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R$ 4,90 #37 BELEZA EM LINHAS RETAS PROJETOS DA ARQUITETA INDIARA DARóS SEGUEM OS ESTUDOS CONTEMPORâNEOS E, ALéM DAS LINHAS RETAS, PRIVILEGIAM O DESIGN NAS PEçAS DE DECORAçãO arquitetura | decoração | design | engenharia ano 05 | março/2010

Alto Padrão - Ed. 37

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Revista Alto Padrão. Voltada ao público de decoração, arquitetura e design de Blumenau e região. Produzida pela Mundi Editora - Blumenau/SC.

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R$ 4,90

#37

belezaem linhas retas

projetos da arquiteta indiara darós seguem os

estudos contemporâneos e, além das linhas retas, privilegiam o design nas

peças de decoração

arquitetura | decoração | design | engenharia ano 05 | março/2010

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ExpedienteCONSELHO EDITORIAL

Amanda Marques, Amauri Alberto Buzzi, Ângela Ferrari, Carla C. Back, Daniela P. Garcia, Jorge Luiz Strehl, Margareth Volles, Patrícia Serafim, Sidnei dos Santos, Silvana Silvestre, Sherlana Reis, Sônia Roese e Valter Ros de Souza

/editor-executivo: Sidnei dos Santos 1198JP (MTb/SC) - [email protected]/editora-assistente: Gisele Scopel/Repórteres: Beatriz Roberta Alves Gaviolli, Jean Laurindo e Mariana Tordivelli/editor de arte: Guilherme Faust [email protected]/Projeto Gráfico: Ferver Comunicação/Foto de Capa: Ivan Schulze/editora-chefe: Danielle Fuchs/Coordenador Comercial: Eduardo Bellidio47 3035.5500 - [email protected]/Diretor executivo: Niclas [email protected]

DIRETORIA/Presidente: Jorge Luiz Strehl/Vice Pres. para assuntos estratégicos e Ma-teriais: Davi Eduardo Scarense Zimmermann/Vice Pres. para assuntos da Indústria Imobi-liária: Nilton Speranzini/Vice Pres. para assuntos de Rel. Trabalhis-tas e Sindicais: Adalberto José da Silva/Vice Pres. para assuntos de Obras Públicas: José Roberto Antunes Santos/Vice Pres. para assuntos de economia e es-tatística: Marcos Rischbieter/Vice Pres. para assuntos da administração: Amauri Alberto Buzzi/Vice Pres. Para assuntos de loteamento: Ricardo Vasselai/Diretor para assuntos de Relações Intersin-dicais: Maurílio Schmitt/Diretora administrativa: Margareth Volles/1º Secretário: José Carlos May Cardoso/2º Secretário: André Marin d´ Iglesias Y Vieira/1ª Tesoureira: Eunice Marly Hohl Silveira/2º Tesoureiro: Clemar Fernandes de Souza;//Conselho Fiscal/efetivos: Renato Rossmark Schramm, Valter Ros de Souza, Valter Luiz Torresani/Suplentes: Marco Aurélio Eichstaedt; Alziro Luiz Estevam, Osório Otávio Tomazi//Delegados Representantes/efetivos: Jorge Luiz Strehl, Renato Rossmark Schramm/Suplentes: Amauri Alberto Buzzi, Valter Ros de Souza/Suplentes da Diretoria: Valdir Damião Maf-fezzolli, Giovani Isensee, Airton Xavier Picolli, Reges Francisco Moraes da Cunha, Clóvis Roberto Barbieri e Guilherme Augusto Mattos Voltolini.

/TIRaGeM: 4.000 exemplares

/editorial

sofisticação

A beleza e o conforto ilustrados nas próximas páginas exemplificam um estilo de vida único. Técnicas arrojadas de decoração aliadas a um know-how de engenharia, demonstram que os setores da habitação e da construção evoluem a passos largos e, o que é melhor, não deixam nada a desejar ao mercado mundial.

Somada à competência, tem a criatividade dos profissionais do Vale do Itajaí na hora de encontrar soluções, edifica-ções de bom gosto e de boa técnica construtiva, que agreguem valor aos espaços.

Móveis feitos a partir de madeira de demolição são a prova de que a evolução em nosso setor é constante e que a me-lhor idéia sempre é a que está por vir. Esta edição da Revista Alto Padrão enche os olhos com belos projetos de arquitetura e decoração, complementados com informação de primeira linha nas áreas de paisagismo e boas dicas de gastronomia.

Boa leitura!

Jorge Luiz StrehlPresidente Sinduscon Blumenau

fotos: Daniel Zimm

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Bromélias estão entre as plantas preferidas na decoração da ambientes internos

Madeira de demolição é transformada em móveis requintados

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/sumário

/design A tendência orgânica ganha força nos móveis

/cozinhas Caseiro com desempenho profissional

/gastronomia Os prazeres da boa cerveja

/paisagismo A beleza colorida das bromélias

/comercial Projeto cria identidade visual de loja

/urbanismo Marco de entrada de Brusque

/clic Alto Padrão/mercado Alto Padrão/dicas Alto Padrão

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/36/08

/decoraçãoThe Basement Pub cria clima aconchegante e rústicono porão de um prédio histórico de Blumenau.

/arquiteturaO bom gosto dos projetos da arquiteta Indiara Darós alia a vontade do cliente com o estilo da profissional. Contemporâneos, os ambientes valorizam linhas retas e singulares.

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ivan schulze/Divulgação

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Bom gosto no porãoAmbientado em estética medieval, pub em prédio histórico de Blumenau reúne amigos embaixo do chão

Mariana [email protected]

Recém-inaugurado no Centro de Blumenau, o The Basement tem clima de pub inglês em toda a sua essência. Por trás da empreitada está um dos proprietários Juliano Mendes, que, junto com o pai e o irmão, se lançou no projeto após a venda da Cervejaria Eisenbahn para a Schincariol.

O local escolhido pelos proprietários foi o po-rão de uma antiga livraria, construída em 1.913 e tombada como patrimônio histórico. Para a sorte de Mendes, o antigo dono já havia lidado com toda a documentação na Fundação Cultural. “O

ponto é privilegiado por estar rodeado de hotéis e situado no Centro de Blumenau. Acho a Rua XV de Novembro uma das mais charmosas da cidade, especialmente à noite. É uma pena não ter uma vida noturna mais intensa”, lamenta.

Por causa da Cervejaria Eisenbahn, os proprie-tários do pub passaram algum tempo conhecen-do bares e restaurantes de diferentes países. Com mais um pouco de pesquisas em livros e uma boa equipe de restauração, ficou fácil transformar o local em um estiloso bar inglês.

Para a reforma do velho porão, o proprietário conta que procurou valorizar o original, deixar ti-jolos à mostra e privilegiar o antigo ao deixar as

passagens em forma de arcos. O “avelhantado” também aparece no mobiliá-

rio do restaurante. Muitas peças foram vasculhadas por Mendes em feiras de antiguidades e apanha-das na casa da avó. A atmosfera decadente/chique fica por conta dos estofados com tecidos diferentes e sofás em capitonê.

Novidade em Blumenau, o restaurante tem uma mesa grande, com banquetas altas, em que grupos que não se conhecem são colocados jun-tos. O proprietário admite que, no começo, todos torcem o nariz ao sentarem-se com desconheci-dos, porém, no fim da noite, estão conversando como velhos amigos.

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/decoração

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agradávele medieval

Assim como o piso, o balcão é de madeira e tem nove metros de com-primento. Nas estantes aonde vão às bebidas, espelhos dão sensação de pro-fundidade e de quantidade.

Nos 400 metros quadrados do restaurante, ainda tem espaço reser-vado para jogos com mesa de sinuca e dardos. Nos banheiros, equipados com poderosos secadores de mãos, para evitar o desperdício de papel, tem som ambiente para não se perder o ritmo.

Por falar em música, 40 caixas de som de alto nível tocam o melhor do rock, jazz e blues. “No teto, foi feito um tratamento acústico com espuma de celulose para evitar ruídos. Com esse material, o som não se propaga e a con-versa das pessoas fica mais agradável”, explica.

Quanto à iluminação, Mendes res-salta que usou apenas luz indireta. Da mesma forma que a música, a inten-sidade da iluminação muda durante a noite, concordando com os horários de maior movimento.

A cozinha tem o mesmo layout que as dos tradicionais restaurantes ingle-ses: duas estações, uma quente e outra fria dividem o espaço.

Os proprietários aproveitaram as experiências em estabelecimentos europeus para criar o ambiente do pub

www.basementpub.com.br(47) 3340-0534Rua Paul Hering, 35, subsolo, blumenau

the Basement

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O parão da antiga livraria descortina um cenário rústico e aconchegante

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/decoração

gastronomia no bar O The Basement comporta 238 pessoas sentadas. Segun-

do o proprietário, não é permitido entrar sem ter mesa dispo-nível, pois a intenção não é fazer do restaurante uma balada e sim um gastropub.

Sendo assim, o cardápio é recheado de delícias inspira-das na culinária inglesa, como o clássico fish and chips (peixe empanado com batata frita). O menu de bebidas traz ótimas opções de vinhos, cervejas, destilados e mais quatro tipos de chopes.

ALTOpadrão/decoração

toca o sinoDesde que abriu as portas, em outubro do ano passado, o

movimento do restaurante é maior que o esperado. De acordo com Mendes, 8 mil pessoas passam por lá todo mês. “O segre-do está em oferecer bom serviço, bom ambiente, boa comida e bebida”, revela.

Aberto de segunda-feira a sábado, a partir das 18h, o The Basement fecha suas portas à meia-noite e à 1h avi-sa seus clientes que a noite está encerrada ao som de um charmoso sino.

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Trabalhada com cuidado, para dar origem a móveis e re-vestimentos exclusivos, a madeira é capaz de deixar qualquer ambiente muito mais elegante. Sabe aquela madeira descar-tada depois de uma demolição? Ou aquela casa abandonada? A designer Talita Moser Buschinski tem o destino certo para o que até então era considerado entulho: fabricação de móveis e peças de decoração.

A vantagem da madeira é a enorme possibilidade de acabamentos, argumenta a designer. Ela pode ser clareada, escurecida, lisa, natural, tudo de acordo com o que o proje-tista e o cliente escolherem. “O uso de madeira em projetos de interiores também é bem variado. Utiliza-se tanto como revestimento (piso e parede), quanto na fabricação de mobi-liário rústico”, explica.

Há dois anos, a designer cria móveis ecologicamente corretos, pois utiliza madeira de demolição, e os comercializa no ateliê Casa de Maria. Com o slogan “Móveis do Bem”, Talita transforma madeira de demolição em arte, ajudando a pre-servar a natureza. “Essa frase transmite tudo o que representa o design orgânico. A madeira, considerada velha, é utilizada como matéria-prima para a criação de novos e diferenciados móveis e objetos”, afirma.

A ideia de projetar móveis a partir de madeira de demo-lição surgiu pela vontade de fazer o bem para a natureza. “O

O design orgânico usa madeira de demolição para criar peças ecologicamente corretas que mexem com os sentidos

/design

novo ciclo Da maDEira

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fotos Daniel Zimm

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meio ambiente pede ajuda, a palavra de ordem é reciclar. Beneficiando a madeira que seria des-cartada, estamos fazendo a nossa parte”, afirma a designer e proprietária da loja.

A Casa de Maria procura unir a consciência com peças e formas. Todos os móveis projetados pela designer e proprietária do ateliê loja provo-cam recordações e aguçam os sentidos. “O cheiro, característico da própria madeira, a textura e as cores nos trazem gostosas lembranças. Cada peça é única. Muitas vezes, na hora de projetar, nos per-mitimos deixar as marcas do tempo como cores e traços que vieram gravadas na madeira”, declara.

Talita explica que todo o processo, desde o ga-rimpo até a comercialização da madeira, é feito de forma artesanal. A designer comenta que a procu-ra por esse tipo de móvel aumentou consideravel-mente nos últimos anos. “Isso se deve ao fato do design sustentável ter ganhado espaço na mídia. Há uma forte tendência de viver e morar aliado à consciência de preservar para o futuro”, analisa.

Entre as muitas aplicações, a madeira pode ser utilizada em painéis para colocar TV de LCD na parede, por exemplo. “Existe um toque moderno e ao mesmo tempo tradicional ao criar a peça. Os painéis de madeira criam um novo clima em

qualquer ambiente. O home theater pode receber prateleiras, balcões e acessórios para organizar objetos, além de esconder instalações elétricas e hidráulicas com rapidez e eficiência. Esse tipo de móvel é prático e de fácil manutenção”, enfatiza

De cada casa demolida, com 100 m², por exemplo, Talita resgata em média 60% da ma-deira. “Vamos até o local avaliar a matéria-prima e trazemos para a oficina. A maioria dessas ma-deiras é de lei e grande parte de espécies extintas ou em processo de extinção em nossas florestas, lamentavelmente. Porém, podendo recuperá-las, o trabalho fica fascinante”, afirma.

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Quem opta por ter em casa uma peça em design sustentável, que-bra o paradigma de que esse tipo de decoração só pode ser utilizada em casas de campo e praia. “Geralmente, quem escolhe uma peça com esse conceito procura aconchego no ambiente. A madeira aquece e di-versifica a decoração”, salienta.

O design orgânico ultrapassa o ambiente do quarto, da cozinha e da sala. Os lavabos também ganham formas rústicas com a inserção de objetos e móveis produzidos com madeira reaproveitada. Nessa hora, a criatividade, experiência e o bom gosto tomam conta do projeto. “Po-demos mesclar o contemporâneo e o rústico, obtendo equilíbrio nos ambientes com a sensação de bem-viver com requinte”, aponta Talita.

O ateliê Casa de Maria também faz projetos residenciais. O cliente pode solicitar a decoração em design orgânico e receber o projeto em 3D. “Vamos até a casa do cliente e fazemos o orçamento sem compro-misso”, diz a designer.

Rua João Pessoa, 787, Bairro Velha, [email protected](47) 3329-5741

casa de maria

novos conceitos

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/design ALTOpadrãofotos Daniel Zim

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De nada adianta ter uma casa linda e toda projetada, se na cozi-nha reina a bagunça de eletrodo-mésticos com cores diferentes, fios expostos e qualidade duvidosa. Driblar essa dificuldade é muito fácil. Para a gerente da Fotile, loja especializada em cozinhas, Leni Devigili, na hora de montar o es-paço, o melhor a fazer é escolher os produtos da mesma linha, que ofereçam segurança, durabilidade e potência.

Um exemplo é o fogão com cinco queimadores em bronze da Fotile – a potência fica por conta de três queimadores tripla chama, base em aço inoxidável escovado, sistema de corte de chama e grade em ferro fundido. “Com esse fogão, não precisa ser um cozinheiro expe-riente para cozinhar bem”, garante a gerente da loja.

A marca possui também coifas que garantem o máximo de vazão (1,2 mil m² p/h para as de parede e 1,4 mil m² p/h na de ilha) e não necessita de saída de ar externa. Considerado o carro-chefe da Foti-le, o produto é digital, tem função de autodesligamento, sensor de va-zamento de gás e calor, três ajustes de velocidade, iluminação por led e o menor nível de ruído do mercado. Da

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Linha Gourmet, de marca ítalo-germânica, traz sofisticação ao ambiente mais gostoso da casa

/cozinha

Em casa, com cara E DEsEmpEnho profissional

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Discretos e poderosos

Efeito dominó Aqueles que procuram dar um toque diferenciado na bancada da cozinha, podem

usar a Linha Dominó. Estes fogões têm acionamento à bateria, permitindo que sejam usados fora do ambiente doméstico. Apresentam superfície em vidro e trazem opções com um e dois queimadores da marca Sabaf, que é considerada a melhor do mundo.

Leni explica que a loja de Blumenau é importadora direta e exclusiva para todo o Brasil dos produtos Fotile, que são desenvolvidos na Itália e na Alemanha.

Rua Almirante Tamandaré, 141 - Loja 03, Blumenau(47) [email protected] www.fotile.com.br

loja fotile

Assim como todos os produtos da marca, o design moderno e sofisticado dá uma cara profissional ao espaço residencial. É o caso do forno de microondas digital que é embutido, discreto, porém, completo. Ele tem uma função grill-combinado, que cozi-nha o alimento por inteiro através de um sensor que procura as partes ainda cruas. O produto ainda possui sistema inovador de resfriamento e trava de segurança.

Também embutido, o potente forno elétrico (3.4 kW) vem com sete funções dife-rentes, porta com tripla camada de vidro, que pode ser removida para limpeza, e visor de cristal líquido. A gerente acrescenta que o produto ainda oferece superfície interna esmaltada, grill giratório, duas bandejas, grade e funções como alarme e degelo.

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/arquitetura

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Na hora de decorar a casa ou apartamento, surgem muitas interrogações. Dúvidas não faltam. Todo mundo sabe que os modismos vêm e vão. Mas a elegância e o bom gosto nunca saem de moda.

Projetos residenciais exigem, antes de tudo, planejamento. A arquiteta Indiara Darós explica que a concepção de novos projetos começa com o le-vantamento das necessidades do cliente. “Converso com eles para identificar os anseios e as vontades. Procuro conhecer a personalidade do cliente. O per-fil e a necessidade, unidos às tendências, são o pon-to de partida de um projeto de interiores. Sempre priorizando o novo e inusitado”, afirma.

O ditado popular “gosto não se discute” tam-bém serve na arquitetura de interior. No entanto, para não errar na integração e configuração dos ambientes, Indiara procura unir a vontade do clien-te com seu estilo próprio. “A contemporaneidade é a base dos meus estudos, que revelam linhas retas e singulares. O bom gosto nas peças de design são sempre um excelente diferencial”, explica a arquite-ta, explicando que o estilo contemporâneo possibi-lita a inserção de elementos que são marcantes para o proprietário do imóvel.

Uma das mais frequentes preocupações na hora de ambientar a casa ou apartamento é com a exclusividade. “O cliente exige que seu projeto seja único, mas em todo o trabalho faço uso da minha bagagem cultural. Procuro focar na integração dos espaços, ambientando-os de forma sofisticada e atemporal, envolvendo o cliente e fazendo-o sentir que todas suas necessidades foram atendidas”, afir-ma Indiara.

Elementos como a localização da iluminação e ventilação precisam ser sempre observados e prio-rizados, aponta a arquiteta. “A luz contribui muito para a criação de cenários, por isso, é um dos ele-mentos indispensáveis na decoração. A iluminação pode modificar não apenas o espaço e o estilo de um lugar, como também o aspecto”, ressalta.

fotos ivan schulze/Divulgação

Bom gosto não sai DE moDa Gosto não se discute, mas é preciso técnica e criatividade para não perder a mão na hora de decorar

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Dica da arquiteta

“Nunca exponha todos os objetos decora-tivos de uma só vez. evite sobrecarregar o ambiente com peças decorativas, mesmo que sejam maravilhosas. Cada elemento, para ser importante, deve dialogar e con-textualizar com o projeto da casa”.

novas tendênciasA evolução no design de interiores é notável. Seja em cores, tendências e tecnologia. Os

projetos estão cada vez mais funcionais e modernos. Grandes nomes do mundo fashion, como Hermès, Giogio Armani, Fendi entre outros, estendem suas coleções para dentro de casa. Algo semelhante vem acontecendo no Brasil: estilistas badalados sentem a necessidade não so-mente de criar roupas, mas também imprimir sua marca em produtos diferentes. Uma das grandes tendências do momento, vindo diretamente das passarelas, são os tons “nude” ou o novo bege, como muitos denominam. “O nude é uma forte concepção na decoração de pare-des, objetos, móveis e revestimentos”, afirma.

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graduada em 2006 pela universidade do vale do itajaí (univali) no curso de arquitetura e urbanismo, indiara atua na área desde então. “é algo maravilhoso poder criar espaços organizados para abrigar diferentes tipos de atividades humanas, sendo esta apenas uma parte do trabalho de um profissional que, acima de tudo, tem como princípio proporcionar soluções e passar confiança a ponto de estimular os outros a liberar sonhos para executá-los da melhor forma possível”, finaliza indiara..

indiara darósrua 980, 55 – Balneário camboriú (47) 3367-8200www.indi.arq.br

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fotos ivan schulze/Divulgação

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/gastronomia

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Pense em um lugar bastante apropriado para o consumo de cervejas. De todos os tipos, sabores, tamanhos. Agora imagine unir a isso a oportunidade de ganhar prêmios. O Clube da Cerveja do restaurante Figueira revolucionou o conceito de beber cerveja, mesmo tendo nasci-do meio sem querer.

O idealizador do Clube da Cerveja e proprie-tário do restaurante, Caio Fontenelle, conta que sempre gostou da bebida e tinha curiosidade em conhecer novos sabores. Foi a partir daí que co-meçou a inserir na carta de bebidas novos rótu-los. “O gosto pela cerveja é uma forte tendência na região. As pessoas gostam de beber uma cer-vejinha, é costume. Sendo assim, aos poucos fui introduzindo cervejas diferentes”, enfatiza Caio.

Como em um cartão de milhagem de uma companhia aérea, o Clube da Cerveja é um clu-be de fidelidade que transforma o consumo de cervejas em pontos. O associado pode trocar os pontos por brindes e peças decorativas, como por exemplo, baldes de gelo, avental, relógios de parede, entre outros. “Brincamos que o nosso clube é o clube de litragem”, acrescenta.

Para cada cerveja consumida, o cliente acu-mula pontos. A pontuação vai de acordo com a bebida escolhida. Entre outros benefícios, o cervejeiro tem acesso privilegiado às palestras, cursos, degustação e eventos promovidos pelo restaurante. “Não há custo nenhum para asso-ciar-se e, para manter o cadastro ativo é preciso cumprir uma difícil e importante tarefa: consu-

mir, no mínimo, três cervejas por mês”, diverte-se o proprietário.

Prestes a completar um ano de fundação em abril, o Clube da Cerveja conta com 1,8 mil sócios. Para comemorar a data, Caio está pre-parando uma mega-comemoração. “Vamos receber a dona da cervejaria alemã “Schneider Weisse” para um jantar especial com os sócios do clube”, antecipa.

O restaurante conta atualmente com 70 rótulos de cerveja de mais de 15 países. A in-tenção de Caio é fazer com que esse número cresça ainda mais. “Estou sempre pesquisando e degustando novos sabores. Para manter um Clube da Cerveja, precisamos estar atualizando sempre”, afirma.

DEgustE com moDEraçãoClube brinda a quem pede uma cerveja mais elaborada e busca a harmonia com a culinária

ricardo silva/photus press/Especial mundi Editora

Caio Fontenelle criou o Clube da Cerveja do Figueiras, um espaço para harmonizar a bebida com a culinária

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tipos de cervejaPara definir melhor as características, a cerveja é classificada em duas gran-

des famílias – Ale e Lager – que diferem basicamente na maneira como são fermentadas.

Há, ainda, um terceiro grupo, chamado Weizenbier, que define as cervejas feitas de trigo. Este tipo, porém, não contém variações suficientes para ser con-siderada uma família. Originária da Alemanha, a Weizenbier é fabricada com malte de trigo e leveduras especiais, apresentando aromas similares aos de maçã e cravo.

A família Ale, conhecida também por Ale Verdadeira – termo utilizado para identificar cervejas produzidas por meio de métodos tradicionais e sem pasteuri-zação – é constituída por cervejas de alta fermentação.

Definidas como cervejas mais encorpadas e saborosas, estas bebidas pos-suem vasta variedade de cereais e éster que, durante o processo, imprimem um aroma frutado à bebida.

Além destas características, as cervejas da família Ale são fermentadas e ser-vidas em temperatura mais elevadas do que as da família Lager.

As cervejas do tipo Lager são consideradas de baixa fermentação. Produzidas em larga escala no século passado, muitas cervejas de classificação Lager home-nageiam em seu nome as cidades onde foram criadas as suas fórmulas, como, por exemplo, Pilsener, Munchener, Viena, Dortmund, Einbeck, Bock, Export e Munich.

Armazenadas em baixa temperatura, ao contrário da Ale, que pode fazer o processo até mesmo em temperatura ambiente, as cervejas Lager são guardadas por semanas ou até meses, dependendo da cervejaria, para clarear e amadurecer. A maioria é de cor clara, com sabor moderadamente amargo.

Assim como os vinhos, é possível identificar a combinação perfeita entre os tipos de cerveja e a culinária. A escolha da be-bida deve levar em conta, em primeiro lugar, a semelhança e o contraste dos sabores, para que um não se sobreponha ou ofus-que o gosto do outro.

“Suave, leve, amarga, adocicada, pesada, frutada, não im-porta do que é constituída ou a que família pertence, a cerveja impacta todos os nossos sentidos e promove uma viagem ao mundo dos gostos”, afirma.

Questão de harmonia

Além de promover e divulgar a qualidade de marcas nacio-nais e importadas disponíveis no mercado, o Clube da Cerveja busca valorizar a habilidade dos cervejeiros amadores. Para o segundo semestre desse ano, Caio irá inaugurar uma microcer-vejaria, que funcionará dentro do restaurante. “Nesse espaço, as pessoas que já fazem sua cerveja em casa poderão fazê-la no restaurante”, conta.

Ele pretende intensificar as atividades para os associados. “A intenção é difundir ainda mais a cultura alemã e aproximar o sócio do processo de fabricação e de outras especialidades da cerveja”, conta.

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restaurante figueiras

Rua Mariana Bronemann, 527, Velha, Blumenau(47) 3035-3710www.figueirarestaurante.com.br

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Do jarDim para a DEcoraçãoBromélias colorem o dia a dia e conferem ar bucólico também aos ambientes internos

/paisagismo

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Opção para dar vida a lugares sombrios e frios em am-bientes internos de casas e apartamentos, as bromélias são ótima pedida para quem procura durabilidade e beleza numa planta que não requer tantos cuidados para adornar a deco-ração.

O proprietário do Bromeliário Trópica, de Blumenau, Jürgen Nietsche, trabalha com a planta há mais de 20 anos e destaca que a procura pelas espécies para compor ambien-tes internos é ampla e, geralmente, diz respeito às espécies floridas. “Atualmente, essa opção supera a demanda das bromélias maiores, geralmente utilizadas para a jardinagem”, revela Jürgen, que atualmente conta com 10 mil unidades no bromeliário.

Para manter a bromélia viva e vistosa em qualquer am-biente fechado, o principal cuidado é trocar semanalmente a água armazenada pela planta. “Com esse cuidado, é possível aproveitar o tempo máximo em que a planta exibe as flores”, garante o produtor, que estipula um tempo entre um ou dois anos entre cada renascimento da folhagem.

A planta pode ser usada sozinha ou em conjunto com uma decoração específica. Embora não seja a especialidade de Jürgen, ele antecipa que é possível utilizar vasos decorados somente com a planta como centro de mesa, enfeite para mesas de canto ou unida a algum objeto artístico. “Temos cerca de 150 espécies diferentes de bromélias para combinar com as possíveis variações de decoração”, assegura.

O grande diferencial da bromélia, na opinião de Jürgen, é o toque colorido e pessoal que a planta pode dar a qualquer conjunto de decoração. “Além disso, a durabilidade e o custo dela nem se comparam com outras espécies como a rosa, por exemplo, que não dura mais do que uma semana”, afirma.

Quando utilizada em ambientes externos, o próprio formato escultural das espécies já pode chamar a atenção. “É preciso somente ter cuidado com a exposição ao sol, que pode prejudicar a planta. Mas, se houver um ambiente que proteja e faça alguma sombra, como árvores, ela pode ser mantida facilmente”, orienta.

fotos: Daniel Zimm

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Rua Mathias Reiter, 410, Passo Manso, blumenau(47) 3328-1462

Bromeliário trópica

Apaixonado pelo cultivo de plantas desde a infância, Jürgen começou a se encantar com essa atividade ainda criança, enquanto cultivava orquídeas. Aos poucos, expandiu o horizonte e viu na bromélia uma forma de atender o público de colecionadores e ganhar a vida com o que gosta. Alguns anos depois, a família pôde des-frutar da chamada época de ouro do mercado de bromélias.

Na década de 1990, a planta foi a grande novidade em termos de decoração de interio-res e a procura por bromélias, antes restrita à curiosidade de colecionadores, explodiu. Jür-gen aproveitou a oportunidade para expandir o negócio e acrescentar variedades da planta no cultivo. Hoje, além das bromélias, ele trabalha também com uma espécie de orquídea e mais de 150 variações de cactus.

cultivo feliz

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/paisagismo

Um dos principais receios de quem quer ad-quirir a planta é a questão da dengue. A informa-ção de que a água armazenada pela planta serve como foco do mosquito aedes aegypti, transmis-sor da doença, afastou a procura no início dos anos 2000 e alterou a tendência das plantas na decora-ção. Segundo o cultivador, foram tempos difíceis, em que a desconfiança tomou conta do mercado.

De acordo com estudo do Instituto Osvaldo

Cruz (IOC), do Rio de Janeiro, as bromélias são res-ponsáveis por apenas 0,07% dos focos de dengue que surgem no País. À medida que as informações foram mais trabalhadas, a busca pela planta vol-tou a crescer, mas algumas pessoas ainda têm receio. “Com a orientação para trocar a água regu-larmente, esse risco praticamente deixa de existir”, garante Jürgen.

Acima de tudo, o produtor garante a se-

gurança da planta e destaca a durabilidade e a beleza que proporciona a qualquer ambiente. “Por várias vezes, trabalhamos em conjunto com empresas e decoradores que querem um dife-rencial nas peças”, conta. A variedade de cores e espécies abre um leque para diversos tipos de decoração e, talvez por isso, permanece no gosto do público duas décadas depois de surgir como tendência na decoração.

vítima da dengue

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fotos: Daniel Zimm

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a fEliciDaDE como inspiraçãoProfissionais criam identidade visual para lojas de presentes focados no publico e nas opções do catálogo da empresa

/projeto comercial

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Bom humor e descontração foram os temas centrais para a reforma da loja Gift Box, que fi-cou com o dobro da área original, no Shopping Neumarkt, em Blumenau. Com uma grande di-versidade de produtos, a ideia era criar uma nova identidade para o empreendimento, que estives-se relacionada ao ato de presentear. Brincando com o preto, o branco e o vermelho, o designer de interiores Maurílio Bugmann, da Bugstudium Criações, conta que se inspirou no público da loja, na personalidade da proprietária e na variedade de presentes para desenvolver o projeto.

O designer explica que o mobiliário deveria levar em conta a rápida visualização das diferen-tes opções de presentes apresentadas pela loja e

ter layout e formatos que facilitassem a circula-ção de pessoas. Para representar os clientes e a gama de opções para presentear, foram criados nove tipos de silhuetas que identificam os com-pradores de várias idades e jeitos. “Tendo como referência os cartoons, inicialmente, criamos o desenho na forma de silhueta de uma menina levando um presente três vezes maior que ela. Aprovada a ideia, desenhamos mais oito perso-nagens do cotidiano que também levam pre-sentes consigo: a mãe com o carrinho de bebê, o executivo, a vovó com o cachorrinho, o vovô, o adolescente, uma menina, um menino e seu carrinho e a jovem fashion,” descreve o designer. Feitos em preto e branco, eles estão posiciona-

Daniel Zimerm

mann

dos como se circulassem pela loja, dando a sen-sação de movimento. Para essa criação, foram utilizados materiais atuais como cortes a laser e plotagem em figuras pensadas especialmente para a loja.

Por ser um ponto de venda da marca Ima-ginarium, um espaço foi criado exclusivamente para esses produtos. A cor predominante foi o preto, que realça o colorido das peças e também é padrão da marca. Para contrastar, o outro lado da loja foi feito na cor branca, o que separa as áreas visualmente. Para ressaltar essa divisão, um painel vermelho, que acompanha a logo-marca da loja, colocado entre as duas áreas, chama a atenção dos visitantes. “Buscamos a harmonia cromática. Os produtos coloridos colo-cados sobre fundo neutro, branco ou preto, ficam em destaque e a cor vermelha no painel central e nos detalhes faz o contraponto”, destaca Maurílio Bugmann.

A parte mais alta da loja recebeu grades como prateleiras e o piso foi feito com porcela-nato que imita o cimento queimado. A escolha, segundo Bugmann, dá um ar despojado e des-contraído para o ambiente.

Para iluminar, uma grade rebaixada do teto com spots com lâmpadas HQI (hydrargyrum quartz iodide) brinca com a imagem industrial. Lâmpadas dicroicas viradas diretamente para a parede, para não danificarem os produtos, ilumi-nam o contorno da loja.

Agregando praticidade ao dia a dia da loja, o mobiliário foi planejado com rodinhas, o que facilita a manutenção e limpeza do ambiente e permite criar cenários diferentes. Os portas-caneta em acrílico vermelho trazem alegria e vivacidade ao espaço com um tom lúdico e di-vertido. Nas vitrines, caixas em acrílico leitoso com lâmpadas embutidas servem de prateleiras e charmosas luminárias.

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ALTOpadrão

falando amesma língua

O sucesso da reforma surtiu efeito rapida-mente. Em dezembro do ano passado, uma filial foi inaugurada no Shopping H, no Centro de Blu-menau, com área menor e pé direito mais baixo. Seguindo a identidade visual criada para a loja do Neumarkt, o novo ambiente ganhou um tapete que repete as silhuetas dos clientes. “O tapete traz o desenho dos personagens pensando nos pre-sentes, incluindo o cachorrinho que sonha com um osso com laço vermelho”, destaca Bugmann. Na vitrine, ele optou pelo piso preto, que ajuda a destacar os produtos expostos. Na nova loja, a plotagem que coloca os personagens como se estivessem circulando pelo ambiente segue até a fachada, onde eles se encontram com o nome da loja.

Para Bugmann, esta foi uma reforma de bai-xo custo com grande efeito visual. Ele ressalta a importância de seguir um padrão de linguagem entre as lojas para que, mesmo em lugares di-ferentes, seja transmitida a mesma mensagem e o cliente possa identificar. “O uso deste tipo de linguagem para as duas lojas proporciona aos clientes, além da identificação rápida do tipo de produto oferecido, a sensação de alegria, descon-tração e bom humor ativada pelas relações que se estabelecem com os conceitos usados no projeto e os presentes que serão dados”, explica.

ficha

técn

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ritór

io o Bugstudium criações, de maurílio Bugmann (foto), trabalha com arquitetura, interiores e design de móveis e objetos para produção industrial. o escritório conta com uma equipe multidisciplinar de profissionais das áreas de artes, design e arquitetura em constante aperfeiçoamento e desenvolvimento da criatividade.

Mais Informações(47) 3340-3507 / (47) [email protected]

Projeto: loja gift BoxEscritório: Bugstudium criações Área: 60 m² (loja do shopping neumarkt) e 40 m² (loja do shopping h)Início da obra: outubro de 2009Término da obra: novembro de 2009Fornecedores: lights on, di carlo móveis, pisos portobello, plotter World, sônia cortinas e cristal acrílicos.

O projeto garantiu a identidade visual das duas lojas,localizadas nos shoppings Neumarkt e H (acima)

Divulgação

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Profissionais da Viva Arquitetura, de Blumenau, vencem concurso para projetar o marco de entrada de Brusque

cartão DE visitas

Escritório Viva Arquitetura, de Blumenau, venceu o concurso nacional de arquitetura e assinará a obra do marco de entrada de Brusque. O evento, promovido pela Prefei-tura de Brusque e organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-SC), recebeu 42 inscrições, porém, somente 19 projetos de diversos estados foram entregues para con-correr ao prêmio.

Os nomes dos vencedores Francisco Re-fosco Nunes, Mariana Arruda e Sara Moretti

foram divulgados em 26 de janeiro. Agora, a equipe está em fase de finalização dos pro-jetos executivos. Em seguida, a Prefeitura de Brusque deve realizar uma licitação para que a obra tenha início entre os meses de abril e maio. A intenção é entregar o marco até o dia 4 de agosto, aniversário da cidade.

Estimada em R$ 350 mil, a construção busca a solução urbanística e arquitetônica para os marcos turísticos e de orientação nas entradas da cidade. Serão erguidos dois

monumentos em lugares distintos, um na Rodovia Antônio Heil (SC-486) e outro na Rodovia Ivo Silveira (SC-411) que devem se tornar referência, além de um atrativo a mais para a cidade.

Segundo os arquitetos, foi criado um desenho único para ambas as entradas, composto por duas estruturas principais, que representam de forma abstrata algumas ca-racterísticas da cidade e a importância dela no desenvolvimento da região e do País.

Divulgação

/urbanismo

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para ser observadoOs dois marcos serão instalados em praças que servirão de espaço para con-

templação das obras. A praça será contornada por um projeto paisagístico que trará as cores da cidade. “O verde, o amarelo e o vermelho recheiam os canteiros de flores, de onde parte um extenso banco linear, que contorna toda a praça e terá acesso para que os visitantes possam aproveitar o visual”, explicam os arquitetos.

Questão predominante para as construções atuais, a sustentabilidade tam-bém foi abordada. O projeto seguiu diretrizes como o uso de materiais regionais e luminárias com captação de energia solar, reutilização da água da chuva para irrigação, piso permeável (paver) e reuso de material já adquirido pela Prefeitura para evitar o desperdício do dinheiro público.

“De maneira geral, estarão estampados na entrada de Brusque características que marcaram a história da cidade. A solidez da economia e da sociedade brus-quense, assim como a liberdade e a forma orgânica dos fios de algodão. Além disso, o colorido das flores e morros, mostrando o cuidado com a cidade e a alegria do povo. Estes são os fios mais nobres deste tecido multiétnico que é Brusque”, afirmam os vencedores do concurso.

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as estruturas

A primeira estrutura é composta de duas torres de mármore e granito que emergem do piso da praça de maneira sólida, forte e imponente, representando a so-lidez da sociedade brusquense e da indústria têxtil. A segunda é uma grande fita vermelha de concreto, que também emerge do piso com um desenho reti-líneo, mas, desta vez, de forma horizontal, passando por entre as duas torres, quando dá início a algumas ondulações, simulando uma fita ao vento. Esta fita de concreto representa a liberdade, a transformação e o crescimento da cidade; assim como o fio de algodão, que ao se transformar em tecido, gerou grande desen-volvimento para a cidade, um dos principais polos do Turismo de Compras na área têxtil do Estado.

o gosto da conquistaFrancisco Refosco Nunes, Mariana Arruda e Sara Moretti contam que o início do desenvolvimento

do projeto contou com uma intensa pesquisa das principais características do Município de Brusque em relação à colonização, economia e geografia.

Outro fator importante que teve influência no projeto foram as experiências internacionais dos ar-quitetos. Francisco morou e trabalhou por um ano em uma empresa americana instalada em Dubai, nos Emirados Árabes. Naquele País, ele teve contato com projetos grandes e diferentes do que se costuma ver no Brasil. Sara e Mariana estudaram parte da faculdade no Chile, onde também puderam observar diferentes formas de trabalho.

Para os profissionais, participar do concurso deu oportunidade para ter maior ousadia no desenho, o que nem sempre é possível no dia a dia. “Estamos sempre em busca de novos desafios e propostas arquitetônicas diferenciadas, mas nem sempre temos essa liberdade de concepção de projeto”, afirmam.

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a EnErgia Do méDio valEIdealizada por imigrante dinamarquês, Usina do Salto é um marco no desenvolvimento econômico de Blumenau

/clic Alto Padrão

Construída em 1915, a Usina do Salto Weiss-bach foi a primeira hidrelétrica a se instalar no Rio Itajaí-Açu, na região de Blumenau. O início da obra foi em 1905 e possuía duas turbinas com capaci-dade para gerar 2,8 mil kW de potência.

Inicialmente, a hidrelétrica era administrada pela Empresa de Força e Luz de Santa Catarina e, em 1965, passou às Centrais Elétricas de Santa Catari-na (Celesc). Com 2,2 km² de área, a Usina do Salto Weissbach foi a primeira usina de porte do sistema catarinense. Sua construção tornou-se um marco na história econômica da região, fomentando um desenvolvimento industrial acelerado. Até então, Blumenau dispunha de um rudimentar sistema de iluminação pública. Com a nova usina, notou-se a evolução dos pequenos geradores mantidos pelos

imigrantes desde a virada do século. A Usina do Salto foi definitiva para a extraordinária expressão industrial de todo o Médio Vale do Itajaí.

Ela começou a ser idealizada em 1882, pelo deputado estadual Peter Christian Feddersen, também lavrador. Ele havia emigrado da Dina-marca para Blumenau em 1879. Em 1904, estudos técnicos foram realizados para avaliar o aproveita-mento do salto do Itajaí, onde hoje se encontra a Usina do Salto.

O progresso e o crescimento não tardaram a chegar e o empresário Guilherme Frederico Busch teve a iniciativa de gerar luz para a região. A cons-trução da usina ficou sob a responsabilidade da empresa paulista Bromberg, Hacker & Cia. Assim, Busch trouxe o conforto da iluminação pública

para Blumenau. Com o passar dos anos, aos pou-cos a energia foi sendo destinada para fins indus-triais e logo a capacidade de produção da pequena usina esgotou-se.

Em abril de 1929, foi instalada a terceira turbi-na, devido à grande demanda de energia elétrica, Sinal de que o Vale do Itajaí expandia-se rumo ao desenvolvimento. Após 10 anos, novamente constatou-se que a capacidade de geração estava esgotada devido ao aumento da demanda por energia. Foi instalada, então, a quarta e última turbina, elevando a capacidade final para 9 mil CV, equivalente a 6.804 kW. No final de 1949, 38 loca-lidades do Vale do Itajaí eram atendidas pela Usina do Salto. Existiam 13.989 ligações residenciais e comerciais e 1.457 ligações industriais.

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fotos: Daniel Zimm

ermann

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A cozinha é, cada vez mais, um dos lugares da casa onde se pas-sam momentos de prazer. De olho nesse mercado, os fabricantes de eletrodomésticos e utensílios para o lar disponibilizam uma série de produtos, cada vez mais tecnológicos e funcionais. A Alto Padrão vi-sitou a Keiko Shop, especializada em produtos para cozinha, e mostra algumas das facilidades disponíveis no mercado.

para a coZinha Dos sonhos/mercado Alto Padrão

Jogo de chefA linha Galaplus de panelas da WMF é de inox e tem fundo triplo. Resistente, o item conversa o sabor do alimento por mais tempo e tem garantia vitalícia. O jogo com cinco peças custa R$ 999,00.

Jamie OliverDesenvolvido pelo cozinheiro mais simpático do mundo, Jamie Oliver, o mixer de temperos tem

mármore no interior e vem nas co-res vermelho, verde e roxo. Depois dessa engenhoca, ficou mais fácil misturar condimentos e inventar sabores. R$ 129,00.

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ALTOpadrão

Keiko Shopwww.keikoshop.com.br(47) 3329-9195

Única da cozinhaA panela francesa Le Creuset é a pre-ferida de todos os cozinheiros. De ferro fundido e esmalte, o fabricante garante que cada peça é exclusiva, feita a partir de uma única forma, dispensada opós o uso. R$ 919,00.

Pequena notávelA Nestlé lançou a Nespresso, cafeteira que tira de

charmosas cápsulas o melhor do café. Nas cores vermelha ou preta, o produto enfeita a cozinha com o design vintage e tamanho reduzido. Vem

com 16 cápsulas com sabores diferentes. R$ 1.400,00, com exclusividade da Keiko .

esqueça do disque pizza O forno de pizza da Ariete cabe em qual-quer cozinha e aquece como em uma pizzaria. Com pedra para assar e estrutura de plástico, garante aquecimento por igual. R$ 898,00.

Três em umAparelhos multifuncionais estão cada vez mais em alta. A Cuisinart colocou, em um único apa-

relho, um miniprocessador, centrífuga e liquidifi-cador. Vem com duas lâminas separadas e copo de vidro, para facilitar a higiene. R$ 658,00.

Sem sujeira A Kenwood criou a potente batedeira que vem junto com liquidificador. Em aço inox, o ele-trodoméstico vem com suspensão hidráulica e tampa para evitar bagunça na cozinha en-quanto se adiciona ingredientes. R$ 1.230,00.

Queijo, chocolate, sopa...A panela elétrica de fondue da Cuisinart funciona também como sopeira e pode entrar na máquina de lavar louças. Feita com aço inox escovado, a pane-la mantém o alimento aquecido por mais tempo. R$ 399,00.

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oDoriZZi

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a BElEZaDas florEs

/dicas de Alto Padrão

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Obs.: os preços da Sempre viva estão c/ o arranjo completo (flores+vaso) e da Magneto é o preço só dos vasos

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A administradora Ana Paula Brandt busca qualidade e bom gosto na hora de decorar. Para ela,

móveis e objetos precisam dar harmonia ao ambiente, deixando-o aconchegante. “A casa é a união da minha família, que precisa de ambientes alegres para os bons momentos e acolhedores quando passamos por algu-

ma dificuldade”, afirma Ana Paula. Por isso, as flores são os objetos principais em alguns espaços. Cada vez mais bonitas e originais, elas transmitem o que a administra-

dora precisa a qualquer momento.

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