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Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Miguel Jorge Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA Superintendente Flávia Skrobot Barbosa Grosso Superintendente Adjunto de Administração (interino) Plínio Ivan Pessoa da Silva Superintendente Adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Regional Elilde Mota de Menezes Superintendente Adjunto de Projetos Oldemar Ianck Superintendente Adjunto de Operações Mauro Guimarães Ferreira Superintendência da Zona Franca de Manaus Rua Ministro Mário Andreazza, n.º 1.424 Distrito Industrial CEP: 69075-830 Manaus-Amazonas-Brasil www.suframa.gov.br
Anais da V Jornada de Seminários Internacionais sobre Desenvolvimento Amazônico Volume 3
Responsável COORDENAÇÃO GERAL DE ESTUDOS ECONÔMICOS
E EMPRESARIAIS - COGEC
Edição
Copyright © 2009 Superintendência da Zona Franca de Manaus Organizador Ana Maria Oliveira de Souza Coordenação Editorial Aníbal Turenko Beça Capa e Diagramação Fabiano Barreto
Ficha catalográfica elaborada na Biblioteca da SUFRAMA Bibliotecária: Maria Cristina de Gois Ribeiro – CRB: 11/582
J82 Jornada de Seminários Internacionais sobre Desenvolvimento Amazônico (5.: 2009, Manaus, Am) Anais da V Jornada de Seminários Internacionais sobre Desenvolvimento Amazônico: volume 3. Ana Maria Oliveira de Souza (Org.). _ Manaus: SUFRAMA, 2010.
68p. : il. Conteúdo vol. 3: Turismo – Amazônia- Economia – Integração – Inovação – Serviços turísticos ; Parques naturais - Portugal ISBN 978-85-60602-15-5 (vol. 3) 1. Desenvolvimento regional – Amazônia I. SUFRAMA II. Souza, Ana Maria Oliveira de (Org.)
CDU
332.1(811)
i, Coordenação de Engenharia de Telecomunicações. III Título. CDD 621.367
ORGANIZAÇÃO DA V JORNADA DE SEMINÁRIOS INTERNACIONAIS SOBRE DESENVOLVIMENTO AMAZÔNICO
Realização SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS, através do Núcleo de Promoção Comercial, responsável institucional pela IV Feira Internacional da Amazônia. Coordenação Geral Ana Maria Oliveira de Souza, MSc Coordenação Executiva Érica Rabelo Freire Coordenação de Apoio Ana Cláudia de Azevedo Monteiro Claudino Nogueira, MSc Elane Conceição de Oliveira, MSc Fabiano Barros Barreto Izabela Figueira Beloniel Maria Emília Moura Pieter Jan Pinheiro Zuidgeest, MSc Renato Mendes Freitas José Maria Bichara Júnior Coordenação dos Seminários: Seminário 01: Conjuntura Econômica
Conselho Regional de Economia – CORECON Erivaldo Lopes do Vale Arlene de Souza Keity Anny Silva
Seminário 02: Energia
Universidade Federal do Amazonas – UFAM
Centro de Desenvolvimento Energético Amazônico – CDEAM Rubem Cesar Ropdrigues Souza Márcia Drumond Sardinha
Seminário 03: Turismo da Amazônia
Banco da Amazônia S. A. Oduval Lobato Neto Lúcia Andréa Sampaio Antônio Carlos Benetti Érica Martinely Palhão Lobato
Seminário 04: Comércio Exterior
Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA Gracilene Belota Keithy Garcia Débora Brandão Marcelo Motta
Sandra Almeida Carlos Simonetti Arnaldo Neto Kátia Pacheco
Seminário 05: Aquicultura
Secretaria de Estado de Produção Rural - SEPROR Geraldo Bernardino Ana Cristina Leite Menezes Patricia Maciel Oliveira Ivo da Rocha Calado
Seminário 06: Biotecnologia
Centro de Biotecnologia da Amazônia – CBA Imar César de Araújo Rosana Zau Mafra Solange Ugalde de Lima Ariane de Souza Oliveira
Seminário 07: Telecomunicações
Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica – FUCAPI Evandro Luiz de Xerez Vieiralves Walter Prado de Souza Guimarães Ademir de Jesus Lourenço Humberto Plínio Ribeiro Filho
Seminário 08: Micro e Nanotecnologias no PIM
Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA Hernan Valenzuela Sara Valenzuela
Seminário 09: 30º AgroEx – Seminário do Agronegócio para Exportação -
Agricultura
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA Klerysson da Costa Santana Adilson Oliveira Farias Juliana Caetano Jales
Seminário 10: A cobertura Jornalística Internacional da Amazônia
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Amazonas - SJPAM César Wanderley Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA Rosângela Alanís
Seminário 11: Produção Orgânica e Sustentável na Amazônia
Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA Eliany Gomes Syglia Said
Seminário 12: Ciência, Inovação e Tecnologia para o desenvolvimento da
Amazônia
Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia - SECT Marcílio de Freitas José Maurício Rodrigues
Seminário 13: Os incentivos fiscais no regime tributário da Zona Franca de
Manaus, Amazônia Ocidental e Áreas de Livre Comércio.
Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica – FUCAPI (Grupo de Trabalho da Renúncia Fiscal) Fernando Folhadela
Seminário 14: Dinâmica do carbono da floresta Amazônica / Cooperação
Brasil - Japão na área técnico-científica.
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia Niro Higuchi Instituito Nacional de Pesquisas Espaciais Dalton de Morisson Valeriano Forestry and Forest Products Research Instituite Moriyoshi Ishizuka The University of Tokyo Haruo Sawada: JICA Brazil Miyamoto Yoshihiro
Seminário 3
TURISMO NA AMAZÔNIA: INOVAÇÃO E
INTEGRAÇÃO COMO ALTERNATIVAS
PARA ESTRUTURAÇÃO DE UM
DESTINO COMPETITIVO
ANAIS DA V JORNADA DE SEMINÁRIOS INTERNACIONAIS SOBRE DESENVOLVIMENTO AMAZÔNICO
10
Seminário 3:
Turismo na Amazônia: inovação e integração como alternativas para
estruturação de um destino competitivo
Instituição Parceira: Banco da Amazônia S/A
Objetivo: Apresentar e debater estratégias de integração, inovação e
econômicas capazes de fomentar e impulsionar a demanda e oferta turística na
Amazônia.
Data: 26/11/2009 Quinta-feira
PAINEL 01:
Moderador: Oduval Lobato Neto, gerente executivo em gestão de programas
governamentais do Banco da Amazônia; pós-graduado em meio ambiente,
ecoturismo, planejamento e políticas públicas. Possui publicação de trabalhos -
Ecoturismo: o exemplo do Amazonas e Turismo Sustentável: fator de
desenvolvimento para a Amazônia; idioma: português.
Relator: Cristiane Barroncas Maciel Costa Novo, Presidente da Associação
Brasileira de Bacharéis em Turismo - ABBTUR, secional Amazonas; e
professora da Universidade do Estado do Amazonas / Escola Superior de Artes
e Turismo; MBA em Turismo: Planejamento, Gestão e Marketing pela
Universidade Católica de Brasília; Turismóloga; idioma: português.
Palestra 01 - Ciência, pesquisa e inovações tecnológicas em turismo na
Amazônia - Wilker Ricardo de Mendonça Nóbrega, professor, pesquisador e
coordenador do curso de turismo: ênfase em ecoturismo do Instituto de
Estudos Superiores da Amazônia - IESAM; mestre em cultura e turismo,
doutorando do programa de Desenvolvimento Sustentável dos Trópicos
Úmidos do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos - NAEA/UFPA, cuja pesquisa
versa sobre aspectos relacionados ao planejamento e gestão pública da
atividade turística no território nacional, notadamente acerca dos aspectos
relacionados à estruturação de destinos competitivos na Amazônia. É membro
ANAIS DA V JORNADA DE SEMINÁRIOS INTERNACIONAIS SOBRE DESENVOLVIMENTO AMAZÔNICO
11
integrante dos grupos de pesquisa em Cultura e Turismo: Políticas e
Planejamento da UESC e Turismo, Cultura e Meio Ambiente da UFPA; idioma:
português.
ANEXO 05 - MODELO DE RELATORIA DOS SEMINÁRIOS
1. SEMINÁRIO:
Turismo na Amazônia : Inovação e integração como alternativas para
estruturação de um destino competitivo.
2. OBJETIVO:
Apresentar e debater estratégias econômicas, de integração e de inovação
capazes de fomentar e impulsionar a demanda e oferta turística na Amazônia.
3. PAINEL (título, se houver) – Painel 1
4. PALESTRA
Ciência, pesquisa e inovações tecnológicas em turismo na Amazônia– Wilker
Ricardo de Mendonça Nóbrega. E-mail: [email protected]
5. DATA: 26/11/2009 quinta-feira
6. FOCOS TEMÁTICOS CENTRAIS DA APRESENTAÇÃO:
Os objetivos centrais da apresentação foram os seguintes: Identificar o
papel da ciência para o desenvolvimento do turismo; Identificar o papel da
pesquisa para a conformação e gerenciamento da atividade turística; Entender
a importância das inovações tecnológicas para o desenvolvimento do turismo
na Amazônia.
Para iniciar a discussão o palestrante afirmou que discutir ciência,
pesquisa, inovação tecnológica no turismo na Amazônia é incipiente. E que o
próprio turismo ainda não é ciência, que ele se apropria do conhecimento
científico gerado por outras ciências, e é classificado como ciência social
aplicada.
ANAIS DA V JORNADA DE SEMINÁRIOS INTERNACIONAIS SOBRE DESENVOLVIMENTO AMAZÔNICO
12
Falou sobre ciência e como se dá o seu processo. Enfatizou que as
pesquisas em turismo têm uma importância fundamental para a consolidação
do turismo como ciência (métodos e técnicas). Que a academia é entendida
com um conselho consultivo, onde o governo pode ou não utilizar os
conhecimentos gerados dentro da academia. É fundamental uma aproximação
entre academia, poder público e iniciativa privada.
Apresentou um modelo dos componentes da atividade turística:
transporte, promoção, atração, serviços, atmosfera, pesquisa e mercado, e por
fim gestão. Chamou atenção para a pesquisa de mercado e o cuidado com o
método a ser utilizado durante as pesquisas.
A pesquisa de mercado no gerenciamento de produtos acontece da
seguinte forma: primeiramente o ideal é buscar informações de mercado,
buscando dados necessários, como o histórico de demanda do produto. Em
seguida define qual será a técnica de análise, por exemplo, regressão, séries
temporais e com isso pode-se obter os resultados, como estimativa de
demanda futura ou taxa de crescimento do mercado.
Disse ainda que exista uma predisposição da Amazônia para trabalhar
com o Ecoturismo, isso acontece de fato, mas é possível encontrar outros
segmentos para serem explorados de forma responsável, como por exemplo, o
turismo de eventos, mas é preciso mais investimentos na área.
Outro ponto abordado é a questão da inovação tecnológica, que num
primeiro momento remete quase sempre para questões eletrônicas. Mas,
primeiramente, ele fala de inovação, inovar está muito ligada à questão do
empreendedorismo. O empreendedor deve estar disposto sempre a inovar. E
no turismo abre-se um leque muito grande de possibilidades para inovar e, com
isso, deve-se investir em capital social.
Inovação – Desenvolvimento econômico pautado na identificação de
canais estruturais; Desenvolvimento Endógeno; Revolução tecnológica (1970)
– novas formas de relação e organização social; Valorizado a informação e o
conhecimento, e com isso reorganiza-se os modelos de acumulação; Recursos
e mão-de-obra numa escala planetária. INOVAR É COMBINAR vários
elementos para poder inovar.
A inovação é um processo de aprendizagem e acontece através da
combinação de 4 elementos: seleção de unidades (cultura, padrões de
conhecimento), novo padrão, mercado de produtos (qualidade, preço, serviço,
ANAIS DA V JORNADA DE SEMINÁRIOS INTERNACIONAIS SOBRE DESENVOLVIMENTO AMAZÔNICO
13
pós-venda, design, certificação) e adoção de tecnologia (aumento da produção
e transferência de tecnologia).
Ele apresenta características da inovação tecnológica relacionado ao
turismo: Implementação de produtos e processos tecnologicamente novos e/ou
aperfeiçoamentos tecnológicos significativos em produtos e processos. O
produto ou processo deve ser novo (ou significativamente melhorado) para a
empresa. São todos os passos necessários para desenvolver e implementar
produtos ou processos tecnologicamente novos ou aperfeiçoados; Torná-los
mais atrativos aos consumidores sem mudança em suas características
tecnológicas. São exemplos as inovações estéticas ou de estilo (como
mudança de cor, um novo corte de tecido, etc.). (MEC, 1998). Afirma que a
inovação deve ser mais atrativa para o consumidor, porém diz que a inovação
atrelada ao turismo é um pouco mais complexa.
A inovação na Amazônia ainda é muito frágil, pois ainda deixa-se muito
a desejar em relação às pesquisas. O número de grupos de pesquisa sobre
turismo na Amazônia ainda é insignificante: Pará – 3, Amazonas – 2, Roraima
– 1, Maranhão – 1, Mato Grosso – 2. Por isso a importância da pesquisa
acadêmica para se aproximar do mercado.
Por fim apresentou algumas proposições de planejamento e gestão do
turismo: Fortalecer a cooperação interinstitucional; Promover, incentivar e
estimular a criação e melhoria de infra-estrutura para melhorias sociais que, de
alguma forma, estejam vinculadas à atividade turística; Amazônia apresenta-se
como uma região riquíssima e apropriada para o desenvolvimento de diferentes
segmentos como ecoturismo, turismo cultural, turismo de aventura e turismo de
eventos;
Para a concretização de um planejamento integrado do turismo, se faz
necessária a sinergia de diferentes aspectos como: Tecnologias apropriadas,
assistência técnica, créditos financeiros, parcerias, a cooperação, definição de
estratégias de produção e escoamento, implantação do sistema de redes
estruturais, e por fim implantação do sistema de redes organizacionais.
Por fim, propõe uma reflexão: Eu preciso trabalhar a ciência, a inovação
tecnológica, a pesquisa de uma forma integrada e equilibrada para propor
produtos turísticos, ou mesmo ações para o poder público ou para a iniciativa
privada. Se não houver essa relação da pesquisa científica, há uma grande
ANAIS DA V JORNADA DE SEMINÁRIOS INTERNACIONAIS SOBRE DESENVOLVIMENTO AMAZÔNICO
14
possibilidade desse projeto falhar, sobretudo pelos grandes gargalos que existe
na Amazônia.
7. QUESTÕES EMERGENTES DOS DEBATES:
Não houve debate.
8. PROPOSTAS DO SEMINÁRIO À SUFRAMA:
Não houve.
9. OBSERVAÇÕES DO PARCEIRO TÉCNICO-ACADÊMICO:
9.1 QUANTO AO ATENDIMENTO DOS OBJETIVOS:
Os objetivos foram atendidos.
9.2 QUANTO ÀS PROPOSTAS FORMULADAS À SUFRAMA:
Não houve.
9.3 QUANTO À ORGANIZAÇÃO DO EVENTO:
Excelente.
Manaus, 26 de novembro de 2009.
________________________________________
Tura. Cristiane Barroncas Maciel Costa Novo
Palestra 02 –
Inovação em gestão de destinos turísticos - Luiz Gonzaga Godoi Trigo,
Professor associado do curso de Lazer e Turismo da Escola de Artes, Ciências
e Humanidades da Universidade de São Paulo; Doutor em Educação pela
Universidade Estadual de Campinas; graduado em Turismo pela Pontifícia
Universidade Católica de Campinas; publicou 15 livros e centenas de artigos e
capítulos de livros nas áreas de viagens e turismo, educação e entretenimento.
Possui experiência na área de Turismo, com ênfase em Turismo, atuando
ANAIS DA V JORNADA DE SEMINÁRIOS INTERNACIONAIS SOBRE DESENVOLVIMENTO AMAZÔNICO
15
principalmente nos seguintes temas: turismo, educação, sociedade, política e
entretenimento, sociologia do lazer; idioma: português.
ANEXO 5 - MODELO DE RELATORIA DOS SEMINÁRIOS
1. SEMINÁRIO:
Turismo na Amazônia: Inovação, integração como alternativas para
estruturação de um destino competitivo.
2. OBJETIVO:
Apresentar e debater estratégias econômicas, de integração e de inovação
capazes de fomentar e impulsionar a demanda e oferta turística na Amazônia.
3. PAINEL (título, se houver) – Painel 1
4. PALESTRA (título palestra)
Inovação em gestão de destinos turístico – Luiz Gonzaga Godói Trigo – Email:
5. DATA: 26 de novembro de 2009 quintas-feira
6. FOCO TEMÁTICO CENTRAL DA APRESENTAÇÃO:
O foco central da palestra foi serviços, conhecimento e poder. Iniciou a
apresentação reforçando que o turismo não é uma ciência e sim uma
especialidade da ciência. Iniciou falando que o setor de serviços se torna
predominante nas sociedades pós-industriais (60 a 80% do PIB); e que nós
precisamos de sistemas mais sofisticados, complexos, competitivos e de alta
qualidade e tecnologia.
O turismo melhorou, mas ainda tem muito para melhorar. Um aspecto
que tem muito a crescer nos destinos turísticos são os sistemas de transportes.
As pessoas precisam ter consciência do mundo virtual, quem não entrar no
sistema tende a ficar excluído do processo, pois os sistemas de comunicação
aproximam as pessoas e disponibilizam os serviços.
ANAIS DA V JORNADA DE SEMINÁRIOS INTERNACIONAIS SOBRE DESENVOLVIMENTO AMAZÔNICO
16
O Professor Trigo abordou também a questão de quem detém o
conhecimento, detém o poder, poder de quê? De ser livre, se escolher os seus
objetivos e fazer a sua história. Afirmou que nossos problemas são os serviços.
Os detalhes nos serviços fazem toda a diferença, e isso implica recursos
humanos, tecnologia, processos e padrão. É preciso ter habilidades suficientes
para encantar o cliente, e levar em conta: os aspectos culturais: geografia,
história, entretenimento, artes, esportes, recreação, folclore, artesanato,
gastronomia, religião, política; a comunicação inter-pessoal; idiomas,
informática e tecnologia; ações em equipes; globalização e sociedades pós-
industriais; relações humanas e relações públicas; humanismo, ética, empatia,
segurança, simplicidade. Dentro desse contexto, a leitura é fundamental para a
formação de qualquer profissional, não necessariamente por intermédio dos
livros, mas a Internet também, e é de graça. O nível cultural é muito baixo em
todo o país. Na sociedade globalizada e pós-industrial a questão humana é
fundamental.
As novas sociedades exigem a experiência, a autenticidade, aventura,
meio ambiente/sustentabilidade, conforto, value for money (as experiências
precisam valer a pena), nichos de mercado, a sociedade da experiência. Não
existe mais turismo de massa, na verdade, existe, mas agora é o mercado da
segmentação. Precisamos entender os outros e suas necessidades. Valorizar
as populações nativas. Como? Com estudo, reflexão e crítica, com uma mente
aberta, entender os novos paradigmas tecnológicos e culturais no contexto das
sociedades pós-industriais, como por exemplo, a Bahia. A questão cultural
deve ser muito valorizada, precisamos conhecer a profundamente a história do
nosso lugar.
Outro fator importantíssimo é questão da educação e recursos humanos.
A questão dos recursos humanos, capacitação e qualificação profissional,
formação, escolas tradicionais, sindicatos, ONGs, empresas, a sociedade civil
comprometida com a educação fortalece o segmento. Isso é um fator primordial
para a inserção do profissional no mercado. O problema é o serviço, a mão-de-
obra ainda é precária. Afirmou que a educação é tudo. Sem educação e cultura
não há desenvolvimento, higiene, ética, qualidade, competitividade...
A sociedade pós-industrial inclui muitas coisas e saberes, o cliente olha
todos os detalhes ao seu redor, por isso é preciso combater a ignorância, o
preconceito, idéias arcaicas, falta de visão do todo, falta de planejamento de
ANAIS DA V JORNADA DE SEMINÁRIOS INTERNACIONAIS SOBRE DESENVOLVIMENTO AMAZÔNICO
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estudos, falta de execução (Ran Charan), não ser preconceituoso, racista,
machista ou etnocêntrico. E como preparar as pessoas para esse cenário?
Fazendo análises de cenários e de situações críticas que envolvem
planejamento, implantação de projetos, gestão e operação; com reflexão com
conteúdo e crítica; com capacidade de comparar e analisar projetos e situações
(cases, cenários, realidades); por fim, é preciso entender o mundo, e entender
o mundo perpassa entender os diferentes pontos de vista seja do cliente, do
passageiro, do hóspede, do cidadão, do paciente, do fiel, do torcedor, do
fornecedor, do colaborador, do concorrente...
É preciso apresentar as coisas boas dos destinos, inclusive a cultura
alternativa. A Amazônia está disputando com Cerrado, Mata Atlântica,
Caatinga, Pampa, Pantanal, Patagônia, Cordilheira, Geleiras, Vulcões, Caribe,
Antártida e Flórida. E é preciso ter um cuidado com a imagem local. A
importância da sustentabilidade e da cidadania. Outros problemas que podem
influenciar: a limpeza nas beiras dos rios, da cidade, 260 termelétricas na
Amazônia a óleo diesel, as estradas precárias, a falta de esgotos e água
potável.
Por fim Turismo é... Sustentabilidade (higiene, saúde); Qualidade;
Tecnologia (portais interativos trilingues); Experiência; aventura; emoção; Ética;
Informação.
7. QUESTÕES EMERGENTES DOS DEBATES:
Não houve debate.
8. PROPOSTAS DO SEMINÁRIO À SUFRAMA:
Não houve propostas.
9. OBSERVAÇÕES DO PARCEIRO TÉCNICO-ACADÊMICO:
9.1 QUANTO AO ATENDIMENTO DOS OBJETIVOS:
Os objetivos foram atendidos.
9.2 QUANTO ÀS PROPOSTAS FORMULADAS À SUFRAMA:
Não houve.
ANAIS DA V JORNADA DE SEMINÁRIOS INTERNACIONAIS SOBRE DESENVOLVIMENTO AMAZÔNICO
18
9.3 QUANTO À ORGANIZAÇÃO DO EVENTO:
Excelente.
Manaus, 26 de novembro de 2009.
_______________________________________
Tura. Cristiane Barroncas Maciel Costa Novo
Palestra 3 - Dinâmica de integração para promoção do destino Amazônia -
José Raimundo da Silva Moraes, presidente da Agência de Desenvolvimento
do Turismo da macroregião norte (ADETUR – AMAZÔNIA); pós-graduado em
economia do setor público; atrelado à presidência da ADETUR, exerce também
a presidência da ABAV-ACRE e do ACRE CONVENTION & VISITORS
BUREAU; idioma: português.
ANEXO 05 - MODELO DE RELATORIA DOS SEMINÁRIOS
1. SEMINÁRIO:
Turismo na Amazônia: Inovação e integração como alternativas para
estruturação de um destino competitivo.
2. OBJETIVO:
Apresentar e debater estratégias econômicas, de integração e de inovação
capazes de fomentar e impulsionar a demanda e oferta turística na Amazônia.
3. PAINEL (título, se houver) – Painel 1
4. PALESTRA (título palestra)
Dinâmica de integração para a promoção do destino Amazônia - José
Raimundo da Silva Moraes – Email: [email protected]
5. DATA: 26 de novembro de 2009 quinta-feira
ANAIS DA V JORNADA DE SEMINÁRIOS INTERNACIONAIS SOBRE DESENVOLVIMENTO AMAZÔNICO
19
6. FOCOS TEMÁTICOS CENTRAIS DAS APRESENTAÇÕES:
O palestrante iniciou seu discurso dizendo que abordaria o turismo, a
Amazônia e as fragilidades da mesma e falaria sobre a ADETUR (Agência de
Desenvolvimento do Turismo da Macrorregião Norte). Iniciou falando que o
turismo no Brasil começou a ter um avanço e a se organizar após a criação do
Ministério do Turismo. Então, a organização em rede nacional foi importante
para a Amazônia que é uma região peculiar, e a partir daí deu-se a criação da
ADETUR Amazônia.
Dentro do Plano Nacional de Turismo houve uma política de
descentralização do turismo, pois antes o processo era mais engessado
(decisão em nível federal apenas) e hoje a realidade é outra, como por
exemplo: Conselho Nacional de Turismo e o Fornatur; Agências
Macrorregionais – público e privado; Órgão Estadual e o Fórum Estadual de
Turismo. E isso contribuiu para deixar de lado o pensamento individual e sim
uma consciência regional. A Amazônia é um destino que deve ser pensada
como região e não como Estado. E a ADETUR (Agência de Desenvolvimento
do Turismo da Macrorregião Norte) veio para gerir a promoção do turismo na
Amazônia. A ADETUR Amazônia é uma entidade público-privada, tem sua
composição pelo poder público e iniciativa privada. A sua sede é em Brasília-
DF.
Em seguida, fez uma análise mercadológica da região amazônica. Para
trabalhar o turismo é preciso levar em conta as seguintes variáveis que
influenciam a demanda do turismo: distância, PIB per capta, número de
habitantes. A distância é a influência mais importante para legitimar um destino
e configura efeito gravitacional no turismo, ou seja, a distância é redutora da
demanda (a distância entre a América do Sul e os países ricos do Hemisfério
Norte se transforma em um redutor de demanda para todos os países do
continente). É preciso adquirir a capacidade de influenciar a demanda, pois os
turistas estão cada vez mais exigentes. E com isso exige a busca de elevados
níveis de competitividade por parte dos destinos turísticos.
Depois fez uma análise mercadológica do desempenho do Brasil no
cenário internacional dizendo que ainda é muito pequena a nossa
representação. A riqueza natural está disponível, precisa investir em tecnologia
e inovação.
ANAIS DA V JORNADA DE SEMINÁRIOS INTERNACIONAIS SOBRE DESENVOLVIMENTO AMAZÔNICO
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Afirmou que nós não queremos turismo de massa, mas trabalhar a
peculiaridade de cada Estado de forma integrada. Quando se trata de mercado
receptivo internacional na Região Norte (motivo lazer), o maior responsável é o
Estado do Amazonas. E fala ainda que não existe uma política para trabalhar a
região, mas sim os Estados de forma isolada. O mercado interno receptivo das
regiões brasileiras (2006) mostra que a região Norte representa apenas 2,5%
do total, e que o Sudeste tem 52%. E essas mudanças de elevação podem ser
dadas pelas academias, o poder público, é preciso mudar esse cenário. Em
relação ao mercado nacional receptivo, o Estado do PA está em 17º e o
Amazonas em 20º. Segundo uma pesquisa estruturante realizada pelo Sebrae
em Nov 2008, em relação à opinião dos moradores das capitais com
atratividade das cidades da região Norte (média de intenção para viajar para
região Norte), ficaram: Manaus, Belém, Rio Branco, Porto Velho, Boa Vista,
Palmas, Macapá. E em relação à avaliação dos níveis MUITO ALTO de
relevância para os atrativos segundo as operadoras nacionais pesquisadas,
foram: floresta, hotéis de selva, fauna, rios, pesca, navegação, aventura,
culinária e artesanato. Falou da importância da limpeza urbana e da questão da
segurança pública tanto na visão do morador quanto do turista. E finalizando os
gráficos apresentou a percentagem de operadoras que afirmam não ter
NENHUM conhecimento sobre o turismo em Estados da Região Norte:
Amazonas - 12,9%, Pará – 21,4%, Tocantins – 32,3%, Roraima – 66,2%,
Rondônia – 66,7%, Acre – 70,4% e por fim Amapá – 73,2% (acham que não
tem turismo). Apresentou os principais obstáculos à comercialização do turismo
na Região Norte: divulgação insuficiente e preços do transporte aéreo. É
preciso investir em estratégias de Marketing para mudar esse cenário e
promover mudanças significativas. É preciso também trabalhar o turismo
interno e regional. Falta-se pacotes integrados dentro da Região. As empresas
áreas regionais precisam investir em tecnologia. Falta a cultura de conhecer a
nossa própria região. Antes era vergonha ser amazônida, agora é motivo de
orgulho. É preciso trabalhar o empreendedorismo na Amazônia, e com isso
melhorar a vida dos ribeirinhos.
Para que a região Norte tenha um posicionamento competitivo é preciso
adotar algumas estratégias de marketing, e iniciamos por 3 perguntas: O que o
destino oferece? Para quem? Quais são os diferenciais? Em seguida, fazer
uma seleção de mercados e buscar a diferenciação. O Prof. Petrocchi utiliza o
ANAIS DA V JORNADA DE SEMINÁRIOS INTERNACIONAIS SOBRE DESENVOLVIMENTO AMAZÔNICO
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critério dos círculos concêntricos onde se trabalha primeiro o Destino, depois o
Entorno e Estado, em seguida os Estados e países vizinhos, depois o Brasil, e
por fim o mercado externo. Não podemos ir fazer captação distante, sem o
destino estar consolidado. E por fim, a missão da ADETUR é buscar a
integração de todos os Estados da região Norte. Apresentou o projeto
integrado regional de marketing, onde fala 1. Mercado da própria Região Norte
e de fronteira: Projeto “Amazônia viaja Amazônia”; Pacotes dos destinos da
região vendidos na própria região e países vizinhos; Coordenação regional de
eventos. 2. Mercados distantes, nacionais ou internacionais: Projeto “Brasil
viaja Amazônia”, Articulação conjunta com operadoras; Promoção integrada
Pacotes turísticos de múltiplos destinos, Coordenação regional de eventos e
congressos.
A ADETUR está ajudando na campanha de tornar a Amazônia uma das
7 maravilhas da Natureza. www.voteamazonia.com.br / A OTCA (Organização
do Tratado de Cooperação Amazônica está auxiliando na organização dessa
campanha.
Alianças iniciadas: SEBRAE – Geor Estruturante de Turismo da Região
Norte, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – Proecotur, BRAZTOA – Roteiros
Turísticos Integrados na Amazônia, MINISTÉRIO DO TURISMO – Convênios
Adetur Amazônia e New 7 Wonders of Nature.
7. QUESTÕES EMERGENTES DOS DEBATES:
Não houve debate.
8. PROPOSTAS DO SEMINÁRIO À SUFRAMA:
Não houve.
9. OBSERVAÇÕES DO PARCEIRO TÉCNICO-ACADÊMICO:
9.1 QUANTO AO ATENDIMENTO DOS OBJETIVOS:
Os objetivos foram atendidos.
9.2 QUANTO ÀS PROPOSTAS FORMULADAS À SUFRAMA:
Não houve.
ANAIS DA V JORNADA DE SEMINÁRIOS INTERNACIONAIS SOBRE DESENVOLVIMENTO AMAZÔNICO
22
9.3 QUANTO À ORGANIZAÇÃO DO EVENTO:
Excelente.
Manaus, 26 de novembro de 2009.
________________________________________
Tura. Cristiane Barroncas Maciel Costa Novo
PAINEL 02:
Moderador: Oduval Lobato Neto, gerente executivo em gestão de programas
governamentais do Banco da Amazônia; pós-graduado em meio ambiente,
ecoturismo, planejamento e políticas públicas. Possui publicação de trabalhos -
Ecoturismo: o exemplo do Amazonas e Turismo Sustentável: fator de
desenvolvimento para a Amazônia.
Relator: Cristiane Barroncas Maciel Costa Novo, Presidente da Associação
Brasileira de Bacharéis em Turismo (ABBTUR), secional Amazonas; e
professora da Universidade do Estado do Amazonas / Escola Superior de Artes
e Turismo; MBA em Turismo: Planejamento, Gestão e Marketing pela
Universidade Católica de Brasília; Turismóloga; idioma: português.
Palestras 01 - Alternativas sustentáveis e solidárias para o turismo na
Amazônia - Fabiano Lopez da Silva; coordenador do programa de alternativas
econômicas da Fundação Vitória Amazônica; especialista em gestão ambiental;
experiência de 4 anos em projetos de desenvolvimento sócio-econômico na
região do rio negro; idioma: português.
ANEXO 05 - MODELO DE RELATORIA DOS SEMINÁRIOS
1.SEMINÁRIO:
ANAIS DA V JORNADA DE SEMINÁRIOS INTERNACIONAIS SOBRE DESENVOLVIMENTO AMAZÔNICO
23
Turismo na Amazônia: Inovação e integração como alternativas para
estruturação de um destino competitivo
2.OBJETIVO:
Apresentar e debater estratégias econômicas, de integração e de inovação
capazes de fomentar e impulsionar a demanda e oferta turística na Amazônia.
3. PAINEL (título, se houver) – Painel 2
4. PALESTRA
Alternativas sustentáveis e solidárias para o turismo na Amazônia – Fabiano
Lopez da Silva – Email: [email protected]
5. DATA: 26 de novembro de 2009
6. FOCOS TEMÁTICOS CENTRAIS DA APRESENTAÇÃO:
O palestrante organizou sua apresentação dentro das seguintes
temáticas: A FVA e o Rio Negro; Unidades de Conservação e a Amazônia;
Turismo em Unidades de Conservação; Monitoramento de impactos; A FVA e o
rio Negro – Projetos e Experiências.
Apresentou um mapa do Rio Negro e as áreas de atuação da FVA, e
falou que a FVA tem uma proposta de pensar o turismo para a região, mesmo
não sendo o foco da mesma. Informou ainda que o Rio Negro é talvez uma das
bacias hidrográficas mais bem protegidas do mundo por meio de Unidades de
Conservação - UCs, e cada uma delas possui características legalmente
diferentes, que permitem diferentes tipos de ações. Desde 1994, a FVA
trabalha dentro do Parque Nacional do Jaú, no início eram mais com pesquisas
científicas, e aos poucos evoluíram para a linha mais social e tentando
entender as dinâmicas desses parques.
Para entender um pouco mais essa questão das UCs, é interessante
falar que um Sistema Nacional de UC, que é uma Lei que rege todos os
diferentes tipos de UC, e elas estão agrupadas em dois grandes grupos: as de
proteção integral e as de uso sustentável.
ANAIS DA V JORNADA DE SEMINÁRIOS INTERNACIONAIS SOBRE DESENVOLVIMENTO AMAZÔNICO
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A situação das Unidades de Conservação e a Amazônia, uma evolução
histórica de 1960 à 2007. As primeiras UC surgem na década de 60 e são de
âmbito federal, a partir da década de 60 começa a surgir um misto de UC de
proteção integral e uso sustentável e na década de 90 existe um boom de UC
de âmbito estadual. Em termos de número, acima de 310 UC na Amazônia
Legal (2008), que cobre quase um ¼ da Amazônia Legal Brasileira, sendo 110
de proteção integral e 200 de uso sustentável, e em termos de gestão 50% sob
a gestão estadual e 50% sob a gestão federal.
O turismo em Unidades de Conservação hoje cabe algumas tendências:
um maior nível educacional do turista, envelhecimento da população, novos
padrões recreacionais (períodos mais curtos), mais comunicação e informação
(fazer pesquisa), proliferação de destinos e pacotes turísticos (competição
entre produtos muitos semelhantes), novos limitantes locais (capital para
investimento e recursos humanos), segurança, qualidade no serviço e postura
sócio-ambiental do pacote.
O turismo em Unidades de Conservação possui potencialidades e riscos.
Em relação às potencialidades são: alavancar as oportunidades econômicas,
valorizar o patrimônio cultural e ambienta da região, elevar a qualidade de vida
das comunidades tradicionais envolvidas. E os riscos: custos financeiros e
econômicos (valorização imobiliária exacerbada, por exemplo), custos sociais e
custos ambientais. Os riscos podem ser evitados se existir um planejamento
adequado do turismo na UC.
Existe uma certa divisão usual de “responsabilidades” entre os atores:
poder público, iniciativa privada e o terceiro setor. Em linhas gerais cabe ao
pode público a infra-estrutura, a informação, a segurança, o monitoramento e a
definição de limites aceitáveis de pertubação. A iniciativa privada cabe a
promoção e divulgação, elaboração de produtos e outros serviços. E cabe ao
terceiro setor, parceiro potencial (FVA se enquadra nesse segmento), o
planejamento turístico em UCs, desenvolvimento de pacotes, organização
comunitária, capacitação de recursos humanos, informação (técnico-científica)
e monitoramento. A etapa de monitoramento é muito importante dentro de UCs,
principalmente relacionados aos impactos ambientais (na UC e seu entorno –
avaliação física e biológica), econômicos (nas comunidades e UCs), sociais e
culturais (nas comunidades), gerenciais (nas UCs) e infra-estruturais (nas UCs
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e no entorno). As UCS carecem de muitos recursos humanos e recursos
financeiros.
A FVA atua no mosaico de Unidades de conservação no Rio Negro.
Áreas de atuação FVA: 1. Geopolítica da Conservação, ou seja, pensar junto
com o poder público se o formato atual das UCs atendem as necessidades das
comunidades e do governo (políticas públicas e pesquisa e científica). 2. Gente
pra conservação e conservar gente, atua mais no lado social, e tem como
objetivo preparar essas comunidades que vivem na região para interagir com
essas UCs, preparar para as discussões, e outro objetivo é elaborar produtos
para gerar renda e manter esse pessoal no interior. Exemplos de projetos:
Mercado Rio Negro, Castanha e Farinha na Resex do rio Unini e por fim
Organização Comunitária e Consolidação de UCS no rio Negro (corredores
ecológicos). Todos esses projetos podem complementar as atividades de
turismo na região.
A FVA conseguiu aprovar um projeto de turismo de base comunitária via
edital do Ministério do Turismo. O projeto chama-se Turismo de Base
Comunitária no rio Unini e tem como principais propostas: iniciar um
planejamento turístico para o rio Unini, desenvolver produtos complementares
que possam ser oferecidos ao turista (cerâmica, mel e artesanato), capacitar
barqueiros, guias e cozinheiras, e por fim, estruturar uma iniciativa piloto de
ecoturismo de base comunitária no rio Unini. A proposta surgiu a mais de 3
anos, a partir de uma parceria com a operadora de turismo, Estação Gabiraba.
Essa operadora trabalha com atividades de comércio justo, onde as pessoas
passam alguns dias nas casas dos comunitários. As atividades são planejadas
em conjunto com a comunidade, e entende o turismo como atividades
estruturante, porém complementar ao estilo de vida tradicional, e deve gerar
estímulo a troca cultural e ao aprendizado, tanto para o turista como para o
comunitário, e com isso fortalecer as relações sociais/comunitárias. Alguns
princípios essenciais: transparência, divisão justa dos benefícios e conservação
ambiental.
Outro parceria da FVA é uma operadora de turismo localizada em Novo
Airão é a Organização Katerre, trabalha com atividades de baixo impacto,
onde o ecoturista chega interessado no que está ao seu redor. Ele quer
conhecer tanto a natureza selvagem com a cultura cabocla, e que essa não
seja uma atividade sazonal. Dentro das comunidades as atividades que atraem
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o turista são: atividades rurais/extrativistas, lendas e histórias, prática de
esportes, brincadeiras de criança, arquitetura cabocla, artesanato em cerâmica,
culinária regional (caça), produtos da floresta, arqueologia e as manifestações
culturais. Em relação as atrações selvagens são: cachoeiras, praias, trilhas
educativas, visualização de animais, focagem de animais noturnos, arvorismo,
banhos de rio, pesca recreativa, trilhas na floresta e mirantes naturais/pôr-do-
sol. O mais interessante é perceber que nenhuma dessas atividades é criada
especificamente para o turista, são atividades do próprio cotidiano da
comunidade e requer poucas adequações, que pode ser utilizada pelo turismo.
Apresentou uma análise do cenário atual do ecoturismo no Parque
Nacional do Jaú, onde o Serigualzinho é a comunidade melhor posicionada,
onde a família do seu Laerte têm praticamente atendido todo este fluxo, não há
uma normatização quanto à operação turística, é preciso que seja feito um
cadastro de guias/operadores, existe uma recomendação expressa para
utilização de recursos humanos capacitados, leve em consideração um código
de conduta para os guias sobre como tratar as atrações turísticas: trilhas,
banhos, cachoeiras, bosques, ninhos, etc. Não há recursos humanos
adequados nas UCs (pensando o turismo), e falta de divulgação dos atrativos
turísticos.
O rio Unini é muito propício para a pesca esportiva e se apresenta como
outra alternativa para as comunidades do rio, porém é preciso levar em conta
os fatores críticos para o desenvolvimento dessa atividade, como: conservação
dos recursos naturais, melhorar os recursos humanos (empresários,
colaboradores e comunidades), implantar uma regularização e transparência
da atividade, principalmente no que diz respeito ao governo e as comunidades,
e investimentos em infra-estrutura e rede hoteleira é insuficiente. Não se pode
beneficiar somente os empresários, mas gerar benefícios para todos os
envolvidos.
O palestrante apresentou como considerações finais o turismo em
Unidades de Conservação como uma grande oportunidade para o
desenvolvimento sócio-econômico da região, e em especial, para o Amazonas.
Que toda atividade deve ser planejada e monitorada. As populações
tradicionais devem ser envolvidas em todas as fases de operação,
planejamento, execução, monitoramento e avaliação. Deve-se buscar modelos
de negócio onde os benefícios são distribuídos de forma justa entre os
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participantes (comunidades, governos, empresários, ONGs). Deve-se buscar
investimentos em infra-estrutura, recursos humanos e capital são necessários
para o desenvolvimento do turismo na região, e por fim, que a participação de
diferentes atores contribuirá para o desenvolvimento de atividades
sustentáveis.
7. QUESTÕES EMERGENTES DOS DEBATES:
Não houve debate.
8. PROPOSTAS DO SEMINÁRIO À SUFRAMA:
Não houve.
9. OBSERVAÇÕES DO PARCEIRO TÉCNICO-ACADÊMICO:
9.1 QUANTO AO ATENDIMENTO DOS OBJETIVOS:
Os objetivos foram atendidos.
9.2 QUANTO ÀS PROPOSTAS FORMULADAS À SUFRAMA:
Não houve.
9.3 QUANTO À ORGANIZAÇÃO DO EVENTO:
Excelente.
Manaus, 26 de novembro de 2009.
________________________________________
Tura. Cristiane Barroncas Maciel Costa Novo
Palestra 02 - Oportunidades de investimento em turismo na Amazônia - Ana
Clévia Guerreiro Lima; Coordenadora-geral de Regionalização do Ministério do
Turismo; Mestre em Gestão de Negócios Turísticos pela Universidade Estadual
do Ceará; Desde 2007 é Coordenadora Geral de Regionalização no
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Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico – DEAOT
do Ministério do Turismo, com curso de Formação de Formadores em Hotelaria
e Gastronomia (com estágio prático em hotelaria) pelo Istituto Professionale di
Stato per i Servizi Alberghieri e della Ristorazione “G. Maffioli” Castelfranco
(Veneto – TV) através do Ministero delle Pubblica Istruzione Italiano –
Roma/Itália;
ANEXO 05 - MODELO DE RELATORIA DOS SEMINÁRIOS
1. SEMINÁRIO:
Turismo na Amazônia: Inovação e integração como alternativas para
estruturação de um destino competitivo.
2. OBJETIVO:
Apresentar e debater estratégias econômicas, de integração e de inovação
capazes de fomentar e impulsionar a demanda e oferta turística na Amazônia.
3. PAINEL (título, se houver) – Painel 2
4. PALESTRA
Oportunidades de investimentos em turismo na Amazônia – Ana Clévia
Guerreiro Lima – Email: [email protected]
5. DATA: 26 de novembro de 2009 quinta-feira
6. FOCOS TEMÁTICOS CENTRAIS DA APRESENTAÇÃO:
A palestrante falou sobre as oportunidades de investimento em turismo
na Amazônia. Quando se fala em investimento, necessariamente está voltada a
arte de empreender. Apresentou uma pesquisa realizada pelo Ministério do
Turismo – Mtur, com consumidores brasileiros, e os principais resultados
voltados para a Amazônia. A técnica e forma de coleta de dados foi quantitativa
- survey telefônico, com amostra 2.322 entrevistas, realizadas entre os dias 17
de junho e 07 de julho de 2009, pelo Instituto Vox Populi. O público alvo foi
turistas brasileiros maiores de 18 anos, das classes A, B, C e D, com os
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seguintes perfis: 1. Clientes atuais: consumidores que compraram serviços de
turismo em pacotes ou em partes nos últimos dois anos; 2. Clientes potenciais:
consumidores que podem vir a comprar serviços e produtos turísticos em
pacotes ou em partes nos próximos dois anos.
Primeiramente, foram apresentados os dados dos clientes atuais, que
viajaram no Brasil nos últimos 2 anos, e onde a região Norte aparece com os
menores índices de visitação. Dos clientes atuais que viajaram para a região
Norte os mercados emissores foram: 1º Goiânia, 2º Fortaleza, 3º Brasília e 4º
Florianópolis. Em relação a avaliação da viagem 95,1% disseram que foi
positiva. Dos aspectos mais positivos da viagem o item beleza natural/natureza
– 33,6% ficou em primeiro lugar, praia – 17,5%, cultura local/população –
14,5%. Em relação às atividades realizadas durante a viagem (soma
ponderada) os turistas atuais que visitaram a região Norte dizem que fizeram
passeios para conhecer pontos turísticos – 35,9% e ficam empatados os itens ir
para conhecer bares/restaurantes/discotecas/boates, e conhecer pratos e
comidas típicas com 21,4%.
Em relação a próxima viagem no Brasil (clientes potenciais), apenas
2,7% viajaria para o Norte, e 1,2% viajaria para o Amazonas, 0,9% Pará, 0,4%
Tocantins, 0,1% Rondônia e 0,1% Roraima. O motivo da viagem continuaria
em primeiro lugar sendo a beleza natural/natureza cm 37,9%. Em relação às
atividades pretendidas durante a viagem (soma ponderada) os turistas
potenciais que vierem para a região Norte dizem que farão passeios para
conhecer pontos turísticos – 41,8%, conhecer pratos e comidas típicas com
20,9%, e 10,9% atividades culturais.
Após a apresentação da pesquisa, falou sobre os Destinos indutores que
são destinos capazes de atrair o turista para o local e para a sua região. Na
Amazônia Legal os destinos indutores trabalhados via MTur são: Rio Branco
(AC), Manaus (AM), Barcelos (AM), Parintins (AM), Macapá (AP), Barreirinhas
(MA), São Luis (MA), Cáceres (MT), Cuiabá (MT), Belém (PA), Santarém-
Tapajós (PA), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Mateiros-Jalapão (TO) e
Palmas (TO). O Sebrae Nacional e FGV foram os principais parceiros na
estruturação dos 65 Municípios Indutores.
Os destinos top no Brasil têm problemas cruciais, como esgoto a céu
aberto. Búzios, Jericoacoara, Tiradentes. Os empresários precisam entender a
cultura do turismo, abrir seus negócios no horário que o turista estiver no
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destino. Ainda não se consegue trabalhar os destinos de forma integrada. Além
disso, ainda temos muita deficiência na mão de obra qualificada, e a rede
hoteleira da região Norte ainda é muito deficiente, mas já existem muitos
investimentos. Por isso, o principal desafio nesse novo cenário é: Estruturar
produtos turísticos sem deficiência (quase não temos produtos turísticos
consolidados, é preciso inovar); Sintonia com as tendências mundiais:
sustentabilidade, turismo de experiência, foco em nichos; Gestão pública e
privada; Fortalecimento e integração do trade; Comunicação com o cliente (ele
tem que saber se eu existo), ou seja, Lideranças em seus lugares.
7. QUESTÕES EMERGENTES DOS DEBATES:
Não houve debate.
8. PROPOSTAS DO SEMINÁRIO À SUFRAMA:
Não houve.
9. OBSERVAÇÕES DO PARCEIRO TÉCNICO-ACADÊMICO:
9.1 QUANTO AO ATENDIMENTO DOS OBJETIVOS:
Os objetivos foram atendidos.
9.2 QUANTO ÀS PROPOSTAS FORMULADAS À SUFRAMA:
Não houve.
9.3 QUANTO À ORGANIZAÇÃO DO EVENTO:
Excelente.
Manaus, 26 de novembro de 2009.
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Tura. Cristiane Barroncas Maciel Costa Novo
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Palestra 03 - Crescimento econômico sustentado do turismo ao nível de
Parques Naturais: o papel das redes econômicas e dos centros de informação
turística. O caso de Portugal - Carlos Manuel Martins da Costa; professor
associado com agregação à Universidade de Aveiro – Portugal; doutor em
turismo; especialista em políticas públicas e gestão de parques naturais;
idioma: português.
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Palestra 3 - Dinâmica de integração para promoção do destino Amazônia - José Raimundo da
Silva Moraes, presidente da Agência de Desenvolvimento do Turismo da macroregião norte
(ADETUR – AMAZÔNIA); pós-graduado em economia do setor público; atrelado à presidência
da ADETUR, exerce também a presidência da ABAV-ACRE e do ACRE CONVENTION &
VISITORS BUREAU; idioma: português.
PAINEL 02:
Palestra 01 - Alternativas sustentáveis e solidárias para o turismo na Amazônia - Fabiano Lopez
da Silva; coordenador do programa de alternativas econômicas da Fundação Vitória Amazônica;
especialista em gestão ambiental; experiência de 4 anos em projetos de desenvolvimento sócio-
econômico na região do rio negro; idioma: português.
Palestra 02 - Oportunidades de investimento em turismo na Amazônia - Ana Clévia Guerreiro
Lima; Coordenadora-geral de Regionalização do Ministério do Turismo; Mestre em Gestão de
Negócios Turísticos pela Universidade Estadual do Ceará; Desde 2007 é Coordenadora Geral
de Regionalização no Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico –
DEAOT do Ministério do Turismo, com curso de Formação de Formadores em Hotelaria e
Gastronomia (com estágio prático em hotelaria) pelo Istituto Professionale di Stato per i Servizi
Alberghieri e della Ristorazione “G. Maffioli” Castelfranco (Veneto – TV) através do Ministero
delle Pubblica Istruzione Italiano – Roma/Itália;
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Palestra 03 - Crescimento econômico sustentado do turismo ao nível de Parques Naturais: o
papel das redes econômicas e dos centros de informação turística. O caso de Portugal - Carlos
Manuel Martins da Costa; professor associado com agregação à Universidade de Aveiro –
Portugal; doutor em turismo; especialista em políticas públicas e gestão de parques naturais;