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Os preparativos para as comemora- ções do centenário da imigração holan- desa em 2011 estão em estado avançado. Muitos patrocinadores tem se mostrado interessados em participar do projeto e as obras da Vila Histórica ficarão pron- tas já no início do ano. Nesta edição, trazemos uma entrevis- ta com o Presidente do Sistema OCE- PAR, João Paulo Koslovski, uma breve narrativa sobre o pioneiro da indústria em nosso estado, o Barão do Serro Azul e um descritivo da importância de se reduzir o consumo de energia elétrica como ‘boa prática’ de sustentabilidade. Cabe aqui uma referência aos 200 anos da Fundação Biblioteca Nacional, completados no último dia 29 de outu- bro, o principal órgão de preservação bibliográfica do país, onde estão todos os projetos editoriais do Parque Históri- co. Em nosso site, uma abordagem mais aprofundada sobre o aniversário da mais antiga instituição cultural do país. Ainda nesta edição, recomendamos o filme ‘O Preço da Paz’, produção para- naense que ilustra um momento da his- tória de nosso estado onde os Campos Gerais tiveram uma ativa participação. Boa leitura. FIEP reúne-se no Parque Histórico de Carambeí O Parque Histórico de Carambeí recebeu, no dia 25 de se- tembro, a comitiva da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP). O grupo, formado por presidentes de sindi- catos empresariais, diretores e funcionários, foi conhecer a estrutura e o programa de atividades voltadas para o Centená- rio da Imigração Holandesa no Brasil. Durante a visita, o diretor-presidente da Associação Parque Histórico de Carambeí, Dick Carlos de Geus, fez uma apresen- tação explicando a história da imigração holandesa no Campos Gerais e como a iniciativa dos imigrantes com a fundação da Cooperativa Batavo foi importante na história do cooperati- vismo do Brasil e no desenvolvimento da região “Para nós é importante mostrar a nossa história e a contribui- ção que pudemos dar ao nosso Estado”, afirmou Dick de Geus. Representantes da Tetra Pak visitam PHC A Tetra Pak, nova parceira do Parque Histórico de Carambeí (PHC), realizou uma visita ao parque no dia 27 de outubro. Estiveram presentes a Diretora Executiva de Comunicação, Eliza Prado, e a Gerente de Comunicação Institucional, Eliane Campos. O objetivo da visita era conhecer pessoalmente o projeto e decidir em qual área a Tetra Pak poderia agir e estar presente dentro do parque. A princípio, a empresa atuará no Museu do Leite, podendo expandir sua presença no futuro. Eliza e Eliane visitaram a Casa da Memória e o canteiro de obras da Vila Histórica. F EDITORIAL H F VARIEDADES H www.parquehistoricodecarambei.com.br • Veja a reportagem completa no nosso site: Da esquerda para a direita: Gaspar João de Geus, Franke Dijkstra, Eliane Campos, Eliza Prado e Dick Carlos de Geus. Comitiva da FIEP e dirigentes do Parque Histórico. 14 de Novembro de 2010 Fascículo Nº 11 Almanaque Imigrantes é uma publicação do Programa de Patrimônio Cultural do Parque Histórico de Carambeí 2011 ANO HOLANDA-BRASIL www.parquehistoricodecarambei.com.br

Almanaque Imigrante n°11

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Coleção Imigrantes . Periódico Almanaque Imigrantes, edição n° 11 - 14 de novembro de 2010

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Page 1: Almanaque Imigrante n°11

Os preparativos para as comemora-ções do centenário da imigração holan-desa em 2011 estão em estado avançado. Muitos patrocinadores tem se mostrado interessados em participar do projeto e as obras da Vila Histórica ficarão pron-tas já no início do ano.

Nesta edição, trazemos uma entrevis-ta com o Presidente do Sistema OCE-PAR, João Paulo Koslovski, uma breve

narrativa sobre o pioneiro da indústria em nosso estado, o Barão do Serro Azul e um descritivo da importância de se reduzir o consumo de energia elétrica como ‘boa prática’ de sustentabilidade.

Cabe aqui uma referência aos 200 anos da Fundação Biblioteca Nacional, completados no último dia 29 de outu-bro, o principal órgão de preservação bibliográfica do país, onde estão todos

os projetos editoriais do Parque Históri-co. Em nosso site, uma abordagem mais aprofundada sobre o aniversário da mais antiga instituição cultural do país.

Ainda nesta edição, recomendamos o filme ‘O Preço da Paz’, produção para-naense que ilustra um momento da his-tória de nosso estado onde os Campos Gerais tiveram uma ativa participação.

Boa leitura.

FIEP reúne-se no Parque Histórico de Carambeí

O Parque Histórico de Carambeí recebeu, no dia 25 de se-tembro, a comitiva da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP). O grupo, formado por presidentes de sindi-catos empresariais, diretores e funcionários, foi conhecer a estrutura e o programa de atividades voltadas para o Centená-rio da Imigração Holandesa no Brasil.

Durante a visita, o diretor-presidente da Associação Parque Histórico de Carambeí, Dick Carlos de Geus, fez uma apresen-tação explicando a história da imigração holandesa no Campos Gerais e como a iniciativa dos imigrantes com a fundação da Cooperativa Batavo foi importante na história do cooperati-vismo do Brasil e no desenvolvimento da região “Para nós é importante mostrar a nossa história e a contribui-ção que pudemos dar ao nosso Estado”, afirmou Dick de Geus.

Representantes da Tetra Pak visitam PHC

A Tetra Pak, nova parceira do Parque Histórico de Carambeí (PHC), realizou uma visita ao parque no dia 27 de outubro. Estiveram presentes a Diretora Executiva de Comunicação, Eliza Prado, e a Gerente de Comunicação Institucional, Eliane Campos.

O objetivo da visita era conhecer pessoalmente o projeto e decidir em qual área a Tetra Pak poderia agir e estar presente dentro do parque. A princípio, a empresa atuará no Museu do Leite, podendo expandir sua presença no futuro. Eliza e Eliane visitaram a Casa da Memória e o canteiro de obras da Vila Histórica.

F EDITORIAL H

F VARIEDADES H

www.parquehistoricodecarambei.com.br• Veja a reportagem completa no nosso site:

Da esquerda para a direita: Gaspar João de Geus, Franke Dijkstra, Eliane Campos, Eliza Prado e Dick Carlos de Geus.

Comitiva da FIEP e dirigentes do Parque Histórico.

14 de Novembro de 2010 • Fascículo Nº 11

Almanaque Imigrantes é uma publicação do Programa de Patrimônio Cultural do Parque Histórico de Carambeí

2011ANO HOLANDA-BRASIL

www.parquehistoricodecarambei.com.br

Page 2: Almanaque Imigrante n°11

Veneza do Norte

Considerada uma das mais belas cidades do mundo, Amsterdã, a cidade dos lendários canais, é a capital da Holanda. Seu nome é derivado de uma represa (dam) no rio Amstel. Localiza-se entre os rios Amstel e Schinkel, na chamada baia de IJ.

A cidade destaca-se pelo seu setor financeiro, sendo o quinto centro financeiro europeu. Com mão-de-obra qualificada no setor logístico, a cidade destaca-se por sua infraestrutura que reúne um aeroporto internacional e um moderno porto marítimo.

No início do século XVII, com a cres-cente imigração na cidade, Amsterdã colocou em prática um plano para a construção de canais de meio-círculo e concêntricos que se encontravam na baía do rio IJ. Foram feitos quatro canais: 3 residenciais (Herengracht ou Canal dos Lordes; Keizersgracht ou Canal dos Imperadores; e Prinsengra-cht ou Canal do Príncipe) e um canal de defesa (Nassau/Stadhouderskade). O plano ainda ligou os canais paralelos a esses novos quatros canais.

Hoije, a maior par-te da cidade são pôl-ders. A área urbana inclui os municípios de Aalsmeer, Ams-terdã, Amstelveen, Diemen, Haarlem-mermeer, Ouder-Amstel, Uithoorn, e Waterland. O tamanho da área

urbana inteira atinge 896.96 km² mas só 718.03 km² é terra.

A área conhecida como Grande Ams-terdã (Stadsgewest Amsterdam) inclui a área urbana e as cidades satélites. O total desta área é de 1896,97 km² sendo 1447,36 km² constituído de terra.

www.iamsterdam.com/

• Saiba mais sobre a cidade no site:

F PATRIMÔNIO CULTURAL H

F PRESENÇA HOLANDESA H

Ildefonso Pereira Correia – “Pai do Desenvolvimento” do Paraná

Em 1894 as tropas da revolução fede-ralista vindas do Sul em marcha para o Rio de Janeiro ingressam pelo Paraná e cercam Curitiba. O então presidente do Estado, Xavier da Silva, havia se licenciado do cargo e seu vice, Vicente Machado, dada a possibilidade da toma-

da de assalto da cidade, transferiu a capital

para Castro, sua cidade natal. Abandonada pelo poder estadual, Curitiba forma uma junta administrati-va para cuidar da cidade. O líder do

grupo era Ildefonso

Pereira Correia, o Barão do Serro Azul.

Nascido em Paranaguá, em 6 de agosto de 1849, Ildefonso Pereira Correia cur-sou Humanidades no Rio de Janeiro e, ao voltar para o Paraná, iniciou ativida-des empresariais no ramo de produção de erva-mate. Posteriormente, atuou na exportação de madeira, na Compa-nhia Ferrocarril de Curitiba, lançou as bases do Banco Industrial e Mercantil, comprou o jornal Diário do Comércio e foi diretor da Sociedade Protetora de Ensino. Neste meio tempo, foi eleito deputado provincial, presidente da Câ-mara de Curitiba e, por lutar pela causa abolicionista, recebeu da princesa Isabel o título de Barão do Serro Azul.

O Barão de Serro Azul, ao liderar a junta governativa em Curitiba, con-seguiu apoio de população para que fossem realizados empréstimos aos revolucionários federalistas em nome da proteção da cidade. O ato obteve su-

cesso em seu objetivo, mas não impediu que o governo nacional considerasse o grupo como traidor. Na madrugada do dia 20 de maio de 1894, o Barão e mais cinco companheiros que estavam presos foram levados à Estação Ferroviária com a justificativa de que partiriam para a capital da república para o julgamen-to. Era uma emboscada: no caminho para Paranaguá, de onde embarcaria para o Rio de Janeiro, o grupo foi assas-sinado.

Por 40 anos, Ildefonso foi tratado pela história como um traidor da pátria. Apenas após este tempo foram realiza-das releituras sobre as ações do barão e seu lugar de honra na história começou a ser reconhecido. Em 2008, o nome Ildefonso Pereira Correia, o Barão de Serro Azul, foi inscrito no Livro dos He-róis da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, que possui hoje 20 heróis nacionais reconhecidos.

REALIZAÇÃO: PATROCÍNIO INSTITUCIONAL: APOIO INSTITUCIONAL: APOIO:

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Veneza do Norte

Considerada uma das mais belas cidades do mundo, Amsterdã, a cidade dos lendários canais, é a capital da Holanda. Seu nome é derivado de uma represa (dam) no rio Amstel. Localiza-se entre os rios Amstel e Schinkel, na chamada baia de IJ.

A cidade destaca-se pelo seu setor financeiro, sendo o quinto centro financeiro europeu. Com mão-de-obra qualificada no setor logístico, a cidade destaca-se por sua infraestrutura que reúne um aeroporto internacional e um moderno porto marítimo.

No início do século XVII, com a cres-cente imigração na cidade, Amsterdã colocou em prática um plano para a construção de canais de meio-círculo e concêntricos que se encontravam na baía do rio IJ. Foram feitos quatro canais: 3 residenciais (Herengracht ou Canal dos Lordes; Keizersgracht ou Canal dos Imperadores; e Prinsengra-cht ou Canal do Príncipe) e um canal de defesa (Nassau/Stadhouderskade). O plano ainda ligou os canais paralelos a esses novos quatros canais.

Hoije, a maior par-te da cidade são pôl-ders. A área urbana inclui os municípios de Aalsmeer, Ams-terdã, Amstelveen, Diemen, Haarlem-mermeer, Ouder-Amstel, Uithoorn, e Waterland. O tamanho da área

urbana inteira atinge 896.96 km² mas só 718.03 km² é terra.

A área conhecida como Grande Ams-terdã (Stadsgewest Amsterdam) inclui a área urbana e as cidades satélites. O total desta área é de 1896,97 km² sendo 1447,36 km² constituído de terra.

www.iamsterdam.com/

• Saiba mais sobre a cidade no site:

F PATRIMÔNIO CULTURAL H

F PRESENÇA HOLANDESA H

Ildefonso Pereira Correia – “Pai do Desenvolvimento” do Paraná

Em 1894 as tropas da revolução fede-ralista vindas do Sul em marcha para o Rio de Janeiro ingressam pelo Paraná e cercam Curitiba. O então presidente do Estado, Xavier da Silva, havia se licenciado do cargo e seu vice, Vicente Machado, dada a possibilidade da toma-

da de assalto da cidade, transferiu a capital

para Castro, sua cidade natal. Abandonada pelo poder estadual, Curitiba forma uma junta administrati-va para cuidar da cidade. O líder do

grupo era Ildefonso

Pereira Correia, o Barão do Serro Azul.

Nascido em Paranaguá, em 6 de agosto de 1849, Ildefonso Pereira Correia cur-sou Humanidades no Rio de Janeiro e, ao voltar para o Paraná, iniciou ativida-des empresariais no ramo de produção de erva-mate. Posteriormente, atuou na exportação de madeira, na Compa-nhia Ferrocarril de Curitiba, lançou as bases do Banco Industrial e Mercantil, comprou o jornal Diário do Comércio e foi diretor da Sociedade Protetora de Ensino. Neste meio tempo, foi eleito deputado provincial, presidente da Câ-mara de Curitiba e, por lutar pela causa abolicionista, recebeu da princesa Isabel o título de Barão do Serro Azul.

O Barão de Serro Azul, ao liderar a junta governativa em Curitiba, con-seguiu apoio de população para que fossem realizados empréstimos aos revolucionários federalistas em nome da proteção da cidade. O ato obteve su-

cesso em seu objetivo, mas não impediu que o governo nacional considerasse o grupo como traidor. Na madrugada do dia 20 de maio de 1894, o Barão e mais cinco companheiros que estavam presos foram levados à Estação Ferroviária com a justificativa de que partiriam para a capital da república para o julgamen-to. Era uma emboscada: no caminho para Paranaguá, de onde embarcaria para o Rio de Janeiro, o grupo foi assas-sinado.

Por 40 anos, Ildefonso foi tratado pela história como um traidor da pátria. Apenas após este tempo foram realiza-das releituras sobre as ações do barão e seu lugar de honra na história começou a ser reconhecido. Em 2008, o nome Ildefonso Pereira Correia, o Barão de Serro Azul, foi inscrito no Livro dos He-róis da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, que possui hoje 20 heróis nacionais reconhecidos.

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F ENTREVISTA H

Qual a importância dos 85 anos da Batavo Cooperativa Agroin-dustrial para o cooperativismo brasileiro?

João Paulo Koslovski – A coope-rativa Batavo é um exemplo de coo-peração. É um orgulho para o coope-rativismo do Paraná e do Brasil. Uma cooperativa que serve aos interesses dos associados, dando apoio técnico na produção agrícola e pecuária, pro-movendo o treinamento e a formação, desenvolvendo o cooperado e toda a sua família. Uma cooperativa que está ao lado dos produtores fornecendo insumos a preços competitivos, rece-bendo a produção para comercializar,

industrializar e assim agregar mais valor à produção, propiciando o desen-volvimento de milhares de agricultores e dinamizando toda a economia regio-nal. E por todo este trabalho é que a cooperativa Batavo está entre as me-lhores cooperativas brasileiras.

Qual a dimensão do cooperati-vismo no Paraná hoje?

As cooperativas do Paraná devem fechar o ano de 2010 com um fatura-mento de 27,5 bilhões de reais, 550 mil cooperados e cerca de 60 mil empregos diretos. Em 2009, o setor recolheu cerca de 1,1 bilhão de reais em impos-tos. Atualmente, 2,3 milhões de para-naenses estão ligados economicamente às cooperativas. No Estado, já são 11 as cooperativas com movimentação eco-nômica superior a 1 bilhão de reais, 10 delas sediadas e atuando no interior, incentivando a economia local em de-zenas de municípios. As cooperativas fomentam o desenvolvimento econô-mico e social, geram empregos e renda e socializam seus resultados nos locais em que atuam. No ano passado, elas distribuíram 700 milhões de reais em sobras de exercício.

Neste ano, o dia mundial do co-operativismo foi celebrado com o

tema “A Mulher e o Cooperativis-mo: Conquistas e Desafios para o Empoderamento Feminino”. Qual a sua visão sobre o tema?

No Paraná, a mulher cooperativista tem voz ativa e, acima de tudo, está tendo o seu trabalho valorizado e reconhecido. Hoje, temos mulheres presidindo cooperativas de crédito e de transporte, outras em conselho de administração das cooperativas agropecuárias, sem falar na significa-tiva presença feminina no quadro de colaboradores de todos os ramos, e em diversos cargos e funções. A presença feminina representa 12,14% do quadro social das cooperativas do Paraná e 32,14% do número de funcionários, com expressiva participação de mulhe-res no ramo agropecuário, o mais forte do setor cooperativista no Estado. Nes-se segmento, elas respondem por 10% do quadro social e 29,28% dos funcio-nários. Ter a mulher como tema do dia mundial do cooperativismo foi positivo para aprofundar a reflexão sobre o importante e crescente papel feminino nos empreendimentos cooperativos.

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• Veja a íntegra da entrevista, no site do Parque Histórico:

Vila Histórica de Carambeí sai do papel

Estabelecido o primeiro núcleo social, o movimento da Vila crescia ano a ano e as famílias holandesas integraram-se a sociedade da época, construindo uma identidade própria através da agricultu-ra e comércio com as cidades próximas.

O resultado da integração à região im-pulsionou a organização dos primeiros negócios conjuntos, visando aumentar a produção e atender aos pedidos. A Vila de Carambeí começava a marcar sua presença na história do Paraná.

Para o Parque, a construção da Vila Histórica de Carambeí compõe uma das suas mais importantes alas. É nesta representação em tamanho natural que o visitante poderá observar como era a vida dos pioneiros no início do século XX, quando os primeiros holandeses chegaram à região.

No programa de patrimônio histórico em execução, a Vila Histórica repre-senta a consolidação de uma das etnias que imigraram para o Brasil e colabo-raram na formação da nossa identidade nacional.

Atividades pedagógicas voltadas para

a preservação do patrimônio cultural, educação ambiental, noções de empre-endedorismo e cooperativismo, susten-tabilidade e desenvolvimento regional, serão alguns dos temas dispostos na Vila Histórica e que compõe o projeto.

Por isso, a Associação do Parque Histórico planeja finalizar as obras antes das comemorações do centená-rio, em abril de 2011. Os projetos de jardinagem, iluminação, acessibilidade e conteúdo para cada casa da Vila, estão na sua fase final e poderão ser patroci-nados a partir de 2011.

JOÃO PAULO KOSLOVSKIPresidente do sistema OCEPAR

PATROCÍNIO:

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MARKETING CULTURAL

Page 4: Almanaque Imigrante n°11

NÃO P

OLUA

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ECIO

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PERSONAGEMAUKE E MARIE DIJKSTRA

Auke nasceu na Holanda e veio para o Brasil junto com seus pais e irmãos em 1947, com a idade de 18 anos. No navio que trouxe a família Dijkstra também embarcou todo o plantel de gado leitei-ro de propriedade do patriarca, Bauke Dijkstra. Foi o primeiro gado da raça

holandesa PO (puro de origem) que Carambeí recebeu. Auke, já naqueles tempos, era um profundo conhecedor da genética do gado holandês. Conhe-cia a história de cada um dos animais que trouxeram. Ele foi o principal res-ponsável pelo enorme melhoramento genético do gado desta raça em toda a nossa região, pois conhecia os melho-res reprodutores (touros) na Holanda, muitos dos quais foram importados por sua orientação. O mesmo aconte-ceu mais tarde com a importação de sêmen congelado para inseminação artificial, aonde a sua atuação foi igual-mente marcante. Durante muitas déca-das participou da comissão pecuária e das diretorias da Cooperativa Batavo e Central de Laticínios aonde teve uma atuação destacada no setor da pecuária de leite.

Sua esposa Marie, hoje com 88 anos de idade, nasceu em Carambeí. Ela foi uma das poucas jovens que saíram de Carambeí, para continuar os estudos

após o curso após o primário. Na dé-cada de quarenta do século passado le-cionou na escola de Carambeí durante seis anos. Ela conta que com o salário que recebia como professora munici-pal mal dava para pagar a comida ,isto quando ela conseguia receber, porque aconteciam muitos atrasos e nas férias escolares nada recebia. Mais tarde foi trabalhar na Cooperativa Batavo, aon-de foi uma das primeiras funcionárias oficialmente contratadas. A Marie lembra que muitas vezes tinha que fi-car no escritório até a noite, esperando a entrada do último leite da tarde na fábrica, tendo que voltar para casa no escuro, o que lhe causava medo, pois muitas vezes esbarrava com animais na estrada.

O casal continua residindo na bela propriedade rural aonde começaram a vida a dois há mais de meio século atrás.

F BOAS PRÁTICAS • A Prática dos 5R – Reduzir (horário de verão) HO horário de verão foi idealizado na

Inglaterra, em 1907, por Willian Willett, construtor londrino e membro da So-ciedade Astronômica Real. A ideia era diminuir o consumo de luz artificial e estimular o lazer. No primeiro esboço, os relógios avançariam 20 minutos nos domingos de abril e seriam retardados na mesma quantidade nos domingos de setembro. Willett morreu em 1915, antes de ver sua idéia sair do papel em 1916, quando a Alemanha, primeiro país a fazê-lo, adotou o horário de verão.

No Brasil, Getúlio Vargas foi o pri-meiro presidente a adotar o projeto no verão de 1931/1932, abrangendo todo

o país. Em 1985/1986 o Brasil usou novamente o horário de verão, por con-ta do baixo nível de água nas reservas hidrelétricas. Hoje, o horário de verão vigora apenas nos estados do Rio Gran-de do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.

Desde que surgiu, o propósito do horário de verão continua sendo o mes-mo: reduzir. A redução do consumo de energia no horário de pico (entre 18h e 21h) não é a única vantagem apontada, já que a contenção de uma sobrecarga do sistema também é resultado desta

prática sustentável. Estimasse que nos últimos dez anos

o Brasil deixou de gerar cerca de dois mil megawatts a cada ano e que houve redução média de 4,7% no consumo de energia no horário de pico, graças ao projeto de Sir Willian Willett.

www.zenite.nu

• Fontes:

educacao.uol.com.br/geografia/horario-de-verao.jhtm

g1.globo.com/brasil/noticia/2010/10/comeca-o-horario-de-verao-adiante-seu-relogio-em-uma-hora.html

F LEITURA H

A Última viagem do Barão do Serro Azul, livro de autoria do historiador Túlio Vargas(1929-2008), ex-presidente da Academia Paranaense de Letras, é o retrato da vida do Barão do Serro Azul. A obra, publicada em 1973, serviu de referência para a produção do filme O Preço da Paz, em 2003, com direção de Paulo Morelli e roteiro de Walther Negrão. No elenco, importantes nomes das artes cênicas nacio-nal, como Herson Capri, que interpretou o barão; Lima Duarte, Giulia Gam, entre outros. Vale a pena se aprofundar na história deste herói paranaense.

Periodicidade: Quinzenal

- Distribuição -1800 alunos

“Projeto Vamos Ler” na rede estadual de ensino em Carambeí

3200 exemplares - Distribuição dirigida -

- 10.000 exemplares - Região dos Campos Gerais na Edição

de Domingo do Jornal da Manhã- Na WEB -

www.parquehistoricodecarambei.com.br e em redes sociais.

ERRATAS NO SITE.

www.parquehistoricodecarambei.com.br

APHC - Associação do Parque Histórico de Carambeí

Presidente: Dick Carlos de GeusVice-Presidente: Franke DijkstraSecretário: Gaspar João de Geus

Curadoria Executiva:

Fábio André Chedid Silvestre - Núcleo de Mídia e ConhecimentoGuilherme Klopffleisch - Mind Promo Business

Almanaque Imigrantes:

Realização:APHC - Associação do Parque Histórico de CarambeíMind Promo BusinessNúcleo de Mídia e Conhecimento

Editores:Fábio A. Chedid Silvestre - Núcleo de Mídia e ConhecimentoTarás Antônio Dilay - Núcleo de Mídia e Conhecimento

Revisão:Núcleo de Mídia e Conhecimento

Colaboração:Luciano Tonon - Assessoria Cooperativa Agroindustria BatavoAssessoria de Comunicação Prefeitura Municipal de Carambeí

Projeto Gráfico:Núcleo de Mídia e ConhecimentoArte e Um Pouco Mais Estúdio Gráfico

Jornalista Responsável: Tarás Antônio Dilay - MT 22787

F EXPEDIENTE H