3
Amebíase Embora o intestino do homem possa ser parasitado por diferentes espécies de amebas, a palavraamebíase é reservada apenas para designar o parasitismo por uma dessas espécies, a Entamoeba histolytica, única, de acordo com o consenso geral dos pesquisadores, capaz de desenvolver atividade patogênica. As demais amebas podem ser encontradas no intestino, a Entamoeba hartmanni, a Entamoeba coli, a Endolimax nana, a Entadamoeba bütschlii e a Dientamoeba fragilis, são destituídas de atividade patogênica. Seu conhecimento, porém, é muito importante, pela possibilidade de serem confundidas com a E. histolytica em exames de fezes; diagnóstico diferencial entre as amebas intestinais do homem se impõe, e é necessário ressaltar que esse diagnóstico só pode ser feito por um analista credenciado e consciencioso. O parasita da amebíase, a E. histolytica apresenta duas fases no seu ciclo evolutivo: 1. Fase trofozoítica ou vegetativa (vive no intestino grosso ou nas últimas porções do íleo, movimentando-se, fagocitando e digerindo seu alimento e multiplicando-se por divisão binária); 2. Fase cística (ela se imobiliza, deixa de fagocitar, rodeia-se de uma membrana resistente – membrana cística – e vive à custas de substâncias de reserva acumulada durante a fase anterior, sobretudo substâncias protéicas e hidrocarbonadas). Amebíase

Amebíase

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Biologia

Citation preview

Page 1: Amebíase

AmebíaseEmbora o intestino do homem possa ser parasitado por diferentes espécies de amebas, a

palavraamebíase é reservada apenas para designar o parasitismo por uma dessas

espécies, a Entamoeba histolytica, única, de acordo com o consenso geral dos

pesquisadores, capaz de desenvolver atividade patogênica.

As demais amebas podem ser encontradas no intestino, a Entamoeba hartmanni, a

Entamoeba coli, a Endolimax nana, a Entadamoeba bütschlii e a Dientamoeba fragilis, são

destituídas de atividade patogênica. Seu conhecimento, porém, é muito importante, pela

possibilidade de serem confundidas com a E. histolytica em exames de fezes; diagnóstico

diferencial entre as amebas intestinais do homem se impõe, e é necessário ressaltar que

esse diagnóstico só pode ser feito por um analista credenciado e consciencioso.

O parasita da amebíase, a E. histolytica apresenta duas fases no seu ciclo evolutivo:

1. Fase trofozoítica ou vegetativa (vive no intestino grosso ou nas últimas porções do íleo,

movimentando-se, fagocitando e digerindo seu alimento e multiplicando-se por divisão

binária);

2. Fase cística (ela se imobiliza, deixa de fagocitar, rodeia-se de uma membrana resistente

– membrana cística – e vive à custas de substâncias de reserva acumulada durante a fase

anterior, sobretudo substâncias protéicas e hidrocarbonadas).

Amebíase

Sintomas

As lesões produzidas pela E. histolytica localizam-se na mucosa e submucosa do intestino

grosso. Sua distribuição relaciona-se com a estase do conteúdo cólico e ocorre na

seguinte ordem, decrescente: ceco, cólon ascendente, reto, sigmóide e apêndice.

Constituem-se em pequenas áreas edematosas, hiperêmicas, do tamanho de uma cabeça

Page 2: Amebíase

de alfinete ou de pequenas pápulas amareladas. O espectro infeccioso na amebíase varia

desde a infecção assintomática do portador sadio até os casos abruptos e graves de

abdome agudo.

Tratamento

São numerosos os medicamentos atualmente disponíveis para o tratamento da amebíase.

De conformidade com a sede do seu efeito terapêutico máximo e com o modo de ação

sobre a E. histolytica, eles podem ser resumidos conforme os pontos ou modos de ação:

1. Amebicidas de ação direta, não-absorvíveis e eficazes na luz intestinal: derivados da

hidroxiquinoleína, derivados arsenicais, haloacetaminas.

2. Amebicidas de ação indireta, eficazes na luz e na parede do intestino: antibióticos.

3. Amebicidas de ação tissular, eficazes não só na parede do intestino como também no

fígado:  emetina, desidroemetina, tetra-amino-quiloneínas (cloroquina).

4. Amebicidas eficazes em todas as localizações: derivados imidazólicos.

Profilaxia

A profilaxia da amebíase comporta medidas gerais e individuais. As gerais objetivam o

saneamento do meio e incluem providências como a adequada remoção de dejetos

humanos e fornecimento de água não-contaminada à população; uso de instalações

sanitárias para remoção das fezes; proibição de fezes humanas como adubo; educação

sanitária da população; inquéritos epidemiológicos para descoberta das fontes de infecção;

tratamento dos indivíduos parasitados, doentes ou portadores sãos, mormente se forem

manipuladores de alimentos.

As medidas individuais são representada pela filtração ou fervura da água usada na

alimentação; lavagem dos vegetais com água não-contaminada ou água fervida; não

ingestão de vegetais crus, procedentes de focos de infecção; proteção dos alimentos

contra moscas e baratas; lavagem cuidadosa das mãos após a defecação e antes das

refeições.

Por: Denis Soares