55
Instituto de Química de São Carlos IQSC Universidade de São Paulo Aminoácidos e Proteínas Disciplina: Bioquímica Avançada Docente: Profa. Dra. Fernanda Canduri

AminoáCidos e Proteinas

Embed Size (px)

DESCRIPTION

,

Citation preview

  • Instituto de Qumica de So Carlos IQSC

    Universidade de So Paulo

    Aminocidos e Protenas

    Disciplina: Bioqumica Avanada

    Docente: Profa. Dra. Fernanda Canduri

  • O Aminocido

  • Formas quirais de aminocidos

  • Aminocidos polares

  • Aminocidos apolares

  • A abreviao dos 20 aminocidos

  • Os aminocidos

    citrulina

    ornitina

    selenometionina selenocistena

  • Escala de hidrofobicidade de aa

    -1,5

    -1

    -0,5

    0

    0,5

    1

    1,5

    2

    2,5

    W I F L C M V Y P A T H G S Q N E D K R

    aminoacidos

    hid

    rofo

    bic

    idade

  • Diagrama de Venn dos aminocidos

    Gly

    Ala

    Val

    Leu

    Ile

    Phe Trp

    Met

    Pro

    Cys

    Ser

    Thr

    Tyr Asn

    Gln

    Asp Glu

    His Lys

    Arg

  • Ocorrncia de aminocidosLeu

    Ala

    Gly

    Ser

    Val

    Glu

    Thr

    Lys

    Ile

    Asp

    Pro

    Arg

    Asn

    Gln

    Phe

    Tyr

    His

    Met

    Cys

    Trp

  • Os aminocidos

  • Titulao da alanina

  • A ligao peptdica

  • O polipeptdeo

  • Sequncia Primria

  • A cadeia polipeptdica

  • Distncia entre tomos na ligao peptdica

  • ngulos de toro , e

  • Nveis de estrutura protica

  • Hlice Alfa

    Estrutura helicoidal direita

    Estabilizao por ligaes de H entre aminocidos prximos

    n + 4 paralelas direo da cadeia

    Rotao de 100o entre aa adjacentes = 3,6 resduos por volta = passo

    1 Passo = 5,4

    n n+1 n+2 n+3 n+4 n+5

    Estruturas secundrias

  • A Hlice

    Interaes entre os grupos R adjacentes podem estabilizar ou desestabilizar a

    Hlice Alfa presena de Gly e Pro

  • Exemplo de protena constituda de hlices

    A hemoglobina

  • Folha beta pregueada

    Estrutura distendida em ziguezague

    Estabilizada por ligaes de H pela CC=O e HNC da cadeia principal de aa distantes na sequncia de

    aminocidos

    Distncia entre os carbonos alfa de aa adjacentes de 3,5

  • Folha

    antiparalela

    Folha

    paralela

  • Exemplo de protena constituda de folhas

  • Frequncia relativa dos aas em

    estruturas secundrias

  • Conectam os segmentos de hlices alfa e folhas beta

    Mudam a direo da cadeia

    So estruturas estabilizadas por ligaes de H entre os grupos CC=O e HNC da cadeia principal do AA n e n + 3.

    Alas so segmentos maiores de 8 a 16 resduos de aa

    Voltas

    Type II presena de Gly e Pro

  • Estrutura Secundria

    Diagrama de Ramachandran dos diferentes tipos de Estruturas

    secundrias

    Diagrama de Ramachandran da Piruvato quinase

    - Cada ponto representa 1

    resduo (Exceto Gly)

  • Preferncia relativa de estrutura secundria

    pelos diferentes aa

    Depende da sequncia de aa estrutura primria

    possvel predizer a estrutura secundria de uma sequncia por bioinformtica conhecendo a estrutura primria

  • Estrutura Supersecundria

    Combinaes entre diferentes arranjos de estrutura secundria

    Formam domnios caractersticos de famlias de protenas

    Unidade

    Unidade alfa-alfa

    Meandro

    Chave grega

    (Barril )

  • Estrutura terciria

    Relacionamento espacial entre todos os aminocidos de um polipeptdeo

    Estrutura tridimensional

    Estabilizada por interaes diversas entre as cadeias laterais e pontes dissufeto

    Ligaes de H tm pequena contribuio devido competio com a gua

    Pontes dissulfeto Ligaes de H entre grupos R

    Atrao eletrosttica Interaes

    hidrofbicas

    Coordenao por on

    metlico

    Hlice

    Folha

  • Foras que estabilizam a estrutura protica

  • A estrutura terciria

    Na estrutura terciria,

    aminocidos da cadeia

    polipeptdica com caractersticas

    hidroflicas tendem a

    permanecer na periferia,

    expostos ao solvente, enquanto

    aminocidos hidrofbicos,

    tendem a permanecer no interior

    da protena.

  • Enovelamento de protenas

    Ao longo da evoluo, as clulas incorporaram mecanismos

    bastante eficientes para evitar que erros na transmisso da

    informao gentica se propagassem na replicao, na transcrio e

    na traduo.

    Ainda assim, possvel que protenas recm sintetizadas no

    consigam desempenhar suas funes por erro no enovelamento.

    Protenas com multidomnios e multissubunidades, cujos

    componentes devem estar totalmente formados antes que se

    possam associar de modo correto entre si, necessitam de auxlio

    para tanto.

    Dogma de Anfinsen: As informaes necessrias para uma protena obter sua estrutura nativa esto na sequncia de

    aminocidos da protena.

  • Tripsina

    Lisozima

    Mioglobina

    Relao Estrutura Funo Biolgica

    Ausncia de estrutura nativa Ausncia de funo

    BSA: ~600 AA

  • Enovelamento de protenas

    As protenas podem ser desnaturadas e renaturadas in vitro

    Agentes desnaturantes de protenas frequentemente utilizados no Laboratrio de

    Bioqumica: cidos e detergentes, alm de altas temperaturas

  • Enovelamento de protenas

    A protena pode ser renaturada pela dilise na presena de um agente redutor

    - Agente redutor catalisa o enovelamento correto

    RNase A possui 4 pontes dissulfeto

    Reenovelamento

    Incorreto

  • Enovelamento protico

    O efeito hidrofbico

    A introduo de um composto hidrofbico perturba a rede de gua;

    A gua tende a minimizar seu contato com as molculas hidrofbicas;

    H uma organizao de camadas ou gaiolas de gua entorno de compostos apolares

    Com alto custo entrpico.

    Excluso do composto apolar da fase aquosa Interaes hidrofbicas (H < 0)

    Formao de aglomerados apolares reduz a rea de contato com a gua

    Liberao de molculas de H20 das gaiolas

    Gaiola de H20

  • Enovelamento protico

    O efeito hidrofbico

    Ex: Mioglobina

    - Polipeptdio de 153 resduos - 45 x 35 x 25 muito compacta

    - 8 hlices alfas (70%) - Algumas Hlices so anfipticas

    - Azul: Aminocidos Hidrofbicos enterrados no interior Excludos da gua

    - Resduos polares no interior esto interagindo com o Ferro e Oxignio

  • O efeito hidrofbico

    Existem excees regra - as protenas de membrana

    Linguagem de 20 aminocidos

    permitem a diversidade estrutural

    das protenas

  • 0 SystemSystem STHG

    O Enovelamento de Protenas em termos da G

    Um conjunto de protenas no-enoveladas no meio aquoso enovelam-se

    espontaneamente (G < 0), para atingirem um estrutura organizada com baixa S

  • Enovelamento de protenas

    O enovelamento cooperativo

    O enovelamento ocorre de maneira hierrquica pores locais enovelam primeiro e sucessivamente

    Intermedirios do enovelamento so observados

  • Vias de Enovelamento Teoria do Funil

    O Enovelamento de Protenas Hierrquico

    Segue vias ou rotas sem testar todas as possibilidades!!

    Controle termodinmico

    Controle Cintico

  • Enovelamento de protenas

    Existem protenas que, alm de auxiliar o enovelamento

    protico, encaminha a protena destruio, caso no seja

    possvel atingir a configurao correta.

    So as chaperonas moleculares: constituem uma famlia de

    protenas que se ligam s protenas desenoveladas ou s

    cadeias polipeptdicas parcialmente enoveladas para evitar a

    associao incorreta de segmentos hidrofbicos expostos, os

    quais poderiam levar a um dobramento incorreto, agregao e

    precipitao.

    Permitem ainda que protenas enoveladas de maneira incorreta

    sejam reorganizadas em sua conformao nativa.

  • Enovelamento de protenas

    O enovelamento pode ser auxiliado ou assistido

    Chaperones moleculares

    15 a 20 % das protenas bacterianas em condies no estresse necessitam de

    auxlio para o enovelamento

    As chaperones moleculares auxiliam o enovelamento e previnem a agregao de

    protenas em condies de estresse

    Elas no interferem na estrutura final das protenas

    O Princpio de Anfinsen respeitado A estrutura de uma protena codificada

    pela seqncia de aminocidos

  • Dinmica de protenas

    A estabilidade das protenas controlada para manter suas funes

    Mudanas conformacionais e flexibilidade maior estabilidade faria a protena pouco

    flexvel

    Permitir regulao por ligantes diversos Alosteria ativao e inativao regulada

    Permitir rpida degradao quanto maior a estabilidade mais difcil seria a

    degradao

    Permitir transporte por membranas os poros e canais so pequenos

    Permitir o escape de armadilhas nas vias de enovelamento

  • Estrutura Quaternria

    Reunio de diferentes subunidades

    Interaes entre grupos laterais de cadeias diferentes

    Mesmas interaes que na estrutura terciria

    Possuem diversos eixos de simetria cristalina

    Holohemoglobina

  • Estrutura quaternria

    Consiste de mais de uma cadeia polipeptdica unidas por diferentes

    interaes, formando polmeros necessrios para a funo da

    protena.

    (b) HIV protease

  • Protenas Globulares

    Protenas assume uma forma aproximadamente esfrica

    A cadeia se enovela entorno de si mesma formando uma estrutura compacta

    Geralmente solveis em gua

    Ex.: Mioglobina e Triose fosfato isomerase

  • Protenas Fibrosas

    Protenas filamentosas com a cadeia distendida ao longo de um eixo

    Funo estrutural e de sustentao

    Insolveis em gua

    Colgeno e Queratina estrutura helicoidal

    Fibrona (seda) Folha anteparalela

  • Protenas Fibrosas

    Colgeno

    Principal protena de sustentao

    30 genes 19 tipos diferentes de colgeno

    ~ 1000 residuos

    35%= Gly

    11%= Ala

    21% = Pro ou Hyp

    Baixo valor nutricional: gelatina

    Repetio do tripeptdeo

    Gly-X-Y

    X= Pro

    Y= Hyp

    Forma uma tripla-hlice a direita

    Somente Gly pode ser acomodada entre

    as cadeias

  • Protenas Fibrosas

    Colgeno

    Hlice esquerda 3 aminocidos por volta: Gly no interior

  • Protenas Fibrosas

    Queratina: protena do cabelo

    Forma uma hlice alfa a direita em um Coiled-coil: duas hlices alfa entrelaadas

  • Classificao de protenas

    Protenas simples

    Compostas apenas por aminocidos naturais

    Protenas Conjugadas

    Contm aminocidos modificados ou outros grupos ligados

    Grupo prosttico (ex: grupo heme)

    Holoprotenas protena + grupo prosttico (ex: holomioglobina)

    Apoprotenas protena sem o grupo prosttico (ex: apomioglobina)

    Protenas monomricas

    Formada por apenas uma cadeia polipeptdica

    Desprovidas de estrutura quaternria

  • Classificao de protenas

    Protenas oligomricas

    Formadas por associaes de subunidades polipeptdicas

    Homo = associao de cadeias idnticas

    Hetero = associao de diferentes cadeias

    Protenas Estruturais

    Do forma e sustentao ao organismo

    Ex: colgeno

    Protenas Funcionais

    Desempenham funes diversas

    Ex: Catlise enzimtica; transporte, defesa, etc.