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Fatec Garça ___________________________________________________________________ CURSO TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL MURILO VILELA DE CARVALHO ALIMENTADOR AUTOMÁTICO PARA EQUINOS. Garça 2014

ALIMENTADOR AUTOMÁTICO PARA EQUINOS. · de comutação, que diminuem o faiscamento no anel comutador. Já as escovas, são peças de carvão, responsáveis por conduzir a energia

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Fatec Garça

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CURSO TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

MURILO VILELA DE CARVALHO

ALIMENTADOR AUTOMÁTICO PARA EQUINOS.

Garça 2014

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Fatec Garça

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CURSO TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

Murilo Vilela de Carvalho

ALIMENTADOR AUTOMÁTICO PARA EQUINOS.

Artigo Científico apresentado à Faculdade de Tecnologia de Garça – FATEC, como requisito para a conclusão do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, examinado pela seguinte banca examinadora:

Prof. Laerte Edson Nunes

FATEC - Garça

Garça 2014

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ALIMENTADOR AUTOMÁTICO PARA EQUINOS.

Murilo Vilela de Carvalho

E-mail – [email protected]¹1

Prof. Laerte Edson Nunes

E-mail – [email protected]²

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Abstract – This work show the implementation of the one automatic feeder destined

for big animals with sporting finality, in search of a significant improvement in their incomes. The prototype was developed from a microcontroller PIC18F4550 for control of the process, using the MPLAB IDE tool, that is managed for language “C” for the development of software boarded, display of 7 segments for support the steps of request, and button for definition and change data, integrated circuit keeping hour updated. Keywords: Microcontroller. Sports. Feeder.

Resumo – Este trabalho apresenta a implementação de um alimentador automático

destinado a animais de grande porte com finalidades esportivas, em busca de uma melhoria significativa em seus rendimentos. O protótipo foi desenvolvido a partir de um microcontrolador PIC18F4550, para controlar o processo. Foi utilizado a ferramenta MPLAB IDE, o qual é regido pela linguagem “C” para o desenvolvimento do software embarcado, display de 7 segmentos para auxiliar as etapas de solicitação, e botões para definição e alteração de dados, circuito integrado que mantém a hora atualizada. Palavras chave: Microcontrolador. Esportes. Alimentador.

1 Aluno do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial – FATEC-Garça

2 Docente do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial – FATEC-Garça

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INTRODUÇÃO

Sempre presente na história da humanidade, o cavalo começou a ser utilizado

inicialmente como meio de locomoção – seja conduzindo os guerreiros nas batalhas

seja auxiliando no campo. Hoje, os eqüinos não são tão populares na agricultura,

porém, ocupam papel de destaque na sociedade, sendo protagonistas de alguns dos

esportes mais elegantes do mundo, como o polo equestre e o hipismo.

O polo equestre, apesar de muito praticado na Europa, deixou de integrar o

programa olímpico devido a altos custos de transporte e cuidados necessários;

contudo, o interesse pelo esporte não diminuiu.

O Hipismo, categoria que abrange o salto, o adestramento e o concurso

completo de equitação (CCE), é a única modalidade olímpica em que um animal é

utilizado como parte integrante das provas; cavalo e cavaleiro necessitam estar em

total sincronia para alcançar um bom desempenho. O esporte é um dos únicos em

que homens e mulheres competem em níveis de igualdade.

O preparo dos animais para tais práticas exigem muito, de forma que aptidão

física é um fator muito importante para seu desenvolvimento nas modalidades, mas

além de aptidão, o animal necessita de uma alimentação que corresponda ao nível

da atividade que pratica, mesmo que em fase de aprendizagem, de forma a suprir

todo seu gasto energético, proporcionando um melhor desempenho do animal,

aumentando assim, sua qualidade de vida.

Diante desse contexto, foi desenvolvido um alimentador automático, que pode

ser programado para liberar a ração de acordo com a necessidade do usuário, e que

possua autonomia para alimentar os animais por vários dias.

A metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho é a pesquisa

exploratória, que consiste na coleta de dados (disponíveis em sites, livros, revistas,

artigos) e conversas informais com pessoas especializadas no tema pesquisado.

Utilizando-se toda esta base teórica, será elaborado um protótipo funcional, que

consiste em desenvolver e implantar um sistema automático de alimentação de

equinos, destinados à prática desportiva, garantindo que os animais se alimentem

de maneira equilibrada e nos horários corretos, de forma a suprir suas necessidades

nutricionais, a fim de desempenharem a contento suas ativas desportivas.

O objetivo geral deste trabalho é desenvolver um alimentador automático para

equinos. Os objetivos específicos do trabalho são: reduzir distúrbios causados por

maus hábitos alimentares, evitando também o aparecimento de vícios,

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comportamentos indesejáveis e por vezes prejudiciais, que dificilmente são

eliminados, aumentando assim a eficiência nutricional dos animais, uma vez que um

plano de dieta seguido de maneira correta proporciona um maior e mais rígido

controle de peso, o que influencia no quadro físico do animal e interfere diretamente

em seu rendimento desportivo e a escolha das atividades a serem orientadas. Evitar

a ingestão de corpos estranhos, o que associado com alimentação volumosa de boa

qualidade, aumenta a eficácia do aparelho digestivo, conduzindo a flora intestinal a

uma melhor absorção e melhor digestão alimentar, reduzindo casos de gastrite.

Facilitar o manejo das baias, diminuir o stress, uma vez que os tratadores não terão

contato com os animais fazendo apenas o abastecimento dos reservatórios, além de

favorecer um estilo de vida saudável.

Este trabalho é relevante, pois o aumento da qualidade dos animais traz, além

de benefícios econômicos, uma melhoria significativa da imagem do nosso país em

âmbito mundial, uma vez que o Brasil é referencia em exportação de cavalos de

corrida.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capitulo, é apresentada a fundamentação teórica utilizada para o

desenvolvimento do trabalho, que está dividido em: Alimentação e nutrição de

eqüinos, alimentadores disponíveis no mercado, principais características do

microcontrolador PIC18F4550, motor CC, sensores e atuadores, display 7

seguimentos e definição de componentes eletroeletrônicos.

2.1 Alimentação e Nutrição

Quando abordamos a nutrição de equinos, devemos levar em consideração

dois tipos de exigências nutricionais: as de manutenção e as destinadas para as

atividades físicas. Desta forma, devemos voltar nossas atenções à energia para

suprirmos a exigência normal do animal e a exigência nutricional extra para animais

de competição, sempre respeitando seus limites. (CRUZ, 2010)

Ao contrario de outras espécies de interesse zootécnico, em que o criador

busca um rápido crescimento e ganho de peso, os cavalos necessitam de uma dieta

nutricional adequada a sua utilização. Os programas de alimentação para equinos

variam conforme a idade, o sexo e a atividade a qual é destinado. (SOUZA, 2013)

Na alimentação de equinos, temos como grande fonte de energia digestível

os grãos de cereais. Ao ofertar ao animal uma ração contendo diferentes grãos de

boa qualidade, notamos o bem estar metabólico do animal.Os volumosos contêm

alto teor de fibras e relativamente baixo teor em energia, incluem pastagens, palhas,

culturas forrageiras e silagens. As pastagens e palhas são os volumosos mais

comuns. Os concentrados são baixo teor de fibras e alto teor energético, incluem

grãos e alguns subprodutos de grãos. Os suplementos são utilizados para balancear

as rações e para ajustar as deficiências em proteína, minerais e vitaminas. Os

suplementos protéicos podem ser de origem animal ou vegetal, enquanto muitos

minerais estão presentes em substancias orgânicas e inorgânicas. Cada vitamina

tem variadas fontes naturais e em determinadas instancias o cavalo pode sintetizá-la

2.3 Alimentadores Disponíveis no Mercado

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Há muitas opções de alimentadores disponíveis no mercado hoje, embora sua

grande maioria seja destinada a animais domésticos, como o caso do pet feeder,

destinado a cães e gatos. Porém, esse dispositivo de tratamento doméstico

automático vem com horários pré-estabelecidos, onde o cliente não tem liberdade

para alterações. Alguns modelos oferecem três opções de programação, sendo elas:

8 horas de intervalo, uma vez a cada oito horas, três vezes ao dia. 12 horas de

intervalo, uma vez a cada doze horas, duas vezes ao dia e 24 horas de intervalo,

uma vez a cada vinte e quatro horas, uma vez ao dia. Já o MD1272, da

marcsystem@, possui função de estabelecimento de horários, quantidade de

refeições, e também, um sistema sonoro, o qual o tratador grava sua voz. O animal

é chamado pelo nome na hora programada, uma grande diferença de qualidade

entre produtos, porém, seu custo não está acessível para maioria dos consumidores.

2.4 Microcontrolador PIC18F4550

Segundo Denardin, (2011):

Um microcontrolador é um sistema computacional completo, no qual

estão incluídos uma CPU ( Central Processor Unit ), memória de

dados e programa, um sistema de clock, portas de I/O ( Input/Output

), além de outros possíveis periféricos, tais como, módulos de

temporização e conversores A/D entre outros, integrados em um

mesmo componente.

A plataforma de desenvolvimento desse projeto utiliza o microcontrolador

PIC18F4550, cuja pinagem é representada na Figura 01.

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Figura 01 - Pinagem do microcontrolador PIC18F4550.

Fonte: www.alldatasheet.com.

2.4.1 Descrição da pinagem do microcontrolador PIC18F4550

Portas de entrada e saída (RA, RB, RC, RD e RE);

Canais de entradas analógicas (AN);

Pinos de alimentação (VDD e VSS);

Pinos de entrada para o oscilador externo (OSC);

Portas de comunicação serial (RX e TX);

Porta de comunicação USB (D+ e D-);

** Os pinos podem ter mais de uma função;

Os 35 pinos de I/O configuráveis, estão agrupados em 5 grupos denominados

PORTAS, sendo: PORTA; PORTB; PORTC; PORTD; PORT E.

2.4.2 Principais características do microcontrolador PIC18F4550

Memória FLASH para armazenamento de programa: 32 Kbytes;

Memória SRAM para armazenamento de dados: 2 Kbytes;

Memória EEPROM de dados: 256 bytes;

Portas configuráveis como entradas ou saídas digitais: 35;

Portas configuráveis como canais de entradas analógicas: 13;

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Módulo CCP (Capture / Compare / PWM);

Capture: permite a medição do tempo de duração de um evento;

Comparação: compara valores entre os registros do TMR1 e CCPR;

PWM – Pulse Width Modulation: gera sinais de frequência e variáveis;

Porta paralela de 8 bits (SPP – Streaming Parallelal Port);

Temporizadores de 8 e 16-bits: 4;

Watchdog Timer;

Frequência de operação de até 48 MHz;

Múltiplas fontes de interrupção (20);

Dois comparadores;

Periféricos avançados de comunicação;

Porta de comunicação serial;

Porta de comunicação USB 2.0;

Arquitetura Harvard e tecnologia RISC com um conjunto de 75 instruções;

Pilha de 31 níveis.

2.5 Motor Corrente Continua

Os motores de corrente contínua são dispositivos que operam aproveitando

as forças de atração e repulsão geradas por eletroímãs e imãs permanentes. A ideia

básica de um motor é montar uma bobina entre os polos de um imã permanente ou

então, de uma bobina fixa que funcione como tal. Uma máquina de corrente continua

é composta, basicamente, por 4 componentes, sendo eles: rotor, anel comutador,

estator e escovas. (BRAGA, 2010)

O rotor (armadura) é a parte girante, montada sobre o eixo da máquina,

construído de um material ferromagnético envolto em um enrolamento chamado de

enrolamento de armadura e o anel comutador. Este enrolamento suporta uma alta

corrente em comparação ao enrolamento de campo e é o circuito responsável por

transportar a energia proveniente da fonte de energia. (BRAGA, 2010)

O anel comutador é responsável por realizar a inversão adequada do sentido

das correntes que circulam no enrolamento de armadura, constituído de um anel de

material condutor, segmentado por um material isolante, de forma a fechar o circuito

entre cada uma das bobinas do enrolamento de armadura e as escovas no momento

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adequado. O anel é montado junto ao eixo da máquina e gira junto com a mesma. O

movimento de rotação do eixo produz a comutação entre os circuitos dos

enrolamentos. (BRAGA, 2010)

Já o estator (campo ou excitação) é a parte estática da máquina, montada em

volta do rotor, de forma que o mesmo possa girar internamente. Também é

constituído de um material ferromagnético, envolto em um enrolamento de baixa

potência, chamado de enrolamento de campo, necessário para produzir um campo

magnético fixo para interagir com o campo da armadura. Em algumas máquinas

comercializadas no mercado, é possível encontrar enrolamentos de compensação,

que compensam o efeito desmagnetizante da reação de armadura e enrolamentos

de comutação, que diminuem o faiscamento no anel comutador. Já as escovas, são

peças de carvão, responsáveis por conduzir a energia para o circuito do rotor.

(BRAGA, 2010)

A figura 02 mostra a estrutura básica e o funcionamento de um motor de

corrente contínua.

Figura 02 – Ilustração das partes de um motor cc.

Fonte: www.siemens.com.br.

2.6 Sensores e Atuadores

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Na concepção de Patsko, (2006):

Literalmente podemos definir a palavra sensor como “aquilo que

sente”. Na eletrônica um sensor é conhecido como qualquer

componente ou circuito eletrônico que permita a analise de uma

determinada condição do ambiente, podendo ela ser coisa simples

como temperatura ou luminosidade.

2.6.1 Sensor capacitivo

São sensores com capacidade de detectar a aproximação de objetos sem

necessidade de contato, baseada na variação da capacitância. (BRAGA, 2010) A

figura 03 apresenta os componentes básicos de um sensor capacitivo.

Figura 03 – Componentes básicos de um sensor capacitivo.

Fonte: www.sensorbras.com.br.

O funcionamento dos sensores capacitivos baseia-se no princípio da

mudança de freqüência de oscilação de um circuito ressonante com a alteração do

valor de capacitância formada pela placa sensível e o ambiente, devido à

aproximação de um corpo qualquer. Esta capacitância pode ser alterada,

praticamente por qualquer objeto que se aproxime do campo de atuação do sensor.

A mudança de freqüência ocasionada pela alteração da capacitância da placa

sensível é enviada a um circuito detector que transforma a variação da freqüência

em nível de tensão. O circuito trigger, trata de receber o sinal de tensão gerado no

detector e transformá-lo em onda quadrada adequada a excitar um circuito de

comutação o que já é o suficiente para acionar circuitos externos. (BRAGA, 2010)

2.7 Display de 7 Segmentos

Para Patsko (2006):

Um display de 7 segmentos é um componente eletrônico composto por 7 leds agrupados de forma ordenada, para que quando aplicada tensão em algum terminal, acenda seu respectivo LED. Se uma certa

combinação de LEDs for acesa simultaneamente, é possível identificar algarismos numéricos sendo mostrados pelo display.

2.8 Definições dos Componentes Eletroeletrônicos.

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Os relés são chaves eletromagnéticas usadas para o acionamento de

cargas de alta tensão e/ou alta corrente a partir de um circuito de baixa tensão.

(PATSKO, 2006)

O resistor é um semicondutor cuja função é dificultar a passagem de

corrente elétrica, limitando a sua intensidade por meio de uma resistência elétrica e

distribuindo-a aos demais componentes. (ANZOLINE, 2007)

Anzoline, (2007) diz que:

Capacitor é um componente, que tem como finalidade, armazenar

energia elétrica. É formado por duas placas condutoras, também

denominadas armaduras, separadas por um material isolante

conhecido como dielétrico. Ligados a estas placas condutoras, estão

os terminais para conexão deste com outros componentes.

Bastos Filho, (2004) fala que:

O LED é um acrônimo para diodo emissor de luz (Light Emitting

Diode) semicondutor que pode se comportar como condutor ou isolante elétrico. O LED isolante é utilizado em circuitos de proteção

contra curtos, já o condutor, emite luz quando ocorre a passagem de corrente

Bastos Filho, (2004) diz:

Os circuitos integrados são circuitos electrónicos constituídos por

transístores, diodos, resistências e condensadores, fabricados num mesmo processo, sobre uma substância comum semicondutora de

silício, podem ser analógicos e digitais. A vantagem em utilizar circuitos integrados são o tamanho reduzido. O projeto utiliza um regulador positivo de tensão fixa para 5v com saida de 5v sob

corrente de até 1A (LM7805).

Transformadores ou trafos são dispositivos elétricos que tem a finalidade

de isolar um circuito, elevar ou diminuir uma tensão. Servem também para casar

impedância entre diferentes circuitos ou como parte de filtros em circuitos de rádio

frequência. (BERTINI, 2003)

O RTC (Real time clock) é um relógio sob a forma de um circuito

integrado que mantém o controle do tempo presente. O módulo é composto por um

chip DS1307, que é um relógio de tempo real e uma EEPROM 24C32, que poderá

ser usada para gravar dados.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

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Neste capitulo, é apresentada a estrutura do projeto, os materiais e métodos

utilizados para a construção do protótipo, o capitulo 3 é divido em: estrutura do

Alimentador, especificações do Hardware e especificações do software.

3.1 Estrutura do Alimentador

A Figura 04 mostra o esquema do projeto para criação da estrutura, onde nela

são fixados todos os componentes necessários para o controle do alimentador.

Figura 04 – Estrutura do alimentador.

Fonte: autoria própria.

O material escolhido para a estrutura do alimentador é o plástico, por ser leve

e resistente a ações de intemperismo. Ela é formada por um tambor plástico com

fundo arredondado (evita o acúmulo de ração nos cantos) e uma rosca sem fim de

poliacetal copolímero, um material leve, o que evita sobrecarga no motor, e também

a contaminação, pois a rosca fica em contato direto com a ração. A rosca sem fim

tem a função de levar a ração do reservatório até uma rampa que disponibiliza para

o animal. A Figura 05 apresenta o projeto de construção da rosca sem fim.

Figura 05 – Rosca sem fim.

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Fonte: www.palamaticprocess.com.br.

A rosca fica dentro de um cano que possui duas aberturas, pelas quais a

primeira é usada como entrada da ração para a rosca e a segunda como saída da

ração para a rampa, como a figura 06 mostra.

Figura 06 – Corte do cano de PVC.

Fonte: autoria própria.

3.2 Especificações do Hardware

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O circuito eletrônico que simula o hardware foi desenvolvido através da

ferramenta Proteus Ares, como apresentado na Figura 07.

Figura 07 – Plataforma desenvolvida para implementação eletrônica.

Fonte: Autoria própria.

Essa ferramenta permite a implementação e simulação, sem riscos de

ocasionar danos nos circuitos. Para a confecção da placa foram utilizados relés,

capacitores, resistores, leds, auto-transformador, circuitos integrados e circuito RTC,

como representado na figura 08.

Figura 08 – Plataforma.

Fonte: autoria própria.

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3.3 Especificações do Software.

As especificações do software foram estabelecidas de forma que o cliente se

adeque à necessidade de refeições a qual deseja disponibilizar para seu animal,

sendo elas divididas em: 1ª solicitação: quantidade de refeições, 2ª solicitação:

intervalo de refeições, 3ª solicitação: quantidade de ração.

As etapas de configuração são dadas a partir do momento em que o

alimentador é iniciado, começando pela quantidade de refeições desejada pelo

cliente. O controle é feito a partir dos botões: Avança, volta, “+”, “-“. Solicitado a

quantidade de refeições desejadas, a configuração passa para próxima fase com o

auxílio do botão “avança”. A segunda etapa da configuração é definir o intervalo de

refeições, iniciando a partir da primeira refeição. Ex: 3 refeições, 1ª refeição às 06:30

com intervalo entre refeição de seis horas. 2ª refeição às 12:30 e a última, às 18:30.

Continuando com a configuração, a 3ª etapa define a quantidade de ração

que deve ser liberada por refeição. A quantidade de ração é obtida pelo tempo de

acionamento do alimentador, assim, o tempo que foi gasto para liberar “x”g é o

tempo utilizado na configuração. Ex: 1kg de ração é despejado no reservatório, o

motor é acionado manualmente pressionando os botões “+” e “-”, simultaneamente,

supondo que esse 1Kg de ração demore 10 segundos para ser despejado, e o

animal tem uma exigência nutricional de 2,5Kg de ração por refeição, logo, o tempo

necessário para essa quantidade de ração será 25 segundos.

O botão “volta” é utilizado caso o cliente deseje alterar alguma configuração já

enviada para a memória do microcontrolador. Finalizada todas as etapas de

configuração, o alimentador inicia seu ciclo de funcionamento, e nenhum outro

comando interfere na configuração. Caso seja necessário alterar qualquer etapa, o

alimentador deve ser reiniciado e a configuração deve ser refeita, pelo fato da

programação ser armazenada na memoria FLASH.

Um circuito externo foi montado com o auxilio de um sensor capacitivo,

localizado no reservatório de ração e leds. Uma lógica invertida faz com que o

sensor emita nivel lógico 1 (ligado), sinalizando que a ração está em sua

proximidade. Ao enviar sinal lógico 0 (desligado), os leds acendem, sinalizando que

a ração não está no alcançe do sensor, avisando que o nível de ração no

reservatório é baixo é necessita ser resposto.

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Na implementação do software, foi utilizada a linguagem de programação C,

por meio do compilador PCW C Compiler IDE. A gravação do software no

microcontrolador foi realizada utilizando a ferramenta IC-PROG, em conjunto com o

gravador de PIC, que foi desenvolvido durante este projeto. Desta forma, a

ferramenta IC-PROG envia o arquivo no formato HEX, devidamente convertido para

binário, gerado pelo compilador, por meio da serial do computador para o

microcontrolador PIC18F4550. A Figura 09 mostra o processo de programação.

Figura 09 – Programa.

Fonte: autoria própria.

4 CONCLUSÃO

Este trabalho apresentou um protótipo de alimentador automático,

desenvolvido para auxiliar o sistema de alimentação de eqüinos. Onde é possível

alimentar o animal com horário e quantidade programada, provendo não só melhoria

em seus rendimentos, mas também, estabelecer um estilo de vida saudável. Traz

benefícios ao criador, como redução de gastos, tempo e manejo.

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5 REFERÊNCIAS

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