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Universidade do Estado da Bahia
Departamento de Educação, Campus I
Como citar:
STAROSKY, Priscila. Formação em Fonoaudiologia e Perspectiva Socioantropológica
da Surdez: Repensando nossas Práticas. In: II Congresso Internacional, VII Seminário
de Educação Bilíngue para Surdos, 2, 2018, Salvador. Anais [do] VII Seminário de
Educação Bilíngue para Surdos - Panorama da Educação e Atendimento Clínico
Bilíngue para Surdos no Brasil: Perspectivas Atuais. Salvador: UNEB, 2020. Páginas:
338-346. ISSN: 2526-6195. Disponível em: https://sebsurdos.wordpress.com/.
ANAIS
Congresso Internacional
Seminário de Educação Bilíngue para Surdos
Volume: 2. Ano: 2018. Páginas: 450. Publicação: 04 de maio de 2020
CONGRESSO INTERNACIONAL
SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO BILINGUE PARA SURDOS
15 a 18 de maio de 2018
Universidade do Estado da Bahia
Departamento de Educação, Campus I
Salvador - Bahia – Brasil
CEP: 41150-000
FICHA CATALOGRÁFICA
BIBLIOTECA PROFESSOR EDIVALDO MACHADO BOAVENTURA – UNEB
Congresso Internacional (2.: 2018: Salvador, BA)
Anais [do] VII Seminário de Educação Bilíngue para Surdos - Panorama da Educação e
Atendimento Clínico Bilíngue para Surdos no Brasil: Perspectivas Atuais, 15 a 18 de maio de
2018 / Organizado por: Sheila Batista Maia Santos Reis da Costa; Elisama de Jesus Santos
Cerqueira; Hemille Menezes da Silva _ Salvador: UNEB, 2018.
Modo de acesso: https://sebsurdos.wordpress.com/.
ISSN: 2526-6195
Contém referências.
1. Educação Bilíngue - Surdos - Congressos. I. Congresso Internacional. II. Santos-Reis da
Costa, Sheila Batista Maia; Cerqueira, Elisama de Jesus Santos; Silva, Hemille Menezes da.
III. Universidade do Estado da Bahia. Departamento de Educação - Campus I. Núcleo de
Pesquisa e Extensão.
CDD: 371.912
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
EXPEDIENTE
REITOR
José Bites de Carvalho
VICE-REITOR
Marcelo Duarte Dantas de Avila
PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO
Daniel de Cerqueira Góes
PRÓ-REITORA DE EXTENSÃO
Adriana dos Santos Marmori Lima
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO, CAMPUS I
Valdélio Santos Silva
NÚCLEO DE PESQUISA E EXTENSÃO - NUPE
Claudia Andrade Vieira
COLEGIADO DE PEDAGOGIA
Maria Conceição Alves Ferreira do Sacramento
COMPONENTE CURRICULAR LIBRAS
Sheila Batista Maia Santos Reis da Costa
COMISSÃO EXECUTIVA
COORDENAÇÃO GERAL
Sheila Batista Maia Santos Reis da Costa
COORDENAÇÃO DISCENTE
Anderson Ferreira dos Santos
Carla Eugenia Santos Sales
Maiara Oliveira Gonçalves
Marta Beatriz Campos Luz
Raiane Silva dos Santos
COMISSÃO COLABORATIVA INTERNA - UNEB
Carla Liane Nascimento dos Santos - Vice-Reitora - Gestão 2017
Marcelo Duarte Dantas de Ávila - Vice-Reitor - Gestão 2018
Daniel de Cerqueira Góes - Pró-Reitor de Administração
Valdélio Santos Silva - Direção Departamental - Campus I
Claudia Andrade Vieira - Núcleo de Pesquisa e Extensão
Tiago Maia - Administrativo
INTÉRPRETES DE LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA
Djennypher Alayr Souza Maximo - FSA
Marcos Luiz dos Santos Brabo - UFRR
Mariléia Lúcia Stolz - UFSM
Roberto César Reis da Costa - UFBA
Vinicius Martins Flores - UFRGS
Yndiara Caroline Damasceno- UFRB
INTÉRPRETES DE LÍNGUA INGLESA
Joseli Barbosa Santos - UNEB
Lucas Velloso – UNEB
PALESTRANTES NACIONAIS
Adriana Fernandes Barroso – UFSCAR
Adriana Pucci Penteado de Faria e Silva – UFBA
Álon Mauricio da Silva Silva - UFBA
Enézio de Deus Silva Junior - UNIFASS
Erivaldo de Jesus Marinho - IFBA
Felipe Káyóde - UNIVERSITÉ DE STRANSBOURG
Flaviane Reis – UFU
Glauber de Souza Lemos – INES
Ismar Inácio dos Santos Filho - UFAL
Juliana Matos Macedo - UNIME
Larissa Silva Rebouças - UFS
Laura Jane Messias Belém - INES
Luíz Cláudio de Oliveira Antônio - INES
Luiz Renato Martins da Rocha – UTFPR
Marcia Cruz - UFSCAR
Marcos Luiz dos Santos Brabo – UFRR
Mariléia Lúcia Stolz - UFSM
Norma Abreu e Lima Maciel de Lemos Vasconcelos - UFRPE
Raquel de Oliveira Meira – UFBA
Renata dos Santos Costa - INES
Rosecleide Ferreira Borges Rodrigues - NAPE/ UFBA
Sonia Jay Wright – UFBA
Vinicius Martins Flores - UFRGS
Vinicius Nascimento dos Santos – UNEB
Yndiara Caroline Damasceno- UFRB
PALESTRANTE INTERNACIONAL
Neil Kantilal Patel - DIFFA/Dallas
MONITORES
Alana Karina Gomes Pinheiro
Alberto Marinho Menezes Conceição Santos
Ana Flávia de Souza Gois
Ana Luiza Braga Costa
Beatriz de Souza Santos
Breno de Araújo Bastos
Caio Alan de Oliveira Gomes
Carla Pinheiro Meira Cerqueira
Carla Tercilia Oliveira Venâncio
Cristiane Passos de Jesus
Davi Oliveira dos Anjos
Débora de Jesus Silva
Deyvison Ruan de Jesus Santos
Edson Henrique Alves Fonseca
Elis Cristina Nascimento
Evany Elma Santos Falcão
Fabiana Ribeiro Moraes
Filipe Santana Lima
Flávio Costa de Almeida Filho
Francine Marie Mariano Roschbach
Gabriela Costa Gonçalves
Gabriele dos Anjos Santos
Isabelle Priscilla Castro Santos
Israel Rodrigues de Freitas Souza
Jaiane Oliveira Lopes
Jamile Benjamin de Carvalho Silva
Jaqueline Mota de Oliveira
Jeferson Santos Souza
Jersiane Portela de Jesus
Jessica Francisca Costa de Cerqueira
Jevem Santos de Jesus Lins
Joana Angélica de Castro Bonfim
Karla Santos da Silva
Kézia de Alcantara Pereira da Silva
Laís Márcia da Paixão
Larissa de Jesus Luciano
Larissa dos Santos Costa
Larissa Passos da Silva
Lillian Dantas de Assunção
Luana Costa dos Santos
Luana de Souza Monteiro
Luana Sousa Xavier
Luma Giovana Barreto Moraes
Manuella Garcia da Silva
Marcela Leão Duarte Martins
Maria Eduarda Santana Oliveira
Mileide Elisa Camilo dos Santos
Mirela de Oliveira Matos Ferreira
Monique Lima de Jesus
Mriam Santos de Oliveira
Naiara Bonfim Aguiar
Naira Santos da Silva
Quezia Gomes da Silva
Stéfanie Caires Risério
Tabita Maise de Menezes de Santana
Talita Rodrigues de Santana
Thamires Gonçalves Costa
Vanessa Campos Gomes
Wesley de Sena da Silva
COMITÊ CIENTÍFICO - UNEB
Diogo Esmeraldo Cavalcanti
Edna Bittelbrunn
Irzyane dos Santos Cazumbá
COMITÊ CIENTÍFICO EXTERNO
Carilissa Dall’Alba – UFSM
Danniel da Silva Carvalho - UFBA
Gláucio de Castro Junior – UNB
Larissa Silva Rebouças – UFS
Lidinéia Alves Cerqueira Barreiros - UEFS
Marcos Roberto dos Santos – UEA
Roberto César Reis da Costa - UFBA
Sátila Souza Ribeiro – UFRB
Thalita Chagas Silva Araújo – IFBA
MODERADORES DE MESA - UNEB
Anderson Ferreira dos Santos
Irzyane dos Santos Cazumbá
Isac Pimentel Guimarães
Sheila Batista Maia Santos Reis da Costa
MODERADORES DE MESA EXTERNOS
Danniel da Silva Carvalho – UFBA
Laiza Silva Rebouças – CILBA
Reinaldo dos Santos Cordeiro - PMS
Roberto César Reis da Costa - UFBA
Thalita Chagas Silva Araújo - IFBA
Nanci Araújo Bento - UFBA
APRESENTAÇÃO
O Congresso Internacional e Seminário de Educação Bilingue para Surdos constitui-se
em ações do Projeto de Extensão e Pesquisa SEBSurdos - Bienal Azul do DEDC I,
cadastrado pela docente Sheila Batista Maia Santos Reis da Costa no Sistema de
Planejamento Integrado e no Sistema Eletrônico de Informações do Governo do Estado
da Bahia. Avaliado e aprovado por banca do Núcleo de Pesquisa e Extensão do
Departamento de Educação, Campus I, da Universidade do Estado da Bahia.
A segunda versão do Congresso Internacional teve como tema’ Identidades de Gênero e
Identidades Surdas LGBT’ e a sétima versão do Seminário de Educação Bilingue para
Surdos teve como tema ‘Panorama da Educação e Atendimento Cliníco Bilíngue para
Surdos no Brasil: Perspectivas Atuais’. Realizado nos dias 15, 16, 17 e 18 de maio de
2018 no Teatro da UNEB.
Nesta bienal conferimos à Professora Dra. Flaviane Reis o título de Professora
Homenageada na Premiação de Produção Científica em Educação de Surdos. Os
trabalhos premiados foram:
A (in)visibilidade de identidades fragmentadas em processos seletivos de cursos superiores para formação de professores
Libras de Kate Mamhy Oliveira Kumada e Rosângela Gavioli Prieto
A Trajetória do Congresso Nacional de Inclusão Social do Negro Surdo – CNISNS Priscilla Leonnor Alencar Ferreira e Benedito G. Eugenio
Comunidade e Cultura Surda LGBT+: informação e empoderamento nas redes sociais
Álon Mauricio da Silva Silva e Mauricio Damasceno de Souza
O Luto do Filho Idealizado: Uma Reflexão acerca da Relação dos Pais com os filhos Surdos
Gabriela Oliveira do Sacramento e Alba Riva Brito de Almeida
O Revezamento de Pares na Atuação do Tradutor e Intérprete de Libras/Português suas Implicações no Processo de Aprendizagem do Estudante Surdo no Âmbito do
Instituto Federal Baiano
Luciana Pereira Cardial Teixeira, Junio Custódio Batista e Grace Itana Cruz de
Oliveira
Jogos Pedagógicos na Construção de Textos: Estratégias para o Ensino da Língua Portuguesa como L2
Lúcia de Fátima Figueiredo Lacerda
A Linguística e o Campo Semântico da Libras no Território de Identidade de Irecê-
BA
Gildenice Barbosa de Souza, Iza Rocha Souza e Maria da Conceição Araújo
Correia
O SignWriting e a Prática Docente: Uma Análise do Processo Ensino Aprendizagem com Alunos Surdos
Fabíola Morais Barbosa e Maria Aparecida Pacheco Gusmão
Análise do Conhecimento Sobre o Desenvolvimento Linguístico e as Políticas Públicas no Contexto da Surdez de Profissionais de Saúde e Educação do
Município de Nova Friburgo
Fabíola Ronsac Oliveira Ramos, Luciana Dantas Ruiz, Priscila Starosky, Larissa
Macedo Pereir e Hellen Paiva Silva
SOBRE OS ARTIGOS
Os trabalhos apresentados são de responsabilidade exclusiva dos autores inscritos no
evento. Em casos de plágios parciais ou totais, solicitamos que o autor que sofreu a
apropriação indevida de sua obra ou o leitor que detectou o plágio, entre em contato
com a comissão do evento para resolução do caso. As ações progressivas que iremos
tomar para resolver a situação serão: contato com os autores [inscritos no evento] para
informar o ocorrido; solicitação para referenciação da obra plagiada; solicitação de
exclusão do fragmento plagiado; remoção total do artigo. O contato da comissão do
evento é: [email protected].
AGRADECIMENTOS
Agradecemos às Monitoras de Extensão Carla Eugenia Santos Sales e Marta Beatriz Campos
Luz que colaboraram densamente na coordenação dos Trabalhos Científicos em 2017 e 2018.
Agradecemos às Monitoras de Extensão Aderlane Silva Pereira dos Santos, Elisama de Jesus
Santos Cerqueira, Gabriela de Almeida Medeiros e Hemille Menezes da Silva (ingressas no
Curso de Pedagogia no semestre de 2019.1, na turma ED0604 - Língua Brasileira de Sinais -
Libras (Teórica/Prática - T01)) que em 2019 colaboraram na tarefa de organização dos Anais.
Em especial, agradecemos a Elisama de Jesus Santos Cerqueira e Hemille Menezes da Silva que
no ano de 2020 colaboraram na conclusão deste lindo trabalho, que agora disponibilizamos aos
Autores e a todos quantos se interessarem pelas temáticas apresentadas no SEBSurdos - Bienal
Azul do DEDC I - [2017-2018].
Também agradecemos ao Professor Roberto César Reis da Costa pela colaboração prestada nesta
reta final da organização dos Anais do Congresso.
SUMÁRIO
OBRAS DE ABERTURAS
PROJETOS DE EXTENSÃO NO ENSINO SUPERIOR: CONTEXTUALIZANDO AÇÕES
DO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS I - DA UNIVERSIDADE DO
ESTADO DA BAHIA
Sheila Batista Maia Santos Reis da Costa ................................................................................. 25
ATUAÇÃO DOS TRADUTORES INTÉRPRETES EDUCACIONAIS NO ENSINO
SUPERIOR DO INES: DESAFIOS EDUCACIONAIS E LINGUÍSTICOS DA
CONTEMPORANEIDADE
Laura Jane Messias Belém; Renata dos Santos Costa; Luiz Cláudio de Oliveira Antonio ........ 38
COMUNICAÇÃO ORAL - DISCENTES CAMPUS I
A ARTE COMO FORMA DE EXPRESSÃO DA CULTURA E IDENTIDADES SURDAS
Elisa Reis da Cruz; Gabriella Maria Lyrio dos Santos; Lucas Ibrahim Simões de Aragão;
Maélli Arali Lima Rodrigues; Victoria Évelim Costa Santana; Sheila Batista Maia Santos Reis
da Costa ..................................................................................................................................... 52
DO DIAGNÓSTICO À ADAPTAÇÃO: OS DESAFIOS DA FAMÍLIA OUVINTE COM O
FILHO SURDO
Adriane Borges Rocha; Berenice Maria do Sacramento; Carla Juliana dos Anjos da Silva;
Itaynara Rodrigues Silva; Liliane da Conceição de Jesus; Quesia Gomes dos Santos; Sheila
Batista Maia Santos Reis da Costa ............................................................................................. 62
PSICOLOGIA E SURDEZ: DESAFIOS DA DEMANDA CLÍNICA
Alana Cortes da Silva Moreira; Claudiana Santos; Daiana Nascimento; Fabiana Santos Cesar;
Lindiara Paranhos Alves; Lorena Nogueira Sant’Anna; Sheila Batista Maia Santos Reis da
Costa .......................................................................................................................................... 71
“UM BARCO QUE VELEJE NESSE INFORMAR”: RECONHECIMENTO E INCLUSÃO
DO SUJEITO SURDO ATRAVÉS DAS REDES SOCIAIS
Anne Caroline Vilasboas Meneses; Evelyn Guimarães dos Santos; Jim Matheus Machado
Góes; João Pedro Sarno Novaes; Thainã dos Santos Reis Jesus; Sheila Batista Maia Santos Reis
da Costa ...................................................................................................................................... 81
AS INFLUÊNCIAS DE APLICATIVOS NO CONTEXTO INTERACIONAL ENTRE
OUVINTES E SURDOS
Alana Karina Gomes Pinheiro; Flávio Costa Almeida Filho; Flaviane Costa Conceição;
Amanda Lima Sales dos Santos; Kézia de Alcântara Pereira da Silva; Sheila Batista Maia
Santos Reis da Costa .................................................................................................................. 90
DIFICULDADES DE INSERÇÃO DOS SURDOS NO MERCADO DE TRABALHO
Gisele da Silva Sacramento de Oliveira; Joana Angélica Castro Bomfim; Lillian Dantas de
Assunção; Maria Eduarda Rajo de Oliveira Silva; Monique de Jesus Lima; Quezia Gomes da
Silva; Sheila Batista Maia Santos Reis da Costa ........................................................................ 96
EDUCAÇÃO PARA SURDOS: O AMBIENTE ESCOLAR EM QUESTÃO
Ana Luiza Braga Costa; Débora de Jesus Silva; Jamile Benjamin de Carvalho Silva; Luma
Giovanna Barreto Moraes; Vanessa Campos Gomes; Sheila Batista Maia Santos Reis da Costa
.................................................................................................................................................. 103
LINHA DE INSCRIÇÃO - EDUCAÇÃO
NARRATIVAS AUTOBIOGRÁFICAS E O DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA DE
SUJEITOS SURDOS E OUVINTES NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UMA
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Adriana Matos de Almeida ....................................................................................................... 106
AS VOZES QUE COMPÕE O AMBIENTE ESCOLAR
Claudia Regina Vieira; Karina Soledad Maldonado Molina Pagnez ....................................... 116
INCLUSÃO ESCOLAR DE ALUNOS SURDOS: O QUE REVELAM AS DISSERTAÇÕES
E TESES
Denise Marina Ramos; Maria Cristina Piumbato Innocentini Hayashi .................................. 117
REFLEXÕES EPISTEMOLÓGICAS SOBRE A EDUCAÇÃO ESCOLAR BILÍNGUE PARA
INDÍGENAS SURDOS
Erêndira Silva; Lidinéia Alves Cerqueira Barreiros ................................................................ 127
ACESSIBILIDADE COMUNICACIONAL AOS SURDOS NOS MUSEUS E CENTROS
CULTURAIS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
João Paulo Ferreira da Silva; Amanda Braz da Silva ............................................................... 129
AS TIC NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA POR SURDOS: O CASO DO
HAND TALK E DO PRODEAF
Matheus Lucas de Almeida; Antonio Henrique Coutelo de Moraes; Izabelly Correia dos Santos Brayner
.................................................................................................................................................. 130
A PRÁTICA DOCENTE DE LÍNGUA INGLESA PARA ESTUDANTES SURDOS E OUVINTES DO
ENSINO MÉDIO
Alexandra A. de Oliveira ............................................................................................................. 141
EDUCAÇÃO DE SURDOS E ENSINO DE CIÊNCIAS: DIÁLOGOS POSSÍVEIS
Beatriz Crittelli Amado; Celi Rodrigues Chaves Domingues .................................................. 142
ANÁLISE DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS NUMA PESPECTIVA INCLUSIVA NO
MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DO CONDE
Cíntia de Jesus Santos; Tauana de Cerqueira Silva; Tais Gentil Nogueira Gondim ................ 143
ALFABETIZAÇÃO DE SURDOS NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO DE CASO.
Dholimann C. de M.; Fernanda E. S. Azevedo ........................................................................ 144
EDUCADORES SURDOS: REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO E A PRÁTICA
DOCENTE
Daniele Silva Rocha ................................................................................................................. 146
O PROFESSOR E O DESAFIO DE AVALIAR A ESCRITA DE UM (A) ALUNO (A)
SURDO (A)
Luciana Maria Pereira Rocha; Daniella Brito de Oliveira Cotrim ........................................... 148
PENSANDO EM ACESSIBILIDADE POR MEIO DA TECNOLOGIA NOS ESPAÇOS DE
ENSINO
Elissandra Perse; Ingrid Cristine Barcellos Lima ..................................................................... 158
RE-LEITURA EM LIBRAS DAS QUESTÕES DA OBMEP DE 2016/2017 POR
ESTUDANTES SURDOS DOS ANOS FINAIS
Inácio Antônio Athayde Oliveira ............................................................................................. 160
EDUCAÇÃO BILÍNGUE PARA SURDOS: DISCURSOS BASEADOS EM DOCUMENTOS
E A CONSTITUIÇÃO DE VERDADES
Ingrid Ertel Stürmer ................................................................................................................. 161
CONSIDERAÇÕES ACERCA DA AQUISIÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA COMO
SEGUNDA LÍNGUA
Izabelly Correia dos Santos Brayner; Wanilda Maria Alves Cavalcanti.................................. 170
UMA OBSERVAÇÃO DO TEXTO ESCRITO DE SUJEITOS BILÍNGUES EM LÍNGUA
PORTUGUESA: OS ALUNOS SURDOS NO ENSINO SUPERIOR
Francisco Canindé das Chagas Duarte; Gisele Oliveira da Silva Paiva ................................... 178
O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO DE LÍNGUA
PORTUGUESA COMO SEGUNDA LÍNGUA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
SURDOS (EJA)
Juliana Geórgia Gonçalves de Araújo; Janaína Cabello ........................................................... 188
O PAPEL DA DISCIPLINA DE LIBRAS PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE
LICENCIATURA
Kamilla Fonseca Lemes; Thábio de Almeida Silva ................................................................. 190
INSUFICIÊNCIA E INADEQUAÇÕES DE TERMINOLOGIAS DO CONTEÚDO QUÍMICO
EM LIBRAS: DESAFIOS NA APRENDIZAGEM DE ESTUDANTES SURDOS
Lucas Almir Cavalcante Minho; Abraão Felix da Penha ......................................................... 191
JOGOS PEDAGÓGICOS NA CONSTRUÇÃO DE TEXTOS: ESTRATÉGIAS PARA O
ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA COMO L2
Lúcia de Fátima Figueiredo Lacerda ........................................................................................ 205
A INFLUÊNCIA DA CULTURA SURDA NO CONHECIMENTO DE LIBRAS NA REGIÃO
DO NORTE FLUMINENSE
Matheus da Silva Oliveira; Gislaine Barbosa Cabral Silva ...................................................... 206
BILINGUISMO: O QUE PENSAM OS SUJEITOS SURDOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL SOBRE ESSA ABORDAGEM?
Matheus Lucas de Almeida; Izabelly Correia dos Santos Brayner .......................................... 215
A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR ITINERANTE NA EDUCAÇÃO DE ESTUDANTES
SURDOS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL NA REDE PÚBLICA DO
DISTRITO FEDERAL
Marcilene Bezerra de Carvalho ................................................................................................ 223
A INCLUSÃO DE LIBRAS COMO DISCIPLINA EM CURSO DE GRADUAÇÃO SOB A
PERSPECTIVA DOS ESTUDANTES E PROFESSORES
Raquel Lopes Silva Dourado .................................................................................................... 225
LEITURA DE CONTOS AFRO-BRASILEIROS: UMA PROPOSTA PARA O
DESENVOLVIMENTO DA COMPREENSÃO LEITORA NO CONTEXTO INCLUSIVO
Rosely Vieira de Jesus .............................................................................................................. 236
ESTRATÉGIAS DE MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA PARA A PERMANÊNCIA DE
ESTUDANTES SURDOS: UMA REALIDADE NECESSÁRIA NO ENSINO SUPERIOR
Sátila Souza Ribeiro; Susana Couto Pimentel .......................................................................... 237
EDUCAÇÃO BILÍNGUE E INCLUSIVA: UMA PROPOSTA PARA SURDOS E
OUVINTES
Sheila Vicente ........................................................................................................................... 246
ANÁLISE DE DISSERTAÇÕES E TESES SOBRE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COM
ALUNOS SURDOS
Stephanny Santos Abreu; Érica Aparecida Garrutti de Lourenço ............................................ 248
LINHA DE INSCRIÇÃO - LINGUÍSTICA
ARTEFATO CULTURA SURDA: UMA VIVÊNCIA ARTÍSTICA A PARTIR DA OBRA DE
HIDETO NORITOMI
Augusto Carlos de Azerêdo; Vanessa Fátima de Souza ........................................................... 259
A ARTE TROVADORESCA EM LIBRAS
Camilla Targino Pereira; Maria Kérsia da Silva Dourado ....................................................... 260
CONCEITOS SOBRE LINGUA, SURDEZ E LINGUAGEM E SUAS IMPLICAÇÕES NA
HISTÓRIA DO SUJEITO SURDO
Caroline Stephany Santos Ribeiro; Cintia de Jesus Santos ...................................................... 261
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NA LIBRAS: SINAIS UTILIZADOS PARA “ÍNDIO”
Daniele Caroline Gonçalves Lima; Gabriela Rodrigues Ferreira ............................................. 263
A LINGUÍSTICA E O CAMPO SEMÂNTICO DA LIBRAS NO TERRITÓRIO DE IRECÊ-
BA
Gildenice Barbosa de Souza ..................................................................................................... 264
LIBRAS: PESQUISA COM OUVINTES UNIVERSITÁRIOS DO CENTRO
UNIVERSITÁRIO LA SALLE DO RIO DE JANEIRO
João Paulo Ferreira da Silva; Amanda Braz da Silva ............................................................... 274
O OLHAR DA ANÁLISE DO DISCURSO SOBRE O TEXTO PUBLICITÁRIO NO
ENSINO-APRENDIZAGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA COMO SEGUNDA LÍNGUA
PARA SURDOS
Juliana Geórgia Gonçalves de Araújo; Priscila Silveira Soler; Aline Sordi; Thayná Carvalho de
Almeida .................................................................................................................................... 275
O ENSINO DO GÊNERO DISCURSIVO “TIRINHA” A ALUNOS SURDOS COMO
PRÁTICAS DE LETRAMENTO NA PERSPECTIVA DO LETRAMENTO CRÍTICO
Lucimeire Da Silva Furlaneto; Rodney Mendes De Arruda .................................................... 276
OS DESAFIOS DAS PESQUISAS LINGUÍSTICAS SOBRE AS LÍNGUAS SINALIZADAS
NO BRASIL
Roberto César Reis da Costa .................................................................................................... 277
O SIGNWRITING E AS PRÁTICAS DOCENTES: UMA ANÁLISE DO PROCESSO
ENSINO-APRENDIZAGEM COM ALUNOS SURDOS
Fabíola Morais Barbosa; Maria Aparecida Pacheco Gusmão .................................................. 299
NARRATIVAS DE UM SURDO EM SITUAÇÕES DE CONFLITO
Glauber De Souza Lemos; Maria Das Graças Dias Pereira ..................................................... 302
O PROCESSO DE CRIAÇÃO DE SINAIS DA LIBRAS COMO MEDIDA DE
ACESSIBILIDADE LINGUÍSTICA PARA A COMUNIDADE SURDA DE ITAPECURU
MIRIM
Keylliane de Sousa Martins ...................................................................................................... 304
A ARGUMENTAÇÃO E A LEITURA EM LÍNGUA PORTUGUESA POR SURDOS: O
CASO DO GEPLIS
Matheus Lucas de Almeida; Izabelly Correia dos Santos Brayner .......................................... 305
PROCESSOS FONOLÓGICOS E ESCRITA DE SURDOS: RESULTADOS PARCIAIS DO
ESTUDO DE UMA CLASSE BILÍNGUE EM AMARGOSA-BA
Midian Jesus de Souza Marins; Vera Pedreira dos Santos Pepe .............................................. 314
LINHA DE INSCRIÇÃO - FONOAUDIOLOGIA
PRÁTICAS DE LETRAMENTO EM AMBIENTE DOMÉSTICO COM A CRIANÇA
SURDA: CONCEPÇÕES SOBRE O SURDO E SUA INSERÇÃO SOCIAL
Desirée De Vit Begrow; Thiala Santana dos Santos Rôla; Ariel D’Eça Moreira Gonçalo da
Silva .......................................................................................................................................... 325
ANÁLISE DO CONHECIMENTO SOBRE O DESENVOLVIMENTO LINGUÍSTICO E AS
POLÍTICAS PÚBLICAS NO CONTEXTO DA SURDEZ DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE
E EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE NOVA FRIBURGO
Fabíola Ronsac Oliveira Ramos; Luciana Dantas Ruiz; Priscila Starosky; Larissa Macedo
Pereira; Hellen Paiva Silva ....................................................................................................... 327
FORMAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA E PERSPECTIVA SOCIOANTROPOLÓGICA DA
SURDEZ: REPENSANDO NOSSAS PRÁTICAS
Priscila Starosky; Francelise Piveta Roque; Larissa Macedo Pereira; Caroliny de Faria do
Couto; Fabíola Ronsac Oliveira Ramos ................................................................................... 338
ITINERÁRIO TERAPÊUTICO DAS FAMÍLIAS DE CRIANÇAS SURDAS
Desirée De Vit Begrow; Camila Lima de Sousa; Larissa Messias Sarmento; Manuela Moreira
da Silva Pereira ........................................................................................................................ 347
FORMAÇÃO INTEGRADA DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO PARA
ORIENTAÇÃO DE FAMÍLIAS OUVINTES DE CRIANÇAS SURDAS
Luciana Dantas Ruiz; Profa. Dra. Priscila Starosky; Profa. Dra. Bianca da Cunha Machado;
Profa. Dra. Francelise Piveta Roque; Larissa Macedo Pereira; Hellen Paiva Silva; Fabíola
Ronsac Oliveira Ramos ............................................................................................................ 360
LINHA DE INSCRIÇÃO - LGBT
IDENTIDADE(S) DE GÊNERO E ORIENTAÇÕES SEXUAIS: QUANDO SE OUSA
DIZER, O QUE E COMO DIZER?
Jaqueline Gomes de Souza ....................................................................................................... 363
SEXUALIDADE NAS ESCOLAS: O ENSINO DA TEMÁTICA LGBT COM ALUNOS
SURDOS
Dorneles Oliveira Silva; Karine Gabriela Santos Silva; Laila Isis Costa Lima; Laryssa Teles
Damasceno da Silva; Marcos Grutzmacher ............................................................................. 365
COMUNIDADE E CULTURA SURDA LGBT+: INFORMAÇÃO E EMPODERAMENTO
NAS REDES SOCIAIS
Álon Mauricio; Mauricio Damasceno ...................................................................................... 367
LINHA DE INSCRIÇÃO - PSICOLOGIA
ALÉM DA TEORIA: ENTRANDO EM CONTATO COM A SURDEZ NO CAMPO DA
PSICOLOGIA CLÍNICA
Ingrid Cristine Barcellos Lima; Laura Cristina de Toledo Quadros ........................................ 369
O LUTO DO FILHO IDEALIZADO: UMA REFLEXÃO ACERCA DA RELAÇÃO DOS
PAIS COM OS FILHOS SURDOS
Gabriela Oliveira do Sacramento; Alba Riva Brito de Almeida .............................................. 371
A INTERSEÇÃO DO TRABALHO DO PSICÓLOGO BILÍNGUE NA EDUCAÇÃO DE
SURDOS
Raissa Tostes ............................................................................................................................ 380
UM OLHAR SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES DE LEV VIGOTSKI PARA A EDUCAÇÃO
DE SURDOS
Daniele Siqueira Veras; Ana Cristina Silva Daxenberger ........................................................ 381
ARTICULANDO A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E A PSICOLOGIA HISTÓRICO-
CULTURAL EM UMA PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE
MODELOS ATÔMICOS PARA ESTUDANTES SURDOS
Lucas A. Cavalcante Minho; Abraão F. da Penha .................................................................... 393
SESSÕES REFLEXIVAS SOBRE A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS PARA ALUNOS
SURDOS: CONTRIBUIÇÕES PARA A RESSIGNIFICAÇÃO DE PRÁTICAS DOCENTES
Jaqueline Gomes de Souza ....................................................................................................... 391
LINHA DE INSCRIÇÃO - CULTURA E IDENTIDADE
A TRAJETÓRIA DO CONGRESSO NACIONAL DE INCLUSÃO SOCIAL DO NEGRO
SURDO – CNISNS
Priscilla Leonnor Alencar Ferreira; Benedito G. Eugenio ....................................................... 396
OLHARES SOBRE A FLORESTA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CULTURA SURDA
Tatiane Reis da Silva; Anderson Almeida da Silva; Daniele dos Santos Barreto; Diogo Antônio
Queiroz Gomes ......................................................................................................................... 405
A (IN)VISIBILIDADE DE IDENTIDADES FRAGMENTADAS EM PROCESSOS
SELETIVOS DE CURSOS SUPERIORES PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE
LIBRAS
Kate Mamhy Oliveira Kumada; Rosângela Gavioli Prieto ...................................................... 412
O SURDO COMO UM ESTRANHO ANULADO: AS PRODUÇÕES SOCIAIS
João Ricardo Bispo Jesus ......................................................................................................... 415
LINHA DE INSCRIÇÃO - TRADUÇÃO/INTERPRETAÇÃO
A SEMIOTICA: FERRAMENTA DE APOIO AO INTÉRPRETE DE LINGUA BRASILEIRA
DE SINAIS EM SALA DE AULA
Raquel Ferreira da Silveira ....................................................................................................... 417
A TRADUÇÃO DO HINO NACIONAL BRASILEIRA, DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA
A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS EM SUA MODALIDADE ESCRITA COMO
FORMA DE PERTENCIMENTO SOCIAL
Erliandro Felix Silva; Fabricia Espindola Barros Sanchez; William Velozo Francioni .......... 418
EDITORES DE TEXTO PARA O SISTEMA SIGNWRITING: O USO DO SIGNPUDDLE E
DO SW-EDIT NAS ATIVIDADES PEDAGÓGICAS
Fabíola Morais Barbosa; Maria Aparecida Pacheco Gusmão .................................................. 420
A FORMAÇÃO DO TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LIBRAS/LÍNGUA PORTUGUESA
(TILSP): NOVOS RUMOS PÓS DECRETO 5.626/05
Lidinéia Alves Cerqueira Barreiros; Sátila Souza Ribeiro ....................................................... 429
O TRADUTOR INTÉRPRETE DE LIBRAS NO ENSINO SUPERIOR: EXPERIÊNCIAS NA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO BAIANOA ATUAÇÃO NA
PLURALIDADE ACADÊMICA
Yndiara Karolyne de Oliveira Damasceno ............................................................................... 438
O REVEZAMENTO DE PARES NA ATUAÇÃO DO TRADUTOR E INTÉRPRETE DE
LIBRAS/PORTUGUÊS SUAS IMPLICAÇÕES NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DO
ESTUDANTE SURDO NO ÂMBITO DO INSTITUTO FEDERAL BAIANO
Luciana Pereira Cardial Teixeira; Junio Custódio Batista; Grace Itana Cruz de Oliveira439
A FALTA DE ACESSIBILIDADE LINGUÍSTICA NO ATENDIMENTO AO SURDO: UMA
REALIDADE NA REDE DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA
Marcílio de Carvalho Vasconcelos; Lidinéia Alves Cerqueira Barreiros ................................ 450
Congresso Internacional. Seminário de Educação Bilíngue para Surdos.
Universidade do Estado da Bahia. Departamento de Educação, Campus I. Biblioteca
Professor Edivaldo Machado Boaventura. CDD: 371-912. Volume 2, 2018.
Publicação: 04 de maio de 2020. ISSN: 2526-6195.
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FORMAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA E PERSPECTIVA
SOCIOANTROPOLÓGICA DA SURDEZ: REPENSANDO NOSSAS
PRÁTICAS
Priscila Starosky1
Francelise Piveta Roque2
Larissa Macedo Pereira3
Caroliny de Faria do Couto4
Fabíola Ronsac Oliveira Ramos5
Instituto de Saúde de Nova Friburgo
Universidade Federal Fluminense (UFF)
1. INTRODUÇÃO
Desde o início da discussão e aplicação da filosofia bilíngue de educação de surdos no
Brasil, na década de 90, a formação em fonoaudiologia passa por uma ressignificação
no que concerne ao tema da surdez e ao papel do fonoaudiólogo no desenvolvimento de
sujeitos surdos (SANTANA; GUARINELLO; BERGAMO, 2013).
Concomitantemente ao repensar das práticas fonoaudiológicas voltadas para surdos,
surgem políticas de atenção à saúde auditiva que refletem ideologicamente uma
perspectiva biomédica, garantindo o acesso as tecnologias de amplificação sonora e à
oralização. Por outro lado, políticas educacionais numa perspectiva inclusivista
procuram garantir o acesso dos/as alunos/as ao ensino regular através do dispositivo do
Atendimento Educacional Especializado e da presença de intérpretes tradutores de
Libras em sala de aula, constituindo mais um locus de atuação para o fonoaudiólogo e
acumulando questões para a sua formação.
1 Professora Adjunta do Departamento de Formação Específica de Fonoaudiologia da UFF, Doutora em
Estudos da Linguagem (PUC-Rio). [email protected]
Lattes: http://lattes.cnpq.br/5954321763394913
2 Professora Adjunta do Departamento de Formação Específica de Fonoaudiologia da UFF, Doutora em
Ciências (Distúrbios da Comunicação Humana) (UNIFESP). [email protected]
Lattes: http://lattes.cnpq.br/4928385271929287
3 Graduanda em Fonoaudiologia da UFF. [email protected]
Lattes: http://lattes.cnpq.br/5146440793246142
4 Fonoaudióloga formada pela UFF. [email protected]
Lattes: http://lattes.cnpq.br/3259477707355026
5 Fonoaudióloga formada pela UFF. [email protected]
Lattes: http://lattes.cnpq.br/8932504483164014
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Outras políticas e ações para a garantia de direitos sociais aos sujeitos surdos são
construídas e formam um conjunto de dispositivos legais chamado de “Lei da Libras” –
Lei 10.436/02 e Decreto 5.526/05 – garantindo do ensino de Libras para os cursos de
graduação em Pedagogia, em Fonoaudiologia e para todas as licenciaturas, entre outros
aspectos que resultam em uma política linguística brasileira que dê conta dessa minoria.
Guarinello et al. (2013), entretanto, apontam a necessidade de aprofundamento da
discussão sobre o ensino de Libras nos cursos de fonoaudiologia e de parâmetros e
critérios que possam balizar a sua qualidade.
Compreender o sujeito surdo como parte de um grupo organizado politicamente que
luta pela sua própria história, identidade, cultura, língua, crenças e costumes faz parte da
perspectiva socioantropológica (SKLIAR, 1999). Esta perspectiva:
[…] está ligada à filosofia Bilíngue de educação de surdos que entende que
existe uma diferença na construção da linguagem para o surdo por intermédio
da língua de sinais, que será um processo mais espontâneo, do que pela
língua oral, que é mais artificial quanto a aprendizagem para esse grupo. A
língua de sinais (Libras ou outras), portanto, seria a primeira língua do surdo
e a língua majoritária (oral e /ou escrita, como o Português e outras) seria a
segunda. Desta forma, a identidade surda seria marcada pela diferença em
relação à identidade ouvinte a partir da experiência visual do sujeito surdo
que define todo o seu desenvolvimento. (RUIZ, 2017, p. 6 e 7).
Considerando que a maioria de crianças que nascem ou desenvolvem uma perda
auditiva na primeira infância – ou seja, apresentam perdas pré-linguais – são oriundas
de famílias de sujeitos ouvintes, o processo de identificação da perda e as primeiras
orientações são quase que exclusivamente realizadas por profissionais da saúde.
Analisando as políticas e práticas profissionais em saúde, Pereira e colaboradores
(2017) afirmam que as famílias, portanto, encontram-se mergulhadas em um discurso
patologizante do sujeito surdo e de como será conduzido o seu processo de
desenvolvimento. Esta visão ignora que o acesso à língua de sinais seja um direito no
Brasil, justamente por rechaçar a diversidade cultural e identitária de um grupo
minoritário, oferecendo ou incentivando a família a buscar somente a alternativa da
oralização, apoiada na esperança da normalização auditiva por meio de tecnologias
duras6. Esses discursos e práticas que, aparentemente, apresentam-se mais fortes e
6 Nos termos de Merhy (2006), as tecnologias duras estariam relacionadas ao emprego de instrumentos
centrados em uma intervenção em saúde objetiva, centrada no corpo físico. As tecnologias leves seriam o
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presentes na área da saúde, também influenciam a esfera educacional que, ao assumir o
inclusivismo generalizante, resiste à necessidade premente da precocidade do
desenvolvimento da língua, do encontro surdo-surdo no processo de aprendizado, da
Libras como língua instrucional e da pedagogia e currículo “surdos” que deem conta de
uma real educação bilíngue.
Diante destas questões que permeiam a relação entre a atuação fonoaudiológica e o
campo da surdez, o presente trabalho propõe fazer um relato de experiência
denunciativo que visa discutir de que forma o Curso de Graduação em Fonoaudiologia
da Universidade Federal Fluminense vem trabalhando essas questões na formação dos
estudantes, considerando o contexto sociopolítico e econômico deste processo.
2. UM PROJETO DE ENSINO, TERRITÓRIO(S) DE DISPUTA E OS
IMPACTOS PARA A FORMAÇÃO
O Curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal Fluminense está situado em um
campus universitário localizado na cidade de Nova Friburgo, município de médio porte
da região serrana do estado do Rio de Janeiro, fora da cidade onde encontra-se a sede da
universidade, Niterói. No campus, inicialmente, denominado Pólo Universitário de
Nova Friburgo e, hoje, Instituto de Saúde de Nova Friburgo, são oferecidos os cursos de
Biomedicina, Fonoaudiologia e Odontologia. Nascidos a partir da política do REUNI7,
os cursos possuem entre doze e oito anos de funcionamento e apresentam características
próprias de cursos universitários fixados em cidades do interior, como a diversidade de
estudantes advindos de diferentes lugares do Brasil e a apropriação da realidade local,
principalmente, no que concerne aos diferentes cenários de atuação e realidades
estruturais nos seus mais diversos âmbitos. Em relação ao contexto político acadêmico,
ressalta-se a profunda precarização das condições físicas e estruturais que persistem e,
resultado de uma compreensão contra hegemônica das práticas de saúde, tendo como centro o aspecto
relacional profissional-usuário no processo de cuidado.
7 “(…) o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni),
que tem como principal objetivo ampliar o acesso e a permanência na educação superior. Com o Reuni, o
governo federal adotou uma série de medidas para retomar o crescimento do ensino superior público,
criando condições para que as universidades federais promovam a expansão física, acadêmica e
pedagógica da rede federal de educação superior. Os efeitos da iniciativa podem ser percebidos pelos
expressivos números da expansão, iniciada em 2003 e com previsão de conclusão até 2012.” (retirado de
http://reuni.mec.gov.br/o-que-e-o-reuni).
http://reuni.mec.gov.br/o-que-e-o-reuni
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em alguns aspectos se aprofundam até o momento atual, e que acabam por impactar
negativamente o cotidiano dos estudantes e do trabalho dos docentes.
O currículo do curso foi criado por uma comissão constituída por professores de
diferentes áreas da saúde da universidade, nenhum destes fonoaudiólogos. Depois de
criado, foram realizados concursos para os professores efetivos que foram adequando-se
ao projeto político pedagógico (PPP) já existente. Este PPP inclui algumas disciplinas
relacionadas à atuação fonoaudiológica no campo da surdez que abordam temas e
objetos de estudo de duas principais áreas da fonoaudiologia: a linguagem e a
audiologia. No primeiro momento, as disciplinas da área de audiologia foram assumidas
por uma professora efetiva. As disciplinas da área de linguagem, que referiam-se à
atuação fonoaudiológica com surdos e/ou sujeitos com deficiência (Libras I e II,
Audiologia Educacional, Trabalho de Campo Supervisionado em Fonoaudiologia V)
foram consideradas um conjunto temático e, somente no momento em que seriam
oferecidas à primeira turma do curso, no segundo ano do seu funcionamento (2012),
foram assumidas por uma professora temporária. Apesar de parte da ementa do
concurso ser constituída por conteúdos de duas disciplinas que têm como objetivo e
ensino-aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais, os pré-requisitos do concurso não
previam a formação específica do/a candidato/a (graduação ou pós-graduação em
Letras-Libras e/ou certificação do Pró-Libras). O processo seletivo não incluiu
avaliação de proficiência da Libras e/ou qualquer outro dispositivo que garantisse que o
professor que assumiria as disciplinas Libras I e II tivesse formação e conhecimentos
que dessem conta do conteúdo programático posto no PPP.
Ao final de 2013, é realizado um concurso para professor efetivo que incluía em sua
ementa conteúdos relativos à Libras e a sua relação com o desenvolvimento de
linguagem de sujeitos surdos. A área do concurso foi denominada “Linguagem e
Necessidades Especiais” e, além do conteúdo relativo à disciplina de Audiologia
Educacional e Libras, envolvia todas as outras temáticas relacionadas a linguagem em
sujeitos com deficiência. Novamente os pré-requisitos do concurso não previam a
formação específica e/ou avaliação de proficiência em Libras. Em ambos os concursos,
a docentes aprovada e classificada no concurso, foi a primeira autora deste trabalho que
vem lecionando o conjunto temático destas disciplinas no curso desde 2012. A
formação em Libras apresentada pela atual professora inclui Libras I, II, III e IV como
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disciplina eletiva cursada durante sua graduação e um semestre do curso de Libras
(nível médio) oferecido pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos.
A falta de formação específica da docente em questão, a necessidade de um novo
concurso para professor especialista, aliados ao posicionamento do Departamento de
Formação Específica em Fonoaudiologia (coletivo de docentes que compõe a maioria
de professores do curso) de recusa em acolher essa necessidade, foram e são
sistematicamente problematizados em reuniões departamentais, em sala de aula junto
aos estudantes que fazem as disciplinas citadas, aos pró reitores de graduação em
reuniões sobre as necessidades do curso, entre outros. Os apelos e a tentativa de criar a
compreensão de que a formação dos futuros fonoaudiólogos, no que concerne a atuação
com sujeitos surdos, depende diretamente da formação e das condições do trabalho
docente, até o momento, não foram suficientes para mudar a realidade estabelecida na
qual os conteúdos novos para esse campo de atuação continuam sendo relegados a
segundo plano, reproduzindo assim discursos e práticas patologizantes da surdez.
Além destas questões, a realidade do município também permeia os processos de
formação, considerando o caráter indissociável entre ensino, pesquisa e extensão e a
necessidade de campos de estágio e cenários de formação dos futuros profissionais que
se articulem ou, até mesmo, sejam a própria rede de saúde e de outros serviços
disponíveis no território (ROQUE; STAROSKY; BAGETTI, no prelo). Ao procurar
conhecer a rede de saúde e educação na qual são implementadas as políticas, foram-se
descortinando realidades de falta de recursos mínimos e de “anti” discursos e práticas
que não ofereciam cenários de aprendizagem ideais. Docente e estudantes do curso, ao
aproximarem-se da realidade do município, buscando questões para seus projetos de
conclusão de curso, foram levados a fazer pesquisas denunciativas das condições
adversas em que a rede de saúde e educação encontravam-se no que diz respeito à
política de atenção à saúde auditiva e a política inclusiva para alunos surdos. Ramos
(2016), Moura (2016) Ruiz (2017) mostraram que, além da falta de dispositivos
mínimos para a identificação precoce de surdez na rede de saúde – falta da Triagem
Auditiva Neonatal na maternidade municipal como obriga a lei 12.303 (BRASIL, 2010)
– os profissionais da saúde não possuem conhecimento da importância da língua para a
constituição do sujeito na interação com a sua família e da diversidade linguística e
cultural da comunidade surda. Na rede de educação, a situação também não se
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diferencia muito, pois professores ainda demonstram que valorizam mais intervenções
de oralização e normalização da audição do que estratégias pedagógicas de
desenvolvimento da Libras pelas crianças surdas e suas famílias. Aparentemente há um
processo de subnotificação de alunos surdos na rede o que resulta em apenas um
professor intérprete contratado para atender toda a demanda no Atendimento
Educacional Especializado contra turno escolar, sendo as interações em sala de aula
regular mediadas por auxiliares de ensino sem formação. Um aspecto, entretanto, é
consenso entre os profissionais: é necessário formação continuada e integrada entre as
áreas para que possam aprimorar seu processo de orientação (RAMOS, 2016; RUIZ,
2017).
A complexidade deste território acadêmico, social e político de formação dos futuros
fonoaudiólogos, no que concerne a atuação com sujeitos surdos, é constitutiva de uma
prática docente que deve constantemente ressignificar a realidade, buscando construir as
competências fonoaudiológicas, a partir do trinômio conhecimentos / habilidades /
atitudes, avaliando, criticando e se reconstruindo o que não é adequado, não deve ser
aceito, não deve ser reproduzido.
A figura abaixo apresenta a proposta do estudioso da educação médica norte-americano,
George Miller, que no início dos anos 1990, propôs o modelo conceitual que ilustra as
bases cognitivas (“saber” e “saber como fazer”) da prática profissional (“fazer”) e a
necessidade da avaliação de habilidades e competências práticas (“mostrar como faz”),
especialmente aplicado ao ensino nas profissões da saúde, chamado “Pirâmide de
Miller”.
Figura 1 – “Pirâmide de Miller”8
8 Adaptado de Miller (1990).
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Em alguma medida, a falta de conduções estruturais e físicas, prejudicam o
desenvolvimento de alguns aspectos técnicos das dimensões “Fazer”, “Demonstrar” e
“Saber Como”. Entretanto, é importante lembrar que para o desenvolvimento coeso das
quatro dimensões que resultam no Ser profissional, é necessário trabalhar a dimensão
subjetiva que, na maioria das vezes, é mais profundamente trabalhada a partir de
situações de crise. Desta forma, a proposta de rever os aspectos da dimensão do Saber
em surdez, para redescobrir quem é o sujeito surdo e quem é o profissional de saúde que
cuida, é o primeiro passo para transformar as outras dimensões que vão repercutir em
práticas profissionais mais respeitosas e acolhedoras.
Desta forma, neste território de disputas e revisão de práticas, a formação dos estudantes
do Curso de Fonoaudiologia da UFF é conduzida e reconduzida, por meio de um
conjunto de práticas pedagógicas que dinamizam e buscam fundir as dimensões
propostas por Miller (1990). Uma dessas práticas é o projeto de ensino (monitoria)
“Iniciação à prática docente no campo da Fonoaudiologia Educacional, Surdez e
Inclusão” que tem por finalidade desenvolver aptidões reflexivas e práticas nos
estudantes vinculados a ele em dois eixos: do monitor/a, no sentido de aproximá-lo de
uma experiência de liderança didático-pedagógica, e dos estudantes matriculados nas
disciplinas constitutivas do projeto, no sentido de proporcionar experiências mais
diversificadas e mais simétricas, considerando a relação estudante/estudante, no seu
processo de aprendizado. O projeto, que é desenvolvido desde o ano de 2014, envolve
disciplinas teóricas e práticas, como: Audiologia Educacional, Libras I e II, Trabalho de
Campo Supervisionado em Fonoaudiologia V e Práticas em Surdez e Linguagem.
No que concerne ao eixo do/a monitor/a, a proximidade deste do processo reflexivo
realizado pelo docente, permite que aquele possa apropriar-se de um conhecimento
teórico, prático e crítico que necessariamente deve estar a priori da sua atuação. Ao
propor atividades extraclasse aos estudantes, o monitor/a passou por um processo de
estudo e preparação de recursos semelhante ao do docente e guiado por esse, adentrando
a essa prática.
Por meio do projeto de monitoria são desenvolvidos estratégias e recursos pedagógicos
voltados para o desenvolvimento de um olhar crítico e reflexivo sobre a atuação
fonoaudiológica no campo da educação regular inclusiva e bilíngue, sobre a Política
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Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, sobre a Política
Nacional de Atenção à Saúde Auditiva, sobre o trabalho fonoaudiológico com o
Português como segunda língua e com surdos/as com desenvolvimento típico e atípico,
a partir da perspectiva socioantropológica da surdez (SKLIAR, 2005).
Nestas disciplinas procura-se aplicar dispositivos de ensino e aprendizagem apoiados
em metodologias ativas, buscando o protagonismo dos estudantes no seu processo de
construção de conhecimento (MITRE et al.). Além das aulas, são realizadas visitas as
instituições, rodas de conversas e entrevistas com profissionais, observações e
participações em atendimentos, produção de materiais e encontros com as monitoras
com o intuito de sanar dúvidas e aprofundar os conteúdos por meio de dinâmicas de
grupos, jogos e vídeos. A partir do segundo semestre de 2016, ao final das disciplinas,
foram aplicados questionários de avaliação – da disciplina, da professora e da monitoria
– e de autoavaliação as/aos estudantes. As respostas apontaram que os/as estudantes
reconhecem a importância de tais conteúdos no currículo do curso e que passaram a
assumir um posicionamento crítico frente à atuação fonoaudiológica com surdos/as em
diferentes perspectivas. Por fim, frisam a necessidade de repensar o ensino de Libras na
formação de fonoaudiólogos, pois consideram que o nível de aprofundamento é
insuficiente e que este deveria ser realizado por professores/as com formação,
preferencialmente, surdos/as.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho expôs e discutiu criticamente uma realidade ainda muito presente na
formação de fonoaudiólogos no que diz respeito as visões sobre a surdez e o sujeito
surdos e as práticas de cuidado em saúde que encontram-se em processo de revisão
neste campo do saber. Identificamos que a complexidade que o contexto sócio, político
e econômico da universidade e do território agregam ao processo ainda é atravessada
por uma disputa ideológica. Essa disputa está para além da universidade. Ela permeia a
vida de sujeitos que buscam a garantia de seus direitos mais essenciais: à saúde, à
educação e a uma língua que os permita tomar consciência do mundo, de si e dos
outros. Nos resta lutar para transformar os discursos e as práticas sistemicamente e
pedagogicamente, construindo profissionais que realmente sejam cuidadores.
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