Alimento Diário

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2013 Editora rvore da Vidasrie:A EDIFICAO DO CORPO DE CRISTOTtulo deste volume: A prtica da verdadeIa edio - julho/2013 - 36.000 exemplaresPublicado tambm em espanhol, ingls, coreano, francs, italiano e alemo.Todos os direitos reservados Editora Arvore da VidaProibida a reproduo total ou parcial deste livro sem autorizao escrita dos editores.Editora Arvore da VidaAv. Corifeu de Azevedo Marques, 137 - Butant 05581 - 000 - So Paulo - SP Fone: (11) 3723 6000www.arvoredavida.org.brImpresso no BrasilAs citaes bblicas so da Verso Revista e Atualizada de Joo Ferreira de Almeida, 2- Edio, salvo quando indicado pelas abreviaes:lit. TB VRCB]IBB - Rev.Bblia de JerusalmImprensa Bblica BrasileiraTraduo literal do original grego ou hebraicoTraduo BrasileiraVerso Revista e Corrigida de AlmeidaEncontre-se com o Senhor de manh cedo.Assim que se levantar, antes de qualquer outra coisa, faa uma respirao da vida, invocando profundamente o nome do Senhor Jesus: "O Senhor Jesus!". Ao faz-lo, jogue fora todos os temores, medos, tristezas e pecados, e receba o Senhor Jesus como vida, alegria, paz e encorajamento. Invoque: "O Senhor Jesus!" vrias vezes, durante todo o dia.Leia os versculos propostos para cada dia a fim de ter uma idia completa do assunto a ser comentado. Lembre-se de que a Bblia explica a Bblia; por isso, voc poder encontrar citaes de muitos outros livros da Bblia, alm daquele que estamos apresentando neste Alimento Dirio.4- Leia com orao o versculo proposto para cada dia. Para isso, cada palavra deve ser repetida, enfatizada e proclamada sem pressa, como se a estivesse mastigando. No leia o versculo todo rapidamente, mas gaste tempo em cada palavra. No se preocupe em entender o versculo, mas em "com-lo", em tom- lo pela f como alimento espiritual.Sublinhe as frases e palavras que mais o impressionaram no texto explicativo. Procure resumir o texto do dia em poucas palavras, se possvel, em uma s, anotando-a abaixo do ponto- chave sugerido. Essa palavra, ou palavras, funcionar como uma chave que lhe abrir o significado espiritual do texto. "Rumine-a" durante o dia, repetindo-a e proclamando-a para si mesmo. Desse modo, o texto que voc leu pela manh servir de alimento espiritual todo o dia.Compartilhe aquilo que voc ganhou com as pessoas com as quais se relaciona em casa, na escola, no trabalho etc. Elas precisam da vida que voc recebeu por meio da Palavra.3O Alimento Dirio um excelente instrumento para que pequenos grupos familiares se renam, a fim de estudar a Bblia. Ns os chamamos de grupos familiares por terem um carter informal e de cuidado mtuo entre seus participantes.Um grupo familiar pode ser formado por familiares, vizinhos ou por amigos que morem prximos a voc, ou por seus colegas de faculdade, de escola ou de trabalho.Procure reunir-se periodicamente com os membros de seu grupo familiar para lerem juntos o Alimento Dirio.4- Em conjunto, leiam as passagens sugeridas para cada dia, e leiam com orao o versculo do dia.Compartilhem entre si o ponto-chave de cada um, e procurem aplicar essa palavra sua vida cotidiana, s suas dificuldades, sua vida familiar e profissional. Torne a Palavra de Deus prtica para voc. Dessa maneira, todos participam ativamente e so edificados mutuamente.Aproveitem a oportunidade para orarem juntos por necessidades ou problemas pessoais.Sempre que possvel traga convidados para a reunio do grupo familiar. Dessa maneira, mais pessoas podero ser supridas pela Palavra de Deus.Que todos recebam vida em abundncia!Os editoresP.S.: No se esquea de dar uma olhada na leitura de apoio, sugerida no final de cada semana. Ela lhe ser muito til.Semana 1 - Mensagem 17 A experincia de Pedro (Mt 3:11; 1 Pe 1:6-7)Praticar a Palavra traz edificao7Preservados vivos pela soberania e misericrdia de Deuspara sermos teis a Ele9Salvos para andar conforme a vontade de Deus12Encorajados com a experincia de Pedro14A maneira eficiente de negar a vida da alma16Purificados pelo fogo do Esprito18Provados pelo fogo do Esprito para governar o mundo vindouro.. 20Semana 2 - Mensagem 18 gape (2 Pe 1:3-8)A nossa esperana22Despertados para fazer a vontade de Deus25No apenas conhecer as verdades, mas pratic-las28Onde h o Esprito, h o fogo santificador31O desenvolvimento da revelao divina no Novo Testamento34Passar pelo fogo hoje para recebermos louvor, glria e honra 37O resultado final do trabalhar de Deus em ns o amor gape39Semana 3 - Mensagem 19Ouro transparente [1] - (Gn 2:10-12a; 1 Pe 1:7; Ap 21:18, 21)Um importante princpio a ser aprendido pelos servos do Senhor. 42O perigo de ter os prprios discpulos45Silas, um verdadeiro companheiro espiritual48A viva esperana que provm da regenerao51Negar a ns mesmos, amar os irmose ter esperana no reino dos cus53O exerccio de negar a si mesmo56Transformados em ouro transparente pelo fogo do Esprito58Semana 4 - Mensagem 20Ouro transparente [2] - (2 Pe 1:3-8)A experincia de Pedro ao lidar com a vida da alma60Aquele que perseverar at o fim ser salvo63O fogo do Esprito como soluo definitiva para a vida natural65Oportunidades para que a vida divina cresa em ns67Vida da alma: o empecilho para nossa transformao70O viver de reunies, familiar, social e a batalha espiritual73A maneira espontnea de negar a vida da alma7556 Semana 5 - Mensagem 21A verdade no ministrio de Paulo (2 Tm 2:2)O poder transformador da vida de Deus78Equipados com a revelao para sermos teis ao Senhor 81O ambiente adequado para ouvir o falar do Esprito84Seguir o Esprito nos leva a fazer a vontade de Deus87Conhecer a verdade e pratic-la 90A prtica da verdade na experincia de Pedro93A plena salvao de Deus96Semana 6 - Mensagem 22A verdade no ministrio wlterior de Joo (2 Jo 4; 3 Jo 3-4)A Palavra de Deus a verdade99As verdades reveladas a Paulo101O Esprito continua a revelar104A revelao do Esprito da verdade no ministrio de Joo106Buscar o Esprito na Palavra de Deus108As verdades apresentadas por Pedro segundo sua experincia110Duas ferramentas para propagao do evangelho do reino113Semana 7 - Mensagem 23 A prtica da verdade (2 Jo 4; 3 Jo 3-4)As verdades reveladas devem se tornar nossa realidade115O dispensar do Deus Trino117A economia de Deus nos escritos de Paulo119O ministrio epistolar de Paulo121Os quatro livros escritos na priso123Joo em sua maturidade foi para feso125Efeso tornou-se o centro da obra127Semana 8 - Mensagem 24-O aperfeioamento dos santos para a edificao (Ef 4:11-12; 3 Jo 12)Uma advertncia queles que desejam reinar com o Senhor129Ser preparados para exercer a autoridade divina131O Senhor o justo galardoador134Exercitar o esprito para ganhar o reino137Exercitar o esprito para andarmosde modo digno da nossa vocao139Andar no esprito para fluir o amor de Deus141Ser aperfeioado para o ministrio da Palavra143Leitura bblica:2 Co 12:1-4; Gl 1:11-12; 1 Tm 1:3-4; 2 Pe 1:20; 3Jo4Ler com orao:No tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade (3 Jo 4). Ora, se sabeis estas coisas, bem- aventurados sois se as praticardes 0o 13:17).PRATICAR A PALAVRA TRAZ EDIFICAOO tema geral desta srie do Alimento Dirio "A edificao do Corpo de Cristo". Para que haja essa edificao fundamental praticarmos a Palavra de Deus. Esse o encargo do apstolo Joo que, em sua maturidade, ajudou os irmos da igreja em Efeso a praticar as revelaes j escritas por Paulo.A Epstola de Paulo aos Efsios maravilhosa e com rico contedo, mas os irmos naquela igreja no a receberam de maneira adequada, limitando-se a discuti-la e analis-la (1 Tm 1:3-4). Felizmente, Joo teve o encargo de dirigir- se a Efeso aps ser liberto de seu exlio em Patmos. Ele fez isso depois de ter escrito o livro de Apocalipse, no qual o Senhor adverte a igreja em Efeso a restaurar o seu primeiro amor, arrependendo-se e retornando prtica das primeiras obras (Ap 2:5). Isso mostra que os efsios tinham dificuldade para colocar em prtica a palavra que haviam recebido. Joo, provavelmente, os auxiliou para que deixassem de lado os debates e discusses e passassem a andar na graa, na verdade, no amor, na luz e no esprito.A palavra dirigida aos efsios no provinha de elucidao humana, mas da revelao direta do Esprito (Gl 1:11-12; 2 Pe 1:20). Embora Paulo no estivesse entreos doze apstolos designados pelo Senhor Jesus em Seu ministrio terreno, ele recebeu uma revelao especial da parte de Deus. Paulo relata que, quando estava nas regies da Arbia, foi arrebatado ao terceiro cu e ouviu palavras inefveis da parte de Deus (2 Co 12:1-4). Assim como, no Antigo Testamento, Moiss recebeu a revelao da vontade de Deus para Seu povo, Paulo recebeu a revelao do Esprito no Novo Testamento. Essas palavras foram transmitidas por meio de suas epstolas, mas, quando Paulo estava prestes a findar sua carreira crist (2 Tm 4:7), os efsios ainda no tinham sido despertados para colocar em prtica a revelao recebida.Diante disso, devemos ser sbios e remir o tempo, aproveitando cada oportunidade para praticar a Palavra do Senhor, que o principal encargo trazido pelo ministrio ulterior do apstolo Joo 0o 13:17; 1 Jo 3:18; 3 Jo 3-4). Vamos seguir o Senhor, praticando a Palavra.Ponto-chave: A revelao do Esprito visa prtica da Palavra. Meu ponto-chave:Pergunta: Por que podemos afirmar que a Epstola aos Efsios no proveio de elucidao humana?Leitura bblica:At 21:17-40; 1 Co 2:1, 4; Gl 1:11-12 Ler com orao:Levanta-te e firma-te sobre teus ps, porque por isto te apareci, para te constituir ministro e testemunha, tanto das coisas que me viste como aquelas pelas quais te aparecerei ainda (At 26:16).PRESERVADOS VIVOSPELA SOBERANIA E MISERICRDIA DE DEUSPARA SERMOS TEIS A ELEO apstolo Paulo recebeu a revelao da economianeotestamentria de Deus diretamente do Esprito quandofoi arrebatado ao terceiro cu (2 Co 12:1-4). Ele sabia queno deveria voltar a praticar as ordenanas do AntigoTestamento. Assim, transmitiu essa revelao por meio daspalavras que ministrou s igrejas e tambm nas epstolasque escreveu (1 Co 2:1, 4; Gl 1:11-12). Apesar disso, emsua terceira viagem missionria, Paulo foi influenciado pelaesfera dos judaizantes existente na igreja em Jerusalm.Paulo j havia feito duas viagens apostlicas, tendo sidoacompanhado por Silas em sua segunda viagem. Na terceira,porm, Silas no o acompanhou, talvez por perceber quealgo no estava adequado. Antes da terceira viagem, Paulosolicitou s igrejas da regio da Macednia que se fizessemcoletas de ofertas, as quais ele levaria para Jerusalm. Osirmos da regio da Macednia eram pobres, mas ofertaramcom abundncia, rogando ao apstolo, mais de uma vez, agraa de participarem da assistncia aos santos (2 Co 8).Em Jerusalm, Tiago aguardava Paulo, havendo alidezenas de milhares de judeus que haviam crido no Senhore eram zelosos da lei. Naquela ocasio, pressionado pelas circunstncias e pelo ambiente voltado para as prticas do Antigo Testamento, Paulo esteve prestes a cometer um erro muito grave, aceitando um voto de nazireado no templo e arcando com as despesas desse voto para outras quatro pessoas. Deus, em Sua soberania, no permitiu que Paulo conclusse esse voto, por isso, antes que se completassem os dias do ritual de purificao, ele foi preso (At 21:17-40). Mesmo aps isso, Deus exerceu Sua soberania sobre a vida de Paulo, no permitindo que o matassem em Jerusalm.Durante seu aprisionamento, Paulo foi interrogado pelas autoridades romanas, mas, porque apelara para Csar, foi encaminhado de navio para Roma. No trajeto a vida de Paulo foi novamente preservada por Deus. Mesmo sendo prisioneiro, o poder de Deus se manifestou de modo extraordinrio na pessoa de Paulo. Ele foi usado pelo Senhor na ilha de Malta, onde realizou vrios sinais e milagres. Em Roma, enquanto aguardava seu julgamento, Paulo permaneceu em priso domiciliar, onde escreveu as epstolas que completam a revelao neotestamentria transmitida pelo Esprito (At 28:30-31).Se Paulo tivesse concludo o voto de nazireado em Jerusalm, seu ministrio estaria perdido; alm disso, toda revelao transmitida a ele no seria colocada em livros. O Senhor, porm, no permitiu que isso ocorresse, pois ainda desejava us-lo (At 26:16). Damos graas a Deus pela Sua soberania e misericrdia, pois, mesmo quando erramos, Ele nos d uma nova oportunidade para nos arrependermos e nos tornarmos teis em Sua obra.Ponto-chave: A soberania e a misericrdia de Deus nos preservam vivos.Meu ponto-chave:Pergunta: Por que Paulo foi impedido de concluir o voto denazireado em Jerusalm? ito-chave:Pergunta: Que relao h entre 1 Pedro 1:7 com Hebreus 2:5-7?Leitura bblica: 2 Tm 3:16; 2 Pe 1:3-7Ler com orao:Eu disse: sois deuses, sois todos filhos do Altssimo (SI 82:6). Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. [...] Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda no se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de f-lo como ele (1 Jo 3:1-2).O RESULTADO FINAL DO TRABALHAR DE DEUS EM NS O AMOR GAPE Damos graas a Deus Pai pela obra transformadora do Esprito, por meio da qual estamos sendo purificados e conformados imagem do Filho de Deus, Jesus Cristo, nosso Senhor. O resultado final desse processo de transformao pelo qual passamos hoje a plena manifestao do amor de Deus em ns.Em 2 Pedro 1:3 lemos: "Visto como, pelo seu divino poder, nos tm sido doadas todas as coisas que conduzem vida e piedade". Vida e piedade esto relacionadas ao dispensar do Pai, pois Seu desejo que desfrutemos de Sua vida em plenitude, e tenhamos piedade, isto , um viver que manifeste o prprio Deus.O versculo prossegue: "Pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua prpria glria e virtude". Isso diz respeito ao Filho, que manifestou a glria do Pai em Seu viver humano e elevou as virtudes humanas. A esse viver de glria e virtudes elevadas que fomos chamados. Aleluia!40 Em seguida, lemos: "Pelas quais nos tm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos Ij torneis coparticipantes da natureza divina" (v. 4) Por meio do Esprito que nos foi prometido, nos tornamos coparticipantes 1 da natureza divina, ou seja, todas as promessas de Deus se -g tornam reais para ns no Esprito. Tudo que necessitamos < para nosso crescimento de vida o Senhor nos concede por meio de Seu Esprito.Assim, medida que nos esvaziamos de ns mesmos, permitimos que a vida de Deus cresa em ns. O incio desse processo aconteceu quando a f foi plantada em nosso interior. A partir da outros atributos divinos so trabalhados em ns, tais como a virtude, o conhecimento, o domnio prprio, a perseverana, a piedade, a fraternidade e, por fim, o amor (vs. 5-7). De acordo com o original grego, a palavra "amor" "gape", que representa o amor puro e incondicional do prprio Deus. Conforme esses atributos se desenvolvem em ns, passamos a expressar o genuno amor de Deus.Logo, vemos que amor fraternal, embora seja importante, ainda no nossa meta final. O objetivo de Deus que Sua vida cresa em ns at o ponto de manifestarmos o Seu amor gape. Manifestar o amor gape significa que estamos cheios da vida de Deus, a ponto de amarmos at os nossos inimigos. Esse o grande mistrio da piedade (1 Tm 3:16): sermos como Deus em vida e natureza (SI 82:6; 1 Jo 3:1-2).Para que possamos alcanar esse padro divino, necessitamos que o Esprito tenha liberdade para operar em nosso interior, iluminando nosso corao e queimando nossas impurezas. Essa foi a experincia vivida principalmente por Pedro e Joo. Cada um deles experimentou a transformao do Esprito de maneira especial, de tal forma que se tornaram modelos para ns. Que possamos aprender com eles eigualmente aplicar o fogo do Esprito em nosso viver paraque o amor gape se manifeste por meio de ns.Ponto-chave: A meta final do trabalhar do Deus Trino emns o amor gape.Meu ponto-chave:Pergunta: Como podemos definir o amor de Deus?Leitura de apoio:"Ser como Deus em vida e em natureza" - caps. 2-3, 5 -Dong Yu Lan."Os perigos do lado bom da alma" - cap. 5 - Dong Yu Lan.Leitura bblica:Jo 16:7-8; At 9:22-29; Ef 1:3-14Ler com orao:Ora, necessrio que o servo do Senhor no viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente (2 Tm 2:24).UM IMPORTANTE PRINCPIO A SER APRENDIDO PELOS SERVOS DO SENHOR O ministrio do apstolo Joo em sua maturidade consistiu em conduzir os irmos a praticar as verdades, principalmente as reveladas pelo apstolo Paulo em suas epstolas escritas aps ser preso em Roma. Elas descrevem a economia neotestamentria de Deus, isto , Seu propsito eterno de dispensar Sua vida a todo homem (Ef 1:3-14).Paulo foi chamado por Deus de modo especial, quando estava a caminho de Damasco para perseguir os cristos. Sendo zeloso do judasmo, prendia e encarcerava aqueles que invocavam o nome do Senhor Jesus, at que o prprio Senhor lhe apareceu. Ao ver uma grande luz, Paulo caiu ao cho e ouviu uma voz que lhe dizia: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" (At 9:4b). Ele ainda no se dera conta de que estava perseguindo o prprio Jesus, por isso perguntou: "Quem s tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues" (v. 5). Ento o Senhor determinou que Paulo aguardasse em Damasco, onde lhe diriam o que fazer.A seguir, o Senhor enviou um irmo chamado Ananias para orar por Paulo e orient-lo. Por meio de Ananias, Paulofoi levado a invocar o nome do Senhor, recebeu o batismo e o comissionamento de pregar o evangelho aos gentios. Aps permanecer um perodo em Damasco, ele se dirigiu para as regies da Arbia, onde obteve a revelao divina, conforme descreve em 2 Corntios 12:1-4: "Se necessrio que me glorie, ainda que no convm, passarei s vises e revelaes do Senhor. Conheo um homem em Cristo que, h catorze anos, foi arrebatado at ao terceiro cu (se no corpo ou fora do corpo, no sei, Deus o sabe) e sei que o tal homem (se no corpo ou fora do corpo, no sei, Deus o sabe) foi arrebatado ao paraso e ouviu palavras inefveis, as quais no lcito ao homem referir".Ao revelar essas palavras a Paulo, Deus o estava equipando para transmitir o evangelho aos gentios. Assim como Moiss foi incumbido por Deus para revelar ao povo de Israel Sua economia no Antigo Testamento, Paulo foi comissionado e equipado por Deus para transmitir a todos ns Seu propsito no Novo Testamento.Aps receber essa revelao, Paulo voltou para Damasco, e, ao pregar o evangelho, procurava demonstrar aos judeus que ali moravam que Jesus o Cristo, mas seus argumentos os confundiam, por isso eles tentaram mat- lo (At 9:22-23). Paulo havia sido comissionado por Deus para ser apstolo perante os gentios, mas, porque possua argumentos fortes, passou a ter problemas com os judeus ao tentar convenc-los. O mesmo ocorreu quando foi para Jerusalm (vs. 29-30). Ento, a fim de evitar que fosse morto, os irmos de l o enviaram para Tarso.Isso nos mostra um princpio a ser adotado em nosso servio a Deus: no utilizemos nossa habilidade natural para argumentar e persuadir os outros em favor do evangelho; antes, busquemos, com humildade, ser fiis ao encargo que o Senhor nos confiou de anunciaro evangelho. Deixemos a obra de convencer as pessoas para o Esprito Santo (jo 16:7-8).Ponto-chave: O servo do Senhor no vive a contender. Meu ponto-chave:Pergunta: Que encargos o Senhor comissionou a Joo e a Paulo?Leitura bblica:Mt 9:14; 11-5-6; 14:3-11; Jo 3:22-26; At 9:20-25Ler com orao:A ningum sobre a terra chameis vosso pai; porque s um vosso Pai, aquele que est nos cus. Nem sereis chamados guias, porque um s vosso Guia, o Cristo. Mas o maior dentre vs ser vosso servo. Quem a si mesmo se exaltar ser humilhado; e quem a si mesmo se humilhar ser exaltado (Mt 23:9-12).O PERIGO DE TER OS PRPRIOS DISCPULOS Deus incumbiu Paulo de transmitir a F objetiva (isto , o contedo da economia neotestamentria de Deus), aos irmos, at que essa F se tornasse subjetiva, sendo praticada por eles. Paulo fez o melhor que pde para transmitir essa revelao, mas, porque possua muitos argumentos, vencia as discusses com os judeus e, com isso, comeou a lograr destaque pessoal em sua obra. Nesse contexto, no demorou a surgir um grupo de admiradores que se tornaram seus discpulos em Damasco.No passado, isso tambm havia acontecido com Joo Batista. Ele era um grande profeta e falava com muita eloqncia, de sorte que passou a ser seguido por um grupo particular de discpulos. No incio de seu ministrio, contudo, ele admitia que estava aguardando o Messias e que ele mesmo no era o Messias, mas apenas realizava o batismo com gua para arrependimento, para preparar o caminho para a vinda Dele. Como precursor do Senhor, Joo no se considerava digno nem de levar Suas sandlias. Segundo suas prprias palavras, Joo Batista consideravao Senhor Jesus superior, pois batizaria as pessoas com o Esprito Santo e com fogo.O Senhor Jesus veio para cumprir toda a justia de Deus, isto , fazer o que o Pai determinara. Por isso, antes de iniciar Seu ministrio terreno, o Senhor foi at Joo Batista para ser batizado. Isso o impressionou e o levou a dizer que ele, Joo, que deveria ser batizado pelo Senhor Jesus. Embora suas palavras fossem belas, ele no procedeu assim. Como precursor, naquele momento, Joo deveria ter encerrado seu ministrio para seguir o Senhor, mas no o fez. Antes, manteve seu prprio ministrio e discipulado, paralelamente ao ministrio do Senhor. Embora dois de seus discpulos o tenham deixado para seguir Jesus, o prprio Joo Batista preservou seu grupo (Jo 3:22-26). Posteriormente, esse mesmo grupo se associou aos fariseus para criticar os discpulos do Senhor, causando-lhes transtornos (Mt 9:14).No final de sua vida, Joo Batista foi encarcerado e da priso mandou um recado ao Senhor, perguntando-lhe se Ele era mesmo o Messias ou se deveria esperar por outro. A isto, o Senhor respondeu: "Ide e anunciai a Joo o que estais ouvindo e vendo: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos so purificados, os surdos ouvem, os mortos so ressuscitados, e aos pobres est sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado aquele que no achar em mim motivo de tropeo" (Mt 11:4-6). Ao ouvir essa resposta, Joo Batista deveria ter se arrependido, mas no o fez. Por fim, ele foi decapitado no crcere (14:3-11).Ao percorrer as cidades e povoados, o Senhor pregava o arrependimento, anunciando que o reino dos cus estava prximo. Seu ministrio terreno durou cerca de trs anos e meio, perodo no qual Ele aperfeioava Seus discpulos ensinando-lhes lies de vida diante das situaes com quese deparavam no dia a dia. Se Joo Batista tivesse seguido o Senhor, provavelmente teria tido a oportunidade de ser aperfeioado por Ele, assim como Pedro o foi.Ponto-chave: Seguir o Senhor e fazer o que Ele determinou. Meu ponto-chave:Pergunta: Qual o significado da resposta do Senhor a Joo Batista?Leitura bblica:At 15:22-27, 32-40; 16:6-34; 2 Co 1:19; 1 Ts 1:1; 2 Ts 1:1Ler com orao:Todos os que so guiados pelo Esprito de Deus so filhos de Deus (Rm 8:14). Por meio de Silvano, que para vs outros fiel irmo, como tambm o considero, vos escrevo resumidamente, exortando e testificando, de novo, que esta a genuna graa de Deus; nela estai firmes (1 Pe 5:12).SILAS, UM VERDADEIRO COMPANHEIRO ESPIRITUAL Ao pregar o evangelho, Paulo contou com a cooperao de Silas (ou Silvano - vide: 2 Co 1:19; 1 Ts 1:1; 2 Ts 1:1) que, posteriormente, tambm cooperou com Pedro em seu ministrio (1 Pe 5:12).Silas era um irmo notvel da igreja em Jerusalm que foi enviado a Antioquia, juntamente outro irmo da mesma igreja, Judas, a fim de acompanhar Paulo e Barnab na leitura de uma carta enviada s igrejas dos gentios (At 15:24'27). Aps cumprida a misso, Judas retornou a Jerusalm, mas Silas permaneceu em Antioquia, cooperando com Paulo (vs. 32-34). Provavelmente o Esprito direcionou Silas a tomar essa deciso, levando-o a perceber que o Senhor tinha comissionado Paulo com o ministrio neotestamentrio.Silas foi escolhido por Paulo para acompanh-lo na segunda viagem ministerial, aps este e Barnab terem discordado sobre levar Joo Marcos para essa jornada. Por causa do desentendimento que houve entre eles, Barnab se separou de Paulo e seguiu viagem com Joo Marcos para Chipre (vs. 36-40), enquanto Paulo foi acompanhado por Silas.Durante essa viagem, Paulo e Silas estavam sensveis ao direcionamento do Esprito, logo, tudo o que fizeram foi aprovado pelo Senhor. Quando o Esprito os proibia de ir a determinada direo, eles obedeciam; quando o Esprito revelava o caminho a seguir, Eles procuravam partir imediatamente para aquele destino (16:6-10). Nesse contexto, Paulo e Silas cruzaram o mar, chegaram Europa e estabeleceram a igreja em Filipos, nas regies da Macednia. Ali experimentaram a graa do Senhor ao visitarem um lugar de orao, junto ao rio, onde uma mulher, chamada Ldia, vendedora de prpura, se converteu, bem como toda sua casa. Aps serem todos batizados, ela constrangeu Paulo, Silas e os demais cooperadores a permanecer em sua casa (vs. 13-15). Alm disso, Paulo e Silas tiveram uma experincia vitoriosa na priso, onde o carcereiro se converteu e a salvao de Deus alcanou toda a sua famlia (vs. 24-34).Paulo e Silas ainda seguiram viagem para as regies da Acaia, onde levantaram igrejas em Tessalnica e Corinto (17:1-2; 18:1-5). Essas igrejas eram ricas em bens materiais. No caminho de volta, no sabemos por que Paulo passou por Jerusalm para saudar a igreja ali, de onde, ento, retornou para Antioquia (v. 22).A partir disso, Silas no mais acompanhou a Paulo em sua terceira viagem. Provavelmente ele sentiu, pelo esprito, que no deveria voltar para Jerusalm e que o ministrio incumbido por Deus a Paulo era destinado aos gentios, e no aos judeus.Silas reaparece novamente nos registros bblicos, cooperando com Pedro em seu ministrio na Babilnia. Ele se tornou seu companheiro espiritual, e muito provvel que ambos compartilhassem da mesma experincia com a palavra revelada. Pedro deve ter recebido alguma ajuda50 espiritual de Silas, a quem chamou de fiel irmo, para escrever sua epstola. Nessa poca, Pedro j havia alcanado ^ a maturidade na vida de Deus, por ter sido provado vrias I vezes pelo fogo do Esprito (Mt 3:11).