Upload
ricky-rocha
View
1
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Biologia
Citation preview
AmebíaseEmbora o intestino do homem possa ser parasitado por diferentes espécies de amebas, a
palavraamebíase é reservada apenas para designar o parasitismo por uma dessas
espécies, a Entamoeba histolytica, única, de acordo com o consenso geral dos
pesquisadores, capaz de desenvolver atividade patogênica.
As demais amebas podem ser encontradas no intestino, a Entamoeba hartmanni, a
Entamoeba coli, a Endolimax nana, a Entadamoeba bütschlii e a Dientamoeba fragilis, são
destituídas de atividade patogênica. Seu conhecimento, porém, é muito importante, pela
possibilidade de serem confundidas com a E. histolytica em exames de fezes; diagnóstico
diferencial entre as amebas intestinais do homem se impõe, e é necessário ressaltar que
esse diagnóstico só pode ser feito por um analista credenciado e consciencioso.
O parasita da amebíase, a E. histolytica apresenta duas fases no seu ciclo evolutivo:
1. Fase trofozoítica ou vegetativa (vive no intestino grosso ou nas últimas porções do íleo,
movimentando-se, fagocitando e digerindo seu alimento e multiplicando-se por divisão
binária);
2. Fase cística (ela se imobiliza, deixa de fagocitar, rodeia-se de uma membrana resistente
– membrana cística – e vive à custas de substâncias de reserva acumulada durante a fase
anterior, sobretudo substâncias protéicas e hidrocarbonadas).
Amebíase
Sintomas
As lesões produzidas pela E. histolytica localizam-se na mucosa e submucosa do intestino
grosso. Sua distribuição relaciona-se com a estase do conteúdo cólico e ocorre na
seguinte ordem, decrescente: ceco, cólon ascendente, reto, sigmóide e apêndice.
Constituem-se em pequenas áreas edematosas, hiperêmicas, do tamanho de uma cabeça
de alfinete ou de pequenas pápulas amareladas. O espectro infeccioso na amebíase varia
desde a infecção assintomática do portador sadio até os casos abruptos e graves de
abdome agudo.
Tratamento
São numerosos os medicamentos atualmente disponíveis para o tratamento da amebíase.
De conformidade com a sede do seu efeito terapêutico máximo e com o modo de ação
sobre a E. histolytica, eles podem ser resumidos conforme os pontos ou modos de ação:
1. Amebicidas de ação direta, não-absorvíveis e eficazes na luz intestinal: derivados da
hidroxiquinoleína, derivados arsenicais, haloacetaminas.
2. Amebicidas de ação indireta, eficazes na luz e na parede do intestino: antibióticos.
3. Amebicidas de ação tissular, eficazes não só na parede do intestino como também no
fígado: emetina, desidroemetina, tetra-amino-quiloneínas (cloroquina).
4. Amebicidas eficazes em todas as localizações: derivados imidazólicos.
Profilaxia
A profilaxia da amebíase comporta medidas gerais e individuais. As gerais objetivam o
saneamento do meio e incluem providências como a adequada remoção de dejetos
humanos e fornecimento de água não-contaminada à população; uso de instalações
sanitárias para remoção das fezes; proibição de fezes humanas como adubo; educação
sanitária da população; inquéritos epidemiológicos para descoberta das fontes de infecção;
tratamento dos indivíduos parasitados, doentes ou portadores sãos, mormente se forem
manipuladores de alimentos.
As medidas individuais são representada pela filtração ou fervura da água usada na
alimentação; lavagem dos vegetais com água não-contaminada ou água fervida; não
ingestão de vegetais crus, procedentes de focos de infecção; proteção dos alimentos
contra moscas e baratas; lavagem cuidadosa das mãos após a defecação e antes das
refeições.
Por: Denis Soares