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ANA MARIA DA SILVA MORAIS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE SERVIÇO SOCIAL EVASÃO ESCOLAR FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE OURINHOS - EAD OURINHOS/SP ABRIL/2015

Ana Maria Da Silva Morais

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ANA MARIA DA SILVA MORAIS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

EVASÃO ESCOLAR

FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE OURINHOS - EAD

OURINHOS/SP

ABRIL/2015

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ANA MARIA DA SILVA MORAIS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

EVASÃO ESCOLAR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado junto á

FAESO - Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos

Conclusão do Curso de Serviço Social.

Orientadora: Prof.ª. Juliana Desiderio Lobo Prudêncio

FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE OURINHOS - EAD

OURINHOS/SP

ABRIL/2015

Page 3: Ana Maria Da Silva Morais

RESUMO

Pretende-se com esse trabalho, compreender um pouco mais a Evasão Escolar, tanto no que diz respeito aos conteúdos quanto à metodologia, para que se fomente uma solução, mesmo que parcial, não deixando de lado a visão de escolaridade perdida, pois em consequência da Evasão Escolar, temos hoje um grande número de adultos analfabeto, que devemos ajudá-los a resgatar sua autoestima, criando condições que favoreçam, sendo cidadãos ativos no processo de mudança, cujo modelo os excluem de seus direitos básicos.

O termo fracasso escolar resume um grande número de fenômenos educacionais, como: baixo rendimento do aluno, reprovação, repetência, evasão e outros. Conforme afirma Souza (2011, p.26) a evasão escolar no Brasil é um problema antigo, que perdura até hoje.

Cabe comentar que fracasso escolar e sucesso são termos que costumam serem utilizados com frequência para denominar uma aprendizagem escolar considerada insatisfatória, e ou, satisfatória, respectivamente.

No primeiro capítulo mostra-se a história do fracasso escolar, consequentemente o ensino de Jovens e Adultos que retornam à escola em busca de um futuro melhor.

Palavra-chave: Evasão Escolar.

Page 4: Ana Maria Da Silva Morais

Agradeço à Deus por essa vitória e

dedico esse trabalho à minha

família, meu noivo e aos amigos que

me incentivaram à buscar minha

realização, tornando minha

Graduação em Serviço Social uma

realidade.

Page 5: Ana Maria Da Silva Morais

"Mesmo reconhecendo que a educação

no próximo século não vai ser a chave

da transformação concreta para a

retomada da liberdade, estejam

convencido da eficácia da prática

educativa como elemento fundamental

no processo de resgate da liberdade".

Paulo Freir

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO....................................................................................................7

CAPÍTULO 1 – A HISTÓRIA DO FRACASSO ESCOLAR ............................8

1-1 A evasão escolar.......................................................................................9

2-1 Como explicar esse fenômeno..................................................................10

3-1 O trabalho ou a escola................................................................................12

Capítulo 2 – A EVASÃO ESCOLAR ................................................................14

2-1 Os desafios curriculares frente à evasão escolar........................................15

2-2 Os motivos que leva o adolescente a abandonar a escola...........................17

2-3 Os educadores batendo de frente com o sistema educacional atual............19

Capítulo 3 - Escola na sociedade........................................................................21

Evasão precoce resulta no EJA.......................................................................... 21

3-1 Atuação da escola......................................................................................... 25

3-2 Atuação da família.......................................................................................... 28

3-3 Atuação do serviço social............................................................................... 29

4. Considerações finais.........................................................................................30

5. Referências bibliográficas ............................................................................... 31

Page 7: Ana Maria Da Silva Morais

INTRODUÇÃO

O ensino de Jovens e Adultos está incluído na Lei 9394/96 e destina-se

a um grande contingente de jovens e adultos que não tiveram acesso ou

continuidade de estudos na idade própria, caracterizando assim a Evasão

Escolar como sendo um problema antigo, que perdura até hoje. De acordo com

MENEZES

O problema da Evasão Escolar é uma questão que tem raízes históricas, associando-se a uma questão política imposta pelas elites, na qual pesam sucessivas intervenções do governo na mudança do sistema escolar. (2011, p.01),

Daí a necessidade de oferecer espaço para quem evadiu-se da escola,

sem esquecer de trabalhar a Evasão hoje, buscando o aluno faltoso,

incentivando-o a buscar novos horizontes, propiciando auxílio para que volte à

escola. Oferendo educação de qualidade, preenchendo os espaços vagos na

vida do aluno, repondo a escolaridade perdida e permanecendo até a

conclusão do curso e, com certeza, ter uma aprendizagem satisfatória,

formando assim pessoas críticas e criativas, capazes de exercerem seu papel

de cidadão ativo nos processos de mudança da sociedade.

Page 8: Ana Maria Da Silva Morais

CAPÍTULO 1 – A HISTÓRIA DO FRACASSO ESCOLAR

A história do fracasso escolar, nos acompanha há muito tempo.

Pensando na história do Brasil, podemos averiguar que a educação era para

poucos. Apenas a elite tinha acesso à escola. As situações financeiras era, e

ainda é um grande obstáculo. Apesar da política social hoje auxiliar a

educação, ainda temos grandes problemas sociais que acaba por deixar a

criança e ou o adolescente fora da escola.

O fracasso escolar, que, não é um problema restrito apenas em algumas

unidades escolares, vem ocupando um importante papel nas discussões de

pesquisa educacionais no cenário brasileiro, assim com as questões da não

valorização dos profissionais da educação expressa na baixa remuneração e

nas precárias condições de trabalho. Devido a isto, educadores brasileiros,

cada vez mais, vêm preocupando-se menos com as crianças que chegam à

escola, mas, que nela não permanecem. Não generalizando, é claro, mas

temos que mudar essa história.

1.1A EVASÃO ESCOLAR

O conceito de evasão escolar pode ser conceituado no momento em que

o aluno deixa o ambiente escolar, o fato que se dá por diversos motivos,

resultando na conclusão do ciclo escolar. É classificado como abandono ou

evadido.

Escola é um estabelecimento de ensino, formado por professores e

profissionais da educação que instruem, ou ensinam o estudante que procura a

escola para receberem o ensino dos mestres, que fazendo escola definam

princípios que outros seguem.

Hoje no Brasil, a evasão escolar se constitui como um problema que

cresce cada vez mais, afetando principalmente as escolas públicas. Várias

discussões e debates têm sido realizados procurando encontrar o

“responsável” e a “solução” para este problema.

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Um dos mitos que permeia as explicações dos professores sobre esse fenômeno, é o de que a criança carente não aprende. Outro mito utilizado para explicar o fracasso, é o da carência dos professores, mal preparados e desmotivados. (Patto,1999)

Se essa ideia fosse verdade, de que criança com fome não aprende,

estaríamos com a Evasão escolar teria diminuído bastante, pois hoje contamos

com o profissional em nutrição e as merendas escolares são fartas de

vitaminas e sustento para os estudantes, para que seja preparado o melhor.

1.2 COMO EXPLICAR ESSE FENÔMENO

A questão da evasão e repetência não é recente, mas um fenômeno

presente há pelos menos seis décadas E, nesse período, pouco se conseguiu

fazer para alterar tal quadro que atinge uma parcela significativa dos

estudantes que ingressam no sistema educacional brasileiro.

Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP, 2007)

mostram que 41% dos alunos que ingressam na 1ª série do Ensino

Fundamental não conseguem terminar a 8ª série. Segundo a mesma pesquisa,

26% dos alunos que iniciam o Ensino Médio não o concluem e levam em torno

de 10,2 anos e 3,7 anos respectivamente para o concluírem. Ao analisar o

Ensino Fundamental e Médio, apenas 40% dos que ingressam no nível

obrigatório concluem a 3ª série do Ensino Médio, precisando de

aproximadamente 13,9 anos para isso. Esse dado evidencia uma distorção

série/idade que continua sendo um problema para a educação brasileira.

Page 10: Ana Maria Da Silva Morais

59%

41%

Ensino Fundamental

concluintes evadidos

Fonte: (INEP, 2007)

O acesso à escola para todos foi uma reivindicação e conquista dos

trabalhadores, cujo direito está garantido em lei, pela Constituição Federal de

1988, reafirmado e regulamentado pela LDB 9394/96 e no Estatuto da Criança

e do Adolescente (ECA, 1990). O fato de estar garantido em lei não significa

que efetivamente seja para todos, pois vivenciamos, ainda, elevados índices de

evasão e repetência nas escolas públicas brasileiras.

Não se pode explicar o que não se compreende, por isso fui averiguar

vários autores que têm um certo entendimento. De acordo com Patto (1999), é

possível perceber que o Fracasso Escolar persiste ao longo da história da

escola pública brasileira e parece estar imune às ações já desenvolvidas na

tentativa de sua superação.

Hoje existe vários auxílios que o Governo desenvolveu, o setor social

cresceu muito e procura fazer um belo trabalho nesse aspecto. Crianças e

adolescentes fora da escola já é uma realidade bem diferente, pois

profissionais trabalhando junto com a escola está fazendo o possível e

trazendo-os evadidos para a escola.

Page 11: Ana Maria Da Silva Morais

1.3 O TRABALHO OU A ESCOLA

Home Artigos - Jornal Mundo Jovem - Estudar ou viver, eis a

questão...

O adolescente tem vários sentimentos: a sensação de onipotência, em

que nada de mal pode acontecer com ele (somente com os outros), ou a baixa

autoestima ou o excesso de autoconfiança, assim como o imediatismo (a

satisfação das necessidades no momento em que se apresentam). Neste

quadro turbulento e nesta urgência de viver “tudo ao mesmo tempo agora”

entra a escola.

O que a maioria das escolas oferece aos adolescentes? A primeira

reflexão é que num momento em que a afirmação da identidade é prioridade na

vida do adolescente, muitos professores não conhecem nem o nome dos seus

alunos, tratando-os pelos números de chamada. Quer dizer, onde ele mais

precisa de acolhimento, encontra sucessivas vezes a indiferença.

Em Ribeirão Preto, um terço das crianças abandona os estudos, com o

argumento da necessidade de encontrar emprego para ajudar no sustento da

família. Apesar disso, apenas metade entra no mercado de trabalho. Mesmo

com essas adversidades, todas se consideram felizes.

Esses são alguns dos resultados da pesquisa de pós-doutorado Estilo

de vida e trabalho de crianças e adolescentes cadastrados em programas de

saúde da família de Ribeirão Preto/SP, desenvolvida pela enfermeira Renata

Cristina da Penha Silveira, na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto

(EERP) da USP.

Posso dizer que a maioria desses jovens que se evadem do grupo

escolar é para ajudar a família. Talvez naquele momento não há uma escolha,

então se pensa no agora e nem percebe que o amanhã "voltar à escola", não

chega. Posso dizer isso, pois minha vida se resume em uma história assim.

Deixei os estudos ao completar o Ensino Médio, eu já trabalhava, mas agora

ele seria noturno, mas tudo bem amanhã faço faculdade. Esse amanhã chegou

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aos 38 anos de Idade, encontrei a Estácio com seu EAD, era o que eu

procurava. Mais de 50 milhões de alunos matriculados na educação básica do

País deveriam ter voltado a estudar nesse início de ano. Porém, um a cada

quatro alunos que inicia o ensino fundamental no Brasil abandona a escola

antes de completar a última série, segundo o Relatório de Desenvolvimento

2012, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

A necessidade de trocar os estudos pelo trabalho, a distorção de idade e série,

a falta de acesso e o desinteresse são os principais motivos para que as crianças e

adolescentes abandonem a escola. É no ensino médio que a maioria desiste.

O trabalho tem muita influência para que um jovem deixe de frequentar a

escola. Para poder trabalhar durante o dia, é comum o aluno optar pelo período

noturno escolar. Porém cansados, não conseguem acompanhar as aulas.

“Trabalhando o dia inteiro, esses meninos e meninas ainda em formação física e psicológica têm seu rendimento afetado ou deixam de frequentar a escola por cansaço”, aponta Ranieri. “Geralmente essas crianças não vão trabalhar em escritório, e sim em trabalhos que adultos não querem fazer e que envolve esforço físico.”

Page 13: Ana Maria Da Silva Morais

Capítulo 2 – A EVASÃO ESCOLAR

Falar da evasão escolar é fácil e difícil. Fácil porque vemos

acontecer no dia a dia, somos peças de um quebra cabeça escolar. Difícil,

pois as causas e consequências são várias. O que muitas vezes conforta é

quando o aluno retorna, mesmo que no EJA, ensino de jovens e adultos,

pois ainda tem perspectiva para o futuro.

No livro “O cidadão de papel”, Gilberto Dimenstein, 1994, nos fala

muito sobre a criança, pois é o elo mais fraco da cadeia social.

A criança começa a ser derrotada, quando não têm seus direitos

atuantes. Quem não se alimenta direito, não cresce em um bom ambiente,

não consegue aprender o que ensinam na escola.

Quando é a hora do intervalo, o aluno se prepara para se alimentar,

alguns leva o próprio lanche, mas a grande maioria consome o alimento

entregue na escola. Hoje a refeição conta com variável cardápio. Depois de

comer, vem a brincadeira e ou a correria, onde eles se entregam deixando

a sala de aula de lado.

A hora que o sinal toca, é hora de voltar para a sala de aula, começa

novamente a correria, mas é diferente. A professora é esperada com

alegria.

Hoje é com grande satisfação que acompanho as crianças no dia a

dia escolar, abraços, beijos, acenos, cumprimentos, na escola, no mercado,

nas ruas do bairro, onde está um funcionário escolar, está a alegria ao

encontrar o aluno. Sempre seremos lembrado. Até quando encontramos

alguém que nos cumprimenta e nem lembramos quem é, com certeza é: ex.

aluno, pai de aluno, tio de aluno. As crianças crescem, se transformam e

ficam diferente, isso sem contar que nós somos um e eles muitos. Mas a

satisfação é real.

Page 14: Ana Maria Da Silva Morais

2.1 Os desafios curriculares frente à evasão escolar.

[...] influenciado pelos países que tinham como referência o ideário liberal, a noção de estado provedor de uma educação para todos chegou ao Brasil então, a partir da década de 1930, com o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, elaborada por Fernando de Azevedo e assinado por 26 educadores brasileiros, motiva a luta pela laicidade do ensino, pela institucionalização e expansão da escola pública, pela igualdade dos sexos no direito à escolarização e pela obrigatoriedade de Estados assumirem a oferta universal e gratuita de ensino. (MENDONÇA, 2000, p. 78 - 79).

Assim, pensar em uma escola democrática significa fazer com que

toda a comunidade interna e externa se envolva nos processos de tomadas

de decisões, não permitindo que as decisões venham de cima para baixo,

mas sim do coletivo.

Nesta perspectiva, Luck (2000), destaca a importância do diretor:

Um diretor de escola é gestor da dinâmica social, um viabilizador e orquestrador de atores, um articulador da diversidade para dar-lhe unidade e consistência na construção do ambiente educacional e promoção segura da formação dos seus alunos. Suas ações têm em mente o conjunto todo da escola e seu papel educacional. Não apenas imediato, mas de repercussão no futuro, em acordo com a visão estratégica e com amplas políticas educacionais. (LUCK, 2000, p.101)

O papel do gestor é promover um relacionamento harmonioso entre

os diversos segmentos que compõem uma comunidade escolar, de modo

que atinja suas metas, permitindo que as pessoas trabalhem de maneira

feliz e produtiva em consonância com os objetivos propostos pela

instituição.

Portanto, faz-se necessário que o gestor aprenda a enfrentar a

problemática da evasão escolar, que é um dos maiores desafios

enfrentados pela escola, buscando ações que estimulem a permanência e

atenda às necessidades desses alunos.

Page 15: Ana Maria Da Silva Morais

A gestão democrática, como parte política do Projeto Político

Pedagógico (PPP), proporciona à comunidade escolar conhecimento,

vivências diferenciadas no cotidiano da vida escolar. Vale ressaltar a

importância do comprometimento de gestores e toda a comunidade escolar,

na construção de uma proposta educativa que torne a aprendizagem mais

significativa e crítica valorizando a ação pedagógica.

O desafio passa por criar e permitir uma nova ação docente na quais

professores e alunos possam participar de um processo para aprender de

forma criativa, dinâmica e encorajadora, que tenha como base o diálogo e

as descobertas garantindo o sucesso e a autonomia do aluno.

Há uma relação entre evasão e condições de vida do país. Os mais

pobres exigem que os filhos gerem renda.

A repetência também colabora muito. O aluno não consegue

aprender como deveria, vai repetindo o ano, até que, desmotivado, procura

outro caminho.

Se a reprovação e a repetência têm de ser combatidas e eliminadas,

é preciso saber que a aprendizagem venha substitui-los. De nada adianta o

aluno ser promovido a série seguinte sem ter aprendido.

2.2 Os motivos que leva o adolescente a abandonar a escola.

Os motivos para o abandono da escola - Dentre os motivos alegados

pelos pais ou responsáveis para a evasão dos alunos, são mais frequentes nos

anos iniciais do ensino fundamental (1ª a 4ª séries/1º ao 9º ano) os seguintes:

Escola distante de casa, falta de transporte escolar, não ter adulto que leve até

a escola, falta de interesse e ainda doenças/dificuldades dos alunos. Ajudar os

pais em casa ou no trabalho, necessidade de trabalhar, falta de interesse e

proibição dos pais de ir à escola são motivos mais frequentes alegados pelos

pais a partir dos anos finais do ensino fundamental (5ª a 8ª séries) e pelos

próprios alunos no Ensino Médio. Cabe lembrar que, segundo a legislação

brasileira, o ensino fundamental é obrigatório para as crianças e adolescentes

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de 6 a 14 anos, sendo responsabilidade das famílias e do Estado garantir a

eles uma educação integral.

(Virando A escola do avesso por meio da avaliação - ESTÁCIO)

“Desmotivação é o que mais tira os jovens da escola” – esse é o título de

uma reportagem do jornal Folha de São Paulo, de 7 de janeiro de 2007, no

Caderno Cotidiano, p. CI. “Deu preguiça de andar até a escola” – essa é a

razão apontada por Aline (nome fictício) para explicar por que parou de estudar

aos 15 anos. Aparentemente, a resposta indica que foi a larga distância ou a

falta de transporte público entre a sua casa e o colégio, que a fez desistir,

comenta a reportagem...

Esse é mais uma das desculpas, ou até mesmo explicações que

encontramos ao indagarmos o porquê da evasão escolar. Geralmente são

considerados “chatos” os professores autoritários e centralizadores, que não

dão oportunidade de os alunos desenvolverem sua autonomia.

O Censo 2010 mostrou que, em dez anos, o nível de instrução das

mulheres continuou mais elevado que o dos homens e elas ganharam mais

espaço no mercado de trabalho.

Além de educação e trabalho, os últimos resultados do questionário da

Amostra do Censo trazem informações mais detalhadas também sobre

rendimento e deslocamento para estudo e trabalho.

A taxa de abandono escolar precoce é a proporção de jovens de 18 a 24

anos de idade que não haviam completado o ensino médio e não estavam

estudando. Houve uma queda dessa taxa de 2000 para 2010, passando de

48,0% para 36,5%. Essa taxa foi maior entre os homens (41,1%) que entre as

mulheres (32,0%). Uma parcela significativa dos jovens de 18 a 24 anos de

idade sem ensino médio completo abandonou a escola após ingressar nesse

nível, isto é, 21,2% dos mesmos. Uma proporção ainda maior deles abandonou

a escola sem completar o ensino fundamental (52,9%).

As vinte menores taxas (entre 6,5% e 17,2%) de abandono escolar

precoce foram encontradas em municípios da região Sul e do estado de São

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Paulo, sendo a menor em Santana da Ponte Pensa, município de São Paulo.

As vinte taxas mais altas (os resultados mais insatisfatórios) se encontravam

mais dispersas pelo território e variavam entre 68,5% e 80,1%, esta última

referente a Doutor Ulysses (PR).

© 2014 IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

2.3 Os educadores batendo de frente com o sistema educacional atual.

Segundo Leite, o “programa de promoção automática estará

destinado a completo fracasso se os seu executores (professores,

diretores, inspetores) não estiverem convencidos de sua necessidade,

assim como de suas limitações” (idem, p.33).

Professores, que muitas vezes não consegue aceitar a ideia de que

o aluno seja aprovado sem ao menos saber o básico, pois hoje isso

acontece em nosso dia a dia escolar. O fato de que o aluno não pode ser

reprovado é um ponto para a mais de fracasso na educação. Conseguir um

diploma apenas para ter um papel comprovando que concluiu, não quer

dizer que tenha o conhecimento ali indicado.

A indisciplina escolar também é um grande desafio a ser enfrentado

pelos educadores, uma vez que comportamentos indisciplinados são vistos

como obstáculos para uma aula construtiva e agradável.

A repetência pode ser consequência de um trabalho pedagógico

“forçado”, em que o aluno, simplesmente cumpri as ordens do professor,

acaba por desistir dos estudos. E quanto maior for o número de alunos que

dele desiste, maior o fracasso que desencadeia.

Quando o educador encontra a causa da indisciplina, que varia de

aluno para aluno, é preciso ajudá-lo e não puni-lo, pois a punição, na

maioria dos casos, gera indisciplinas maiores que as anteriores. Educar

exige segurança, clareza de objetivos, coerência, dedicação, tempo e

persistência. Não é tarefa fácil para o educador disciplinar uma criança.

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Portanto, se ele quer ter uma aula prazerosa, é preciso criar laços de

carinho e respeito com o aluno.

Hoje, percebe-se a falta de acompanhamento familiar dentro da

escola. Os pais precisam trabalhar e não apenas o homem, pois a mulher,

que tanto buscou sua independência, hoje também trabalha para ajudar no

sustento da família; sem contar os casos de crianças que são criadas

apenas pela mãe ou pelo pai, avó, tio ou até mesmo pelos irmãos mais

velhos. O que antes se entendia por família mudou muito na atualidade, o

que compromete a educação dessas crianças que frequentam ou não a

escola.

Se o professor passa para esse aluno uma cópia como punição por

ter quebrado a regra, essa punição não tem sentido para ele e de nada vai

adiantar a punição. Ela precisa ter sentido, ou seja, por causa da

brincadeira ‘fora de hora’, ficará sem brincar ‘na hora de brincar’. Como, por

exemplo, fazer o aluno devolver o objeto que pegou do colega ou limpar

algo que sujou. Não faz sentido colocá-lo para fora de sala simplesmente

porque descumpriu uma regra. Colocá-lo para fora de sala não vai dar

sentido ao estabelecido no combinado e ainda pode perder a autoridade do

professor. É preciso resolver com diálogos constantes. Mas nem sempre é

o que acontece e o profissional se divide em saber o que fazer e o colocar

em prática, pois muitas vezes é mais fácil mandar o aluno para fora.

A família é o primeiro contexto de socialização e exerce grande

poder de influência sobre as crianças. Também é possível perceber que

altos índices de indisciplina podem gerar agressividade e Bullyng. Por isso,

o professor precisa estar atento a qualquer mudança de conduta que um

aluno pode apresentar.

Enfim, o que se deseja é disciplina, sim! Não uma disciplina pautada

em ‘robôs’, como acontecia com a escola tradicional, em que os alunos

eram submissos às ordens dadas por seus professores; mas uma disciplina

pautada na coletividade para o bem de todos. Para que professores e

orientadores tenham aulas mais prazerosas e significativas é preciso que a

família, o sistema escolar, a comunidade e os próprios professores

repensem sua prática como pais, educadores e formadores de opinião.

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CAPÍTULO 3 – ESCOLA NA SOCIEDADE

Nossa escola hoje, deixa muito a desejar, pois não acompanhou o

desenvolvimento tecnológico. Os alunos "sentadinhos", um atrás do outro

escrevendo o que o professor escreve no quadro negro não dá mais. A

geração de alunos atuais se encontra muito informatizada, eles são elétricos,

fazem várias coisas ao mesmo tempo e não conseguem ficar parados.

Evasão precoce resulta no EJA.

Para analistas de educação, a baixa qualidade do ensino e as altas

taxas de reprovação são alguns dos fatores responsáveis pela "expulsão" do

jovem brasileiro da escola. O Censo Escolar de 2011 mostra que mais de um

milhão de jovens estão “presos” no ensino fundamental, e por conta de

reprovações ou outros fatores, não conseguem passar de ano e chegar ao

ensino médio.

IBGE nos diz que 37,9% dos jovens brasileiros abandonam estudos;

entre os homens, 37,9% dos jovens entre 18 e 24 anos deixam a escola antes

do tempo previsto. Entre as mulheres, a taxa de evasão escolar é mais baixa:

26,6% das brasileiras entre 18 e 24 anos deixaram a escola antes do tempo.

Aí apresentamos o EJA, ensino de jovens e adultos, que voltam a escola

concluir o que não pode devido a vários motivos.

O funcionamento pedagógico da escola elementar, no período do

Império, baseia-se no uso do método Lancasteriano¹, criado na Inglaterra

Page 20: Ana Maria Da Silva Morais

durante a Revolução Industrial e introduzido no Brasil em outubro de 1827,

quando já havia caído em desuso na Europa. Os relatórios da época apontam

como causa a baixa produtividade da escola elementar, a falta de preparo dos

mestres, a falta de prédios escolares, a falta de um plano de instrução desde o

ensino primário bem como a falta da fundação de uma universidade. Somente

no século XIX, o Brasil tem uma melhora, na área educacional, mas apesar

disso, a escola primária permanece com seu caráter mecanicista, constituindo-

se como objetivo principal, ensinar a leitura, escrita e cálculo.

Desde o seu início, até a década de 30, a República se caracterizou por

manter o ensino primário relegado a um segundo plano, não se preocupando

com a questão do analfabetismo. Em 1915, organiza-se a Liga Brasileira

Contra o Analfabetismo, cujo lema era: “Combater o analfabetismo é dever de

honra de todo brasileiro”. Porém, apesar dos esforços da Liga, no final dos

anos 20, ainda havia 75% de analfabetos na população brasileira.

Na Ditadura Vargas, a visão popularista do governo, promove grandes

transformações: estruturou-se o Estado brasileiro, expandiu-se o processo de

industrialização e urbanização e começou a organizar-se um sistema público

de educação elementar impulsionado pelo governo central, incluindo a

educação de jovens e adultos.

Em 1947, no Brasil, cria-se a Campanha de Educação de Adultos, que

tinha duas etapas a primeira era para ser feita em dezessete meses, para

concluir o ensino primário, já a segunda para a capacitação profissional e o

desenvolvimento comunitário. Inicialmente foi um sucesso, mas chegando ao

final da década de 50, o trabalho foi diminuindo até deixar de existir os adultos

analfabetos que foram responsabilizados pelo fracasso do trabalho, isentando-

se a sociedade de sua responsabilidade.

O início dos anos 60 é marcado pela experiência de educação de

adultos desenvolvida por Paulo Freire, principalmente no nordeste. Em 1958,

com a sua participação difunde-se a ideia de um programa permanente de

educação de adultos, espalhando-se pelo país afora, o que mobilizou

intelectuais, estudantes, trabalhadores e educadores, no qual culminou no

Plano de Alfabetização aprovado em 1964. Com o golpe militar de 1964, Paulo

Page 21: Ana Maria Da Silva Morais

Freire é exilado e com isso os princípios de pedagogia de Paulo Freire passam

a ser reprimidos. Em 1967 o Governo militar organiza o Mobral – Movimento

Brasileiro de Alfabetização, que se espalhou e funcionou por todo o país até

1985, pois pretendia-se qualificar a mão de obra com uma escolaridade mínima

que atendesse a perspectiva do novo ciclo de desenvolvimento que se iniciava

no Brasil a partir dos anos 60.

Com o fim da Ditadura Militar, o Mobral foi extinto, em seu lugar foi

criado a Fundação Educar, que se extinguiu em 1989 e criou-se o PNAC –

Plano Nacional de Alfabetização e Cidadania, que no ano seguinte é extinto

sem qualquer explicação para a sociedade civil que o havia apoiado, deixando

o país sem uma política de educação de jovens e adultos. Em 1989, foi criado

no Brasil a Comissão Nacional de Alfabetização, de início coordenado por

Paulo Freire e depois por José Eustáquio Romão. Ela continua até hoje cm o

objetivo de elaborar diretrizes para a formulação de políticas de alfabetização a

longo prazo que nem sempre são assumidas pelo governo federal. Explica-se

assim o histórico distanciamento entre sociedade civil e Estado no Brasil no

que se refere aos problemas educacionais. Constatando que não é fácil e

nunca foi fácil a luta pela educação. Destaquei o Eja – Educação de Jovens e

Adultos, porque devido ao grande número de evasão escolar, o Ensino aos

jovens e adultos acaba sendo o próximo passo para quem deseja concluir seus

estudos.

Os educadores que trabalham com a educação de jovens e adultos,

possuem uma tarefa não menos difícil, pois trata-se de encantar, ou talvez re-

encantar este aluno adulto que já passaram por várias experiências de escola,

e delas, não raro, têm tristes recordações. É uma tarefa nada fácil.

No cotidiano dessas escolas, no trabalho com a EJA, muitos erros os

esperam, muitos sustos os aguardam nas esquinas e labirintos da exclusão.

Muitas surpresas agradáveis também acontecerão, pois as trilhas estão sendo

seguidas, não estão prontas. Se estivessem, trilhas não seriam, seriam

avenidas, estradas, rodovias da educação. Seriam rotas seguras, seriam

certezas e verdades. O professor tem que arriscar por novos trilhos a cada ano

escolar que se inicia, são novos alunos, novos desafios, novas histórias de

vida; sem temer as sombras, pois é necessário o claro-escuro, a razão e a

Page 22: Ana Maria Da Silva Morais

emoção, o saber afetivo, que nasce uma forma diferente, solidária, ecológica

de construir conhecimento onde nem tudo se pode esperar.

Para que se possa eliminar o analfabetismo precisa-se exigir que o

sistema público de ensino seja capaz de reter o contingente de alunos

matriculados no ensino fundamental, oferecendo escola pública para todos,

que esse ensino seja adequado à realidade onde está inserido, para que seja

de qualidade. Devendo ser democrático pela gestão participativa, que integra a

comunidade e os movimentos populares na construção e definição de sua

identidade. Enfim, deve ser autônomo e constituir-se numa pedagogia cidadã.

3.1 A Atuação da escola

A escola exerce papéis muito importantes na sociedade atual além da transmissão do conhecimento básico de matérias curriculares.

Com o passar dos anos a civilização vem adquirindo conhecimentos sobre o mundo e a natureza, e esses conhecimentos são transmitidos de geração para geração através da educação que recebemos primeiramente em nossos lares e após isso, na escola, seja ela pública ou privada. Na escola estudamos português, matemática, ciências, história, geografia entre muitas outras matérias que custaram em grande esforço de pesquisa dos professores para serem transmitidos aos alunos.

Além das matérias básicas de ensino, na escola também podemos aprender grandes “matérias” que estão além da grade curricular. São elas: ética, moral, consciência sobre meio ambiente e sustentabilidade e posições políticas a partir de situações apresentadas pelos próprios educadores ou situações vistam pelos alunos.

Segundo estabelece o artigo 24 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação a carga horária mínima anual, para a educação básica, nos níveis fundamental e médio, será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver (I). Estabelece ainda que o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a frequência mínima de setenta e cinco por cento (75%) do total de horas letivas para aprovação (VII).

Assim, a intervenção com sucesso para evitar a ocorrência da evasão escolar ou infrequência do aluno, deve se realizar quando se constata que a sua ausência pode comprometer o ano letivo, ou seja, a intervenção tem que ser preventiva, para não prejudicar ainda mais o aluno.

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O principal agente do processo para o combate à evasão escolar é o PROFESSOR, face ao seu contato direto e diário com o aluno, cabendo diagnosticar quando o mesmo não está indo a escola (sem justificativa) e iniciar o processo de resgate. O professor é quem inicia o processo, quem aciona a rede de combate à evasão, mas os atos seguintes devem ser concatenados, tendo todos ciência das medidas tomadas ou que irão ser tomadas, para o sucesso da intervenção.

A formação do educador é resultado de condições históricas, não se faz de uma hora para outra, nem pelo ensino de um “expert”. É fruto de um processo de reflexão da própria prática, é um processo coletivo. Implica discussão, troca de experiências e de pontos de vista, estudo teórico, ao lado da discussão criativa pessoal. Implica a negação do praticismo, vazio de fundamentações teórico, e ainda a negação do Teoricismo, vazio de vivências práticas. A educação do educador se dá num amplo espaço, desde a sua participação na vida social, passando pela participação nas organizações da categoria docente e nos encontros grupais de educadores, onde resgata a sua palavra, confronta a sua prática profissional com a dos demais educadores e pensa a sua prática em relação a um referencial teórico selecionado. Mas, em primeira instância, a formação do educador se dá em uma sala de aula, na medida em que vai superando ingenuidades iniciais e vai conquistando maior segurança e reconstrução do conhecimento pelo educando.

O educador ao planejar qualquer atividade precisa ter presente a realidade pessoal e social do alfabetizando, como ponto de referência de todo o trabalho, respaldado pela realidade social, política, econômica e cultural onde ocorrerá a interdependência entre o processo educativo e meio social, com visão holística, heurística (método de perguntas e respostas para encontrar a solução de vários problemas) e interdisciplinar, envolvendo a conscientização, acrítica, a criatividade e a emergência dos conflitos cognitivos.

A educação é a igualdade de oportunidade com base na dedicação da arte de ensinar, que visa à evolução do educando.

Igualdade de oportunidades é tratar os alunos da mesma maneira, independentemente de cor, raça, crença, opção sexual, etc. Ensinar bem, independente de quem, pois hoje vejo alunos que não tinha muitas opções na vida, vivia na periferia, no mundo das drogas, em meio ao tiroteio. Quantas vezes me dizia venho à escola para não ficar na vila, na rua sai até tiro, agora é homem feito, cursa faculdade e tem objetivos na vida.

3-2 Atuação da família.

Quando o problema da evasão estiver centrado no comportamento do próprio aluno, a intervenção direta deve ocorrer na (e pela) FAMÍLIA, ESCOLA. A atuação da família e da Escola é a mais ampla possível.

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Quanto aos pais ou responsáveis as medidas aplicadas pelo Conselho Tutelar estão previstas no artigo 129, I a VII do Estatuto da Criança e do Adolescente, e são as seguintes:

I – encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;

II – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos.

III – encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;

IV – encaminhamento a cursos ou programas de orientação;

V – obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua frequência e aproveitamento escolar;

VI – obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;

VII – advertência.

Pode ainda representar ao Ministério Público, para eventual propositura de ação civil pública, quando o problema é relativo à escola (art. 208, parágrafo único do ECA).

3-3 Atuação do serviço social.

PATTO, Maria Helena Souza. A Produção do Fracasso Escolar: histórias de submissão e rebeldia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999. Deixando assim a desejar em relação aos estudos. Muitos alunos vão à escola por opção não porque os pais ensinam que é essencial para o futuro de cada um. Como também tem aluno que não vai à escola e o pai só descobre quando alguém da escola vai atrás para saber o motivo de sua ausência na sala de aula.

A atuação do serviço social na escola, hoje é realizado pelo professor-mediador, que além de mediar conflitos realiza visitas, para resgatar os alunos ausentes em sala de aula.

Quando a educação passa a ser analisada com base no ideário da lei, constata-se que há uma grande distância em relação a realidade. “De um lado a lei, estabelecendo: toda criança na escola; educação direito de todos e dever do Estado e da Família; direito fundamental a ser assegurado com prioridade absoluta à criança e ao adolescente; direito público subjetivo. De outro lado, a realidade que conduz à lógica da exclusão.

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Diante deste quadro, vemos a necessidade do comprometimento de todos aqueles que estão ligados à educação, para encurtar a distância entre o que diz a lei e a realidade, sendo uma das frentes de ação, o combate à evasão escolar.

Por fim, quando se constata que a evasão escolar se verifica por questão social, como trabalho, falta de transporte, medo de violência, etc., devem atuar diretamente para solucionar o problema a FAMÍLIA, ESCOLA, CONSELHO TUTELAR, MINISTÉRIO PÚBLICO e PODER JUDICIÁRIO. Indiretamente as SECRETARIAS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, POLICIAS MILITAR E CIVIL.

http://www.seduc.go.gov.br/imprensa/documentos/arquivos/

Considerações finais.

Conclui-se que com esse estudo abordado, a alfabetização é o aprender para a vida, vendo o mundo com outros olhos, exercendo assim a cidadania, respeitando a cultura e valorizando a troca de experiências, visando a evolução do aluno e professor, a realização interior, dando oportunidade de igualdade para todos.

Pois não custa lembrar que ainda somos um país de altos índices de analfabetismo, de reprovação escolar, e, consequentemente, evasão da escola. Mesmo que estejamos assistindo, na última década, a uma série de medidas no sentido de diminuir a gravidade destas questões, ainda temos muitas urgências pela frente. O grau de urgência que foi dada ao EJA, está diretamente relacionada ao parâmetro de justiça social e econômica que este país terá nos próximos anos e décadas, está também, na dependência do planejamento, organização e gestão dos recursos públicos municipais, estaduais e federais, que serão alocados para a educação.

A EJA se constitui num território privilegiado para a convivência de valores, na medida em que reúne pessoas de faixas etárias distintas, com diferentes origens étnicas, religiosas, econômicas, enfim culturais. Com problemas diferentes que os levaram à Evasão Escolar, e que ao invés de ver nesta característica apenas uma dificuldade a mais, há que estar atento, justamente, para o fato de que esta diversidade pode significar a possibilidade de ampliação não só das possibilidades de construção de conhecimento escolar, como para a criação de espaços de vida social e ecologicamente mais juntos.

Combatendo a Evasão Escolar hoje, podemos mudar o futuro para que, não necessitamos de termos a EJA, tão forte, pois a Evasão Escolar será apenas uma história contada nos livros didáticos.

A superação desse desafio, o Fracasso Escolar, deve passar por um aprofundamento maior nas discussões coletivas desse tema a nível institucional, procurando identificar os condicionantes na comunidade escolar, as possibilidades de superação e o planejamento de ações, objetivando a construção do sucesso escolar

Referências bibliográficas

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LUCK, (2000, p. 101)

MENDONÇA, (2000, p. 78 - 79).

MENEZES, Ana Célia Silva. Editora Universitária da UFPB, (2011, p. 01)

PATTO, Maria Helena Souza. A Produção do Fracasso Escolar: histórias de submissão e rebeldia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999.

Renata Cristina da Penha Silveira - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto

Seduc.gov.br - imprensas/documentos/arquivos

Fontes:

ECA, 1990 - Estatuto da Criança e Adolescente.

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - 2011

INEP, 2007 - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa.

Jornal Mundo Jovem Estudar - Home Artigos.

PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.