afetivo, noqual a criança possa transitar li-vremente. "Precisamos buscarnovas abordagens, novas formasde enfrentamento. A punição é oúltimo recurso, ainda que às ve-zes necessário", defende.

O advogado Nacib RachidSilva destaca também a impor-tância da ética dos advogados,que devem atuar como os pri-meiros juízes das causas, avali-ando se vale a pena levá-las adi-ante. Ele afirma que, em algunscasos, equivocadamente, os ad-vogados acabam atuando comocoalienadores, incentivando o li-tígio ao invés da conciliação. Oideal, para ele, seria que os advo-gados fossem agentes da pacifi-cação social, buscando, atravésde um trabalho interdisciplinar, asolução dos problemas e defen-dendo integralmente os direitosdos clientes.

A superação da alienaçãoparental é um objetivo a ser per-seguido por todos os profissio-nais e familiares envolvidos. "Oque está em jogo é o interesse eo futuro de uma criança. Se real-mente está ocorrendo o proble-ma, vamos enfrentá-lo. Identifi-car a situação é só o primeiropasso", conclui o juiz Portanova.

O Judiciáriotem queintervirantes que aalienaçãoparental se

torne crônica,porque muitosdanos sãoirreversíveis"‘

08 S E T E M B R O / 2 0 0 9

Banco de Acórdãos Indexados cresce a cada dia

Vanderleia Rosa

Renata Mendes

(número, relator, comarca etc.),além do detalhamento e com-plementação das informações

do acórdão, atravésde vocábulos jurídi-cos e não jurídicos- tudo para facilitara recuperação e alocalização dos te-mas pesquisados.Todas essas infor-mações estão dis-

poníveis no espelho do acórdão,que representa um resumo comas informações relevantes do a-córdão pesquisado.

Para possibilitar uma con-sulta rápida e simplificada, o Banco de Acórdãos Indexadospermite a busca por associaçãodos termos pesquisados. Essaferramenta possibilita o acessoaos acórdãos que contêm ter-mos variantes (genérico/especí-fico, sinônimo, relacionado, e-quivalente e outros). Por exem-plo, o usuário que estiver pes-quisando determinado acórdãocom o tema "regime de bens"pode realizar a busca com ostermos regime matrimonial, co-munhão de bens, separação de

bens, dentre outros. Outro exem-plo: se a pesquisa for sobre "cri-me de bagatela", e forem usadasoutras expressões como "delitode bagatela" e "princípio da insig-nificância", o resultado será satis-fatório.

A média mensal de acórdãosindexados pela Coind é de 700.Conforme explicou a coordenado-ra do setor, Cláudia Silva, são se-lecionados acórdãos das 23 câ-maras do TJ. Segundo ela, a sele-ção leva em conta o interesse ju-rídico do acórdão e a inovação dopensamento jurídico do Tribunal,dentre outros critérios.

Após essa fase, são retiradasas referências legislativas e juris-prudenciais e alguma informaçãopeculiar do acórdão, que é inseri-da no campo "nota", de forma achamar a atenção do usuário. Es-ses dados são cadastrados noSistema Informatizado da 2ª Ins-tância (Siap), formando-se o espe-lho do acórdão. A nomenclaturautilizada pelo Banco de AcórdãosIndexados obedece aos termos

que compõem o Tesauro (Catálo-go de Jurisprudência), que já seencontra devidamente atualizadode acordo com as Tabelas Unifi-cadas do Conselho Nacional deJustiça (CNJ).

A Coind integra a Gerênciade Jurisprudência e PublicaçõesTécnicas (Gejur) e a DiretoriaExecutiva de Gestão da Informa-ção Documental (Dirged) da Ejef.

Para o 2º vice-presidente doTJMG e superintendente da Ejef,desembargador Reynaldo Xime-nes, é gratificante ver o cresci-mento do banco de acórdãos in-dexados: "Sem dúvida, é maisum instrumento para contribuirpara a agilidade da prestação ju-risdicional. A Ejef está efetiva-mente comprometida com o tra-tamento da jurisprudência do Tri-bunal e com a sua visibilidadeperante o consulente".

De acordo com a gerente daGejur, Rosane Brandão, que a-companhou a implantação doBanco de Acórdãos Indexados, aevolução do trabalho desenvolvi-do pela Coind deve ser creditadaao empenho de toda a equipe,que reconhece a importância detratar a informação para oferecerum serviço de qualidade ao usuá-rio. Compartilhando dessa opini-ão, a diretora da Dirged, MariaCristina Cheib, destaca que ocrescimento desse banco de a-córdãos assegura dinamismo narealização da pesquisa e eficiên-cia na divulgação do pensamentojurídico do TJMG.

O serviço, que conta com oapoio técnico da Diretoria Execu-tiva de Informática (Dirfor), estádisponível no Portal TJMG atra-vés do link consultas/jurisprudên-

cia/acórdãos indexados ou na pá-gina da Ejef (www.ejef.tjmg.jus.-

br). Informações mais detalhadaspodem ser obtidas pelo telefone3247-8965 (Coind) ou pelo e-mail

[email protected].

Seleção

O Banco de AcórdãosIndexados foi criadoem fevereiro de 2008

A pesquisa por acórdãos estácada vez mais fácil e repleta de re-cursos. Isso graças ao Banco deAcórdãos Indexados,implantado pela Esco-la Judicial Desembar-gador Edésio Fernan-des (Ejef) do Tribunalde Justiça de Minas.Criado em fevereiro de2008, pela Coordena-ção de Indexação deAcórdãos e Organização de Juris-prudência (Coind), o banco conta-va, à época, com 1.800 acórdãosindexados, ou seja, tratados, de-talhados. Hoje, esse número giraem torno de 12.800. Com a aten-ção voltada para o usuário, o ser-viço garante precisão e agilidadena pesquisa.

Ao contrário do banco tradi-cional de acórdãos disponível pa-ra consulta, o "bancão", que traz ainformação básica (ementa e in-teiro teor do acórdão), o Banco deAcórdãos Indexados dá um trata-mento especial a essa informa-ção. São apresentadas as referên-cias legislativas e jurisprudenciaisabordadas no acórdão, as infor-mações de origem do processo

I N S T I T U C I O N A L

"A médiamensal deacórdãosindexados

pela Coind é de 700"‘

E N T R E V I S T A - J u i z M a r c o s V e d o v o t t o

09S E T E M B R O / 2 0 0 9

Fé no ser humano e na Justiça

TJMG Informativo - A Apac é alternativapara os problemas do sistema carcerário?

MV - Não a vejo como "alternativa". Porpropiciar reflexão, o método representa umagrande evolução na sistemática do problemacarcerário, principalmente na forma comovem sendo implementado em Ituiutaba. AApac faz parte do contexto de uma políticade redução de danos causados pelo sistemapenitenciário, reservando-se a prisão para oscasos que constituem real ameaça para a so-ciedade. A duração dosada da pena toma co-mo critério uma margem de suportabilidadee a garantia de esperanças para o apenado,dentro da preocupação de uma política cri-minal saudável.

TJMG Informativo - Qual o diferencialda Apac de Ituiutaba?

MV - A localização no centro da cidade,portanto, a inclusão social; a ausência demuros altos, celas, grades e aparato repres-sor (princípio da transparência e liberdadecom amor e disciplina); a convivência com afamília, pois os presos vão à Apac pelamanhã, trabalham e retornam a suas casasao fim da tarde; o trabalho com réus confes-sos, cujo firme propósito é proceder a umarevisão da vida; a mina d'água, que recorda obatismo e oferece purificação e renovaçãopara encontrar um novo rumo. Além disso,

não há polícia, agentes penitenciários nemdormitórios, o que reduz custos para ma-nutenção do sistema (luz e água, por exem-plo). Como resultado, até hoje não há regis-tros de novos delitos cometidos por apaque-anos que conseguiram progressão para o re-gime aberto ou livramento condicional.

TJMG Informativo - Quais os desafiospara a implantação e manutenção dasApacs?

MV - A sociedade tem em geral uma vi-são deturpada do cárcere e de quem sejamos presos. É necessário que se desfaçampreconceitos; a integração social do presosó será viável mediante a participação efeti-va, tecnicamente planejada e assistida, dasociedade e da comunidade. Romper as bar-reiras do preconceito não é fácil.

TJMG Informativo - Qual o papel do juizem relação às Apacs?

MV - O trabalho do juiz da execução au-menta significativamente, mas os resultados

Manuela Ribeiro

Apesar de julgar diariamente açõesenvolvendo a violência, a perplexidadedo juiz da Vara Criminal de Ituiutaba,Marcos Vedovotto, com a criminalidadenunca desapareceu. Entretanto, acredi-tar no ser humano, continua sendo mar-ca de sua atuação. Quando se trata darecuperação de presos, então, o entusi-asmo do magistrado é evidente. Aqui elefala um pouco de sua fé na Justiça comofonte de paz social e de sua experiênciacom a Associação de Proteção e Assis-tência aos Condenados (Apac) de Ituiuta-ba, que completa um ano em setembro.

são animadores, pois o método Apac é umduro golpe na reincidência. Exige-se, tam-bém, transparência e coerência nas inten-ções, nas atitudes e no discurso, daí a ne-cessidade de se investir no estudo da crimi-nologia. Sérgio Salomão Shecaira foi claroao dizer que os profissionais de direito pe-nal que não só conhecem a criminologia,mas, sobretudo, se apropriam de suas re-flexões e se deixam "angustiar" por elas,deixam de ser operados "pelo" direito, paraserem de fato operadores "do" direito. Sãoaqueles que, embora se escudem "na" lei (enão poderiam deixar de fazê-lo), não se es-cudam "atrás" delas e se responsabilizampessoalmente por seus atos e decisões.

O métodoApac é umduro golpe na

reincidência."‘

Divulgação

Juiz Marcos Vedovotto: “Romper as barreiras do preconceito não é facíl”

S E T E M B R O / 2 0 0 910

I N S T I T U C I O N A L

O manual vai propiciarmaior conhecimento

e aproximação entre as áreas, principalmente entre a 1ª e a 2ªInstância..."‘

Maria Luisa Gondim

Como requerer manuten-ção do ar condicionado? Trocade mobília, a quem devo recor-rer? Perguntas como essas, a-presentadas nos encontros ad-ministrativos regionais, poderãoser solucionadas com uma sim-ples consulta ao Manual doGestor, publicação reeditadapela Secretaria-Executiva dePlanejamento e Qualidade naGestão Institucional (Seplag)por meio do Centro de Padroni-zação e Qualidade na Gestão(Cepaq), e que agora se apre-senta totalmente na versão vir-tual.

O manual tem como objeti-vo servir de instrumento de a-poio e orientação aos gestores

das 1ª e 2ª Instâncias, suprindo-os das informações necessáriasà execução de suas tarefas.

De acordo com a gerentedo Cepaq, Dalila Saurine, essareedição trará vários benefíciospara a execução das atividadesinternas. "O manual é de grandeaplicabilidade para os gestores,pois elucida dúvidas presentesno nosso dia a dia, no momentode solicitar um serviço, enviarum expediente ou requisitar umdeterminado produto", diz.

Dalila ainda ressalta que acriação do manual irá melhorar arelação e comunicação entre ossetores do Tribunal, uma vezque, ao responder questões sim-ples, como, por exemplo, a

Manual do Gestor:

guia virtual

esclarece dúvidas

Produção doManual

quem se dirigir e de que forma,facilita e indica ao gestor, comsegurança, o caminho que deveseguir." E completa: "O manualvai propiciar maior conhecimen-to e aproximação entre as áreas,principalmente entre a 1ª e a 2ªInstância, melhorando, dessaforma, as relações entre os cli-entes internos da Instituição".

Para facilitar e agilizar o tra-balho dos servidores, o manualfoi estruturado em forma deperguntas e respostas. De acor-do com os servidores do Cepaq,Natália Bona e Hideraldo No-gueira, por ser um manual virtu-al, todo servidor poderá consul-tar, opinar, sugerir assuntos ouenviar dúvidas, por meio do con-

tato, disponível na página eletrô-nica, publicada na intranet.

O manual é uma versão am-pliada e atualizada do Manual doAdministrador, lançado no ano de2005. Como explica Dalila Sauri-ne, a mudança no nome pretendedestacar o papel fundamental doadministrador do Tribunal de Jus-tiça, que é gerir os recursos sobsua administração, objetivando oalcance dos resultados traçadospela Instituição.

Sua elaboração contou coma participação de diversas direto-rias, assessorias, gerências e co-ordenações que, além de atuali-zarem informações, incluíram no-vos temas. Setores como a Audi-toria Interna (Audit), Diretoria E-xecutiva de Finanças e ExecuçãoOrçamentária (Dirfin), Diretoria E-xecutiva da Gestão de Bens, Ser-viços e Patrimônio (Dirsep), entreoutros, já enviaram seus conteú-dos. O manual já conta com 35assuntos catalogados e a ideia éagregar novos conteúdos periodi-camente.

A atualização do conteúdo,prevista em ato normativo, ficasob a responsabilidade de cadaárea e novas rotinas deverão serdesenvolvidas pelo Cepaq, demodo a garantir que as informa-ções sejam úteis ao exercício dafunção de gestor.

Rossana SouzaA equipe do Cepaq foi a responsával pela reedição do Manual.

11S E T E M B R O / 2 0 0 9

M E M O R I A

Lucas Loyola

A história passada a limpo. Patri-mônio e cultura se entrelaçam e, em2009, "Ano da França no Brasil", o Tribu-nal de Justiça de Minas Gerais (TJMG),através da Memória do Judiciário (Me-jud), une-se às comemorações ao pro-mover o "1º Fórum Franco-Brasileiro so-bre Museus, Museologia e Sociedade",no período de 21 a 24 de setembro.

Dentre os objetivos do evento, res-saltam-se o planejamento e a coordena-ção de ações que integram projetosfranceses e brasileiros, referentes amuseus, proporcionando intercâmbiode experiências, e, ainda, o desenvolvi-mento de ações que possam contribuirpara a formação de pesquisadores eprofissionais em museologia.

Conferências, palestras e exposi-ções constam da programação. Na oca-sião, será discutida a implantação deoutros Fóruns para implementar políti-cas culturais, patrimoniais e museológi-cas entre Brasil e França.

O evento contará com o apoio doCentro Federal de Educação Tecnológi-ca de Minas Gerais (Cefet - MG), emparceria com instituições acadêmicas eculturais da França e do Brasil.

Estarão presentes representantesdo Museu de Artes e Ofícios de Paris,do Louvre, do Museu do Quai Branly, daEscola de Doutorado do Museu Nacio-

nal de História Natural de Paris e do CentrePompidou. De acordo com os organizado-res do Fórum, uma das autoridades maisesperadas, por ser um referencial na área, éo inspetor dos museus da França e profes-sor do Museu National D'Histoire Naturelle-Paris, Michel Van Praet.

Segundo a assessora da Mejud, An-dréa da Costa Val, "para o TJ, sediar o Fó-rum é iniciativa de grande relevância." Oevento, com certeza, irá reforçar e comple-mentar as propostas já desenvolvidas naárea de patrimônio e memória através daMejud. Essa iniciativa, entre outras promo-vidas pela Mejud, procura diminuir a distân-

Portas abertas

Peças de processos e obje-tos que fazem parte da

história da Justiça de Minas

Parte da Memória doJudiciário resguardadapelo TJ

Rossan

a So

uza

TJ sedia Fórum

Franco-Brasileiro de Museologia

desenvolvimento deações que possamcontribuir para aformação de

pesquisadores eprofissionais emmuseologia é um dosobjetivos do Fórumsobre Museus.

O

cia cultural entre o cidadão comum e aJustiça, reafirmando um dos valores precí-puos defendidos pelo TJ, que é ser umainstituição de portas abertas ao povo, semdistinção de raça, credo, status social oueconômico".

Além disso, - continua Andréa - "a par-ticipação do TJ permite debater e divulgarquestões patrimoniais, assim como a rele-vância dos Centros de Memória dos Tribu-nais de Justiça, tema que será discutidodentro da programação do evento, em me-sa redonda, por profissionais envolvidosna defesa e promoção do patrimônio histó-rico, na esfera jurídica."

A programação completa do Fórumestá disponível na página oficial do evento:www.1forumfrbrmuseus.cefetmg.br.

12 S E T E M B R O / 2 0 0 9 Remetente: Assessoria de Comunicação Institucional - TJMG | Rua Goiás, 253 - Térreo - Centro - Belo Horizonte - MG - CEP 30190-030

IMPR

ESSO

C I N E C L U B E T J

C L I C K D O L E I T O R

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O próximo filme a ser exibido no Cine-

clube TJ é do paulistano Luís Sérgio Persone se baseia na história real, acontecida emAraguari, em 1937, durante o Estado Novode Getúlio de Vargas. O Caso dos Irmãos Na-

ves narra a acusação de dois irmãos pelamorte de um homem que havia desapareci-do, levando grande soma em dinheiro. De-nunciados por um tenente de polícia, os Na-ves são presos e torturados e obrigados aconfessar um crime que não cometeram.

Foram julgados e absolvidos duas ve-zes, mas condenados pelo veredito da Cortede Justiça. Quinze anos mais tarde (1952) a"vítima" reaparece dizendo desconhecer oocorrido. Um dos irmãos já havia falecido e ooutro é reabilitado, conseguindo, posterior-mente, obter uma indenização.

Lançado em 1967, esse drama verídicoe violento possui roteiro de Person e Jean-Claude Bernadet, a partir do romance deJoão Alamy Filho. O elenco conta com RaulCortez e Juca de Oliveira, como os irmãosNaves, Anselmo Duarte, Sérgio Hingst, JohnHerbert e Lélia Abramo.

O Caso dos Irmãos Naves vai ser exibidono dia 24 de setembro, às 19 horas, no audi-tório do anexo II do TJMG, na rua Goiás, 253,3º andar, Centro de Belo Horizonte.

A antiga vila de Itaúnas, no Nortedo Espírito Santo, começou a serinvadida pela areia no final dadécada de 40, devido ao desma-tamento. Na década de 60 e noinício dos anos 70, os moradoresdesfizeram suas casas e se muda-ram para o outro lado do rio, paraa margem direita, onde está situa-da a atual vila de Itaúnas. Da anti-ga vila, restaram apenas ruínassoterradas pelas belas dunas, quese formaram ao longo dos anos.Na foto, o pôr do sol nas dunas.

Ivana Abade Brito - assistente social

judicial/Comarca de Iguatama

Lucas Loyola

Ivan

a Ab

ade Brito

Irmãos Naves, próxima

atração do Cineclube TJ