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AMIGO DE VALOR 2013 Programa de Apoio aos Conselhos e Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente ORIENTAÇÕES PARA APRESENTAÇÃO DE PROPOSTA DE APOIO JANEIRO de 2013

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AMIGO DE VALOR – 2013

Programa de Apoio aos Conselhos e Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente

ORIENTAÇÕES PARA APRESENTAÇÃO DE PROPOSTA DE APOIO

JANEIRO de 2013

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SUMÁRIO 1. O PROGRAMA AMIGO DE VALOR E SEUS OBJETIVOS 2. PROGRAMA AMIGO DE VALOR – 2013 2.1. Foco: apoio à realização de diagnósticos que fundamentem o planejamento de políticas municipais de atendimento 2.2. Resultado esperado 2.3. Cronograma de atividades 2.4. Destinação de recursos 2.5. Pré-requisitos para a participação dos municípios 3. NORMAS E CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO 3.1. Municípios que poderão participar 3.2. Como fazer a inscrição 3.3. Critérios de avaliação das propostas 3.4. Processo de seleção 3.5. Assinatura de Termo de Cooperação

3.6. Levantamento de recursos junto aos funcionários, clientes e fornecedores do Grupo Santander Brasil para destinação aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente 3.7. Divulgação dos resultados do processo de seleção 3.8. Destinação e prazo de utilização dos recursos 3.9. Divulgação dos resultados dos diagnósticos ANEXOS Anexo 1 - Plano de Ação e Plano de Aplicação do Fundo Anexo 2 – O CNPJ do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente e sua conta bancária Anexo 3 - Modelo de carta de encaminhamento Anexo 4 - Formulário para Apresentação da Proposta (eletrônico) – Formulário.doc

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1. O PROGRAMA AMIGO DE VALOR E SEUS OBJETIVOS O Amigo de Valor é um programa em que o Banco Santander facilita aos seus funcionários e clientes destinarem recursos para os Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente. As destinações realizadas são passíveis de dedução do imposto de renda devido, nas situações e nos limites previstos na legislação vigente. O Programa Amigo de Valor está ancorado no preceito constitucional: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão” (Artigo 227 da Constituição Brasileira). Orientado por esta prioridade maior de proteção integral das crianças e dos adolescentes, o Programa Amigo de Valor pretende atingir os seguintes objetivos:

- Valorizar e fortalecer os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente e os Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, que, pelos princípios constitucionais da descentralização administrativa e da participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação de políticas sociais (art. 204, inciso II), se apresentam como instrumentos fundamentais para a realização de avanços nas políticas de atendimento na área da criança e do adolescente.

- Contribuir para a melhoria da qualidade de vida de crianças e adolescentes –

especialmente daqueles que vivem em situação mais vulnerável e em contextos mais críticos no que se refere a ameaças e violações de direitos – através do apoio a programas e projetos de atendimento, definidos e priorizados pelos Conselhos Municipais da Criança e do Adolescente e operados por entidades sociais sem fins lucrativos e/ou por órgãos públicos locais.

- Fomentar o exercício da cidadania dos funcionários, clientes e fornecedores do Grupo

Santander Brasil, pela criação de uma possibilidade adicional para sua participação na vida pública e pelo estímulo ao seu envolvimento em ações solidárias que contribuam para a defesa de crianças e adolescentes, para a redução das desigualdades sociais e para o fortalecimento da democracia.

Além das destinações passíveis de dedução repassadas a Fundos Municipais em todas as regiões brasileiras, o Programa Amigo de Valor aporta significativo investimento (não dedutível do Imposto de Renda) para capacitar e fortalecer os Conselhos e as equipes responsáveis pela execução de programas de atendimento e pela realização de diagnósticos sobre a situação das crianças e adolescentes. Entrando em sua décima segunda edição, o Programa Amigo de Valor se propõe a somar esforços com novos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, para que, por meio de uma relação cooperativa, seja possível avançar ainda mais no atendimento aos direitos das crianças e adolescentes brasileiros.

2. PROGRAMA AMIGO DE VALOR – 2013 2.1. Foco: apoio à realização de diagnósticos que fundamentem o planejamento de políticas municipais de atendimento

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As políticas sociais para a criança e o adolescente tiveram um grande avanço com a Constituição Brasileira de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990. A descentralização político-administrativa possibilitou a distribuição das competências e definição de complementaridades entre a União, os Estados e os Municípios. A partir daí, passa a ser responsabilidade do município a criação, execução e controle de uma política local de proteção integral para crianças e adolescentes. A lei determina que essa importante tarefa seja exercida pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, com a participação ativa e apoio dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e das organizações da sociedade civil. Apoiando os Conselhos Municipais desde 2002, o Programa Amigo de Valor tem constatado que esses órgãos ainda encontram muitas dificuldades para formular uma política de atendimento claramente sintonizada com preceitos definidos nos artigos 86, 87 e 88 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Uma das principais dificuldades é ausência de diagnósticos locais consistentes, que apontem e contextualizem a situação da população infanto-juvenil em relação à doutrina de proteção integral, e que fundamentem com consistência a formulação das políticas municipais de atendimento. O Programa Amigo de Valor, até 2009, apoiou diversos projetos de atendimento de crianças e adolescentes, todos eles deliberados e encaminhados ao programa pelos Conselhos de Direitos dos respectivos municípios. Embora todos os projetos apoiados pelo Programa Amigo de Valor nesse período tenham sido inegavelmente meritórios e, em regra, tenham alcançado resultados relevantes junto às crianças e adolescentes atendidos, raramente se fundamentavam, de forma sólida, em indicadores sociais oficiais relativos a temas críticos tais como saúde ou educação, e em dados, coletados e analisados de forma sistemática nos respectivos municípios, sobre as ameaças e violações de direitos das crianças e adolescentes. Tampouco era claro que os públicos atendidos pelos projetos apoiados se incluíam de forma inequívoca nos subgrupos de maior risco social – um critério essencial para definir as prioridades de utilização dos recursos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente. Essas constatações e aprendizados levaram o Programa Amigo de Valor a se organizar para passar a apoiar os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente na realização de diagnósticos locais, na elaboração de planos municipais de atendimento fundados em tais diagnósticos e na mobilização da sociedade e dos poderes públicos para que seja possível ampliar os recursos dos orçamentos públicos e das destinações privadas para os respectivos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente. Assim, a partir de 2010, o Programa Amigo de Valor apoiou municípios que tiveram interesse e determinação em caminhar nessa direção. Esta disposição foi respaldada em deliberação expressa do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e a realização do diagnóstico foi prevista no Plano de Ação e no Plano de Aplicação de Recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, com a devida inclusão dessa prioridade no ciclo orçamentário do município. Em 2010, 50 municípios foram apoiados para a realização, em 2011, do diagnóstico municipal da situação da criança e do adolescente e formulação e planejamento da Política de Atendimento. Desses municípios, 47 obtiveram novo apoio financeiro e técnico por mais dois anos consecutivos para a condução de um dos programas de atendimento da política municipal formulada com base nos resultados do processo diagnóstico. As principais contribuições que vem se evidenciado nesse novo formato do Amigo de Valor são: 1. A capacitação propiciada a conselheiros de direitos e tutelares pela metodologia utilizada no

apoio aos diagnósticos locais e elaboração de planos municipais de atendimento, repercute positivamente no funcionamento institucional desses dois atores.

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2. A capacitação do Conselho de Direitos passa pelo entendimento e reconhecimento de suas principais atribuições e responsabilidades. Isso repercute em práticas mais qualificadas de gestão das políticas públicas destinadas às crianças e adolescentes. Destacam-se as práticas da promoção de maior comunicação e interação entre os diferentes atores do Sistema de Garantia de Direitos, condição que favorece a melhor articulação das políticas públicas básicas, universais e promotoras dos direitos fundamentais, e as de proteção especial para quem delas necessite.

3. Maior pertinência das propostas de ação para serem financiadas pelo recurso do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Com o processo de diagnóstico e planejamento e o melhor entendimento da finalidade e funcionamento do Fundo, as propostas de ação focalizam mais claramente crianças e adolescentes efetivamente violadas em seus direitos. Além de mais pertinentes, as propostas são fruto de maior compartilhamento dos atores do Sistema de Garantia de Direitos, mais embasadas em dados de realidade e com bom comprometimento de recursos orçamentários do município, além dos doados ao Fundo, para a sua execução.

2.2. Resultado esperado Os Conselhos de Direitos são os espaços no qual a sociedade civil e o poder público dialogam para encontrar soluções democráticas e eficazes para promover e defender os direitos das crianças e adolescentes. Sua principal atribuição é formular as políticas e controlar as ações que assegurem o atendimento e a garantia dos direitos. Portanto, sua natureza é deliberativa e não executiva.

Os Conselhos Tutelares, por sua vez, são órgãos que, em cada município, devem zelar, em nome da sociedade, pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Compostos por membros das comunidades locais e escolhidos por elas, sua ação mais importante é aplicar as medidas de proteção sempre que os direitos da população infanto-juvenil estiverem sendo ameaçados ou violados. Porém, o Estatuto também atribui ao Conselho Tutelar o papel de “assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente” (ECA, artigo 136, IX), reconhecendo que, pelo caráter de sua atuação, este Conselho obtém conhecimento relevante sobre a situação das crianças e adolescentes e sobre a situação do sistema instalado para promover e defender direitos.

Assim, embora possuam atribuições distintas e funcionamentos autônomos, os Conselhos de Direitos e Conselhos Tutelares possuem a incumbência comum de dar efetividade às ações governamentais e não governamentais. Eles são “instrumentos valiosos” para articular as forças de cada localidade em torno do objetivo de formular políticas de promoção dos direitos de crianças e adolescentes. Para tanto, precisam conhecer a realidade dessa população, bem como do sistema que se constitui para essa finalidade, do qual eles mesmos são partes fundamentais. Baseando-se nessas premissas, o Programa Amigo de Valor apoiará municípios destinando recursos financeiros para a realização de diagnósticos locais e, ao mesmo tempo, oferecendo suporte e capacitação para que uma Comissão Local de Diagnóstico e Planejamento, formada por membros da Assistência Social, do Conselho de Direitos, do Conselho Tutelar e por um técnico em pesquisa social alocado especialmente para apoiar a comissão, instale um processo permanente de investigação, aprendizagem e apropriação da realidade da criança e do adolescente, avalie as ações já existentes e proponha aprimoramentos e/ou novas ações que possam mudar a realidade local para melhor.

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O produto final esperado é um painel da realidade da população infanto-juvenil e das prioridades e ações locais no contexto da proteção especial; da proteção básica da assistência social; das políticas sociais básicas e da defesa jurídico-social dos direitos. Uma vez que esse produto será gerado a partir do diálogo e compartilhamento de visões entre os atores locais, espera-se que as estratégias e programas de ação resultantes tenham boa chance de impactar os problemas locais e de imprimir máxima consistência e efetividade na política de atendimento aos direitos das crianças e adolescentes em cada município. Ao final de um ano de trabalho, este produto deverá estar consolidado em um relatório técnico de diagnóstico, e em um documento que detalhará o plano de ação municipal e o plano de aplicação de recursos do Fundo, a serem incluídos no ciclo orçamentário. Tendo completado um primeiro ciclo de diagnóstico e planejamento anual, o município terá parâmetros para, no ano seguinte, monitorar e avaliar a implantação da política formulada. Mais ainda, poderá manter, em anos subseqüentes, um processo permanente de diagnóstico e planejamento renovados, por meio do qual o sistema municipal de garantia de direitos seja progressivamente aprimorado por novos conhecimentos e ações em prol da proteção integral da criança e do adolescente.

2.3. Cronograma de atividades Os municípios que forem selecionados e apoiados pelo Programa Amigo de Valor receberão destinações financeiras em dezembro de 2013 e capacitação para o desenvolvimento de seus diagnósticos municipais ao longo de 2014. O cronograma de atividades será o seguinte:

Atividades Período previsto (2014)

Formação da Comissão Local de Diagnóstico e Planejamento.

Aquisição de equipamentos e materiais.

Formação da equipe da comissão que participará das Oficinas de Capacitação

Preparação para a 1ª Oficina de Capacitação e Acompanhamento: estudo de textos; avaliação prévia das condições de atuação do Conselho dos Direitos e do Conselho Tutelar; obtenção de mapas geográficos locais; análise preliminar da socioeconomia do município; formulação de hipóteses orientadoras do diagnóstico.

Janeiro e Fevereiro

Realização da 1ª Oficina de Capacitação e Acompanhamento (com duração de dois dias). Fevereiro

Levantamento, análise e sistematização de informações sobre ameaças e violações de direitos, a partir de dados obtidos junto ao Conselho Tutelar, órgãos de Segurança Pública, Ministério Público e Poder Judiciário.

Levantamento, análise e sistematização de informações sobre as fragilidades e potencialidades do sistema de atendimento governamental e não governamental de proteção especial e jurídico-social.

Proposição e priorização dos principais problemas locais e proposição ações para o atendimento especial de caráter protetivo e socioeducativo.

Março a Maio

Realização da 2ª Oficina de Capacitação e Acompanhamento (com duração de dois dias). Maio

Levantamento, análise e sistematização de informações sobre as fragilidades e potencialidades da população e da socioeconomia do município e das políticas sociais básicas.

Indicação e priorização dos principais problemas locais de promoção e defesa de direitos.

Proposição de ações articuladas com programas, serviços e projetos a serem implantados, incrementados, reduzidos, extintos ou mantidos, considerando as políticas sociais básicas e os agentes e ações do sistema de garantia de direitos.

Junho a Outubro

Realização da 3ª Oficina de Capacitação e Acompanhamento (com duração de dois dias). Outubro

Finalização do relatório de diagnóstico. Novembro

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Proposição e formalização do Plano de Ação Municipal e do Plano de Aplicação do Fundo para a devida inclusão no ciclo orçamentário.

Planejamento do acompanhamento do desempenho da política de atendimento.

e Dezembro

Observação: O Programa Amigo de Valor oferecerá às Comissões capacitação e suporte técnico presencial nas Oficinas e à distância, durante o período previsto, custeadas com recursos próprios do Banco Santander.

2.4. Destinação de recursos

O Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente de cada município participante receberá um valor de até R$100.000,00 (cem mil reais) para cobrir custos previstos para a realização do diagnóstico.

Tipos de despesa implicados na ação:

Despesas de capital ou investimento: ­ Aquisição de notebook com webcam embutida ou à parte, sistema operacional Windows,

pacote Office. Aquisição de computador de mesa com vídeo e webcam. Aquisição de impressora, scanner, máquina digital, gravador, data-show e aparelho telefônico para áudio-conferência e livros técnicos.

Despesas correntes ou de custeio: ­ Despesa para acesso à Internet por um ano. ­ Aquisição de material de consumo e suprimentos. ­ Despesas com transporte. ­ Elaboração de materiais e realização de eventos para produção, discussão e divulgação

do relatório de diagnóstico e do plano de ação. ­ Contratação de um técnico que atenda os seguintes requisitos:

­ Atribuição básica: além de realizar atividades de sistematização de informações, este profissional organizará as informações e análises geradas pela Comissão Local de Diagnóstico e Planejamento, bem como informações trazidas por outros atores locais que serão envolvidos no processo de diagnóstico.

­ Previsão de 30 a 40 horas de trabalho por semana. ­ Disponibilidade para a participação em três Oficinas de Capacitação, juntamente com

os outros membros da Comissão Local de Diagnóstico e Planejamento. ­ Período de contratação: 01 de fevereiro de 2014 a 31 de janeiro de 2015. ­ Formação de nível superior, com experiência em diagnóstico e pesquisa social. ­ Perfil:

- Conhecimento de estatística básica descritiva; - Competência para elaboração de questionários, roteiros de entrevistas,

organização de informações e redação de relatórios; - Facilidade de trabalhar em equipe e capacidade de dialogar e repassar

conhecimentos; - Conhecimento e vivência na área de políticas e programas relacionados aos

direitos da criança e do adolescente. - Competências básicas em informática (word, excel, powerpoint e navegação na

Internet);

Observação: O técnico, preferencialmente, poderá ser um servidor público com as qualificações acima e alocado para a realização do diagnóstico. Nesse caso, não haverá contratação e os recursos previstos para tanto poderão ser posteriormente alocados pelo Conselho de Direitos em outra ação que possa ser custeada com recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

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Finalizado o processo de seleção dos municípios que serão apoiados pelo Programa Amigo de Valor, será definido o valor necessário para a cobertura de despesas para a participação de quatro membros da Comissão Local de Diagnóstico e Planejamento nas três Oficinas de Capacitação (envolvendo deslocamento, hospedagem e alimentação para as três oficinas, de dois dias cada, a serem realizadas em uma capital de Estado a ser definida). Esse valor será somado aos R$100.000,00 previstos para as outras atividades e informado aos respectivos Conselhos de Direitos dos municípios. Os Conselhos poderão, então, efetuar em tempo os ajustes na previsão de receitas e despesas em seus Planos de Aplicação dos Recursos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente e a devida inserção no orçamento municipal.

Para efeito do Plano de Aplicação, a maior parte das operações da realização do diagnóstico em 2014 exigirão despesas correntes ou de custeio (com itens como pessoal, material de consumo, serviço de terceiros, transporte, telefonia, internet etc.). Lembramos que deve ser alocado em torno de R$25.000,00 em despesas de capital ou investimentos para atender as compras de equipamentos de boa qualidade e capacidade e o acervo bibliográfico de livros técnicos que será indicado oportunamente.

2.5. Pré-requisitos para a participação dos municípios

Para que o município possa participar, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, na qualidade de órgão deliberativo e controlador das ações da política municipal de atendimento dos direitos da criança e do adolescente, e com a atribuição de fixar critérios de aplicação de recursos e gerir o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,* precisa reconhecer a prioridade da realização do diagnóstico municipal da situação da criança e do adolescente e formalizar essa decisão em ata de reunião deliberativa do Conselho.

É fundamental que o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente conte com a cooperação da Prefeitura Municipal e do respectivo órgão municipal responsável pela execução orçamentária e contábil dos recursos do Fundo. Refletindo essa relação de colaboração e entendimento mútuos, a ação de realização do diagnóstico municipal da situação da criança e do adolescente deve ser prevista no Plano de Ação do Conselho Municipal e incluída no processo orçamentário do município, evidenciando assim a prioridade a ela concedida. É necessário, também, que essa ação seja incluída no Plano de Aplicação do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, evitando-se o recurso de abertura de crédito adicional. Nesse sentido, recomendamos a leitura do Anexo 1 - Plano de Ação e Plano de Aplicação do Fundo. Essa orientação visa prevenir a ocorrência de entraves futuros entre todas as instâncias envolvidas, que possam comprometer a execução do diagnóstico.

O Conselho deverá formar uma Comissão Local de Diagnóstico e Planejamento, que desenvolverá as atividades previstas no item 2.3 deste edital.

Os conselheiros de direitos e conselheiros tutelares que vierem a integrar a Comissão Local de Diagnóstico e Planejamento deverão dispor de:

­ Disponibilidade para a participação nas três Oficinas de Capacitação. ­ Cerca de 8 horas semanais para os trabalhos do diagnóstico em nível local.

Os demais conselheiros de direitos titulares e conselheiros tutelares do município deverão dispor de cerca de 8 horas mensais para o acompanhamento do processo de diagnóstico.

* Conforme expresso no ECA, especialmente no artigo 88 inciso II e IV - que dispõe sobre a vinculação do Fundo ao Conselho, e no artigo 260 parágrafo 2º - que atribui aos Conselhos o papel de fixar critérios de utilização, através de Planos de Aplicação, das doações subsidiadas e demais receitas.

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3. NORMAS E CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO

3.1. Municípios que poderão participar

a) A lista de municípios elegíveis ao Programa Amigo de Valor 2013 foi definida unicamente com base em indicadores sociais. Integram a lista os municípios que atendem simultaneamente os seguintes critérios:

apresentam as condições locais de menor desenvolvimento, conforme o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM - 2010) menor do que 0,7200

apresentam população entre 10.000 e 500.000 habitantes, segundo o censo demográfico de 2010, primeiros resultados e publicado em 29 de novembro de 2010.

IFDM

O Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) acompanha três áreas: Emprego e Renda, Educação e Saúde e utiliza-se exclusivamente de estatísticas públicas oficiais. As fontes primárias de dados são os Ministérios do Trabalho e Emprego, da Educação e da Saúde. Sua leitura é simples, o índice varia de 0 a 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento da localidade. O IFDM distingue-se por ter periodicidade anual e por acompanhar o desenvolvimento de todos os 5.565 municípios brasileiros. As variáveis utilizadas na composição do IFDM: Emprego e Renda

Geração de emprego formal Estoque de emprego formal Salários médios do emprego formal

Educação

Taxa de matrícula na educação infantil

Taxa de abandono Taxa de distorção idade-série Percentual de docentes com ensino superior Média de horas aula diárias Resultado do IDEB

Saúde

Número de consultas pré-natal

Óbitos por causas mal definidas

Óbitos infantis por causas evitáveis

b) A lista dos municípios elegíveis ao Amigo de Valor encontra-se nos sites www.santander.com.br/amigodevalor - seção “Quero Participar” e www.prattein.com.br. Serão aceitas inscrições apenas dos municípios relacionados no site e que estão sendo convidados via correspondência.

c) Para participar do programa, os municípios deverão possuir o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e o Conselho Tutelar, implantados e ativos.

d) O Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente deve estar adequado à normativa da Receita Federal, com número de inscrição no CNPJ próprio e conta bancária específica e ativa destinada exclusivamente a gerir os recursos do Fundo. Nesse sentido, recomendamos a leitura do Anexo 2 – O CNPJ do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente e sua conta bancária.

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e) Os municípios que ainda não implantaram ou regulamentaram o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de acordo com o item anterior poderão fazê-lo, excepcionalmente, até o dia 30/04/2013, quarenta e cinco dias após o encerramento das inscrições.

3.2. Como fazer a inscrição a) A inscrição será efetivada mediante o envio do seguinte documento para o e-mail

[email protected]: - Formulário para Apresentação de Proposta de Inscrição inteiramente preenchido

(ver Anexo 4 – Formulário.doc). b) Juntamente com o documento eletrônico acima indicado, deverão ser enviados, via correio,

os seguintes documentos complementares: - Carta de encaminhamento, assinada pelo Presidente do Conselho Municipal dos

Direitos da Criança e do Adolescente, ou por um membro designado pelo Conselho para esta finalidade (que será o responsável pela inscrição), com ciência da Prefeitura Municipal (ver Anexo 3 – Modelo de Carta de Encaminhamento).

- Cópia da ata do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) que deliberou sobre a realização do diagnóstico municipal e que expressa o compromisso de incluir essa ação na Lei Orçamentária Anual para 2014 através do Plano de Ação do CMDCA e no Plano de Aplicação do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

- Cópia da Lei que criou o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente no município.

- Cópia da Lei de criação e do Decreto-Lei que regulamentou o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente no município

- Cópia da Lei que criou o Conselho Tutelar no município. - Cópia da ata do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente que

estabeleceu a posse do presidente e dos conselheiros em exercício.

Observação: Os municípios que tiverem as propostas selecionadas (ver item: 3.4. Processo de seleção) deverão encaminhar os seguintes documentos da Prefeitura Municipal para a celebração do Termo de Cooperação que propiciará o repasse de recursos das doações ao Fundo Municipal:

certidão de regularidade junto ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS;

certidão de regularidade junto ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;

declaração do banco, atestando a abertura e a atividade da conta do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, com as seguintes informações: número de inscrição do Fundo no CNPJ com natureza jurídica 120-1 – Fundo Público, número do banco, número da agência e número da conta corrente.

c) O envio dos documentos indicados no item b deverá ser feito via correio, por carta registrada

ou sedex, para: PROGRAMA AMIGO DE VALOR Rua Turiaçu, 143/145, 7º andar, conj. 73/74 São Paulo SP – CEP: 05005-001

d) As inscrições para o Programa Amigo de Valor deverão ser efetuadas até o dia 15/03/2013, sendo esta data considerada como data-limite.

e) Serão consideradas válidas inscrições postadas na data-limite, desde que recebidas no máximo até 12 dias após a data da postagem.

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f) Em casos de dúvidas ou para a obtenção de informações adicionais necessárias à inscrição,

os Conselhos Municipais poderão contatar o Programa Amigo de Valor pelo telefone: (11) 2127-4402 ou 2127-4400.

3.3. Critérios de avaliação das propostas

As propostas inscritas serão avaliadas e selecionadas com base nos seguintes critérios: a) Clareza quanto à demonstração de determinação e valorização da realização do diagnóstico.

b) Grau de estruturação e funcionamento dos Conselhos. c) Existência de instituições locais que integram o Sistema de Garantia de Direitos dispostas a

apoiar o desenvolvimento do diagnóstico.

3.4. Processo de seleção a) As propostas encaminhadas ao Amigo de Valor participarão de um processo de seleção para

escolha daquelas que receberão recursos em 2013, para realização do diagnóstico em 2014. b) As propostas serão apreciadas, em primeira instância, por uma comissão de especialistas na

área da criança e do adolescente, que será responsável pela pré-seleção daquelas que forem consideradas os mais consistentes com os critérios de avaliação indicados no item 3.3.

c) Em cada área geográfica de atuação do Banco Santander será formado um Grupo de

Trabalho composto por funcionários da organização, que será responsável pela seleção final das propostas e acompanhará as ações locais do Programa Amigo de Valor.

d) Para a escolha final, além da análise documental, os funcionários poderão realizar visitas aos municípios e reunir-se com representantes dos Conselhos Municipais de Direitos, dos Conselhos Tutelares e da Secretaria ou órgão municipal ao qual o Conselho de Direitos se vincula. Tais visitas serão previamente agendadas junto aos respectivos Conselhos Municipais e terão como finalidade propiciar informações para a avaliação mais consistente possível da proposta.

e) A qualquer momento, a comissão de pré-seleção e os Grupos de Trabalho dos funcionários

poderão solicitar aos Conselhos Municipais informações adicionais que sejam consideradas necessárias para esclarecer eventuais dúvidas em relação à proposta e às condições jurídico-administrativas das instituições proponentes.

3.5. Assinatura de Termo de Cooperação a) Após a seleção das propostas para sua apresentação a funcionários e clientes, será assinado

um Termo de Cooperação entre as partes envolvidas - Banco Santander – representando seus funcionários e clientes, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e Prefeitura Municipal - selando uma relação de colaboração e de esforços conjuntos para o desenvolvimento do diagnóstico.

b) Os compromissos a serem assumidos pelos parceiros são os seguintes:

Banco Santander, representando seus funcionários e clientes: - Divulgar as propostas selecionadas para funcionários e clientes do Grupo Santander

Brasil, mobilizando-os para aderirem, voluntariamente, ao programa e efetuarem suas destinações.

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- Repassar aos Fundos Municipais os recursos financeiros destinados pelos funcionários e clientes.

- Oferecer três oficinas de capacitação, em 2014, para as Comissões de Diagnóstico dos municípios apoiados, tendo em vista prepará-las para a realização do diagnóstico municipal da situação da criança e do adolescente.

- Oferecer suporte à distância, no decorrer de 2014, para as Comissões de Diagnóstico dos municípios apoiados, complementando as atividades de capacitação realizadas nas oficinas acima citadas.

- Divulgar os resultados dos diagnósticos para os funcionários, clientes e demais públicos do Grupo Santander Brasil.

Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente: - Zelar pela destinação dos recursos financeiros doados, conforme previsto na execução

físico/financeira. - Emitir os recibos das destinações/doações recebidas e efetuar a Declaração de

Benefícios Fiscais (DBF) junto à Receita Federal. - Participar das visitas e reuniões de acompanhamento dos trabalhos no decorrer de

2014. - Participar, ao longo do ano de 2014, de três Oficinas de Capacitação para a realização

do diagnóstico, garantindo a presença de quatro membros da Comissão em cada oficina.

- Empenhar-se para o bom desenvolvimento das atividades necessárias à realização do diagnóstico e ao planejamento de políticas municipais de atendimento.

- Encaminhar relatórios parciais e o relatório final com os resultados alcançados pelo diagnóstico.

Prefeitura Municipal: - Apoiar o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente na realização do

diagnóstico e apoiar a elaboração da Política Municipal de Atendimento à Criança e ao Adolescente.

3.6. Levantamento de recursos junto aos funcionários, clientes e fornecedores do Grupo Santander Brasil a) O Banco Santander divulgará a todos os seus funcionários e clientes as propostas

selecionadas, buscando sensibilizá-los para a destinação de recursos financeiros aos Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, viabilizando assim a implementação dos diagnósticos.

b) O montante final dos recursos a serem destinados aos Fundos dos municípios selecionados

dependerá do volume de recursos que vier a ser efetivamente arrecadado pela contribuição voluntária por parte dos funcionários e clientes do Banco Santander.

c) Os recursos destinados aos Fundos dos municípios apoiados serão utilizados conforme

orçamento proposto pelos respectivos Conselhos. Despesas com a consultoria responsável pelas oficinas de capacitação e pelo suporte à distância serão inteiramente custeadas com recursos próprios do Grupo Santander Brasil.

3.7. Divulgação dos resultados do processo de seleção As propostas selecionadas pelo Amigo de Valor serão comunicadas por correspondência aos respectivos Conselhos Municipais até o final de junho de 2013 e sobre a efetividade do apoio e do processo de repasse dos recursos até o final de novembro de 2013. Os resultados estarão disponíveis nos sites www.santander.com.br/amigodevalor e www.prattein.com.br.

3.8. Destinação e prazo de utilização dos recursos

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a) Os recursos serão destinados no final de 2013, aos Fundos Municipais dos Direitos da Criança

e do Adolescente dos municípios cujas propostas foram selecionadas e para os quais foi possível captar recursos junto aos funcionários e clientes do Grupo Santander.

b) A utilização dos recursos deverá obedecer às necessidades de execução do diagnóstico

municipal, conforme o cronograma proposto.

3.9. Divulgação dos resultados dos diagnósticos a) Os resultados dos diagnósticos desenvolvidos poderão ter seus resultados divulgados interna

e externamente pelo Programa Amigo de Valor. b) Os objetivos desta divulgação serão os seguintes: 1) informar os funcionários e clientes do

Banco Santander sobre os resultados alcançados pelos diagnósticos; 2) contribuir para o fortalecimento e disseminação das iniciativas apoiadas; 3) mobilizar outras empresas para que apóiem boas ações na área da criança e do adolescente.

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Anexo 1

PLANO DE AÇÃO E PLANO DE APLICAÇÃO DO FUNDO

INTRODUÇÃO O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente é órgão constitucionalmente legitimado para deliberação e controle das ações em todos os níveis da política de atendimento à criança e ao adolescente, conforme artigos 86, 87 e 88 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Tem, também, a atribuição distintiva de gerir o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, conforme expresso especialmente no artigo 88 inciso IV, que dispõe sobre a vinculação do Fundo ao Conselho e no artigo 260, § 2º, que atribui aos Conselhos o papel de fixar critérios de utilização, através de Planos de Aplicação, das doações subsidiadas e demais receitas. Para implantar a política de atendimento nos moldes previstos pelo marco legal acima delineado, é necessário que os Conselhos de Direitos tomem algumas providências que serão descritas mais à frente. A condição básica é dispor de uma visão sobre os problemas (ameaças e violações dos direitos previstos na doutrina de proteção integral) que atingem as crianças e adolescentes do município e analisar em que medida os serviços, programas e projetos de atendimento existentes no município dão conta desses problemas. Desta forma, o Conselho pode apurar as principais deficiências do sistema de atendimento, as ocorrências de superposição, paralelismo ou desarticulação de ações e, até, a absoluta ausência ou insuficiência de determinados tipos de atendimento. Esta providência consiste, em outras palavras, em uma posição sobre o sistema de atendimento que orientará a elaboração de um Plano de Ação para o município. Oferecer a oportunidade para a realização de um diagnóstico sistemático que ofereça mais consistência à política de atendimento é o propósito do Amigo de Valor. Um Plano de Ação para a política de atendimento que atue sobre as lacunas e ou inconsistências dos programas e serviços de proteção especial aos violados e que aperfeiçoe as políticas básicas para que elas promovam os direitos fundamentais, atuem mais eficazmente na prevenção à violação de direitos e favoreçam o sucesso da ação oferecida pela proteção especial aos vitimados em seus direitos. Essa oportunidade e apoio oferecidos pelo Amigo de Valor combinam significativo investimento do Banco Santander com os recursos que são captados pelo Programa e doados aos Fundos dos municípios apoiados, passíveis de dedução do Imposto de Renda Devido nas situações e nos limites previstos na legislação. Porém, quando ingressados na conta corrente dos Fundos, qualquer doação, utilizando ou não o mecanismo de incentivo fiscal, se transforma em recurso público e como tal deverá ser gerida e administrada. Por isso, uma vez que a deliberação do Conselho reconhece a prioridade do diagnóstico municipal da situação da criança e do adolescente, nada mais correto do que prevê-lo no Plano de Ação do Conselho para que seja devidamente incluído no processo orçamentário do município. Como também a fonte de recursos que se anuncia para o diagnóstico é o Fundo Municipal, através da captação de doações, é correta também a sua inclusão no Plano de Aplicação do Fundo. É certo que os recursos do Amigo de Valor só serão repassados aos Fundos dos municípios cujas propostas forem selecionadas e para os quais se arrecadarem recursos suficientes através da campanha de doação. Assim, muitos inscritos podem prever a receita definida pelo Amigo de Valor no Plano de Aplicação do Fundo para custear o diagnóstico e ela não se efetivar. Sim, isso pode acontecer e é intrínseco ao processo orçamentário. Excesso ou déficit de arrecadação pode ocorrer para qualquer fonte de receita prevista no orçamento. Desse modo, o Amigo de Valor propõe que todos os inscritos se comprometam com o procedimento apontado, prevendo formalmente a realização do diagnóstico no orçamento municipal e evitando-se o mais possível

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que municípios apoiados com repasse de recursos ao final de 2013 tenham que se utilizar do recurso de abertura de crédito adicional para a realização do diagnóstico em 2014. Como apontado no item 2.4, o Programa Amigo de Valor poderá repassar até R$100.000,00 para o Fundo, acrescido do valor necessário para a cobertura de despesas para a participação de quatro membros da Comissão Local de Diagnóstico e Planejamento nas três Oficinas de Capacitação. O valor total será informado aos municípios selecionados para o processo de captação de recursos até o final de junho de 2013. Os Conselhos poderão, então, efetuar em tempo as devidas alterações na previsão de receitas e despesas em seus Planos de Aplicação dos Recursos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente e a devida inserção no ciclo orçamentário, prevendo assim a execução do diagnóstico em 2014.

PLANO DE AÇÃO E A LDO

O Plano de Ação do Conselho de Direitos é a definição e hierarquização das necessidades e urgências do município, no que se refere às linhas de ação da política de atendimento previstas no artigo 87 do Estatuto. É essencial frisar que a definição e a hierarquização das prioridades locais são matérias a serem deliberadas democraticamente pelo Conselho de Direitos e submetidas ao chefe do executivo. O Plano de Ação daí resultante deve expressar os objetivos e as metas para os programas, serviços e projetos a serem implantados, incrementados, reduzidos, extintos ou mantidos pelo Sistema de Garantia de Direitos do município. O Conselho deve encaminhar o Plano de Ação para o Chefe do Executivo, para inclusão na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO. Uma vez apreciada e aprovada pelo Legislativo, a LDO deve ser sancionada pelo Chefe do Executivo. Em boa parte dos municípios, o prazo para o Prefeito encaminhar o projeto da LDO ao Poder Legislativo é o dia 15 de maio. No entanto, cada Constituição Estadual ou Lei Orgânica Municipal pode determinar outras datas limites. A elaboração do Plano de Ação e a inclusão desse plano na LDO, na data adequada, são obrigações técnicas e políticas do Conselho de Direitos. Caso o Conselho não consiga realizar essas obrigações no tempo devido, resta ainda uma possibilidade. Se o Legislativo não tiver apreciado o projeto de lei, pode o Prefeito enviar uma “Mensagem” ao Poder Legislativo, solicitando a complementação do projeto original com a inclusão das principais necessidades e urgências da política de atendimento. Obviamente, espera-se que a realização do diagnóstico em 2014, para o qual o Conselho busca apoio junto ao Amigo de Valor, esteja contemplada já no projeto original da LDO para 2014, ainda que o Plano de Ação do Conselho se resuma exclusivamente a essa proposta de trabalho. Como 2013 é ano de elaboração do Plano Plurianual, será melhor ainda se a proposta de realização do diagnóstico for incluída no PPA 2014/2017.

PLANO DE APLICAÇÃO DO FUNDO E A LOA O Plano de Aplicação do Fundo é outro documento a ser elaborado e deliberado pelo CMDCA. Ele contém a previsão de receitas e a definição das despesas que deverão ser custeadas com recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, conforme as prioridades definidas no Plano de Ação. Como a previsão de recursos para a realização do diagnóstico através do apoio do Amigo de Valor se define necessariamente pela doação para o Fundo Municipal, é também de fundamental importância que isso esteja previsto claramente no Plano de Aplicação do Fundo. As ações determinadas pelo Conselho de Direitos para serem custeadas com os recursos do Fundo Municipal devem ser especificadas no Plano de Aplicação do Fundo e encaminhado ao

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chefe do executivo para ser inserido na Lei do Orçamento Anual - LOA. Em muitos municípios, a proposta orçamentária deve ser encaminhada ao Poder Legislativo até o dia 30 de setembro, ou em data determinada em cada Constituição Estadual ou Lei Orgânica Municipal. O Legislativo, por sua vez, deve emendar e aprovar a LOA antes do encerramento da sessão legislativa, ao final de dezembro, para sanção do chefe do executivo. O Plano de Aplicação do Fundo compreende as ações e os recursos expressos monetariamente para a sua realização. Essas ações resultarão em produtos ou serviços para o Poder Público ou diretamente para a população. A LOA conterá a discriminação de todas as receitas e despesas, de forma a evidenciar a política econômico-financeira do município e tudo o que deverá ser realizado ou suprido no município, inclusive o que se prevê custear com os recursos do Fundo. Caso o Conselho de Direitos tenha dificuldade nesse processo, cabe à Secretaria a que esteja vinculado ou ao setor de planejamento municipal fornecer apoio técnico na área de orçamento público (Direito Financeiro) para auxiliar o Conselho na elaboração do Plano de Aplicação. Enfatizamos que estas providências são corretas e necessárias, pois os recursos do Fundo fazem parte do Orçamento Público e, portanto, estão submetidos às mesmas regras que disciplinam a gestão de recursos públicos. Assim, é pertinente a interpretação de que somente com a efetivação das providências acima apontadas a resolução do Conselho de priorizar a realização do diagnóstico municipal ficará corretamente posicionada na política do município.

Em resumo, os passos referentes ao PLANO DE AÇÃO e PLANO DE APLICAÇÃO DO FUNDO, para o Conselho que decidiu participar do Amigo de Valor 2013, são os seguintes:

1. Elaborar o Plano de Ação – garantir que no Plano de Ação do Conselho de Direitos para

2014 esteja contemplada a proposta de realização de diagnóstico da situação da criança e do adolescente.

2. Encaminhar, na data adequada, em 2013, o Plano de Ação para o Chefe do Executivo, para inclusão na LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias e mesmo no Plano Plurianual para 2014 a 2017.

3. Tendo como referência o Plano de Ação, inserir a atividade do “diagnóstico municipal da situação da criança e do adolescente” no Plano de Aplicação do Fundo, prevendo a realização da receita para esse fim com recursos de destinações de pessoas físicas e jurídicas.

4. Para elaborar o Plano de Aplicação do Fundo, o Conselho deve solicitar apoio técnico do setor responsável, na Prefeitura, pela elaboração do Orçamento Municipal. Desta forma, o Plano de Aplicação do Fundo será corretamente inserido na LOA.

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Anexo 2

O CNPJ DO FUNDO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E SUA CONTA BANCÁRIA

Os Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente são fundos públicos, conforme o art. 71 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. A Instrução Normativa da Receita Federal nº 1.005, de 8 de fevereiro de 2010, determina, em seu art. 11, inciso XI, que os fundos públicos de natureza meramente contábil, portanto sem personalidade jurídica, são obrigados a se inscrever no CNPJ com código próprio e de natureza jurídica 120-1 Fundo Público. Esta regra foi mantida pela IN RFB nº 1.183 de 19 de agosto de 2011 em seu art. 5, inciso X e pela IN RFB nº 1.210, de 16 de novembro de 2011. Dado que os Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente são fundos públicos dessa natureza, torna-se necessário, portanto, essa inscrição e/ou regularização da situação atual do Fundo, caso o mesmo esteja ainda apenas associado a qualquer outro CNPJ de personalidade jurídica do poder executivo do ente federativo em pauta. Para efetuar a inscrição ou regularização do Fundo no CNPJ, em conformidade com a Instrução Normativa acima citada, o poder executivo municipal, através do seu serviço contábil, deve requerer a inscrição à Receita Federal, apresentando o ato legal de constituição e regulamentação do Fundo, publicado em Diário Oficial da União, Estado, Distrito Federal ou Município, conforme o caso, bem como ato de nomeação do responsável legal pelo Fundo. Uma vez efetuada a inscrição no CNPJ, é necessário abertura de conta corrente em banco oficial, destinada exclusivamente a gerir os recursos do Fundo. O banco deve ser consultado sobre a documentação requerida. Basicamente, ele exigirá o comprovante de inscrição no CNPJ, os mesmos documentos apresentados à Receita Federal, documentos do responsável legal e coleta de assinaturas para fins de movimentação financeira. Em suma, o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente é um fundo público de natureza contábil e não dotado de personalidade jurídica, assim como o Fundo da Assistência Social, o Fundo da Saúde, o Fundo do Idoso e outros fundos públicos. O Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, com seu CNPJ e sua conta bancária, é administrado por órgão do poder executivo, também inscrito no CNPJ, mas como órgão público e com personalidade jurídica. O Fundo é vinculado ao Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente que tem a atribuição de fixar critérios de utilização, através de Planos de Aplicação, das doações subsidiadas e demais receitas e de controlar a sua utilização. Abaixo são apresentados os “links” para acessar as Instruções Normativas da RFB sobre o CNPJ de Fundo Público: Atenção para a determinação original na IN RFB nº 1.005, de fevereiro de 2010, mantida pelas IN RFB nº 1.183 de 19 de agosto de 2011 e IN RFB nº 1.210, de 16 de novembro de 2011. Link IN RFB nº 1.005, de fevereiro de 2010 http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2010/in10052010.htm IN RFB nº 1.183 de 19 de agosto de 2011 http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2011/in11832011.htm IN RFB nº 1.210, de 16 de novembro de 2011 http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2011/in12102011.htm

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Anexo 3

MODELO DE CARTA DE ENCAMINHAMENTO AO PROGRAMA AMIGO DE VALOR Rua Turiaçu, 143/145, 7º andar, conj. 73/74 São Paulo SP – CEP: 05005-001 Por meio desta, efetuo a inscrição no Programa Amigo de Valor – 2013 do município de (INSERIR AQUI O NOME DO MUNICÍPIO), para recebimento de apoio financeiro e técnico para o desenvolvimento do diagnóstico da situação da criança e do adolescente. Para tanto, encaminho documentos anexos: 1) Formulário para apresentação da proposta de inscrição; 2) Cópias dos documentos solicitados (listar os documentos anexados). Neste ato, declaro estar ciente e de acordo com as condições expressas no documento “ORIENTAÇÕES PARA APRESENTAÇÃO DE PROPOSTA DE APOIO”. (INSERIR AQUI LOCAL E DATA) _____________________________________________ Nome: Presidente Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente Ciente: _______________ Nome: Cargo: Prefeitura Municipal