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X JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2010 – UFRPE: Recife, 18 a 22 de outubro. ALIMENTOS COTIDIANOS TÓXICOS PARA CÃES E GATOS Emília Miranda Peluso 1 , Eduardo Alberto Tudury 2 ________________ 1. Primeira Autora é aluna de graduação do nono período de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros, s/n, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: [email protected]. 2.Segundo Autor é Professor Associado II do Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros, s/n, Recife, PE, CEP 52171-900 Apoio financeiro: CAPES e CNPq. Introdução Existem diversos alimentos que fazem parte da dieta humana que são tóxicos para cães e gatos [1]. Os alimentos mais comuns causadores de toxicidade são a cebola e alho, por conterem dissulfeto de alil propila e alicina respectivamente, e causarem sintomas relacionados à hemólise; o café e chocolate, que contêm as metilxantinas, causando sintomas cardiovasculares e neurológicos [4]; a uva e a uva- passa com mecanismo de ação não elucidado que provoca insuficiência renal aguda [5]; sementes de plantas cianogênicas (maça, pêra, pêssego, damasco, ameixa, entre outros), que são convertidas em cianeto que provocam a incapacidade das células de utilizar o oxigênio presente nos eritrócitos[6], sementes de macadâmia, as quais seu mecanismo é desconhecido, mas causam fraqueza dos membros pélvicos e letargia[5]; carne bovina, arroz, e farelos de trigo e milho, que têm altas concentrações de fósforo e baixíssimas de cálcio, levando a uma hiperfosfatemia e hipocalcemia e seus sintomas associados[7]; fígado bovino, rico em vitamina A, que se fornecido com freqüência leva à hipervitaminose A, que provoca alterações esqueléticas[3]; peixes ricos em tiaminase como o salmão, que degradam a tiamina (vitamina B1) ocasionando colapso cardíaco e edema, como também neuropatias periféricas e polioencefalomalácia[8]. O presente trabalho tem como objetivo reunir dados sobre esses alimentos típicos no cotidiano nutricional dos humanos que têm potencial tóxico para animais domésticos, e tornar tais dados acessíveis aos responsáveis para evitar assim, intoxicações e injúrias aos animais, que poderiam ser impedidas com a divulgação dessas restrições. Material e métodos Devido à falta de informação dos proprietários em relação aos alimentos que podem ou não ser fornecidos aos seus animais de estimação, despertou-se a necessidade de reunir dados específicos sobre aqueles que podem gerar toxicidade, para evitar assim riscos à higidez dos mesmos. Fez-se então um levantamento de dados abrangendo sites, artigos científicos e livros, tanto na língua portuguesa quanto inglesa, sobre os alimentos tóxicos. Aqueles mais comuns e de maior risco foram pesquisados. Foram eles: cebola e alho, chocolate e café, uva e uva- passa, sementes de plantas cianogênicas, sementes ou nozes de macadâmia, carne (proveniente do músculo) bovina, arroz, farelo de trigo, farelo de milho, fígado bovino, e carne de peixes ósseos produtores de tiaminase. Então se procurou relatar qual estado patológico determinado alimento é causador, seu mecanismo de ação (patogenia) e quais os sinais clínicos no caso de intoxicação. Os dados pesquisados foram analisados e seus principais pontos transpostos a uma tabela. Dessa tabela também serão elaborados folders mais simplificados e com linguagem mais coloquial para que os tutores e leigos conheçam os alimentos discutidos, e possam assim ter segurança ao concerne do que fornecem aos seus animais. Resultados e Discussão Dos alimentos discutidos, um dos maiores causadores de intoxicação é o chocolate. Ele contém a teobromina e a cafeína (presente também no café), pertencentes ao grupo das metilxantinas. Elas atuam como antagonistas competitivos de receptores de adenosina ou purinérgicos. A adenosina é um broncoconstritor, anticonvulsivante e também regulador do ritmo cardíaco. As metilxantinas também promovem a inibição da fosfodiesterase e acúmulo de adenosina monofosfato cíclico (AMPc) ou guanosina monofosfato cíclico GMPc). Tanto a cafeína quanto a teobromina tem DL50 de 100 a 200mg/kg, porém sintomas graves podem ocorrer na dose de 40 a 50mg/kg[4]. A patogenia do chocolate é primariamente causada pela inibição dos receptores de adenosina. No coração a adenosina atua na regulação do consumo de oxigênio e fluxo de sangue coronariano, e no SNC, atua diminuindo a atividade neuronal. As manifestações clínicas ocorrem de 6 a 12h após a ingestão, e incluem polidipsia, êmese, diarréia, ataxia, tremores, convulsões, taquicardia, arritmias como complexos ventriculares prematuros, taquipnéia, cianose, febre e coma[4]. Cebola e alho: estes condimentos, que são muito acrescidos em preparações cotidianas (pizzas, carnes, patês, macarronadas, etc), contêm dissulfeto de alilpropila e alicina, respectivamente, que causam a formação de corpúsculos de Heinz e anemia hemolítica. Os princípios tóxicos destes alimentos são oxidantes e acumulam-se nas hemácias, ocasionando a desnaturação da hemoglobina e formação dos corpúsculos. Há então a perda da capacidade de deformação das hemácias, havendo sua retenção nos capilares, e subseqüente fagocitose. As manifestações clínicas são letargia, fraqueza, depressão, taquicardia, taquipnéia, mucosas hipocoradas, diarréia e colúria [4].

ALIMENTOS COTIDIANOS TÓXICOS PARA CÃES E GATOS

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X JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2010 – UFRPE: Recife, 18 a 22 de outubro.

ALIMENTOS COTIDIANOS TÓXICOS PARA CÃES E GATOS

Emília Miranda Peluso1, Eduardo Alberto Tudury2

________________ 1. Primeira Autora é aluna de graduação do nono período de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros, s/n, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: [email protected]. 2.Segundo Autor é Professor Associado II do Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros, s/n, Recife, PE, CEP 52171-900 Apoio financeiro: CAPES e CNPq.

Introdução

Existem diversos alimentos que fazem parte da dieta humana que são tóxicos para cães e gatos [1]. Os alimentos mais comuns causadores de toxicidade são a cebola e alho, por conterem dissulfeto de alil propila e alicina respectivamente, e causarem sintomas relacionados à hemólise; o café e chocolate, que contêm as metilxantinas, causando sintomas cardiovasculares e neurológicos [4]; a uva e a uva-passa com mecanismo de ação não elucidado que provoca insuficiência renal aguda [5]; sementes de plantas cianogênicas (maça, pêra, pêssego, damasco, ameixa, entre outros), que são convertidas em cianeto que provocam a incapacidade das células de utilizar o oxigênio presente nos eritrócitos[6], sementes de macadâmia, as quais seu mecanismo é desconhecido, mas causam fraqueza dos membros pélvicos e letargia[5]; carne bovina, arroz, e farelos de trigo e milho, que têm altas concentrações de fósforo e baixíssimas de cálcio, levando a uma hiperfosfatemia e hipocalcemia e seus sintomas associados[7]; fígado bovino, rico em vitamina A, que se fornecido com freqüência leva à hipervitaminose A, que provoca alterações esqueléticas[3]; peixes ricos em tiaminase como o salmão, que degradam a tiamina (vitamina B1) ocasionando colapso cardíaco e edema, como também neuropatias periféricas e polioencefalomalácia[8]. O presente trabalho tem como objetivo reunir dados sobre esses alimentos típicos no cotidiano nutricional dos humanos que têm potencial tóxico para animais domésticos, e tornar tais dados acessíveis aos responsáveis para evitar assim, intoxicações e injúrias aos animais, que poderiam ser impedidas com a divulgação dessas restrições. Material e métodos

Devido à falta de informação dos proprietários em relação aos alimentos que podem ou não ser fornecidos aos seus animais de estimação, despertou-se a necessidade de reunir dados específicos sobre aqueles que podem gerar toxicidade, para evitar assim riscos à higidez dos mesmos. Fez-se então um levantamento de dados abrangendo sites, artigos científicos e livros, tanto na língua portuguesa quanto inglesa, sobre os alimentos tóxicos. Aqueles mais comuns e de maior risco foram pesquisados. Foram eles: cebola e alho, chocolate e café, uva e uva-passa, sementes de plantas cianogênicas, sementes ou

nozes de macadâmia, carne (proveniente do músculo) bovina, arroz, farelo de trigo, farelo de milho, fígado bovino, e carne de peixes ósseos produtores de tiaminase.

Então se procurou relatar qual estado patológico determinado alimento é causador, seu mecanismo de ação (patogenia) e quais os sinais clínicos no caso de intoxicação. Os dados pesquisados foram analisados e seus principais pontos transpostos a uma tabela.

Dessa tabela também serão elaborados folders mais simplificados e com linguagem mais coloquial para que os tutores e leigos conheçam os alimentos discutidos, e possam assim ter segurança ao concerne do que fornecem aos seus animais.

Resultados e Discussão

Dos alimentos discutidos, um dos maiores causadores de intoxicação é o chocolate. Ele contém a teobromina e a cafeína (presente também no café), pertencentes ao grupo das metilxantinas. Elas atuam como antagonistas competitivos de receptores de adenosina ou purinérgicos. A adenosina é um broncoconstritor, anticonvulsivante e também regulador do ritmo cardíaco. As metilxantinas também promovem a inibição da fosfodiesterase e acúmulo de adenosina monofosfato cíclico (AMPc) ou guanosina monofosfato cíclico GMPc). Tanto a cafeína quanto a teobromina tem DL50 de 100 a 200mg/kg, porém sintomas graves podem ocorrer na dose de 40 a 50mg/kg[4].

A patogenia do chocolate é primariamente causada pela inibição dos receptores de adenosina. No coração a adenosina atua na regulação do consumo de oxigênio e fluxo de sangue coronariano, e no SNC, atua diminuindo a atividade neuronal. As manifestações clínicas ocorrem de 6 a 12h após a ingestão, e incluem polidipsia, êmese, diarréia, ataxia, tremores, convulsões, taquicardia, arritmias como complexos ventriculares prematuros, taquipnéia, cianose, febre e coma[4].

Cebola e alho: estes condimentos, que são muito acrescidos em preparações cotidianas (pizzas, carnes, patês, macarronadas, etc), contêm dissulfeto de alilpropila e alicina, respectivamente, que causam a formação de corpúsculos de Heinz e anemia hemolítica.

Os princípios tóxicos destes alimentos são oxidantes e acumulam-se nas hemácias, ocasionando a desnaturação da hemoglobina e formação dos corpúsculos. Há então a perda da capacidade de deformação das hemácias, havendo sua retenção nos capilares, e subseqüente fagocitose.

As manifestações clínicas são letargia, fraqueza, depressão, taquicardia, taquipnéia, mucosas hipocoradas, diarréia e colúria [4].

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Uvas e passas: contêm substância desconhecida com mecanismo de ação não elucidado que causa insuficiência renal aguda. A menor quantidade de uvas que produziu sinais foi 11,34g/kg. Os sinais clínicos são oligúria ou anúria, letargia, vômitos, diarréias e exames laboratoriais revelam aumento da uréia e creatinina[5].

Sementes de macadâmia: são extremamente utilizadas em bolos e biscoitos caseiros, e são altamente atrativas para cães. Sua ação não é conhecida, mas os sinais clínicos observados são de fraqueza, mais notável nos membros pélvicos, depressão, vômito, ataxia, tremores, hipertermia, dor abdominal, claudicação, rigidez e mucosas pálidas. A dose tóxica é desconhecida, mas proprietários de cães com intoxicação relatam ingestão abaixo de 3g/kg a acima de 60g/kg [5].

Sementes de pêssego, ameixa, pêra e maçã: As sementes desses frutos contêm ácido cianídrico que forma compostos cianogênicos, levando a intoxicação por cianeto [6]. O cianeto se combina irreversivelmente

com o íon férrico do citocromo oxidase da cadeia transportadora de elétrons, impedindo toda a cadeia respiratória. Então o sangue pode ser oxigenado, mas as células não conseguem utilizá-lo. Resultando em letalidade rápida. Em intoxicações agudas o coração e o cérebro são os primeiros afetados, ocasionando um colapso rápido, seguido de convulsões, coma e morte. Nos casos em que o colapso não ocorre, observamos taquicardia, hipotensão, ataxia, e hiperventilação neurogênica e outros sinais de choque [5].

Dietas a base de carne, arroz, farelos de trigo e

milho: são deficientes em cálcio e altamente ricas em fósforo, levando a uma hipocalcemia e hiperfosfatemia com hiperparatireoidismo compensatório. A hipocalcemia causa (entre outras injúrias como prolongamento da contração muscular, coagulação deficiente, etc) uma depleção das reservas de cálcio presentes nos ossos. Juntamente a isso, a hiperfosfatemia induz à reabsorção de cálcio nos ossos, levando assim a exacerbação dos problemas esqueléticos [3].

Fornecimento cotidiano de fígado: o fígado como alimento é extremamente abundante em vitamina A, e seu fornecimento indiscriminado na forma crua, pode resultar em hipervitaminose A. As lesões observadas são alterações esqueléticas, como destruição das placas cartilaginosas e osteoporose, assim como espondilose deformante e fusão vertebral [3]. Peixes produtores de tiaminase: alguns tipos de peixes possuidores de esqueleto ósseo, como o salmão,

apresentam uma enzima chamada tiaminase que degradará a tiamina (vitamina B1) quando o peixe for oferecido cru. Essa vitamina existe nos animais na forma de pirofosfato de tiamina (TTP) e funciona como co-fator para diversos processos enzimáticos [3]. Sua deficiência leva a insuficiência do miocárdio, lesões neuropáticas periféricas, assim como lesões da substância cinzenta do tronco cerebral, arquicerebelo e córtex cerebral de cães e gatos (polioencefalomalácia), resultando em sinais sistêmicos, como inapetência, perda de peso e coprofagia, progredindo de maneira aguda para ataxia e convulsões, paraparesia com evolução para tetraparesia e alterações eletrocardiográficas [9]. Com o que foi visto acima, se conclui a necessidade e utilidade de dados informativos sobre alimentos que apresentam toxicidade para animais domésticos, sendo de grande importância a sua divulgação. Agradecimentos

Ao professor Eduardo Tudury, por sua dedicação ao conhecimento e aos seus pupilos, nos ensinando sempre que os desafios são os que mais nos fortalecem. À toda equipe da neurologia/ortopedia/cirurgia do HV-UFRPE pelo apoio e amizade. À UFRPE por possibilitar meu caminho em busca do conhecimento.

Referências [1] JANDREY, K. 2009. [Online]. Foods your dog should never eat.

Homepage: http://pets.webmd.com/dogs/slideshow-foods-your-dog-should-never-eat#.

[2] HANSEN, S.; TRAMMEL, H.; DUNAYER, E.; GUALTNEY, S.; FARBMAN, D.; KHAN,S. 2003. [Online]. Cocoa bean mulch as a

cause of a methyxanthine toxicosis in dogs. Homepage: http://www2.aspca.org/site/DocServer/CocoaMulch-NAACT.pdf? docID=1201.

[3] JONES, T.C.; HUNT, R.D.; KING, N.W. 2000. Patologia

veterinária. 6ª Ed. São Paulo: Manole. P.795-816. [4] SANTOS, M.S; FRAGATA, F.S. 2008. Emergência e terapia

intensiva veterinária em pequenos animais. 1ª Ed. São Paulo: Roca. P.535-538.

[5] GFELLER, R.W.; MESSONIER, S.P.FRAGATA, F.S. 2006 Toxicologia e envenenamentos em pequenos animais. 2ª Ed. São Paulo: Roca. P.211-212 ,248-249.

[6] CANGUSSU, G. 2009. [Online]. Plantas tóxicas na de importância

pecuária. Homepage: http://pets.webmd.com/dogs/slideshow-foods-your-dog-should-never-eat#

[7] HINES, R. 2009. [Online]. What should I feed my dog? Homepage: http://www.2ndchance.info/dogfood.htm

[8] Anônimo. 2009. [Online]. Patologia do sistema nervoso central. Homepage: 8http://www.docstoc.com/docs/20090630/PATOLOGIA-DO-SISTEMA- NERVOSO-CENTRAL.

[9] ETTINGER, S.J. 1989 Textbook of veterinary internal medicine. 3ª Ed. Philadelphia: W.B. Saunders Company. P.615- 616.

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Tabela 1. Resumo de alguns alimentos causadores de toxicidade em pequenos animais, o que causam, sua patogenia e sinais

clínicos.

ALIMENTO

CAUSA

PATOGENIA

SINAIS CLÍNICOS

CEBOLA E ALHO

Hemólise

Acúmulo de corpúsculo de Heiz, diminuição da capacidade de deformação das hemácias, levando à retenção nos capilares e fagocitose.

Letargia, fraqueza, depressão, taquicardia, taquipnéia, mucosas

hipocoradas, diarréia e colúria

CHOCOLATE E CAFÉ

Inibição competitiva dos receptores de adenosina ou

purinérgicos.

Antagonizam os efeitos da adenosina, que modula o

consumo de O2 pelo coração e fluxo sanguineo coronariano, assim como o aumento de

atividade neuronal.

Êmese, diarréia, ataxia, tremores, convulsões, taquicardia, taquipnéia, cianose, febre e coma.

UVA E UVA-PASSA

Insuficiência renal aguda

Desconhecida

Oligúria ou anúria, letargia, vômitos, diarréias

SEMENTES DE MACADÂMIA

Desconhecido

Desconhecida

Fraqueza, mais notável nos membros pélvicos, depressão vômito, ataxia, tremores, hipertermia, dor abdominal, claudicação, rigidez e mucosas pálidas.

SEMENTES DE PÊSSEGO, AMEIXA, PÊRA E MAÇÃ

Intoxicação por cianeto

Bloqueio do citocromo oxidase mitocondrial, levando

a incapacidade celular de utilizar oxigênio.

Colapso e morte rápidos. Quando não ocorrem

observamos: taquicardia, hipotensão, convulsões

hiperventilação neurogênica

CARNE BOVINA, ARROZ, FARELOS DE TRIGO E

MILHO

Hipocalcemia e hiperfosfatemia

Há a depleção do cálcio nas reservas ósseas e reabsorção induzida pela hiperfosfatemia

Alterações esqueléticas, osteodistrofias.

FÍGADO BOVINO CRU

Hipervitaminose A Desconhecida

Hipertrofia e deformidades ósseas.

CARNE DE PEIXES PRODUTORES DE TIAMINASE CRUA

Deficiência de vitamina B1

Falta de TTP, cofator importante para várias conversões enzimáticas,

principalmente no metabolismo dos carboidratos.

Insuficiência do miocárdio (colapso cardíaco), edema, sinais neurológicos, como

andar em círculos, alterações no comportamento,

convulsões, coma e morte.