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ALIMENTE-SE BEM, CONSUMA ORGÂNICOS
Maria Helena Jaime Vialle1
Carlos Moacir Bonato2
RESUMO
Este resumo é o resultado de um trabalho que se encaixa na pesquisa-ação sobre a importância do consumo de alimentos orgânicos. Os alunos compreenderam que a alimentação orgânica promove aos consumidores melhor qualidade de vida, passando a ser alternativa sustentável e de melhoria econômica, resgatando uma série de valores esquecidos ou abandonados pela sociedade. O objetivo foi produzir uma horta orgânica na escola, proporcionando conhecimento sobre a importância de oferecer produtos orgânicos e ecológicos visando a saúde do ser humano e do ambiente. Foi utilizada a homeopatia simples no controle de pragas, sendo uma alternativa ao uso de agrotóxicos. Com os resultados obtidos, conclui-se que o trabalho alcançou os objetivos estabelecidos e constatou-se que a preservação ambiental na escola é um caminho para contribuir para a melhoria da qualidade de vida. O consumo de alimentos orgânicos é uma excelente opção para uma vida mais saudável. Alimentação orgânica, muito mais que uma produção que não utiliza agrotóxicos, é uma produção baseada em tecnologias limpas e sustentáveis para gerar produtos dentro de boas práticas de segurança alimentar.
Palavras-chave: Educação Ambiental. Alimentos Orgânicos. Sustentabilidade.
Horta. Saúde.
11 Professora PDE do Estado do Paraná no Colégio Estadual Doutor Ivan Ferreira do Amaral e Silva Filho – Ensino Fundamental e Médio. Graduada em Ciências Biológicas pela Associação Prudentina de Educação e Cultura (atual UNOESTE). Especializada em Educação Matemática pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari.
22 Professor orientador PDE do Estado do Paraná na Universidade Estadual de Maringá. Graduado em Agronomia pela Universidade de Passo Fundo, mestrado e doutorado em Fisiologia Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa.
INTRODUÇÃO
O intuito deste trabalho foi proporcionar ao aluno que a produção de
orgânicos, fortalece todo o sistema que respeita o equilíbrio da natureza, não
contaminando o ar, a água e o solo, além de preservar a saúde.
Pesquisas mostram que o principal motivo para os consumidores adquirirem
alimentos orgânicos é a preocupação com a saúde pessoal e da família. Outras
razões são as preocupações com o meio ambiente e a preocupação com alimentos
frescos e saborosos.
Os alimentos orgânicos têm se tornado cada vez mais populares, ou seja,
mais pessoas buscam esse tipo de alimentação, considerando que, atualmente se
vivencia a questão ambiental, onde a maioria das pessoas já entendem que os
recursos naturais não são infinitos e que se depende da natureza para buscar a
sustentabilidade.
O aumento da produtividade e a praticidade decorrentes dos avanços
tecnológicos da agricultura moderna e convencional, também tem produzido
alimentos cada vez mais perigosos para a saúde humana. Isso somado ao estresse
da vida moderna tem desencadeado doenças frequentes e cada vez mais cedo.
Como a agricultura orgânica exclui o uso de produtos químicos e agrotóxicos,
tem como base a preservação dos recursos naturais e da biodiversidade. Com isso
os consumidores estão cuidando da própria saúde e também incentivando a
produção sustentável de alimentos e a preservação ambiental. Com a produção
orgânica, obtêm-se um solo mais rico e balanceado com adubos naturais onde
poderá produzir alimentos com maior valor nutritivo e também através das técnicas
orgânicas, rotação de culturas e compostagem. A agricultura orgânica respeita o
equilíbrio da natureza e cria ecossistemas mais saudáveis.
Atualmente, outra ciência em desenvolvimento e que já é considerada uma
ferramenta na agricultura agroecológica é a homeopatia. A homeopatia é um sistema
terapêutico em que se tratam os distúrbios com substâncias ministradas em
pequeníssimas doses, capazes de produzirem em seres sadios, sintomas
semelhantes aos que apresentam os doentes a serem tratados.
O objetivo deste trabalho foi o de proporcionar o conhecimento sobre a
produção orgânica na construção da horta escolar, bem como no manejo e práticas
de adubação, uma vez que essas práticas são naturais e não causam danos ao
meio ambiente.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Fundamentação Teórica/ Revisão Bibliográfica
A Biologia, como elemento de construção científica, deve ser entendida como
um processo de produção do próprio desenvolvimento humano. Portanto, o avanço
da Biologia é determinado pelas necessidades materiais do ser humano, visando o
desenvolvimento durante seu processo histórico. O ser humano vem sofrendo
influência das exigências do meio social e das ingerências econômicas dele
decorrentes, ao mesmo tempo que nelas interfere, tornando-se necessário ressaltar
a preocupação da sociedade com a saúde e com o meio ambiente.
O sistema orgânico de produção agropecuária e industrial é todo aquele que
se adotam tecnologias que aperfeiçoem o uso dos recursos naturais e
socioeconômicos, respeitando a integridade cultural e tendo por objetivo a auto-
sustentação no tempo e no espaço, a maximização dos benefícios sociais, a
minimização da dependência de energias não-renováveis e a eliminação do
emprego de agrotóxicos e outros insumos artificiais tóxicos, organismos
geneticamente modificados/transgênicos ou radiações ionizantes em qualquer fase
do processo de produção, armazenamento e de consumo, e entre os mesmos
privilegiando a preservação da saúde ambiental e humana, assegurando a
transparência em todos os estágios da produção e da transformação. Como
consequência, vários problemas foram surgindo.
Segundo Andery (1988) e Araújo (2002): “A ciência sempre esteve sujeita às
interferências, determinações, tendências e transformações da sociedade, aos
valores e ideologias e às necessidades materiais do Homem. Ao mesmo tempo em
que sofre a sua interferência, nelas interfere”.
A agricultura orgânica é a produção de alimentos de origem vegetal e animal,
sem a utilização de agrotóxicos e adubos químicos de alta solubilidade ou outros
agentes contaminantes, através de um conjunto de práticas de produção com a
visão da propriedade como um organismo vivo, beneficiando diretamente o
consumidor e o produtor. Tendo como critério básico: a manutenção da fertilidade
dos solos a longo prazo, estimulando sua atividade biológica; fornecimento de
nutrientes ao solo em forma natural, não obtidos por processos químicos; auto-
suficiência em nitrogênio pelo uso de leguminosas e inoculações com bactérias
fixadoras de nitrogênio e com a reciclagem de materiais orgânicos provenientes de
resíduos vegetais e estercos animais. (PARANÁ, 2011).
A maioria dos estudos sobre a qualidade nutricional de alimentos orgânicos e
convencionais faz comparativos de teores de nutrientes e outros elementos entre os
dois sistemas, entretanto são praticamente inexistentes os estudos de cunho
epidemiológico que fazem uma associação com a saúde humana.
A comparação é difícil de ser realizada quando pensamos no ser humano,
pois os hábitos de consumo e estilos de vida de consumidores orgânicos e
convencionais também são diferenciados. Provavelmente, consumidores orgânicos
que apresentam hábitos de vida mais saudáveis (CERVEIRA & CASTRO, 1999;
DAROLT, 2002) de forma geral – teriam uma vida mais equilibrada. Numa visão
sistêmica ou mais ampliada da questão, pode-se dizer que os benefícios dos
alimentos orgânicos podem não estar diretamente associados à questão nutricional
em si, mas à mudanças de hábitos alimentares e estilo de vida desse tipo de
consumidor, que é sabidamente mais informado.
O consumo de alimentos orgânicos resulta em melhor qualidade de vida,
sendo mais ricos em minerais e livres de substâncias tóxicas que podem afetar o
organismo humano.
Um dos objetivos de se optar por produtos orgânicos, seria o emprego de um
sistema de manejo mais sustentável que privilegia a preservação ambiental, a
agrobiodiversidade, os ciclos biológicos e a qualidade de vida do homem, visando a
sustentabilidade social e ambiental. Além da qualidade nutritiva e do sabor, as
técnicas empregadas na produção de orgânicos, não causam danos ambientais
como as que são utilizadas na agricultura convencional, sendo uma modalidade de
produção ecológica.
Os alimentos orgânicos tem se tornado cada vez mais populares, mais
pessoas buscam esse tipo de alimentação, considerando a questão ambiental, onde
a maioria das pessoas já entendem que os recursos naturais não são infinitos. O
aumento da produtividade e a praticidade decorrentes dos avanços tecnológicos da
agricultura moderna, também têm produzido alimentos cada vez mais perigosos
para a saúde humana.
Através do cultivo de alimentos orgânicos, certamente haverá aumento na
produção de empregos, melhoria da renda de pequenos produtores e agricultores
familiares, obtendo um solo mais rico e balanceado com adubos naturais. Serão
produzidos alimentos com maior valor nutritivo, com técnicas orgânicas de rotação
de culturas e compostagem. O solo se manterá fértil por vários anos. A agricultura
orgânica respeita o equilíbrio da natureza e cria ecossistemas saudáveis.
Uma ciência que atualmente está em desenvolvimento é a homeopatia e já é
considerada uma ferramenta na agricultura agroecológica. A homeopatia é um
sistema terapêutico em que se tratam as doenças com substância ministradas em
pequeníssimas doses, capazes de produzir em seres sadios, sintomas semelhantes
aos que apresentam os doentes a serem tratados.
Segundo Bonato (2010, p.6): “Sendo uma ciência, a homeopatia não tem
dono, e pode ser utilizada de diversas formas por todos, e em todos os seres vivos,
sejam eles homem, animais ou plantas e os microrganismos presentes no solo e em
outros locais.”
A homeopatia proposta pelo médico alemão Samuel Christian Frederick
Hahnemann em 1796, é um processo terapêutico que se baseia na cura pela “Lei
dos Semelhantes”, através do uso de substâncias diluídas e dinamizadas, as quais
atuam na energia vital presente em todos os seres vivos. (BOFF, 2008).
Hahnemann, através de pesquisas e experimentações, estabeleceu alguns
princípios básicos que norteiam a ciência homeopática: a experimentação em
organismo sadio, aplicando doses mínimas ou infinitesimais e medicamento único,
estruturando a homeopatia com base na Lei dos Semelhantes. A Lei dos
Semelhantes consiste no emprego de uma substância medicamentosa capaz de
produzir em pessoas sadias, sintomas semelhantes aos do doente que se quer
curar.
Hahnemann abandonou a medicina após a morte de um amigo que não
conseguiu curar pelos métodos convencionais. Após muita leitura e estudo,
comprova a Lei de Hipócrates, de que o semelhante cura o semelhante.
Fez alguns experimentos, utilizando uma substância extraída da casca de
uma planta conhecida como China (Cinchona officinalis) – o quinino – utilizado na
época para curar os doentes com malária. Começou a sentir os mesmos sintomas
que a malária, após tomar o quinino várias vezes ao dia. O quinino da planta China
curava porque era capaz de causar os mesmos sintomas da malária. Após
comprovar que a Lei dos Semelhantes de Hipócrates estava correta, pesquisadores
perceberam que esta lei também é utilizada na agricultura.
Pela Lei dos Semelhantes, Hahnemann descobriu que não havia necessidade
de se dar grandes quantidades de remédio para curar as pessoas. Hahnemann
observou que quanto mais diluía e agitava o medicamento, mais efeitos apareciam
no ser vivo.
Leis da Homeopatia:
• Semelhante cura o semelhante.
• Experimentação em organismos sadios.
• Medicamento único.
• Dose mínima.
A utilização da Homeopatia tem seu amparo legal na Instrução Normativa nº 64, de 18 de dezembro de 2008, publicado no Diário Oficial da União de 19/12/2008, Seção 1, Página 21. Ela estabelece as normas de produção orgânica no Brasil e permite o uso dos preparados homeopáticos pelos agricultores. (BONATO, 2010, p.6)
A Homeopatia Vegetal tem como um princípio base que a presença ou a
ausência de pragas e doenças é uma consequência do desequilíbrio ou equilíbrio
energético daqueles organismos. Ao contrário do que muitos pensam, é um método
que apresenta baixo custo além de ser ecologicamente aceito e correto. Portanto,
atende os critérios de uma produção orgânica.
2.2 Metodologia
O projeto foi desenvolvido no Colégio Estadual Doutor Ivan Ferreira do Amaral
e Silva Filho, Ensino Fundamental e Médio, localizado no município do Nossa
Senhora das Graças, na Rua Maria Messagi, número 22. As atividades foram
realizadas com uma turma de alunos do 3º ano do Ensino Médio, com a autora do
referido artigo, participante do PDE e também com professores que participaram do
curso GTR através da plataforma Moodle do site diaadiaeducacao.seed.pr.gov.br .
As atividades tiveram início com a observação do local que a horta orgânica
deveria ser instalada, viabilizando a sustentabilidade, uma vez que dentro do
processo teórico-prático, o aluno compreendeu que o orgânico é um alimento feito
sem o uso de agrotóxicos, ou seja, é um alimento em harmonia com o ambiente.
Após a realização da escolha do local do trabalho, houve a preparação do
solo com a reciclagem dos resíduos orgânicos, com a compostagem de folhas
caídas das árvores, cascas de alimentos utilizados na merenda escolar e esterco
bovino. O pH da água e da terra da escola, foram avaliados na Universidade
Estadual de Maringá.
Houve um espaço adequado na escola, próprio para a preparação do húmus,
que foi utilizado nos canteiros de alface (Lactuca sativa L.), cebolinha (Allium
fistolosum), cenoura (Daucus carota L.), couve (Brassica oleracea L.), chuchu
(Sechium edule SW), abobrinha (Cucurbita pepo L.), rúcula (Eruca sativa L.) e outros
temperos em geral.
Ao redor dos canteiros, foram plantadas vegetações aromáticas que repelem
insetos, formigas e pulgões, como a calêndula (Calendula officinalis L.), gerânios,
(Pelargonium hortorum), tagetes (Tagetes patula L.) e hortelã (Mentha piperita L.)
Foram fixadas placas de identificação dos vegetais (hortaliças), com o nome popular
e científico de cada um.
Os alunos foram até a Universidade Estadual de Maringá, no Laboratório de
Fisiologia e Homeopatia Vegetal, participando de uma aula específica e prática a
respeito da preparação e utilização dos medicamentos homeopáticos (bioterápicos)
no controle de pragas e doenças.
Com esse aprendizado prático e com o conhecimento teórico sobre os
bioterápicos, os alunos aplicaram essa técnica no controle de formigas saúvas que
estavam no espaço da horta, obtendo um resultado satisfatório com algumas
aplicações.
Antes da realização do plantio foi produzido como material didático
pedagógico um questionário para acompanhar as recomendações a serem feitas
durante a experiência de implantação da horta orgânica modelo para ensino e
aprendizagem. As atividades realizadas ofereceram embasamento teórico e prático
sobre a produção da horta orgânica e o uso da Homeopatia e seus princípios.
2.3 Resultados
Antes de apresentar o projeto que seria realizado com os alunos, foi aplicado
um questionário para verificar o nível de conhecimentos que eles tinham sobre a
produção de orgânicos. Foram elaboradas as seguintes questões:
1. Qual a diferença entre os produtos orgânicos e os convencionais?
2. Qual o tipo de hortaliças que você mais consome, orgânica ou convencional?
3. Você tem horta em seu quintal? Utiliza agrotóxicos para eliminar pragas e
doenças?
4. Tem horta, como prepara o solo?
5. Como deve ser preparado o solo da horta da escola, visando que a horta será
totalmente orgânica?
6. Como deve ser feita adubação da horta? Com o fornecimento de matéria
orgânica e o aproveitamento de resíduos vegetais?
7. Como deve ser feita a rotação de culturas? E o manejo de ervas invasoras?
8. Conhece o uso de defensivos alternativos, como os medicamentos
homeopáticos no controle de pragas e doenças?
9. Qual a importância no uso da alimentação orgânica?
10. Quais são os principais motivos para os consumidores adquirirem alimentos
orgânicos?
11. Qual a forma mais viável de consumir alimentos orgânicos?
Na primeira questão a maioria dos alunos responderam que sabiam a
diferença entre os produtos orgânicos e os convencionais, como mostra o gráfico
abaixo:
Gráfico 1 – Porcentagem de respostas “sim” ou “não” à pergunta: Qual a diferença entre os produtos orgânicos e os convencionais?
Na segunda questão, as respostas mostraram que a maioria dos alunos
consomem produtos convencionais.
Gráfico 2 – Porcentagem de respostas “convencional” ou “orgânico” à pergunta: Qual o tipo de hortaliças que você mais consome, orgânica ou
convencional?
Na terceira questão, as respostas mostraram que a maioria dos alunos tem horta no
quintal. A minoria dos alunos utiliza agrotóxicos.
Gráfico 3 – Porcentagem de respostas “sim” ou “não” à pergunta: Você tem horta em seu quintal? Demonstra também a porcentagem de respostas para a utilização
de agrotóxicos ou não.
Na oitava questão, as respostas mostraram que a maioria dos alunos
não tinham conhecimento sobre os medicamentos homeopáticos no controle de
pragas e doenças.
Gráfico 4 – Porcentagem de respostas “sim” ou “não” à pergunta: Conhece o uso de defensivos alternativos, como os medicamentos homeopáticos no controle de pragas e doenças?
Quanto às outras questões trabalhadas com os alunos, os resultados foram
positivos. Os alunos que responderam que tinham horta no quintal, geralmente
preparavam o terreno de maneira ecológica, com esterco bovino e matéria orgânica
em decomposição. Dificilmente aplicavam algum tipo de agrotóxico. Faziam
manualmente a manutenção da horta, no controle de ervas daninhas e também a
rotação de culturas, visando a época do plantio com a estação do ano.
Os alunos responderam também que a alimentação orgânica é a melhor a ser
ingerida pelo fato de estar livre de agrotóxicos e terem a saúde do corpo em
harmonia com a natureza. Após muito estudo na escola e aula teórica e prática no
Laboratório de Homeopatia Vegetal da Universiade Estadual de Maringá, adquiriram
conhecimentos sobre a importância da homeopatia no controle de pragas e
doenças.
Após os questionamentos realizados com os alunos, foram apresentadas
tabelas de hortaliças que devem ser transplantadas e com semeadura direta –
hortaliças plantadas no lugar definitivo, dando ênfase no espaço que deve existir
entre as plantas, dias para a germinação, meses próprios para o plantio e tempo em
dias para a colheita.
Trabalhar com a horta orgânica mostrou-se uma prática educativa bastante
atrativa e eficaz.
Quando as atividades foram concluídas, foi possível observar o nível de
conhecimento dos alunos, fazendo leitura e análise do projeto. Foi notável a
aprendizagem, ou seja, o conhecimento dos alunos sobre os produtos orgânicos e a
aplicação da Homeopatia como recurso a ser utilizado no Ensino da Educação
Ambiental.
2.4 Discussão
Segundo as Diretrizes Curriculares de Biologia, o trabalho envolvendo
educação ambiental, em concordância com a Lei n.º 9.795/99 que institui a Política
Nacional de Educação Ambiental, deve ser uma prática educativa integrada,
contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos (PARANÁ,
2006).
Os alunos puderam entender que a agricultura orgânica apresenta-se como
uma retomada do uso de antigas práticas agrícolas, porém, adaptadas às
tecnologias mais modernas, com o objetivo de aumentar a produtividade sem causar
danos aos ecossitemas.
Quando se faz a opção por um produto orgânico e eco-sustentável, fortalece-
se todo o sistema que respeita o equilíbrio da natureza. Além de preservar a saúde,
não contamina o ar, a água e o solo.
A agricultura orgânica é um conjunto de processos de produção agrícola que
parte do pressuposto básico de que a fertilidade é função direta da matéria orgânica
contida no solo. A ação de microrganismos presentes nos compostos biodegradáveis
existentes ou colocados no solo possibilita o suprimento de elementos minerais e
químicos necessários ao desenvolvimento dos vegetais cultivados. A existência de
uma abundante fauna microbiana diminui os desequilíbrios resultantes da
intervenção humana na natureza. O ambiente saudável resulta em plantas mais
vigorosas e resistentes a pragas e doenças.
A maioria dos estudos sobre a qualidade nutricional de alimentos orgânicos e
convencionais faz comparativos de teores de nutrientes e outros elementos entre os
dois sistemas, entretanto são praticamente inexistentes os estudos de cunho
epidemiológico que fazem uma associação com a saúde humana.
3 CONCLUSÃO
Os alunos compreenderam que a exploração da terra no sistema ecológico e
orgânico, irá contribuir na forma de produção comprometida com a saúde. Sendo
assim, busca utilizar de forma racional os recursos naturais contribuindo com o bem
estar do ser humano. Trabalho como este pode contribuir seriamente nas pesquisas
sobre Educação Ambiental, uma vez que foi aplicado na escola de forma teórica e
prática. Alguns alunos já tinham pequenas produções em seus quintais, sendo que
90% eram hortas orgânicas, ou seja, não utilizavam nenhum tipo de agrotóxicos.
Este trabalho teve como objetivo compreender a importância de oferecer
produtos orgânicos e ecológicos de qualidade, visando a saúde do ser humano e do
planeta, em uma relação sustentável, econômica e ambientalmente exigida pela
sociedade do futuro.
Espera-se com este trabalho que os alunos da escola participante, vivenciem
com responsabilidade a Educação Ambiental, através da implantação da Horta
Orgânica Modelo, absorvendo os conhecimentos, conscientizando-se da importância
dos alimentos orgânicos na saúde das pessoas, contribuindo para a melhoria da
qualidade do meio ambiente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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