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AMÉRICA DO SUL E ÁFRICA: UM OLHAR PRÓPRIO. LIVROS PARA CONHECER OS DOIS CONTINENTES. SOUTH AMERICA AND AFRICA: THROUGH OUR OWN EYES. BOOKS TO DISCOVER THE TWO CONTINENTS. AMERICA DEL SUR Y ÁFRICA: UNA MIRADA PROPRIA. LIBROS PARA CONOCER LOS DOS CONTINENTES. AMÉRIQUE DU SUD ET AFRIQUE: UN REGARD À NOUS. LIVRES POUR CONNAÎTRE LES DEUX CONTINENTS.

América do Sul e África

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  • AMRICA DO SUL E FRICA:UM OLHAR PRPRIO.LIVROS PARA CONHECER OSDOIS CONTINENTES.

    SOUTH AMERICA AND AFRICA:THROUGH OUR OWN EYES.BOOKS TO DISCOVER THE TWOCONTINENTS.

    AMERICA DEL SUR Y FRICA:UNA MIRADA PROPRIA.LIBROS PARA CONOCER LOS DOSCONTINENTES.

    AMRIQUE DU SUD ET AFRIQUE:UN REGARD NOUS.LIVRES POUR CONNATRE LES DEUXCONTINENTS.

  • MINISTRIO DAS RELAES EXTERIORES

    Ministro de Estado Embaixador Celso Amorim

    Secretrio-Geral Embaixador Samuel Pinheiro Guimares

    Subsecretrio-GeralPoltico II Embaixador Roberto Jaguaribe

    Diretor do Departamentode Mecanismos Regionais Embaixador Gilberto Fonseca Guimares de Moura

    FUNDAO ALEXANDRE DE GUSMO

    Presidente Embaixador Jeronimo Moscardo

    A Fundao Alexandre de Gusmo, instituda em 1971, uma fundao pblica vinculada aoMinistrio das Relaes Exteriores e tem a finalidade de levar sociedade civil informaessobre a realidade internacional e sobre aspectos da pauta diplomtica brasileira. Sua misso promover a sensibilizao da opinio pblica nacional para os temas de relaes internacionaise para a poltica externa brasileira.

    Ministrio das Relaes ExterioresEsplanada dos Ministrios, Bloco HAnexo II, Trreo, Sala 170170-900 Braslia, DFTelefones: (61) 3411-6033/6034Fax: (61) 3411-9125Site: www.funag.gov.br

  • Braslia, 2009

    Amrica do Sul e frica: um olharprprio.Livros para conhecer os doiscontinentes.

    South America and Africa: through our own eyes.Books to discover the two continents.

    America del Sur y frica: una mirada propria.Libros para conocer los dos continentes.

    Amrique du Sud et Afrique: un regard nous. Livres pour connatre les deux continents.

  • Copyright , Fundao Alexandre de Gusmo

    Depsito Legal na Fundao Biblioteca Nacional conformeLei n 10.994, de 14/12/2004.

    Coordenadora:Izabel Patriota Pereira Carneiro

    Equipe Tcnica:Eliane Miranda PaivaMaria Marta Cezar LopesCntia Rejane Sousa Arajo GonalvesErika Silva Nascimento

    Programao Visual e Diagramao:Juliana Orem e Maria Loureiro

    Capa:D. Lane Taylor - Dream

    Impresso no Brasil 2009

    Amrica do Sul e frica : um olhar prprio. Livrospara conhecer os dois continentes /Coordenadora: Izabel Patriota PereiraCarneiro - Braslia, Fundao Alexandre deGusmo, 2009.

    504p.

    ISBN: 97885731-166-9

    1. Amrica do Sul - Bibliografia. 2. frica -Bibliografia. I. Carneiro, Izabel PatriotaPereira, coord I. Ttulo: Amrica do Sul efrica: um olhar prprio. Livros paraconhecer os dois continentes.

    CDU 016(8+6)

    Fundao Alexandre de GusmoMinistrio das Relaes ExterioresEsplanada dos Ministrios, Bloco HAnexo II, Trreo70170-900 Braslia DFTelefones: (61) 3411 6033/6034Fax: (61) 3411 9125Site: www.funag.gov.brE-mail: [email protected]

  • PREFCIO, 9APRESENTAO, 15INTRODUO, 19

    Antropologia, 27

    ARGLIA / Rpublique Algrienne Dmoratique et Populaire, 29ARGENTINA / Repblica Argentina, 29BENIN / Rpublique du Bnin,30BOLVIA / Estado Plurinacional de Bolvia,31BRASIL / Repblica Federativa do Brasil, 33CAMARES / Rpublique du Cameroun,41CHILE / Repblica de Chile,44COSTA DO MARFIM / Rpublique de Cte dIvoire,45GABO / Rpublique Gabonaise, 45GUIANA / Co-operative Republic of Guyana, 48LBIA / Jamahiriya al-Arabiya Al-Libiya Ash-shabiya al-ishtirakiya, 50MARROCOS / Al Mamlaka al-Maghrebiya, 51MOAMBIQUE / Repblica de Moambique, 51PARAGUAI / Repblica del Paraguay, 55QUNIA / Republic of Kenya, 55SENEGAL / Rpublique du Sngal, 55SURINAME / Republic of Suriname, 54

    Sumrio

  • TANZNIA / United Republic of Tanzania, 54VENEZUELA / Repblica Bolivariana de Venezuela, 56ZIMBBUE / Republic of Zimbabwe, 69

    Cincia Poltica, 73

    FRICA DO SUL / Republic of South Africa, 75ARGENTINA / Repblica Argentina, 86BENIN / Rpublique du Bnin, 88BOLVIA / Estado Plurinacional de Bolvia, 90BRASIL / Repblica Federativa do Brasil, 92CABO VERDE / Repblica de Cabo Verde, 96CAMARES / Rpublique du Cameroun, 99CHILE / Repblica de Chile, 99COSTA DO MARFIM / Rpublique de Cte dIvoire, 102GABO / Rpublique Gabonaise, 109GUIANA / Co-operative Republic of Guyana, 112LBIA / Jamahiriya al-Arabiya Al-Libiya Ash-shabiya al-ishtirakiya, 117MARROCOS / Al Mamlaka Al-Maghrebiya, 117MOAMBIQUE / Repblica de Moambique, 120PERU / Repblica del Per, 122QUNIA / Republic of Kenya, 122SENEGAL / Rpublique du Sngal, 123TANZNIA / United Republic of Tanzania, 124TUNSIA / Al-Jumhuriyyah At-Tunisiyyah, 126VENEZUELA / Repblica Bolivariana de Venezuela, 129ZMBIA / Republic of Zambia , 129

    Cultura e Sociedade, 133

    FRICA DO SUL / Republic of South Africa, 135ANGOLA / Repblica de Angola, 144ARGLIA / Rpublique Algrienne Dmocratique et Populaire, 166ARGENTINA / Repblica Argentina, 170BENIN / Rpublique du Bnin, 179BOLVIA/ Estado Plurinacional de Bolvia, 180BRASIL / Repblica Federativa do Brasil, 186

  • CABO VERDE / Repblica de Cabo Verde, 191CAMARES / Rpublique du Cameroun, 194CHILE / Repblica de Chile, 205COLMBIA / Repblica de Colombia, 207COSTA DO MARFIM / Rpublique de Cte dIvoire, 209EGITO/ Jumhurriyah Misr Al-Arabiyah, 216EQUADOR / Repblica del Ecuador, 223GABO / Rpublique Gabonaise, 235GANA / Republic of Ghana, 243GUIANA / Co-operative Republic of Guyana, 250MARROCOS / Al Mamlaka Al-Maghrebiya, 251MOAMBIQUE / Repblica de Moambique, 257NIGRIA / Federal Republic of Nigeria, 275PARAGUAI / Repblica del Paraguay, 282PERU / Repblica del Per, 284QUNIA / Republic of Kenya, 296SENEGAL / Republique du Sngal, 298SURINAME / Republic of Suriname, 314TANZNIA / United Republic of Tanzania, 315TUNSIA / Al-Jumhuriyyah At-Tunisiyyah, 316URUGUAI / Repblica Oriental del Uruguay, 320VENEZUELA / Repblica Bolivariana de Venezuela, 323ZIMBBUE / Republic of Zimbbue, 330

    Economia, 343

    FRICA DO SUL / Republic of South Africa, 345ARGENTINA / Repblica Argentina, 345BOLVIA / Estado Plurinacional de Bolvia, 349BRASIL / Repblica Federativa do Brasil, 350CHILE / Repblica de Chile, 358GUIANA / Co-operative Republic of Guyana, 359MOAMBIQUE / Repblica de Moambique, 366PERU / Repblica del Per, 368SENEGAL / Rpublique du Sngal, 369TANZNIA / United Repblic of Tanzania, 372VENEZUELA / Repblica Bolivariana de Venezuela Histria, 378

  • Histria, 381

    FRICA DO SUL / Republic of South Africa, 383ANGOLA / Repblica de Angola, 386ARGLIA / Rpublique Algrienne Dmocratique et Populaire, 389ARGENTINA / Repblica Argentina, 390BENIN / Rpublique du Bnin, 398BOLVIA / Estado Plurinacional de Bolvia, 400BOTSUANA / Republic of Botswana, 405BRASIL / Repblica Federativa do Brasil, 411CABO VERDE / Repblica de Cabo Verde, 424CAMARES / Rpublique du Cameroun, 431CHILE / Repblica de Chile, 438COSTA DO MARFIM / Rpublique de Cte dIvoire, 438EGITO / Jumhurriyah Misr Al-Arabiyah, 444EQUADOR / Repblica del Ecuador, 448GABO / Rpublique Gabonaise, 457GUIANA / Co-operative Republic of Guyana, 460MARROCOS / Al Mamlaka Al-Maghrebiya, 466PARAGUAI / Repblica del Paraguay, 468PERU / Repblica del Per, 468SENEGAL / Rpublique du Sngal, 471SURINAME / Republic of Suriname, 474TANZNIA / United Republic of Tanzania, 476TUNSIA / Al-Jumhuriyyah at-Tunisiyyah, 478URUGUAI / Repblica Oriental del Uruguay, 486VENEZUELA / Rebblica Bolivariana de Venezuela, 493

    Nota dos coordenadores do presente catlogo:Conquanto tendo presente a orientao de alguns governos em relao padronizaodas grafias do nome do pas nos diversos idiomas, notadamente Cte dIvoire (Costado Marfim) e Cameroun (Camares), optou-se, para facilitar a rpida identificao dopas nos ndices e nos captulos, por utilizar a grafia indicada nos principais dicionriosde lngua portuguesa, uma vez que o destino deste catlogo justamente o meioestudantil e acadmico.

  • 9Prefcio

    Celso AmorimMinistro das Relaes Exteriores

    A poltica externa do Governo do Presidente Lula atribui grandeimportncia aproximao com outros pases em desenvolvimento. O Governobrasileiro tem tentado contribuir para a promoo do desenvolvimento empases mais pobres como forma de tornar a ordem internacional menos injustae a vida das pessoas mais digna. O incremento de coordenao poltica pormeio de mecanismos de cooperao Sul-Sul um dos instrumentos pelosquais o Brasil vem perseguindo esses objetivos.

    Em uma das primeiras viagens do Presidente Lula frica havia surgidoa ideia de realizar uma cpula entre o Brasil e os pases africanos. Em virtudedo comprometimento do Governo brasileiro com a integrao sul-americana,optou-se por promover um encontro entre os dois continentes, a exemplo da1 Cpula Amrica do Sul-Pases rabes, que tinha sido realizada, em Braslia,em abril de 2005.

    Neste esprito, foi combinada com o Presidente Olusegun Obasanjo, daNigria, a realizao da primeira edio da Cpula Amrica do Sul-frica(ASA), em Abuja, em novembro de 2006. O encontro deu origem a umfrum de cooperao birregional permanente, que se tornou marco naaproximao entre duas regies do mundo em desenvolvimento quecompartilham laos histricos, tnicos e culturais.

    Novas geometrias multilaterais ajudam a democratizar as relaesinternacionais e trazem benefcios econmicos para os pases em

  • 10

    PREFCIO

    desenvolvimento. Mas no s disso que se trata. A Cpula ASA trata deaproximar povos que, a um primeiro olhar esto distantes, mas que em muitose assemelham e que padecem dos mesmos problemas.

    Entre os propsitos do mecanismo de coordenao ASA est oestreitamento dos contatos entre comunidades acadmicas erepresentantes da sociedade civil dos pases africanos e sul-americanos.A realizao da II Conferncia dos Intelectuais da Dispora (CIAD) emSalvador, em julho de 2006, j havia antecipado essa preocupao doGoverno brasileiro. Iniciativas como a edio deste catlogo de refernciasbibliogrficas ajudam os povos das duas regies a se enxergarem e a seconhecerem.

    Amrica do Sul e frica: um olhar prprio Livros para conheceros dois continentes contribuir para a difuso recproca de vises sobrehistria e cultura de pases ligados pelo Atlntico. O lanamento deste catlogocoincide com a segunda edio da Cpula da ASA, que se realizar, destavez, na Amrica do Sul na Venezuela. uma outra contribuio brasileira aum esforo de aproximao entre sul-americanos e africanos que transcendeo campo diplomtico e tenta alcanar uma dimenso verdadeiramente humanada poltica internacional.

    Celso AmorimMinister of External Relations

    President Lula da Silvas foreign policy attaches great importanceto forging closer ties with other developing countries. The Braziliangovernment has sought to promote development in poorer countries asa way of reducing injustice in the international order and enhancingpeoples dignity. Increased political coordination through South-Southcooperation mechanisms is just one of the instruments Brazil has appliedto this end.

    The idea for a summit between Brazil and African countries firstemerged during one of President Lulas early visits to Africa. Given theBrazilian governments commitment to South American integration atthe time, a decision was made to organize a meeting between the twocontinents similar to the 1st South America-Arab Countries Summit heldin Brasilia, in April 2005.

  • 11

    AMRICA DO SUL E FRICA: UM OLHAR PRPRIO

    It was in this spirit that agreement was reached with NigerianPresident Olusegun Obasanjo to sponsor the first edition of the Africa-South America Summit (ASA) in Abuja, in November 2006. The meetinggave rise to a permanent bi-regional cooperation forum, which becamea framework for promoting closer relations between two developingregions with historical, ethnic and cultural links.

    New multilateral channels contribute to democratizing internationalrelations and generating economic benefits for developing countries. Butnot only this. The ASA Summit strives to draw peoples who, at firstglance, stand at a distance, but who in fact are similar in many ways andface the same challenges.

    One of the objectives of the AFRAS coordination mechanism is tostrengthen the bond between the academic communities and civil societyrepresentatives of Africa and South America. The 2nd Conference ofIntellectuals from Africa and the Diaspora (CIAD) in Salvador, in July2006, anticipated this very concern of the Brazilian government.Initiatives such as the publication of the bibliographic reference catalogueencourage the peoples of both regions to gain a new appreciation andlearn more about each other.

    South America and Africa: through our own eyes. Books to discoverthe two continents will contribute to a reciprocal dissemination of thehistory and cultures of countries bridged by the Atlantic Ocean. Therelease of the catalogue coincides with the second edition of the AFRASSummit, scheduled on this occasion to be held in South America inVenezuela. The initiative represents another of Brazils contributions toapproximating South America and Africa through an effort thattranscends the diplomatic arena and strives for a genuinely humandimension of international politics.

    Celso AmorimMinistro de Relaciones Exteriores

    La poltica exterior del Gobierno del Presidente Lula atribuye granimportancia a la aproximacin con otros pases en desarrollo. El Gobiernobrasileo ha tratado de contribuir a la promocin del desarrollo en pasesms pobres para tratar de que el orden internacional sea menos injusto

  • 12

    PREFCIO

    y la vida de las personas ms digna. El aumento de la coordinacinpoltica por medio de mecanismos de cooperacin Sur-Sur es uno de losinstrumentos mediante los cuales Brasil viene persiguiendo esos objetivos.

    En uno de los primeros viajes del Presidente Lula a frica habasurgido la idea de realizar una cumbre entre Brasil y los pases africanos.En virtud del compromiso del Gobierno brasileo con la integracinsuramericana, se opt por promover un encuentro entre los doscontinentes, siguiendo el ejemplo de la 1 Cumbre Amrica del SurPasesrabes, que haba sido realizada en Brasilia, en abril de 2005.

    Dentro de ese espritu, fue acordada con el Presidente OlusegunObasanjo, de Nigeria, la realizacin de la primera edicin de la CumbreAmrica del Sur-frica (ASA), en Abuja, en noviembre de 2006. Elencuentro permiti la creacin de un foro de cooperacin birregionalpermanente, que se convirti en un marco en la aproximacin entre dosregiones del mundo en desarrollo que comparten lazos histricos, tnicosy culturales.

    Nuevas geometras multilaterales ayudan a democratizar lasrelaciones internacionales y traen beneficios econmicos para los pasesen desarrollo. Pero no es slo de eso de lo que se trata. La Cumbre ASAtiene entre sus objetivos aproximar pueblos que, en una primera miradaestn distantes, pero que se asemejan mucho y que padecen los mismosproblemas.

    Entre los propsitos del mecanismo de coordinacin ASA est elestrechamiento de los contactos entre comunidades acadmicas yrepresentantes de la sociedad civil de los pases africanos ysuramericanos. La realizacin de la II Conferencia de los Intelectualesde la Dispora (CIAD) en Salvador, en julio de 2006, ya haba anticipadoesa preocupacin del Gobierno brasileo. Iniciativas como la edicin deeste catlogo de referencias bibliogrficas ayudan los pueblos de las dosregiones a percibirse y conocerse.

    Amrica del Sur y frica: una mirada propria. Libros para conocerlos dos continentes contribuir para la difusin recproca de visionessobre historia y cultura de pases ligados por el Atlntico. El lanzamientode este catlogo coincide con la segunda edicin de la Cumbre de laASA, que se realizar, en esta ocasin, en Amrica del Sur en Venezuela.Es otra contribucin brasilea a un esfuerzo de aproximacin entresuramericanos y africanos que transciende el campo diplomtico y trata

  • 13

    AMRICA DO SUL E FRICA: UM OLHAR PRPRIO

    de alcanzar una dimensin verdaderamente humana de la polticainternacional.

    Celso AmorimMinistre des Affaires Etrangres

    La politique extrieure du Prsident Lula a attribu une grandeimportance au rapprochement avec les autres pays en dveloppement.Le Gouvernement brsilien dploie tous ses efforts pour contribuer lapromotion du dveloppement dans les pays les plus pauvres afin de rendrelordre international moins injuste et la vie des personnes plus digne.Lamplification de la coordination politique au moyen des mcanismesde coopration Sud-Sud est lun des instruments par lesquels le Brsilpoursuit ces objectifs.

    Lide dun sommet entre le Brsil et les pays africains avait surgi loccasion de lun des premiers voyages du Prsident Lula en Afrique.Mais, en vertu de lengagement du Gouvernement brsilien enverslintgration sud-amricaine, il a t dcid de promouvoir une rencontreentre les deux continents, lexemple du 1er Sommet Amrique du Sud-Pays Arabes qui avait eu lien en avril 2005 Brasilia.

    Dans cet esprit, la ralisation de la premire dition du SommetAmrique du Sud-Afrique (ASA), Abuja, a t convenue avec lePrsident du Nigeria, Olusegun Obasanjo, pour novembre 2006. Cetterencontre a donn naissance au forum de coopration bi-rgionalepermanente, qui constitue un jalon dans le resserrement des relationsentre ces deux rgions du monde en dveloppement partageant des lienshistoriques, ethniques et culturels.

    De nouvelles gomtries multilatrales aident certainement dmocratiser les relations internationales et apportent des bnficesconomiques aux pays en dveloppement. Mais ce nest pas tout. Lesommet ASA cherche rapprocher des peuples qui, un premier regard,sont distants, mais qui se ressemblent beaucoup et qui souffrent des mmesproblmes.

    Lun des objectifs du mcanisme de coordination ASA est celui defavoriser les contacts entre les communauts academiques et lesreprsentants de la socit civile des pays africains et sud-amricains.

  • 14

    PREFCIO

    La ralisation de la 2me Confrence des Intellectuels de la Diaspora(CIAD) en juillet 2006, Salvador, annonait dj ce dsir duGouvernement brsilien. Des initiatives telles que ldition de cecatalogue de rfrences bibliographiques aident les peuples des deuxrgions se voir et se connatre lun lautre.

    Amrique du Sud et Afrique: un regard nous. Livres pour connatreles deux continents contribuera la diffusion rciproque de visions surlhistoire et la culture de pays lis par lAtlantique. Le lancement de cecatalogue concide avec la deuxime dition du Sommet de lASA qui setiendra, cette fois-ci, en Amrique du Sud au Venezuela. Voil encoreune contribution brsilienne leffort de rapprochement entre les Sud-amricains et les Africains qui va au-del du domaine diplomatique etessaie datteindre une dimension vritablement humaine de la politiqueinternationale.

  • 15

    Apresentao

    Roberto JaguaribeSubsecretrio-Geral Poltico II

    A criao da Cpula Amrica do Sul - frica (ASA), em 2006, constituiuoportunidade histrica para que frica e Amrica do Sul criassem um espaoprprio de cooperao, de parceria e solidariedade que, alm da ampliaodo conhecimento recproco e da ampliao do intercmbio inter-regional,permitisse, ademais, maior visibilidade e insero global de ambas as regies.

    Amrica do Sul e frica tm desafios similares de desenvolvimento.Diversas so as coincidncias nas questes scio-econmicas que afligemambos os continentes. O combate fome e pobreza, a garantia da seguranaalimentar e a luta pela igualdade social so desafios comuns e que podem sebeneficiar da cooperao Sul-Sul, que, a um s tempo, linha de defesa eelemento de presso contra as distores na ordem mundial.

    A II Cpula Amrica do Sul-frica, na Venezuela, em setembro desteano, permitir reafirmar nosso compromisso em fazer de nossos continentesum eixo central das relaes Sul-Sul. Queremos compartilhar experincias elies, somar esforos e unir capacidades. S assim nos tornaremos atoresna transformao da atual ordem mundial.

    o momento, portanto, de africanos e sul-americanos se dedicaremconjuntamente a propor novos padres de desenvolvimento econmico esocial. A ordem mundial no mais moldada por algumas poucas economiasdominantes. Sem os pases em desenvolvimento no ser possvel a aberturade um novo ciclo de expanso que combine crescimento e justia social.

  • 16

    APRESENTAO

    O trabalho de cooperao e juno de foras requer conhecimento mtuo,requer compreenso das diferenas e dos potenciais. Este o intuito dessaobra Amrica do Sul e frica: um olhar prprio. Livros para conheceros dois continentes, possibilitar o aprofundamento da aproximao e ofortalecimento do dilogo entre os pases africanos e sul-americanos.

    Roberto JaguaribeUndersecretary General for Political Affairs II

    The creation of the Africa South America Summit (AFRAS) in 2006presented Africa and South America with a historic opportunity to forgean independent framework for cooperation, partnership and solidaritythat, in addition to bolstering mutual knowledge and inter-regionalexchanges, could provide both regions with greater visibility and ensuremore effective insertion in the global order.

    Africa and South America confront similar development challenges.The array of coincidental socioeconomic questions affecting bothcontinents is vast. Combating poverty, ensuring food security and fightingfor social equality are just some of the common challenges that couldbenefit from South-South cooperation, which represents at once abulwark and a pressure point against the distortions of the world order.

    The II Africa South America Summit in Venezuela, in September ofthis year, will give us the chance to reaffirm the commitment to transformour two continents into a central axis of South-South relations. We seekto share experiences and lessons, to marshal efforts and to combinecapacities. It is only through these efforts that we can become actors inreshaping the current world order.

    This is a time, therefore, for Africans and South Americans to join indedicating themselves to proposing new standards of economic and socialdevelopment. The world order is no longer molded by a few dominanteconomies. Without the participation of developing nations, launching anew cycle of economic expansion that combines growth with social justicewill not be possible.

    Cooperation and joining of forces require mutual knowledge, requirea full grasp of our differences and potential. This is the goal of SouthAmerica and Africa: through our own eyes. Books to discover the two

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    AMRICA DO SUL E FRICA: UM OLHAR PRPRIO

    continents, to spur closer relations and to augment the dialogue betweenAfrican and South American nations.

    Roberto JaguaribeSubsecretario General Poltico II

    La creacin de la Cumbre Amrica del Surfrica (ASA), en 2006,constituy una oportunidad histrica para que frica y Amrica delSur crearan un espacio propio de cooperacin, de alianza y desolidaridad que, adems de la ampliacin del conocimiento recprocoy de la profundizacin del intercambio interregional, permitiera,tambin, una mejor visibilidad e una mayor insercin global de ambasregiones.

    Amrica del Sur y frica tienen desafos similares de desarrollo. Sondiversas las coincidencias en las cuestiones socioeconmicas que afligena ambos continentes. El combate al hambre y a la pobreza, la garantade la seguridad alimentaria y la lucha por la igualdad social son desafoscomunes y que pueden beneficiarse con la cooperacin Sur-Sur, que, almismo tiempo, es lnea de defensa y elemento de presin contra lasdistorsiones en el orden mundial.

    La II Cumbre Amrica del Surfrica, en Venezuela, en septiembrede este ao, permitir reafirmar nuestro compromiso de transformar anuestros continentes en un eje central de las relaciones Sur-Sur. Queremoscompartir experiencias y lecciones, sumar esfuerzos y unir capacidades.Slo as nos convertiremos en actores en la transformacin del actualorden mundial.

    Es el momento, por lo tanto, de que africanos y suramericanos sedediquen conjuntamente a proponer nuevos modelos de desarrolloeconmico y social. El orden mundial no es ms moldeado por algunaspocas economas dominantes. Sin los pases en desarrollo no ser posiblela apertura de un nuevo ciclo de expansin que combine crecimiento yjusticia social.

    El trabajo de cooperacin e incorporacin de fuerzas requiereconocimiento mutuo, requiere comprensin de las diferencias y de lospotenciales. Ese es el objetivo de esta obra Amrica del Sur y frica:una mirada propria. Libros para conocer los dos continentes, permitir

  • 18

    APRESENTAO

    la profundizacin de la aproximacin y el fortalecimiento del dilogoentre los pases africanos y suramericanos.

    Roberto JaguaribeSous-Scrtaire Gnral Politique II

    La cration du Sommet Amrique du Sud Afrique (ASA), en 2006, aconstitu une opportunit historique pour que lAfrique et lAmrique duSud crent leur propre espace de coopration, de partenariat et de solidaritqui, outre lamplification de la connaissance rciproque et de lchangemutuel, confre galement une plus grande visibilit et contribue linsertionglobale des deux rgions.

    LAmrique du Sud et lAfrique doivent faire face des dfis similairesen terme de dveloppement. Les concidences entre les questions socio-conomiques qui affligent les deux continents sont nombreuses. Le combatcontre la faim et la misre, lassurance de la scurit alimentaire et la luttepour lgalit sociale sont des dfis communs qui peuvent bnficier de lacoopration Sud-Sud, et qui constituent, est en mme temps, une ligne etdfense et un lment de pression contre les distorsions dans lordre mondial.

    Le IIe Sommet Amrique du Sud-Afrique, qui se tiendra au Venezuela,en septembre de cette anne, nous permettra de raffirmer notre engagementde faire de nos deux continents un axe central des relations Sud-Sud. Nousvoulons partager expriences et apprentissages, joindre nos efforts et unirnos capacits. Ce nest quainsi que nous pourrons devenir des acteurs dansla transformation de lordre social actuel.

    Cest donc le moment pour nous Africains et Sud-Amricains de nousconsacrer ensemble proposer de nouveaux modles de dveloppementconomique et social. Lordre mondial nest plus dtermin par un nombrerduit dconomies dominantes. Sans les pays en dveloppement il ne seraitpas possible de produire un nouveau cycle dexpansion combinant croissanceet justice sociale.

    Le travail de coopration et lunion de forces exigent une connaissancemutuelle et la comprhension des diffrences et des potentialits. Lobjectifde louvrage Amrique du Sud et Afrique: un regard nous. Livres pourconnatre les deux continents est donc de permettre lapprofondissementet le renforcement du dialogue entre les pays africains et sud-amricains.

  • 19

    Introduo

    Gilberto Fonseca Guimares de MouraDiretor do Departamento de Mecanismos Regionais

    A ideia de se lanar um projeto editorial brasileiro para ser distribudopor ocasio da II Cpula Amrica do Sul frica (ASA), teve como principalobjetivo, desde o incio, o de evitar a manuteno dos esteretipos culturaise das informaes distorcidas a respeito das duas Regies, no esforo depromover o conhecimento e a compreenso mtua.

    Pensou-se inicialmente em editar um Catlogo Bibliogrfico com obrasde referncia dos pases da Amrica do Sul e da frica a partir de sugestesrecolhidas por meio de consulta s Representaes Diplomticas Brasileiras,somadas ao aporte de alguns acadmicos nacionais. Embora a lista de obrassugeridas fosse extensa, verificou-se que, com exceo da lista de autoresbrasileiros, a seleo relativa aos demais pases membros da ASA poderiano refletir o olhar prprio, e sim o olhar do outro, do estrangeiro, a respeitodos diferentes pases.

    No intuito de tornar o Catlogo mais representativo dos 65 pases daASA, abriu-se o projeto participao direta dos Governos dos Estadosque integram o Mecanismo bi-regional. Para tanto, foram realizadas duasreunies no Itamaraty, com representantes diplomticos dos pases de ambasas regies, para o estabelecimento de metodologia comum, que orientasse aseleo de obras de referncia. A expectativa era a de que cada pascontribusse com uma lista de referncia, privilegiando os aspectos perenesdas culturas nacionais. O Catlogo constituiria, assim, uma espcie de vitrine

  • 20

    INTRODUO

    editorial, espelhando a diversidade cultural e a produo intelectual dos doiscontinentes: uma aproximao entre as naes, com base em uma bibliografianacional.

    Por motivos tcnicos de editorao, ficou estabelecido que cada pasindicaria aproximadamente 20 ttulos, dez dos quais com resenhas e osdemais apenas com os dados bibliogrficos, que abordassem diferentesaspectos do conhecimento humanstico, tais como Antropologia, CinciaPoltica, Cultura / Sociedade, Economia e Histria. Embora em um primeiromomento o projeto editorial no contemplasse uma seo especfica paraLiteratura, ficou acordado que os pases que desejassem incluir obrasliterrias e poticas poderiam faz-lo no captulo intitulado Cultura eSociedade.

    Ao se analisar o material recebido de algumas Chancelarias, deparou-se com uma srie de dificuldades editoriais, sobretudo de catalogao eclassificao das obras em uma das cinco sees propostas, devido transversalidade dos estudos no campo das cincias humanas. Dessa forma,certos livros poderiam fazer parte tanto de um captulo sobre economia,quanto de um sobre poltica, ou histria, e assim por diante. Alm disso,optou-se pela incluso de todos os ttulos sugeridos, mesmo correndo-se orisco de apresentar uma seleo que pudesse, eventualmente, no alcanarum padro metodolgico ideal. Partiu-se, nesse exerccio, do princpio deque em uma iniciativa conjunta deve-se buscar resultado que acomodediferentes percepes. Foi essa a postura que prevaleceu no presentetrabalho.

    Diante da dificuldade em se obter uma lista de cada um dos 65 pasesda ASA, props-se uma primeira verso eletrnica do catlogo, para queoutros pases se sentissem motivados a participar dessa iniciativa. O formatoeletrnico apresenta algumas vantagens, entre as quais a de no ser umproduto acabado, definitivo, mas que permite incorporar, a qualquermomento, novas contribuies. Dessa forma, o presente catlogobibliogrfico intitulado Amrica do Sul e frica: Um olhar prprio. Livrospara conhecer os dois continentes - estar disponvel no stio web: http://www2.mre.gov.br/asa, podendo receber novos aportes, at o momentode sua publicao.

    Antes de finalizar, deixo registrado meu agradecimento especial responsvel pela coordenao deste trabalho, Izabel de Aguiar Patriota PereiraCarneiro, minha colaboradora no DMR, por sua dedicao e competncia.

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    AMRICA DO SUL E FRICA: UM OLHAR PRPRIO

    Nesta tarefa contou com o apoio dos jovens diplomatas Mariana LobatoBenvenuti, Eduardo Bigidi de Mello e Marco Kenzo Bernardy, da Sra. Mnicade Almeida, bem como de outros colaboradores e amigos do Departamentode Mecanismos Regionais.

    Gilberto Fonseca Guimares de MouraDirector of the Department of Regional Mechanisms

    The idea to launch a Brazilian editorial project for distributionat the II ASA Summit (Africa South America Summit) was primarilyintended, from the outset, to counter the cultural stereotypes anddistorted information disseminated on the two Regions, in order topromote enhanced knowledge and mutual understanding.

    Initially, the proposal involved developing a BibliographicCatalogue of the key works of South American and African countriesbased on the recommendations arising from consultations withBrazilian Diplomatic Missions, in conjunction with the contributionsof selected national scholars. Although the process generated anextensive body of suggested works, a concern emerged that, with theexception of the Brazilian list, the selection criteria might not reflecta genuinely autochthonous viewpoint, but rather an external frameof reference, a foreign perspective.

    With a view to making the Catalogue more representative of the65 ASA nations, the project was opened to the direct participation ofthe bi-regional Mechanisms member state governments. To this end,two meetings were held at Itamaraty Palace with diplomaticrepresentatives of both regions to establish a common methodologyto guide the selection process. The hope was that each country wouldcontribute a list of key works that emphasized the enduring aspectsof its national culture. The Catalogue would thus constitute aneditorial window reflecting the cultural diversity and intellectualoutput of the two regions: the convergence of nations throughconsolidated national bibliographies.

    For editorial reasons, it was agreed that each country wouldsubmit aproximately 20 titles, of which 10 would be accompanied bysummaries, while the remaining would include only the bibliographic

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    INTRODUO

    citation, spanning different areas of humanistic study: Anthropology,Political Science, Culture/Society, Economics, and History. Althoughthe editorial project did not originally include a specific section onLiterature, the participating countries decided that those wishing toreference literary works could do so in the chapter on Culture/Society.

    An examination of the material received from a number of ForeignMinistries exposed a series of editorial challenges, specifically inrespect to the cataloguing and classification of the works under eachof the 5 proposed sections, due primarily to the transversality of thehumanities submissions. In short, a number of books could just aseasily inhabit the chapter on economics as the section on politics orhistory, and so forth. In addition, the decision was made to includeall of the title submissions, even at the risk of offering up a selectionthat fell short of the ideal methodological standard. This decisionwas founded on the view that a joint initiative should strive foroutcomes that accommodate distinct perspectives. Indeed, thisapproach served as a guiding principle of the project.

    Given the difficulties in obtaining a list from each of the 65 ASAmember states, a proposal was put forth to publish a preliminaryelectronic version of the Catalogue to stimulate participation by othercountries in the initiative. The electronic format offers a number ofadvantages, among them, its unfinished, impermanent nature andthe possibility of incorporating new contributions at any time. Withthis in mind, the present Bibliographic Catalogue titled SouthAmerica and Africa: through our own eyes. Books to discover thetwo continents.

    Before concluding, allow me to extend a special note of gratitudeto the project's coordinator, Izabel de Aguiar Patriota PereiraCarneiro, my associate at the DMR, for her dedication andprofessionalism, to the young diplomats who supported her in thisendeavor, Mariana Lobato Benvenuti, Eduardo Brigidi de Mello andMarco Kenzo Bernardy, as well as to Mrs. Mnica de Almeida andother associates and friends of the Department of RegionalMechanisms.

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    AMRICA DO SUL E FRICA: UM OLHAR PRPRIO

    Gilberto Fonseca Guimares de MouraDirector del Departamento de Mecanismos Regionales

    La idea de lanzar un proyecto editorial brasileo para ser distribuido enocasin de la II Cumbre de la ASA (Cumbre Amrica del Sur-frica), tuvocomo objetivo principal, desde el inicio, evitar el mantenimiento de losestereotipos culturales y de las informaciones distorsionadas sobre las dosRegiones, con vistas a promover el conocimiento y la comprensin mutua.

    Inicialmente se pens en editar un Catlogo Bibliogrfico con obrasde referencia de los pases de Amrica del Sur y de frica partiendo desugerencias recogidas en consulta a las Representaciones DiplomticasBrasileas, sumadas al aporte de algunos acadmicos nacionales. Aunquela lista de obras sugeridas era extensa, se verific que, a excepcin de lalista de autores brasileos, era probable que la seleccin relativa a losdems pases miembros de la ASA no reflejara la mirada autctona, y sla mirada del otro, del extranjero, sobre los diferentes pases.

    Con el objetivo de que el Catlogo fuera ms representativo de los65 pases de la ASA, se abri el proyecto a la participacin directa de losGobiernos de los Estados que integran el Mecanismo birregional. Enese sentido, fueron realizadas dos reuniones en el Itamaraty, conrepresentantes diplomticos de los pases de ambas regiones, para elestablecimiento de una metodologa comn, que orientara la seleccinde obras de referencia. La expectativa era que cada pas contribuyeracon una lista de referencia, concediendo privilegio a los aspectos perennesde las culturas nacionales. El Catlogo constituira, de esta forma, unaespecie de vitrina editorial, reflejando la diversidad cultural y laproduccin intelectual de los dos continentes: una aproximacin entrelas naciones, con base en una bibliografa nacional.

    Por motivos tcnicos de edicin, qued establecido que cada pasindicara aproximadamente 20 ttulos, diez de los cuales con reseas ylos dems apenas con los datos bibliogrficos, que trataran sobrediferentes aspectos del conocimiento humanstico, tales comoAntropologa, Ciencia Poltica, Cultura / Sociedad, Economa e Historia.Aunque en un primer momento el proyecto editorial no incluyera unaseccin especfica sobre Literatura, fue acordado que los pases quedesearan incluir obras literarias y poticas podran hacerlo en el captulotitulado Cultura y Sociedad.

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    INTRODUO

    Al ser analizado el material recibido de algunas Cancilleras, sepresentaron una serie de dificultades editoriales, principalmente decatalogacin y clasificacin de las obras en una de las cinco seccionespropuestas, debido al carcter transversal de los estudios en el campo delas ciencias humanas. De esta forma, algunos libros podran formar partetanto de un captulo sobre economa como de otro sobre poltica, o sobrehistoria, entre otros temas. Adems de esto, se opt por la inclusin detodos los ttulos sugeridos, inclusive corrindose el riesgo de presentaruna seleccin que pudiera, eventualmente, no alcanzar un nivelmetodolgico ideal. Se parti, en ese ejercicio, del principio de que en unainiciativa conjunta deben ser buscados resultados que acomoden diferentespercepciones. Esa fue la posicin que prevaleci en el presente trabajo.

    Frente a la dificultad en obtener una lista de cada uno de los 65pases de la ASA, se propuso una primera versin electrnica del catlogo,para que otros pases se sintieran motivados a participar en estainiciativa. El formato electrnico presenta algunas ventajas, entre lascuales se encuentra la de no ser un producto terminado, definitivo, sinoque permite incorporar, en cualquier momento, nuevas contribuciones.De esta forma, el presente catlogo bibliogrfico titulado Amrica delSur y frica: Una mirada propria. Libros para conocer los doscontinentes estar disponible en el sitio web: http://www2.mre.gov.br/asa, pudiendo recibir nuevos aportes, hasta el momento de su publicacin.

    Antes de concluir, quisiera dejar registrado mi agradecimiento especiala la responsable por la coordinacin de este trabajo, Izabel de Aguiar PatriotaPereira Carneiro, mi colaboradora en el DMR, por su dedicacin ycompetencia. En esta tarea cont com el apoyo de los jvenes diplomticosMariana Lobato Benvenuti, Eduardo Brigidi de Mello, Marco Kenzo Bernardy,as como con la colaboracin de la Sra. Mnica de Almeida y otrosfuncionarios y amigos del Departamento de Mecanismos Regionales.

    Gilberto Fonseca Guimares de MouraDirecteur du Dpartement de Mcanismes Rgionaux

    Lide de lancer un projet ditorial brsilien pour tre distribu loccasion du IIe Sommet de lASA (Sommet Amrique du Sud Afrique) aeu, ds le dbut, pour principal objet dviter le maintien des clichs

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    AMRICA DO SUL E FRICA: UM OLHAR PRPRIO

    culturels et des informations tendancieuses sur les deux Rgions, dans uneeffort pour promouvoir la connaissance et la comprhension mutuelles.

    Nous avons pens dabord diter un Catalogue Bibliographiqueavec des ouvrages de rfrence des pays dAmrique du Sud et dAfrique partir des suggestions cueillies au moyen de consultations faites auxReprsentations Diplomatiques Brsiliennes, auxquelles se sont ajoutesdautres proposes par quelques intellectuels brsiliens. En dpit du faitque linventaire des ouvrages suggrs tait vaste, nous avons constatqu lexception de celui qui concernait les auteurs brsiliens, il pouvaitreflter, au contraire de ce que nous avions souhait, le regard de lautre,de ltranger, au lieu de traduire le regard autochtone sur lhistoire, lapolitique, lconomie, et la culture des diffrents pays.

    Dans lintention de rendre le Catalogue des 65 pays de lASA plusreprsentatif, le projet a t ouvert la participation directe desGouvernements des Etats faisant partie du Mcanisme bi-rgional. Acet effet, deux runions ont t tenues lItamaraty avec les reprsentantsdiplomatiques des deux rgions en vue de ltablissement dunemthodologique commune visant la slection des ouvrages de rfrence.Lattente tait que chaque pays, au travers des canaux gouvernementauxcomptents, prsente une liste de rfrence en mettant en valeur lesaspects fondamentaux des cultures nationales. Le Catalogue constituerait,ainsi, une espce de vitrine ditoriale, refltant la diversit culturelle etla production intellectuelle des deux continents: un rapprochement entreles pays, construit partir dune bibliographie nationale.

    Pour des raisons dordre technique concernant lorganisation destextes, il a t tabli que chaque pays indiquerait environ 20 titres, dontdix accompagns de comptes rendus et les autres comportant uniquementdes donnes bibliographiques sur les diffrents aspects de la connaissancehumanistique: Economie, Science Politique, Culture / Socit, Economieet Histoire. Bien que dans un premier moment le projet ditorial neprvoie pas une section spcifique pour la littrature, il a t convenuque les pays voulant inclure des ouvrages littraires et potiquespourraient le faire dans le chapitre intitul Culture et Socit.

    Lanalyse du matriel reu de certaines Chancelleries a rvl unesrie de difficults ditoriales, lies notamment au catalogage et auclassement des ouvrages dans une des cinq sections proposes, en vertude la transversalit des tudes dans le domaine des sciences humaines.

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    INTRODUO

    De ce fait, certains livres pourraient faire partie aussi bien dun chapitresur lconomie que dun autre sur la politique, ou lhistoire, et ainsi desuite. Par ailleurs, il a t dcid dinclure tous les titres, quitte courirle risque de prsenter une slection pouvant ventuellement ne pasatteindre un paradigme mthodologique idal. Ce qui a t retenu commeprincipe dans cet exercice cest que dans une initiative conjointe ce quiimporte cest datteindre un rsultat qui tienne compte de diffrentesperceptions. Cest cette posture qui a prvalu dans le prsent travail.

    Face la difficult dobtenir une liste de chacun des 65 pays membresde lASA, il a t propos que le catalogue soit prsent initialement enversion lectronique, pour encourager dautres pays participer cetteinitiative. Le format lectronique comporte quelques avantages, dontcelui de ne pas tre un produit fini, dfinitif, mais qui permet dincorporer tout moment de nouvelles contributions. Ainsi, le prsent cataloguebibliographique intitul Amrique du Sud et Afrique: Un regard nous.Livres pour connatre les deux continents -, sera disponible sur le siteWeb http://www2.mre.gov.br/asa, et pourra recevoir de nouveauxapports, jusquau moment de sa publication.

    Avant de conclure, je voudrais adresser mes remerciements laresponsable de la coordination de ce travail, Izabel de Aguiar PatriotaPereira Carneiro, ma collaboratrice au DMR, pour son dvouement etsa comptence. Elle a t assite dans cette tche des jeunes diplomatesMariana Lobato Benvenuti, Eduardo Brigidi de Mello et Marco KenzoBernardy, de Mme. Mnica de Almeida, ainsi comme dautrescollaborateurs et amis du Dpartement de Mecanismes Rgionaux.

  • ANTROPOLOGIA

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    Antropologia

    ARGLIA / Rpublique algrienne dmocratique et populaire

    1 MAMMERI, Mouloud. LAhellil du Gourrara. Paris: Maisondes sciences de lhomme, 1995. ISBN: 2-7351- 0107-X.

    ARGENTINA / Repblica Argentina1 - MARTNEZ Sarasola, Carlos. Los hijos de la tierra. Buenos Aires:Editorial EMECE, 2004. 252 p. ISBN: 950-04-2637-4.

    Los hijos de la tierra (Os filhos da terra) narra a vidados povos indgenas argentinos, desde a pr-histriaat os dias de hoje. H milhares de anos, o ser humanoj habitava o solo argentino. Diversas culturas pr-colombianas foram se desenvolvendo at a chegada doconquistador espanhol, no sculo XVI. O lentoprocesso de colonizao e mestiagem com o homembranco, marcado pela luta dura e cruel, deu lugar marginalizao e tambm atual situao derevalorizao tnica.

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    ANTROPOLOGIA

    (EN)Los hijos de la tierra (Children of the Land) tells the story of theindigenous peoples of Argentina from pre-history to the present day. Humansettlement in Argentina dates back thousands of years. A number of pre-Columbian cultures evolved over the centuries up to the arrival of the firstSpanish settlers in the 17th century. The gradual process of colonizationand miscegenation with Europeans, marked by a fierce and cruel struggle,culminated with the marginalization of indigenous peoples and, in time,the current effort to reclaim this ethnic heritage.

    (ES)Los hijos de la tierra narra la vida de los pueblos indgenasargentinos, desde la prehistoria hasta hoy. Hace varios miles de aos, elser humano ya habitaba nuestro suelo. Diversas culturas precolombinasfueron desarrollndose hasta la llegada del conquistador espaol, en elsiglo XVI. El lento proceso de colonizacin y mestizaje con el hombreblanco, marcado por la lucha dura y cruel, dio paso a la marginacin ytambin a la situacin actual de revalorizacin tnica.

    (FR)Cet ouvrage dcrit la vie des peuples indignes de lArgentine, depuisla prhistoire jusqu nos jours. Il y a des millions dannes que ltrehumain habite notre sol. Diverses cultures prcolombiennes se sontdveloppes jusqu larrive des conqurants espagnols. Le processuslent de colonisation et de mtissage avec lhomme blanc, marqu par lalutte dure et cruelle, a conduit la marginalisation et aussi la situationactuelle de revalorisation ethnique.

    BENIN / Rpublique du Bnin

    1 - ADOUKOUNOU, Barthlemy. Jalons pour une thologie africaine:essai dune hermneutique chrtienne du vodun dahomen. Paris: P.Lethielleux, 1980. 250 p. ISBN: 9782283611104.

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    AMRICA DO SUL E FRICA: UM OLHAR PRPRIO

    BOLVIA / Estado Plurinacional de Bolivia1 - ALBO, Xavier. Pueblos indios en la poltica. La Paz: Cipca,Cuadernos de Investigacin 55, 2002. 246 p. ISBN: 9990564310.

    Xavier Alb nasceu em La Garriga (Catalunha, Espanha).No ano de 1951 ingressou na Companhia de Jesus. Em1952 emigrou para a Bolvia e naturalizou-se cidadoboliviano. Doutor em Lingstica e Antropologia pelaUniversidade de Cornell (Nova Iorque) e Doutor emFilosofia pela Universidade Catlica do Equador(Quito), realizou estudos em Cincias Humanas emCochabamba e depois na Universidade Catlica doEquador.

    A obra Pueblos ndios en la poltica (Povos Indgenas na Poltica) contmquatro ensaios sobre a identidade tnica e suas implicaes polticas ouquatro formas de abordar o tema da poltica de identidades, quando elasso tnicas. O aimar (aymara) solidrio, o individualista, o faccionalista:estratgia, manipulao ou paradoxo? Evo Morales, Felipe Quispe, VctorHugo Crdenas. Aimars (Aymaras) entre Bolvia, Peru e Chile. Etnia epoltica na Bolvia, Peru e Equador.

    (EN) Xavier Alb was born in La Garriga (Catalan, Spain). He joined theSociety of Jesus in 1951, and, in 1952, emigrated to Bolivia, subsequentlybecoming a Bolivian citizen. Alb is a Ph.D. in Anthropological Linguisticsfrom Cornell University (New York), and in Philosophy from the UniversidadCatlica del Ecuador (Quito). He conducted research in the Human Sciencesin Cochabamba and at the Universidad Catlica del Ecuador.Pueblos Indios en la Poltica (Indigenous Peoples in Politics) offers fouressays on ethnic identity and its political implications, or, more specifically,four approaches to the politics of ethnic identity. The Aymara of solidarity,the individualist, the factionalist: strategy, manipulation or paradox? EvoMorales, Felipe Quispe, Vctor Hugo Crdenas. Aymaras between Bolivia,Peru and Chile. Ethnicity and politics in Bolivia, Peru and Ecuador.

    (ES) Xavier Alb naci en La Garriga (Catalua, Espaa). En 1951 se hizomiembro de la Compaa de Jess. Emigr a Bolivia en 1952 y se

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    nacionaliz ciudadano boliviano. Doctor en Lingustica y Antropologapor la Universidad de Cornell, Nueva York. Doctor en Filosofa por laUniversidad Catlica del Ecuador, Quito. Realiz estudios enHumanidades en Cochabamba y luego en la Universidad Catlica delEcuador, Quito.Pueblos indios en la poltica contiene cuatro ensayos acerca de laidentidad tnica y sus implicaciones polticas, o cuatro formas de abordarel tema de la poltica de identidades, cuando stas son tnicas. El aymarasolidario, el individualista, el faccionalista: estrategia, manipulacin oparadoja? Evo Morales, Felipe Quispe, Vctor Hugo Crdenas. Aymarasentre Bolivia, Per y Chile. Etnicidad y poltica en Bolivia, Per yEcuador.

    (FR) Xavier Alb est n La Garriga (Catalogne, Espagne). En 1951 estdevenu membre de la Compagnie de Jsus. En 1952, il a migr enBolivie et sest naturalis citoyen bolivien. Docteur en Linguistique et enAnthropologie de lUniversit de Cornell New York. Docteur enPhilosophie de lUniversit Catholique dEquateur de Quito, il a fait destudes de sciences humaines Cochabamba et ensuite lUniversitCatholique dEquateur (Quito).Louvrage Pueblos indios en la poltica contient quatre essais surlidentit ethnique et ses implications politiques ou quatre maniresdaborder le thme de la politique des identits, lorsquelles sont ethniques.Laymara solidaire, lindividualiste, le factionnaliste: stratgie, manipulationou paradoxe? Evo Morales, Felipe Quispe, Vctor Hugo Crdenas.Aymaras entre Bolivie, Prou et Chili. Ethnie et politique en Bolivie, auProu et en Equateur.

    2 - TICONA Alejo, Esteban. Los Andes desde los Andes. La Paz:Ediciones Yachaywasi, 2003. 208 p. ISBN: 999050380-X.

    3 - DIEZ Astete, Alvaro. Antropologa de Bolivia (sntesis bsica). LaPaz: Secretara Nacional de Educacin, 1996. 112 p.

    4 - RIVERA, Silvia, comp. Y et al. Ser mujer indgena, chola o birlochaen la Bolivia postcolonial de los aos 90. La Paz: Subsecretara deAsuntos de Gnero. 1996. 451 p.

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    BRASIL / Repblica Federativa do BrasilCOSTA E SILVA, Alberto. Um rio chamado Atlntico. 1 edio: 2003.Edio atual: 2005. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005. 287 p.ISBN: 8520915817.

    Costa e Silva nasceu em So Paulo, no ano de 1931.Diplomata, poeta, historiador e romancista, o autor um reconhecido africanlogo, tendo sido eleitoIntelectual do Ano em 2003, o que lhe rendeu o TrofuJuca Pato, da Unio Brasileira de Escritores. umescritor consagrado, com diversas obras sobre a fricapublicadas, entre as quais: A enxada e a lana: africa antes dos Portugueses; As relaes entre oBrasil e a frica Negra, de 1822 Primeira Guerra

    Mundial; e A manilha e o Libambo: A frica e a Escravido, de 1500 a1700.

    Um rio chamado Atlntico rene 20 ensaios sobre as relaes histricasentre o Brasil e a frica Atlntica, abarcando desde o sculo XVI at osculo XIX. A arquitetura, os escravos, os exilados polticos, o comrcio, afora dos escravos muulmanos no Brasil, as simbioses culturais, so temasque perpassam o conjunto da obra e lhe conferem unidade. Essa unidade simbolizada na metfora do Oceano Atlntico como um grande rio, sendo oBrasil e a frica Ocidental suas margens. O autor procede a uma anlise, emque avalia o papel da cultura africana como um dos fundamentos da culturabrasileira, bem como a influncia brasileira na frica, exercida principalmentepelos africanos que retornaram ao continente. A anlise recheada comcuriosidades que transmitem de forma rica e objetiva como essa relao afetouas vidas de milhares de brasileiros e africanos.

    (EN) Costa e Silva was Born in So Paulo, in 1931. A diplomat, poet, historianand novelist, the author is a renowned expert in African Studies. He wasselected the 2003 Intellectual of the Year, and was bestowed with the JucaPato Award by the Brazilian Writers Union. Costa e Silva is an acclaimedauthor of several works on Africa, including: A enxada e a lana: a fricaantes dos portugueses (The Hoe and the Spear: Africa before the

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    Portuguese); As relaes entre o Brasil e a frica Negra, de 1822 Primeira Guerra Mundial (Relations between Brazil and Black Africa from1822 to the First World War); and A manilha e o Libambo: A frica e aEscravido, de 1500 a 1700 (The Shackle and the Iron Collar: Africa andSlavery, from 1500 to 1700).The 20 essays in Um rio chamado Atlntico (A River Called the Atlantic)focus on the history of relations between Brazil and Atlantic Africa fromthe 16th century to the 19th century. Architecture, slaves, political exiles,trade, the influence of Muslim slaves in Brazil and cultural symbiosisrepresent the key themes that permeate and confer unity to the study.That unity is embodied in the metaphor of the Atlantic Ocean as a greatriver, with Brazil and West Africa serving as the rivers margins. The authoranalyzes the role of African culture as a founding element of Brazilianculture, as well as Brazils influence on Africa, conveyed primarily byAfricans returning to the continent. The analysis abounds with trinketsthat provide a rich and objective description of how the relationship affectedthe lives of millions of Brazilians and Africans.

    (ES) Naci en Sao Paulo, en 1931. Diplomtico, poeta, historiador y novelista,el autor es un reconocido africanista, habiendo sido electo como el Intelectualdel Ao en 2003, por lo que le concedieron el Trofeo Juca Pato, de la UninBrasilea de Escritores. Es un autor consagrado, con diversas obras sobrefrica, entre las cuales: A enxada e a lana: a frica antes dos Portugueses(El azadn y la lanza: frica antes de los Portugueses); As relaes entre oBrasil e a frica Negra, de 1822 Primeira Guerra Mundial (Lasrelaciones entre Brasil y el frica Negra, de 1822 a la Primera Guerra Mundial);y A manilha e o Libambo: A frica e a Escravido, de 1500 a 1700.Um rio chamado Atlntico (Un ro llamado Atlntico) rene 20 ensayossobre las relaciones histricas entre Brasil y el frica Atlntica, abarcandodesde el siglo XVI hasta el siglo XIX. La arquitectura, los esclavos, los exiliadospolticos, el comercio, la fuerza de los esclavos musulmanes en Brasil, lassimbiosis culturales son temas que traspasan el conjunto de la obra y le danunidad. Esa unidad es simbolizada en la metfora del Ocano Atlntico comoun gran ro, siendo Brasil y frica Occidental sus mrgenes. El autor realizaun anlisis que evala el papel de la cultura africana como uno de losfundamentos de la cultura brasilea, as como la influencia brasilea en frica,llevada principalmente por los africanos que regresaron al continente. El anlisis

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    AMRICA DO SUL E FRICA: UM OLHAR PRPRIO

    est lleno de curiosidades que transmiten de forma rica y objetiva cmo esarelacin afect la vida de miles de brasileos y africanos.

    (FR) Lauteur est n So Paulo, en 1931. Diplomate, pote, historien etromancier, il est un africanologue de renom, et a t lu Intellectuel de lAnneen 2003, ce qui lui a valu le Trophe Juca Pato, de lUnion Brsilienne desEcrivains. Il a crit divers livres sur lAfrique dont: A enxada e a lana: africa antes dos Portugueses; As relaes entre o Brasil e a frica Negra,de 1822 Primeira Guerra Mundial; et A manilha e o Libambo: A fricae a Escravido, de 1500 a 1700.Um rio chamado Atlntico (Un fleuve quon appelle Atlantique) runit 20essais sur les relations historiques entre le Brsil et lAfrique Atlantique,englobant depuis le XVIe jusquau XIXe sicle. Larchitecture, les esclaves,les exils politiques, le commerce, la force des esclaves musulmans au Brsil,les symbioses sont des thmes abords dans tout le rcit et lui confrent uneunit. Cette unit est symbolise dans la mtaphore de lOcan Atlantique,conu comme un grand fleuve dont les rives sont le Brsil et lAfriqueOccidentale. Lauteur effectue une analyse qui value limportance de la cultureafricaine dans la formation de la culture brsilienne, ainsi que linfluencebrsilienne en Afrique, vhicule par les Africains qui sont retourns dans lecontinent. Lanalyse est remplie de faits curieux qui montrent dune faonriche et objective la manire dont cette relation a affect la vie de milliers deBrsiliens et dAfricains.

    CUNHA, Manuela Carneiro da. Antropologia do Brasil: mito, histriae etnicidade. 1 edio. So Paulo: EDUSP, 1986. 174 p.

    Antroploga especializada no estudo da etnia indgenano Brasil, autora de vrios livros, lecionou emuniversidades nacionais e estrangeiras. Realizouimportante trabalho no Ncleo de Histria Indgena edo Indigenismo da Universidade de So Paulo.A obra em tela faz parte da abordagem tradicional daautora, que expressa o papel ativo dos ndios e dosnegros na histria do Brasil. Trata de temas como aorganizao simblica das sociedades indgenas noPas, a lgica do mito e da ao, a etnicidade, a religio,

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    o comrcio, a identidade tnica, as alforrias dos escravos, a servidovoluntria. Em captulos como A Hora do ndio e Pensar os ndiosantecipa a valorizao das comunidades indgenas que ocorreria na viradado sculo, contrariamente s anlises tradicionais que avaliavam o ndiosem estudos aprofundados. Em artigo publicado na Folha de So Paulo(20.03.2000), Manuela Carneiro da Cunha declarou que pretendamoschamar ateno no s para a presena dos ndios na histria do Brasil,mas tambm para a participao nela segundo uma lgica prpria. Tentamosver de fora e por dentro, como os planos se articulam, como fatos soreapropriados, influenciados e interpretados pelas sociedades indgenas,e que a mobilizao indgena em torno da questo da diversidade biolgicae dos conhecimentos tradicionais nova e importante. Devemos nos deixarsurpreender.

    (EN) An anthropologist specialized in the study of indigenous ethnicity in Braziland the author of several books, Cunha has lectured in national and internationaluniversities. She performed significant work in the field while at the Center forIndigenous History and Indigenism of the Universidade de So Paulo.Antropologia do Brasil: mito, histria e etnicidade (Anthropology of Brazil:Myth, History and Ethnicity) reflects the authors genuine approach, illustratingthe active role of Indians and Afro-Brazilians in the countrys history. Thestudy addresses issues including the symbolic organization of indigenoussocieties in the country, the logic of myth and action, ethnicity, religion, trade,ethnic identity, the freedom of slaves and voluntary servitude. In chapterssuch as A Hora do ndio (The Hour of the Indian) and Pensar os ndios(Thoughts on Indians), Cunha anticipates the revaluing of indigenouscommunities that would occur at the turn of the century, in contrast to thetraditional analytical approach in which the examination of indigenous peopleslacked in-depth consideration. In an article published in the Folha de SoPaulo (March 20, 2000), Manuela Carneiro da Cunha states, Our intentionwas not only to call attention to the presence of Indians in Brazilian history butto their participation in that history based on a singular logic. We endeavoredto examine, inside and out, how the different spheres intersect, how eventsare re-appropriated, influenced and interpreted by indigenous societies, andthe fact that indigenous mobilization on the issue of biological diversity andtraditional knowledge is new and important. We must allow ourselves to besurprised.

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    (ES) Antroploga especializada en el estudio de la etnia indgena en Brasil,autora de varios libros, fue profesora en universidades nacionales y extranjeras.Realiz un importante trabajo en el Ncleo de Historia Indgena y delIndigenismo de la Universidad de Sao Paulo.Esta obra forma parte del tratamiento tradicional de la autora, que expresa elpapel activo de los indios y de los negros en la historia de Brasil. Trata sobretemas como la organizacin simblica de las sociedades indgenas en el pas,la lgica del mito y de la accin, la etnicidad, la religin, el comercio, la identidadtnica, la emancipacin de los esclavos, la servidumbre voluntaria. En captuloscomo A Hora do ndio (La Hora del Indio) y Pensar os ndios (Pensar a losIndios) anticipa la valorizacin de las comunidades indgenas que ocurrira alfinal del siglo, al contrario de los anlisis tradicionales que evaluaban al indiosin un estudio profundizado. En un artculo publicado en Folha de So Paulo(20.03.2000), Manuela Carneiro da Cunha declar que pretendamos llamarla atencin no slo sobre la presencia de los indios en la historia de Brasil,sino tambin sobre la participacin en ella segn una lgica propia. Tratamosde ver desde afuera y por dentro, cmo se articulan los planes, cmo loshechos son reapropiados, influenciados e interpretados por las sociedadesindgenas, y que la movilizacin indgena sobre la cuestin de la diversidadbiolgica y de los conocimientos tradicionales es nueva e importante. Debemosdejarnos sorprender.

    (FR) Anthropologue spcialise dans ltude de lethnie indigne au Brsil,auteur de plusieurs livres, elle a enseign dans des universits brsiliennes ettrangres et a ralis un travail important au Centre dHistoire Indigne etdIndignisme de lUniversit de So Paulo.Louvrage cit ci-dessous sinsre dans lapproche traditionnelle de lauteur,qui montre le rle actif des Indiens et des Noirs dans lhistoire du Brsil. Elletraite de thmes tels que lorganisation symbolique des socits indignesdans le pays, la logique du mythe et de laction, lethnicit, la religion, lecommerce et lidentit ethnique, la libration des esclaves, la servitudevolontaire. Dans des chapitres tels que A Hora do ndio (Le Moment desIndiens) et Pensar os ndios (Penser les Indiens) anticipe la valorisation descommunauts indignes qui aurait lieu au tournant du sicle, contrariant lesanalyses traditionnelles de lIndien, fondes sur les tudes superficielles. Dansun article publi au journal Folha de So Paulo (20.03.2000), ManuelaCarneiro da Cunha a dclar que nous voudrions attirer lattention non

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    seulement sur la prsence des Indiens dans lhistoire du Brsil, mais aussi sursa participation cette histoire selon une logique qui lui est propre. Nousavons essay dtudier, sous une optique interne et externe, la manire dontles plans sarticulent et dont les faits sont rappropris, influencs et interprtspar les socits indignes et que la mobilisation indigne autour de la questionde la diversit biologique et des connaissances traditionnelles est nouvelle etimportante. Nous devons nous laisser surprendre.

    RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro a formao e o sentido do Brasil.1 edio: 1995. Edio atual: 1, em nova editora. So Paulo:Companhia das Letras, 2006. 440 p. ISBN: 8535907815.

    Antroplogo, poltico, escritor, membro da AcademiaBrasileira de Letras, Darcy Ribeiro foi um importantepensador brasileiro (1922-1997). Teve papel fundamentalno estudo de comunidades indgenas brasileiras e na defesade polticas de promoo da educao. Foisucessivamente Ministro da Educao (1955), Ministro-Chefe da Casa Civil do Presidente Joo Goulart (1963),Vice-Governador do Rio (1982), Secretrio da Cultura e

    Coordenador do Programa Especial de Educao, e Senador da Repblica,de 91 a 97. Polmico, fez defesa apaixonada da singularidade do Brasil,contribuindo para o debate dialtico do desenvolvimento nacional.Na obra em tela, o autor faz um alerta no prefcio: No se iluda comigo,leitor. Alm de antroplogo, sou homem de f e de partido. Fao poltica efao cincia movido por razes ticas e por um profundo patriotismo. Noprocure, aqui, anlises isentas. Este um livro que quer ser participante, queaspira influir sobre as pessoas, que aspira ajudar o Brasil a encontrar-se a simesmo. Segundo Reynaldo Damazio, O Povo Brasileiro a obra querepresenta o fecho de seu projeto de desvendamento da histria e do sentidoda formao do Pas, tendo como preocupao bsica descobrir as razespelas quais o Brasil no atingiu o desenvolvimento. Em captulos comoGestao tnica, Processo sociocultural e Os Brasis na histria, o autoranalisa as diversas matrizes tnicas da formao do povo brasileiro, que seriaum povo novo, porque surge como uma etnia nacional, diferenciadaculturalmente de suas matrizes formadoras (a indgena, a europeia, a africana),

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    fortemente mestiada, dinamizada por uma cultura sincrtica e singularizadapela redefinio de traos culturais delas oriundos.

    (EN) An anthropologist, writer and member of the Brazilian Academy ofLetters, Darcy Ribeiro was a distinguished Brazilian scholar (1922-1997).He is a central figure in the study of Brazilian indigenous communities and theadvocacy of education policies. Ribeiro served as Minister of Education, Chiefof Staff for President Joo Goulart (1963), Lieutenant Governor of Rio deJaneiro (1982), Secretary of Culture and Coordinator of the Special EducationProgram and Senator of the Republic, 1991-1997. A controversial figure, hewas a passionate defender of Brazilian singularity, contributing to the dialecticdebate on national development.In O povo brasileiro a formao e o sentido do Brasil (The BrazilianPeople: The Formation and Meaning of Brazil), Ribeiro alerts readers in thepreface: Do not be deluded. In addition to being an anthropologist, I am aman of faith and of party. I engage in politics and science, moved by ethicalmotives and a deep-seated patriotism. I do not strive here for impartialanalyses. This is a book that seeks to be a participant, that aspires to influencepeople, that aspires to help Brazil find itself. According to Reynaldo Damazio,O povo brasileiro represents the culmination of Ribeiros project to revealhistory, the meaning of Brazils formation, an effort centered principally onidentifying the reasons for Brazils failure to reach full development. In chapterssuch as Gestao tnica (Ethnic Management), Processo sociocultural(Sociocultural Process), and Os Brasis na histria (The many Brazils inHistory), the author analyzes the various ethnic sources underlying the formationof the Brazilian people, which constitute a new people emerging as a nationalethnicity, culturally distinct from its formative sources (indigenous, europeanand african), intensely miscegenated, driven by a syncretic culture differentiatedby the redefinition of the cultural traits emanating from its original sources.

    (ES) Antroplogo, poltico, escritor, miembro de la Academia Brasilea deLetras, Darcy Ribeiro fue un importante pensador brasileo (1922-1997).Jug un papel fundamental en el estudio de comunidades indgenas brasileasy en la defensa de polticas de promocin de la educacin. Fue sucesivamenteMinistro de Educacin (1955), Ministro Jefe de la Casa Civil del PresidenteJoo Goulart (1963), Vicegobernador de Rio (1982), Secretario de Culturay Coordinador del Programa Especial de Educacin, y Senador de la

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    Repblica de 1991 a 1997. Polmico, realiz una apasionada defensa de lasingularidad de Brasil, contribuyendo al debate dialctico del desarrollonacional.En esta obra, el autor alerta en el prefacio: No se ilusione conmigo, lector.Adems de antroplogo, soy hombre de fe y de partido. Hago poltica yhago ciencia motivado por razones ticas y por un profundo patriotismo. Nobusque, aqu, anlisis imparciales. Este es un libro que quiere ser participante,que aspira a influir sobre las personas, que aspira a ayudar a Brasil aencontrarse consigo mismo. Segn Reynaldo Damazio, O Povo Brasileiro(El Pueblo Brasileo) es la obra que representa la conclusin de su proyectode revelacin de la historia y del sentido de la formacin del Pas, teniendocomo preocupacin bsica descubrir las razones por las cuales Brasil noalcanz el pleno desarrollo. En captulos como Gestacin tnica, Procesosociocultural y Los Brasiles en la historia, el autor realiza un anlisis de losdiversos matices tnicos de la formacin del pueblo brasileo, que sera unpueblo nuevo, porque surge como una etnia nacional, diferenciadaculturalmente de sus matrices formadoras (indgena, europea, africana), confuerte mestizaje, dinamizado por una cultura sincrtica y singularizada por laredefinicin de trazos culturales procedentes de ellas.

    (FR) Anthropologue, homme politique, crivain, membre de lAcadmieBrsilienne des Lettres, Darcy Ribeiro a t un penseur brsilien de la plusgrande importance (1922-1997). Il a jou un rle fondamental dans ltudedes communauts indignes brsiliennes et la dfense des politiques depromotion de lducation. Il a t successivement Ministre de lEducation(1955), Ministre-Chef de la Maison Civile du Prsident Joo Goulart (1963),Vice-Gouverneur de Rio de Janeiro (1982), Secrtaire la Culture etCoordinateur du Programme Spcial dEducation, et finalement Snateur dela Rpublique de 91 97. Ecrivain polmique, il a fait la dfense passionnede la singularit du Brsil, ayant contribu au dbat dialectique sur ledveloppement national.Dans la prface du livre O povo brasileiro - a formao e o sentido doBrasil (Le peuple brsilien - la formation et le sens du Brsil), lauteur fait unealerte: Ne vous faites pas dillusions mon sujet. En plus de mon mtierdanthropologue, je suis un homme de foi et de parti. Je fais de la politique etje fais de la science m par des raisons thiques et un patriotisme profond.Ne veuillez pas trouver ici des analyses impartiales. Celui-ci est un livre que

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    se veut engag, qui aspire avoir une influence sur les gens, qui aspire aiderle Brsil se retrouver lui-mme. Selon Reynaldo Damazio, ce livre estlouvrage qui reprsente la conclusion dun projet de dvoilement de lhistoireet du sens de la formation du Pays, et a pour proccupation fondamentale dedcouvrir les raisons pour lesquelles le Brsil na pas atteint le dveloppement.Dans des chapitres tels que Gestao tnica (Gestation Ethnique), Processosociocultural (Processus socioculturel) et Os Brasis na histria (Les Brsilsdans lhistoire), lauteur analyse les diffrentes matrices ethniques de laformation du peuple brsilien, qui serait un peuple nouveau, car il surgit commeune ethnie nationale, culturellement diffrencie de ses matrices formatrices(indigne, europenne, africaine), fortement mtisse, dynamise par uneculture syncrtique et singularise par la redfinition des traits culturels qui enproviennent.

    CAMARES / Rpublique du Cameroun1 - BARBIER, Jean-Claude (sous la direction de). Femmes duCameroun, mres pacifiques, femmes rebelles. Paris: Orstom-Karthala,1985. 402 p. ISBN: 2865371298.

    Em um pas de contrastes to fortes quanto aRepblica de Camares, falar da condio femininapode parecer um desafio. Para alm das diferenasde organizao social confederaes de aldeias,chefias tribais, reinos este trabalho coletivoconsegue mostrar como os mltiplos papis atribudos mulher fazem dela um ponto de encontro entremundos s vezes opostos. Mulher mtica ou mulher-chefe, me ou filha, esposa ou irm, sogra ou nora. Amulher, o que frequentemente esquecido, pode sertudo isso ao mesmo tempo, deixando ento, em

    segundo plano, a imagem da figura oprimida. Estranha na linhagem de seumarido ou sedutora no gineceu real, a mulher, apesar de sua posio inferior,obtm progressivamente participao no poder, individualmente, por sua aoe pelos filhos que coloca no mundo, coletivamente, como membro deassociaes femininas temidas pelos homens. A mobilidade ligada ao

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    casamento virilocal a obrigou a desenvolver seu sentido de adaptao, o qualse revela fundamental na vida atual, geradora de conflitos. Assim, vemos amulher hoje exercer atividades que antes eram reservadas aos homens. Umaimagem exacerbada da mulher poderia opor a esposa rebelde em busca deseus direitos e de suas liberdades, me tranquila, submissa ao marido comoo deseja o conservadorismo masculino. A guerra entre os sexos seria entoinevitvel. No entanto - e as pginas deste trabalho mostram isso entre ametade masculina e a metade feminina da sociedade camaronesa, os pontosde convergncia no faltam.

    (EN) In a country as sharply contrasting as Cameroon, pondering the femininecondition might seem like a challenging task indeed. Yet, despite the vastdifferences in social organization - village confederations, tribal chiefdoms,kingdoms - the collection of essays succeeds in describing how womensmultiple roles cast them as a juncture between sometimes opposing worlds.As the mythical woman or head woman, mother or daughter, wife or sister,mother-in-law or daughter-in-law, women, and this is often overlooked, canbe all these things at once, relegating the image of the oppressed figure to thebackground. Outcasts of their husbands lineage or seductresses in thegynaeceum, women, in spite of their inferior position, progressively accruetheir share of power, individually, through their actions and the children theybear, and, collectively, as members of the womens associations so feared bymen. The social mobility connected to virilocal marriage forced women todevelop their own sense of adaptation: one essential to modern-day life, theagent of conflict. Thus, we see women today performing activities onceconsidered the exclusive purview of men. A split image of women could pitthe gentle mother, submissive to the husband as male conservatism wouldhave it, against the rebellious wife on a quest for her rights and freedom. Warbetween the sexes would then be inevitable. However - as the pages in thistext show - between the masculine and feminine halves of Cameroonian societythere is no shortage of convergence points.

    (ES) En un pas de contrastes tan fuertes como es la Repblica de Camern,hablar de la condicin femenina puede parecer un desafo. Adems de lasdiferencias de organizacin social confederaciones de aldeas, jefias tribales,reinos este trabajo colectivo consigue, tambin, mostrar cmo los mltiplespapeles atribuidos a la mujer la convierten en un punto de encuentro entre

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    mundos a veces opuestos. Mujer mtica o mujer jefe, madre o hija, esposa ohermana, suegra o nuera, la mujer, y esto es olvidado con frecuencia, puedeser todo eso al mismo tiempo, dejando en segundo plano la imagen de lafigura oprimida. Una extraa en el linaje de su marido, o seductora en elgineceo real, la mujer, a pesar de una posicin inferior, obtiene progresivamentesu participacin en el poder, individualmente, por su accin y por los hijosque coloca en el mundo, y colectivamente, en el seno de las asociacionesfemeninas tan temidas por los hombres. La movilidad relacionada con elmatrimonio virilocal (que reside en la casa del hombre), la oblig a desarrollarsu sentido de adaptacin: lo cual se manifiesta como siendo fundamental en lavida actual, generadora de conflictos. De esta forma, la vemos hoy ejerciendoactividades que antes eran exclusivas de los hombres. Una imagen explotadade la mujer podra oponerse la esposa rebelde en busca de sus derechos y desus libertades, a la madre tranquila, sumisa al marido, como lo desea elconservadurismo masculino. La guerra de los sexos sera entonces inevitable.Sin embargo y las pginas de este trabajo muestran eso no faltan mediosde convergencia entre la mitad masculina y la mitad femenina de la sociedadde Cte dIvoire.

    (FR) Dans un pays aussi fortement contrast que le Cameroun, parler de lacondition fminine peut paratre une gageure. Au-del des diffrencesdorganisation sociale - confdrations de villages, chefferies, royaumes - cetravail collectif parvient pourtant montrer comment les multiples rles assigns la femme en font une charnire entre mondes parfois opposs. Femmemythique ou femme-chef, mre ou fille, pouse ou soeur, belle-mre ou bru,la femme, on loublie souvent, peut tre tout cela la fois, estompant alorslimage de lopprime. Etrangre dans le lignage de son mari ou sductrice augynce royal, la femme, malgr un statut infrieur, capte progressivement sapart de pouvoir, individuellement, par son action et par les enfants quelle metau monde, collectivement, au sein dassociations fminines redoutes deshommes. La mobilit lie au mariage virilocal la oblige dvelopper sonsens de ladaptation; il se rvle fondamental dans la vie actuelle, gnratricede bouleversements. Ainsi la voit-on aujourdhui exercer des activitsauparavant rserves aux hommes. Une image clate de la femme pourraitopposer la mre tranquille, soumise son mari comme le souhaite leconservatisme masculin, lpouse rebelle en qute de ses droits et de sesliberts. La guerre des sexes serait alors invitable. Pourtant - les pages de

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    cet ouvrage le font apparatre - entre moiti fminine et moiti masculine de lasocit camerounaise les lieux de convergence ne manquent pas. Source:http://www.amazon.fr/Femmes-Cameroun-pacifiques-rebelles-fran%C3%A7ais-anglais/dp/2865371298

    CHILE / Repblica de Chile1 - MONTECINO, Sonia. Revisitando Chile. Identidades, mitos ehistorias. Santiago: Cuadernos del Bicentenario, Editor Arturo Infante,2003. ISBN: 956-7892-4.

    Este livro contm um mosaico de ensaios que convidamo leitor a fazer uma original viagem pelo Chile. Semformato e nem estrutura definida, salvo algumas perguntassobre as identidades chilenas e elementos que a formam,arquelogos, historiadores, socilogos, antroplogos,psiclogos, poetas, escritores, arquitetos e msicos, entreoutros, respondem a essas interrogaes por meio deanlises e relatos heterogneos.

    (EN) The book offers a mosaic of essays inviting readers on a singular journeythrough Chile. Without a defined format or structure, just a series of questionsabout our identities and their constitutive elements, archeologists, historians,sociologists, anthropologists, psychologists, poets, writers, architects andmusicians, among others, ponder these queries through analyses and a diversityof narrative accounts.

    (ES) El libro contiene un mosaico de ensayos que invita a un original viaje porel pas. Sin formato ni estructura definida, salvo preguntas por nuestrasidentidades y los elementos que la conforman arquelogos, historiadores,socilogos, antroplogos, siclogos, poetas, escritores, arquitectos y msicos,entre otros, responden a estas interrogantes a travs del anlisis y relatosheterogneos.

    (FR) Ce livre contient une mosaque dessais qui invitent un voyage originaldans ce pays. Sans format ni structure dfini, lexception de quelques questions

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    sur les identits et les lments qui la constituent, archologues, historiens,sociologues, anthropologues, psychologues, potes, crivains, architectes etmusiciens, entre autres, rpondent ces interrogations au moyen danalyseset de rcits htrognes.

    COSTA DO MARFIM / Rpublique de Cte dIvoire1 - MARIATOU, Kon et NGUESSAN, Kouam. Socio-anthropologiede la famille en Afrique. Evolution des modles en Cte dIvoire. Abidjan:Editions du CERAP, 2005. 278 p. ISBN: 2-915352-11-9.

    GABO / Rpublique gabonaise

    1 - ANDJEMBE, Lonard. Les Societs Gabonaises Traditionelles:Systme conomique et gouvernement. LHarmattan, 2006. 130 p.ISBN: 2-296-005519.

    Lonard Andjemb (Gabo, 1948) Professor de FilosofiaMoral e Poltica na Universidade Omar Bongo de Libreville,e desempenha, paralelamente, importantes atividadespolticas. Antigo Deputado na Assemblia Nacional, atualmente Senador pelo Departamento de Lekabi-Lewoloe Primeiro Vice-Presidente do Senado.Dentro do limite das circunstncias histricas com as quaisforam confrontados, os antigos povos do Gabo deram

    importncia, acima de tudo, determinao de um sistema econmicocomunitrio, baseado essencialmente na propriedade coletiva da terra, o queacabou resultando em uma estrutura certamente pouco conflituosa, mas nempor isso homognea.A organizao poltica confinou-se essencialmente na democracia da aldeia,exceto no Baixo-Ogoou, onde apareceram, consolidadas pelo trficonegreiro, estruturas mais centralizadas do poder. Porm, o sistema dedemocracia da aldeia manifesta, em vrios casos, claras tendncias de evoluoem direo ao centralismo.

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    Finalmente, o tipo de influncia, ou ainda a relao interna de dominao,permanece marcado pela predominncia do sagrado no contexto originaldas sociedades secretas, que exercem, entretanto, uma coao social efetiva.Pode-se concluir que esses dados fazem do Gabo tradicional, consideradono conjunto de suas manifestaes, no uma realidade esttica, mas um mundoem transio em direo a formas mais evoludas de organizao social,econmica e poltica.

    (EN) Lonard Andjemb (Gabon, 1948) is Professor of Moral andPolitical Philosophy at the Universit Omar Bongo in Libreville, and isactively engaged in politics. A former Deputy in the National Assembly,Andjemb currently serves as a Senator of Lkabi-Lwolo Departmentand First Vice-President of the Senate.Within the limits of their historical circumstances, the ancient peoples ofGabon gave emphasis, above all, to the need for a communitarian economicsystem based primarily on collective rural ownership, resulting in a largelyconflict-free social structure, yet, not in the least a homogeneous one.Political organization was essentially confined to the village democracy,except in the Lower Ogoou, where more centralized power structuresemerged, products of the slave trade. However, in many cases the villagedemocracy manifested clear tendency toward centralized power.Lastly, the type of influence, or the internal relations of domination, remainsmarked by the prevalence of the sacred within the original framework ofthese secret societies, which organize, notwithstanding, an effective systemof coercion.We can conclude that far from transforming traditional Gabon, as consideredin all its manifestations, into a stagnant reality, the analysis depicts a world intransition toward more evolved forms of social, economic and politicalorganization.

    (ES) Lonard Andjemb (Gabn, 1948) es Profesor de Filosofa Moral yPoltica en la Universidad Omar Bongo, de Libreville, y desempea, al mismotiempo, importantes actividades polticas. Antiguo Diputado en la AsambleaNacional, es actualmente, Senador del Departamento de Lkabi-Lwolo yPrimer Vicepresidente del Senado.Dentro del lmite de las circunstancias histricas en las cuales ellos fueronconfrontados, los antiguos pueblos de Gabn dieron importancia,

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    principalmente, a la determinacin de un sistema econmico comunitario,basado esencialmente en la propiedad colectiva de la tierra. Esto termincreando una estructura seguramente poco conflictiva, pero en absolutohomognea.La orgnizacin poltica se circunscribe esencialmente en la democracia de laaldea, excepto en el Bajo Ogoou, donde aparecieron, consolidadas por elTrfico negrero, estructuras de poder ms centralizadas. Sin embargo, elsistema de democracia de la aldea manifiesta, en varios casos, veleidadesntidas de evolucin en direccin al centralismo.Finalmente, el tipo de influencia, o inclusive la relacin interna de dominacin,permanece caracterizado por el predominio de lo sagrado en el mbito originalde las sociedades secretas que organizan, entretanto, una coaccin socialefectiva.Podemos llegar a la conclusin de que estos datos permiten que el Gabntradicional sea considerado en el conjunto de sus manifestaciones nocomo una realidad esttica, sino como un mundo en transicin endireccin a formas ms evolucionadas de organizacin social, econmicay poltica.

    (FR) Lonard Andjemb (Gabon, 1948) est enseignant de Philosophie moraleet politique lUniversit Omar Bango de Libreville, et il exerce, paralllement,dimportantes activits politiques. Anciens Dput lAssemble nationale, ilest, ce jour, Snateur du Departement de Lkabi-Lwolo et Premier Vice-Prsident du Snat.Dans la limite des circonstances historiques auxquelles ils furent confronts,les anciens peuples du Gabon sattachrent avant tout asseoir un systmeconomique communautaire, bas essentiellement sur la proprit collectivede la terre. Ce qui devait aboutir unes structure certe peu conflictuelle, maisnullement homogne.Lorganisation politique se confina pour lessentiel dans la democratievillageoise, sauf dans le Bas-Ogoou o apparurent, consolides par la Traitenegrire, des structures plus centralises du pouvoir. Mais le systme dedmocratie villageoise lui-mme manifeste dans beaucoup de cas, de nettesvellits dvolution vers le centralisme.Enfin, le type dinfluence, o encore le rapport interne de domination restemarqu par la prdominance du sacr dans le cadre original des socitssecrtes organisant cependant une contrainte sociale effective.

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    On peut conclure que ces donnes font du Gabon traditionnel considr danslensemble de ses manifestations, non comme une ralit fige, mais commeun monde en transition vers des formes plus volues dorganisation sociale,conomique et politique.Source: http://www.editions-harmattan.fr/index.asp?navig=catalogue&obj=livre&no=21171

    GUIANA / Co-operative Republic of Guyana1 - MOORE, Brian L. Cultural Power Resistance and Pluralism:Colonial Guyana, 1838-1900. Kingston: Press University of the WestIndies, 1995. 376 p. ISBN-10: 077351354X;, ISBN-13: 978-0773513549.

    Brian Moore Conferencista Snior em Histria,na Universidade das ndias Ocidentais, em Mona.Anteriormente, foi Professor de Histria naUniversidade da Guiana (1974-75) e pesquisadorhistrico no Servio Exterior da Guiana de 1975 a1980. o autor de Race, Power and SocialSegmentation in Colonial Society: Guyana afterSlavery 1838-1891. O livro Cultural Power,

    Resistance and Pluralism: Colonial Guyana 1838-1900 (Poder Cultural,Resistncia e Pluralismo: Guiana Colonial 1838-1900) um estudo do povoda Guiana nos anos ps-emancipao do sculo dezenove. O estudo se baseiaem uma ampla gama de teorias e dados histricos, sociolgicos e antropolgicoscomparativos para reconstruir as instituies culturais, costumes e padrescomportamentais de diversos grupos tnicos na sociedade.O autor concentra-se na forma como os colonizadores britnicos empregaramseu poder cultural para transformar e encobrir as culturas importadas dos grupostnicos subjugados, e para estabelecer o seu prprio modelo cultural como odominante. A obra examina ainda os fatores que ajudaram os diversos grupossubjugados em seus esforos para resistir a tal imperialismo cultural e manteraspectos de suas culturas tradicionais prprias. O escopo e foco da obra tornam-na importante no apenas para a historiografia caribenha, mas tambm nocontexto mais amplo do estudo de sociedades multirraciais compostas.

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    (EN) Brian Moore is Senior Lecturer in History at the University of theWest Indies, Mona. He previously taught history at the University ofGuyana (1974-75) and was a historical researcher in the Guyana ForeignService from 1975 to 1980. He is the author of Race, Power and SocialSegmentation in Colonial Society: Guyana after Slavery 1838-1891.The book Cultural Power Resistance and Pluralism: Colonial Guyana1838-1900 is a study of the people of Guyana in the post emancipationyears of the nineteenth century. It draws on a wide range of comparativehistorical, sociological and anthropological theory and data to reconstructthe cultural institutions, customs and behavioral patterns of several ethnicgroups in the society.The author looks at the way the British colonizers employed their culturalpower to transform and submerge the imported cultures of the subordinateethnic groups, and to establish their own as the dominant cultural model.The work also examines the factors which aided the diverse subordinategroups in their efforts to resist such cultural imperialism and retain aspectsof their own traditional cultures. The scope and focus of the work rendersit important not only for Caribbean historiography, but also in the widercontext of the study of composite multiracial societies.

    (ES) Brian Moore es Conferencista Senior en Historia en la Universidadde las Indias Occidentales, Mona. Fue profesor de Historia anteriormenteen la Universidad de Guyana (1974-75) y realiz investigaciones histricasen el Servicio Exterior de Guyana, de 1975 a 1980. Es autor de Race,Power and Social Segmentation in Colonial Society: Guyana afterSlavery 1838-1891. El libro Cultural Power, Resistance and Pluralism:Colonial Guyana 1838-1900 es un estudio del pueblo de Guyana en losaos posteriores a la emancipacin del siglo XIX. Escribe sobre una ampliavariedad de teora y datos histricos, sociolgicos y antropolgicoscomparativos para reconstruir las instituciones culturales, las costumbresy los modelos de comportamiento de diversos grupos tnicos en lasociedad.El autor se concentra en la forma como los colonizadores britnicosemplearon su poder cultural para transformar y encubrir las culturasimportadas de los grupos tnicos subordinados, y para establecer el suyocomo el modelo cultural dominante. La obra examina adems los factoresque ayudaron a los diversos grupos subordinados en sus esfuerzos para

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    resistir a este imperialismo cultural y mantener aspectos de sus culturastradicionales propias. El objetivo y el enfoque hacen que la obra sea