30
AMANDA OLIVEIRA FIGUEIREDO O INSTAGRAM COMO ESTRATÉGIA DE MARKETING DIGITAL: UM ESTUDO DA LOJA BOLSA 150 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no curso de graduação em Comunicação Social da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Publicidade e Propaganda. Orientadora: Prof. Dra. Cosette Espindola de Castro Brasília DF 2015

Amanda Oliveira Figueiredo - repositorio.ucb.br · AMANDA OLIVEIRA FIGUEIREDO O INSTAGRAM COMO ESTRATÉGIA DE MARKETING DIGITAL: UM ESTUDO DA LOJA BOLSA 150 Trabalho de Conclusão

  • Upload
    lamanh

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

AMANDA OLIVEIRA FIGUEIREDO

O INSTAGRAM COMO ESTRATÉGIA DE MARKETING DIGITAL: UM ESTUDO DA LOJA BOLSA 150

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no curso de graduação em Comunicação Social da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Publicidade e Propaganda.

Orientadora: Prof. Dra. Cosette Espindola de Castro

Brasília – DF 2015

2

ÍNDICE DE FIGURAS

IMAGEM 1 – BOLSA 150 NO INSTAGRAM.....................................................22 IMAGEM 2 – BOLSA 150 NO FACEBOOK......................................................22 IMAGEM 3 – SITE DA BOLSA 150..................................................................23 IMAGEM 4 – VICTÓRIA ROCHA – BLOGUEIRA............................................25 IMAGEM 5 – HUMOR.......................................................................................26 IMAGEM 6 – FRASE MOTIVACIONAL............................................................26 IMAGEM 7 – COMENTÁRIOS..........................................................................27

3

ÍNDICE DE TABELAS

TABELA 1 – NÚMERO DE CURTIDAS E COMENTÁRIOS..........................23

TABELA 2 – POSTS MAIS CURTIDOS E MAIS COMENTADOS.................25

4

SUMÁRIO

RESUMO........................................................................................................5

ABSTRACT....................................................................................................5

INTRODUÇÃO...............................................................................................5

METODOLOGIA............................................................................................7

SOBRE O MARKETING................................................................................9

MARKETING DIGITAL................................................................................10

REDES SOCIAIS.........................................................................................11

AS REDES SOCIAIS COM A CHEGADA DA INTERNET.........................12

MÍDIAS SOCIAIS DIGITAIS........................................................................16

HISTÓRIA DO INSTAGRAM......................................................................19

A BOLSA 150..............................................................................................21

ANÁLISE.....................................................................................................23

IMAGENS MAIS CURTIDAS E COMENTADAS........................................25

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIACAS E ONLINE......................................28

ANEXO........................................................................................................31

5

O Instagram Como Estratégia de Marketing Digital1 Amanda Oliveira Figueiredo2

Cosette Castro3 Universidade Católica de Brasília, Taguatinga, DF

RESUMO O texto trata sobre o rápido crescimento e adesão de usuários do aplicativo Instagram, criado para publicar fotos, e visa compreender de que maneira essa rede social digital influencia no modo como as empresas se comunicam com seus consumidores. As empresas passaram a desenvolver estratégias de comunicação voltadas para aproveitar os recursos de linguagem e imagem oferecidos pelo novo aplicativo, que chegou no mercado em 2010. O trabalho apresenta os conceitos de mídias digitais (Castro, 2005, 2008), redes sociais digitais, baseado em, Lemos (2010) e Raquel Recuero (2009), e marketing digital, através de Kotler (1998) e Gabriel (2010). Metodologicamente, é desenvolvida pesquisa qualitativa e como técnica o estudo de caso, a partir da análise do perfil da Loja Bolsa 150 no Instagram. Palavras-chave: Estratégia de Comunicação. Marketing Digital. Instagram. ABSTRACT The text speaks about the fast growth and adhesion users of Instagram, created to publish photos, and search understand how this digital social network influences the way companies communicate with their consumers. Companies started to develop communication strategies to take advantage of language features and image offered by Instagram created in 2010. The work presents concepts of digital media (Castro, 2005, 2008), digital social networks based on Lemos (2010) and Rachel Recuero (2009) and digital marketing through Kotler (1998) and Gabriel (2010). Keywords: Communication strategy. Digital Marketing. Instagram. INTRODUÇÃO

Entre as novas mídias sociais da internet que possibilitam interação e participação

entre os internautas, o Instagram vem se destacando. Criado em 2010 essa rede social digital

está se tornando importante e ganhando espaço no mundo virtual. Em dezembro de 2014 o

1Trabalho apresentado na matéria de Projeto II de Comunicação Social da Universidade Católica de Brasília

(UCB) 2Estudante de Graduação 8º semestre do Curso de Publicidade e Propaganda da UCB, email:

[email protected] 3Orientadora do Trabalho. Professora Dra. da Faculdade de Comunicação da UCB

6

Instagram anunciou que chagaram a marca de 300 milhões de usuários ativos4, onde 50

milhões se cadastraram no período de seis meses5. Embora a quantidade de pessoas que

utilizam o Instagram no Brasil não tenha sido divulgada, é possível observar que as empresas

brasileiras têm recorrido a esta rede social digital para divulgar seus produtos, é o caso de lojas

como, Colcci, Farm e Schutz. Por isso surge a necessidade de entender: Por que a loja Bolsa

150 usa o Instagram como estratégia de marketing digital?

Este artigo tem o objetivo de avaliar as estratégias de comunicação que são

desenvolvidas pela empresa Bolsa 150 utilizando o Instagram, considerando sua estrutura e

linguagem. Será discutida a forma como as mídias sociais digitais, podem aproximar, por meio

dos comentários nas publicações, anunciantes e consumidores, além de mostrar quais são os

possíveis resultados dessa aproximação. O estudo inclui a história do Instagram, assim como a

explicação das suas funções. Para sustentar teoricamente o trabalho, foi realizada uma

pesquisa bibliográfica com pesquisadores que tratam sobre redes sociais digitais, mídias

sociais digitais, e Instagram, além de buscas na internet.

Uma análise do perfil de vendas do Instagram, foi feita durante o período de 11 dias,

para acompanhar a interação entre os consumidores da Loja Bolsa 150 e o anunciante, através

das curtidas e comentários nas publicações, para entender de que forma essa aproximação

repercute, se é positiva ou negativa para a loja. O intuito dessa pesquisa foi:

1. Estudar a mídia social Instagram, a partir do caso da Loja Bolsa 150;

2. Pesquisar as estratégias de marketing da Loja Bolsa 150 no Instagram;

3. Observar a eficácia dessa plataforma digital.

Com a chegada da internet e a disseminação dos computadores pessoais, dos

telefones celulares, bem como de outros aparatos digitais que passaram a fazer parte do

cotidiano, as mídias sociais digitais passaram a ser utilizadas como estratégia de marketing.

Essas estratégias identificam porque muitas empresas estão incluindo o Instagram em seus

planos de comunicação, quais são os impactos que essa plataforma causa em seus

consumidores e quais são os benefícios dessa estratégia de comunicação, o que será visto –

ainda que brevemente - a partir do estudo de caso da Loja Bolsa 150.

É importante buscar referências que possam auxiliar as empresas com o uso das

mídias sociais digitais, em especial no Instagram, e mostrar de que maneira essa prática pode

4Disposnível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/12/141210_twitter_instagram_rb> Acesso em 05 de abril de 2015 5Disponível em: <http://g1.globo.com/tecnologia/tem-um-aplicativo/noticia/2014/03/instagram-atinge-marca-de-

200-milhoes-de-usuarios-ativos-por-mes.html> Acesso em 22 de outubro de 2014

7

enriquecer um plano de comunicação. Outro ponto importante deste estudo é ser um tema

ainda pouco explorado.

METODOLOGIA

Este é um estudo que possui caráter exploratório, onde o problema inicial é

caracterizado, classificado e definido. O trabalho espera “proporcionar maior familiaridade com

o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses” (GIL, 2002, p. 41).

Segundo Gil (1999) esse modelo de pesquisa é desenvolvido com o intuito de proporcionar

uma visão geral sobre o assunto a ser estudado. Esse tipo de estudo é feito, em casos que o

tema escolhido foi pouco explorado, como é o caso do Instagram.

Andrade (2002) destaca alguns pontos fundamentais da pesquisa exploratória, como:

proporcionar maiores informações sobre o assunto que será investigado; facilitar a delimitação

do tema de pesquisa; orientar a formulação de hipóteses e a fixação dos objetivos, ou

descobrir um novo enfoque para o assunto. No caso deste trabalho, será estudado os

conceitos, de marketing, marketing digital, redes sociais digitais, mídias sociais digitais e

Instagram.

A pesquisa exploratória é baseada no aprofundamento de conceitos preliminares

sobre um determinado tema, que ainda não foi observado de maneira satisfatória. Dessa

forma, ela auxilia no esclarecimento de questões que foram superficialmente abordadas sobre

o assunto. No caso de uma rede social digital recente como o Instagram, busca oferecer mais

estudos sobre o tema.

Para aprofundar a pesquisa de cunho qualitativo, foi feito um estudo de caso, que é

caracterizado pelo estudo concentrado de um caso específico. Bruyne, Herman e Schoutheete

(1997) ressaltam que o estudo de caso tem sua importância justificada por reunir informações

detalhadas e numerosas, visando buscar a totalidade de uma circunstância. Essas informações

detalhadas orientam em uma possível resolução de problemas acerca do assunto pesquisado

e num maior conhecimento do mesmo. De acordo com Gil (1999),

o estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir conhecimentos amplos e detalhados do mesmo, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamentos considerados. (GIL, 1999, p. 73)

A análise qualitativa pretende aprofundar o tema estudado. De acordo com Minayo

(2001) esse tipo de análise trabalha com o universo de crenças, valores, significados e

atitudes, que correspondem a um espaço mais profundo das relações, dos fenômenos e dos

processos que não podem ser reduzidos a operacionalizações variáveis.

8

Richardson (1999) diz que os estudos que empregam a metodologia qualitativa

conseguem descrever a complexidade de determinado problema, permite analisar a interação

entre certas variáveis, como o uso de tecnologias digitais, além de compreender e classificar

processos dinâmicos vividos por grupos sociais. O autor menciona também que é possível

acrescentar no processo de mudança de determinado grupo e permitir maior entendimento das

peculiaridades do comportamento dos indivíduos.

A técnica usada foi entrevista com os responsáveis pela loja Bolsa 150, localizada em

São Paulo e análise do perfil do Instagram da empresa do dia 18 até 28 de março, afim, de

analisar o dia a dia de divulgação da loja, foram escolhidos dias em que não houvesse

nenhuma data comemorativa. A entrevista completa aparece no anexo e diluída no corpo do

texto, mostrando na prática o uso do Instagram e as estratégias da empresa. O estudo inclui a

história do Instagram.

Como categorias de análise, foram escolhidos o número de curtidas e comentários nas

fotos do perfil da loja Bolsa 150 no Instagram, para saber se de fato ocorre a interação dos

clientes e qual o retorno essa ferramenta traz para a empresa, analisada através de entrevista

à loja Bolsa 150.

Também serão consultados materiais bibliográficos que já se tornaram públicos em

relação ao assunto pesquisado, que inclui livros, monografias, artigos científicos e endereços

eletrônicos. Os materiais bibliográficos,

explicam um problema a partir de referenciais teóricos publicados em documentos. Pode ser realizada independentemente ou com uma parte da pesquisa descritiva ou experimental. Ambos os casos buscam conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado existentes sobre um determinado assunto. (CERVO e BERVIAN, 1983, p.55)

Segundo Gil (1999) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida por meio de materiais já

elaborados, principalmente artigos científicos e livros. Embora outros estudos necessitem de

trabalhos dessa natureza, existem pesquisas realizadas exclusivamente através de fontes

bibliográficas. No caso deste estudo, para sustentar teoricamente o trabalho, foi realizada uma

pesquisa bibliográfica com pesquisadores que tratam sobre marketing, marketing digital, redes

sociais digitais, mídias sociais digitais, além de buscas na internet.

SOBRE O MARKETING

O marketing surge entre os anos 1940 e 1950, período que segundo Kotler (2000), o

mercado e as empresas notaram que os clientes estavam escolhendo às melhores alternativas

de compra e relacionando com o preço, e com o benefício gerado na aquisição do produto ou

serviço. Desse modo, o mercado passou a perceber que uma mudança na forma de gerir as

9

marcas e as vendas, já que “o cliente começou a possuir a decisão final na compra.” (LIMEIRA,

2003,p.9)

O marketing envolve a identificação das necessidades humanas e sociais e a suas

respectivas formas de satisfação. A oportunidade de uma empresa obter lucro resulta da

satisfação das necessidades dos consumidores por meio de seus bens e serviços. (KOTLER;

KELLER, 2006, p.4)

Segundo Kotler (2000) o marketing opera com o objetivo de determinar as

características e a qualidade dos produtos, de criar e organizar serviços, regulamentar preços e

definir canais de distribuição. Além disso, distribuir seus recursos entre propaganda, força de

vendas e outras ferramentas de promoção. Marketing é análise, planejamento, implementação e controle de programas cuidadosamente formulados que visam proporcionar trocas voluntárias de valores ou utilidades com mercados-alvo, com o propósito de realizar os objetivos organizacionais. Confia, fortemente no delineamento da oferta da organização, em termos das necessidades e dos desejos do mercado-alvo, e no uso eficaz de política de preços, comunicações e distribuição, a fim de informar, motivar e prestar serviços aos mercados. (KOTLER e BLOOM, 1988, p.19)

Kotler e Bloom (1988) destacam que o objetivo do marketing é contribuir com a

sobrevivência das empresas e atendimento mais eficaz de seus mercados. Sendo um processo

gerencial, o marketing busca a realização de planos e programas bem planejados, que devem

ser executados antes da comercialização do serviço ou produto.

De acordo com Drucker (1975) o desejo da empresa é criar um consumidor. A empresa

tem somente duas funções: marketing e inovação, pois são elas que produzem resultados.

Segundo ele, uma organização só pode ser denominada empresa se possuir o marketing de

um produto ou serviço.

Drucker (1975) diz ainda que, provavelmente, sempre haverá alguma atividade de

vendas. Entretanto, o intuito do marketing é desenvolver serviços e produtos que supram de

maneira tão satisfatória a necessidade do consumidor, que a única atividade necessária para

acontecer à venda, seria disponibilizar os produtos para o mercado. A promoção não seria

necessária, pois os bens e serviços se venderiam por si mesmos.

MARKETING DIGITAL

A partir do século XXI, o marketing digital entra em cena e modifica as relações entre

empresas e consumidores. O marketing digital de acordo com Fascioni (2007) é uma maneira

de se fazer marketing por meio de ações de comunicação utilizando recursos digitais.

O objetivo do marketing digital é desenvolver estratégias por meio da internet, onde

empresas e consumidores buscam interação total nos seus relacionamentos, oferecendo uma

rápida troca de informação. “Web Marketing ou Marketing Digital, corresponde a toda

10

concentração de esforços no sentido de adaptar e desenvolver estratégias de marketing no

ambiente Web”, diz (OLIVEIRA, 2000,p.4). Com a evolução da tecnologia da informação e da comunicação, especialmente a internet, o marketing evoluiu para o chamado marketing eletrônico, e – marketing digital, conceito que expressa o conjunto de ações de marketing intermediadas por canais eletrônicos como a internet, em que o cliente controla a quantidade e o tipo de informação recebida. (LIMEIRA, 2000, p.9)

A partir desse conceito, é possível perceber que o marketing digital trabalha de forma

semelhante ao marketing tradicional, que na sua essência propõe que sejam identificados os

desejos e as necessidades dos consumidores e, assim seja oferecido ao cliente, serviços e

produtos de real valor, oferecendo no final dessa troca, satisfação para as duas partes,

consumidor e empresa. Mas para existir, o marketing digital utiliza as redes sociais da internet

para divulgar seus produtos, como será visto a seguir.

REDES SOCIAIS

Falar de redes sociais não significa falar de internet, ao contrário do que se imagina, já

que o conceito das redes sociais é algo bem mais antigo. Redes sociais representam pessoas,

interação social, troca social. Segundo Olivieri,

Redes são sistemas organizacionais capazes de reunir indivíduos e instituições, de forma democrática e participativa, em torno de causas afins. Estruturas flexíveis e estabelecidas horizontalmente, as dinâmicas de trabalho das redes supõem atuações colaborativas e se sustentam pela vontade e afinidade de seus integrantes, caracterizando-se como um significativo recurso organizacional para a estruturação social. (OLIVIERI, 2012, p.1).

A rede social é uma conexão de indivíduos de maneira não hierárquica e estruturada,

que tem como objetivo compartilhar informações, valores e interesses em comum. O conceito

de redes sociais foi criado antes da chegada da internet, mas essa tecnologia facilitou a sua

disseminação quando pessoas e empresas criaram sites de relacionamento ou redes sociais

digitais como são denominados por pesquisadoras como Santaella e Lemos (2010).

Segundo Conrado (2011) o ser humano sempre viveu em rede. Podendo ser em forma

de grupos sociais, como igreja, escola, trabalho, entre outros. Maffessoli (1987) discute sobre

as tribos, que são a união dos indivíduos de grupos de identificação, em torno de assuntos em

comum, como futebol, religião, e etc. Essas interações ou relações sociais ocorrem dentro de

uma cultura que vem sofrendo transformações devido a produção imaginária individual e

coletiva, onde as tecnologias de produção cultural estão se fortalecendo. Maffessoli (2004) diz

ainda, que esse homem moldado pelo imaginário pós-moderno não quer somente informações

da mídia, também quer ser visto, ouvido e participar, contar seu cotidiano para si e para quem

11

convive com ele. Na sociedade, procura-se existir diante do outro por meio dessas interações

sociais.

[...] no quadro reduzido das tribos, encontrar o outro e partilhar com ele algumas emoções e sentimentos comuns. No balanço cíclico dos valores sociais, assiste-se ao retorno do ideal comunitário, em detrimento do ideal societário (MAFFESOLI, 1995, p. 54).

No mundo analógico, as redes sociais são originadas exatamente a partir dessa

necessidade do ser humano em compartilhar com o outro, criar laços sociais que são

orientados por afinidades entre eles. O que não quer dizer que essa interação seja somente via

internet.

Na prática, redes são comunidades de sentido, virtual ou presencialmente constituídas. E podem ter contornos nacionais, se compreendemos a Nação como uma grande comunidade. Uma comunidade é uma estrutura social de forma orgânica, constituída a partir de dinâmicas coletivas. A convivência entre os integrantes será definida a partir de pactos sociais ou padrões de relacionamento. Esse reconhecimento deve ser coletivo e será fundamental para os sentidos de pertencimento dos cidadãos e de desenvolvimento comunitário.(OLIVIERI, 2012, p.40)

AS REDES SOCIAIS E A CHEGADA DA INTERNET

Esta é uma era em que a internet ajudou a comunicação bilateral - reciprocidade entre

o emissor e o receptor, ocorre em conversas, diálogos, e em entrevistas - ultrapassando as

barreiras da unidirecionalidade, onde só exige a atuação do emissor, o receptor é passivo6. A

internet e a sociedade em rede (fixa ou móvel) torna possível a troca de informação imediata,

bem como a capacidade de processar e gerar conhecimento.

O uso das tecnologias digitais com internet possibilita o surgimento de um novo

consumidor, chamado de consumidor virtual, que é aquele que usa a internet para acessar e

comprar serviços e produtos, através das redes sociais digitais de diferentes plataformas

tecnológicas. Esse consumidor adquiriu importantes habilidades, como facilidade de busca de

informações a respeito dos produtos, poder de comparação entre as opções oferecidas, além

de poder ler a opinião de outras pessoas que já compraram e experimentaram determinado

serviço ou produto.

A evolução das tecnologias de informação e comunicação (TICs), a convergência

midiática e o uso da interatividade são elementos novos que entram no processo

comunicacional, possibilitando a bidirecionalidade – como comentado no começo deste texto –

no processo comunicativo, no retorno interativo e na construção e reconstrução das

mensagens (Barbosa Filho e Castro, 2008, p. 92). Dessa forma, o processo de comunicação,

6Disponível em: <http://www.infopedia.pt/$comunicacao-unilateralcomunicacao-bilateral> Acesso em 25 de abril de 2015

12

que antes contemplava uma dinâmica de circulação de sentido por meio de múltiplas

mediações na relação entre emissor e receptor a partir da transmissão de uma mensagem, sua

interpretação e reenvio de significação, agora ganha nova dinâmica com a evolução das mídias

digitais, incorporando a possibilidade de a instância de recepção também produzir e transmitir

seu próprio conteúdo e de dialogar com a instância da produção. (KIELING, 2012, p.740)

A internet diminui à distância de tempo e espaço entre as pessoas, essa realidade

pode ser facilmente percebida entre as pessoas que estão separadas geograficamente ao se

comparar o tempo que leva para um e-mail chegar ao seu destinatário e o tempo desta mesma

mensagem enviada por meio de carta. Recuero (2009) diz que a internet trouxe grandes

progressos para a comunicação, uma vez que, não há limites geográficos para a comunicação

entre as empresas e os indivíduos. Para a autora, aonde houver um computador com acesso à

internet é possível construir um laço social – no sentido dado por Dominique Wolton (1996) o

laço entre os indivíduos e o laço entre as diferentes comunidades de uma sociedade – e

consequentemente criar uma rede social. No entanto, essa visão restrita aos computadores,

segundo Castro (2008), já não se sustenta, pois as redes sociais digitais podem ser acessadas

de diferentes plataformas tecnológicas, como celulares, iPads, videojogos e TV digital.

A sociedade ocidental cria tecnologias para desenvolver-se, extraindo benefícios,

sejam sociais, econômicos, políticos e/ou educacionais. O desenvolvimento tecnológico passa

a fazer parte do cotidiano, aproximando tempo e espaço, transformando a capacidade de

comunicação do indivíduo, a maneira de pensar e de se relacionar.

Quando uma pessoa, uma coletividade, um ato, uma informação se virtualizam, eles se tornam “não-presentes”, se desterritorializam. Uma espécie de desengate os separa do espaço físico ou geográfico ordinários e da temporalidade do relógio e do calendário. (LÉVY, 1998, p.21).

A sociedade sempre funcionou em rede (amigos, trabalho, religião, sindicatos,

movimentos sociais e culturais), mas com a explosão do uso da internet no final dos anos 90,

essas redes ampliaram seu campo de ação e passaram a ser estruturadas em torno das

plataformas online. Além do contato interpessoal presencial, as redes sociais digitais permitem

o contato via internet, em várias áreas de interesse, em diversos idiomas e em locais

geográficos que até então não se imaginava ter acesso.

Lévy (1999) analisa a sociedade em rede, como sendo um espaço onde ocorrem

interações potencializadas pela rede virtual e que surge a partir de uma cultura informática. As

pessoas começam a vivenciar uma relação de espaço-tempo diferenciada quando adentram no

mundo virtual. O autor faz também uma analogia da "rede" para explicar a construção de uma

13

"inteligência coletiva". Lévy explica essa inteligência coletiva como a possibilidade de partilha

da memória, da percepção, da imaginação. Isso resulta na aprendizagem coletiva, troca de

conhecimentos. É um princípio onde as inteligências individuais são somadas e compartilhadas

por toda a sociedade, potencializadas com o advento de novas tecnologias de comunicação,

como a Internet.

De acordo com Garton, Haythornthwaite e Wellman (1997) quando uma rede de

computadores conecta uma rede de pessoas e organizações, é uma rede social digital. A

informatização vem exercendo influência em sociedades, culturas e também no modo de

gerenciar e divulgar as empresas. A revolução digital parece modificar conceitos de espaço e

tempo.

O impacto da tecnologia na vida dos indivíduos e na sociedade não pode ser ignorado.

Pois, a tecnologia trouxe novas linguagens, percepções, simbologias, identidades, que se

unem em uma rede que abrange famílias, amizades, interações de trabalho, fenômenos

econômicos.

A internet é uma tecnologia digital que modificou as formas de perceber o mundo

desde o ponto de vista da educação, da cultura, do comportamento, da economia e da

tecnologia propriamente dita, como diz Castro (2008). Também modificou a maneira de

condução dos negócios, levando para as empresas e aos consumidores opções de oferta e

compra ao dar visibilidade aos produtos, de um lado, e de compra online, de outro.

Para manterem o poder de competição, as empresas estão ampliando suas atividades

e utilizando a comunicação digital, assim como técnicas de marketing digital. Kotler (2009)

explica o marketing digital como um modelo de negócio que se rende às mídias sociais, ao

relacionamento mais direto com o público, que propõe a participação do consumidor no

processo produtivo e que por esses e tantos outros motivos, é seguido por empresários de todo

o mundo cientes de que o cenário está em constante mudança e que é preciso adaptar-se a

ele.

As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) oferecem às empresas a

possibilidade de se comunicar e interagir com seu público-alvo através dos diversos meios de

comunicação. A mobilidade contribui para que essa comunicação ocorra em qualquer lugar a

qualquer tempo e as mídias sociais se tornam cada vez mais canais para essa comunicação e

para a interatividade. Como colocam Barbosa Filho e Castro:

Novos modelos de produção, acesso, distribuição e propriedade do conhecimento estão surgindo. [...] estamos passando para um mercado dirigido pelos consumidores/cidadãos. Com a possibilidade ilimitada de criatividade de acesso à informação e ao conhecimento, a geração atual tem a primazia de poder estabelecer amplos vínculos entre desejos e necessidades, entre busca individual e ações de

14

alcance coletivo. [...] Os consumidores/cidadãos que têm acesso às novas plataformas digitais são a chave mestra deste processo tecnológico e negocial [...] estão cada vez mais seletivos, mesclando tecnologias e plataformas de informação a seu alcance, como, por exemplo, correio eletrônico, TV, telefone móvel. (BARBOSA e CASTRO, 2008, p.151).

Segundo pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope)

em 2013, o Brasil possui 105 milhões de internautas, sendo o 5° país mais conectado do

mundo. De acordo com a Fecomércio-RJ/Ipsos7, o número de brasileiros conectados à internet

aumentou de 27% para 48%, entre 2007 e 2011. E em 2013 o número de brasileiros que

acessam a internet pelo celular chegou a 52,5 milhões, que representa 31% da população do

país. Embora seja um número ainda minoritário, representa a parte da população com

condições de comprar e consumir.

O distanciamento entre os indivíduos dificulta a interação social, mas os atores acabam

sendo constituídos de maneiras diferentes, pela internet, reduzindo a distância através das

redes sociais digitais. Para Lévy (1998), são usadas representações dos atores sociais; ou

seja, são criadas identidades no ciberespaço. O autor francês acredita que,

[...] o universo das redes digitais como lugar de encontros e de aventuras, terreno de conflitos mundiais, nova fronteira econômica e cultural. ...O ciberespaço designa menos os suportes de informação do que os modos originais de criação, de navegação no conhecimento e de relação social por eles propiciados. (LÉVY, 1998, p.104)

Assim, o ator social, agora digital pode ser representado por um perfil no Twitter, no

Facebook ou no Instagram, por exemplo, um blog, que pode ser alimentado por um grupo de

atores. Tais interações, se vistas desde o lado das audiências, são notadas por meio das

"marcas" deixadas pelos indivíduos, através de comentários feitos pelos próprios atores, nos

blogs, nas páginas web ou nos microblogs, como Twitter, Facebook e Instagram. Esses

comentários ficam registrados nas páginas até que a mesma seja deletada.

MÍDIAS SOCIAIS DIGITAIS

Cada vez mais as mídias sociais digitais estão se consolidando no nosso cotidiano, e

sendo cada dia mais procuradas por grandes marcas, como forma de estratégia de marketing e

de aproximação com seus clientes e potenciais consumidores.

De acordo com Cosas (2011) mídias sociais digitais são meios de comunicação livres,

que permitem que qualquer indivíduo publique diversos conteúdos, como por exemplo, foto,

7Disponível em: <http://www.fecomerciorj.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=11475&tpl=printerview&sid=90> Acesso em 10 de Agosto de 2014.

15

vídeo, comentário, sem que ela seja moderada por grupos grandes de comunicação. O termo é

antigo, já existia antes mesmo da internet, mas foi após a sua chegada que as mídias sociais

se difundiram. Esse fenômeno acontece graças à facilidade na propagação da informação que

essas ferramentas oferecem.

A mídia social conectada é um formato de comunicação mediada por computador (CMC) que permite a criação, o compartilhamento, comentário, avaliação, classificação, recomendação e disseminação de conteúdos digitais de relevância social de forma descentralizada, colaborativa e autônoma tecnologicamente. Possui como principal característica a participação ativa (síncrona/assíncrona) da comunidade de usuários na integração de informações. (LIMA JR, 2009, p.95)

Como informado anteriormente, o termo comunicação mediada por computador não

consegue abranger as demais plataformas digitais, uma vez que as plataformas tecnológicas

com acesso à internet também permitem a criação, o compartilhamento, comentário, avaliação,

classificação, recomendação e disseminação de conteúdos digitais de relevância social de

forma descentralizada, colaborativa e autônoma tecnologicamente.

Segundo Recuero (2011) os sites de redes sociais foram especialmente significativos

para a revolução da mídia social, pois criam redes que estão sempre conectadas, onde

rodeiam informações de maneira síncrona, que é a comunicação entre as pessoas em tempo

real, ou seja, o emissor envia uma mensagem para o receptor e este a recebe quase que

instantaneamente, como numa conversa por telefone. O chat e a videoconferência, nas

conversações são exemplos desse tipo de comunicação. E assíncrona independe da presença

simultânea do remetente e do destinatário, como nas mensagens enviadas.

É comum a confusão desse termo com o conceito de redes sociais. Estas tratam de conjuntos que, através das interações e relações de influências exercidas pelos membros, promovem o compartilhamento de mensagens e a produção de conhecimento coletivo. As mídias sociais constituem na utilização destas práticas considerando-as como recursos midiáticos. Em outros termos, é reconhecido que tais mídias são redes que se aproveitam do ambiente virtual. (BARROS; COSTA; OLIVEIRA. 2011, p. 2.)

Compreende um fenômeno bem mais complexo, que abrange o grupo de novas

tecnologias de comunicação mais interativas e populares. É uma fase de super conexão em

rede, onde não se está apenas conectado, mas onde são reproduzidos grupos sociais e, por

meio do suporte são concebidos novos modos de circulação, filtragem e disseminação dessas

informações.

[...]as organizações ainda encontram dificuldades para se adaptar às novas mídias, com formatos e linguagens ainda insuficientemente explorados, mas, paulatinamente, vão descobrindo formas de conviver com elas. As intranets ocupam espaço cada vez mais importante no processo de comunicação interna e o uso de newsletters eletrônicas, sobretudo para dar suporte à circulação de informações gerenciais, é uma realidade. Os gestores da comunicação empresarial, no entanto, devem estar atentos ao aumento da

16

vulnerabilidade que a aceleração da informação imprime, planejando com cuidado a utilização dos meios eletrônicos (BUENO, 2003, p.60).

As mídias sociais possibilitam que os indivíduos dialoguem e compartilhem

informações. O seu conteúdo tende sempre ao infinito, uma vez que, qualquer membro pode

contribuir a qualquer momento. Este diálogo entre usuários constitui blocos colaborativos de

opinião.

Elas oferecem novas oportunidades de criação e comunicação, são bastante favoráveis

tanto para grandes empresas como para indivíduos com uma ideia, uma opinião. As mídias

sociais digitais são um meio para a propagação de marcas, opiniões, causas.

Se, por um lado, redes sociais relacionam-se a pessoas conectadas em função de um interesse em comum, mídias sociais associam-se a conteúdos (texto, imagem, vídeo, etc.) gerados e compartilhados pelas pessoas nas redes sociais.[...] Assim, os sites de redes sociais, como o Facebook, por exemplo, são plataformas que possibilitam, facilitam e potencializam a conexão de pessoas com outras pessoas, ampliando o alcance das redes sociais pessoais, e ferramentas de armazenamento e compartilhamento que alavancam o volume de mídias sociais criadas pelas pessoas. Assim, um site de redes sociais online é apenas uma plataforma tecnológica que favorece a atuação das pessoas para interagir e compartilhar conteúdos em suas redes sociais. (GABRIEL, 2010, p.202)

As mídias sociais digitais são um campo muito grande, e a única coisa que limita o que

você pode fazer nelas é a criatividade. Segundo Araujo (2011) uma empresa que não incentiva

a livre expressão das idéias de seus funcionários, feitas de maneira responsável e

consequente, provavelmente não conseguirá sobreviver por muito tempo no universo das

mídias sociais digitais.

Em 2013 a Internet Advertising Bureau (IAB) realizou uma pesquisa, que foi divulgada

pela Business Insider e constatou que 90% dos consumidores indicam uma marca após

interagir com ela através das mídias sociais digitais.

Este estudo mostra que essas mídias tem o poder de influenciar no Retorno sobre

Investimento (ROI), incentivar a participação dos clientes e aumentar a fidelidade à marca. A

pesquisa analisou mais de 4.500 respostas nas páginas das redes sociais digitais das marcar

Heinz, Kettle e Twinings durante dois meses.

Os resultados revelam que quatro entre cinco consumidores estão mais propensos a

comprar um serviço ou produto de uma marca depois de ter contato em seus meios de

comunicação digitais.

A pesquisa mostra também que as empresas não devem temer a exposição dos seus

produtos nas mídias sociais digitais para atingir seus objetivos. Além disso, vale entender como

17

é importante que as empresas tenham mais contato e proximidade com seus clientes e incluam

em suas estratégias de comunicação as mídias sociais digitais.

A HISTÓRIA DO INSTAGRAM

O Instagram teve sua história iniciada em março de 2010, quando o brasileiro Mike

Krieger, formado em Ciências da Computação na Universidade de Stanford, junto com o

estadonidense Kevin Systrom decidiram criar a empresa Burbn para desenvolver o serviço de

fotografia móvel e check-in, com base no HTML58. De início a pequena empresa ganhou

investimento de 500 dólares. No dia 17 de julho do mesmo ano Kevin publicou a primeira foto

no aplicativo, e no dia 6 de outubro - já devidamente batizado com o nome Instagram, que é a

união das palavras "instant" e "telegram" - foi lançado para o público como um aplicativo de

compartilhamento e edição de fotografias. Até então disponibilizado apenas para aparelhos da

Apple.

O Instagram permite que os usuários adicionem filtros às fotos ou vídeos para dar

efeito às imagens e compartilhá-las nas redes sociais (Facebook e Twitter), e também no

próprio Instagram, que além de ferramenta de edição de imagens, também é uma rede social

digital, o que transformou fotografar em uma diversão. O êxito foi tão grande que, mais do que

um aplicativo, o Instragram se tranformou em uma rede social digital de sucesso.

Até 25 anos atrás, tirar uma foto, editar e divulgar, estava restrito para os profissionais

de fotografia. Mas com a chegada da internet, com o avanço da tecnologia e com a

popularização da comunicação móvel, este quadro mudou. Atualmente, qualquer pessoa com

acesso à internet e a um dispositivo com câmera digital, que saiba utilizar as tecnologias

móveis (celular, tablet, etc) e conheça redes sociais digitais é capaz de fazer vídeos, fotografar

e editar utilizando aplicativos digitais, como o Instagram.

O Instagram se tornou o aplicativo mais baixado na loja virtual da Apple (Apple Store)

em menos de 24 horas. Dois meses após o lançamento, o Instagram teve um alcance de 1

milhão de usuários, mostrando sua enorme aceitação pelo público. Dois anos depois, no dia 9

de abril de 2012, Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, anunciou em sua página na rede

8 HyperText Markup Language (Linguagem de marcação de hipertexto), a principal característica desse tipo de programação são as “tags”. O HTML5 possui maneiras de descobrir a sua localização e informá-la aos sites e serviços que você acessa. Disponível em http://www.tecmundo.com.br/navegador/2254-o-que-e-html-5-.htm Acesso em 10 de maio de 2014

18

social a compra do Instagram9. Em maio, o aplicativo alcançou a marca de 50 milhões de

usuários.

Em seu perfil no Facebook, Zuckerberg postou que estava animado para compartilhar a

notícia de que havia adquirido o Instagram e que a sua talentosa equipe iria se unir ao

Facebook. “Estamos empenhados em desenvolver o Instagram de forma independente.

Milhões de pessoas em todo o mundo adoram o aplicativo e a marca associada a ele, e nosso

objetivo é ajudar a divulgar o aplicativo e a sua marca para um número ainda maior de

pessoas.” (ZUCKERBERG, 2012)10

Em novembro de 2012, o Instragram lançou um perfil de usuários na web semelhante

ao do Facebook, que possibilitava aos usuários fazer comentários, curtir fotos e seguir outros

indivíduos. Nesse momento, o aplicativo traz a possibilidade de tirar uma foto com um

smartphone, aplicar um filtro digital à imagem obtida, e logo após desse processo, ela pode ser

vista por uma comunidade cada vez maior.

Os filtros contidos no Instagram reproduzem alguns dos processos que fotógrafos

usavam para expandir as fronteiras da fotografia, como exemplo, o uso de cores

supersaturadas que são criadas ao se revelar um negativo em um determinado composto

químico que seria utilizado para revelar outro tipo de filme, usar a paleta de cores suaves de

filmes vencidos, mexer com as configurações da câmera ou com equipamentos da sala de

revelação, para realçar o contraste.

De acordo com Renaux (2012) a aplicação de efeitos e filtros em fotos tiradas pelo

celular é o grande atrativo do Instagram. Ele nasceu a partir da observação de que os usuários

não descarregavam as fotos no computador, as mantinham no celular. Ao criar uma espécie de

álbum virtual, o usuário sente-se como um fotógrafo profissional, que cria algo belo e pode

expressar seus sentimentos através da sua “arte”.

Segundo Systrom, um dos criadores do aplicativo, a ideia era fazer com que a

fotografia por telefones celulares fosse rápida, linda e divertida. Pois tirar fotos com o telefone

não garantia os resultados, foram criados filtros e ferramentas para se obter uma experiência

mais artística11. Daí a transformar-se em uma rede social digital utilizada por milhões de

pessoas, foi um salto. Em uma entrevista, Camila Fusco, gerente de comunicação do

9Disponível em: <http://economia.ig.com.br/empresas/facebook-anuncia-compra-do-instagram/n1597736735082.html> Acesso em 29 de setembro de 2014 10

Disponível em: <http://economia.ig.com.br/empresas/facebook-anuncia-compra-do-instagram/n1597736735082.html> Acesso em 5 de outubro de 2014 11

Disponível em: <http://www.old.diariodepernambuco.com.br/nota.asp?materia=20120416113128> Acesso em 15 de março de 2015

19

Instagram e Facebook no Brasil, disse que o país é um dos cinco maiores na plataforma e

reforçou a sua importância para a rede social digital de fotos. De acordo com os dados

divulgados pelo próprio Instragram, em 2012, 80 milhões de pessoas tinham acesso ao

Instagram; em 2013, 150 milhões. E em 2014, esse número chegou a 300 milhões de usuários

ativos, segundo a BBC Brasil.

Uma pesquisa realizada pela Forrest Research em abril de 2014, apontou o Instagram

como a melhor rede social digital para as empresas terem mais contato com seus

consumidores. Nele foram analisados 2,5 milhões de publicações em sete redes sociais

digitais, entre elas Facebook e Twitter. A interação dos internautas no Instagram foi 58 vezes

maior do que no Facebook e 120 vezes maior que no Twitter. O que tem motivado cada vez

mais as marcas nacionais a criarem seu perfil. A Schutz, Colcci e Farm são exemplos de

marcas nacionais que estão presentes na plataforma.

A BOLSA 150

A loja Bolsa 150 criada em São Paulo em 2013, é uma loja virtual de bolsas, para o

público feminino. A maioria dos seus produtos custam 150 reais, o que explica o nome da

empresa. A estratégia de comunicação é voltada para o marketing digital, onde os produtos

são divulgados em seus perfis no Instagram, Facebook e no site da empresa.

No Instagram a loja conta com mais de 103 mil seguidores, em sua grande maioria

mulheres, com idade de 15 a 45 anos, predominando de 20 a 30 anos. Em entrevista via e-

mail12, com a equipe da loja, foi informado que o valor investido no Instagram é de 2.500 reais

por mês, distribuído em ensaios fotográficos, parcerias, na qual produtos são disponibilizados

para blogueiras13 parceiras da loja, para que elas postem foto do mesmo em seu perfil.

Imagem 1: Bolsa 150 no Instagram

12Realizada no dia 15 de maio de 2015 13

Camila Senna, Raquel Apollônio, Victória Rocha e Flávia Pavanelli

20

Fonte: https://instagram.com/bolsa150

Também foi criado um perfil no Facebook para divulgação dos produtos e promoções,

mas segundo a equipe Bolsa 150, ele está sendo menos utilizado, pois consideram que o

Instagram pode ser acessado com mais facilidade e está presente no cotidiano do público-alvo

de forma mais objetiva e visual do que o Facebook.

Imagem 2: Bolsa 150 no Facebook

Fonte: https://www.facebook.com/bolsa150

O site traz fotos de todos os produtos, separados por modelos e informações sobre

cada um deles, como por exemplo, tamanho, cor e material da bolsa. E também é por onde são

realizadas as vendas.

Imagem 3: Site da Bolsa 150

21

Fonte: www.bolsa150.com.br

ANÁLISE

Durante o período de 11 dias – do dia 18 até 28 de março – o perfil da loja Bolsa 150

foi acompanhado para coletar o número de curtidas, comentários e também a quantidade de

postagens.

Em média são realizadas quatro postagens por dia, distribuídas no período da manhã,

da tarde e da noite. Os posts são variados: contém imagens dos produtos, fotos de blogueiras

famosas usando os produtos da loja, imagens bem humoradas ou promoções.

A tabela a seguir traz todas as categorias que foram analisadas, número de

comentários, de curtidas, quantas postagens, com a data e o horário de cada uma.

Tabela 1: Número de curtidas e comentários da Bolsa 150

Data Hora Número de Curtidas Número de Comentários

18/05/15 8h35 442 10

12h20 245 3

16h 373 18

22h30 433 11

Data Horário Número de Curtidas Número de Comentários 19/05/15 8h20 2970 457

12h30 437 3

16h10 338 12

18h 580 16

23h 745 29

Data Horário Número de Curtidas Número de Comentários 20/05/15 11h 1015 43

14h15 251 5

17h08 503 19

19h40 412 2

23h05 421 8

Data Horário Número de Curtidas Número de Comentários 21/05/15 8h16 342 8

11h 410 0

17h05 327 5

21h04 258 3

23h10 1021 77

Data Horário Número de Curtidas Número de Comentários 22/05/15 13h01 485 10

19h40 631 14

22

23h 509 12

Data Horário Número de Curtidas Número de Comentários 23/05/15 11h04 192 11

17h06 277 2

Data Horário Número de Curtidas Número de Comentários 24/05/15 12h13 478 8

15h 769 1

20h07 468 21

21h04 710 25

Data Horário Número de Curtidas Número de Comentários 25/05/15 10h09 708 25

15h16 333 12

17h09 738 5

21h38 282 5

Data Horário Número de Curtidas Número de Comentários 26/05/15 8h05 745 5

13h10 408 10

17h45 191 0

21h25 477 12

Data Horário Número de Curtidas Número de Comentários 27/05/15 8h09 238 0

321 2

14h50 277 6

20h20 221 1

Data Horário Número de Curtidas Número de Comentários 28/05/15 9h32 904 89

13h40 469 19

17h05 446 5

Fonte:própria autora

De acordo com a entrevista realizada com a empresa Bolsa 150, as blogueiras que

mais trazem retorno são aquelas que têm mais seguidores em seu perfil, como por exemplo

Flávia Pavanelli com 1 milhão seguidores, Camila Senna com 475 mil, Rachel Apollônio com

389 mil e Vitória Rocha com 112 mil fãs. A forma de postagem dessas blogueiras que mais

atrai consumidores é quando elas publicam fotos usando o produto.

Imagem 4: Victória Rocha – Blogueira parceira da Loja – 769 curtidas

23

Fonte:https://instagram.com/bolsa150

IMAGENS MAIS CURTIDAS E COMENTADAS

Grande de parte das postagens com o maior número de curtidas foram imagens com

conteúdos bem humorados ou com frases motivacionais, assim trazendo a percepção de que

unir o humor e frases motivadoras à estratégia de comunicação pode ajudar a chamar mais

atenção do público. Em cinco dias, os posts mais curtidos chegaram a 6.627 e o número de

comentários a 691.

Para melhor visualização, foi criada uma tabela com as 5 imagens mais curtidas e

comentadas, cada uma com a data e horário em que foi postada.

Tabela 2: Posts Mais Curtidos e Mais Comentados

Data Hora Número de Curtidas Número de Comentários

19/05/15 8h20 2970 457

20/05/15 11h 1015 43

21/05/15 23h10 1021 77

24/05/15 21h04 717 25

28/05/15 9h32 904 89

Fonte: Própria Autora

Imagem 5: Humor - personagem de Babilônia com 2.970 curtidas

24

Fonte:https://instagram.com/bolsa150

Imagem 6: Frase motivacional - 717 curtidas

Fonte:https://instagram.com/bolsa150

25

Imagem 7: Comentários

Fonte:https://instagram.com/bolsa150

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a estratégia de divulgação da Loja Bolsa 150 que foram exemplificadas no

decorrer do estudo é possível observar que o Instagram pode ser considerado uma eficiente

ferramenta a ser utilizada no desenvolvimento de ações para intensificar o contato entre a

marca e suas consumidoras.

O compartilhamento de fotografias dos produtos, de blogueiras famosas usando esses

mesmos produtos, imagens bem humoradas ou com frases motivacionais apresentaram-se

como características comuns a estratégia aplicada pela empresa durante o período estudado.

Apesar da empresa não informar números, é possível perceber através da análise dos dados

pesquisados e da entrevista, que existe um retorno satisfatório para a empresa, concretizado

em vendas, segundo informações da loja Bolsa150.

Observa-se ainda que muitos indivíduos utilizam o Instagram como um meio para a

materialização de suas respectivas experiências, assim como para tornar públicas suas

relações sociais e de consumo. A ferramenta também pode ser considerada como um novo

pólo de aproximação entre as pessoas, garantindo maior interação no ciberespaço, além de

trocas instantâneas de conteúdo digital.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E ONLINE

ANDRADE, Maria Margarida de. Como preparar trabalhos para cursos de pósgraduação: noções práticas. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2002.

26

BARBOSA FILHO, André; CASTRO, Cosette. Comunicação digital: Educação, tecnologia e novos comportamentos. São Paulo: Paulinas, 2008. BUENO, Wilson da Costa. Comunicação Empresarial: Teoria e Pesquisa. Barueri, SP: Editora Manole, 2003.

BRUYNE, P.; HERMAN, J.; SCHOUTHEETE, M. Dinâmica da pesquisa em ciências sociais. Rio de Janeiro: F. Alves, 1977.

CASTRO, Cosette. A convergência digital e os atores sociais – um panorama das iniciativas brasileiras. Anais V ELEPICC-Encontro Latino-Americano de Economia Política da Informação. Salvador, UFBA, 2005. CASTRO, Mônica & ARAÚJO, Clênio. As redes sociais e as mediações tecnológicas na comunicação interna das organizações – dificuldades e oportunidades. Disponível em: <http://www.intercom.org.br/sis/2012/resumos/R7-1972-1.pdf> acesso em 02 de maio de 2014. CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica: para uso de estudantes universitários. 3. ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983. CONRADO, Adolpho. Os 8Ps do Marketing Digital. São Paulo: Novatec Editora Ltda, 2011. COSAS, Leandro. O que são redes sociais e mídias sociais? Disponível em: <http://www.webcortex.com.br/blog/redes-sociais/o-que-sao-redes-sociais-e-midias-sociais/> Acesso em: 28 de setembro de 2014. DRUCKER, Peter. Administração, tarefas, responsabilidades, práticas. São Paulo: Pioneira, v.1, 1975. FASCIONI, Lígia. Marketing Digital. São Paulo, 02/2004. Disponível em: <http:ligiafascioni.com.br/Mac/upload/arquivo/mktdigital.pdf> acesso em 15 de março de 2015. GABRIEL, Martha. Conversando com Computadores: Interfaces de Voz na Web. Ed. Melo 2011. GABRIEL, Martha. Marketing na Era Digital. Novatec Editora Ltda, 2010; GARTON, L.; HAYTHORNTHWAITE, C. e WELLMAN, B. Studying Online Social Networks. Journal of Computer Mediated Communication, n. 3, vol 1, 1997. Disponível em . Acesso em 05 de outubro de 2014. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.

lUNDEN, Ingrid. Instagram Is The Fastest-Growing Social Site Globally, Mobile Devices Rule Over PCs For Access. Disponível em: <http://youpix.virgula.uol.com.br/redes-sociais-2/instagram-mais-usuarios/> Acesso em 12 de agosto de 2014.

27

KIELING, Alexandre. Conteúdo Colaborativo na TV: formulações para a figura narrativa do telespectador. In: Encontro Anual da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, 2012, Juiz de Fora. XXI Encontro Anual - Compós 2012 - UF JF. Juiz de Fora: Compós UFJF, 2012.

KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. São Paulo: Atlas, 1998. KOTLER, Philip. Marketing 3.0. As Forças que estão Definindo o Novo Marketing Centrado no Ser Humano. Editora Elsevier, 2010. KOTLER, Philip; BLOOM, Paul. Marketing para serviços profissionais. São Paulo: Atlas, 1988. KOTLER. Philip; KELLER, Kevin. Administração de marketing. 12. Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. LIMA JR, Walter. Mídia Social Conectada. Disponível em: <http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/libero/article/view/6788/6130> Acesso 25 de abril de 2014.

LIMEIRA, Tânia. E-marketing: o marketing na internet com casos brasileiros. São Paulo: Saraiva, 2003. LEMOS, André. Cibercultura, Tecnologia e Vida Social na Cultura Contemporânea. Porto Alegre: Sulina, 2002. LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. ed. Tradução de Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Loyola, 1998. LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Ed. 34, 1999. MAFFESOLI, Michel. A contemplação do mundo. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1995. MAFFESOLI, Michel.O Tempo das Tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa. RJ: Forense, 1987. MAFFESOLI, Michel. A comunicação sem fim. In: MARTINS, F. Menezes. SILVA, J. M da (Ed.). Genealogia do virtual. Porto Alegre: Sulina, 2004. MINAYO, M. C. Ciência, técnica e arte: o desafio da Pesquisa Social. Investigação sobre serviços de saúde. (Org.) Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 2001.

OLIVEIRA, Natanael. A história das Redes Sociais. Disponível em: <https://www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/> Acesso em 22 de abril 2014.

28

OLIVIERI, Laura. A importância histórico-social das redes. Disponível em: <http://www.docstoc.com.lax.llnw-trials.com/docs/103244167/A-import%EF%BF%BDncia-hist%EF%BF%BDrico-social-das-Redes> Acesso em: 12 de abril de 2014. PESSONI, Arquimedes & PORTUGAL Kallyny Melina Thomé. A comunicação participativa nas mídias organizacionais. Comunicação & Sociedade, 2011. PRIMO, Alex. Interação Mediada por Computador. Porto Alegre: Sulina, 2007. RICHARDSON, Roberto. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1999.

RECUERO, Raquel. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2009. RENAUX, Camila. Instagram - Uma ferramenta de marketing para as empresas. Disponível em: http://marketingdrops.com.br/author/camilarenaux/ Acesso em 8 de setembro de 2014. VINÍCIUS, Marcos. O Brasil está entre os cinco maiores países no Instagram. Disponível em: <http://info.abril.com.br/noticias/internet/2013/12/brasil-esta-entre-os-cinco-maiores-paises-no-instagram.shtml> acesso em 25 de agosto de 2014. WOLTON, Dominique. Elogio do grande público; uma teoria crítica da televisão. São Paulo: Ática. 1996. WOLTON, Dominique. Pensar a comunicação; tradução de Zélia Leal Adghirni. Brasília Edi-tora Universidade de Brasília, 2004.

ANEXO

ANEXO 1 – Entrevista

Aluno(a): Amanda Oliveira Figueiredo Orientador(a): Cosette Castro

PESQUISA ACADÊMICA

01. Quais são as mídias digitais utilizadas (Facebook, Twitter, Instagram) e por quê?

29

Instagram e Facebook. Hoje em dia utilizamos muito mais o instagram e menos o facebook. O Instagram está muito na palma da mão e dia dia das pessoas de uma forma mais objetiva e visual (fotos, looks, selfies) do que o Facebook. Além disto, hoje muitas pessoas influentes fazem parte desta mídia e podemos contar com elas pra divulgação dos nossos produtos, o que facilita o nosso trabalho e controle sobre os resultados. 02. Qual estratégia para cada mídia? Para o instagram fazemos posts diários com as bolsas vendidas e de preferência com blogueiras. 03. Qual a diferença entre as estratégias para cada mídia digital? Facebook esta mais voltado para fidelizacação da marca, enquanto o instagram já se volta preferencialmente para área de vendas. 04. Essas mídias digitais servem para vender, divulgar a marca ou as duas coisas? (se forem as duas, que percentuais?) Servem para as duas coisas. Não temos percentuais exatos. 05. Já desistiram de alguma mídia digital? Não. 06. Qual o perfil do público em cada rede social digital? No instagram temos preferencialmente sexo feminino , na faixa etária de15 a 45 anos, predominando de 20 a 30 anos. 08. Por que incluir o Instagram no plano de comunicação? Qual o retorno essa estratégia trouxe para a marca? O instagram tem um retorno imediato em vendas, uma definição de conceito de imagem e confiabilidade.

09. Qual o valor investido em mídias digitais? Investimento no instagram em média de $2500/mês. 10. Há uma estratégia específica para o Instagram? Sim. Postamos diários que definam nosso conceito de imagem com uso de nosso produto, preferencialmente em blogueiras. Tentamos passar cada vez mais a imagem do uso do produto realmente no dia-dia delas, para que diminua este espaço entre o seguidor. A estratégia esta em aproximar os seguidores da realidade de quem usa o produto. 11. Os retornos esperados de cada mídia digital se concretizaram? Sim.

12. Seguiram o modelo de outras lojas? Não.

13. Quantos posts são feitos por dia em cada mídia social (Instagram e Facebook)? Fazemos em média de 3 a 4 posts/dia em IG ( não estamos trabalhando o facebook no momento). 14. Vocês utilizam as métricas do facebook? (Para saber quantos acessos, curtidas...)

30

Não utilizamos as métricas. 15. De que maneira o dinheiro é investido nessas mídias digitais? Com modelos? Produção de fotos para as postagens? O dinheiro é investido em ensaios fotográficos, parcerias na qual disponibilizamos o produto e em alguns casos pagamentos pelos posts. 16. O retorno das mídias digitais se concretizaram de que forma? Em vendas? O retorno se concretiza em aumento dos seguidores (clientes) e vendas. 17. Quais blogueiras mais trazem retorno para a loja? As blogueiras com maior número de seguidores. 18. Qual a forma de postagem dessas blogueiras que mais traz retorno? Quando elas postam fotos usando produto. 19. Qual o tipo de público da loja (classe A, B, C)? O público é classe B e C. 20. Quando a loja foi criada? A loja online foi criada há dois anos. 21. Essas mídias digitais fazem parte do plano de comunicação da empresa desde sua criação? Sim, fazem parte desde o início. 22. Vocês sabem quantas pessoas dos mais de 103 mil seguidores do Instagram são realmente clientes? Não temos a dimensão da proporção de seguidores e clientes. 23. Qual o conceito de imagem da empresa? Produto de qualidade, tendência , de bom gosto e com custo acessível.