Upload
pieniz
View
96
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
2.2.5 Análise de Alavancagem e Estrutura de Capital
A alavancagem pode se dizer que é a utilização do capital de terceiros com a
finalidade de alcançar ajudar para o aumento da lucratividade de uma empresa. Mas
deve- se ter certo cuidado em optar por esses recursos, pois corre-se o risco de só
aumentar as dívidas sem obter o lucro esperado, por isso a análise de alavancagem é,
mais um recurso da contabilidade gerencial, muito importante para contribuir com o
gerenciamento de empresas. Essa análise possibilita avaliar realiza uma avaliação se a
empresa está obtendo o retorno ao utilizar o capital de terceiros ou está correndo riscos,
podendo sucumbir até mesmo à falência.
Gitman (2004, p.434) conceitua que:
“A alavancagem é o produto do uso de ativos ou fundos a custo fixo para multiplicar retornos para os proprietários da empresa. Em geral, aumentos de alavancagem resultam em elevações de retorno e risco, ao passo que diminuições de alavancagem provocam reduções de retorno e risco”.
Ainda, conforme Gitman (2004), o mesmo alerta para os efeitos do retorno e risco,
onde o administrador financeiro deve saber analisar com atenção a alavancagem devido
às mudanças deste valor, principalmente na tomada de decisões que se referem à
estrutura de capital.
2.2.5.1 Alavancagem Operacional
A alavancagem operacional é avaliar os custos que se tem para produzir um
determinado produto, ou seja, quanto que se gasta para colocar sua produção à venda e
obter o lucro. Segundo Warren, Reeve e Fess (2001, p.110) “a composição relativa dos
custos variáveis e fixos de uma empresa é medida pela alavancagem operacional”.
Ross, Westerfield e Jaffe (1995, p.250) mencionam que “(...) os custos fixos não
variam com alterações de quantidade. Contrariamente, os custos variáveis aumentam
quando a quantidade produzida se eleva. Esta diferença entre os custos variáveis e fixos
nos permite definir a alavancagem operacional”.
Então, com base nestes conceitos conclui-se que antes de produzir algum
produto, ou até mesmo aumentar a quantidade produzida, é necessário avaliar as
variações dos custos fixos e variáveis que virão com essa mudança na produção da
empresa.
A alavancagem operacional pode ser obtidaconseguida por meio da seguinte
fórmula:
Variação Percentual do Laji GAO = ——————————————— Variação percentual das vendas
Figura 25: Fórmula Grau de Alavancagem Operacional Fonte: Gitman, 2004, p.438.
2.2.5.2 Alavancagem Financeira
A alavancagem financeira é o quanto a empresa se utiliza deutiliza de capital de
terceiros em suas atividades. Segundo Gitman (2004, p.440) alavancagem financeira
“resulta da presença de custos financeiros fixos na estrutura de resultado da empresa”.
Em consequência ao aumento do lucro antes do imposto de renda também
geram custos financeiros, sendo que a variação no lucro disponível para distribuição em
relação ao lucro antes do IR se define como alavancagem financeira.
Gitman (2004, p.441) explica que “o efeito da alavancagem financeira faz com
que um aumento do Laji cause elevação mais do que proporcional do lucro por ação, ao
passo que uma redução causa diminuição mais do que proporcional do LPA da empresa”.
A alavancagem financeira é calculada pela seguinte fórmula:
Variação Percentual do LPA GAF = ————————————— Variação percentual do Laji
Figura 26: Fórmula Grau de Alavancagem Financeira Fonte: Gitman, 2004, p.441.
2.2.5.3 Estrutura de Capital
Uma das áreas mais delicadas no momento da tomada de decisões é a estrutura
de capital, pois o que for decidido em relação ao capital afeta direta ou indiretamente em
outras áreas da empresa. A Eestrutura de capital total é composta por duas fontes de
capital existentes em uma organização, que são: capital de terceiros e capital próprio e
ainda conforme a alavancagem com relação a estrutura de capital traz alterações em seu
retorno e risco com isso alterando o valor da empresa (GITMAN, 2004).
A empresa pode ser comparada a uma pizza, conforme forem tomadas as
decisões de investimentos será o tamanho da mesma e ainda o valor total da estrutura de
capital depende da forma como está a pizza dividida em capital de terceiros e próprio
(ROSS, WESTERFIELD e JAFFE, 1995).
A empresa pode a seguir determinar a sua estrutura de capital. Inicialmente, poderia ter levantado recursos para investir em ativos recorrendo mais a capital de terceiros do que a capital próprio; agora pode pensar em alterar essa relação emitindo mais ações e usando o dinheiro arrecadado para resgatar parte de suas dívidas. Decisões de financiamento como esta podem ser tomadas independentemente das decisões de investimentos originais. As decisões de emissão de obrigações e ações determinam como a pizza é repartida (ROSS, WESTERFIELD e JAFFE, 1995, p.27).
Uma das preocupações dos administradores de empresas com relação a
estrutura de capital é o risco financeiro conforme define Gitman (2004, p.449):
A estrutura de capital da empresa afeta diretamente seu risco financeiro, ou seja, o risco de que ela não seja capaz de cobrir suas obrigações financeiras. Quanto mais financiamento com custo fixo – capital de terceiros (incluindo arrendamentos financeiros) e ações preferenciais – uma empresa tiver em sua estrutura de capital, maior será sua alavancagem financeira e mais alto seu risco financeiro. Esse risco depende da estrutura de capital escolhida pela administração (...).
Ao analisar os conceitos, vê-se que as decisões, por mais simples que sejam,
com certeza afetarão diretamente a estrutura de capital de uma empresa, pois ao optar
por um financiamento para adquirir uma máquina, por exemplo, estará, em consequência
do aumento dos ativos também aumentando as dívidas, correndo o risco de não
conseguir cumprir com o pagamento em dia da obrigação assumida.
O valor da empresa, com relação a sua estrutura de capital pode ser definido pela
seguinte fórmula:
Laji x (1-T) V = —————— Kª
Figura 27: Fórmula Estrutura Ótima de Capital Fonte: Gitman, 2004, p.455.
Onde, Laji é o lucro antes de juros e imposto de renda; T corresponde à alíquota
do IR e Kª se refere ao custo médio ponderado de capital.