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resumo da SBQNE 2015 sobre endofíticos, amilases e pectinases.
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VI Encontro Regional da SBQ Nordeste Maceió, 17 a 19 de junho de 2015
Sociedade Brasileira de Química (SBQ) Secretaria Regional de Alagoas
Bioprospecção de bactérias endofíticas da cana-de-açúcar (Saccharum
spp.) quanto à produção de amilases e pectinases.
Maurício M. S. Alves1 (PG)*, Júlio C. F. Andrade
1 (PG), Antônio E. G. Sant’Ana
1 (PQ), Alessandro
Riffel2 (PQ), Kirley M. M. Silva
3 (PQ)
1 - Laboratório de Pesquisa em Recursos Naturais- LPqRN- Instituto de Química e Biotecnologia, Universidade Federal
de Alagoas - Campus A. C. Simões, BR 104 Norte, Km 97 – Maceió-AL;
2 - Embrapa Tabuleiros Costeiros – Unidade de Execução de Pesquisa e Desenvolvimento de Rio Largo, Universidade
Federal de Alagoas – Campus Delza Gitai - BR 104 Norte, Km 85, – Maceió-AL;
3 - Departamento de Parasitologia – ICB, Universidade Federal do Amazonas - Rua Afonso Pena, 1053 - Praça 14 de
Janeiro, Manaus – AM. Área: Biotecnologia
Palavras Chave: enzimas, endofíticos.
Introdução
Amilases e pectinases são enzimas líticas que
possuem como substratos amido e pectina,
respectivamente. Microrganismos, tais como fungos
e bactérias, são os principais produtores destas
enzimas em diversos setores das indústrias
biotecnológicas, como os de alimento, papel,
química fina entre outros. Este trabalho teve como
objetivo principal avaliar a produção de pectinases e
amilases por bactérias endofíticas isoladas de cana-
de-açúcar (Saccharum spp.) para possível indicação
em processos biotecnológicos industriais.
Resultados e Discussão
Foram isoladas bactérias endofíticas de cana-de-
açúcar dos Estados de Alagoas, Pernambuco e
Bahia para compor a coleção de microrganismos do
Laboratório de Pesquisas em Recursos Naturais –
LPqRN - IQB-UFAL, sendo, posteriormente,
identificadas por códigos indicando o local de
isolamento. Os isolados foram incubados em placas
de Petri com meio específico para teste de hidrólise
de amido ou pectina1 e foram avaliados quanto à
capacidade de produção de amilases e pectinases,
respectivamente. A detecção de hidrólise se deu
pela adição de Lugol às placas e pela observação
de zonas claras - halos - ao redor das colônias
produtoras de amilases ou pectinases.
As avaliações foram feitas por meio de cálculo de
índice enzimático (IE), onde IE = halo de
hidrólise/halo de crescimento. Os isolados com IE
>2 foram considerados bons produtores.
Dos 30 isolados testados, nove produziram amilases
(30%) e oito produziram pectinases (27%). Dentre
estes, quatro apresentaram IE > 2 para amilases
(RS2-013, EBA0122, RBR013 e UF012, com IE
máximo de 2,24) e dois para pectinases (RS2-013 e
EBA0122, IE máximo de 2,66). Silva e
colaboradores encontraram, em experimento com
bactérias endofíticas de diferentes espécies
vegetais, diferenças na incidência de bactérias
amilolíticas, sendo 29% de feijão-caupi e 7% da
cana-de-açúcar, resultado bastante inferior aos
obtidos no experimento aqui descrito.2 Já Gonzáles
encontrou variações na quantidade de endofíticos
pectinolíticos em cana-de-açúcar com diferentes
tipos de adubação, sendo 42% com adubação
orgânica, 60% com adubação inorgânica e 36% sem
adubação.3
Diferenças qualitativas e quantitativas entre isolados
derivados de uma mesma espécie de planta ou de
espécies distintas são esperadas, devido às
inúmeras variáveis edafoclimáticas que interferem
na colonização dos vegetais por bactérias
endofíticas.
Conclusões
Levando-se em consideração a metodologia usada
neste estudo, os isolados RS2-013 e EBA0122 são
especialmente indicados para a produção de
amilases e pectinases por terem a capacidade de
produzir ambas as enzimas, o que poderia facilitar e
diminuir custos nos processos industriais. Já os
isolados RBR013 e UF012 são indicados
exclusivamente para a produção industrial de
amilases, de acordo com a metodologia utilizada
nos experimentos.
Agradecimentos
Universidade Federal de Alagoas/ Embrapa
Tabuleiros Costeiros – Unidade de Execução de
Pesquisa e Desenvolvimento de Rio Largo - AL.
____________________ 1 Cattelan, A. J. Métodos quantitativos para a determinação de características bioquímicas e fisiológicas associadas com bactérias
promotoras de crescimento vegetal. Londrina: Embrapa Soja, 1999. 2Silva, M. D. da; Kuklinsky-Sobral, J.; Freire, F. J.; Silva, M. O.; Cadete, L. L.; Farias, A. R. B. de. Resumo da 4ª jornada de ensino,
pesquisa e extensão – JEPEX, Recife, Brasil, 2009. 3Gonzáles, H. H. S. Tese de Doutorado, USP/Instituto Butantan/IPT,
São Paulo, 2008.