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ANAIS DA III MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO UNINORTE Manaus 2008

ANAIS DA III MOSTRA DE INICIAÇÃO …...Levantamento Florístico de Plantas Herbáceas em Vegetação Aquática do Amazonas Caracterização do Repertório Vocal de Thamnophilus Punctatus

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ANAIS DA III MOSTRA DE INICIAÇÃOCIENTÍFICA DO UNINORTE

Manaus2008

Presidente: Waldery Areosa Ferreira

Reitora: Maria Hercília Tribuzy de Magalhães Cordeiro

Pró-Reitor Administrativo: Waldery Areosa Ferreira Jr.

Pró-Reitora Acadêmica: Leny Xavier Louzada

Diretora de Ensino de Graduação: Maria Izolda de Oliveira Barreto

Diretor de Pós-Graduação e Pesquisa: Tristão Sócrates Baptista Cavalcante

Diretora de Extensão: Júlia Cristina Silveira Camilotto

Coordenadora da Pós-Graduação: Nívia Pires Lopes

Coordenadora do Núcleo de Pesquisa Stricto Sensu: Lígia Fonseca Heyer

Coordenadora do NIP em Ciências Biológicas e da Saúde: Nívia Pires Lopes

Coordenador do NIP em Ciências Humanas e Lingüística: Lígia Fonseca Heyer

Coordenador do NIP em Ciências Sociais Aplicadas: Paulo Roberto Simonetti Barbosa

Coordenador do NIP em Ciências Exatas e da Terra: Alcides de Castro Amorim Neto

Anais

Organização: Mirna Feitoza Pereira e Márcio Alexandre dos Santos Silva

Programação visual: Márcio Alexandre dos Santos Silva

Logomarca e capa do CD: Assessoria de Comunicação

Reprodução: Juvenal Pinheiro da Costa Filho

Ficha Catalográfica: Valéria Lima Machado

APRESENTAÇÃO

Os sinais dos tempos apontam para o avanço científico e tecnológico, cada vez maior e mais dinâmico. A Mostra Uninorte de Iniciação Científica registra momentos de aprendizado e de contribuição de bolsistas de Iniciação Científica do centro, valorizando o estudante universitário como produtor de conhecimento.

Em 2007, o evento propõe duas etapas, uma primeira que a apresentação parcial realizada em 24 e 25 de abril, em cada unidade dos núcleos, na qual será apresentado os dados parciais das pesquisas uma vez que os projetos estão em andamento; e uma segunda apresentação final com todos os resultados e as pesquisas já concluídas. O objetivo da Mostra é promover a valorização dos alunos de Iniciação Científica e das pesquisas desenvolvidas sob a orientação de professores-pesquisadores; promover a integração científica entre discentes e docentes; socializar o conhecimento gerado nas pesquisas desenvolvidas no Uninorte.

Além disso, divulga o trabalho de investigação científica da comunidade acadêmica, estimulando a adesão de alunos à atividade de investigação e desenvolvendo seu interesse pela busca da explicação científica. Estimular o desenvolvimento de atividades de iniciação de pesquisas técnico-científicas, com foco interdisciplinar.

PROGRAMAÇÃO

Local: a mostra foi realizada nos dias 24 e 25 de abril de 2007, das 17:00hs às 18:30hs, no auditório da Unidade I do Centro Universitário do Norte. A mostra contou com dois dias de apresentação devido ao número de apresentações inscritas.

Outro objetivo da Mostra é possibilitar aos alunos de Iniciação Científica a experiência de defesa oral em eventos científicos. Para tanto segue as normas seguidas na apresentação oral.

Nesse processo são avaliados itens como domínio e conhecimento teórico com segurança em demonstrar posições e terminologia aplicada à área de estudo, linguagem adequada, fluência oral, postura e desembaraço nas respostas, além de organização, lógica, clareza e capacidade de reavaliar afirmações e conceitos. O uso do tempo, seqüência didática e a qualidade do material didático também são observados.

SUMÁRIO

NÚCLEO DE CIÊNCIAS HUMANAS

Estudo Comparativo entre as Metodologias Propostas nos Planos de Ensino do Curso de Administração e sua Utilização em Sala de Aula: A Concepção dos Docentes................................................................................................

Pedagogia Hospitalar: Um Desafio do GACC (Grupo de Apoio à Criança com Câncer) Para a Inclusão das Crianças na Educação Infantil........................

Análise Do Desenvolvimento Motor Em Escolares Do Primeiro Ano Do Ensino Fundamental: Estudo Comparativo...........................................................

NÚCLEO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

Análise Biomecânica de Crianças Transpotando Mochilas de duas Alças com Diferentes Cargas e Tempo..........................................................................

Análise Microbiológica de Desinfetantes Comercilaizados por Ambulantes nas ruas da Cidade de Manaus, Am.........................................................

Avaliação Microbiológica dos Aparelhos de Ultrasom e Géis Utilizados em Clínicas de Fisioterapia na Cidade de Manaus..........................................

Grama de Conservação Auditiva: Cuidando da Audição dos Docentes, Funcionários e Discentes do Uninorte...........................................................

Análise do Desenvolvimento Motor em Escolares do Primeiro Ano do Ensino Fundamental: Estudo Comparativo..............................................................

Análise do Desenvolvimento Motor em Escolares do Primeiro Ano do Ensino Fundamental: Diferença entre Gêneros........................................................

O Efeito de Óleo Diesel no Comportamento e Fisiologia de Poecilia Reticulata (GUPPY).....................................................................................................

Alterações nos Padrões Espaciais da Marcha Humana após PS 90 Dias Iniciais Pós-Reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior (LCA)..............................

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Alterações nos Padrões Temporais da Marcha Humana após os 90 Dias Iniciais Pós-Reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior (LCA).................................................

Comportamento Cinemático do Membro Inferior Durante a Marcha Após 60 Dias Pós-Reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior (LCA)..........................................

Comparar Parâmetros Angulares para o Membro Inferior no Salto Horizontal em Crianças................................................................................................................

Levantamento Florístico de Plantas Herbáceas em Vegetação Aquática do Amazonas

Caracterização do Repertório Vocal de Thamnophilus Punctatus (Choca-Bate-Cabo) em Cativeiro.......................................................................................................

Comportamento Cinemático do Membro Inferior durante a Marcha Pós-Reconstrução do LCA..................................................................................................................

Aspectos Cinemáticos do Salto Horizontal de Crianças Relacionadas aos Diferentes Estágios do Desenvolvimento Motor..........................................................................

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Núcleo de Ciências Humanas

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ESTUDO COMPARATIVO ENTRE AS METODOLOGIAS PROPOSTAS NOS PLANOS DE ENSINO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO E SUA UTILIZAÇÃO EM SALA DE AULA: A CONCEPÇÃO DOS DOCENTES Lana Sampaio FragosoAline Santos Monteiro, M.Sc.

Introdução

O processo ensino-aprendizagem impõe aos professores a apresentação de propostas metodológicas e a efetivação de novas maneiras de executar o conteúdo dos Planos de Ensino com maior eficiência e eficácia. O desenvolvimento e o aprimoramento das metodologias utilizadas em sala de aula são de fundamental importância para o acesso a informações que norteiam o nível de aprendizagem dos alunos. O processo de ensino-aprendizagem é o alicerce fundamental para desencadear a absorção de conhecimento no âmbito da Universidade. Dessa forma, a utilização de metodologias em sala de aula se constitui numa integração do processo educativo, a partir da interação entre docentes e alunos com a finalidade de enriquecimento mútuo. Para isso, necessitam de professores preparados que proponham metodologias inovadoras em seus planos de ensino e, mais que isso efetivamente as desenvolva em sala de aula.

Problema

Na concepção dos docentes as metodologias utilizadas em sala de aula são compatíveis com o proposto nos Planos de ensino de modo a contribuir para a transformação do conhecimento?

Objetivos

Analisar a implementação das metodologias em sala de aula comparando-as com a proposição elaborada nos planos de ensino do Curso de Administração do UNINORTE, bem como especificamente descrever as metodologias propostas nos Planos de Ensino do Curso de Administração para o ano de 2006/2; identificar das metodologias propostas quais foram aplicadas em sala de aula e comparar o proposto com e o efetivamente implantado, de acordo com a concepção dos docentes.

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Materiais e Métodos

O desenvolvimento desse estudo teve uma abordagem qualitativa, pois foi destinada ao estudo sobre o comportamento humano, e os métodos foram fundamentados na utilização de agrupamentos intuitivos, confrontações, a conhecimentos, e induções generalizadas. No que se refere aos meios utilizados à pesquisa utilizou a pesquisa bibliográfica e documental. Quanto à pesquisa bibliográfica, foi realizada através de levantamentos já existentes, em livro, site direcionados ao assunto, artigos publicados em revistas especializadas na área. Trata-se também de uma pesquisa descritiva, uma vez que tem o objetivo de analisar, registrar e observar as correlações existentes entre planos de ensino e metodologias propostas. Este Estudo teve como informantes chaves, 10 professores do Curso de Administração. Os dados que são apresentados foram coletados através de entrevista do tipo padronizada, com caráter investigativo seguido de roteiro com perguntas abertas, previamente estabelecidas. As perguntas abertas permitiram aos professores responderem livremente expondo opiniões.

Resultados Preliminares

O presente estudo deverá analisar a correlação entre as metodologias propostas no plano de ensino e se efetivamente o desenvolvimento desses métodos foram efetivados em sala de aula. Para tanto foram identificados os professores de diversas disciplinas que constam na proposta curricular do Curso de Administração. Verificou-se que os docentes utilizaram metodologias participativas em consonância com proposta pedagógica de aprendizagem significativa, para o desenvolvimento de alguns conteúdos, dessa forma valorizando os distintos saberes e o intercâmbio de experiência entre a teoria e a prática educacional.

Referências

ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar, novas formas de aprender. Porto alegre: Artmed, 2002.

FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. São Paulo: Saraiva,2002.

LIBÂNEO, José Carlos e SANTOS, Akiko. Educação na era do conhecimento em rede e transdisciplinaridade. Campinas, São Paulo: Alínea, 2005.

MARTINS, Gilberto de Andrade; LINTZ, Alexandre. Guia para elaboração de monografias e trabalhos de conclusão de cursos. São Paulo: Atlas,2000.

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PEDAGOGIA HOSPITALAR: UM DESAFIO DO GACC (GRUPO DE APOIO À CRIANÇA COM CANCER) PARA A INCLUSÃO DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

Justificativa

As crianças com câncer não recebem a atenção dos órgãos estatais, considerando •que a ação destes órgãos representaria a existência de políticas públicas que conduziria a universalização do ensino escolar;

Mesmo a criança em tratamento de saúde não deve ter o seu desenvolvimento •escolar prejudicado;

Os direitos formalizados asseguram que a criança com câncer deve ter a •oportunidade de acesso ao ensino como outro cidadão;

A inclusão da criança com câncer na educação regular promove o seu melhor •desenvolvimento, autonomia e sociabilidade.

Sujeitos Sociais da Pesquisa

Pais ou responsáveis por crianças em tratamento no lar da criança com câncer do GACC.

Objetivo Geral

Investigar o processo de inserção social referente à educação infantil das crianças do GACC/AM (grupo de apoio as crianças com câncer), no que se refere a inclusão educacional das crianças com câncer aos direitos de cidadania.

Objetivos Especificos

Verificar como é realizado o processo de ensino e aprendizagem no GACC;•

Analisar o procedimento de inclusão das crianças em sala de aula pelo CAGG;•

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Analisar como funcionam os mecanismos de inclusão que promovem a educação •das crianças com câncer no que tange aos direitos de cidadania.

Materiais e Métodos

Pesquisa bibliográfica;•

Pesquisa de campo;•

Coleta de dados através de entrevistas semi-estruturadas e entrevistas •individuais;

Fontes literárias. •

Cronograma de Execução

MÊS ATIVIDADE

Outubro/2006 Leitura e Fechamento de Material para Pesquisa

Novembro/2006 Leitura e Fechamento de Material para Pesquisa

Dezembro/2006 Leitura e Fechamento de Material para Pesquisa

Fevereiro/2007 Leitura e Fechamento de Material para Pesquisa

Março/2007 Elaboração de Questionário de Entrevista a ser Aplicado

Abril/2007 Elaboração de Estratégias Operacionais para Início dos Trabalhos

Maio/2007 Elaboração de Pesquisa Documental sobre Dados Referentes à Pesquisa

Junho/2007 Revisão da Bibliografia Utilizada na Pesquisa

Julho/2007 Efetivação do Trabalho de Campo

Agosto/2007 Análise do Material Coletado em Campo à Luz do Referencial

Setembro/2007 Elaboração do Relatório Final sob Forma de Artigo Técnico

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Resultados Parciais Obtidos

Percebeu-se nas entrevistas concedidas certo constrangimento dos responsáveis pelas crianças em tratamento no GAAC (o que pode ser natural, uma vez que temem prejudicar de algum modo o trabalho da instituição).

Por ser uma organização de assistência não-governamental, e não uma política pública de responsabilidade do estado, o GAAC se mantém com recursos doados pela própria sociedade, o que gera nos que dele necessitam, a incerteza do atendimento fora do âmbito da instituição.

No que se refere ao caráter da necessidade de políticas públicas para o atendimento, percebemos que o GAAC atende a crianças oncogênicas provenientes de vários municípios do amazonas, de estados adjacentes, e até de países limítrofes.

Pela ausência de políticas públicas específicas para o atendimento às crianças oncogênicas, os pais ou responsáveis são obrigados a criar meios de sobrevivência econômica durante o tratamento (o que se traduz em cursos e venda do trabalho artesanal com cipó, palha, borracha, plástico, etc).

Quanto a educação, observada na pesquisa como um direito de cidadania garantido também à criança em tratamento médico, percebemos que embora haja empenho por parte da instituição, o GAAC consegue atender somente aos níveis mais elementares da alfabetização.

Por outro lado, revelam-se nos relatos dos pais ou responsáveis que a medicação utilizada no tratamento ao câncer altera o comportamento habitual e o estado de humor das crianças.

Por conta do alcance limitado do ensino no GAAC, ficam sem acesso à educação as demais crianças em idade escolar, mas que iniciaram o tratamento ao câncer já cursando o ensino fundamental ou médio;

Conforme o relato dos pais ou responsáveis, com o controle da doença pelo tratamento, as crianças enfrentam certo preconceito dos colegas no retorno às atividades escolares, mas logo é superado pela própria criança e pela comunidade.

Os sujeitos da pesquisa revelam que longe de ser o preconceito a principal dificuldade enfrentada pela criança nos processos de inserção ou reinserção ao ensino escolar, são as condições de atendimento e o ensino inacessível que mais representam o entrave aos direitos de cidadania.

Referências

CHOCHIK, José Leon, Educação em debate.1995.

Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA. Lei nº8069/1990.

FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas para o Trabalho Cientifico. 13 ed. Porto Alegre: s;n.2005.

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LEI Nº 9394/96 Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

MEIRJEU, Philippe. Aprender sim, mas como? 7 ed- Porto Alegre artes médicas 1998.

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA EDUCAÇÃO INFANTIL.

Ministério da Educação e Desporto, Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC/SEF, 1998. Vol 1 e 2.

SANNY, Rosa: Brincar e conhecer, ensinar. São Paulo: Cortez 1998.

FONSECA, Eneida Simões da. Atendimento escolar no ambiente hospitalar.

Ministério da Educação Secretaria de Educação Especial.

Classe Hospitalar e Atendimento Pedagógico Domiciliar. Estratégias e Orientações.

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ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO MOTOR EM ESCOLARES DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: ESTUDO COMPARATIVOJuliene Amorin Lira Ronaldo Freire Nascimento¹Esdra Gonçalves de Jesus¹Fernanda Caroline de C. Chaves¹Profª MSc Josiene de Lima Mascarenhas

Introdução

As crianças têm necessidade de movimentar-se enquanto uma tendência natural, a de brincar, e assim ela desenvolve algumas habilidades motoras. Entretanto, as habilidades motoras fundamentais que são consideradas indispensáveis para o desenvolvimento de atividades de movimento em uma perspectiva de vida ativa e saudável, não emergem naturalmente, durante a infância, elas são resultados de vários fatores que em constante interação, influenciam o desenvolvimento motor da criança, entre eles o contexto de ensino (GABARD, 2000; NEWELL, 1984).

Para encorajar-se com sucesso, ou seja, obter participação efetiva na especialização de atividades motoras especializadas da dança e/ou esportes que contribua para uma melhor qualidade de vida, a criança precisa aprender certo nível de competência nas habilidades motoras fundamentais (VALENTINI, 2002)

Portanto, conhecer o nível de desenvolvimento motor de crianças é fundamental para a construção de programas motores que venham ao encontro das necessidades dos mais variados grupos, propiciando a elaboração de práticas mais efetivas que levem crianças à construção de padrões de movimento mais avançado e que garantam a participação em atividades de movimento durante toda a vida.

Nessa perspectiva, para diagnosticar alterações psicomotoras está sendo realizado o presente estudo com o objetivo de avaliar, por meio de testes específicos de um programa, habilidades básicas em crianças do primeiro ano do primeiro ciclo do ensino fundamental. Para essa investigação temos como hipótese que as crianças das duas escolas apresentarão desempenho motores similares, já que possuem a mesma faixa etária e participam do mesmo programa escolar do Município de Manaus.

Materiais e Métodos

A amostra foi composta por 60 crianças de ambos os sexos, com idades de 6 anos matriculados em duas escolas diferentes (Escolas A e B) da rede de Municipal de ensino situadas na cidade de Manaus.

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Todas as crianças selecionadas serão testadas através do TGMD (Teste of Gross Motor Development) o qual a valia desenvolvimento motor em habilidades de locomoção (correr, galopar, salto sobre o mesmo pé, salto com os dois pés, salto com 1 pé e corrida lateral) e de controle de objeto (rebater, quicar, receber, chutar, arremessar e lançar). O protocolo de aplicação sugere o uso de câmera filmadora para registro e posterior análise do desempenho motor. Os escores relatados no teste incluem dados brutos, padrão e percentil para cada uma das duas subscalas do TGMD (habilidade de locomoção e de controle de objeto).

Resultados e Discussão

Os resultados brutos evidenciam que nas habilidades de locomoção a escola A (32,69) e escola B (33,98) estão classificadas na categoria motora acima da média, os resultados foram similares sem diferenças significativas. Nas habilidades de controle de objetos escola A (25,72) escola B (27,02) os resultados demonstram que estão classificados na categoria média, sendo que escola B apresentou resultado maior, porém sem significância (vide tabela I).

Esses índices confirmam a hipótese de que as escolas apresentariam resultados similares, já que ambas são escolas da rede Municipal da Cidade de Manaus, possuem professores de Educação Física, assim como quadra coberta para a prática de exercícios para desenvolverem as habilidades analisadas (Gráfico 1).

Tabela 1

PERCEPÇÃO DE DESEMPENHO MOTOR ENTRE GRUPOS

GRUPOS DESEMPENHO MOTOR * DESCRIÇÕES MOTORASCATEGORIAS

Escola Locomoção Controle de Objetos Locomoção Controle de Objetos

A 32,69 25,72 Acima da média Média

B 33,98 27,02 Acima da média Média

Nota: Sete categorias de desempenho motor são previstas pelo autor do teste TGMD (Ulrich, 1985) estruturadas a partir dos dados brutos: Muito Pobre, Pobre, Abaixo da Média, Média, Acima da Média, Superior e Muito Superior.

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Gráfico 1

PERCEPÇÃO DE DESEMPENHO ENTRE GRUPOS

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LOCOMOÇÃO CONTROLE DE OBJETOS

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Considerações Finais

A faixa etária das crianças estudadas são de 6 anos de idade, de acordo com o Modelo Bidimensional das Fases de Desenvolvimento Motor de Gallahue (2005), crianças nessa faixa etária devem encontrar-se no estágio maduro das habilidades motoras fundamentais. Nesse estágio as habilidades de locomoção, manipulação e estabilizador já devem estar totalmente desenvolvidos.

Portanto, os resultados da análise das habilidades de locomoção e controle de objetos dos sujeitos estudados deveriam apresentar-se na categoria motora superior, no mínimo acima da média. Entretanto, os resultados sugerem um desempenho em geral média e acima da média.

Dentre os objetivos das aulas de Educação Física na Educação Infantil está o de proporcionar às crianças o contato com uma grande variedade de experiências de movimentos. O currículo da educação física nessas séries implica na estruturação de um ambiente de aprendizagem que auxilie as crianças a incorporar a dinâmica da solução de problemas, bem como a motivação para a descoberta das manifestações da cultura de movimento, construindo também oportunidades de desenvolvimento no desempenho das habilidades motoras fundamentais que enriqueçam sua qualidade de vida.

Entretanto, para que esse objetivo se concretize é preciso que as aulas sejam muito bem planejadas e executadas. Cabe ao educador esse papel e ao Orientador pedagógico da escolar supervisionar, garantindo assim o desenvolvimento e aprendizagem das habilidades fundamentais.

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Referências

FERRAZ. O. L. Desenvolvimento do padrão fundamental de movimento correr em crianças: um estudo semi-longitudinal. Revista paulista de educação física, 6 (1), 26-34, 1992.

GABBARD, C. P. Lifelong motor development. 3. ed. Madison Dubuque, IA: Brow & Benchmark, 2000.

NEWELL, K. Physical constraits to development of motor skills. In J. THOMAS (Ed). Motor development during prescholl and elementary years. Minneapolis: Burgess. 1984, p. 105-120.

VALENTINI, N. C. Percepções de Competência e desenvolvimento motor de meninos e meninas: um estudo transversal. Revista Movimento. V. 8, n. 2, p. 51-62, 2002.

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ANÁLISE BIOMECÂNICA DE CRIANÇAS TRANSPOTANDO MOCHILAS DE DUAS ALÇAS COM DIFERENTES CARGAS E TEMPOSaara Adla Pereira OliveiraJansen Atier Estrazulas, MSc.

A postura do adulto está ligada aos estímulos e experiências aos quais este foi exposto durante seu desenvolvimento neuropsicomotor, às condições genéticas herdadas de seus antepassados e aos estímulos ambientais. Assim, conhecendo o corpo e a plasticidade da postura, é possível pensar em meios capazes de minimizar ou prevenir problemas posturais.

Certas patologias aparecem com o passar dos anos e tornam-se difíceis de tratar, com isso, vão acompanhar crianças e jovens pelo resto da vida. Um dos motivos dessas patologias são as mochilas escolares que estão a cada dia com maiores cargas para ser transportada pelos seus respectivos portadores. Esse tipo de excesso pode ser muito prejudicial para a coluna, ocasionando dores, lesões musculares e alterações posturais.

Por a biomecânica ser uma ciência que examina o corpo humano e seus movimentos, fundamentando-se nas leis, princípios e métodos mecânicos e conhecimentos anátomo-fisiológigos (DONSKOI,1960), nela será baseado o trabalho.

Com base em estudos, o objetivo desse trabalho de pesquisa é avaliar até que ponto a utilização de mochilas do tipo duas alças com diferentes pesos e tempo de transporte não será prejudicial.

Objetivos Específicos

Descrever o comportamento biomecânico da marcha de crianças transportando mochilas de duas alças com diferentes cargas e tempos de transporte.

Descrever a marcha dos sujeitos avaliados sem a utilização de sobrecarga no aparelho locomotor.

Comparar a biomecânica da criança com e sem o uso da mochila de duas alças em situações distintas.

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O estudo será realizado de forma descritiva por observações sistemáticas e análises quantitativas de vídeos, na vista sagital.

População: Crianças estudantes da rede publica e privada de ensino da cidade de Manaus.

Amostra: 20 crianças com idade entre 9 e 11anos.

Instrumentos: esteira rolante, videografia bidimensional, câmera filmadora de freqüência de amostragem de 30Hz, computador, software do programa Peak Motus, marcadores corporais e mochila escolar.

Referências

LAPIERRE, A. Reeducação Física: cinesiologia, reeducação postural, reeducação psicomotora. 6 ed. São Paulo: Manole, 1982. Vol. I

AMADIO, A . C. Fundamentos biomecânicos para análise do movimento humano. São Paulo: Laboratório de Biomecânica: EEFUSP, 1996.

ASHER, C. Variações de Postura na Criança. São Paulo: Manole, 1976.

MOTA, C.B. ESTRÁZULAS, J.A. LINK, D.M. OLIVEIRA, L.G. TEIXEIRA, J.S. Análise cinemática do andar de crianças transportando mochilas. Revista Brasileira de Biomecânica. Ano 3, Nº 4, Ed. Estação Liberdade, SP, 2002.

MUNHOZ, M. P. Estudo das adaptações posturais momentâneas decorrentes da aplicação progressiva de sobrecarga unilateral. Dissertação de Mestrado. Campinas . SP, 1995.

MUNHOZ, M. P. Estudo das adaptações posturais momentâneas decorrentes da aplicação progressiva de sobrecarga unilateral. Dissertação de Mestrado. Campinas . SP, 1995.

SANTOS, G.M. (Org.) IX Congresso Brasileiro de Biomecânica. ANAIS, Gramado, RS, 2001.

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ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE DESINFETANTES COMERCILAIZADOS POR AMBULANTES NAS RUAS DA CIDADE DE MANAUS, AMGeorge Allan Villararouco da SilvaCristiany de Moura Apolinário e Silva, MSc.

Diversos compostos químicos ativos estão disponíveis no mercado, como a amostra do microrganismo de interesse e a concentração do produto recomendada pelo fabricante devem ser submetidas à avaliação para comprovar sua eficácia. Ao se utilizar um produto químico como agente desinfetante, deve-se considerar, em princípio, se este é capaz de eliminar os microrganismos indesejáveis de um ambiente em níveis seguros. A AOAC dispõe de dois métodos para a determinação da atividade bactericida de desinfetantes, adotados oficialmente no Brasil pela Portaria 336 de 22 de julho de 1999, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Ministério da Saúde. São os métodos de diluição de uso e suspensão, cuja principal diferença é a forma como os microrganismos são expostos à ação do desinfetante. O presente estudo tem como objetivo geral análise microbiológica de desinfetantes A, B e C com fabricação caseira e como objetivos específicos isolamento de bactérias aeróbias e análise da ação bactericida ou bacteriostática de desinfetantes frente à Staphylococcus aureus e Escherichia coli. Foram encontrados os desinfetantes em maior número de vendas no centro da cidade, foram adquiridos nos próprios frascos de venda, variando de garrafas com 350mL a 2L. A análise microbiologia esta sendo efetuada no Laboratório de Microbiologia e Parasitologia do UNINORTE, realizada em duplicata, após homogenização das amostras foram retiradas com o auxílio de um micropipeta graduada 0,1 mL despejada nas placas, com utilização dos meios PCA, EMB e SAL-MANITOL e levados à estufa a 37°C por 24 horas. Para a verificação da ação de desinfetantes sobre os microrganismos S. aureus e E. coli utilizou-se a metodologia de Jorge (2001). Com a análise microbiológica houve crescimento de bactérias aeróbias ou anaeróbias facultativas em PCA da amostra A, com o crescimento de 2 colônias na placa 1 e 3 colônias na placa 2. Na amostra B, em PCA, com o crescimento de 1 colônia na placa 1 e 23 colônias na placa 2. Na amostra C, em PCA, com o crescimento de 2 colônias na placa 1 e 558 colônias na placa 2, a única amostra que também apresentou crescimento de coliformes totais em EMB com o crescimento de 3 colônias somente em uma das placas. Ao testarmos o desintefante frente a S. aureus, na placa 1 houve crescimento da amostra A com 13 colônias, amostra B com 19 colônias, amostra C com 101 colônias; na placa 2 não houve crescimento para as amostras A e B, somente na amostra C com 246 colônias. Frente a E. coli, na placa 1 a amostra A com 3 colônias, amostra B sem crescimento, amostra C com 177 colônias; na placa 2 a amostra A com 2 colônias, amostra B com 8 colônias, amostra C com 128 colônias.

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AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DOS APARELHOS DE ULTRASOM E GÉIS UTILIZADOS EM CLÍNICAS DE FISIOTERAPIA NA CIDADE DE MANAUSAntônio Lima MotaCritiany de Moura Apolinário Silva, MSc.Marcos Siqueira CortezAlessandra Alves Drumond Siqueira, MSc.

Introdução

A biossegurança é um processo funcional e operacional de fundamental importância em serviços de saúde, não só por abordar medidas de Controle de Infecções para proteção da equipe de assistência e usuários em saúde, mas por ter um papel fundamental na promoção da consciência sanitária, na comunidade onde atua, da importância da preservação do meio ambiente na manipulação e no descarte de resíduos químicos, tóxicos e infectantes e da redução geral de riscos à saúde e acidentes ocupacionais. Para que haja a disseminação de uma infecção é necessário a presença de três elementos: uma fonte de patógenos, um hospedeiro suscetível e uma via de transmissão. No hospital, por exemplo, as principais fontes de infecção são as pessoas (pacientes, pessoal ou visitantes) ou objetos contaminados (equipamentos, medicamentos, roupa de cama). A proteção dos pacientes e da equipe de saúde exige uma adesão estrita aos procedimentos que visam controlar a infecção. Para que haja a disseminação de uma infecção é necessário a presença de três elementos: uma fonte de patógenos, um hospedeiro suscetível e uma via de transmissão. Este projeto tem como objetivos analisar a eficiência dos produtos usados na limpeza dos equipamentos de ultrasom, realizando neste uma análise microbiológica; verificar a correta técnica de lavagem das mãos da equipe de saúde verificar se as normas de biossegurança padrão estão sendo realizadas como também incentivar, em conjunto com a equipe do hospital, práticas de controle de infecção dentro do serviço de saúde, assim como precauções que o paciente deve tomar no ambiente domiciliar para evitar infecções secundárias.

Materiais e Métodos

A coleta foi realizada em duas clinicas da cidade de Manaus identificadas como clinicas A e B. A análise dos equipamentos foi realizada com o auxílio de um swab que foi friccionado sobre a superfície (cabeçote) do ultrasom. Cada swab foi depositado em tubos de ensaio contendo água peptonada 0,1%, cada amostra de

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gel foi transferida para frasco estéril. As análises foram realizadas para detecção de bactérias, fungos filamentosos e leveduras utilizando diferentes meios de cultura. Após as coletas microbiológicas, as amostras foram encaminhadas para o laboratório de Microbiologia e Parasitologia do UNINORTE, para isolamento e identificação. Cada amostra foi semeada em duplicata nos respectivos meios de cultura: para bactérias (EMB), Salmanitol, PCA (meio para contagem total de bactérias) e para fungos filamentosos e leveduras BDA acrescido de cloranfenicol. As placas correspondentes a bactérias foram incubadas a 37ºC por 24 horas e dos fungos a 27ºC por 3 – 5 dias. A contagem foi realizada pelo método de Unidades Formadoras de Colônia (UFC). Juntamente com as coletas foi realizado um levantamento (check-list) dos procedimentos básicos de biossegurança como: lavagem das mãos e desinfecção dos equipamentos de ultrasom e frascos de gel.

Resultados e Discussão

Foram isolados dos equipamentos de ultrasom os seguintes microrganismos: Bactérias aeróbicas ou anaeróbicas facultativas (475 UFC/cm2), Enterobactérias (330 UFC/ cm2), Leveduras (335 UFC/cm2); nos géis foram encontrados os seguintes representantes: Bactérias aeróbicas ou anaeróbicas facultativas (431 UFC/mL), Enterobactérias (307 UFC/mL), Leveduras (322 UFC/mL). Entre as bactérias foram identificadas as seguintes representantes: Staphylococcus sp, Staphylococcus aureus e entre os fungos Candida sp, Aspergillus sp e Penicillium sp. Esses resultados estão de acordo com os dados relatados pela literatura onde é notadamente sabido que a falta de cuidados dispensados nas técnicas básicas de desinfecção dentro do ambiente hospitalar tendem a aumentar o índice de infecções nasocomiais. Já está comprovado que espécies de Candida constituem o grupo mais importante de patógenos fúngicos oportunistas sendo a quarta causa mais comum de infecções sanguíneas. Staphylococcus aureus, Candida albicans Aspergillus sp estão entre os principais patógenos responsáveis por infecções hospitalares. A respeito das técnicas básicas de biossegurança observou-se que o processo de desinfecção dos equipamentos de ultrasom não esta sendo realizado de acordo com as normas preconizadas pelos manuais de biossegurança hospitalar. Os equipamentos de fisioterapia como o Ultrasom devem ter seus cabeçotes limpos com álcool 70% após o uso.

Considerações Finais

Espera-se com estas análises conhecer as principais causas de contaminações em aparelhos de ultrasom e em géis, como também verificar a eficiência dos métodos de limpeza e esterilização desses, realizados pelos profissionais de saúde. Faz-se importante o desenvolvimento de uma política de educação em saúde dos profissionais de saúde tornando-os conscientes da importância em prevenir infecções e também a importância da realização correta das normas de biossegurança.

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GRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA: CUIDANDO DA AUDIÇÃO DOS DOCENTES, FUNCIONÁRIOS E DISCENTES DO UNINORTEAdan Viana SoaresAdriana Souza SantosCláudia Adriana Ferreira MarMuriel Guedes SeabraPatrícia da Silva e SilvaRoberta Farias de LimaThelma Alcântara Paranhos Lima, MSc.Neodete Körbes, MSc.

Introdução

Programa de conservação auditiva consiste em um conjunto de medidas prevencionistas, cujo objetivo principal é não deixar que trabalhadores fiquem expostos a níveis elevados de pressão sonora, sem que haja uma adequada proteção auditiva. É sem dúvida um trabalho que merece destaque, pois o ruído é um agente físico que provoca a destruição de células sensitivas da audição humana. Para Matos (1999), é um conjunto de medidas a serem desenvolvidas com o objetivo de prevenir a instalação ou evolução de perdas da audição.

Por prevenção entende-se especialmente a adoção de intervenções que tenham como objetivo a eliminação e controle do ruído. Através de alterações ambientais, de equipamentos adequados e projetos para novas adequações no layout do setor de trabalho.

É obrigação dos responsáveis pela implantação dos programas de conservação auditiva:

Conhecer o ambiente de trabalho;•

Verificar a presença de níveis de pressão sonora elevados;•

Observar se ruídos presentes em atividades laborativas interferem na comunicação •oral e no reconhecimento de sons necessários ao desenvolvimento das atividades rotineiras;

Identificar grupos de trabalhadores expostos a altos níveis de ruídos: •

Analisar e realizar controles nas fontes emissoras de ruídos para impedir a ação •nociva cuja conseqüência resulta no aparecimento de patologias, que dentre elas pode estar presente a PAINPSE.

O objetivo do trabalho consiste em elaborar, executar e manter um Programa de Conservação Auditiva nas dependências da Unidade I do UniNorte.

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Materiais e Métodos

A pesquisa apresenta várias etapas:

Elaboração de:

um termo de consentimento livre e esclarecido (de acordo com a Resolução 196/96 •do CONEP);

um protocolo de anamnese, que indagará a respeito do local ou setor de atuação •na Unidade I do UniNorte, queixas auditivas, alterações audiológicas, antecedentes fisiopatológicos e antecedentes familiares;

protocolo de avaliação audiológica. •

O grupo-estudo é composto pelos docentes, funcionários e discentes da Unidade I do UniNorte, que concordem em participar do projeto. Antes de responderem ao questionário, e serem submetidos à avaliação auditiva, os indivíduos são esclarecidos sobre os objetivos e as etapas do trabalho e são convidados a assinar o termo de consentimento livre e esclarecido.

Após esta primeira etapa, de avaliação audiológica do grupo-estudo, são analisadas as respostas registradas na anamnese e os resultados das audiometrias.

Estes dados serão co-relacionados com os resultados das medições acústicas, internas e externas, por meio de decibelímetro, cujo objetivo consiste em verificar o nível de ruído nas dependências da Unidade I do UniNorte. Esta co-relação terá o objetivo de verificar se há relação entre os resultados da audiometria com os níveis de ruído, como relata a literatura especializada.

Com base nos dados coletados e co-relacionados, o Programa de Conservação Auditiva terá seu início efetivado. Este programa engloba várias etapas, como avaliação, gerenciamento e controle de riscos, gerenciamento audiométrico, proteção auditiva, treinamento e instalação de programas educacionais.

Aos fonoaudiólogos cabem as seguintes etapas:

gerenciamento audiométrico: nesta etapa, os exames audiomérticos serão •realizados, como descrito acima. Esta etapa tem como objetivo estabelecer um audiograma de referência a todos os indivíduos avaliados, identificar a situação auditiva de cada um, identificar os indivíduos que necessitam de encaminhamento ao otorrinolaringologista, por apresentarem alterações auditivas que exijam tal atendimento especializado e alertar os indivíduos sobre os efeitos nocivos da exposição ao ruído. Esta avaliação deve ser realizada por profissional habilitado, como o fonoaudiólogo.

Todas as audiometrias deverão ter como obrigatoriedade: repouso acústico, de no mínimo 14 horas, tanto para ruídos ocupacionais quanto para extra-ocupacionais, e inspeção visual do conduto auditivo externo por meio de otoscopia, a fim de identificar se existe alguma alteração que possa comprometer a realização da audiometria. Nos casos de existência destas alterações, o indivíduo será encaminhado primeiramente

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a um profissional otorrinolaringologista e orientado para retornar posteriormente à avaliação audiométrica.

A análise dos resultados da avaliação audiológica será realizada por meio da análise do critério clínico, que indicará o perfil audiométrico e o grau da perda auditiva, no caso de a audição não ser dentro dos padrões de normalidade, além da análise de piora, sendo utilizados critérios para verificar a mudança significativa do limiar auditivo, nos casos das reavaliações audiométricas;

proteção auditiva: será realizada quando as medidas de controle geral para a •atenuação dos níveis elevados de ruído nas fontes de emissão ou em sua propagação não conseguirem reduzir o nível de ruído abaixo de seu nível de nocividade. Estas medidas de redução do nível de ruído na fonte ou em sua propagação também serão realizados pelo projeto paralelo, proposto pelo Prof. Everton Stachon. Cabe ao fonoaudiólogo a seleção e homologação dos protetores auditivos;

treinamento e instalação de programas: esta etapa é de extrema importância à •eficácia do Programa de Conservação Auditiva, pois ela engloba a criação de um conjunto de estratégias para treinamento de pessoal e formas de divulgação dos resultados de cada etapa do programa. Estas estratégias vão depender das características do grupo-estudo, dos resultados das avaliações e reavaliações auditivas, das condições da Unidade I do UniNorte e das metas a serem alcançadas.

O trabalho será desenvolvido por oito componentes sendo duas professoras, uma orientadora e outra c-orientadora,e seis acadêmicos do curso de Fonoaudiologia do quarto período do curso.

À professora, caberá a função de inspeção do conduto auditivo externo; avaliação e reavaliação auditiva dos docentes, funcionários e discentes da Unidade I do UniNorte; encaminhamento ao otorrinolaringologista, quando necessário; orientação aos professores, funcionários e acadêmicos; computação dos resultados; e criação e manutenção do Programa de Conservação Auditiva.

Os seis acadêmicos terão como responsabilidade: elaborar o termo de consentimento livre e esclarecido, o protocolo de anamnese e o protocolo de avaliação audiológica; realizar a anamnese, juntamente com o professor responsável; auxiliar na elaboração dos laudos audiológicos; auxiliar na análise dos dados coletados e dos resultados; auxiliar na confecção de folhetos explicativos sobre a nocividade da exposição ao ruído intenso, à importância da prevenção da audição e os cuidados com a audição; auxiliar na etapa de criação e manutenção do Programa de Conservação Auditiva; elaborara um artigo científico sobre a pesquisa; e apresentar o projeto em trabalhos científicos.

Resultados

A coleta de dados ainda não foi encerrada, devido a isto os resultados não são apresentados.

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Referências

ALEXANDRY, G. F. O problema do ruído industrial e seu controle. São Paulo : Fundacentro, 1978. 123p.

BONALDI, L. V.; ANGELIS, M. A.; RIBEIRO, E. C.; SMITH, R. L. Bases anatômicas da audição e do equilíbrio. São Paulo : Livraria Santos Editora, 2004.

FROTA, S. Fundamentos em fonoaudiologia – audiologia. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 1998.

HUNGRIA, H. Otorrinolaringologia. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 1991.

KÖRBES, N.; MONTEMEZZO, A.; FREITAS, C. D.; SONEGO, C.; FERNANDES, D. F.; OLIVEIRA, D. L. Saúde auditiva de trabalhadores expostos ao ruído ocupacional em uma indústria de calcário. In: XI Semana Acadêmica da Fonoaudiologia. 2002, Santa Maria, Rio Grande do Sul. Anais. 2002, p. 53.

JERGER, S.; JERGER, J. Alterações auditivas: um manual para avaliação clínica. Rio de Janeiro : Atheneu, 1989.

LASMAR, F. S. A instalação e/ou evolução de perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados – PAINPSE. 67p. Manaus, 2003. [Monografia de Graduação em Fonoaudiologia - Centro Universitário Nilton Lins – AM].

LASMAR, A.; CRUZ, A. C.; NÁVEGA, R. A. Ruído e Audição. Rio de Janeiro : Pfizer, 1983.

MATOS, M. P.; MORATA, T. C.; SANTOS, U. P.; OKAMOTO, V. A. Ruídos: riscos e prevenção. São Paulo : Huciotec, 1999.

NR-15 do Manual de segurança e medicina do trabalho (1999) – Lei Nº 6.514 de 1977. Brasília: 49. ed. Atlas, 1999.

NUDELMAN,A.A.;COSTA,E.A.da.SELIGMAN,J.;IBANẼZ,R.N.PAIR:perdaauditivainduzidapelo ruído. v. II. Rio de Janeiro : Revinter, 2001.

RUSSO, I. C. P. Acústica e psicoacústica aplicadas à fonoaudiologia. São Paulo : Lovise,1993.

YONEZAKI, C.; HIDAKA, M. U. Inserção da fonoaudiologia na saúde do trabalhador. In: LOPES FILHO, O. Tratado de fonoaudiologia. 2. ed. Ribeirão Preto, São Paulo : Tecmedd, 2005. p. 285-299.

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ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO MOTOR EM ESCOLARES DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: ESTUDO COMPARATIVOJuliene Amorin LiraRonaldo Freire NascimentoJosiene de Lima Mascarenhas, MSc.

As crianças têm necessidade de movimentar-se enquanto uma tendência natural, a de brincar, e assim ela desenvolve algumas habilidades motoras. Entretanto, as habilidades motoras fundamentais que são consideradas indispensáveis para o desenvolvimento de atividades de movimento em uma perspectiva de vida ativa e saudável, não emergem naturalmente, durante a infância, elas são resultados de vários fatores que em constante interação, influenciam o desenvolvimento motor da criança, entre eles o contexto de ensino (GABARD, 2000; NEWELL, 1984). Para encorajar-se com sucesso, ou seja, obter participação efetiva na especialização de atividades motoras especializadas da dança e/ou esportes que contribuam para uma melhor qualidade de vida, a criança precisa aprender um certo nível de competência nas habilidades motoras fundamentais (VALENTINI, 2002) Portanto, conhecer o nível de desenvolvimento motor de crianças é fundamental para a construção de programas motores que venham ao encontro das necessidades dos mais variados grupos, propiciando a elaboração de práticas mais efetivas que levem crianças à construção de padrões de movimento mais avançado e que garantam a participação em atividades de movimento durante toda a vida. Nessa perspectiva, para diagnosticar alterações psicomotoras está sendo realizado o presente estudo com o objetivo de avaliar, por meio de testes específicos de um programa, habilidades básicas em crianças do primeiro ano do primeiro ciclo do ensino fundamental. Para essa investigação temos como hipótese que as crianças das duas escolas apresentarão desempenho motores similares, já que possuem a mesma faixa etária e participam do mesmo programa escolar do Município de Manaus. Foram avaliadas 60 crianças, com idades de 6 anos matriculados em duas escolas diferentes (Escolas A e B) da rede de Municipal de ensino situadas na Cidade de Manaus. Todas as crianças selecionadas foram testadas através do TGMD (Teste of Gross Motor Development) o qual avalia o desenvolvimento motor em habilidades de locomoção (correr, galopar, salto sobre o mesmo pé, salto com os dois pés, salto com 1 pé e corrida lateral) e de controle de objeto (rebater, quicar, receber, chutar, arremessar e lançar). Foi utilizado câmera filmadora para registro do desempenho motor. A trabalho encontra-se em fase de análise dos dados coletados. A análise dos dados da escola A está em fase de finalização. Esperamos o seu término para iniciarmos a análise da escola B e assim realizarmos comparação entre elas.

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Referências

FERRAZ. O. L. Desenvolvimento do padrão fundamental de movimento correr em crianças: um estudo semi-longitudinal. Revista paulista de educação física, 6 (1), 26-34, 1992.

GABBARD, C. P. Lifelong motor development. 3. ed. Madison Dubuque, IA: Brow & Benchmark, 2000.

NEWELL, K. Physical constraits to development of motor skills. In J. THOMAS (Ed). Motor development during prescholl and elementary years. Minneapolis: Burgess. 1984, p. 105-120.

VALENTINI, N. C. Percepções de Competência e desenvolvimento motor de meninos e meninas: um estudo transversal. Revista Movimento. V. 8, n. 2, p. 51-62, 2002.

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ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO MOTOR EM ESCOLARES DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: DIFERENÇA ENTRE GÊNEROSEsdra Gonçalves de JesusFernanda Caroline de C. ChavesJosiene de Lima Mascarenhas, MSc.

Os movimentos aprendidos durante os seis primeiros anos da infância caracterizam a base para as aprendizagens numa fase posterior. As habilidades motoras que a criança adquire numa fase inicial são aperfeiçoadas na idade adulta (Valentini, 2002). Dessa forma se acriança for pouca estimulada e/ou apresentar deficiência no desenvolvimento motor durante os primeiros seis anos, esta será refletida em sua vida adulta, na qual os movimentos não serão novos, mas sim, o continuar do aprendizado anterior. A infância é a etapa mais importante a caminho da maturidade para a idade adulta, por isso há necessidade de garantir que esse período traga condições propícias e pertinentes a sua evolução e desenvolvimento motor. Possíveis diferenças entre gêneros no desenvolvimento de habilidades motoras fundamentais também se fazem presentes em vários estudos. Em geral, esses estudos revelam que é típico para os meninos evidenciar melhor desenvolvimento motor em habilidades de controle de objetos, pois os meninos parecem ser mais motivados, na sociedade atual, a envolver-se e praticar tais atividades. Portanto, conhecer o nível e diferenças de desenvolvimento motor de meninas e meninos é fundamental para a construção de programas motores que venham ao encontro das necessidades dos mais variados grupos, propiciando a elaboração de práticas mais efetivas que levem crianças à construção de padrões de movimento mais avançado e que garantam a participação tanto de meninas quanto de meninos em atividades de movimento durante toda a vida. Nessa perspectiva, para diagnosticar alterações psicomotoras está sendo realizado o presente estudo com o objetivo de avaliar, por meio de testes específicos de um programa, habilidades básicas em meninos e meninas do primeiro ano do primeiro ciclo do ensino fundamental e compará-los identificando possíveis diferenças. Para essa investigação temos como hipótese que meninas e meninos demonstram desempenhos similares nas habilidades de locomoção (correr, galopar, salto sobre o mesmo pé, salto com os dois pés, salto com 1 pé e corrida lateral) e meninos demonstram superioridade significativa nas habilidades de controle de objetos (rebater, quicar, receber, chutar, arremessar e lançar). A amostra foi composta por crianças de ambos os sexos, com idades de 6 anos matriculados em duas escolas diferentes (Escolas A e B) da rede de Municipal de ensino situadas na cidade de Manaus. Foram avaliadas 60 crianças de cada escola sendo 30 meninas e 30 meninas. Todas as crianças selecionadas foram testadas através do TGMD (Teste of Gross Motor Development) o qual avalia o desenvolvimento motor em habilidades de locomoção (correr, galopar, salto sobre o mesmo pé, salto com os dois pés, salto com 1 pé e corrida lateral) e de controle de objeto (rebater, quicar, receber, chutar, arremessar e lançar). Foi utilizado câmera filmadora para registro do desempenho

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motor. A trabalho encontra-se em fase de análise dos dados coletados. A análise dos dados da escola A está em fase de finalização. Esperamos o seu término para iniciarmos a análise da escola B e assim realizarmos comparação entre elas.

Referências

FERRAZ. O. L. Desenvolvimento do padrão fundamental de movimento correr em crianças: um estudo semi-longitudinal. Revista paulista de educação física, 6 (1), 26-34, 1992.

GABBARD, C. P. Lifelong motor development. 3. ed. Madison Dubuque, IA: Brow & Benchmark, 2000.

NEWELL, K. Physical constraits to development of motor skills. In J. THOMAS (Ed). Motor development during prescholl and elementary years. Minneapolis: Burgess. 1984, p. 105-120.

VALENTINI, N. C. Percepções de Competência e desenvolvimento motor de meninos e meninas: um estudo transversal. Revista Movimento. V. 8, n. 2, p. 51-62, 2002.

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O EFEITO DE ÓLEO DIESEL NO COMPORTAMENTO E FISIOLOGIA DE POECILIA RETICULATA (GUPPY)Tazianne Barros Barreto Nívia Pires Lopes, Dra.

A espécie Poecilia reticulata é conhecida como Guppy, possui um temperamento pacífico e é encontrada na América do Sul e América Central. No presente momento estamos realizando um estudo toxicológico no comportamento e fisiológico de Poecilia reticulata, utilizando o óleo diesel. Para o estudo comportamental, utilizamos aquários de 30 litros, onde dez peixes foram submetidos a três concentrações com progressões aritméticas e com auxílio de uma filmadora, filmamos em um período de 15 minutos com um intervalo de 3 horas cada tempo de concentração. Os comportamentos avaliados são: atividade locomotora, ocupação do aquário, comportamento em grupo e subidas até a superfície. Para estudos fisiológicos, faremos lâminas com o sangue coletado do pedúnculo caudal do peixe contaminado e assim confeccionaremos lâminas para um estudo de Anormalidades Nucleares Eritrocíticas (ENA), para quantificar lesões e detecções de efeitos no reparo do DNA faremos o teste cometa e em seguida os resultados obtidos serão expressos como média erro padrão da média (SEM), os parâmetros hematológicos analisados sob exposição serão submetidos a uma análise de variância (ANOVA, two way) para discriminação de diferenças e a determinação da CL50 usaremos o teste TRIMED SPEARMAN-KARBER. Em dados preliminares verificamos que no momento em que colocamos o contaminante os animais ficaram agitados esse tipo de resposta é um comportamento de fuga do agente estressor, em seguida após 06 horas de contaminação o mesmo grupo nadaram na superfície como o grupo controle, no entanto esses diminuiriam o tempo de permanência na superfície, ficando mais no fundo do aquário diferente do grupo controle, como pode ser observado no gráfico a seguir.

Gráfico 1- comportamento de peixes expostos ao óleo diesel.

Tempo em

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ALTERAÇÕES NOS PADRÕES ESPACIAIS DA MARCHA HUMANA APÓS PS 90 DIAS INICIAIS PÓS-RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA)Joanne Figueiredo de OliveiraEwertton de Souza Bezerra, MSc.

Introdução

Para que seja possível a análise da marcha nos seus diferentes aspectos é imprescindível à segmentação espacial do movimento, pois, esta facilita a identificação dos eventos relacionados a cada etapa, como fase de apoio, fase de balanço, período de duplo apoio e de apoio simples, determinando o ciclo da marcha.

Objetivo

Este estudo objetivou descrever, por meio da ferramenta cinemática, a proposição de um protocolo experimental para análise do comportamento locomotor de pacientes pós-reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior (LCA), visando caracterizar os parâmetros espaciais e estabelecer coordenadas da análise 90 dias posteriores a reconstrução do LCA.

Materiais e Métodos

Participaram 04 voluntários do sexo masculino com idade média de 26,5±3,11 anos, com altura média de 1,71±0,06 metros e peso médio referente a 67,9±10,56 Kg, que se submeteram a reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA) com utilização do aloenxerto retirado do músculo semitendinoso e grácil. A seleção dos voluntários foi feita junto a médicos colaboradores do estudo, sendo sempre realizada antes do período operatório. Para a mensuração das variáveis cinemáticas, foi utilizada uma filmadora modelo Sony-30Hz. Todas a imagnes foram digitalizadas no Peak Performance Sistem, sendo que a calibração se deu com a utilização de uma referência de um metro quadrado com marcadores reflexivos nas pontas. Este calibrador foi filmado a cada coleta, e posteriormente digitalizado dentro do programa de processamento de imagens para o reconhecimento de escalas para cálculos dos parâmetros de analise determinados para a amostra. A marcha foi realizada em uma superfície plana e segmentar no laboratório de Biomecânica da Uninorte (LAPEB), possibilitando maior precisão na aquisição das imagens.

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Resultado

Estes apresentaram valores para o comprimento da passada de 1,26±0,01m , assim como para o comprimento do passo de 0,62±0,06 cm de comprimento do passo do membro operado e do membro não operado de 0,64±0,05 cm.

Conclusão

Os achados enfocam que os indivíduos após o período analisado apresentam valores semelhantes aos relatados pela literatura em indivíduos que não apresentaram lesão do LCA.

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ALTERAÇÕES NOS PADRÕES TEMPORAIS DA MARCHA HUMANA APÓS OS 90 DIAS INICIAIS PÓS-RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA)Lívia Afra Cabral da Silva FernandesEwertton de Souza Bezerra, MSc.

Introdução

Análise dos fatores temporais no movimento humano é um tópico inicial para a determinação de padrões cinemáticos para uma análise em biomecânica. Com estes podem ser investigados fatores de cadência, duração da passada, duração de apoio, duração da fase de balanço e o período sem apoio do membro que está sendo analisado.

Objetivo

Este trabalho tem por objetivo analisar as possíveis mudanças temporais da marcha humana de 4 indivíduos durante os 90 dias iniciais pós reconstrução do LCA.

Material e Métodos

Participaram 04 voluntários do sexo masculino com idade média de 26,5±3,11 anos, com altura média de 1,71±0,06 metros, e peso médio referente a 67,9±10,56 Kg, que se submeteram a reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA) com utilização do aloenxerto retirado do músculo semitendinoso e grácil. A seleção dos voluntários foi feita junto a médicos colaboradores do estudo, sendo sempre realizada antes do período operatório. Para a mensuração das variáveis cinemáticas, foi utilizada uma filmadora modelo Sony-30Hz. Todas a imagnes foram digitalizadas no Peak Performance Sistem permitindo 60 quadros ou campos por segundo, foi realizada em corredor de cinco metros de comprimento, tendo o indivíduo. A marcha foi realizada em corredor de cinco metros de comprimento, tendo o indivíduo auto-selecionado a velocidade de deslocamento. Para este estudo o grupo controle foi submetido a apenas uma avaliação. As variáveis foram descritas através dos percentuais desenvolvidos dentro do ciclo da marcha (100%), este compreendi toques sucessivos do mesmo ponto de referência (calcanhar)

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Resultados

Pode-se observar que em cerca de 14,66% do período foi destinado ao Apoio Duplo e que o membro operado ficou cerca 40,52% do ciclo em balanço, tendo o membro não operado ficado 39,66 %. Já quanto ao tempo de apoio simples o membro operado permaneceu 39,66 % enquanto que o membro não operado ficou 40,52% nesta fase.

Conclusão

De acordo com estudo realizado pode-ser perceber que adaptações ocorrem e que estas tendem a normalizar com o passar do período de recuperação.

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COMPORTAMENTO CINEMÁTICO DO MEMBRO INFERIOR DURANTE A MARCHA APÓS 60 DIAS PÓS-RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA)Sabrina do Nascimento AtaideEwertton de Souza Bezerra, MSc.

Introdução

Devido às suas características anatômicas e funcionais, a articulação do joelho é submetida a forças e momentos devido aos movimentos realizados de forma translacionais e rotacionais, sobretudo durante os movimentos de extensão e de flexão, dependendo da interação músculo-ligamentar para assegurar a estabilidade funcional.A cinemática angular é um parâmetro quantitativo que fornece medidas descritivas e objetivas permitindo a análise da mobilidade da marcha.

Objetivo

A proposta deste estudo é avaliar as alterações biomecânicas decorrentes das deficiências no LCA através da variação angular nos primeiros 60 dias após a sua reconstrução desta estrutura.

Materiais e Métodos

O grupo experimental foi composto por 5 homens (37,6±3,58anos, 77,6±9,56kg, 1,70±0,06m). Os indivíduos foram coletados no períodos de 60 dias pós-reconstrução do LCA, tendo estes sido submetidos ao mesmo procedimento terapêutico neste mesmo período. Para a mensuração das variáveis cinemáticas, foi utilizada uma filmadora SONY® (DCR-HC26 30hz) posicionada no plano sagital, a marcha foi realizada em uma esteira elétrica MOVIMENT® (RT350) que possibilita regulagem da velocidade entre 0 e 20km/h. Antes do início da coleta o indivíduo passou por um período de familiarização com o ambiente. Em seguida, foram feitas às marcações para aquisição dos pontos relativos às articulações de interesse (coxo-femural, tíbio-femoral, maléolo lateral, calcâneo e 5º metatarso). Logo após a fixação dos marcadores o indivíduo realizou um período de adaptação na esteira de 5 minutos possibilitando uma adaptação com o instrumento utilizado. O período de coleta não ultrapassou 10 minutos, sendo que durante a coleta o indivíduo realizou

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a marcha na velocidade de 5 km/h, onde foram realizados 10 ciclos da marcha (período este compreendido pelo toque sucessivo do mesmo ponto de referência, calcâneo), sendo coletado o comportamento de ambas as pernas. Para a analise dos dados foi utilizado os valores médios obtidos durante o quinto, sexto e sétimo ciclos do movimento para o membro operado (MO) e não operado (MNO). Todas as imagens foram processadas no software Peak Motus® (Peak Performance Inc.). A descrição dos resultados atou-se apenas ao comportamento do MO e do MNO durante fases do ciclo do movimento (20, 40, 60 80 e 100%) na situação de coletada (60 dias pós-reconstrução do LCA).

Resultados

Na analise realizada para os diferentes percentuais do ciclo da marcha para as articulações do quadril, joelho e tornozelo do MO em comparação ao MNO, não foram constatadas diferenças significativas após 60 dias pós-reconstrução.

Conclusão

Através do exposto neste estudo pode-se inferir que não é possível constatar diferenças significantes no período analisado para a movimentação angular do membro inferior quando comparado MO com o MNO em pacientes pós-cirúrgicos de reconstrução do LCA. Isto pode ocorrer devido a adaptação do aparelho locomotor que implica em uma marcha diferenciada do padrão normal.

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COMPARAR PARÂMETROS ANGULARES PARA O MEMBRO INFERIOR NO SALTO HORIZONTAL EM CRIANÇASCláudia Antônia Ribeiro de LimaEwertton de Souza Bezerra, MSc.

Introdução

A fase mais adequada para o aprendizado e o desenvolvimento motor ocorre na infância. Segundo Skinner (1998) para um aperfeiçoamento de um padrão motor é preciso de um desenvolvimento e uma mecânica eficiente nas diferentes habilidades motoras. Diante disso Gallahue e Ozmun (2001) afirmam que os padrões motores das crianças tornam-se complexos após a mielinização do cerebelo, entre 10 e 11 anos.

Objetivo

Quantificar o comportamento do membro inferior nos estágios de desenvolvimento motor durante a execução do salto horizontal.

Material e Métodos

A amostra foi composta de 4 sujeitos (10,75±0,5 anos, 1,40±0,04 metros e 33,53±1,84 kg), sendo 3 homens e 1 mulher, não possuindo qualquer tipo de disfunção física ou mental. A caracterização do estudo foi descritiva, enfocando as características cinemáticas do salto horizontal de crianças em diferentes estágios de maturação. Para a mensuração das variáveis cinemáticas, foi utilizada uma filmadora Sony-30Hz. A calibragem do sistema foi utilizada uma régua de 1m de comprimento com marcadores reflexivos nas pontas, onde posteriormente foram digitalizados dentro do programa de processamento de imagens (Peak Performance) para o reconhecimento de escalas para cálculos dos saltos da amostra. Os pontos anatômicos referenciais do estudo foram: ombro, quadril, joelho e tornozelo. As variáveis cinemáticas foram selecionadas a partir da matriz analítica de Gallahue (1989), para melhor caracterização dos estágios de desenvolvimento motor das crianças estudadas. Sendo assim, este estudo utilizou as seguintes variáveis cinemáticas: Ângulo do Joelho (AJ), Ângulo do Tronco (AT) e Ângulo do Quadril (AQ), que foram observadas durante a execução do salto horizontal, sendo que este foi subdividido em fase de preparação, impulsão, aérea e aterrissagem. O tratamento estatístico foi realizado de forma descritiva através da média e do desvio

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padrão, assim como para verificar a relação entre este foi calculado o coeficiente de variação (CV)

Resultados

O CV demonstraram que para a fase de preparação as variações entre os sujeitos foram baixas, pois o AT foi (6,10%), AQ de (12,15%) e AJ de (8,24%). Já na fase de Impulsão este foi alto apenas para AT (52,53%) e baixa para a AQ (5,88%) e AJ (3,69%). A fase área e de aterrissagem demonstraram as maiores variações, sendo de AT (37,36%) e (36,70%), AQ (15,68%) e (47,97%), AJ (31,81%) e (12,69%), respectivamente.

Conclusão

As fases de preparação e impulsão demonstraram uma menor variabilidade entre os sujeitos analisados, o que pode ser indicativo de um padrão motor mais constante, porém o mesmo não pode ser observado para a fase aérea e de aterrissagem, onde pode-se concluir que os sujeitos não estão com os movimentos do membro inferior em um estágio maduro, o que demonstra um possível atraso no desenvolvimento desta habilidade.

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LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DE PLANTAS HERBÁCEAS EM VEGETAÇÃO AQUÁTICA DO AMAZONASLeonardo Pinto CunhaMaria Gracimar Pacheco de Araújo, Dra.

A Amazônia é caracterizada por possuir uma floresta tropical úmida e com uma extensa bacia hidrográfica, 200 km2 correspondem a áreas periodicamente inundadas por água branca (Várzeas), estas por sua vez ao decorrer do ano possuem variações entre picos de cheias e secas, contudo neste ambiente Amazônico, tem assegurado a sobrevivência de inúmeros grupos de populações humanas, por possuir uma água rica em recursos minerais, que propicia uma alta quantidade e qualidade recursos a biota existente. Tem-se como objetivo representar a diversidade de macrófitas aquáticas da várzea do rio Solimões – Amazonas, identificar as espécies catalogadas e caracterizar quanto sua forma de vida e morfologia geral. São três os locais de estudo o Lago Janauari, Paraná do Iranduba e a Marchantaria, onde será montado 10 transectos de 10m x 5m distantes 10m um do outro, as espécies encontradas serão coletadas, fotografadas e conservadas em álcool 70%.

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CARACTERIZAÇÃO DO REPERTÓRIO VOCAL DE THAMNOPHILUS PUNCTATUS (CHOCA-BATE-CABO) EM CATIVEIROGisiane Rodrigues Lima1; Angela Midori Furuya PACHECO2; Mario COHN-HAFT3 1Bolsista PIBIC/CNPq ; 2 Colaboradora INPA/PCI; 3 Orientador INPA/CPEC

A maioria das aves emite pelo menos um tipo de vocalização característica da espécie, com função territorial ou de dominância. Muitas espécies podem apresentar vocalizações emitidas nas mais diversas situações (Sick 1997). O primeiro passo para se determinar o repertorio vocal de uma espécie é discriminar suas vocalizações em tipos vocais reconhecíveis como unidades fixas, que se repetem consistentemente (Hailman & Ficken 1996). Posteriormente essas vocalizações podem ser cruzadas com o contexto comportamental em que são emitidas para inferência de sua função dentro do repertório comportamental da espécie. Os repertórios vocais podem variar, entre grupos taxonômicos muito próximos e até entre indivíduos da mesma espécie. Fatores evolutivos históricos, ecológicos e de história natural podem moldar a evolução dos repertórios vocais (Baptista 1996). Além disso, a forma como os indivíduos da espécie desenvolvem suas vozes influência o tamanho e os padrões de variação dos repertórios (Kroodsma 1996). Nos passarinhos (ordem Passeriforme), até onde se sabe, as duas subordens diferem quanto ao mecanismo de ontogenia de suas vozes. Os Oscines são pássaros que tipicamente aprendem cantos através da imitação de um tutor (Koodsma 1996). Por outro lado, os Suboscines são pássaros que supostamente não aprendem suas vozes, e o desenvolvimento de seu canto é pré-determinado geneticamente (Kroodsma 1984, 1985, 1989, Kroodsma & Konishi 1991). Assim, o objetivo deste trabalho foi caracterizar e descrever o repertório e o desenvolvimento vocal de um passeriforme suboscine, criado em cativeiro, para avaliar a consistência e o contexto motivacional dos tipos vocais. Este trabalho é à base de um estudo de ontogenia do canto da bolsista de PCI Msc. Angela Midori F. Pacheco. A espécie estudada foi Thamnophilus punctatus, a choca-bate-cabo, (Suboscine: Thamnophilidae). Esta espécie geralmente está confinada a manchas de vegetação de solos pobres e arenosos, como campinas e campinaranas, podendo ser muito comuns nesse tipo de ambiente. São aves insetívoras de pequeno porte (18-21 gramas) possuem um grande dimorfismo sexual na plumagem. Os indivíduos de T. punctatus foram capturados ninhegos, na Reserva Biológica de Campina do INPA, situada a 60 Km de Manaus, no quilometro 41 da BR-174, estado do Amazonas, Brasil (01º40’S; 60º50’W). Os filhotes tinham cerca de 4 dias de idade para minimizar o contato com vocalizações parentais (Kroodsma 1984). Foram mantidos em cativeiro no laboratório de aves no INPA (licença IBAMA Número 116/2005-CGFAU/LIC). Os indivíduos foram tutorados em três sessões diárias de 30 min de gravações do canto de T. stictocephalus, a espécie mais aparentada a T. punctatus e que não ocorre

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na região de Manaus. As gravações tutoras (Figura 1a) foram obtidas no arquivo sonoro da coleção de Aves. Os pássaros foram gravados durante as alimentações e o tutoreamento, e em vários outros momentos do dia enquanto vocalizavam. As gravações obtidas foram digitalizadas e armazenadas segundo os protocolos do acervo acústico da Coleção de Aves do INPA. Foram ouvidos e transcritos ao total 826 minutos, referentes a 150 dias de gravações, de agosto de 2006 a junho de 2007. Com base neste indivíduo, discriminamos um repertório adulto de quatro tipos vocais consistentes, emitidos com freqüência diária. O repertório descrito representa o vocabulário adulto, desenvolvido em cativeiro, de um individuo relativamente jovem, pois foi descrito ao longo de oito meses, um período relativamente curto. Além disso, o cativeiro resulta na inexistência de contextos naturais como acasalamento e coorte, reprodução, ameaças de predação, entre outras. Assim, é possível que as vozes discriminadas não representem exatamente o repertório da espécie, uma vez que o individuo foi criado num experimento de exposição controlada de estímulos em cativeiro. As quatro vocalizações do individuo adulto identificadas são: Canto (Figura 1b): Voz melodiosa de duração de aproximadamente 2-3 s, composta por uma série de 12-16 notas que se tornam progressivamente mais rápidas e ligeiramente mais altas até que se tornem um trinado forte. Emitida espontaneamente em diversos horários do dia, mais freqüente durante a manhã após o alvorecer. Após estimulo acústico, o número de repetições torna-se geralmente maior, com 18-21 notas, em ritmo mais acelerado. Matraca (Figura 1c): Voz vigorosa e áspera semelhante ao som da matraca, de duração de cerca de 2s, com de número de notas bastante variável, geralmente 16-23 notas rápidas de mesmo formato e aparentemente com mesmo intervalo de tempo entre notas, que se tornam progressivamente ligeiramente mais baixas. A vocalização é com vigor em situações de contrariedade. Crou-crou (Figura 1d): Voz gutural, emitida como uma seqüência de notas muito curtas, em intervalos bastante variáveis, em qualquer horário do dia. Bzzz (Figura 1d): Vocalização muito curta 0,4s, semelhante a um zumbido, emitida geralmente durante a alimentação.

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Figura 1 - Perfis de áudio-espectrograma das vocalizações. O eixo y corresponde à freqüência do som em Hertz, e o eixo x ao tempo em segundos. Note que os eixos x variam em escala entre as figuras. a) canto de T. stictocephalus utilizado em sessões de tutoreamento; vocalizações de T. puntatus; b) canto desenvolvido pelo indivíduo em cativeiro; c) matraca; d) vocalizações curtas: crow crow e bzz.

Palavras chaves: Passeriformes; Choca-bate-cabo; canto e vocalizações

Bibliografia Citada

Baptista, L.F. 1996. Nature and its nurturing in avian vocal development. Ecology and Evolution of Acoustic Communication in Birds. D. E. Kroodsma and E. H. Miller. Ithaca, Comstock Publishing Associates, Cornell University Press. p.39-59.

Hailman, J.P. and M.S. Ficken 1996. Comparative Analysis of Vocal Repertoires, with Reference to Chickadees. Ecology and Evolution of Acoustic Communication In: Birds. D. E. Kroodsma and E.H. Miller. Ithaca, Comstock Publishing Associates, Cornell University Press. p. 136-159.

Kroodsma, D. E. 1984. Songs of the Alder Flycatcher (Empidonax alnorum) and Willow Flycatcher (Empidonax traillii) are innate. The Auk 101:13-24.

Kroodsma, D. E. 1985. Development and use of two song forms by the Eastern Phoebe. Wilson Bulletin 97:21-29.

Kroodsma, D. E. 1989. Male Eastern Phoebes (Sayornis phoebe; Tyrannidae, Passeriformes) Fail to Imitate Songs. Journal of Comparative Psychology 103:227-232.

Kroodsma, D. E., and E. H. Miller. 1996. Ecology and evolution of acoustic communication in birds. Comstock Publishing Associates, Cornell University Press; Ithaca.

Kroodsma, D. E., and M. Konishi. 1991. A suboscine bird (Eastern Phoebe, Sayornis phoebe) develops normal song without auditory feedback. Animal behavior 42:477-487.

Sick, H. 1997. Ornitologia Brasileira. Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro. 912p

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COMPORTAMENTO CINEMÁTICO DO MEMBRO INFERIOR DURANTE A MARCHA PÓS-RECONSTRUÇÃO DO LCASabrina Ataíde, Joanne Oliveira, Lívia Fernandes, Cecília Sayonara Gonzaga Leite, Jansen Atier Estrazulas, Ewertton de Souza Bezerra. [email protected]

Introdução

Devido às suas características anatômicas e funcionais, a articulação do joelho é submetida a forças e momentos devido aos movimentos realizados de forma translacionais e rotacionais [1]. Estes podem causar estabilidade e são alterados quando da ocorre à lesão do ligamento cruzado anterior (LCA), onde podem ser observadas reduções na freqüência, No comprimento do passo, diminuição na fase de apoio, aumento da extensão do quadril e diminuição do torque extensor do joelho.

Objetivo

Caracterizar os aspectos cinemáticos do membro inferior durante as oito semanas inicia de recuperação pós-reconstrução do LCA.

Materiais e Métodos

O grupo experimental foi composto por 08 homens tendo realizado a cirurgia com autoenxerto retirado do tendão dos músculos semitendinoso e grácil. Os indivíduos foram coletados em três períodos distintos, com 30 e 60 dias pós-reconstrução do LCA. Para a mensuração das variáveis cinemáticas, foi utilizada uma filmadora SONY® (DCR-HC26 30hz) posicionada no plano sagital, sendo a marcha realizada em uma esteira elétrica MOVIMENT® (RT350) que possibilita regulagem da velocidade entre 0 e 20km/h. Foram feitas às marcações para aquisição dos pontos relativos as articulações de interesse (coxofemoral, tíbio-femoral, maléolo lateral, calcâneo e 5º metatarso). O período de coleta não ultrapassou 10 minutos, sendo que durante a coleta o indivíduo realizou a marcha na velocidade de 5 km/h, onde foram realizados 10 ciclos da marcha (período este compreendido pelo toque sucessivo do mesmo ponto de referência, calcâneo), sendo coletado o comportamento de ambas as pernas. Para a analise dos dados foi utilizado apenas o 5º, 6º e 7º ciclos do movimento para o membro operado (MO) e não operado (MNO). Todas as imagens foram processadas no software Peak Motus® (Peak Performance Inc.).

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Resultados

Na analise realizada para os diferentes percentuais do ciclo da marcha para as articulações do quadril, joelho tornozelo do MO em comparação ao MNO, não foram constatadas diferenças significativas para os dois momentos analisados, 30 e 60 dias pós-reconstrução.

Conclusão

Por fim, pode-se concluir que após 60 dias de tratamento a melhoria na movimentação do membro inferior durante a marcha foi significativa.

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ASPECTOS CINEMÁTICOS DO SALTO HORIZONTAL DE CRIANÇAS RELACIONADAS AOS DIFERENTES ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO MOTORClaudia Antônia Ribeiro de LimaMaria Elani Souza IamutJansen Atier EstrazulasEwertton de Souza Bezerra

Introdução

Durante o desenvolvimento de uma criança pode-se perceber mudanças regulares no tamanho do corpo e na força, desta forma são também esperados mudanças nas habilidades básicas de correr, saltar e arremessar, sendo a infância considerada a fase de maior percepção do aprendizado e do desenvolvimento motor (ECKERT, 1993). Tem se tentando criar modelos que possam facilitar a classificação deste desenvolvimento motor, GALLAHUE (1989) sugere que o desenvolvimento motor pode ser classificado em habilidades fundamentais, dividido em três estágios motores, o inicial, o elementar e o maduro. Baseado nestas afirmações formulou-se o seguinte problema: quais são as características biomecânicas do salto horizontal de crianças em diferentes estágios de desenvolvimento motor?.

Objetivo

Analisar características biomecânicas do salto horizontal de crianças com idade entre 5 e 13 anos em diferentes estágios de desenvolvimento motor proposto por Gallahue (1989).

Materiais e Métodos

A população deste estudo foi composto por 12 crianças da rede de ensino publica e particular da cidade de manaus - am com idade entre 6 e 12 anos. A seleção da amostra foi realizada de forma probabilística aleatória simples, tendo como pré-requisito à idade entre 6 e 12 anos, sendo subdividida em três grupos, conforme classificação de desenvolvimento motor, os quais segundo Gallahue & Ozmun (2001), compreendem em: inicial, elementar e maduro. Para a mensuração das variáveis cinemáticas, foi utilizada uma filmadora da Peak Performance Sistem, modelo Sony-30Hz. Esta câmera foi utilizada para a capturar as imagens durante

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todo o salto, com freqüência de amostragem de 60 Hz. Para calibrar este sistema será utilizada uma régua de 1m de comprimento com marcadores reflexivos nas pontas. Este calibrador foi filmado a cada coleta, e posteriormente digitalizado dentro do programa de processamento de imagens para o reconhecimento de escalas para cálculos dos saltos da amostra. Para classificar as crianças nos estágios de maturação, foi utilizada a matriz analítica proposta por Gallahue (1989). Foram estudados os angulos do joelho (AJ), quadril (AQ) e tronco (AT). Para o presente estudo foi utilizada estatística descritiva: média (X), desvio padrão (s) e coeficiente de variação (CV%) para a caracterização dos dados angulares.

Resultados

O CV demonstraram que para a fase de preparação as variações entre os sujeitos foram baixas, pois o AT foi (6,10%), AQ de (12,15%) e AJ de (8,24%). Já na fase de impulsão este foi alto apenas para AT (52,53%) e baixa para a AQ (5,88%) e AJ (3,69%). A fase aérea e de aterrissagem demonstraram as maiores variações, sendo de AT (37,36%) e (36,70%), AQ (15,68%) e (47,97%), AJ (31,81%) e (12,69%), respectivamente. CONCLUSÃO: As fases de preparação e impulsão demonstraram uma menor variabilidade entre os sujeitos analisados, o que pode ser indicativo de um padrão motor mais constante, porém o mesmo não pode ser observado para a fase aérea e de aterrissagem, onde se pode concluir que os sujeitos não estão com os movimentos do membro inferior em um estágio maduro, o que demonstra um possível atraso no desenvolvimento desta habilidade.