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ALLAN KARDEC - petit.com.br · aventurados os que sofrem pela justiça! Bendigamos a mão que nos fere e nos hu-milha, porque sabemos que as angústias do *** * (alma. 15 Instrução

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Fone: (0xx11) 2684-6000Endereço para correspondência:

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A L L A N K A R D E C

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Oração Dominical

Instrução Preliminar

Os Espíritos recomendaram colocar aoração dominical, o Pai-Nosso, no iníciodesta coletânea, não somente como prece,mas também como símbolo. De todas aspreces, é a que colocam em primeiro lugar,porque veio do próprio Jesus (Mateus, 6:9a 13) e porque pode substituir a todas con-forme a idéia e o sentimento que se lhe atri-bua. É o mais perfeito modelo de concisão2,

1Preces em geral

2. Concisão:2. Concisão:2. Concisão:2. Concisão:2. Concisão: precisão, exatidão, síntese (N.E.).

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verdadeira obra-prima, sublime na sua sim-plicidade. De fato, sob a forma mais sin-gela, resume todos os deveres do homempara com Deus, para consigo mesmo e paracom o próximo. Encerra uma profissão defé3, um ato de adoração e de submissão, opedido das coisas necessárias à vida e oprincípio da caridade. Dizê-la em intençãode alguém é pedir para outrem o que sepediria para si mesmo.

Mas, em virtude de ser concisa, o pro-fundo sentido contido nas poucas palavrasque a compõem escapa à maioria. É por issoque a oração dominical4 é, muitas vezes,dita sem se fixar o pensamento sobre o sen-tido de cada uma de suas partes. Dizem-nadecorada, como uma fórmula, cuja eficiên-cia está condicionada ao número de vezesque é repetida e, quase sempre, esse nú-mero é cabalístico: três, sete ou nove, tiradoda antiga crença supersticiosa do poder

3. Pr3. Pr3. Pr3. Pr3. Profissão de fé:ofissão de fé:ofissão de fé:ofissão de fé:ofissão de fé: declaração pública de uma crença oucerteza religiosa (N.E.).4. Oração dominical:4. Oração dominical:4. Oração dominical:4. Oração dominical:4. Oração dominical: do latim dominus. Oração do Se-nhor (Jesus) (N.E.).

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atribuído aos números e em uso nos cír-culos da magia.

Para auxiliar e aclarar a mente sobreas proposições do Pai-Nosso, de acordo como conselho e com a assistência dos bonsEspíritos, a cada proposição da prece foifeito um comentário que lhe desenvolve osentido e mostra as aplicações. Conformeas circunstâncias e o tempo disponível,pode-se dizer a Oração Dominical simplesou desenvolvida.

Prece

Pai nosso que estais nos Céus, san-Pai nosso que estais nos Céus, san-Pai nosso que estais nos Céus, san-Pai nosso que estais nos Céus, san-Pai nosso que estais nos Céus, san-tificado seja o vosso nome!tificado seja o vosso nome!tificado seja o vosso nome!tificado seja o vosso nome!tificado seja o vosso nome!

Acreditamos em vós, Senhor, pois tudorevela vosso poder e vossa bondade. A har-monia do Universo testemunha uma sabe-doria, uma prudência e uma previdência queultrapassam toda a compreensão humana.O nome de um ser soberanamente grande esábio está inscrito em todas as obras daCriação, desde o ramo da erva e o mais pe-queno inseto até os astros que se movemno espaço. Em todos os lugares, vemos a

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prova de um amor paternal. É por isso que cegoé aquele que não vos reconhece em vossasobras, orgulhoso aquele que não vos glorifica,e ingrato aquele que não vos rende graças.

VVVVVenha a nós o vosso reino!enha a nós o vosso reino!enha a nós o vosso reino!enha a nós o vosso reino!enha a nós o vosso reino!Senhor, destes aos homens leis per-

feitas de sabedoria, que os fariam felizes seas seguissem. Com essas leis, fariam reinarentre si a paz e a justiça; ajudariam-se mu-tuamente ao invés de prejudicarem-se comoo fazem; o forte ajudaria o fraco ao invés demassacrá-lo; evitariam os males que geramos abusos e os excessos de todas as espé-cies. Todas as misérias da Terra vêm da vio-lação de vossas leis, pois não há uma únicainfração a essas leis que não tenha conse-qüências inevitáveis.

Destes ao animal o instinto, que o man-tém no limite do necessário, e ele se con-forma naturalmente com isso. Ao homem,além do instinto, destes a inteligência e arazão; destes também a liberdade de res-peitar ou violar aquelas de vossas leis quelhe dizem respeito pessoalmente, ou seja, de

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escolher entre o bem e o mal, a fim de quetenha o mérito e a responsabilidade de suasações.

Ninguém pode alegar ignorância devossas leis, porque, em vossa previdênciapaternal, quisestes que fossem gravadas naconsciência de cada um, sem distinção decultos, nem de nações. Aqueles que as de-sobedecem, é porque vos desconhecem.

Chegará o dia em que, de acordo comvossa promessa, todos praticarão, e entãoa incredulidade terá desaparecido. Todos vósreconhecerão o Senhor soberano de todasas coisas, e o reinado de vossas leis serávosso reino na Terra.

Dignai-vos, Senhor, a apressar a suavinda, dando aos homens a luz necessáriaque os conduza ao caminho da verdade.

Seja feita a vossa vontade assim naSeja feita a vossa vontade assim naSeja feita a vossa vontade assim naSeja feita a vossa vontade assim naSeja feita a vossa vontade assim naTTTTTerra como nos Céus!erra como nos Céus!erra como nos Céus!erra como nos Céus!erra como nos Céus!

Se a submissão é um dever do filho comrelação ao pai, do inferior com relação aosuperior, quanto maior não deve ser a da cria-tura em relação ao seu Criador! Fazer vossa

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vontade, Senhor, é obedecer vossas leis ese submeter sem lamentações aos vossosdecretos divinos. O homem se submeterá aela quando compreender que sois a fontede toda sabedoria e que sem vós nada pode.Então fará vossa vontade na Terra como oseleitos a fazem nos Céus.

O pão nosso de cada dia, nos dai hoje!O pão nosso de cada dia, nos dai hoje!O pão nosso de cada dia, nos dai hoje!O pão nosso de cada dia, nos dai hoje!O pão nosso de cada dia, nos dai hoje!Dai-nos o alimento para a manutenção

das forças do corpo; dai-nos também o ali-mento espiritual para o desenvolvimento denosso Espírito.

O animal encontra sua pastagem, maso homem deve o seu alimento à sua própriaatividade e aos recursos de sua inteligência,porque vós o criastes livre.

Vós lhe dissestes: “Tirarás teu alimentoda terra com o suor de teu rosto”. Com issolhe fizestes do trabalho uma obrigação, a fimde que exercite sua inteligência pela procurados meios de preencher as suas necessi-dades e o seu bem-estar; uns pelo trabalhomanual, outros pelo trabalho intelectual.Sem o trabalho, ficaria estacionário e não

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poderia pretender alcançar a felicidade dosEspíritos superiores.

Auxiliais o homem de boa vontade quese confia a vós para obter o necessário, masnão aquele que encontra prazer no vício degastar o tempo inutilmente, que gostaria detudo obter sem esforço, nem o que procurao desnecessário.5

Quantos são os que caem vencidos porsua própria culpa, por seu descuido, suaimprevidência ou sua ambição, e por não que-rerem se contentar com o que lhes destes.Estes são os que fazem a sua própria des-graça e não têm o direito de se lamentar, jáque são punidos naquilo mesmo em quepecaram. Apesar disso, nem a estes aban-donais, pois sois infinitamente misericordioso;vós lhes estendeis a mão em socorro desdeque, como o filho pródigo6, retornem since-ramente a vós.7

55555. . . . . Veja O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec,Cap. 25. São Paulo: Petit Editora (N.E.).6. Filho pródigo:6. Filho pródigo:6. Filho pródigo:6. Filho pródigo:6. Filho pródigo: referência à parábola do filho pródigo (vejaLucas 15:11 a 29), arrependido, aguardado, festejado (N.E.).77777. . . . . Veja O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec,Cap. 5:4. São Paulo: Petit Editora (N.E.).

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Antes de nos lamentar da nossa sorte,perguntemo-nos se ela não é obra nossa.Perguntemo-nos se a cada infelicidade quenos chega não dependia de nós evitá-la, econsideremos também que Deus nos deu ainteligência para nos tirar do lamaçal e quedepende de nós fazer bom uso dela.

Uma vez que na Terra o homem seacha submetido à lei do trabalho, dai-nos acoragem e a força de cumpri-la. Dai-nostambém a prudência, a previdência e a mo-deração, para que não venhamos a perderos seus frutos.

Dai-nos, Senhor, nosso pão de cada dia,ou seja, os meios de adquirir, pelo trabalho,as coisas necessárias à vida, pois ninguémtem o direito de reclamar o desnecessário.

Se o trabalho nos é impossível, confia-mo-nos à vossa Divina Providência.

Se está em vossa vontade nos provarpelas mais duras privações, apesar de nossosesforços, nós as aceitamos como uma justaexpiação das faltas que tenhamos cometidonesta vida ou numa outra anterior, pois sois

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justo. Sabemos que não há sofrimentos quenão sejam merecidos e que nunca há pu-nições sem causa.

Preservai-nos, meu Deus, de invejaraqueles que possuem o que não temos, enem mesmo invejar os que têm o excessivoquando nos falte o necessário. Perdoai-lhes,se esquecem a lei da caridade e de amor aopróximo que lhes ensinastes.8

Afastai também de nós o pensamentode negar vossa justiça, ao ver a prosperidadedo mau e a infelicidade que, por vezes, afligeo homem de bem. Graças às novas luzesque nos destes, sabemos agora que vossajustiça sempre se cumpre e não falha comninguém, porque a prosperidade material domau é tão transitória e passageira quanto asua existência corporal, e que terá que passarpor reencarnações dolorosas, enquanto aalegria reservada àqueles que sofrem comresignação será eterna.9

8.8.8.8.8. Veja O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec,Cap. 16:8. São Paulo: Petit Editora (N.E.).99999. . . . . Idem, Cap. 5:7, 9, 12 e 18. (N.E.).

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Perdoai nossas dívidas como nós asPerdoai nossas dívidas como nós asPerdoai nossas dívidas como nós asPerdoai nossas dívidas como nós asPerdoai nossas dívidas como nós asperdoamos àqueles que nos devem! – Perperdoamos àqueles que nos devem! – Perperdoamos àqueles que nos devem! – Perperdoamos àqueles que nos devem! – Perperdoamos àqueles que nos devem! – Per-----doai doai doai doai doai nossas ofensas como nós perdoamosnossas ofensas como nós perdoamosnossas ofensas como nós perdoamosnossas ofensas como nós perdoamosnossas ofensas como nós perdoamosàqueles que nos ofenderam!àqueles que nos ofenderam!àqueles que nos ofenderam!àqueles que nos ofenderam!àqueles que nos ofenderam!

Cada uma de nossas infrações às vos-sas leis, Senhor, é uma ofensa que vos fa-zemos, e uma dívida contraída que cedo outarde será preciso resgatar. Solicitamos operdão de vossa infinita misericórdia e vosprometemos empregar nossos esforços paranão contrair novas dívidas.

Na caridade, nos ensinastes a maior dasleis; mas a caridade não consiste somenteem amparar ao semelhante na necessidade;consiste também no esquecimento e noperdão das ofensas. Com que direito recla-maríamos vossa indulgência, se nós mesmosnão usássemos dela para com aqueles dosquais temos do que nos queixar?

Dai-nos, meu Deus, a força para apagarem nossa alma todo o ressentimento, todoo ódio e todo o rancor. Fazei com que a mortenão nos surpreenda com nenhum desejo devingança no coração. Se for de vossa von-tade nos retirar hoje mesmo da Terra, fazei

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com que possamos nos apresentar diante devós puros, libertos de ódios, como o Cristo,cujas últimas palavras foram de perdão emfavor dos seus martirizadores.10

As perseguições que os maus nos fazemsuportar são parte das nossas provas ter-renas. Devemos aceitá-las sem lamentações,como todas as outras provas, e não amaldi-çoar aqueles que com suas maldades nos dãoa oportunidade de perdoar-lhes, abrindo-noso caminho da felicidade eterna, já que nosdissestes pelo ensinamento de Jesus: Bem-aventurados os que sofrem pela justiça!Bendigamos a mão que nos fere e nos hu-milha, porque sabemos que as angústias docorpo fortalecem nossa alma, e seremosglorificados em nossa humildade.11

Abençoado seja o vosso nome, Senhor,por nos teres ensinado que nossa sorte nãoestá irrevogavelmente fixada após a morte.Que encontraremos em outras existências osmeios de resgatar e reparar nossas faltas

10.10.10.10.10. Veja O Evangelho Segundo o Espiritismo, de AllanKardec, Cap. 10. São Paulo: Petit Editora (N.E.).1111111111. . . . . Idem, Cap. 12:4. (N.E.).

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passadas, e de cumprir, em uma nova vida,o que não pudemos fazer nesta para o nossoadiantamento.12

Assim se explicam todas as desigual-dades aparentes da vida terrena. É a luzlançada sobre nosso passado e nosso futuroo sinal evidente de vossa soberana justiça ede vossa bondade infinita.

Não nos deixeis cair em tentação,Não nos deixeis cair em tentação,Não nos deixeis cair em tentação,Não nos deixeis cair em tentação,Não nos deixeis cair em tentação,mas livrai-nos do mal!mas livrai-nos do mal!mas livrai-nos do mal!mas livrai-nos do mal!mas livrai-nos do mal!*****

Dai-nos, Senhor, a força para resistiràs sugestões dos maus Espíritos que, ins-pirando-nos maus pensamentos, tentamnos desviar do caminho do bem.

Somos Espíritos imperfeitos, encarna-dos na Terra para expiar nossas faltas e

1111122222..... Veja O Evangelho Segundo o Espiritismo, de AllanKardec, Caps. 4 e 5:5. São Paulo: Petit Editora (N.E.).* Algumas traduções trazem: Não nos induzas à tentação (etne nos inducas in tentationem); essa expressão daria a en-tender que a tentação vem de Deus, que incita voluntaria-mente os homens à prática do mal, pensamento ultrajante einsultuoso que assemelharia Deus a Satã e que não pode tersido o de Jesus, porque está de acordo com a doutrinacomum sobre o papel dos demônios. (Consulte O Céu e oInferno, Cap. 10, Demônios.) (Nota do Autor)

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melhorar-nos. A principal causa do mal estáem nós mesmos, e os maus Espíritos apenasse aproveitam de nossas más inclinações evícios para nos tentar.

Cada imperfeição é uma porta abertaà influência deles, conquanto são impo-tentes e renunciam a qualquer tentativacontra os seres perfeitos. Se não tivermosvontade firme e determinada para praticar obem e renunciar ao mal, tudo o que fizermospara afastá-los será inútil. Portanto, preci-samos direcionar nossos esforços para com-bater as nossas más inclinações e os nossosvícios; então, os maus Espíritos naturalmentese afastarão, porque é o mal que os atrai,enquanto o bem os repele.13

Senhor, sustentai-nos em nossa fra-queza; inspirai-nos, pela voz de nossos anjosguardiães e pelos bons Espíritos, a vontadede corrigir nossas imperfeições a fim de im-pedir aos Espíritos impuros o acesso à nossaalma.14

1111133333..... Veja o Capítulo 5 (N.E.).1111144444..... Veja no Capítulo 2, no tópico “Aos anjos guardiães eaos Espíritos protetores”, o item “Instrução Preliminar” (N.E.).

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Senhor, como sois a fonte de todo obem, não criais nada de mau, não podendo,por isso, o mal ser obra vossa. Nós mesmoso criamos ao desprezar as vossas leis, e pelomau uso que fazemos do livre-arbítrio quenos destes. Quando os homens cumpriremvossas leis, o mal desaparecerá da Terra,como já desapareceu em mundos maisavançados.

A prática do mal não é uma necessi-dade fatal ou irresistível para ninguém, eapenas parece irresistível àqueles que nelase satisfazem. Se temos a vontade de fazero mal, podemos também ter a de fazer obem. Senhor, meu Deus, é por isso que pe-dimos vossa assistência e a dos bons Espí-ritos para resistir à tentação.

Assim seja!Assim seja!Assim seja!Assim seja!Assim seja!Permite, Senhor, que nossos desejos se

realizem! Mas curvamo-nos diante de vossainfinita sabedoria. Que todas as coisas quenão compreendamos sejam feitas conformevossa santa vontade, e não a nossa, poisquereis apenas o nosso bem e sabeis melhordo que nós o que nos é conveniente.

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A vós, meu Deus, dirigimos esta precepor nós e em favor de todas as almas sofre-doras, encarnadas ou desencarnadas, pelosnossos amigos e inimigos, por todos aquelesque solicitem nossa assistência, e em parti-cular por... (Podem-se formular a seguir osagradecimentos que são dirigidos a Deus eos que se queira pedir para nós mesmos oupara os outros.)15

Suplicamos vossa misericórdia e vossabênção para todos.

Reuniões Espíritas

Onde quer que se encontrem duas outrês pessoas reunidas em meu nome, eu meencontrarei entre elas. (Mateus, 18:20)

Instrução Preliminar

Para as pessoas se acharem reunidasem nome de Jesus não basta estarem fi-sicamente juntas. É preciso estarem es-piritualmente unidas, pela comunhão de

1111155555..... Veja no Capítulo 2, no tópico “Nas aflições da vida”, ositens “Instrução Preliminar” e “Prece” (N.E.).

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intenções e de pensamentos para o bem.Assim, Jesus ou os Espíritos puros que Orepresentam se encontrarão no meio daassembléia. O Espiritismo nos faz com-preender como os Espíritos podem estarentre nós. Eles estão com seu corpo fluí-dico ou espiritual, e com a aparência quenos permitiria reconhecê-los, caso se tor-nassem visíveis. Quanto mais são elevadosna ordem espiritual, maior é seu poder deirradiação. É assim que possuem o dom daubiqüidade, isto é, podem estar em muitoslugares ao mesmo tempo, bastando paraisso usarem um raio de seu pensamento,que se projeta para onde eles querem.

Por estas palavras Jesus quis mostraro efeito da união e da fraternidade. Não é omaior ou o menor número de pessoas reu-nidas que garante a presença espiritual deJesus ou dos bons Espíritos, pois, ao invésde duas ou três, poderia Ele ter dito dez ouvinte, ou até mais. A presença espiritual deJesus e a dos bons Espíritos se dará sempreque o sentimento de caridade seja a baseda união com fraternidade, ainda que só seconte com duas pessoas. Porém, se essas

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duas pessoas orarem, cada uma no seucanto, embora se dirijam a Jesus, não exis-tirá entre elas comunhão de pensamentosse não estiverem tocadas por um sentimentode benevolência mútua. Em se olhando comprevenção, ódio, inveja ou ciúme, as cor-rentes fluídicas de seus pensamentos serãoopostas, ao invés de se unirem num impulsocomum de simpatia e, assim, não estarãoreunidas em nome de Jesus. Jesus será paraelas apenas um pretexto da reunião, e nãoo verdadeiro motivo.16

Isto não significa que Jesus não atendaà voz de uma única pessoa. Se Ele disse:Eu virei para todo aquele que me chamar, éque exige, antes de tudo, o amor ao pró-ximo, do qual se podem dar provas quandooramos em grupo, melhor do que isolada-mente, e isentos de todo sentimento pes-soal e egoísta. Segue-se que, se numaassembléia numerosa, apenas duas ou trêspessoas se unem de coração pelo senti-mento da verdadeira caridade, enquanto as

1111166666..... Veja O Evangelho Segundo o Espiritismo, de AllanKardec, Cap. 27:9. São Paulo: Petit Editora (N.E.).

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outras se isolam e se concentram em pen-samentos egoístas ou mundanos, Ele estarácom os primeiros e não com os demais. Nãosão, pois, o coro das palavras, dos cânticosou os atos exteriores que constituem a reu-nião em nome de Jesus, mas a comunhãode pensamentos em harmonia com o Espí-rito de caridade que Ele personifica.17

Este deve ser o caráter das reuniõesespíritas sérias, aquelas em que se desejaa participação dos bons Espíritos.

Prece (para o início da reunião)

Suplicamos ao Senhor Deus todo pode-roso enviar-nos bons Espíritos para nos as-sistir, afastar aqueles que poderiam nos levarao erro e nos dar a luz necessária para dis-tinguir a verdade da impostura.

Afastai também os Espíritos malévolos,encarnados e desencarnados, que poderiamtentar provocar a desunião entre nós e des-viar-nos da caridade e do amor ao próximo.

17.17.17.17.17. Veja O Evangelho Segundo o Espiritismo, de AllanKardec, Caps. 10:7 e 8; e 27:2 a 4. São Paulo: PetitEditora (N.E.).

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Se alguns procurarem aqui se introduzir, fazeicom que não achem acesso no coração denenhum de nós.

Bons Espíritos que vindes nos instruir,tornai-nos dóceis aos vossos conselhos;desviai-nos de todo pensamento de egoísmo,orgulho, inveja e ciúme; inspirai-nos a indul-gência e a benevolência para com os nossossemelhantes, presentes ou ausentes, amigosou inimigos; fazei com que, pelos sentimentosde amor que nos envolvem, reconheçamosa vossa salutar influência.

Dai aos médiuns que escolherdes paratransmitir vossos ensinamentos a consciênciada santidade do mandato que lhes foi con-fiado, e da seriedade do ato que vão realizar,a fim de que o façam com o fervor e a res-ponsabilidade necessários.

Se, na reunião, houver pessoas quetenham vindo por outros sentimentos quenão o do bem, abri-lhes os olhos à luz eperdoai-lhes, como nós lhes perdoamos sevierem com intenções malévolas.

Rogamos especialmente ao Espírito de..., nosso guia espiritual, para nos assistir evelar por nós.

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Prece (para o fim da reunião)

Agradecemos aos bons Espíritos quevieram se comunicar conosco; rogamo-lhes que nos ajudem a colocar em práticaas instruções que nos foram dadas, e quecada um de nós, ao sair daqui, se sinta for-talecido para a prática do bem e do amorao próximo.

Desejamos igualmente que suas instru-ções sejam proveitosas aos Espíritos sofre-dores, ignorantes ou viciosos, que puderamassistir a esta reunião, e para os quais su-plicamos a misericórdia de Deus.

Pelos Médiuns

Nos últimos tempos, disse o Senhor,espalharei meu Espírito sobre toda a carne;vossos filhos e vossas filhas profetizarão;vossos jovens terão visões, e vossos velhos,sonhos. Nesses dias, espalharei de meuEspírito sobre meus servidores, e eles pro-fetizarão.18

1111188888..... Veja Atos dos Apóstolos 2:17 e 18 (N.E.).

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