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Este livro é uma obra de consulta e esclarecimento. Suas orientações são baseadas em conhecimentos, experiências e pesquisas, mas cada pessoa e situação são únicas. As receitas e técnicas aqui descritas têm o objetivo de complementar - e não substituir - o tratamento ou os cuidados médicos. Não defendo nenhum programa dietético em particular, mas acredito que as infor mações aqui apresentadas devem estar à disposição da humanidade. Sinta- se livre para consultar um médico ou outro profissional especialista em saúde. Principalmente, quando referir-se a uma doença grave. É sinal de sabedoria, e não de covardia, procurar uma segunda ou terceira opinião.

ALIMENTAÇÃO DESINTOXICANTE

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nutrição alimentação espiritualidade doença linguagem do corpo

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  • Este livro uma obra de consulta e esclarecimento. Suas orientaes so baseadas em conhecimentos, experincias e pesquisas, mas cada pessoa e situao so nicas. As receitas e tcnicas aqui descritas tm o objetivo de complementar - e no substituir - o tratamento ou os cuidados mdicos. No defendo nenhum programa diettico em particular, mas acredito que as informaes aqui apresentadas devem estar disposio da humanidade. Sinta- se livre para consultar um mdico ou outro profissional especialista em sade. Principalmente, quando referir-se a uma doena grave. sinal de sabedoria, e no de covardia, procurar uma segunda ou terceira opinio.

  • CONCEIO TRUCOM

    Alimentaodesintoxicante

    PARA ATIVAR OSISTEMA IMUNOLGICO

  • Agradecimentos

    Estava pensando na dinmica de como aconteceu este livro, e percebi que nunca planejei ser palestrante ou escritora. Tudo tem acontecido em minha vida como num caleidoscpio; pessoas que, muitas vezes, s me abordaram para fazer uma crtica, pergunta ou elogio, provocaram movimentos significativos que geraram uma nova imagem plena de interrogaes, respostas e transformaes.

    Aos companheiros de jornada que ficaram mais tempo comigo, meu agradecimento infinito. Pelo espao e lembrana limitados, estaria sendo injusta com muitos se decidisse colocar nomes. Assim, agradeo a todas as pessoas que passaram pela minha vida, pois, sem exceo, me marcaram de forma construtiva. Agradeo aos meus pais, que com todas as facilidades e dificuldades da nossa relao, sempre me do fora para seguir neste interminvel e fascinante caminho da busca.

  • Sumrio

    Prlogo.................................................................................................................................................11Apresentao.......................................................................................................................................13Introduo ...........................................................................................................................................15Capitulo 1 - A doena um mestre..................................................................................................... 19

    Onde est nossa Alma?..............................................................................................................21Os sintomas so um grito da Alma............................................................................................. 23A interpretao metafsica..................................................................... .....................................24A interpretao fisica...................................................................................................................25Como chegar ao mago?............................................................................................................27

    Captulo 2 - Estamos todos intoxicados...............................................................................................31Os sintomas de intoxicao........................................................................................................ 33Sintomas no corpo fsico.............................................................................................................34Sintomas no crebro e corpo mental.......................................................................................... 35Sintomas de ordem psicoemocional........................................................................................... 35Razes para desintoxicar-se...................................................................................................... 35A motivao superimportante ................................................................................................. 37

    Captulo 3 - Os quatro pilares da Alimentao Desintoxicante........................................................... 39Primeiro pilar: sade com conscincia........................................................................................39Segunda pilar: baixo custo, mximo benefcio........................................................................... 40Terceiro pilar: versatilidade......................................................................................................... 41Quarto pilar: pratcidade..............................................................................................................42

    Captulo 4 - Deixar sair o velho e permitir-se o novo...........................................................................45Os rgos excretores..................................................................................................................46

    O fgado.............................................................................................................................48Os rins............................................................................................................................... 50A pele.................................................................................................................................52Os pulmes........................................................................................................................54Os intestinos......................................................................................................................56

    Os cinco sistemas excretores, os cinco sentidos e cinco sabores............................................. 59Os papis que desempenham os rgos e as vsceras....................................................60Os sentidos e os sabores.................................................................................................. 61

    Capitulo 5 - Desintoxicando as emoes............................................................................................ 63Alimentao Desintoxicante e o ciclo emocional........................................................................ 63Os sentimentos e as emoes....................................................................................................69Afetividade e humor.................................................................................................................... 72

    Capitulo 6 - Atitudes de expanso x atitudes negativas......................................................................77O incio........................................................................................................................................ 78As trs qualidades da ao.........................................................................................................78Praticando as atitudes de sabedoria...........................................................................................82

    Captulo 7 - As sete condies da sade e da felicidade....................................................................87Ausncia de cansao..................................................................................................................88Bom apetite.................................................................................................................................89Sono profundo............................................................................................................................ 90Boa memria...............................................................................................................................90Bom humor................................................................................................................................. 91Rapidez de raciocnio e ao = inteligncia............................................................................... 92Intestino preso............................................................................................................................ 92

  • Captulo 8 - Novos hbitos: podem ser jMastigao x digesto.................................................................Mastigao x paladar...................................................................Alimenditao.......................................................................................Alimentar-se com tranquilidade...................................................Ingerir alimentos crus e vivos......................................................A quantidade altera a qualidade..................................................

    Ficar muito tempo sem alimentar-se e depois comer demaisNo ingerir lquidos durante as refeies....................................Postura correta............................................................................Alimentos excessivamente quentes ou gelados..........................O jantar e o lanche noturno.........................................................O prazer do ar livro......................................................................

    Capitulo 9 - A vitalidade dos alimentosA alquimia dos alimentos.............................................................Classificao dos alimentos.........................................................

    Alimentos biognicos: geram e expandem vida.................Alimentos bioativos: ativam a vida.....................................Alimentos bioestticos: diminuem a vida ...........................Alimentos biocdicos: matam a vida ..................................

    Captulo 10 - Como desintoxicar-se?Jejum com sabedoria...................................................................Desmistificando o jejum...............................................................Algumas das vrias tcnicas de jejum.........................................Quando indicado jejuar?.............................................. ............As trs propostas de jejum da Alimentao Desintoxicante...

    Captulo 11 - Estabelecendo novos rituaisEscovar a pele.............................................................................Banho consciente........................................................................Escalda-ps.................................................................................Meditao e terapia do riso.........................................................Silncio sagrado..........................................................................Guiberish: adeus ao velho..........................................................Caminhada mgica e meditativa.................................................Limpar as vias areas.................................................................Muito importante: vamos perdoar!..............................................Exerccios divinos de cura..........................................................

    Capitulo 12 - A sucoterapia e a frutoterapiaA sucoterapia..............................................................................A frutoterapia...............................................................................Combinao de alimentos..........................................................No liquidificador ou na centrfuga...............................................

    Captulo 13 - Os ingredientesA gua: a parte mais sutil do corpo.............................................As ervas: os chs teraputicos...................................................Germinados e brotos: eles geram a vida....................................O Rejuvelac: o soro vital de sementes germinadas...................A clorofila: um nctar da natureza..............................................Os alimentos orgnicos..............................................................Os alimentos que curam.............................................................

    Capitulo 14 - As receitas desintoxicantesSucos desintoxicantes................................................................

    Sumos de clorofila.............................................................Lanches desintoxicantes............................................................Leites e sementes germinadas...................................................Sopas desintoxicantes................................................................Chs teraputicos.......................................................................

    Reflexo final.......................................................................................Referncias bibliogrficas

  • Durante minhas palestras e cursos, sempre fao uso de metforas e alegorias para facilitar o entendimento e a fixao dos conceitos que apresento ao pblico. Assim, abro este livro com uma metfora, de autoria desconhecida, que revela, em poucas palavras, toda a essncia da proposta deste meu trabalho:

    Um velho carpinteiro estava pronto para aposentar-se. Certo dia, ele informou ao chefe sobre seu desejo de sair da indstria de construo e passar mais tempo com sua famlia. Disse ainda que sentiria falta do salrio, mas realmente queria aposentar-se. A empresa no seria muito afetada pela sada do carpinteiro, mas seu chefe estava triste em v-lo partindo, e pediu-lhe para trabalharem mais um projeto, como um favor. O carpinteiro concordou, mas era fcil ver que no estava muito entusiasmado com a ideia. Vibrando nessa energia, ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados. Era uma atitude negativa para terminar sua carreira. Quando o carpinteiro acabou, o chefe veio fazer a inspeo da casa. Depois, sem comentrios, ele deu a chave da casa para o carpinteiro, dizendo: Esta casa sua. Ela meu presente para voc. O carpinteiro ficou muito surpreso e pensou: Que pena! Se eu soubesse que estava construindo minha prpria casa, teria feito tudo diferente.

    0 mesmo acontece conosco. Ns construmos nossa vida, um dia de cada vez, e muitas vezes com preguia, displicentes, fazendo

  • menos que o melhor possvel na construo. Depois, com surpresa, sentimos o incmodo de viver na casa que construmos. Se pudssemos fazer tudo de novo, faramos diferente. Mas no podemos voltar atrs. Precisamos lembrar a todo o momento: A vida uma oportunidade, um projeto individual. Suas atitudes e escolhas de hoje esto construindo a casa em que voc vai morar amanh. Opte por constru-la com SABEDORIA!

  • Apresentao

    O ser humano nasceu para ser longevo e saudvel; jamais in-sano.

    Este livro foi construdo a partir das inmeras palestras, cursos e atendimentos que venho ministrando desde 1998. Antes disso, no passava de uma estudante solitria, com medo de compartilhar com o mundo tudo o que havia estudado desde muito jovem. Cada captulo tema de uma palestra e contm uma das vrias abordagens da alimentao humana e do ser, que resolvi chamar de desintoxi- cante. Algumas vezes, os captulos podem parecer separados ou repetitivos, mas todos se integram no mesmo objetivo: encontrar um caminho mais consciente e assertivo para a transformao.

    Como um projeto pessoal, a Alimentao Desintoxicante foi desenvolvida a partir das dificuldades e solues que encontrei para jamais interromper meus processos de busca pelo autoconhecimento e crescimento. Um apoio inegvel e resultados concretos e positivos foram acontecendo. Compartilhar foi, portanto, um passo inevitvel. Na verdade, como dizem os mestres: Aquilo que ensinamos o que mais precisamos aprender".

    Este livro no deve, jamais, ser encarado como um mero guia de receitas desintoxicantes, porque tem a proposta de ir muito alm. Existe nele o firme propsito de mexer na sua conscincia e de provocar uma vontade incondicional de desintoxicar-se de tudo o que o aprisionou e limitou at aqui. Veremos que os alimentos desintoxicantes so cmplices de um corpo saudvel, mas no possuem o poder de curar se voc assim no desejar. Entretanto, eles sero seus melhores aliados se voc assim decidir.

    Portanto, primeiro trato de motiv-lo na busca por sua lucidez e poder pensante e, somente depois de introjetados os conceitos,

  • que apresento as receitas e dinmicas desintoxicantes. Tenha a pacincia de praticar as receitas somente aps ter a plena conscincia de que voc realmente deseja tomar seus banhos internos dirios e liberar-se de todas as suas prises, ainda que, inicialmente, voc no saiba exatamente quais so as suas densidades, lastros e apegos.

  • Introduo

    Esclarecer significa trazer clareza para dentro do ser.Ignorar significa manter-se na escurido.

    Desintoxicar-se deve ser um hbito dirio

    Desintoxicar significa deixar sair as toxinas, os venenos: purificar. Acredito que se desintoxicar no deva ser um hbito espordico, mas dirio, j que diariamente que nos intoxicamos. Posso dizer, com firmeza, que a sade humana altamente determinada pela cumplicidade que oferecemos ao nosso organismo para deixar sair todas as suas impurezas.

    Na verdade, as toxinas funcionam como verdadeiros escudos (desculpas) para o acesso cura. Elas bloqueiam a lucidez e a sanidade, condies bsicas para o crescimento e sensao de vitria que esse movimento provoca. Todos pensam que desintoxicar-se eliminar do corpo fsico aquelas substncias que reconhecemos como venenosas: os agrotxicos, o excesso de aditivos dos alimentos industrializados, os resduos dos remdios que ingerimos para sanar uma doena, os resduos do fumo, lcool, caf, etc. Entretanto, a questo mais complexa, porque a intoxicao no acontece somente no plano fsico.

    claro que, para ns, tudo aparenta ser s no corpo fsico, j que essa a parte visvel e concreta da histria. fato que todo alimento, por mais natural, fresco ou orgnico que seja, sempre contm um percentual de toxinas e material indigesto, que deve ser eliminado naturalmente pelo organismo. Por isso, Deus, em sua infinita bondade e sabedoria, criou diferentes formas e sistemas de excreo: as fezes, a urina, os mucos, o espirro, a transpira

  • o, a menstruao, o orgasmo, a lgrima, a tosse, os gases, a expirao, etc. inegvel perceber que, diariamente, nos intoxicamos diretamente com:

    os alimentos que ingerimos. a gua e lquidos que bebemos. o ar que respiramos. tudo o que penetra por nossa pele: sabonete, tintura para o

    cabelo, xampu, cremes, pomadas e os produtos qumicos presentes nas roupas que usamos.

    Existe tambm uma carga imensa de toxinas (energticas e psicoemocionais) que so produzidas internamente pelo prprio organismo a partir:

    do uso frequente das crenas, que geram pensamentos e emoes desequilibradas e destrutivas.

    do que escutamos e enxergamos. do que falamos desnecessariamente ou sem pensar

    devidamente. de toda a adrenalina e cortisol que produzimos pelo supe-

    restresse do dia a dia.

    Em sntese, todas as tenses da sociedade moderna e acelerada, com sua poluio, desde os aspectos mais fsicos at os psicoemocionais, acabam por inibir as funes excretoras, agravando a intoxicao geral do organismo. Ou seja, nunca a humanidade into- xicou-se tanto e to rapidamente quanto nas ltimas dcadas. Pelos mesmos motivos, ela nunca sentiu tanto medo e insegurana quanto ao seu futuro, motivo pelo qual seus rgos e sistemas excretores esto, literalmente, cada vez mais bloqueados.

    Se, apesar de toda essa condio, minimizarmos a intoxicao e favorecermos o pleno funcionamento dos rgos de eliminao, haver uma inteno positiva de sade, pois a quantidade de toxinas ingeridas e autogeradas jamais ultrapassar a capacidade consciente de desintoxicar-se. Assim, o foco e a dinmica da Alimentao Desintoxicante est no esclarecimento de como otimizar esses dois vetores, reduzindo a entrada e gerao de toxinas e acordando e plenificando os processos e sistemas excretores. Assim, a sequncia da leitura deste livro :

    1. Como nos intoxicamos2. Que informaes uma doena contm

  • 3. Como funcionam os sistemas de excreo4. Como funcionam nossas decises e atitudes5. Qais so os hbitos desintoxicantes6. Como praticar diariamente a Alimentao Desintoxicante

    Por ser fcil e economicamente vivel, recomendo a prtica da Alimentao Desintoxicante para todos os seres humanos deste planeta. Entretanto, um trabalho intensivo e atento dever ser realizado para quem deseja:

    Parar de beber, fumar ou qualquer outro vcio. Emagrecer. Engravidar e iniciar esse momento com o corpo mais

    purificado. Desintoxicar emoes de um relacionamento que acabou

    ou precisa ter um fim mais saudvel possvel. Preparar-se para uma nova etapa de vida. Limpar todas as toxinas de um processo de doena e

    convalescena. Curar-se de uma doena crnica, seja ela qual for, principal

    mente aquelas que dependem do aumento das defesas do organismo.

    Lembre-se de que no sero as receitas desintoxicantes que iro cur-lo, mas sua

    deciso interna.

    Para alguns, a desintoxicao poder ser dolorosa, mas muito menos do que se imagina. Aceite meu convite! Experimente! Portanto, sugiro:

    1. Leia todo o livro2. S depois de realmente motivado e consciente, comece a

    praticar seus banhos internos, diariamente, de corpo e alma.

  • A doena um mestre

    Compreender o mal no o cura, mas, sem dvida alguma, ajuda.Afinal, muito mais fcil lidar com uma dificuldade compreensvel

    do que com uma escurido incompreensvel.Cari Gustav Jung

    A medicina aloptica interpreta a doena como causa advinda de fora do paciente, impotente diante da ao de microorganismos, ou ento como resultado de uma imperfeio da natureza; colocando, em ambos os casos, o doente como uma vtima das circunstncias. Mas, as medicinas milenares como a hindu Ayurvdica e a Tradicional Chinesa (MTC) interpretam a doena como desarmonias, desequilbrios do Ser como um todo (holos), holisticamente. E esse todo avalia sintomas no fsico, mas tambm no metafsico (meta = alm; fsico = matria): mental, emocional, afetivo, energtico, espiritual e suas integraes.

    Tais medicinas comprovam tambm que a sade plena do homem depende da sua capacidade de perceber afetivamente os desafios da sua existncia e interrelao com o universo. E, que as doenas ganham espao e fora quanto mais as percepes sofrem interferncias dos desequilbrios psicoemocionais, ou seja, so imaginrias ou iludidas. E, por essa viso, torna-se evidente que o esprito que organiza a matria, e no o fsico que cria a essncia. Porque afeto, gratido, bom-humor e harmonia so qualidades 100% espirituais.

    A doena um mestre porque obriga o doente a parar e refletir: minhas aes esto centradas no afeto ou no medo? Na busca da verdade ou no esconderijo das sedaes e iluses? No silncio ou no lastimar? Em geral, o doente no vtima inocente de alguma imperfeio da natureza ou de uma condio insalubre. Ele no pegou uma doena, ele construiu, ainda que inconscientemente (porque iludido), a sua doena. Quando o doente uma criana, embora no conheamos todos os mistrios da vida e os propsitos de Deus, penso que pode ser um resgate daquele esprito, que apesar de

  • estar num corpo infantil, tem seu processo evolutivo a cumprir. Ao mesmo tempo, entendo que toda a famlia pode estar "curando-se diante da doena daquela criana. Ou seja, a doena est sendo um mestre para todo o grupo ou comunidade. Se, porventura, podemos culpar bactrias ou toxinas que impregnam nosso organismo e ambiente, podemos dizer tambm que todos os seres, de certa forma, esto expostos aos mesmos agressores e venenos.

    Nosso mundo inteiramente insalubre e, ao mesmo tempo, pleno de luz e harmonia: atramos (ou percebemos) a insalubridade ou a pureza como reflexo da nossa afetividade e pensamentos. Deixamos entrar aquilo que, conscientes ou no, permitimos. O doente responsvel por sua doena, que tambm um mestre. Entenda: a doena no uma cruz, mas a ponta do tanto de aprendizado, amadurecimento e fortalecimento que podem advir dessa experincia. Os sinais (e sintomas), alm da manifestao caracterstica de uma determinada doena, so a expresso fsica dos conflitos internos (psicoemocionais e espirituais) e tm a funo de mostrar ao doente as diferentes facetas de seu momento evolutivo.

    A vida, frequentemente, coloca-nos em situaes aparentemente repetidas para que possamos absorver delas o aprendizado. Enquanto esse aprendizado no for introjetado, seguir ocorrendo o mesmo filme". Sintomas, portanto, so partes da sombra da nossa conscincia (e caos do inconsciente) agora sob holofotes. A doena uma verdadeira chamada para a transformao, a cura, o crescer, a expanso da conscincia.

    Estamos permanentemente sedados e crentes nos automatismos psicoemocionais e fsicos que impedem a percepo. Um crculo vicioso, porque, uma vez intoxicados, os cinco sentidos (viso, audio, olfato, tato e paladar), que nos tornam presentes e reais, tornam-se cada vez mais imprecisos, presas fceis da imaginao e iluso.

    Quando essa dormncia torna-se perigosa evoluo, surge a doena que, por meio dos seus sintomas, pretende apenas nos despertar: caia na real. A cura verdadeira nunca vir de fora. Estamos permanentemente diante do resgate da conscincia. Todos os desequilbrios so efeitos da inconscincia que no foi inspirada para o consciente. A cura da doena no est nos remdios, mas sim na sintonia com seu ser, seu esprito que deseja evoluo. Para que a cura acontea, use a doena como um mestre. Trata-se da grande tarefa do despertar da nossa identificao com o mundo da forma: o corpo adoece para avisar que nossa parte no visvel est sendo usada sem a ajuda da Alma, sem buscar a inspirao, o amparo, o amor, a luz da Criao.

  • Nesse processo, a doena e seus sintomas so sinais que mostram onde a Alma est bloqueada na percepo dos talentos, dons, misso e significncia. Use-os na superao dos desafios, na evoluo espiritual. Livrar-se dos sintomas sem que se entenda ou se assimile a natureza da mensagem s ir adiar a cura, a transformao.

    Onde est nossa Alma?Depois de muitos anos de busca, finalmente consegui compre

    ender o que e onde se encontra nossa Alma (nima), fundamental para uma existncia espiritual, portanto pacfica e feliz. O mestre? O filsofo espanhol Baruch de Espinosa.

    At onde consegui alcanar Espinosa, sinto no corao que a Alma uma potncia pensante, que compartilha com o corpo fsico, o interesse pela existncia divina e por tudo quanto contribua para mant-la. As percepes do corpo fsico so imagens que, na Alma, se realizam como idias afetivas ou sentimentos. Assim, a relao originria da Alma com o corpo e de ambos com o mundo a relao afetiva. Ou seja, para que a Alma se manifeste preciso haver afeto.

    Ao mesmo tempo, a Alma, com seu poder da atividade pensante, atua como um canal de comunicao entre o corpo e o esprito, tornando possvel um Ser Animado (com nima), onde o corpo fsico percebe (com seus cinco sentidos fsicos e os demais sentidos metafsicos possibilitados pela presena efetiva da Alma), receber (perceber) as informaes da fonte: criao, inspirao, amparo, amor e luz, que resulta em leveza, bom-humor, gratido, amor e evoluo compartilhada: estado de Graa.

    Um Ser Animado significa aquele que vive afetiva e efetivamente no mundo da realidade, do estar presente, do uso equilibrado do seu poder pensante:

    Pensamento racional (lgico) pensamento espontneo (intuitivo)

    Um ser desanimado (sem nima) significa aquele que vive no mundo da iluso ou imaginao, fora da realidade, percebendo o mundo com todas as interferncias (chiados) que os altos e baixos da polarizao dos pensamentos em si e do liga-desliga racional ou intuitivo, que resulta em densidade, medo, ansiedade, angstia e desiluso. Neste caso, segundo Espinosa, a Alma se perde no corpo fsico desanimado e doente: de corpo e Alma.

  • Mas, a boa nova: desintoxicar-se um ato 100% espiritual porque purifica corpo e Alma. Tal limpeza, celular e vibracional, torna a comunicao entre rgos e sistemas muito mais harmoniosa e sana, mais precisa e amorosa: afetiva. Com o novo fluxo de eletricidade e vitalidade proporcionado pelos sucos verdes e vivos, as formas de pensamento (descritas a seguir) tornam-se acordadas e alertas: percepo com maior clareza e lucidez. Assim, busquei colocar numa figura o lugar em que, no corpo mental, localiza-se a Alma, coincidncia ou no, o mesmo em que encontramos a afetividade, o bom-humor e o riso.

    Busca a lgica

  • Os sintomas so um grito da Alma

    Uma doena uma trama simblica, na qual os sintomas mostram o que no vai bem na Alma do doente. Ela no consegue espao ou dilogo, diante de tanto desequilbrio do seu natural poder pensante, para receber e transmitir as inspiraes do esprito e assim iluminar, inspirar o corpo: desnimo. Sei! Muitos no iro concordar, pois o doente costuma ter nos seus sintomas, no seu desnimo, uma salvaguarda para justificar-se e obter a compaixo de si mesmo e dos demais. No entanto, cada sintoma mostra, de forma nua e crua, o que se passa no interior do indivduo; espelha aquilo que no pode ser expresso ou entendido por outras linguagens do ser. Os sintomas so gritos cristalizados da Alma, desde uma espinha at uma doena mais grave, como o cncer.

    No corpo, cada rgo especfico tem uma funo, que faz parte de um todo integrado. Quando surge uma desarmonia contnua do ser e, inevitavelmente, um ou mais rgos encontram dificuldades para seu perfeito desempenho, surgem os sintomas, trazendo mensagens da Alma, revelando suas necessidades imediatas. Uma vermelhido na pele pode estar indicando a impacincia contra os limites naturais da vida (vermelho = conflito; pele = limites); portanto, enquanto o indivduo continuar emocionalmente irado, sua pele continuar avermelhada. Essa alergia poder ser debelada com medicamentos, mas no ser curada verdadeiramente. Se a pessoa continuar em turbulncia, com sua expresso bloqueada, outros sintomas viro para simbolizar aquela impacincia contra os limites.

    Como seres humanos intoxicados, distantes da afetividade, com percepes iludidas e mentes polarizadas, estamos todos doentes. Cegueira da viso: modelos, condicionamentos, valores invertidos e a iluso de que eles so verdadeiros. Em todas as extenses. Precisamos voltar-nos para dentro, tomar aquele banho interno dirio, purificar-se de tantas densidades e interferncias no dilogo com o corpo, com a Alma (nima), com a vida.

    Ironicamente, o nico propsito da doena nos avisar sobre a alegria da vida, como uma amiga sincera que tem por objetivo purificar e unificar todos os corpos, no se intimidando em apontar nossos desvios. No entanto, na iluso do homem, a doena e seus sintomas, os gritos da Alma, so inimigos que devem ser rapidamente eliminados.

  • A interpretao metafsica

    Maldizer a doena e correr para suprimir os sintomas por intermdio de algum tratamento meramente aloptico jamais poder resultar em cura verdadeira. Os sintomas iro voltar, muitas vezes de forma ainda mais cruel e dolorosa, como se fossem aumentando o volume da advertncia. Segundo Thorwald Dethlefsen, no seu livro A doena como caminho, existem sete nveis crescentes de manifestao dos sintomas. Quanto maior a resistncia afetividade (por si e por todos), maior a presso exercida pelos sintomas, que iro tomando formas cada vez mais intensas.

    Primeiro: vem a expresso psquica com as ideias, desejos e fantasias. So as expectativas, crenas e os pr-conceitos.

    Segundo: vem o sintoma dos distrbios funcionais. Esse nvel de sintoma deveria tornar a pessoa honesta: Algo no est bem! O que isso revela?".

    Terceiro: o sistema imunolgico fica em cheque e acontecem as inflamaes ou distrbios fsicos agudos. Exemplos: faringite, hepatite ou gastrite, como tambm ferimentos e pequenos acidentes.

    Quarto: a dificuldade de comunicao mantm-se e os distrbios tornam-se crnicos; exemplos: micose, artrose e osteoporose.

    Quinto: a dificuldade de comunicao com a vida manifes- ta-se via processos incurveis, como a modificao de rgos (diabetes), cncer, AIDS, etc.

    Sexto: morte, que pode ocorrer aps passagem por todas as etapas anteriores ou por um acidente.

    Stimo: deformaes congnitas e perturbaes de nascena. Trata-se de uma histria que vem de outra vida.

    interessante notar que, antes que um sintoma manifeste-se no corpo fsico, ele apresenta-se na mente como um tema, crena, desejo ou fantasia. Isso nos mostra como a negao dos anseios pode levar manifestao fsica dessa represso. Qual represso? Aquela provocada pelos modelos e condicionamentos familiares, sociais e culturais. Tais modelos sedam o poder pensante (nima) e nos afastam (incomunicveis) de nossa essncia (esprito) e ainda nos fazem sentir culpados por no conseguirmos ser aquilo que eles estabelecem como normal.

  • Enquanto no se acessar verdadeiramente a Alma (espao da potncia pensante), causados por esse desequilbrio, afastamento e culpa, os sintomas voltaro de diversas formas, algumas bastante criativas. No ser de muita valia culpar um vrus ou um grupo de clulas que, a despeito do previsto, resolve rebelar-se e passa a se reproduzir por conta prpria, gerando um tumor.

    A interpretao fsica

    A represso est acontecendo. Para ser amado, produtivo e invejvel preciso seguir os modelos e condicionamentos. No penso e vou em frente. No entanto, l no fundo, sinto raiva, medo e culpa. Tudo isso me intoxica e vem a dificuldade de pensar e discernir. O que fazer? O instinto de preservao prevalece. No fao o que realmente desejo internamente. Sedo-me com o que primeiro vier nessa confusa mente.

    Rapidamente vem a sensao de cansao e falta de vitalidade. Vem a frustrao, depresso, sensibilidade flor da pele, choro, desespero, falta de nimo, insnia, mau humor e ansiedade. No entanto, cada um reage de um jeito: a pessoa mais guerreira ir esconder-se na sua ao/construo incessante; a pessoa mais sensvel ir fragilizar-se, compensar em outras fontes de nutrio e levar um bom tempo para reagir. Enfim, sempre optamos igual: distanciar-nos cada vez mais do poder pensante, da verdade, da fonte.

    Perceba que tudo o que foi gerado nesse processo venenoso. As emoes e os pensamentos no foram amorosos, mas insanos: imaginrios, iludidos. As formas de compensao tambm so drogas, porque usadas como um pio para sedar a dor, o vazio e a subnutrio da Alma (afeto, humor, riso, criatividade, ldico, etc.) mensageira do esprito, da luz.

    Para sair desse crculo vicioso e discernir o que sano (real), h de se fazer uma faxina: desintoxicar-se, purificar-se, aliviar-se. Nesse momento, precisamos ser cmplices dos nossos cinco sistemas excretores, torn-los ativos, prontos, felizes, para nos ajudarem em to animada tarefa. Mas, sem conscincia, acordamos e, imediatamente, recorremos a um estimulante qualquer: caf, ch, lcool, fumo ou comida. Dessa forma, todos os sintomas j descritos, que correspondem sobrecarga nos rgos de excreo e a um incio de intoxicao geral, desaparecem em alguns instantes.

  • Todos os estimulantes, ou o simples fato de comer, bloqueiam os mecanismos de eliminao (desintoxicao). A sensao de sedao imediata; mas, para complicar, as funes excretoras so interrompidas antes que sua tarefa cotidiana tenha sido finalizada. Todas as toxinas no eliminadas sero certamente reabsorvidas, acumulando-se, dia aps dia. Quando um rgo ou sistema de excreo est sobrecarregado, o organismo cria um recurso de compensao, aumentando a mobilizao via outros rgos ou sistemas excretores.

    Esse mecanismo funciona bem por um breve perodo ou esporadicamente, mas, quando acontece com frequncia, esse recurso entrar em alerta, avisando o proprietrio do corpo, por meio de sintomas cada vez mais intensos, que algo no est bem. Entretanto, se os avisos ficam sem resposta, crises de eliminao iro surgir em diferentes nveis de gravidade.

    A maior parte das inflamaes e infeces so esforos do organismo para livrar-se das substncias nocivas que se depositam em suas culas, nos espaos intercelulares, rgos, vsceras e sistemas. Alergias, intoxicaes, fungos, vrus e bactrias no so agressores externos que atacam o organismo por acaso. Ao contrrio, eles so teis, desde que os mecanismos de autodefesa do organismo estejam prontos para bloquear e controlar suas aes.

    Entretanto, a maior parte dos tratamentos realizados somente pelos sintomas de doenas agudas bloqueia os mecanismos de excreo, proporcionando um bem-estar imediato, mas sem assegurar uma cura verdadeira: ou seja, a causa da doena fica abafada por terapias supressivas, criando ainda outros fenmenos aos quais chamamos de efeitos colaterais. Neste caso, a causa no atacada, o organismo fica mais intoxicado e mais enfraquecido. O corpo fsico no consegue mais se recuperar por crises de eliminao e aparecem as doenas crnicas. Ainda, num esforo de absoluta inteligncia divina, o organismo trata de confinar as toxinas a locais delimitados (como os abscesso de fixao, os tumores e cistos) ou de manter abertas algumas vlvulas de segurana para a eliminao (como as lceras que no cicatrizam).

    Sem dvida, Deus perfeito; ns que complicamos. Para certas culturas orientais, quando algum acometido de algum mal, o doente sente-se grato, pois um momento especial para a realizao de uma purificao e reflexo.

  • hora de saber se o que est acontecendo tem origem psicolgica, emocional, fsica (ou todas) e desfazer esse padro. um momento de transformao, de repensar a vida. Devemos ser gratos a tudo, inclusive quela parte do corpo que est sacrificando-se para anunciar, gritar suas dores. Ento, que tal comearmos a ser cmplices, animada e afetivamente, do nosso corpo e alma e dialogarmos com ele diariamente, comeando o dia com um banho interno, bem amoroso, bem feliz, para uma boa faxina?

    Como chegar ao mago?

    O corpo sempre estar sinalizando, por intermdio dos sintomas, onde se encontra o desafio. Chegar ao mago do que os sintomas esto informando no fcil, e ir depender de uma cumplicidade e dilogo com o corpo. A grande questo : como entender essa linguagem to sutil e simblica?

    Por um lado, at existem bons livros sobre metafsica da sade, que iro trazer luz muito do que essa simbologia significa. Entre outros, recomendo os escritos por Valcapelli e Gaspareto (Metafsica da sade, volumes 1,2 e 3) e por Louise L. Hay {Cure seu corpo). So livros que ajudam bastante no esclarecimento e resgate da conscincia. Contudo, eles decodificam a doena de uma forma generalizada e plural, o que dificulta a percepo mais pontual e individual, alm do fato de que esse tipo de leitura ir mexer justamente nos contextos que, por muito tempo, no foi possvel, ou no foi desejado perceber.

    Haja coragem! Sem dvida, estamos mexendo num vespeiro; mas, se no mexermos, ele ir acabar conosco. Acupuntura? Florais? Meditao? Yoga? Pode ser. Ajudam muito. Entretanto, algo comprometido, pr-ativo, tem de ser colocado em prtica para que os resultados verdadeiros de transformao e cura comecem a acontecer. O corpo est revelando uma desarmonia do ser. Portanto, harmonizando esse corpo iremos viabilizar uma possvel integrao, uma cura. O corpo est sendo usado para comunicar a desarmonia do ser. Ento, ser esse mesmo corpo que ir avisar ao ser que ele est sendo amado e respeitado, nutrido e purificado. Tratado com afeto: corpo e Alma unidos no mesmo propsito.

  • A evoluo espiritual passa necessariamente pela cumplicidade e comunicao afetiva entre Alma e corpo, instrumento desta experincia encarnatria. O mais fascinante da proposta da Alimentao Desintoxicante que o discernimento (lucidez para perceber e decidir), fazer escolhas assertivas, superar e ser criativo, inspirado, passa pelos cinco sistemas de excreo, em sua plenitude e sempre aliviados. Veja a relao com os cinco sentidos no captulo 4.

    Esse processo corresponde metafisicamente capacidade interior de se desprender (desapegar) dos contextos venenosos e sem valor nutricional da vida, como tambm dos padres e desafetos ultrapassados e destrutivos. Ou seja, no incio, no d para pensar muito. Enquanto intoxicados, temos dificuldades em nos aproximarmos das realidades, das solues. Inicialmente, voc dever proporcionar ao seu corpo os sucos desintoxicantes, verdes e vivos. Eles sero os facilitadores (cmplices) do processo de limpeza e purificao.

    Quanto mais desintoxicados, mais lcidos ficamos para discernir quanto ao mago da questo, ao mundo da realidade. Sua parte ser simplesmente permitir-se purificar, sutilizar.

    Fecho este captulo com um lindo texto do Maurcio Santini.

    Inimigos ocultosUm verdadeiro poema s doenas

    Maurcio SantiniSofre de reumatismo:

    Quem percorre os caminhos tortuosos,Quem se destina aos escombros da tristeza,Quem vive tropeando no egosmo.

    Sofre de artrite:Quem jamais abre mo,Quem sempre aponta os defeitos dos outros,Quem nunca oferece uma rosa.

    Sofre de bursite:Quem no oferta seu ombro amigo,Quem retesa, permanentemente, os msculos,Quem cuida, excessivamente, das questes alheias.

  • Sofre da coluna:Quem nunca se curva diante da vida,Quem arrega o mundo nas costas,Quem no anda com retido.

    Sofre dos rins:Quem tem medo de enfrentar problemas,Quem no filtra seus ideais,Quem no separa o joio do trigo.

    Sofre de gastrite:Quem vive de paixes avassaladoras,Quem costuma agir na emoo,Quem reage somente com impulsos,Quem sempre chora o leite derramado.

    Sofre de priso de ventre:Quem aprisiona seus sentidos,Quem detm suas mgoas,Quem endurece em demasia.

    Sofre dos pulmes:Quem se intoxica de raiva e de dio,Quem sufoca, permanentemente, os outros, Quem no respira aliviado pelo dever cumprido, Quem no muda de ares,Quem no expele os maus fluidos.

    Sofre do corao:Quem guarda ressentimentos,Quem vive do passado,Quem no segue as batidas do tempo,Quem no se ama e, portanto, no tem corao para amar algum.

    Sofre da garganta:Quem fala mal dos outros,Quem vocifera,Quem no solta o verbo,Quem repudia,Quem omite,

  • Quem usa sua espada afiada para ferir outrem,Quem subjuga,Quem reclama o tempo todo,Quem no fala com Deus.

    Sofre do ouvido:Quem prejulga os atos dos outros,Quem no se escuta,Quem costuma escutar a conversa dos outros,Quem ensurdece ao chamado divino.

    Sofre dos olhos:Quem no se enxerga,Quem distorce os fatos,Quem no amplia sua viso,Quem v tudo em duplo sentido,Quem no quer ver.

    Sofre de distrbios da mente:Quem mente para si mesmo,Quem no tem o mnimo de lucidez,Quem preza a inconscincia,Quem menospreza a intuio,Quem no vigia seus pensamentos,Quem embota seu canal com a Criao,Quem no se volta para o Universo,Quem vive no mundo da lua,Quem no pensa na vida,Quem vive sonhando,Quem se ilude,Quem alimenta a iluso dos outros,Quem mascara a realidade,Quem no areja a cabea,Quem tem cabea de vento.

    Causa e efeito. Ao e reao. Tudo est intrinsecamente ligado. Tudo se conecta o tempo todo. E assim, sucessivamente, passam os anos sem que o ser humano, conhea a si mesmo. Somos, certamente, o maior amor das nossas vidas! Mas nosso maior inimigo aquele que est oculto e que habita, inexoravelmente, no interior de ns mesmos. Anime-se! Descubra-se leve e feliz!

  • Captulo 2-#------------- :----------------------

    Estamos todos intoxicados

    Quanto mais esperto o homem julga-se, mais precisa de proteo divina para defender-se de si mesmo.

    Provrbio dos ndios sneca

    A sade verdadeira uma experincia de viver a longevidade com qualidade e discernimento sobre nossas reais metas. Essas metas acontecem a partir de um instrumento que viabiliza tudo o que viemos realizar na Terra, nosso corpo fsico. Quando cuidamos dele, estamos irradiando de volta a cura para o fsico, o emocional, o mental e o espiritual. Est tudo integrado.

    Sempre esquecemos que nele tudo comea e termina. Achamos que na espiritualidade podemos dispensar o corpo fsico mas, quanto mais elevada uma construo, mais profundas precisam ser as suas fundaes. Nesse descaso para com o corpo e sua linguagem integral do Ser, acabamos sofrendo algum tipo de dor, seja ela fsica, emocional ou espiritual. por isso que todos necessitamos da sade, sempre: san-idade.

    Quando o organismo est em equilbrio e aquilo que ingerimos (qualidade e quantidade) no excede aquilo que eliminamos (ou transmutamos), podemos ser flexveis, viver sem dogmas ou disciplinas rgidas. Quando esse equilbrio rompe-se ou no existe, os sintomas da intoxicao logo nos avisam que algo no est exatamente bem. Sentimos isso no corao.

    J falamos da doena como um alerta da Alma. H um ditado que afirma que Deus tenta o tempo todo nos ajudar a crescer. No entanto, quando no reconhecemos Sua ajuda pelo amor, Ele no tem outra alternativa e ajuda-nos pela dor. A doena um aprendizado pela dor. Nesse caso, doena um alerta: Onde voc est querendo chegar com suas decises e atitudes? Eu no estou mais conseguindo administrar tantas dificuldades. A doena , entre

  • outras coisas, uma tentativa desesperada do organismo para livrar- se das substncias txicas, produto das tantas adversidades a ele impostas.

    Para a maioria de ns, dor e falta de energia so a real manifestao do caos gerado pela intoxicao generalizada que nos separa da serenidade metablica, fonte de nossa energia e fora. Existe tambm uma poluio social, na qual o que vemos e ouvimos nem sempre est de acordo com o mundo equilibrado e pacfico em que gostaramos de estar vivendo. Agredidos e sem defesas - doentes - tentamos erradamente nos esconder da vida - por que levantar pela manh e enfrentar a labuta do dia? Esse o motivo pelo qual nos sentimos como se no tivssemos motivos suficientes para viver. O estado comum : esgotados, exaustos, emburrecidos", inseguros, ansiosos, vulnerveis, impotentes, irritados, subnutridos e tristes.

    Sob estresse emocional, sentimo-nos sobrecarregados de insatisfao, desequilbrios, carncias e da sensao de estarmos fora de controle. Pode ser por um relacionamento doentio, por um trabalho por demais cansativo ou por um estilo de vida superficial que provoca subnutrio e frustraes. Sem dvida, so muitos altos e baixos sem o necessrio tempo para digeri-los. Para piorar, insanos, buscamos o consolo (a sedao) com a ingesto de alimentos errados: gordurosos, repletos de acar, industrializados, refinados, conservados quimicamente e, s vezes, contaminados com agrotxicos.

    Estamos intoxicados at espiritualmente porque, com tantos estmulos socioculturais, ficamos preocupados demais com o externo. Que tempo resta para a comunicao com o interno? Diariamente, nos sentimos com preguia de pesquisar dentro de ns o que realmente nosso, de buscar verdades, valores e ter f em ns mesmos. Some- se a tudo isso a inegvel poluio ambiental. O ar que respiramos e a gua esto repletos de substncias qumicas e gases txicos. Para complicar, quanto mais intoxicados, pior respiramos. Concluso: falta energia, lucidez, agilidade mental, memria e pensamentos positivos.

    Chega! Isso est com cheiro de terrorismo! O que fazer? No posso mudar o mundo. Mas... Eureka! Posso mudar o meu mundo!

    O que entra e nos prejudica deve necessariamente sair. Tudo o que velho e no tem mais utilidade (reviso de crenas e paradigmas) obrigatrio que saia o mais rpido possvel. No entanto, nada to fcil como parece. Muitas toxinas que entram no corpo, esprito ou mente no saem com facilidade e, muitas vezes, num perfeito ato de sabotagem, somos ns quem as impedimos de "sair". Apegamo-nos ao ruim conhecido, em prol do medo do desconhecido.

  • Talvez, no possamos ver as toxinas ou ter essa conscincia, mas isso no significa que no estejam ali; mesmo invisveis, podemos senti-las todos os dias, como fadiga, doena, raiva, depresso ou estresse. Provocam os sintomas como dor de cabea, dor nas costas, erupes na pele, ansiedade e nervosismo, que nos impedem de dormir ou nos fazem dormir demais; tiram-nos fora, resistncia e alegria de viver. Onde fica o teso pela vida? hora de fazer alguma coisa. hora de recuperar e manter a energia, regenerar o corpo, curar o mecional, a psique, animar e reacender nosso esprito.

    Desintoxicar a vida significa ser capaz de tirar todo o lixo do sangue, corao e mente, para estar centrado diariamente. Viver a possibilidade de enfrentar todos os desafios do dia a dia com sensao de frescor, vitria e direo. Desintoxicar a vida significa ter a coragem e a determinao de aprender - e praticar - como deixar sair o velho, confiando que o novo ser tudo o que necessrio para continuar crescendo, num corpo lcido e saudvel. Desintoxicar a vida significa resgatar suas verdades, o poder pensante da Alma e, sadiamente, desidentificar-se dos modelos e verdades do mundo.

    Desintoxicar a vida significa ser livre.

    Os sintomas de intoxicao

    O corpo humano constitudo basicamente de matria e energia. Toda a vida acontece por intermdio de atividades qumicas e eltricas. Cada pensamento, sentimento, emoo ou ao causam alteraes qumicas e eltricas. Da mesma forma, cada pensamento ou conduta proveniente dessas alteraes. Se percebermos nosso corpo dessa maneira, ser fcil reconhecer que pensamentos negativos como o medo podem causar lceras que, associadas m alimentao, com falta de alimentos frescos e nutritivos, iro ajudar na formao da doena e dificultar sua cura.

    Para o ser humano funcionar com o mximo de eficincia e alcanar a sanidade em todos os aspectos da vida, fundamental supri-lo com as bases qumicas de que precisa; e, existe uma nica fonte, que uma dinmica alimentar saudvel, que envolve os cinco alimentos:

    1. Nutrio2. Hidratao3. Respirao

  • 4. Atividade fsica5. Relaxamento

    A partir do momento em que essa dinmica de hbitos saudveis no acontece e perpetuam-se os maus hbitos, cria-se um crculo vicioso em que maus hbitos geram distrbios metablicos e energticos, que dificultam a clareza de pensamentos, os quais tornam-se confusos e negativos, gerando mais distrbios metablicos e dificuldades para ter hbitos disciplinados de sade. Pronto! Est construda uma desarmonia, uma desinteligncia, uma inimizade com o prprio Ser. Essa desarmonia permanente e excessiva ir diminuir e debilitar as funes de todo o organismo, principalmente as que se referem aos mecanismos de excreo. Observe que, alm dos fatores fsicos e internos de intoxicao, podemos incluir fatores externos como o barulho e luz muito forte, cores berrantes, formas agressivas, odores artificiais e contato exagerado com sintticos.

    Essa parafernlia das cidades grandes e do mundo moderno provoca um estado de estresse, que estimula exageradamente os cinco sentidos e perturba todas as funes fisiolgicas. Quanto mais agressivos so os estmulos que a pessoa sofre ao longo do seu dia, maior tempo de sono, relaxamento e digesto ela ir necessitar para eliminar e regenerar-se. O corpo humano est programado para realizar suas funes de eliminao e mobilizao das 4 s 10 horas da manh. Portanto, quanto mais intoxicado, maior ser o mal-estar do organismo ao acordar. Vejamos, a seguir, os sintomas provocados pelo esforo dos rgos excretores para se livrar do excesso de toxinas.

    Sintomas no corpo fsico

    So os mais numerosos e fceis de perceber. Trata-se do corpo tentando avisar rapidamente sobre suas dificuldades. Plpebras inchadas ou coladas, olhos vermelhos, esclerticas amarelas, viso turva, necessidade de assoar o nariz, nariz entupido, boca pastosa ou seca, lngua coberta por uma placa branca ou amarelada, vontade de tossir e de cuspir, mau hlito, dor no couro cabeludo, dor de cabea, de estmago, de barriga ou em outras partes do corpo, corpo pesado, rigidez e fraqueza nas articulaes e msculos, problemas de pele e cabelos, cansao geral.

  • Sintomas no crebro e no corpo mental/

    As sinapses - comunicao eltrica entre os neurnios - e todo o processo de raciocnio lgico e analgico fica prejudicado com a intoxicao. Nessas condies, acontece um emburrecimento, que pode ser de grau leve, mdio ou grave, prejudicando, inclusive, as reaes instintivas de defesa, de preservao da vida. Mente confusa, com uma sensao de estar perturbado, raciocnio lento, memria falha e indeciso geral, dificuldade para pensar e planejar.

    Sintomas de ordem psicoemocional

    A conduta e atitudes passam a sofrer interferncias de instabilidade e vulnerabilidade emocional. Nessas condies, haver uma tendncia de a pessoa viver no mundo da iluso, perdendo gradativa- mente o contato com a realidade, a vontade de viver o aqui e agora, e comeam a surgir sintomas de ansiedade, melancolia e depresso. Negativismo, falta de f e choro fcil acontecem com frequncia cada vez mais elevada. Em algumas pessoas, manifesta-se por hiperativi- dade e impacincia, de forma evidentemente desequilibrada.

    Razes para desintoxicar-se

    Um intestino e corpo limpos refrescam o pensamento, diz a sabedoria popular, ou seja, traz em lucidez e clareza para perceber a vida como ela . Muitos de nossos problemas fsicos e psicolgicos so oriundos de uma carga de toxinas que carregamos dentro de nosso corpo. Os antigos, sabendo disso, faziam uso de vrios recursos frequentes para higienizar corpo e Alma: purificar o esprito. lgico que podemos abordar nossa transformao por vrias frentes, mas cuidar do corpo fsico primrio, porque ele um instrumento que padece, ao ver cristalizados na forma de doenas, todos os enganos e ignorncias que nos permitimos vivenciar enquanto sem nima.

    Todas as doenas, infecciosas ou no, decorrem de um terreno pobre e sabotado. Um ser intoxicado mental (crenas e paradigmas inadequados), energtica (emoes desequilibradas e no curadas)

  • ou fisicamente (alimentos, gua e ar contaminados) adoece, e qualquer tratamento deve iniciar-se pela desintoxicao. Aprendendo a nos desintoxicarmos, descobriremos os segredos da sade plena, aprenderemos a prevenir doenas e a dialogar mais com nossa Alma, canal de comunicao com nossa essncia ou esprito.

    Os alimentos desintoxicantes, alm de favorecerem a mobilizao dos venenos e toxinas, tambm nutrem, vitalizam e rejuvenescem. Esse conjunto integrado de fenmenos positivos cria uma harmonia metablica que viabiliza as atitudes de introspeco e reflexo: o silncio, o meditar. Quanto melhor nos sentimos, mais procuramos meios naturais e saudveis para nos equilibrarmos, como tomar sol, consumir alimentos vivos e saudveis, praticar atividade fsica com prazer, meditar, relaxar, etc. Esses so os praze- res verdadeiros. Recorrer impulsivamente s drogas (acar, caf, lcool, fumo, etc.) e guloseimas que causam dependncia e arruinam a sade no pode ser considerada uma atitude de sabedoria ou espiritual.

    Veja quanto engano: quanto mais intoxicados estamos, mais precisamos de estimulantes para manter o estado de intoxicado. Nesse momento, est fcil perceber que a intoxicao contm um crculo vicioso de insanidade. O desequilbrio metablico muda nossa disposio e provoca distrbios psicoemocionais. O excesso de acar e estimulantes provoca excesso de adrenalina e cortisis. Um exemplo: qualquer emoo vivenciada de forma desequilibrada provoca uma descarga de adrenalina no sangue - reao ao estresse. Isso cria um bloqueio das funes de eliminao do corpo, elevando o nvel de intoxicao e agravando os distrbios emocionais.

    Como interromper esse crculo vicioso? Mudando de linha, desintoxicando-se diariamente e mantendo os portais de eliminao - os sistemas excretores - sempre prontos e ativos para funcionar com carga total. Muitos distrbios, que primeira vista parecem ter apenas causas psicolgicas, podem (e devem) ser transformados por uma simples limpeza do organismo. Num caso extremo, a cura de diversas doenas psiquitricas graves, frequentemente consideradas incurveis, mostra isso. Qualquer intoxicao do organismo e qualquer distrbio emocional provoca uma diminuio das funes cerebrais. Todos sabem como difcil raciocinar com clareza aps uma refeio pesada.

    Descobrir o efeito positivo da desintoxicao sobre o desempenho cerebral e mental apaixonante. A vitalidade e agilidade mental, a concentrao, a memria, a capacidade criativa e intuitiva ficam

  • potencializadas. Sempre afirmo: intestino preso e corpo intoxicado "emburrecem. Em contrapartida, um organismo desintoxicado, aliviado, fica friais leve e criativo, e, portanto, mais dinmico e inteligente. Um organismo desintoxicado torna-se mais lcido, presente, porque consegue perceber mais a vida a partir dos cinco sentidos apurados, e discernir sobre qual a melhor conduta para a sua evoluo espiritual, motivo pelo qual aqui estamos.

    Todas as grandes religies da histria instituram perodos de descanso do organismo (Shabat, Ramad, Quaresma, jejum ritual) para assegurar a boa condio fsica durante o ano e criar momentos privilegiados para a vida espiritual. As tcnicas de desintoxicao so instrumentos valiosos para nos libertarmos do condicionamento educacional, dos hbitos sociais nocivos sade, das emoes desequilibradas, dos preconceitos, da impacincia e da intolerncia. Os hbitos agradveis, a refeio saborosa e os pequenos prazeres no devem ser abolidos. No h como obter sade com atitudes de disciplina espartana, mas sim, por uma sucesso de adaptaes sbias. Afinal, ser sbio sinal de um ser desintoxicado, purificado. A experincia individual insubstituvel quando se trata de aprender, sem fanatismo, a manter a forma fsica, a equilibrar a vida emocional, e a ampliar nossa conscincia espiritual.

    A motivao superimportante

    O segredo para a transformao pessoal comea nas clulas. Trata-se do rejuvenescimento celular. Quando limpamos e reconstrumos nossas clulas, elas passam a nos transmitir novas mensagens. Novas clulas tm novos significados, novas histrias para contar; no seguem a mesma velha programao. Importante ressaltar que as clulas, como microcosmos do macrocosmo que o corpo total, tambm pensam, sentem e tm memrias boas e ruins. Se voc est pronto para respeitar e mudar suas clulas velhas e cansadas e encontrar nova energia fsica, emocional, mental e espiritual, ento est pronto para desintoxicar-se. Quando falamos da qualidade de nossas clulas, significa estarmos atentos para os lquidos que se encontram dentro e fora delas, pois exatamente pelos lquidos corporais que trocamos (ou mantemos) as informaes celulares. Os alimentos desintoxicantes fornecem ao sangue e demais lquidos corporais, agentes de alta qualidade nutricional que rapidamente:

  • Estimulam a excreo das toxinas e venenos. Provocam a revitalizao e rejuvenescimento das clulas. Alteram a dinmica de comunicao entre as clulas.

    No importa quais sejam suas razes. A deciso de se desintoxicar um ato de coragem. As recompensas so extraordinrias, mas os desafios tambm so. O fato de compreender sua motivao desde o incio o manter determinado, e esse foco lhe dar foras. Quando abordamos um objetivo com a motivao correta, a vitria est 50% garantida; os outros 50% so de suor. Faa a sua lista de motivos em letras garrafais, imprima-os sobre um papel de cor bem chamativa, tipo verde-limo ou amarelo-cheguei e cole em lugares estratgicos, para que voc no os esquea. Estes so alguns exemplos:

    Preciso de mais energia. Antes de comear qualquer coisa, j estou cansado e achando tudo difcil.

    Quero encontrar sentido e significncia para a minha vida. Quero acordar todos os dias com vontade de viver e sentir

    que minha vida est valendo a pena. Quero ter uma alimentao saudvel e mudar a forma como

    me alimento. Quero ter a coragem e a determinao de dar ao meu corpo

    somente aquilo que nutre, vitaliza e faz bem. Quero ser mais comprometido com minha sade. Quero ser mais assertivo e no mais desistir dos meus reais

    propsitos. Quero ter certeza do meu poder e tomar as decises que

    acredito serem as melhores para minha evoluo. Quero ter a coragem de deixar sair coisas, principalmente

    aquelas que sei que no me fazem bem. Quero simplificar e purificar minha vida, que est lotada de

    coisas que me deixam insatisfeito (preso). Quero seguir um caminho de mais conscincia, ser mais

    verdadeiro comigo e saber dizer, em paz, todos os nos e sins que vm do meu corao.

    Quero me amar tanto que no terei problemas para amar a tudo e a todos.

    Quero ser uma pessoa mais grata e generosa comigo e com os que me cercam.

  • Os quatro pilares da Alimentao Desintoxicante

    Quando focamos a sustentao, tudo o que tem quatro apoios tem mais garantia de firmeza, de estrutura, de cho. E, um dia estava refletindo sobre os aspectos gostosos, alm dos sucos, da Alimentao Desintoxicante, e me veio essa palestra. Alis, esse um poder pensante que coloco em tudo o que fao: buscar integrar crescimento com prazer e alegria. Ganhamos tempo, energia e muito amparo.

    Primeiro pilar: sade com conscincia

    A conquista da sade plena requer de cada um a sua parcela de comprometimento, busca pela informao assertiva que ecoa em nossa alma e corao: autoconhecimento. Costumo dar pouca importncia para classificaes rgidas dos seres humanos por tipos, para tabelas, dietas, suplementos ou receitas milagrosas e tudo o que nos impingido sem esclarecimentos ou espao de compreenso. grande a sabedoria do poder pensante ao se perguntar antes: tem sentido? Tem nexo? Tem fontes? Tem sustentao? Se sim, ento vou experimentar.

    Outra pergunta que coloco em todas as ofertas e novidades no universo da alimentao: industrializou? Tem muita propaganda? Ponha ateno multiplicada, pois h grandes chances de voc ser a primeira vtima desse capitalismo selvagem. Cada pessoa

  • nica e apresenta necessidades energticas e nutricionais diferenciadas, inclusive a cada momento de sua vida. Portanto, quando estou grvida, tenho uma necessidade nutricional, quando mudo de emprego tenho outra, quando estou de frias, outra, quando tenho 20 anos, outra, quando tenho 30, outra, e assim a dinmica da vida: a biodinmica. Biodinmica a cincia criada por Rudolf Steiner para a produo agropecuria, que valoriza a perfeita integrao, e autossustentao, de cada planta ou animal, com a estao, o solo, o clima, etc. que os cercam.

    O sbio que cada ser humano se informe, estude, esclarea- se, traga para a conscincia no s conhecimentos sobre os alimentos, o que se produz facilmente sua volta, mas sobre seu organismo, o metabolismo humano, suas necessidades bsicas, como tambm se autoconhea para oferecer ao seu corpo e Alma aquilo de que ele realmente necessita e melhor assimila.

    O ser humano nasceu para ser saudvel e longevo; jamais doente. Longevidade com significncia, sentido, qualidade de vida o propsito desta experincia evolutiva. O corpo fsico o instrumento encarnado desta experincia. A Alma, o poder pensante que torna esta experincia animada e real, ser presente, real, jamais doente ou iludida.

    A Alimentao Desintoxicante tem como primeiro pilar, slido e pr-ativo, o compromisso afetivo, o teso por aprender, pela busca de muita informao clara, objetiva e assertiva (porque praticvel com prazer e alegria), para diariamente aflorar mais conscincia, motivao e a possibilidade de cura, transformao e superao. Uma roda que gira e no para: quanto mais desintoxicado, mais pr-ativo, mais motivado, mais animado, mais vitorioso. Num mundo em que os interesses econmicos predominam muitas vezes sobre a tica e a moral, aquele que no estuda, pesquisa e informa-se fatalmente ser uma vtima vulnervel ao desperdcio, frustraes, doenas, distrbios e desequilbrios.

    Segundo pilar:

    baixo custo, mximo benefcio

    A vida simples, ns que a complicamos, quando valorizamos prazeres absurdos, grandiosidades e sofisticaes. A natureza

  • nos fornece tudo de que precisamos para uma vida equilibrada e saudvel. Valorizar o natural uma atitude afetiva de gratido e sabedoria: reeber o que ela nos oferece. O consumismo nos faz esquecer dos valores e poder da natureza que, com sua simplicidade, est sempre deixando registros de seus reais efeitos positivos na humanidade. Um alimento maduro, na sua poca, cai do p e nos oferece seu vio, cor, aroma, textura e sabor: nutrio e energias acumuladas da Terra, do Sol e de Deus.

    Estamos falando das frutas, folhas, razes, legumes, sementes, brotos e flores. Tudo isso enche nossos cestos e despensa sem, contudo, esvaziar nossos bolsos como os alimentos industrializados e vazios: os biscoitos, doces, bebidas, refinados, carnes, embutidos, laticnios e todos os enfeites (visuais e aromticos) que a indstria do capitalismo selvagem faz questo de nos seduzir e vender.

    Esquecemos dos alimentos que esto disponveis nossa volta e nos iludimos em comprar" nossa sade com importados como a quinua, algas, chs, linhaa dourada e tantas frutas exticas. O que sei que todos ns temos o direito sade, no importa o poder aquisitivo ou acesso aos textos cientficos que valorizam os industrializados, encapsulados e engarrafados. Alis, sade no se compra, sade se conquista com bons hbitos simples, porm dirios.

    Diante da esperteza de achar que iludimos nossas clulas subnutridas e fragilizadas com compensaes compradas e artificiais, esvaziamos novamente nossos bolsos quando ficamos doentes, desequilibrados, viciados, intoxicados, desanimados: sem poder pensante, ansiosos, porque sem f em um futuro melhor.

    A Alimentao Desintoxicante incentiva o consumo dos alimentos naturais, nutritivos, que geram e ativam a vida para trazer o mximo benefcio sade: vitalidade, inteligncia plural e equilbrio emocional. Nutrio verdadeira, que mantm e perpetua a vida. A Alimentao Desintoxicante incentiva gastar menos consumindo (investindo) os alimentos naturais, crus e vivos, que nos oferece real nutrio fsica e alqumica.

    Terceiro pilar: versatilidade

    O principal objetivo da Alimentao Desintoxicante facilitar a limpeza, a purificao, do corpo fsico e do poder pensante (a Alma). Tambm, por escolhas e decises mais conscientes, evitar (minimi

  • zar) a entrada e produo de mais toxinas. A prtica e manuteno diria da Alimentao Desintoxicante ir proporcionar mudanas fsicas e vibracionais, entre elas a preciso das percepes corporais (corporalidade) e as sensaes emocionais positivas como lucidez e alegria (afetividade).

    Mais vivos, reais e verdadeiros, o brinde dirio ser a capacidade de escolhas mais assertivas, maior liberdade de ao, mais leveza, novas perspectivas, a desidentificao e dissoluo dos medos, a chegada na gratido e na paz. E esse objetivo comea com o esclarecimento sobre as vrias formas pelas quais cada indivduo pode acessar essa desintoxicao e limpeza. Os alvios so seus, s voc pode acessar seus lastros, apegos e venenos. S voc dever encontrar as melhores maneiras de desapego e libertao.

    Na prtica da Alimentao Desintoxicante s existe uma condio ideal: que o banho interno seja dirio e pela manh em jejum. Tudo o mais deixado por conta das possibilidades e condies de vida e do momento de cada pessoa. Comprometer-se e planejar sbio, mas no se prenda em exigncias e perfeccionismos.

    Em jejum: uma cumplicidade oportuna de limpeza e purificao, pois justo das 4 s 10 horas da manh nosso organismo, com seus horrios, est 100% mobilizado para a eliminao de seus excretos. Ento, nada mais amoroso que praticar esse banho interno na hora certa: todos unidos no mesmo propsito! Se voc acorda s 6, 8 ou 9 horas, essa ser sua hora do banho interno dirio. Se voc acorda depois das 10 horas, a desintoxicao ainda ser possvel, mas ter menos impacto e resposta mais lenta. Pacincia: o seu possvel.

    Todos podem e devem praticar esse banho interno dirio, porque no importa a idade, raa, cor, credo, classe social ou econmica: todos, enquanto vivos, precisam ser livres dos lixos txicos, de seus escudos, suas prises, suas iluses, inevitveis em organismos intoxicados, envenenados, subnutridos.

    Quarto pilar: praticidade

    A humanidade est cercada de regras e obrigaes. O tempo est curto para atender a tantas demandas. Hoje s aceito coisas novas em minha vida se elas forem prticas, simples e objetivas.

  • Caso contrrio, no me servem. A Alimentao Desintoxicante tem a magia de ser extremamente simples e prtica. Acordou? Levanta, vai l na cozinha e toma seu suco desintoxicante. Ou seja, liquidificador sempre na bancada. O suco ideal o verde e vivo, cujas receitas esto apresentadas no captulo 14.

    Mas, no tem nada na geladeira? No deu tempo de ir feira? Baixou preguia total? Certo, mas no vou deixar de tomar o meu sagrado banho interno. Pode ser com um simples copo de gua filtrada tomado em orao com essa inteno. Ou, esprema aquele ltimo limo (ou uma laranja, ou os dois juntos) em meio copo de gua e pronto.

    Logicamente que somente essa gua (no estruturada) no ir dar a nutrio vital e volume fecal, mas voc no deixou de tomar seu banho interno dirio. O compromisso segue valendo. Na prtica, fica a sua verdade e cumplicidade para cada clula do seu corpo e poder pensante. Clulas, rgos e sistemas, cada dia mais fortes, nutridos e integrados, vo aumentando a confiana em voc, por voc, para voc.

    A Alimentao Desintoxicante to simples que voc pode seguir praticando mesmo estando em viagem, na rua ou na casa de amigos. Nesses casos, use sua criatividade, seja flexvel, mas no deixe de tomar seu banho interno. Alis, se possvel, contagie, preparando o banho interno tambm para quem est junto.

    Orgnicos: se voc no os tem fcil na sua cidade ou bairro, ou mesmo poder aquisitivo para compr-los, fique atento s ofertas no final da feira, aos alimentos da poca e queles mais defeituosos, pois certamente sero os mais isentos de agrotxicos. Importa muito mais sua determinao que a perfeio.

    Enfim, existem muitos motivos e facilidades para praticar a Alimentao Desintoxicante. Meu convite : comece ontem a tomar o seu prazeroso e saudvel banho dirio interno. Com uma semana de prtica j sero evidentes os resultados: mais vitalidade e disposio, melhor sono, agilidade mental e memria, intestinos mais ativos, viso mais clara, vontade de colocar as coisas em dia, enfim, mais vontade de viver e enfrentar os desafios do dia a dia.

  • O Mantra da Des-In-Toxic-AoComeo meus dias com esse mantra que irradia do meu comprometimento e poder pensante (Alma):

    / (Des)Minha primeira ao no deixar

    toxinas dentro de mim (In)

    Quem comanda (decide) o movimento (para onde vou) da roda? O pneu, que vive err altos e baixos, ou seu eixo que vive centrado? Ento, meu convite : DES (no) + IN

    (dentro) + TOXIC (toxinas) + AO banho interno dirio. Essa a forma de mant< seu eixo irradiando, proporcionando todos esses movimentos e chegadas em sua vida

  • Deixar sair o velho e permitir-se o novo

    Alimentao Desintoxicante uma dinmica pautada no esclarecimento, pois quanto mais nos esclarecemos, menos nos intoxicamos, e quanto mais

    nos desintoxicamos, mais clareza temos quanto ao nosso destino.

    A desintoxicao uma limpeza completa que alcana cada clula do corpo, cada cantinho, cada ameba emocional. Significa expurgar tudo o que no serve mais, limpar e dar espao ao novo, fresco e saudvel. So inmeras as coisas que ingerimos diariamente, boas e no to boas. Depois, sem permitir que saia o que nos envenena ou no serve mais, ainda reclamamos: Estou obeso! Meu intestino no funciona! Tenho presso alta! Colesterol, triglicrides, glicose! Clicas, rinite, catarro, alergias, corrimento, cistos, dores nas costas, de cabea, na nuca.... Uau! Pode parar!

    Nosso corpo perfeito. As fezes, a urina, o suor, os gases e arrotos, a expirao, a transpirao, o espirro e a tosse, o catarro, a lgrima, a menstruao, o orgasmo e tantas coisas mais so todas mecanismos que ele tem para eliminar os excessos que nos perturbam, evitando assim as doenas. Entretanto, 80% das fatais doenas tpicas das ltimas dcadas esto diretamente ligadas ingesto e produo em excesso de substncias que o corpo humano s pode tolerar esporadicamente ou em pequenas doses, porque os rgos excretores necessitam de plenitude e tempo para elimin-las.

    A pele, os pulmes, o fgado, os rins e os intestinos tm uma capacidade de desintoxicao admirvel. Se no os sobrecarregamos permanentemente, eles eliminam sem dificuldades as substncias de que o organismo no mais necessita: as excrees. Erroneamente achamos que a maioria das mudanas que devemos fazer na vida comea de fora. Esperamos que um novo trabalho, com salrio maior, melhore nossa autoestima e prazer de viver; que

  • um novo parceiro, tipo um prncipe encantado, nos proporcione uma vida mais plena. Definitivamente, para desespero e alegria de todos, a proposta deste trabalho uma desintoxicao diferente, real, sem iluses. A ideia sermos cmplices do nosso corpo e fazermos uso de todos os mecanismos naturais, precisos e sagrados que ele possui.

    Vamos operar uma varredura de limpeza de dentro para fora, provocando uma verdadeira viagem s nossas reais necessidades internas, de alvio das tenses e iluses. Desintoxicar-se nesse nvel mais profundo, digamos celular, um trabalho de autoconhecimento e autoestima sem fronteiras. Trata-se tambm de um transbordar, porque quanto mais saudveis e vivos nos sentimos por dentro, mais nosso exterior comea a refletir esse novo estado de ser. Esse processo de limpeza que se inicia no mago, desde as percepes e pensamentos, acaba por mostrar-se tambm na superfcie com as novas condutas e atitudes. Tudo comea a mudar.

    Ao eliminarmos as toxinas e venenos acumulados, comeamos a limpar os velhos hbitos de pensar e interagir, as crenas ultrapassadas, negativas e hipcritas, as opes impulsivas e convenientes, as raivas insanas e absurdas, os medos monstruosos de coisas to pequenas; enfim, todas as coisas antigas, embolora- das e acumuladas que no servem mais. A proposta : purificao contnua e um constante renascer. Divertidamente: desintoxicar-se diariamente com um banho interno. Saiba que esse um caminho irreversvel, porque a construo de um mundo interno limpo, forte e bem estruturado, porque nutrido, com fluida comunicao celular, nos faz entrar em harmonia com nossa sade, vitalidade e sabedoria.

    Aprender a eliminar nossos excretos fsicos, emocionais e mentais algo inesquecvel, porque provoca enorme sensao de vitria e superao. Chegou o momento de voc aprender a limpar-se de verdade, por meio da alimentao, respirao, atividade fsica, pensamentos e atitudes sbias.

    Os rgos excretores

    vital saber um pouco sobre os rgos excretores e sobre os fatores que os intoxicam e sobrecarregam. Eles so os personagens

  • principais da Alimentao Desintoxicante e, portanto, merecem muito amor, respeito e destaque neste captulo. Minha abordagem ser sempre pela viso metafsica, j que toda a sintomatologia desses rgos ser sempre a manifestao fsica de algo muito maior, que est alm do mundo da forma.

    Poucas so as pessoas que tm conscincia da sua corporali- dade, menos ainda dos seus rgos, sistemas e funes internas. Assim, penso que, mesmo numa abordagem simplificada, esses rgos precisam ser mais conhecidos e valorizados. O corpo humano funciona de forma complexa porque totalmente integrado, no qual cada parte trabalha pelo todo. Cada rgo ou sistema busca cumprir sua funo numa sequncia inteligente, mas uma dificuldade por um perodo prolongado ir desencadear a doena, muitas vezes distante do rgo originalmente em dificuldade, porque toda doena constitucional, ou seja, envolve todo o organismo e no apenas parte dele.

    sbio que cada ser humano busque entrar em sintonia, por meio do esclarecimento, com seu corpo e suas partes, entendendo melhor seu funcionamento e necessidades. Conhecer o funcionamento do corpo fsico implicar num maior cuidado com todas as suas formas de nutrio e bom uso. No precisamos entender exatamente como acontecem todas as etapas da bioqumica humana, mas somente saber do que o corpo precisa para ele fazer a parte que lhe cabe. Cumplicidade, certo?

    Esta minha apresentao muito simples, mas na medida certa, para que saibamos que os rgos excretores existem e por que divinamente existem. Devemos vigiar com muita ateno tudo o que entra e alimenta essa mquina. O filtro dessa entrada permitida no pode estar pautado somente no prazer, mas na sabedoria de como ela funciona quando est em perfeito estado. Na verdade, essa conscincia que dar o prazer verdadeiro.

    Tudo digerido, transformado em unidades bsicas e distribudo para todas as partes necessitantes. Mesmo que fique por um tempo armazenado, em algum momento ser metabolizado. Quando chega a hora da eliminao das excrees, venenos e toxinas, o organismo inteiro conta com os sistemas excretores. Observe que, ao final da explanao sobre cada rgo excretor, listo os cuidados que devemos ter com cada um deles. Propositalmente, repito certas recomendaes. Imagine quais? Certamente as dinmicas da Alimentao Desintoxicante.

  • O fgadoO fgado rege o sentido da viso.

    Quando muito intoxicado, cristaliza a raiva, o dio e as emoes primitivas.Quando desintoxicado, celebra a leveza com bom humor e a viso de horizontes.

    0 fgado , verdadeiramente, um rgo complexo e surpreendente. Sem dvida, o sistema heptico muito importante, motivo pelo qual o fgado o maior rgo do corpo humano. Em grande escala, a sade e a vitalidade de um indivduo so determinadas pela sade e tonicidade desse rgo, que o responsvel inicial pela desintoxicao do corpo humano. As funes bsicas do fgado so: vascular, secretria e metablica.

    Em sua funo vascular inclui-se o fato de ser um importante reservatrio de sangue, que filtra mais de um litro de sangue por minuto, removendo bactrias, endotoxinas, complexos antgeno-anticorpo e vrias outras partculas da circulao. Na sua funo secretria, ele sintetiza cerca de um litro de bile por dia. A bile absorve e solubiliza as substncias gordurosas, entre elas as vitaminas, alm de efetivamente ajudar na eliminao de muitas substncias txicas e excessos hormonais. O fgado uma usina de purificao das toxinas alimentares.

    As funes metablicas do fgado so inmeras e essenciais porque ele est intrincadamente envolvido na digesto dos carboidratos, protenas e gorduras, que iro gerar toda a matria-prima de construo e manuteno do corpo humano. A moderao condio fundamental para o pleno funcionamento do fgado. Os excessos no plano fsico ocorrem com a ingesto demasiada de gorduras, de alimentos muito industrializados, de acar, de lcool e de drogas. Esses excessos tm sua origem na falta de respeito aos seus prprios limites.

    Aqui, o bom senso fator primordial. Perceba como anda o seu bom humor, porque ele interfere diretamente na funo metablica do fgado. O fgado a principal vscera produtora da energia da agressividade, a qual matria-prima das nossas conquistas. importante no confundir agressividade (ir luta) com violncia, que s acontece quando estamos intoxicados, desidentificados do amor e gratido. O ato de eliminar o que no serve mais nas relaes ou situaes da vida corresponde ao processo de desintoxicao que o fgado realiza no sangue.

    Encarar serenamente um desafio, sem iluses, torna tudo mais fcil e digervel. Esse comportamento facilita a quebra dos alimentos, inclusive os mais indigestos, como as gorduras e vitaminas oleosas. Atitudes negativas tornam os desafios ainda maiores, dificultando

  • todas as funes hepticas. O fgado possui tambm uma grande capacidade de regenerao, qualidade intensificada em pessoas mais flexvis s mudanas e com facilidade de se refazerem a partir de situaes difceis. Metafisicamente, os distrbios do fgado so provenientes do hbito de se queixar com amargura e rabugice apenas para iludir-se (resistir s mudanas de pensamentos agoniados, plenos de raiva, medo e dio de situaes do passado).

    Cuidados de bom senso

    Praticar uma dieta rica (50% mnimo) em alimentos crus e vivos, frescos, integrais, com elevado teor de enzimas, fibras e substncias antioxidantes, logicamente isentos de agrotxicos.

    Ingerir diariamente, em jejum, um dos sucos da Alimentao Desintoxicante.

    Fazer uso de chs e tnicos hepticos (ver adiante). Consumir diariamente cerca de seis a oito copos de lquidos,

    entre sucos, ch e gua. Massagear as palmas das mos e solas dos ps com uma

    bolinha (veja figura abaixo), para estimular todo o sistema heptico, digestrio e excretor.

    Praticar os exerccios divinos de cura (ver adiante) diariamente, porque eles estimulam todos os meridianos.

    Praticar a terapia do riso (ver adiante), porque o bom humor desopila o fgado.

    v_____________________________________________________ J

    As afirmaes adequadas para iniciar o processo de cura, segundo Louise L. Flay so:

    Liberto o passado e avano para o futuro. Adapto-me com doura ao fluxo da vida. Fao as pazes com o meu passado.

  • Os agentes fsicos que causam dano ao fgado so: lcool, fumo, caf, ch (exceto o verde e os de ervas), cacau, excitantes, acar branco, alimentos refinados, alimentos industrializados, produtos qumicos sintticos ou naturais em excesso de gordura animal.

    Os rinsOs rins regem o sentido da audio.

    Quando muito intoxicados, cristalizam as crticas, desapontamentos e fracassos.Quando desintoxicados, celebram o sentir sem medo de crescer e transformar.

    Os rins filtram todos os lquidos que passam pelo corpo humano, que representam de 65 a 75% do peso de um adulto. Importante lembrar que existe uma relao simblica entre a gua e todas as questes emocionais e sentimentais: a mgoa uma m gua; a tristeza nos faz chorar.

    A cada minuto, cerca de 20% do sangue que sai do corao passa por esse par de rgos com o formato de feijes. So filtrados 125 ml de sangue por minuto, sendo que 124 ml so reabsorvidos pela circulao e 1 ml vira urina (excreto). Num adulto corretamente hidratado, espera-se um volume aproximado de 1,5 litro por dia de urina, que dever ser idealmente de incolor a ama- relo-claro e transparente.

    O processo de filtragem entendido metafisicamente como uma capacidade de discernimento (quem passa no filtro e quem fica retido?) que, ao final, um trabalho realizado por todos os rgos excretores. No caso dos rins, ele ir filtrar o sangue, ou seja, todas as substncias que penetrarem na corrente sangunea tero de passar por seu sistema de seleo que est relacionado com a capacidade interior de se desprender e eliminar os fatos desagradveis da vida, como tambm os comportamentos do passado no condizentes com o presente.

    A qualidade dessa filtragem costuma ser muito afetada pela crtica, julgamento e malcia. claro que existem situaes perigosas e inadequadas que no iro levar-nos aonde queremos. Cabe a ns perceber e desvencilhar-se e jamais se identificar com a situao. Criticar apenas no resolve; ao contrrio, liga- nos ainda mais, se permanecemos presos e no transformamos devidamente aquela relao em desafio. Alm disso, importante notar que o sistema renal funciona com um par de rins; portanto, depende de parceria e cumplicidade entre eles para seu ple-

  • no funcionamento. Externamente eles representam a busca pela qualidade dos relacionamentos interpessoais e a percepo do amor pelo outro.

    Outra situao interna que atinge os rins a crena nas dificuldades. Temer no conseguir realizar seus objetivos representa no ter se livrado das memrias difceis do passado. Achar que tudo difcil e complicado dificulta na seleo e discernimento. A sada o positivismo, que ir favorecer o bom funcionamento renal. Os clculos e dores renais revelam dificuldades de relacionamentos no dissolvidas. Existe embutido, tambm, um comportamento emocional infantil ou rebelde diante dos desafios, principalmente aqueles ligados s nossas parcerias e unies. Reclamar da situao no ver o lado bom que existe nela.

    Cuidados de bom senso

    Praticar uma dieta rica (50% mnimo) em alimentos crus e vivos, frescos, integrais, com elevado teor de enzimas, fibras e substncias antioxidantes, logicamente isentos de agrotxicos.

    Ingerir, em jejum e ao longo do dia, os sucos da Alimentao Desintoxicante.

    Fazer uso de chs diurticos (ver adiante). Consumir diariamente cerca de seis a oito copos de lquidos entre sucos, ch e gua.

    Massagear sempre que lembrar, com movimentos circulares, toda a regio lombar, que vai desde a cintura at o cccix.

    Massagear as palmas das mos, principalmente as reas reflexas dos rins (veja figura a seguir).

  • Atualmente, mais de 10% dos homens e 5% das mulheres sofrem de clculo renal. Explica-se essa desproporo pelo fato de as mulheres externaiizarem mais suas emoes, enquanto os homens costumam cristalizar seus desapontamentos afetivos. A incidncia varia geograficamente, refletindo diferenas ambientais e compor- tamentais. Entretanto, o ndice de casos abruptamente crescente, associado modernizao ocidental. Em qualquer ser humano com problema renal, existe oculta uma dependncia dos outros, uma necessidade de apoio, considerao e afeto, por mais que suas atitudes afirmem o oposto, pois, quando suas expectativas afetivas so frustradas, costuma criticar os outros, querendo mostrar-se autossuficiente.

    Sal, baixo consumo de gua e de fibras, consumo em excesso de protenas, aditivos qumicos e alimentos industrializados so hbitos pssimos para o pleno funcionamento dos rins. Por outro lado, o simples cuidado de ingerir mais frutas e vegetais frescos e crus, alm de alimentos mais integrais, j impedem notavelmente o desenvolvimento de dificuldades renais.

    A peleA pele rege o sentido do tato.

    Quando muito intoxicada, mazela-se para sinalizar uma insatisfao com o externo. Quando desintoxicada, celebra com gratido o contato com a natureza das pessoas que ama.

    A pelo protege nossa individualidade. a membrana que separa o corpo fsico do mundo externo. A superfcie total da pele pode chegar aos 2,5 metros quadrados. Extremamente sensorial e ttil, representa a sensibilidade e capacidade de troca saudvel com o Universo. O que eu permito receber e deixo entrar? O que eu no permito entrar ou receber? O que eu permito sair? O que aprisiono dentro de mim?

    Metafisicamente, problemas de pele revelam medo e ansiedade, impacincia e intolerncia. A pessoa sente-se ameaada diante das trocas, e muito desse fenmeno deve-se a uma necessidade emergente de se desfazer de lixos do passado. A pessoa sente a necessidade de colocar um escudo entre seu mundo interno e todo o externo, pois seu interno feio e ela no deseja que os outros saibam.

    Atravs da pele, respiramos e eliminamos inmeras substncias que saem na forma de lquido (suor). Parte desse suor aquoso e contm vrios sais dissolvidos, motivo de seu sabor geralmente

  • salgado. Existe uma parte que gordurosa e cumpre a funo de formar um filme oleoso para evitar que o corpo desidrate-se facilmente, e tmbm responsvel por nosso aroma pessoal, sendo que o que ingerimos, bebemos e pensamos ir afetar esse aroma, tornando-o agradvel e atrativo ou no.

    A transpirao cumpre dois papis principais: regular a temperatura corporal e eliminar suas toxinas. Como um processo sutil, pouca importncia lhe damos. No entanto, perceba a quantidade de excretos que lavamos a cada banho. Devemos dar muita importncia a esse banho, cuidando da temperatura da gua e dos produtos que usamos, porque eles podero exagerar na extrao da nossa pelcula oleosa e ainda deixar resduos qumicos que iro penetrar na pele desprotegida (agredida) e intoxicar-nos, principalmente se a gua estiver muito quente, quando ento os poros ficam demasiadamente abertos.

    Existem momentos, como numa sauna, quando aceleramos a limpeza de pele e pulmes, que a transpirao nos causa enorme prazer. Perceba que no uso de uma sauna (ou ofur) no devemos

    Cuidados de bom senso

    Praticar uma dieta rica (50% mnimo) em alimentos crus e vivos, frescos, integrais, com elevado teor de enzimas, fibras e substncias antioxidantes, logicamente isentos de agrotxicos.

    Ingerir diariamente, em jejum e ao longo do dia, os sucos da Alimentao Desintoxicante.

    Fazer uso de chs relaxantes e adstringentes (veja adiante). Consumir diariamente de seis oito copos de lquidos entre sucos, ch e gua.

    Escovar a pele diariamente com uma escova de cerdas macias, ao acordar ou antes do banho.

    Automassagear-se diariamente e permitir-se receber massagens esporadicamente, usando produtos naturais e fitoterpicos que no agridam a pele.

    Tomar banho diariamente com a gua o mais fria possvel, e evitar o uso de sabonetes muito alcalinos.

    Procurar tomar um banho de cachoeira, rio ou mar uma vez por ms e, de vez em quando, tomar uma boa sauna ou um banho de ofur.

  • usar sabonetes e outros produtos, mas somente deixar sair. Pela pele, poderemos viver os maiores estmulos de prazer e carinho, como tambm de dor. O contato da pele direto, palpvel e, geralmente, depende somente da nossa vontade. Um recurso de carinho e estmulo da limpeza da pele pode acontecer via uma escovao antes do banho dirio. Uma escova de cerdas macias e cabo longo a ideal. Ela ir estimular a limpeza e a produo da nossa hidratao aromtica e natural.

    A maioria das substncias aplicadas sobre a pele inibe a respirao cutnea ou a intoxica pelo contedo de ingredientes txicos. Assim, ateno e prioridade para aquelas frmulas que so mais neutras, naturais e fitoterpicas, pois a presena de corantes e muitos aditivos qumicos nesses produtos no benfica. Evite usar roupas muito justas e feitas com tecidos sintticos, pois perturbam o controle trmico natural, a circulao sangunea subcutnea, a transpirao e o equilbrio eletrosttico. Ateno qualidade e frequncia de uso de tinturas e cremes para o cabelo, sabonetes muito alcalinos ou perfumados, cremes e leos de beleza no fitoterpicos, desodorantes e roupas lavadas com excesso de produtos qumicos.

    Os pulmesOs pulmes regem o sentido do olfato.

    Quando muito intoxicados, cristalizam o medo de ser digno de viver plenamente.Quando desi