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ANO DE 1 953 LIVRO 2 ANAIS DO SENADO Secretaria Especial de Editoração e Publicações - Subsecretaria de Anais do Senado Federal TRANSCRIÇÃO SENADO FEDERAL

ANAIS DO SENADO · Mello Vianna – Presidente. Olavo Oliveira – Relator. Dario Cardoso. ... Mozart Lago. Mello Vianna. Levindo Coelho. Marcondes Filho. Domingos Velasco

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  • ANO DE 1953LIVRO 2

    ANAIS DO SENADO

    Secretaria Especial de Editorao e Publicaes - Subsecretaria de Anais do Senado Federal

    TRANSCRIO

    SENADO FEDERAL

  • 1

    Quinta-feira 2 DIRIO DO CONGRESSO NACIONAL Julho de 1953 6143

    Relao das Comisses

    Diretora Presidente Marcondes Filho. 1 Secretrio Alfredo Neves. 2 Secretrio Vespasiano Martins. 3 Secretrio Francisco Gallotti. 4 Secretrio Ezechias da Rocha. 1 Suplente Costa Pereira. 2 Suplente Prisco dos Santos. Secretrio Jlio Barbosa, Diretor

    Geral da Secretaria do Senado.

    Comisses Permanentes

    Finanas 1 Ivo d'Aquino Presidente. 2 Ismar de Gis Vice-Presidente 3 Alberto Pasqualini. 4 Alvaro Adolfo (*). 5 Apolnio Sales. 6 Carlos Lindemberg 7 Csar Vergueira. 8 Domingos Velasco. 9 Durval Cruz. 10 Ferreira de Souza 11 Pinto Aleixo. 12 Plinio Pompeu. 13 Veloso Borges. 14 Vitorno Freire. 15 Walter Franco (**). (*) Substitudo interinamente pelo

    Senador Ccero de Vasconcelos (**) Substitudo interinamente pelo

    Senador Joaquim Pires. Secretrio Evandro Vianna,

    Diretor de Oramento. Reunies s quartas e sextas-

    feiras, s 16 horas.

    Constituio e Justia Dario Cardoso Presidente. Aloysio de Carvalho Vice

    Presidente. Ansio Jobim. Attilio Vivacqua. Camilo Mrcio. Clodomir Cardoso (*) Ferreira de Souza. Gomes de Oliveira. Joaquim Pires. Olavo Oliveira (*). % aldemar Pedrosa. (*) Substitudo pelo Senador Luiz

    Tinoco. (**) Substitudo pelo Senador

    Carlos Saboya. Secretrio Luiz Carlos Vieira da

    Fonseca. Auxiliar Marlia Pinto Amando. Reunies s quintas-feiras, s

    9.10 horas.

    Educao e Cultura

    1 Flavio Guimares Presidente 2 Ccero de Vasconcelos Vice-

    Presidente. 3 Ara Leo. 4 Hamilton Nogueira. 5 Levindo Coelho. Secretrio Joo Alfredo

    Ravasco de Andrade. Auxiliar Carmen Lcia de

    Holanda Cavalcanti. Reunies s quartas-

    feiras, s 15 horas.

    SENADO FEDERAL

    Comisses Especiais

    Especial para emitir parecer sbre

    o Projeto de Reforma Constitucional n 2, de 1949.

    Aloyso de Carvalho Presidente.

    Dario Cardoso.

    Francisco Galoltti.

    Anisio Jobim.

    Camilo Mrcio.

    Carlos Lindenberg.

    Clodomir Cardoso.

    Antnio Bayma.

    Bernardes Filho.

    Marcondes Filho.

    Olavo Oliveira.

    Domingos Velasco.

    Joo Villasbas. Secretrio Aurea de Barros

    Rgo,

    Especial para emitir parecer sbre o Projeto de Reforma Constitucional n 1, de 1951.

    Mello Vianna Presidente. Olavo Oliveira Relator. Dario Cardoso. Anisio Jobim. Camilo Mrcio Clodomir Cardoso. Ivo d'Aquino. Alfredo Neves. Ferreira de Souza. Aloysio de Carvalho. Joo Villasbas. Joaquim Pires. Alberto Pasqualini. Attilio Vivacqua. Antnio Bayma. Secretrio Joo Alfredo Ravasco

    de Andrade.

    Especial de Reviso do Cdigo

    Comercial

    1 Alexandre Marcondes Filho

    Presidente.

    2 Clodomir Cardoso Vice-Presidente.

    3 Ferreira de Souza Relator Geral.

    4 Attilio Vivacqua.

    5 Victorino Freire Secretrio Joo Alfredo Ravasco

    de Andrade.

    Especial para Estudo da

    concesso dos Direitos Civis Mulher Brasileira.

    Mozart Lago Presidente.

    Alvaro Adolpho Vice-Presidente.

    Joo Villasbas.

    Gomes de Oliveira.

    Attilio Vivacqua.

    Domingos Vellasco.

    Victorino Freire.

    Secretrio Ninon Borges Leal.

    Redao

    1 CIodomir Cardoso

    Presidente. 2 Joaquim Pires Vice-

    Presidente. 3 Veloso Borges. 4 Costa pereira. 5 Aloysio de Carvalho. Secretrio Glria Fernandina

    Quintela. Auxiliar Nathercia S Leito. Reunies s quartas-feiras, s 16

    horas.

    Relaes Exteriores Mello Vianna Presidente. Hamilton Nogueira Vice-

    Presidente, Bernardes Filho. Djair Brindeiro. Ferreira de Souza Georgino Avelino. Veloso Borges (*) Secretrio Lauro Portella. Auxiliar Eurico Jacy Auler. (*) Substituindo o Sr. Novaes

    Filho.

    Sade Pblica Levindo Coelho Presidente. Alfredo Simch Vice-Presidente. Prisco Santos, Vivaldo Lima. Durval Cruz. Secretrio Aurea de Barros

    Rgo. Reunies s quintas-feiras, s 15

    horas.

    Transportes, Comunicaes e Obras

    Pblicas

    Euclydes Vieira Presidente. Onofre Gomes Vice Presidente. Alencastro Guimares. Othon Mader, Antnio Bayma Secretrio Francisco Soares

    Arruda. Reunies s quartas-feiras, s 16

    horas.

    Servio Pblica Civil

    Prisco dos Santos Presidente. Luiz Tinoco Vice-Presidente. Vivaldo Lima. Mozart Lago. Costa Pereira. Secretrio Franklin Palmeira. Reunies s tras-feiras, s 17

    horas.

    Economia Pereira Pinto Presidente. Landulpho Alves Vice-

    Presidente. S Tinoco. Assis Chateaubriand.

    Jlio Leite. Euclides Vieira. Plnio Pompeu. Secretrio Aroldo Moreira. Reunies s quintas-feiras.

    Segurana Nacional Pinto Aleixo Presidente. Onofre Gomes Vice-

    Presidente. Ismar de Gis. Magalhes Barata Silvio Curvo. Walter Franco. Roberto Glasser Substitudo

    pelo Senador Carlos Lindemberg. Secretrio Ary Kerner Veiga de

    Castro. Reunies s segundas-feiras.

    Legislao Social 1 Carlos Gomes de Oliveira

    Presidente. 2 Luiz Tinoco Vice Presidente 3 Othon Mader. 4 Ruy Carneiro. 5 Ccero de Vasconcelos. 6 Hamilton Nogueira. 7 Kerginaldo Cavalcanti. Secretrio Pedro de Carvalho

    Muller. Auxiliar Carmen Lcia d

    Holanda Cavalcanti. Reunies s segundas-feiras, s

    1horas. Especial de Investigao sbre as

    concesses materiais das instalaes da Justia do Distrito Federal e rgos relacionados.

    Mello Vianna Presidente. Alencastro Guimares Relator Attilio Vivacqua. Camilo Mercio. Joo Villasbas. Secretrio Ivan Palmeira Auxiliar Elza G. Schroeder.

    Parlamentar de Inqurito sbre o

    cimento

    Francisco Gattottl Presidente. Mozart Lago Vice-Presidente. Julio Leite. Landulpho Alves Mario Motta. Secretrio Lauro Portella.

    Especial de Reforma do Cdigo de Processo Civil

    1 Joo Villasbas Presidente. 2 Attilio Vivacqua Vice-

    Presidente. 3 Dario Cardoso Relator. Secretrio Jos da Silva

    Lisba. Auxiliar Carmen Lcia de

    Holanda Cavalcanti. Reunies s sextas-feiras, 21

    horas.

  • 2 6144 Quinta-feira 2 DIRIO DO CONGRESSO NACIONAL Julho de 1953

    74 SESSO EM 2 DE JULHO DE 1953

    Oradores inscritos para o expediente

    1 Sen. Hamilton Nogueira. 2 Sen. Alencastro Guimares.

    ATA DA 71 SESSO EM 1 DE JULHO DE 1953

    PRESIDNCIA DOS SRS. MAR-

    CONDES FILHO, VICE-PRESIDENTE E ALFREDO NEVES, 1 SECRETRIO

    s 14,30 horas comparecem os

    Senhores Senadores: Ansio Jobim. Prisco dos Santos. Magalhes Barata. Antnio Bayma. Mathias Olympio. Joaquim Pires. Onofre Gomes. Kerginaldo Cavalcanti. Apolnio Sales. Novaes Filho. Djair Brindeiro. Ezechias da Rocha. Ccero de Vasconcelos. Ismar de Ges. S Tinoco. Alfredo Neves. Pereira Pinto. Hamilton Nogueira. Mozart Lago. Mello Vianna. Levindo Coelho. Marcondes Filho. Domingos Velasco. Costa Pereira. Vespasiano Martins. Flvio Guimares. Gomes de Oliveira. Ivo d'Aquino. Camilo Mrcio (29). O SR. PRESIDENTE: Acham-se

    presentes 29 Srs. Senadores. Havendo nmero legal est aberta a sesso. Vai-se proceder leitura da ata.

    O SR. 4 SECRETARIO (servindo de 2): Procede leitura da ata da sesso anterior, que, posta em discusso, sem debate aprovada.

    O Sr. 1 Secretrio l o seguinte:

    EXPEDIENTE Ofcios: Do Sr. Secretrio da Presidncia

    da Repblica, devolvendo autografos do Projeto de Lei que dispe sbre as comemoraes do 1 Centenrio de nascimento de Joo Capistrano de Abreu, visto no se haver manifestado sbre a matria o Senhor presidente da Repblica no prazo constitucional.

    A Promulgao. Do Sr. Presidente do Instituto

    Brasileiro de Geografia e Estatstica, convidando os Srs. Senadores para a sesso de instalao dos trabalhos da XII Assemblia Geral dos Conselhos Nacionais de Geografia e Estatstica, a qual se realizar no prximo dia 1 de julho s 10,30 horas, r' auditrio daquele Instituto, Avenida Presidente Franklin Roosevelt, nmero 166.

    Inteirado. Da Cmara dos Deputados: Senhor

    Secretrio, Tenho a honra de comunicar a

    Vossa Excelncia, a fim de que se digne de levar ao conhecimento do Senado Federal que a Cmara aos Deputados aprovou a emenda desse Casa do Congresso Nacional ao Projeto de Lei n 1443-D, de 1951 da Cmara eles Deputados, que aprova o contrato celebrado entre a Diretoria Regional dos Correios e Telgrafos de Botucat e a firma Fagundes & Volpi Limitada.

    Outrossim comunico a Vossa excelncia que a referida proposio foi, nesta data, enviada promulgao.

    Aproveito a oportunidade para renovar a Vossa. Excelncia os protestos da minha estima e distinta con-

    siderao. Ruy Almeida, 1 Secretrio. Promulgao. Rio de Janeiro, em 22 de junho de 1953. Senhor Secretrio, Tenho a honra de comunicar a Vossa

    Excelncia, a fim de que se digne de levar ao conhecimento do Senado Federal que a Cmara dos Deputados aprovou a emenda dessa Casa do Congresso Nacional ao Projeto de Lei n 1.732-D, de 1952, da Cmara dos Deputados, que aprova o contrato celebrado entre o Departamento dos Correios e Telgrafos e a firma A. Th. Godoy Mata Machado.

    Outrossim, comunico a Vossa Excelncia que a referida prposio foi, nesta data, enviada promulgao.

    Aproveita o ensejo para renovar a Vossa Excelncia os protestos da minha elevada estima e distinta considerao. Ruy Almeida, 1 Secretrio.

    Promulgao. Rio de Janeiro, em 22 de junho de

    1953. Senhor Secretrio, Tenho a honra de comunicar a Vossa

    Excelncia, a fim de que se digne de levar ao conhecimento do Senado Federal que a Cmara dos Deputados aprovou a emenda dessa Casa do Congresso Nacional ao Projeto de Lei n 2.145-D, de 1952, da Cmara dos Deputados, que aprova o contrato celebrado entre o Departamento dos Correios e Telgrafose a firma A. Th. Godoy Mata Machado.

    Outrossim, comunico a Vossa Excelncia que a referida prposio foi, nesta data, enviada promulgao.

    Aproveito o ensejo para renovar a Vossa Excelncia os protestos da minha elevada estima e distinta considerao. Ruy Almeida, 1 Secretrio.

    Promulgao. Rio de Janeiro, em 17 de junho de 1953. Senhor Secretrio, Tenho a honra de enviar a

    Vossa Excelncia, a fim de que se digne submet-lo considerao do Senado Federal o Projeto de Lei n 1.626-A, de 1952, da Cmara dos Deputados, que concede a penso especial de Cr$ 1.500,00 mensais a Valdomiro Pedro Marmith

    Aproveito o ensejo para renovar a Vossa Excelncia os protestos da minha elevada estima e distinta considerao. Ruy Almeida, 1 Secretrio.

    PROJETO DE LEI DA CMARA

    N 158, de 1953

    Concede a penso especial de Cr$

    1.500,00 mensais a Valdomiro Pedro Marmith.

    O Congresso Nacional decreta: Art. 1 E' concedida penso especial

    de Cr$ 1.500,00 (mil e quinhentos cruzeiros) mensais Valdomiro Pedro Marmith, ex-integrante da Fora Expedicionria Brasileira.

    Art. 2 A penso devida a partir da vigncia desta lei e a despesa respectiva correr conta da dotao oramentaria destinada ao pagamento de pensionistas a cargo do Ministrio da Fazenda.

    Art. 3 Esta lei entrar m vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio.

    s Comisses de Constituio e Justia de Finanas.

    Rio de Janeiro, em 22 de junho de 1953.

    Senhor Secretrio: Tenho a honra de enviar a

    Vossa Excelncia, a fim de que se digne submet-lo considerao do Senado Federas, o projeto de Lei n 1.478-A, de 1951, da Cmara dos Deputados, que concede a penso especial de Cr$ 800,00 (oitocentos cruzeiros) mensais a Guilhermina Gerlach.

    Aproveito o ensejo para renovar a Vossa Excelncia os protestos de minha elevada estima e distinta consi-

    derao. Ruy Almeida, 1 Secretrio.

    PROJETO DE LEI DA CMARA

    N 159, de 1953 Concede a penso especial de Cr$

    800,00 mensais a Guilhermina Gerlach. O Congresso Nacional decreta! Art. 1 E' concedida a penso especial

    de Cr$ 800,00 (oitocentos cruzeiros) mensais a Guilhermina Gerlach, viva de Rodolfo Gerlach.

    Art. 2 A despesa com a penso estipulada no art. 1 correr conta da dotao oramentria do Ministrio da Fazenda, destinada aos pensionistas da Unio.

    Art. 3 Esta lei entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio.

    s Comisses de Constituio e Justia e de Finanas.

    O SR. PRESIDENTE: Continua a hora do expediente.

    O SR. PRESIDENTE: Continua a hora do expediente.

    Tem a palavra o nobre Senador Alencastro Guimares, primeiro orador inscrito.

    No se achando S. Ex., na Casa, e havendo o nobre Senador Ivo d'Aquino cancelado sua inscrio, dou a palavra ao nobre Senador Apolnio Sales, terceiro orador inscrito.

    O SR. APOLONIO SALES: Senhor Presidente, venho tribuna do Senado para Interpretar o sentimento de grande massa de homens da produo, do meu Estado e do Nordeste, que aqui enviou uma delegao, composta de representantes da Associao Comercial do Cear, da Associao Comercial de Mossor, da Associao Comercial de Natal, da Associao Comercial de Campina Grande, da Federao do Comrcio da Paraba, da Associao Comercial de Pernambuco, da Federao das Associaes Rurais de Pernambuco, do Sindicato do Comrcio Atacadista de Pernambuco, da Federao do Comrcio da Bahia, da Cmara de Fibras Federais e da Bolsa de Mercadorias da Bahia.

    Corno disse, quero interpretar o sentimento de grande massa de homens dedicados a produo, que aqui se encontram, pelos seus representantes, para solicitar dos poderes da Repblica medidas quase me afiguram muito justas e urgentes.

    No fenmeno da produo, para a qual tanto se apela, h duas fases, sem dvida de marcante significao. A primeira, a da estruturao mesma da produo, isto , o perodo referente atividade agrcola, a que se consagram os homens do interior. Desde a derrubada, nos terrenos novos, ao benefcio dos j desgastados; desde as lavras e s gradaduras, desde os semeios ao trato das lavouras e, enfim, ao dia sorridente das colheitas.

    Estas fases, Sr, Presidente, merecem ateno especial dos homens que se ocupam dos assuntos ligados economia.

    Tenho,na modstia dos meus conhecimentos, mais de unia vez versado a matria da tribuna do Senado.

    Mas o ciclo da produo no smente ste: vai um pouco alm, para uma segunda fase, de que depende todo o prmio das canseiras e das esperanas do ruralista.

    Refiro-me, Sr. Presidente, ao perodo que se segue colheita, o periodo das negociaes, durante o qual se vendem os produtos da terra, o periodo do ajuste de contas, quando os agricultores apuram seus saldos e a Nao mede a expresso da riqueza criada.

    Pois bem: para no me ocupar de muitos assuntos nesta hora, quero fixar agora a fase segunda de uns dos setores da produo do Nordeste. Fao referncia fase do comrcio do algodo e das fibras, abrangendo, portanto, um mnimo dos setores das atividades rurais da minha terra e dos Estadas nordestinos.

    Sr. Presidente, se procurarmos, nas atividades do Govrno da Repblica,

    uma grande expresso de amparo e carinho para com a produo, encontrala-emo no novo sistema de amparo produo, qual o da fixao de preos justos para os produtos agrcolas, a que se lanou a Nao no fim do govrno passado, do Presidente Getlio Vargas, durante o perodo fecundo do Govrno do General Eurico Dutra, e no perodo atual, do govrno de Presidente Getlio Vargas.

    At aquele tempo, isto , at os idos de 1944, pouco se pensava em dar esse amparo lavoura. Ela era sempre amparada por meios indiretos, ou seja fomentando-se a produo agrcola atravs dos incitamentos do Servio de informaes e propaganda do Ministrio da Agricultura, ou atravs da assistncia tcnica do Departamento do Ensino Agrcola, ou, ainda, atravs da organizao e do Servio de Economia Rural, que encaminhava os agricultores para os ajuntamentos cooperativistas.

    O SR. GOMES DE OLIVEIRA: Permite V. Ex. um aparte?

    O SR. APOLONIO SALES: Com muito prazer.

    O SR. GOMES DE OLIVEIRA: Ser-me-ia sumamente interessante ouvir do nobre colega depoimento sbre a viabilidade da efetivao desses preos mnimos, em face da desorganizao da nossa vida.

    O SR. APOLONIO SALES: Responderei oportunamente a V. Ex.. O meu nobre colega merece, no aligeira resposta de um aparte, mas um discurso em que eu possa fixar os pormenores, as dificuldades, as possibilidades, e os xitos j alcanados, embora parcialmente.

    Entretanto, cumpre reconhecer que nobre Senador Gomes de Oliveira no um impaciente, no caso; est, com tda a razo, ansioso por que se encontre o verdadeiro caminho de amparo aos produtores, com a fixao dos preos justos.

    O SR. GOMES DE OLIVEIRA: Vossa Excelncia h de se lembrar, quanto economia do mate, no tempo em que era Ministro, do nosso esfro no sentido de organizar, os produtores de mate em cooperativas. S dessa forma, isto , construindo e instalando armazns reguladores, poderemos dar efetividade a sses preos mnimos, estabelecidos apenas em lei. Em verdade, no acredito que, com a desorganizao econmica rural que reina entre ns, seja possvel torn-los efetivos. No Instituto do Mate s conseguimos faz-lo eficazmente, depois que comeamos o regime de cooperativas, construindo armazns para depsito do produto colhido e regulando o seu comrcio.

    O SR. APOLONIO SALES: Agradeo o valioso aparte de V. Ex., sobretudo por haver recordado um perodo, que me muito grato, de minha atividade administrativa, quando ao lado de V. Ex., procuramos, com esfro socorrer e pelo menos em parte, obtivemos xito uma das classes mais merecedoras do amparo do Poder Pblico, qual a dos ervateiros da sua terra e dos Estados vizinhos.

    Sr. Presidente, data dsse perodo a preocupao de se dar apio eficiente aos agricultores, garantindo-lhes preo para os produtos que tanto custam para serem arrancados terra.

    Concordando com o aparte do meu prezado colega, Senador Gomes de Oliveira, devo dizer que a fixao dos preos agrcolas, atravs da lei no h dvida generosa como a elaborada at agora ainda tem diante de si graves percalos ao ser efetivada. Percalos maiores ou menores, segundo os produtores que tm de ser amparados.

    Como disse, neste breve discurso, visava a cuidar de um setor mnimo da agricultura do Nordeste brasileiro: a referente s fibras. E me anima a vir tribuna do Senado o fato ter-me exposto a luzidia delegao procedeu te do nordeste a situao gravssima em que se encontram os produtores daquele regio.

    Sr. Presidente, conhecido nele Senado e pela Nao o que o Presiden-

  • 3

    Quinta-feira 2 DIRIO DO CONGRESSO NACIONAL Julho de 1953 6145 te Getlio Vargas, o ano passado, fz em defesa dos produtores de algodo do Brasil. Foi, sem dvida, um ato considerado corajoso, embora assim julgado por alguns, mas, deixando de parte o modo como foi adquirido o produto, foi realmente, ato corajoso em benefcio das classes produtoras do pas.

    Sr. Presidente, estamos numa nova safra, no s do algodo, como das libras do sisal e do caro.

    Para o Sul do Pas, o Poder PbIico j fixou preos e medidas tendentes aquisio das safras, tda vez que no fr possvel vend-las aos mercados particulares e privados.

    Para o Nordeste, porm, o mesmo no aconteceu. A safra de algodo e do sisal e do caro j comeou e os preos ainda no foram fixados.

    Sr. Presidente, no me parece justo que no se conceda, tambm, aos cultivadores da pluma branca, no nordeste brasileiro, o mesmo apio, o necessrio auxilio.

    Sr. Presidente, no desejamos nenhum tratamento privilegiado, alm daquele que o Poder da Repblica est dando aos benemritos agricultores do sul do pas. Nesta hora difcil que atravessamos, de agitao social e dificuldades econmicas ,considero heri todo aqule que no deserta do campo e considero da mesma forma heri todo aquele que cultiva riqueza mesmo que no tenha, na aparncia, colocao de seus produtos nos mercados externos e internos. Infeliz a Nao que tiver como base da sua prosperidade, apenas o viver do dia para o dia, consumindo aquilo que produzir 48 horas depois de colhido. As naes precisam ter reservas de gneros alimentcios, assim como de matrias primas, os quais devem ser destinadas ao suprimento oportuno do mercado, expresso do trabalho do homem,que e no duvida, que pode crer no poder da terra que Deus lhe concedeu.

    Ora, Sr. Presidente, o Nordeste atendeu aos apelos feitos com palavras de vivo entusismo e calor pelos homens do govrno pelo Ministro da Agricultura, pelos Secretrios da Agricultura e pelos governadores dos Estados. Atendendo, cultivou outros produtos e no somente o algodo. Para infirmar suas esperanas, no houve smente as agruras do mercado e a inconstncia dos preos; houve agruras piores, e incontrolveis. Refiro-me aos fenmenos da natureza, diante dos quais o homem impotente.

    Houve, entretanto, sempre um saldo, que dignificou o labor daqueles homens e que se expressa pelas safras entrantes, que no so to pequenas; saldos que se expressam pelas safras de sisal, de caru, que no sofreram a influncia da sca e que, ao que parece, no de ser bastante grandes.

    Sr. Presidente, como explicar que at esta lorao s preos no tenham sido fixados e medidas de amparo financeiro e assistencial a stes produtos no tenham sido tomadas?

    Explica-se com as dificuldades da hora atual. A explicao talvez satisfaa, mas no chegar a resolver o problema.

    Secundo daqui o aplo das classes conservadoras do Nordeste do pas, no sentido de que o Ministrio da Fazenda, pelo seu ilustre titular, que o Ministro Osvaldo Aranha sem dvida uma grande esperana do pas lance suas vistas para os rinces nordestinos e ajude queles produtores, a fim de poderem colocar suas safras. Tanto mais, Sr. Presidente que, no caso do nordeste, h fenmeno interessante que precisa ser devidamente fixado, nesta hora. Se o problema mximo do pas a produo de gneros alimentcios, justamente no nordeste ela no apresenta incompatibilidade com a produo de matrias primas, tais como algodo e sisal.

    Houve tempo em que se dizia que o Estado da Paraba ia entrar em crise

    alimentar, porque suas terras estavam recobertos pela plantao de sisal. Foram informaes apresadas dos que no conheciam a intimidade da vida agrcola. Quando o agricultor lana, na terra adustas, aquelas fileiras bonitas de plantao de sisal levantadas para o cu, em linhas agressivas, le faz, ao mesmo tempo, o plantio intercalado, que justifica todo o trabalho em favor de uma planta que no perece com a sca. Recobre assim o nimo para produzir mais gneros alimentcios. A mesma coisa difcil encontrar-se em outras regies do pas. E' difcil encontramos nordeste roados de algodo onde tambm no se faa a cultura das favas e do feijo. Onde igualmente se cultiva o milho numa associao desaconselhada pela tcnica, mas feita no sentido de minorar as agruras em que vivem os homens do cambo em minha terra.

    Quando, Sr. Presidente, se procura amparar um plantador de algodo do Nordeste, ou um fornecedor de sisal, sse amparo dirigido tambm, em grande parte, s populaes citadas que vo se beneficiar com o fruto das plantaes consorciadas.

    O SR. NOVAIS FILHO: Muito bem. O SR. APOLONIO SALES: E' ste,

    Sr. Presidente, o aplo que fao neste momento ao ilustre Ministro da Fazenda, Sr. Osvaldo Aranha.

    Devo dizer que, quando falo no nome dsse titular, reconheo a confiana que inspira. conheo as vibraes que le produz em todos os recantos de nossa terra. Do Rio Grande do sul, do Amazonas, de Pernamhumo a So Paulo, h um clima de receptividade ao do ministro. (Muito bem!)

    O SR. PRESIDENTE: Continua a hora do expediente.

    Tem a palavra o nobre Senador Kerginaldo Cavalcanti, quarto orador inscrito.

    O SR. KERGINALDO CAVALCANTI (*): Sr. Presidente, creio que, dentro de breves dias, retornarei a ocupar-me de um tema que, vez por outra, justificava minha presena na tribuna: o da carestia da vida,. o do combate incesante aos tubares do comrcio e da indstria.

    Outros colegas, porm, forrados de melhores argumentos, nessa vacncia que dei aos exploradores. do povo, trouxeram-nos em constantes sobressaltos, verberando desta tribuna seus atos, e dando mo forte aos plidos argumentos que aduzi por mais de uma vez. E' minha vocao de combate, talvez desusada entre os representantes do Nordeste, mas incontestvelmente com sainete da minha personalidade, pelejar nessa luta em que o povo, desprotegido, carece das vozes de seus representantes para que as suas condies de vida se tornem melhores.

    Sr. Presidente, jamais faltei com a minha solidariedade, com o apoio incolor da minha palavra aos intersses dos indivduos desprotegidos, das pessoas desfavorecidas, Individual ou coletivamente falando. Nesta Casa invocarei, para memorar melhormente os acontecimentos, que sempre estive na primeira linha dos que se esforaram a prol dos funcionrios pblicos e, sobretudo, daqueles que, aposentados, tm um padro de vida que no seria justo ante as necessidades constantes, decorrentes do aumento Insacivel dos preos.

    Alteei sempre a minha Voz pelos ararias, por todos aqules que trabalham, contribuindo, na medida do possvel e dos meus parcos esforos, para uma unio salutar a prol dos seus intersses, na convico de que assim estaremos robustecendo a nacionalidade e fazendo alguma coisa nela democracia.

    Sr. Presidente, recebi um telegrama de Natal, dos modestos empregados do Servio Nacional de Febre Amarela, em que reclamam porque, no meu Estado, esto com o atraso de dois meses no pagamento do salrio

    __________________ (*) No foi revisto pelo orador.

    Famlia. Ora, isto no seria nada para um burocrata de alta posio; isto no representaria nada para muitos outros, mas para sses modestos tralhadores do Servio de Malria significa muita coisa, porquanto o percebem com retribuio, pelos servios que prestam Unio, to pouco que nem vale a pena considerar Dai, o pequeno atraso ter para le significao deuma quase calamidade.

    Ainda h pouco, o nobre Senador pelo Estado de Pernambuco, Sr. Apolnio Sales, preferindo eloqente o orarao ,fz um aplo ao Sr. Osvaldo Aranha, titular da Pasta da Fazer e, abrindo um parntesis, salientou qualidades de corao dsse eminente compatrcio, na certeza de que S. Ex. acudir sempre ao atendimento necessidades nacionais.

    Sr. Presidente, sou um homem no corteja ministros, no lhes vai posse, no lhes d maior significao seno a de um ato de vontade do Presidente da Repblica que os coloca situao de sofrerem nossas crtica! Pelo pequeno conhecimento que tenho do Sr. Osvaldo Aranha. quando lder da maioria na Constituinte 1934, guardei de sua pessoa as melhores recordaes.

    O SR. APOLONIO SALES: Permite V. Ex. um aparte? (Assentimento do orador) V. Ex. deve ver nas minhas expresses, no cortejamente ao Ministro Osvaldo Aranha, mas admirao de quem o conhece e ta por S. Ex. grande estima.

    O SR. KERGINALDO CAVALCANTI: No disse que o nobre cole cortejasse o Ministro Osvaldo Aranha. Alis, V. Ex. meu colega, foi tambm Ministro: e eu nunca fui ao Ministrio da Agricultura. Deseja apenas salientar que se assim procedo por questo de temperamento.

    O SR. NOVAIS FILHO: Tenho boa impresso do Sr. Ministro Osvaldo Aranha.

    O SR. KERGINALDO CAVALCANTI: Nesse pono de vista, fica, desde j esclarecida qualquer dvida que levante em trmo do alcance das minhas palavras...

    Sr. Presidenta estou depleno acrdo com as asseveraes do nobre Senador pelo Estado de Pernambuco, homem de qualidade morais admirveis...

    O SR. APOLONIO SALES: Obrigado a V. Ex..

    O SR. KERGINALDO CAVALCANTI: ...com uma flha deservios relevantes nossa Ptria, e que espero no se encerre to cedo. Seria at mesmo, Sr. Presidente, enstes dias de tantas dificuldades, uma das pessoas que se ofereceriam escolha eminente Sr. Presidente da Repblica. Pernambuco, alis, tem uma equipe de homens notreis e vem dando osmais competentes Ministros pasta da Agricultura, Tivemos os queridos colegas, Senador Novais Filho e Senador Apolonio Sales.

    O SR. NOVAES FILHO: E' fidalguia de V. Ex..

    O SR. APOLONIO SALES: Muito obrigado.

    O SR. KERGINALDO CAVALCANTI: Seria mesmo um ato de justia do Sr. Presidente da Repblica, caso entendesse no conservar o Ministro Joo Clefas, substituir S. Ex. por um dsses pernambucanos to destacados nos servios nossa Ptria.

    Sr. Presidente, quando dizia que sou homem que no corteja Ministro desejava dar s minhas palavras carter exclusivamente pessoal. que entre outros defeitos, tenho sse, notvel, de no ter jeito ou vocao para cortejar. Nste captulo, sou um verdadeiro fracasso. No que no desejasse ser agradvel aos ilustres eminentes Ministros, mas porque nasci trto, e torto hei de morrer.

    O SR. APOLONIO SALLES: V. Ex. nasceu direito, e leva uma vida digna como representante do povo do Rio Grande do Norte e do povo brasileiro.

    O SR. NOVAES FILHO: - Secundo conceito do nobre Senador Apolonio Sales.

    O SR. KERGINALDO CAVALCANTI: Muito grato a VV. Ex.

    Sr. Presidente, junta minhas palavras as do nobre Senador Apolonso Sales, no s no sentido de subscrever sua brilhante exposio, de materia que tanto conhece, como no apoio que apelo que formula ao Sr. Osvaldo Aranha, homem de corao largo, para que entre suas primeiras medidas, com pequena providncia, nem por isso menos significativa: a de mandar pagar os atrazados de salrio-famlia aos empregados do Servio Nacional da Febre Amarela, no setor do Rio Grande do Norte.

    Antes de encerrar, minhas consideraes, Sr. Presidente, declaro a V Ex. e Casa que pela conexidade do Servio Nacional de Febre Amarela com outros de atribuio do Governo Federal, vez por outra estabeleo certa confuso. O fato porm, no prejudica o alcance das minhas palavras nem vai com endereo errado. Na certa, o Sr. Osvaldo Aranha, como espero e conto e de agardar das suas altas responsabilidades, tomar as providncias indispensveis.

    For o que me trouxe tribuna. Neste alvorecer de tantos Ministros novos, s uma coisa desejo: que S.S. Ex contribuam para fortalecer o Govrno e a democracia: e no esqueam de que, se grave a nossa situao econmica, no , contudo desesperadora. O Brasil nacionalista neles confia, certo de que sero superadas as dificuldades, volvendo dia de prosperidade de que tanto somo carecidos, pelo fomento produo que criminosamente se negou e que est na hora de vir a ser conferido sob pena de ns levar a uma situao interna das mais deplorveis. (Muito bem! Muito bem)!

    Durante o discurso do Sr. Kerginaldo Cavalcante o Sr. Marcondes Filio, Vice Presidente deito a cadeira da presidncia, que ocupada pelo Sr. Alfredo Neles 1 Secretrio.

    O SR. PRESIDENTE: Continue a hora do expediente.

    No h mais outros oradores inscritos. (Pausa)

    Sbre a mesa requerimento que vai ser lido.

    lido, tem a discusso encerrada e aprovado o seguinte:

    REQUERIMENTO

    N 177, de 1955

    Requeremos, com fundamento na letra

    "c" do art. 126 do Regimento Interno, seja inclido na "Ordem do Dia", o projeto de Lei da Cmara n 304 de 1950, sbre os pensionistas do I.P.A.S.E) que se encontra na Comisso de Fianas.

    Sala das Sesses do Senado Federal. Rio de Janeiro, 1 de julho de 1953.

    Mozart Lago. Kerginaldo Caralcanti. Antnio Raiana Costa PeDreira. Camilo Mrcio,

    O SR. PRESIDENTE: O Projeto figurar na Ordem do Dia da prxima sesso.

    Antes de anunciar a matria da Ordem do Dia de hoje, comunico aos Srs. Senadores que a Presidncia da casa recebeu um Ofcio da Diretoria de Geografia e estatstica, convidando o Senado para assistir sesso de instalao dos trabalhos da 12 Assemblia Geral do Conselho Nacional de Geografia e estatstica, a realizar-se hoje. s vinte horas e meia. no auditrio do instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica.

    Comparecem mais os Senhore: Senadores:

    Vivaldo Lima Victorino Freire Ara Leo Plinio Pompeu Georgino Avelino Ferreira de Souza Ruv Carneiro Venoso Borges Julio Leite Durval Cruz Walter Franco Landulpho Alves

  • 4 6145 Quinta-fe ira 2 DIRIO DO CONGRESSO NACIONAL Julho de 1953 Mario Motta Francisco Gallotti Alberto Pasqualini (14)

    Deixam de comparecer os Senhores Senadores: Waldemar Pedrosa Alvaro Adolpho Clodomir Cardoso Carlos Saboya Assis Chateaubriand Walter Franco Aloysio de Carvalho Pinto Aleixo Carlos Lindemberg Luiz Tinoco Attilio Vivacqua Alencastro Guimares Bernardes Filho Cesar Vergueiro Euclydes Vieira Dario Cardoso Joo Villasbas Othon Mder Roberto Glasser Alfredo Simeh (20)

    O SR. PRESIDENTE: Esteve ontem no Senado o Sr. Antonio Balbino, Ministro da Educao e Sade em visita de cortesia a esta Casa e de agradecimento aos Srs. Senadores que compareceram sua posse.

    Manifestou Sua Excelncia, tambm, o agrado que feri em prestar ao Senado e aos Srs. Senadores, na esfera de atribuies daquela pasta o concurso que lhe esteja ao alcance para facilitar a esta Casa e aos seus membros o desempenho da sua misso.

    Passa-se

    ORDEM DO DIA Primeira discusso do Projeto de Lei do

    Senado, n 48, de 1952 que modifica os artigos 3, II, 4 pargrafo nico, 5 pargrafos e 5 e 6 da Lei n 1.505, de 19 de dezembro de 1951 (no tocante a aes rescisria e mandados de segurana). (Com pareceres favorveis da Comisso de Constituio e Justia). ns. 436 de 1953, quanto constitucionalidade; e 510-53, quanto ao mrito).

    O SR. PRESIDENTE: Em discusso.(Pausa)

    No havendo quem pea a palavra declaro-a encerrada.

    Observando-se evidente falta de nmero no recinto, vai-se proceder chamada, (Faz soar os timpanos).

    (Procede-se a chamada) Respondem chamada os Senhores

    Senadores: Anisio Jobim Prisco dos Santos Magalhes Barata Antonio Bayma Victorino Freire Joaguim Pires Onofre Gomes Kerginaldo Cavalcanti Georgino Avelino Ferreira de Souza Ruy Carneiro Apolonio Sales Novaes Filho Djair Brindeito Ezechias da Rocha Ccero de Vasconcelos Ismar de Ges Julio Leite Durval Cruz Iandulpho Alves S Pipoca Alfredo Neves Hamilton Nogueira Mello Vianna Levindo Coelho Marcondes Filho Domingos Velasco Costa Pereira Flvio Guimares Gomes de Oliveira Ivo d'Aquino Francisco Gallotti Camilo Mercio (33)

    O SR. PRESIDENTE: - Responderam chamada trinta e trs Senadores.

    Em votao o art, 1 do Projeto. (Pausa).

    Os Senhores que o aprovam queiram permanecer sentados. (Pausa).

    E' aprovado o seguinte: Art. 1 As normas da lei nmero

    1.505, de 19 de dezembro de 1952, adiante indicadas, passam a vigorar com a redao seguinte:

    1) art. 3, n II, "processar e julgar: a) os mandados de segurana impetrados contra ato do Prefeito do Distrito Federal, do Chefe de Policia, dos Juizes de Direito e dos Juizes substitutos; b) as aes rescisrias de sentena de primeira instncia; c) as execues das sentenas proferidas nos feitos da sua competncia originria".

    2) art. 4, pargrafo nico: "Tambm competir aos Grupos de Cmaras processar e julgar: a) as aes rescisrias dos seus acrdos e das Cmaras Cveis isoladas; b) o agravo do despacho que no admitir os embargos ou as revistas aludidas neste artigo, ou declarar tais recursos renunciados ou resertos; c) as execues das sentenas proferidas nos feitos de sua competncia originria".

    3) no art. 5, os 4, 5 e 6, passam designao de 5, 6 e 7, criando neste teor.

    4 No se distribuir ao rescisria de acrdo de Cmara isolada ao Grupo de Cmaras de que a prolatora fizer parte, nem a ao rescisria de acrdo de Grupo de Cmaras ao Grupo que o prolatou".

    Em votao o art. 2(Pausa) Os Senhores que o aprovam queiram

    permanecer sentados. (Pausa) E' aprovado o seguinte: Art. 2 Esta Lei entrar em vigor dez

    dias depois de publicada e se aplica aos processos em curso, revogando-se as disposies em contrrio.

    O SR. PRESIDENTE: O Projeto voltar oportunamente Ordem do Dia para segunda discusso.

    Nada mais havendo a tratar, nem existindo orador inscrito para falar depois da Ordem do Dia, vou encerrar a sesso, designando para a prxima a seguinte

    ORDEM DO DIA

    Discusso nica do Projeto de Lei da

    Cmara dos Deputados n 238, de 1952, que autriza o Poder Executivo a abrir, Presidncia da Repblica, o crdito especial de Cr$ 203.220,00, para atender despesa prevista no artigo 5 da Lei n 1.313, de 1 de Janeiro de 1951. Pareceres favoraveis. n 523, de 1953. da Comisso de Constituio e Justia; n 524, de 1952, da Comisso de Finanas.

    DISCURSO PRONUNCIADO PELO

    SR. SENADOR APOLONIO SALES NA SESSO DE 30 DE JUNHO DE 1953,

    O SR. APOLONIO SALES: Senhor

    Presidente, pedi a palavra para dar conhecimento ao Senado de telegrama que recebi do prefeito e da Cmara Municipal de Pesqueira, Pernambuco, contendo um aplo no sentido de que as linhas de transmisso da energia eltrica ilegvel Afonso cheguem o mais depressa possvel quele prspero municpio.

    Tomo a ateno do Senado a respeito dsse telegrama, pelo fato de que a regio em que se situa o Municpio de Pesqueira, , realmente, daquelas que mais necessitam da utilizao da eletricidade proveniente da Cachoeira de Paulo Afonso. Ali, encravado em plena zna do agreste e j quase na soleira do serto de Pernambuco, ergue-se um parque industrial que, na verdade, honra e dignifica a iniciativa dos fundadores das grandes fbricas de produtos alimentcios locais.

    Sr. Presidente, a Cachoeira de Paulo Afonso tem um destino muito especial no Nordeste; ela, sem dvida que vai assegurar a estabilidade econmica de tda a regio. Torna-se

    entretanto, necessrio que os homens realizem sse destino dentro do mais curto prazo possvel, para que no se canse a pacincia dos que labutam no Nordeste, espera da melhoria de vida que se faz mister construam com o prprio esforo.

    Quando, em 1941, foi iniciada a campanha de aproveitamento da Cachoeira de Paulo Afonso, pouca gente acreditava chegasse a bom trmo. Dizia-se, quele tempo que a Cachoeira era grande demais para as parcas necessidades do Nordeste.

    Certo, os que tal proclamaram desconheciam as reais necessidades do Nordeste, muito maiores que a cachoeira gigantesca que se vai agora aproveitar.

    Sr. Presidente, as necessidades do Nordeste, em matria de energia eletrica, devem ser medidas, no omente pelos reclamos desta hora, mas pela vitalidade daquele povo que conseguiu atravs de dificuldades imensas, erigir um parque industrial sem dvida digno dos maiores elogios.

    Chama-se Pernambuco estado monocultor aucareiro. Afinal, que o parque aucareiro pernambucano, se no um daqueles mais legitimamente considerados como demonstrao dos pendores industriais de um povo?

    Mais, Sr. Presidente a industria dos canaviais tem uma funo social precpua, qual a de congregar em torno das chamins das usinas que beneficiam e fabricam aucar, uma civilizao sul generis, que, passados quatro sculos, permitiu que naquela regio to sacrificada pela inclemncia do tempo, se concentrasse toda uma populao brasileira, a colaborar grandemente para o desenvolvimento do pas.

    E pergunto: para que se organizar uma Nao se no para criar possibilidades em nmero cada vez maior, aos cidados de amar a Ptria que a providncia lhes concede?

    O SR. NOVAES FILHO: Muito bem. O SR. APOLONIO SALES: No

    agreste pernambucano, onde se erguem os bociros das fbricas mais modernas de produtos alimentcios, criou-se uma civilizaro tpica a cultivar em zonas inespitas, numero incalculvel de plantas delicadas, tais as solanceas que orgulham a tcnica agro-industrial nordestina.

    E preciso que vo para l os fios de Paulo Afonso E devo diz-lo disto j se cogitou; preciso apenas que se realize.

    Atendendo solicitao da Cmara Legislativa de Pesqueira, fao desta tribuna um aplo direo da "Chest no sentido de que no cancele nem modifique seu programa mas antes o acelere em beneficio de uma populao que bem o merece (Muito bem; muito bem. Palmas).

    Norte, veremos que, em 1950, por exemplo, morreram 210.000 pessoas de cancer, ao passo que seu indice de obturio, em 1900, ocupava o nono lugar e hoje se encontra no segundo, ultrapassado smente pelas doenas cardacas.

    No s nos Estados Unidos, mas em todos os pases do mundo civilizado, o cncer aumenta assustadoramente. Conforme demonstram as estatsticas, em 160 mortes, 15 ocorrem pelo cncer. Em 8 mortos do sexo masculino, um sucumbe de cncer, e, em sete do sexo feminino, tambm um parece de cncer.

    O ltimo livro de P. Delori, intitulado "Higiene e Cncer", oferece-nos estatstica ainda mais aterradora, porquanto revela que, entre trs individuos que atingem a idade de 45 anos, um fatalmente vitimado por uma das diferentes modalidades do cncer!

    Basta isto para demonstrar que o cncer inegavelmente um dos grandes flagelos da humanidade e precisa ser combatido por todos os meios ao nosso alcance. Dai haver eu ressaltado, no inicio, a importncia do projeto ora em discusso.

    Entre ns, brasileiros, conforme as estatsticas fornecidas pelo Servio Nacional do Cncer, morrem anualmente mais ou menos 36 mil pessoas dsse mal. O nmero de cancerosas existentes atinge a crca de 110.000. O ndice de mortalidade, no Brasil, de 76 por 100.000 habitantes. Esta estatstica da nossa mortalidade por cncer contrasta com a dos pases do norte, onde sobe a 100 110 e 120 por mil habitantes. No quer dizer, porm, que o Brasil esteja em melhores condies sanitrias. E' questo apenas de longevidade. Enquanto em outras naes o indicie de vida grande, como, por exemplo na Amrica do Norte, onde de... 68,5 anos, entre ns atinge ao mximo de 40 anos, o que equivale dizer que o brasileiro vive, em geral, 40 anos e o americano, em mdia 68, anos. Dai o indice de mortalidade no Brasil se apresentar mais baixo. que o brasileiro morre, como muito bem diz o professor Kroeff antes de chegar a idade do cncer.

    Ante o exposto, e visando o projeto a uma campanha contra tal doena, precisamos saber o que vem a ser a Campanha contra o Cncer. Significa fazei algo em beneficio do indivduo, embora no pretendendo que se torne indene doena, porque ainda no podemos falar em meios profilticos e no conhecemos a etiologia do cncer. Entretanto, j podemos prestar assistncia ao canceroso.

    Est demonstrado que a doena curvel, pelo menos na grande maioria dos casos. Crca de 50% ou talvez mais de cancerosos, quando o diagnstico precoce, quando a doena se encontra na fase inicial e ainda localizada, o tratamento eficiente, quase sempre d resultados, se nesse momento empregarmos os recursos de que dispe a cincia hoje, em dia.

    A campanha deve comear exatamente pela instalao de um grande instituto na Capital da Republica. Alis, esta a opinio do ilustre Professor Mrio Kroeff, a quem tivemos o prazer de consultar quando o projeto tramitou pela Comisso de Sade, onde recebeu substitutivo, que terei oportunidade de ler e defender dentro em pouco.

    O SR. VIVALDO LIMA: Alis, notvel parecer elaborado por V. Ex..

    O SR. PRISCO DOS SANTOS: Obrigado a V. Ex..

    O Professor Mrio Kroeff entendo que a campanha deve compreender a instalao de um grande instituto na Capital da Repblica; a instalao de rgos de diagnstico e tratamento nos Estados; a criao do Centro de Pesquizas, a realizao de Campanha de educao popular.

    O SR. HAMILTON NOGUEIRA: A meu ver, essa parte fundamental; envolve o setor da pesquiza. No nos faltam tcnicos: temos cancerologistas dos mais eminentes, desde o terreno

    DISCURSO PRONUNCIADO PELO

    SR. SENADOR PRISCO DOS SANTOS NA SESSO DE 25 DE JUNHO DE 1953.

    Que se reproduz por ter sido publicado

    com incorrees; O SR. PRISCO DOS SANTOS: Sr.

    Presidente, o projeto de Lei da Cmara dos Deputados n 130, de 1952, de autoria do nobre Deputado Sr. Janduy Carneiro, autoriza o Poder Executivo a abrir pelo Ministrio da Educao, o crdito especial de cem milhes de cruzeiros, destinado ao combate do cancer em todo o pais.

    Ningum ignora que o problema do cancer, um dos grandes, seno o maior flagelo da humanidade merece ser analisado e discutido por todos aqules que sado e discutido por todos aqules que tm uma parcela de responsabilidade na administrao pblica. A disseminao da doena espantosa e se quisermos formar plida idia do que essa entidade mrbida representa para ns outros, basta percorremos rapidamente as estatsticas. Se consultarmos as publicadas na Amrica do

  • 5 Quinta-feira 2 DIRIO DO CONGRESSO NACIONAL Julho de 1953 6147 da gentica at o campo da experimentao e da teraputica. Ainda h pouco tempo, quando alguns especialistas estrangeiros visitaram o Instituto Nacional do Cncer, ficaram admirados da nossa tcnica de radioterapia profunda. A campanha contra o cncer, sobretudo na questo da pesquiza, indispensvel.

    O SR. PRISCO DOS SANTOS: Registo a bem da Campanha no s o centro de pesquisa como tambm a educao sanitria.

    O SR. HAMILTON NOGUEIRA: Principalmente o operariado da indstria insalubre, sujeito ao traumatismo e a irritao constante, que levam ao cncer.

    O SR. PRISCO DOS SANTOS: Sr. Presidente, V. Ex. est observando, pelos apartes com que me honram, que o assunto de grande importncia e merece ser estudado com carinho.

    Procuramos colaborar na medida de nossas fras no projeto apresentado pelo Deputado Jandu Carneiro.

    De conformidade ainda com a conversa que tivemos, durante longo tempo, com o Diretor do Instituto Nacional do Cncer conclumos que a verba de 100 milhes de cruzeiros, destinada campanha, no era suficiente, mesmo porque, s a concluso do edifcio e o equipamento do Instituto Nacional do Cncer exigem a verba de 65 milhes, sendo 50 milhes para as obras e 15 para o equipamento.

    S a necessitamos de 65 milhes! O projeto manda abrir o crdito de apenas 100 milhes para a campanha, que no se deve limitar ao Distrito Federal!

    O SR. HAMILTON NOGUEIRA: Perfeitamente.

    O SR. VIVALDO LIMA: Isso para a concluso e para as instalaes. E o funcionamento e outros servios?

    O SR. PRISCO DOS SANTOS: O Instituto deve ser equipado; e sabemos o que significa em dispndio o equipamento para tratamento de doena dessa natureza, onde se necessitam de instalaes de Radium, de Ralo X, de cirurgia, elementos de diagnstico. Hoje em dia empregamos tambm o ciclotron, o lit., produto de desintegrao atmica, com grande eficincia no tratamento do cncer.

    S ai deve ser empregada a quantia de 65 milhes de cruzeiros.

    E o resto do Brasil, principalmente em se tratando de um pas como o nosso, onde as vias de comunicaes so difceis? Precisamos instalar centros de diagnstico, centros de tratamento em todo o nosso extenso territrio, e stes centros custaro tambm alguma coisa. H Estados onde j existem organizaes em vias de concluso e que no esto funcionando por falta de recursos. Exemplo, a Liga bahiana contra o cncer, no Estado da Bahia.

    O SR. PINTO ALEIXO: Muito nos honra a instituio baiana. Necessita, tambm, de maiores recursos. Seu nmero de leitos precisa ser aumentado. Da por que advoguei junto a V. Ex. a aprovao desse crdito.

    O SR. PRISCO DOS SANTOS: De fato, atendendo ao apelo formulado por V. Ex. quando o projeto tramitou pela Comisso de Sade, destacamos a verba destinada a Bahia para a Liga Baiana Contra o Cncer. a fim de que pudesse concluir o Hospital Aristides Maltez, e seu equipamento.

    O SR. VIVALDO LIMA: A dotao era de 6 milhes de cruzeiros e passou, no substitutivo de V. Ex. a 7 milhes.

    O SR. PRISCO DOS SANTOS: Sr. Presidente, como dizia, aumentemos dotao de 100 milhes, contida no projeto, para 150 milhes de cruzeiros, a fim de, assim, ser possvel iniciar a Campanha Contra o Cncer em todo o territrio nacional!

    No 1 do substitutivo que a Comisso de Sade, por meu interm-

    dio, tem a honra de submeter ao plenrio, fizemos outros destaques, entre les do auxlio Associao Brasileira de Assistncia aos Cancerosos, no Distrito Federal, que no constava do projeto originrio.

    Todos sabemos que existem hospitais e asilos, onde so recolhidos doentes incurveis.

    No que tange ao cancer, o indivduo, s quando passa da faze em que o tratamento pode ainda proporcionar resultados, est condenado morte. Tem ento, que ser asilado. Existe aqui um Ia estabelecimento nessas condies que vive s expensas da caridade pblica. A essa associao concedemos o auxilio de um milho e quinhentos mil cruzeiros, a fim de suavisar os padecimentos dos pacientes nos ltimos dias. O canceroso, na faze final da molestia precisa de curativos e toma entorpecentes e analgsicos, para alvio de seus padecimentos.

    Alm de aumentarmos as diferentes dotaes, ainda destacamos, conforme fiz referncia, para a Liga Baiana, 7 milhes de cruzeiros. Poder, desta forma, concluir suas obras e equipar seu hospital, que ter,grande nmero de leitos e ser um centro de pesquizas, diagnstico e tratamento do sancer.

    O artigo 2 ainda aumenta as dotaes dos diferentes Estados. No projeto originrio, o do Amazonas figurava com a quantia de 500 mil cruzeiros.

    O SR. VIVALDO LIMA: Declaro que, se for rejeitado o substitutivo de V. Ex., apresentarei emenda ilegvel a supresso dsse bulo para o meu Estado.

    O SR. PRISCO DOS SANTOS: Sr. Presidente, quinhentos mil cruzeiros so, de fato, soma irrisria para o Estado do Amazonas iniciar campanha contra o cancer. O nosso substitutivo eleva a quantia para dois milhes de cruzeiros sendo, ento, com essa soma, possvel instalar um centro, ao menos, onde se faam diagnsticos e se inicie o tratamento.

    O SR. HAMILTON NOGUEIRA: A quantia de fato irrisria, como diz V. Ex., tanto mais que o ndice de mortalidade no Estado de 28,8 por cem mil. Concordo com o Senador Vivaldo Lima em que seria melhor no aceit-la. Ou fazemos trabalho definitivo ou no procuremos apenas inici-lo.

    O SR, PRISCO DOS SANTOS: Diz muito bem, o Senador Hamilton Nogueira eminente professor de higiene. Em higiene, ou se faz tudo ou no se faz nada.

    Ainda no pargrafo 2 se estabeleceu dotao especial para o Servio Nacional do Cncer atender pesquisa e aos meios de defesa contra a enfermidade.

    H pouco, o Senhor Hamilton Nogueira, em aparte declarou que o bem da campanha contra o cncer est na pesquisa na educao do povo, no sentido de adverti-lo, alerta-lo para que procure em tempo oportuno e til os centros de diagnstico, a fim de que a medicao na ocasio propria, produza os resultados desejados.

    No que tange .aplicao da verba, procurei cerc-la de certas garantias.

    Diz o art. 2: "A aplicao desta dotao aos

    Estados beneficiados nesta lei, ser feita diretamente pelo Servio Nacional do Cncer, de acrdo com o Decreto-lei n 3.643, de 2 de setembro de 1941".

    sse decreto, Sr. Presidente, que instituiu no Departamento de Sade o servio Nacional do Cncer, contm outras providncias. Tem o servio por funo orientar, controlar e executar determinado programa em todo o territrio brasileiro. , por conseqncia, um orgo que deve estar aparelhado para suprir as necessidades de cada Estado, de cada entidade na campanha contra o cncer.

    O SR. VIVALDO LIMA: E os equipamentos tambm.

    O SR. PRISCO DOS SANTOS: Perfeitamente, E mais ainda, para que no sofra delongas a aplicao dessas verbas, o artigo 3 determina:

    "Ao presente crdito, bem como Campanha Nacional Contra o cncer, aplicam-se as normas do Decreto-lei n 9.387, de 20 de junho de 1946, referente Campanha Nacional contra a Tuberculose, sa,substituindo-se smente CNT por SNC.

    Ser o mesmo critrio, o mesmo sistema, o mesmo mtodo adotado pelo Departamento Nacional de Sade na campanha contra a tuberculose, empregado na Campanha Nacional contra o cancer. Significa que o diretor do servio quem recebe a verba e a deposita no Banco do Brasil, dando-lhe destinao de acrdo com as necessidades de cada regio. Far os respectivos convnios com os Estados ou entidades que tenham intersse no assunto, de modo a defender, ao mximo, a aplicao do dinheiro e no permitir que seja desviado para outros fins.

    Aumentamos a dotao da verba, porque raros so os Estados com servio organizado contra o cncer. H necessidade enorme de uma srie de coisas como, por exemplo, de leitos para cancerosos o Brasil todo possue cerca de quinhentos leitos, quando precisa de seis mil.

    Foram os motivos por que apresentamos o substitutivo. Tramitando pela comisso de Finanas, seu nobre e honrado Relator, deu-Ihe parecer contrrio. Quero salientar, entretanto, que a Comisso de Finanas no analisou o substitutivo, Pela leitura de seu parecer, observa-se que fez uma consulta ao Ministro sbre o projeto.

    Vou ler o parecer da Comisso de Finanas:

    "O presente projeto, de autoria do ilustre Deputado Jandui Carneiro, autoriza a abertura, pelo Ministrio da Educao e Sade de um crdito especial de..Cr$$ 100.000.000,00 destinado a Campanha Contra o Cncer, sendo de Cr$ 56 000.000,00 para a concluso e equipamentos de hospitais, no Distrito Federal, So Paulo e Paraba e de Cr$ 44,000.000,00 para aplicao proporcional nos demais Estados de acrdo com as necessidades comprovadas pelo Servio Nacional do Cncer,

    No obstante a magnitude do problema de combate ao cncer, esta Comisso por proposta do relator. resolveu, preliminarmente consultar o Ministrio da Educao sbre a convenincia e oportunidade de to vultoso credito, visto que sua iniciativa no partiu do Poder Executivo.

    Em resposta, datada de 29 de abril prximo pasado. o titular daquela pasta se manifestou favorvelmente medida projetada, assim justificando a sua opinio:

    "A Campanha contra o Cncer carece de recursos financeiros, para o seu desenvolvimento e o crdito especial que o projeto autoriza abrir de alta valia.

    A importncia destinada concluso das obras do Instituto do Cncer, cujo hospital, praa da Cruz Vermelha, est na dependncia de numerrio, imprescindvel uma vez que as obras esto ameaadas de paralizao por falta de dotao adequada".

    Esta a resposta que o titular da pasta da Educao e Sade d consulta feita pelo relator da Comisso de Finanas.

    Vm, por consequncia, os nobres colegas que o Sr. Ministro favorvel dotao, mas para que se concluam as obras projetadas. Ora, Sua Ex. favorvel dotao consignada no projeto declarando a imprensa necessidade de verba para a concluso do Instituto Nacional do Cncer e de dotao suficiente para que seja

    levada a efeito a campanha nacional a contra tal doena.

    Conclui o parecer da Comisso de Finanas:

    "Verifica-se, assim, que o Projeto atender s necessidades governamentais urgentes, motivo por que opinamos pela sua aprovao e contrariamente s emendas",

    A Comisso de Finanas, portanto, no analizou, em absoluto, o substitutivo que tive a honra de apresentar em nome da Comisso de Sade. Entretanto, pelas informaes do titular da pasta da Educao e Sade, chega-se concluso de que a campanha necessidade imperiosa, bem como seja ela iniciada cem dotao capaz de fazer face ao problema.

    O SR, VIVALDO LIMA: permite Vossa Ex outro aparte?

    O SR. PRISCO DOS SANTOS: Com todo o prazer,

    O SR. VIROLDO LIMA: O Sr. Ministro da Educao e Sade teria manifestado maiores aplausos se a consulta se referisse ao substitutivo de V. Ex..

    O SR. MOZART LAGO: EX. no foi ouvido sobre substituiria , Em caso afirmativo o aplaudiria, com abundncia de argumentos.

    O SR PRISCO DOS SANTOS: Penso. Sr. Presidente, ter esclarecido o plenrio sbre as razes pelas quais a Comisso de Sade aprovou, unanimemente, o substitutivo de minha

    autoria, e espero que o mesmo merea a aprovaro do Senado.

    Era o que tinha a dizer. (Muito bem! Muito bem! O orador muito cumprimentado).

    Resenha das matrias votadas durante o ms de Junho de 1953

    ENVIADAS A SANO

    Projeto de Lei da Cmara n.45, de

    1953, que autoriza o Poder Executivo a abrir, pelo Ministrio da Aeronutica, o crdito especial de Cr$ 29.500.000,00, para ocorrer s despesas com a execuo do disposto no Decreto n, 18.042, de 12 de maro de 1945,

    Projeto de Lei da Cmara n 56, de 1953, que autoriza o Poder Executivo a abrir, pelo Ministrio da Educao e Sade, o crdito especial de Cr$ 150.000,00, para atender as despesas decorrentes da realizao da III Conferncia Nortista de Tisiologia.

    Projeto de Lei da Cmara n. 61, de 19 3, que dispe sbre as comemoraes do primeiro centenrio de nascimento de Joo Capistrano de Abreu.

    Projeto de Lei da Cmara n. 70, de 1953, que autoriza o Poder Executivo a abrir pelo Ministrio da Educao e Sade, o crdito especial de Cr$ 500.000,00. como auxilio ao Congresso de Ensino Jurdico, em Fortaleza, Estado do Cear.

    Projeto de Lei da Cmara n. 84, de 1953, que estende os dispositivos da Lei n.1.765, de 18-12-1952, aos servidores das Secretarias do Tribunal de Contas da Unio, Superior Tribunal Militar, Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho, Tribunal de Justia do Distrito Federal, Juzos de Menores e Acidentes do Trabalho. Jri dos Crimes Contra a Economia Popular, no Distrito Federal e aos servidores da Justia que percebam do Tesouro Nacional.

    Projeto de Lei da Cmara n. 85, de 1953, que regula a promoo de ilegvel dos aspirantes da Escola Naval.

    Projeto de Lei da Cmara n. 86, de 1953. que autoriza o Poder Executivo a abrir, pelo Ministrio da Educao e Sade, o crdito especial de Cr$ 422 920,20. para pagamento de gratificao de magistrio.

  • 6 6148 Quinta-feira 2 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL Julho de 1953

    Projeto de Lei da Cmara n. 103 de 1953, que abre ao Poder Judicirio Justia Eleitoral o credito especial de Cr$ 90 900.00, para pagamento de gratificao adicional aos funcionrios do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul.

    Projeto de Lei da cmara n. 302 de 1952, que autoriza o Poder Executivo a abrir, pelo Ministrio da Educao e Saude, o crdito especial de Cr$ 72 240.00 para pagamento de diferena de vencimentos ao Professor Ciro Romano Farina

    Projeto de Lei da Cmara n. 373, de 1952, que autoriza o Poder Executivo a abrir, pelo Ministrio da Agricultura, o crdito especial de Cr$ 177.20 para pagamento de gratificao adicional aos dentistas Homero Bittencourt Leonardo e Abilio Machado Filho.

    Projeto de Lei da Cmara n. 384, de 1952, que denomina Biblioteca Murilo Braga a Biblioteca do Instituto Nacional de Estudos Pedaggicos.

    Projeto de Lei da Cmara n. 3885 de 1952, que autoriza o Poder Executivo a abrir pela Comisso do Vale do So Francisco, o crdito especial de Cr$ 384 900.00 para pagamento de indenizaes aos proprietrios dos imveis atingidos pelas obras de atrro do prto de Casa Nova, no Estudo da Bahia.

    Projeto de Lei do Senado n. 45, de 1951, emendado pela Cmara dos Deputados que d nova redao ao artigo 221 do Decreto-lei n. 3.689. de 3 de outubro de 1941 (Cdigo do Processo Penal).

    REMETIDOS CMARA DOS DEPUTADOS

    Projeto de Lei da Cmara n.

    26, de 1953, que concede iseno de direitos de importao e demais taxas aduaneiras para um nibus rural, um "pick-up" para caminho e mquinas importadas pela Sociedade dos Padres Oblatos de Maria Imaculada para Misses entre os Pobres.

    Projeto de Lei da Cmara n. 69, de 1952, que cria a Escola de Agronomia de Manus, e da outras providncias.

    Projeto de Lei da Cmara n. 26 de 1952, que dispe sbre a constituio da Sociedade por Aes Petrleo Brasileiro S. A. e d outras providncias.

    Projeto de Lei do Senado n. 19, de 1950, que declara de interesse social os direitos autorais das obras do es-

    critor Machado de Assis e providncia sbre a sua desapropriao e sbre uma nova edio das mesmas.

    Projeto de Lei do eSnado n. 37, de 1950, que modifica disposies do Decreto-lei n, 8.311, de 6 de dezembro de 1943 (que cria receita especial destinada ao melhoramento e ampliao do aparelhamento dos portos organizados.)

    Projeto de Decreto Legislativo nmero 106, de 1952, que mantm a deciso do Tribunal de Contas denegatria de registro ao trmo de aparte celebrado entre o Ministrio da Agricultura e Manoel Nunes de Magalhes e sua mulher Durcelina Maria de Carvalho, parap agamento e instalao de uma roda dgua, destinada irrigao das terras situadas margem do rio Francisco, municpio de Jatin, Estado de Pernambuco.

    PROMULGADOS

    Projeto de Resoluo n. 4, de 1953, que assegura ao contnuo, classe J, Oscar Alves da Silva as vantagens do cargo de Auxiliar de Portaria, Padro K.

    Projeto de Decreto Legislativo nmero 25, de 1953, que aprova o trmo de contrato, celebrado em 10 de dezembro de 1951, entre a Agncia Nacional e a Unio Cinematogrfica Brasileira S. A., para distribuio, exibio, mediante locao, de filmes produzidos pela referida Agncia

    Projeto de Decreto Legislativo nmero 78, de 1952, que autoriza o Tribunal de Contas a registrar o contrato de empreitada, celerado entre a Diviso de Obras do Departamento de Administrao do Ministrio da Educao e a firma Construtora Mantiqueira S. A., para execuo de obras complementares de pequeno vulto no Pavilho de Cursos do Instituto Oswaldo Cruz, do Distrito Federal.

    Projeto de Decreto Legislativo nmero 121, de 1952, que aprova o teor de renovao de contrato, celebrado em 17 de maro de 1952, entre Jonas Machade da Costa e o Ministrio da Agricultura, para desempenhar a uno de Entomologista, no Instituto Agronmico do Leste.

    Projeto de Decreto Legislativo nmero 126, de 1952, que aprova o trmo de renovao do contrato, celebrado em 23 de janeiro de 1952, entre o Ministrio da Aeronutica e Floriano dos Santos Lima, para desem-

    penhar a funo de professor de Fsica na Escola de Aeronutica. REMETIDOS COMISSO DE

    REDAAO

    Projeto de Resoluo n. 22, de 1951, que admite no quadro da Portaria como serventes classe G, excedentes, os dois atuais servidores contratados respectivamente, para os servios de limpeza do edifcio e de mensageiro

    Projeto de Decreto Legislativo nmero 8, de 1953, originrio da Cmara dos Deputados, que aprova a conveno sbre o Instituto Indigenisa Interamericano.

    Projeto de Decreto Legislativo nmero 19, de 1950, originrio da Cmara dos Deputados, que mantm o registro, sob reserva, das apostilas de aumento de penso, lanadas aos ttulos de Zilda Correia da Silva Pessa e outros, viva e filhos de Deodoro Luis da Silva Pessa, Agente Fiscal do Impsto de Consum, classe J, do Quadro Permanente do Ministrio da Fazenda.

    Projeto de Decreto Legislativo nmero 52, de 1952, originrio da Cmara dos Deputados, que mantem a deciso do Tribunal de Contas, que autorizou o registro, sob reserva da despesa relativa ao pagamento de Cr$ 1.383.520,00, decorrente de auxlios a vrias companhias teatrais.

    Projeto de Decreto legislativo nmero 54, de 1952, originrio da cmara dos Deputados, que mantm a deciso do Tribunal de Contas denegatria do registro ao contrato celebrado entre a Administrao do Edifcio da Fazenda e a Limpadora Brasileira, para os servios de pintura de esquadrias de janelas do mesmo edifcio.

    Projeto de Decreto n. 117, de 1952, originrio da Cmara dos Deputados, que aprova a deciso do Tribunal de Contas denegatria de registro ao contrato celebrado entre o Ministrio da Agricultura e a fima Rocha & Cia., para fornecimento de uma estufa com acessrios e higrmetros, em proveito do Servio Florestal daquele Ministrio.

    Projeto de Decreto Legislativo nmero 134, de 1952, originrio da Cmara dos Deputados, que aprova o trmo de escritura pblica de compra e venda feita entre o Departamento Nacional da Produo Mineral, do Ministrio da Agricultura, e Teodoro Kestring e sua mulher, Rosa Mozzari Kestring da um terreno situado

    no lugar denominado "Morro da Misria", municpio de cresciuma, Estado de Santa Catarina.

    Projeto de Lei do Senado n. 45, de 1951, que d nova redao ao artigo 221 do Decreto-lei n. 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Cdigo do Processo Penal) (Com Parecer n. 439-53, da Comisso de Constituio e Justia pela aprovao, com destaque das palavras "...e ao Distrito Federal" depois das expresses "...os Secretrios dos Estados..." e imediatamente antes das expresses" os membros do Poder Judicirio".

    Projeto de Decreto Legislativo nmero, 106, de 1952, originrio da Cmara dos Deputados, que mantem a deciso do Tribunal de Contas denegatria de registro ao trmo de ajuste celebrado entre o Ministrio da Agricultura e Manoel Nunes de Magalhes e sua mulher Durcelina Maria de Carvalho, para pagamento de aquisio e instalao de uma roda dgua, destinada irrigao das terras situadas margem do rio So Francisco, Municpio de Jatin Estado de Pernambuco.

    Projeto de Lei da Cmara n. 130, de 1952, que autoriza o Poder Executivo a abrir, pelo Ministrio da Educao, o crdito especial de Cr$ 100.000.000.00, destinado ao combate do cncer em todo o Pas. (Com pareceres ns. 407-52, da Comisso de Constituio e Justia, pela constitucionalidade do projeto e da emenda: 408-53, da de Sade, oferecendo substitutivo: e 409-53, da de Finanas, favorvel ao projeto e contrrio ao substitutivo e emenda n.1).

    REJEITADOS

    Projeto de Lei do Senado n. 6 e 1953, que autoriza a atualizaro e o revigoramento de leis e decretos que prescrevem a instalao de "zonas francas" no Pas.

    Projeto de Lei da Cmara n. 306, de 1952, que institui, nas Comarcas do Interior, recurso ex-officio das decises proferidas contra os empregados.

    Projeto de Lei da Cmara n. 390, de 1952, que retifica o Anexo n. ilegvel da Lei n.1.487, de 6 de dezembro de 1951 (que estima a Receita e fixa a Despesa da Unio para o exercido de 1952).

    Projeto de Lei do Senado n. 25, de 1952, que institui com sede na cidade do Rio de Janeiro, o Congresso das Mes do Mundo.

  • 7

    Sexta-feira 3 DIRIO DO CONGRESSO NACIONAL Julho de 1953 6198

    Relao das Comisses

    Diretora

    Presidente Marcondes Filho. 1 Secretrio Alfredo Neves. 2 Secretrio Vespasiano

    Martins. 3 Secretrio Francisco Gallotti. 4 Secretrio Ezechias da

    Rocha. 1 Suplente Costa Pereira 2 Suplente Prisco dos Santos. Secretrio Jlio Barbosa. Diretor

    Geral da Secretaria de Senado.

    Comisses Permanentes

    Finanas

    I Ivo d'Aquino Presidente. 2 Ismar de Gis Vice-

    Presidente. 3 Alberto Pasqualini. 4 Alvaro Adolfo (*). 5 Apolnio Sales. 6 Carlos Lindenberg 7 Csar Vergueira. 8 Domingos velasco. 9 Durval Cruz. 10 Ferreira de Souza. 11 Pinto Aleixo. 12 Plnio Pompeu. 13 Veloso Borges. 14 Vitorino Freire. 15 Walter Franco (**). (*) Substitudo interinamente pelo

    Senador Ccero de Vasconcelos. (**) Substitudo Interinamente pelo

    Senador Joaquim Pires. Secretrio Evandro Vianna,

    Diretor de Oramento. Reunies as quartas e sextas-

    feiras, s 16 horas.

    Constituio e Justia

    Dario Cardoso Presidente. Aloysio de Carvalho Vice-

    Presidente. Anisio Jobim. Attilio Vivacqua. Camilo Mrcio. Clodomir Cardoso (*). Ferreira de Souza. Gomes de Oliveira. Joaquim Pires. Olavo Oliveira (**). % aldemar Pedrosa. (*) Substituido pelo Senador Luiz

    Tinoco. (**) Substitudo pelo Senador

    Carlos Saboya. Secretrio Luis Carlos Vieira da

    Fonseca. Auxiliar Marlia Pinto Amando. Reunies s quintas-feiras, s

    9.10 horas.

    Educao e Cultura

    1 Flvio Guimares Presidente 2 Ccero de Vasconcelos Vice-

    Presidente. 3 Ara Leo. 4 Hamilton Nogueira. 5 Levindo Coelho. Secretario Joo Alfredo

    Ravasco de Andrade. Auxiliar Carmen Lcia de

    Holanda Cavalcanti. Reunies s quartas-feiras s 15

    horas

    SENADO FEDERAL Comisses Especiais Especial para emitir parecer sbre

    o Projeto de Reforma Constitucional n 2, de 1949.

    Aloysio de Carvalho Presidente.

    Dario Cardoso.

    Francisco Galotti.

    Anisio Jobim

    Camilo Mercio.

    Carlos Lidenberg.

    Clodomir Cardoso.

    Antnio Bayma.

    Bernardes Filho.

    Marcondes Filho.

    Olavo Oliveira.

    Domingos Velasco.

    Joo Villasbas. Secretrio Aurea de Barros Rgo.

    Especial para emitir parece sbre o

    Projeto de Reforma Constitucional n 1, de 1951.

    Mello Vianna Presidente.

    Olavo Oliveira Relator.

    Dario Cardoso.

    Anisio Jobim.

    Camilo Mercio.

    Clodomir Cardoso.

    Ivo d'Aquino.

    Alfredo Neves.

    Ferreira de Souza.

    Aloysio de Carvalho.

    Joo Villasbas.

    Joaquim Pires.

    Alberto Pasqualini.

    Attilio Vivacqua.

    Antnio Bayma. Secretrio Joo Alfredo

    Revasco de Andrade.

    Especial de Reviso do Cdigo Comercial

    1 Alexandre Marcondes Filho

    Presidente.

    2 Clodomir Cardoso Vice-Presidente.

    3 Ferreira de Souza Relator Geral.

    4 Attilio Vivacqua.

    5 Victorino Freire. Secretrio Joo Alfredo

    Ravesco de Andrade.

    Especial para Estudo da concesso dos Direitos Civis Mulher Brasileira.

    Mozart Lago Presidente.

    Alvaro Adolpho Vice-Presidente.

    Joo Villasbas.

    Gomes de Oliveira.

    Attillo Vivacqua.

    Domingos Vellasco.

    Victorino Freire.

    Secretario Ninon Borges Seal.

    Redao

    1 Clodomir Cardoso Presidente.

    2 Joaquim pires Vice-Presidente.

    3 Veloso Borges.

    4 Costa Pereira.

    5 Aloysio de Carvalho.

    Secretrio Glria Fernandina Quintela.

    Auxiliar Nathercia S Leilo. Reunies s quartas-feiras, s 16

    horas.

    Relaes Exteriores

    Mello Vianna Presidente.

    Hamilton Nogueira Vice-Presidente.

    Bernardes Filho. Djair Brindeiro.

    Ferreira de Souza. Georgino Avelino.

    Veloso Borges (*). Secretrio Lauro Portella. Auxiliar Eurico Jacy

    Auler. (*) Substituindo o Sr. Novaes

    Filho.

    Sade Pblica

    Levindo Coelho Presidente. Alfredo Simch Vice-Presidente. Prisco Santos. Vivaldo Lima. Durval Cruz. Secretrio Aurea de Barros

    Rgo. Reunies s quintas-feiras, as 15

    horas. Transportes, Comunicaes e Obras

    Pblicas

    Euclydes Vieira Presidente. Onofre Gomes Vice-

    Presidente. Alencastro Guimares. Othon Mader. Antnio Bayma. Secretrio Francisco Soares

    Arruda. Reunies s quartas-feiras, s 16

    horas

    Servio Pblico Civil

    Prisco dos Santos Presidente.

    Luiz Tinoco Vice-Presidente.

    Vivaldo Lima.

    Mozart Lago.

    Costa Pereira. Secretario Franklin Palmeira. Reunies s tras-feiras, s 17

    horas.

    Economia

    Pereira Pinto Presidente. Landulpho Alves Vice-

    Presidente. S Tinoco. Assis Chateaubriand.

    Jlio Leite.

    Euclides Vieira.

    Plnio Pompeu.

    Secretario Aroldo Moreira. Reunies as quintas-feiras.

    Segurana Nacional

    Pinto Aleixo Presidente.

    Onofre Games Vice-Presidente.

    Ismar de Gis.

    Magalhes Barata.

    Silvio Curvo.

    Walter Franco.

    Roberto Glasser Substitudo pelo Senador Carlos Lindemberg.

    Secretrio Ary Kerner Veiga de Castro.

    Reunies as segundas-feiras.

    Legislao Social

    1 Carlos Gomes de Oliveira Presidente.

    2 Luiz Tinoco Vice-Presidente.

    3 Othon Mader. 4 Ruy Carneiro.

    5 Ccero de Vasconcelos. 6 Hamilton Nogueira. 7 Kerginaldo Cavalcanti. Secretario Pedro de Carvalho

    Muller. Auxiliar Carmen Lcia a Holanda

    Cavalcanti Reunies As segundas-feiras as 1

    horas.

    Especial de investigao sbre as concesses materiais das instalaes da Justia do Distrito Federal e rgos relacionados.

    Mello Vianna Presidente.

    Alencastro Guimares Relator.

    Attilio Vivacqua.

    Camilo Mercio.

    Joo Villasbas.

    Secretrio Ivan Palmeira. Auxiliar Elza G. Schroeder.

    Parlamentar de Inqurito sbre o

    cimento

    Francisco Gallotti Presidente.

    Mozart Lago Vice-Presidente.

    Julio Leite.

    Landulpho Alves.

    Mario Motta. Secretrio Lauro Portella.

    Especial de Reforma do Cdigo de

    Processo Civil

    1 Joo Villasbas Presidente. 2 Attilio Vivacqua Vice-

    Presidente. 3 Dario Cardoso Relator. Secretario Jos da Silva Lisba. Auxiliar Carmen Lcia de

    Holanda Cavalcanti. Reunies as sextas-feiras, s 11

    horas.

  • 8 6195 Sexta-feira 3 DIRIO DO CONGRESSO NACIONAL Julho de 1953

    Atas das Comisses

    Comisso de Servio Publico Civil

    8 REUNIO EM 24 DE JUNHO DE 1953

    s 15 horas do dia 2 de julho de

    1953, em sala do edifcio do Senado, rena-se a Comisso de Servio Pblico Civil sob a presidncia do Senhor Prisco dos Santos, presentes os Srs. Costa Pereira e Vivaldo Lima deixando de comparecer os Srs. Luiz Tinoco e Mozart Lago.

    E' lida e aprovada a ata da reunio anterior.

    So aprovados e assinados os seguintes pareceres do Sr. Costa Pereira, favoravel ao Projeto de Lei da Cmara n 279, de 1952, que cria a Escola Agrcola de Urutal, no Estado de Gois e d outras providncias; do Sr. Prisco dos Santos, oferecendo emenda ao Projeto de Lei da Cmara n 02, de 1953, que classifica no padro "O" cargos de Professor Catedrtico do Quadro Permanente do Ministrio da Educao e Sade e d outras providncias.

    O Sr. Presidente distribui ao Sr. Mozart Lago o Projeto de Lei da Cmara n 295, de 1950, que dispe sbre a situao jurdica dos procurados das autarquias federais.

    No havendo mais que tratar, encerra-se a reunio s 15 horas e 45 minutos, lavrando eu, Franklin Palmeira, Secretario, a presente ata, que, uma vez aprovada, ser assinada pelo Sr. Presidente.

    Comisso de Segurana Nacional

    4 REUNIO, EM 2 JULHO DE 1953

    s 15 horas, sob a presidncia do Sr. Senador Onofre Gomes, presentes os Srs. Senadores Magalhes Barata, Ismar de Gis e Mrio Motta, ausentes, com causa justificada, os Srs. Senadores Pinto Aleixo, Walter Franco e Roberto Glasses, rene-se esta Comisso.

    Aprovada a ata da reunio anterior, usa da palavra o Sr. Senador Magalhes Barata que relata favoravelmente, com aprovao unnime, o Projeto de Lei da Cmara nmero, 22, de 1953 que "determina a reverso ao servio ativo do Exrcito do Tenente Coronel Mrio Hermes da Fonsca".

    Com a palavra, o Sr. Ismar de Gis relata, tambm favoravelmente e com unnime aprovao, o Projeto de Decreto Legislativo n 9, de 1953, que "aprova o contrato celebrado entre o Ministrio da Aeronutica e Carlos Eurico de Breyne Montenegro".

    A seguir, o Sr, Senador Onofre Gomes relata favoravelmente, com aprovao unnime, o Projeto de Lei da Cmara n 128, de 1953, que "reajusta os vencimentos dos cabos e soldados da Policia Militar do Distrito Federal e dos cabos e bombeiros do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, e d outras providncias".

    A seguir, relata, tambm favoravelmente e com aprovao unanime, o Projeto de Lei da Cmara nmero 264, de 1952, que "estende, para efeito de penso, as promoes de que trata a lei n 1.267, de 9 de dezembro de 1950, aos militares j falecidos que, em idnticas condies hajam tomado parte no combate contra a revoluo comunista de 1935".

    Relata, ainda com parecer favorvel que unanimemente aprovado, o Projeto de Lei da Cmara n 63, de 1953, que "eleva o limite de idade previsto no pargrafo nico do Art. 4 do Decreto-lei n 2.066, de 7 de maro de 1949".

    Antes de encerrar a reunio, o Sr. Presidente avoca o Projeto de Lei da Cmara n 29, de 1953, que "cria cargos isolados, de provimento efetivo, no Quadro Permanente do Ministrio da Guerra" e distribue, ao Sr. Senador Mrio Motta os Projetos de Lei da Cmara nmeros 35 e 158, que, respectivamente, "autoriza a construo de uma ponte internacional, sbre o rio Apa, na cidade de Bela Vista, Estado de Mato Grosso" e exclue da classificao constante do Art. 1 da Lei n. 121, de 22 de outubro de 1947, os municipios de Guarulhos, Estado de So Paulo, Florianpolis, e So Francisco, Estado de Santa Catarina.

    Nada mais havendo a tratar, encerra-se a reunio, lavrando eu Ary Kerner Veiga de Castro, Secretrio a presente ata que, uma vez aprovada, ser assinada pelo Sr. Presidente. 75 SESS0 EM 3 DE JULHO DE 1953

    Oradores inscritos para o expediente

    1 Sen. Joo Villasbas. 2 Sen. Kerginaldo Cavalcanti.

    ATA DA 74 SESSO EM 2 DE JULHO

    DE 1953 PRESIDNCIA DO SR. MARCONDES

    FILHO, VICE PRESIDENTE.

    As 14.30 horas comparecem os Senhores Senadores:

    Waldemar Pedrosa.

    Anisio Jobim.

    Prisco dos Santos.

    Victorino Freire.

    Ara Leo.

    Mathias Olimpyo.

    Onofre Gomes.

    Plinio Pompeu.

    Kerginaldo Cavalcanti.

    Ruy Carneiro.

    Novaes Filho.

    Djair Brindeiro.

    Ezechias da Rocha.

    Ccero de Vasconcelos.

    Attilio Vivacqua.

    S Tinoco.

    Alfredo Neves.

    Alencastro Guimares.

    Hamilton Nogueira.

    Mozart Lago.

    Mello Vianna.

    Levindo Coelho.

    Marcondes Filho.

    Domingos Velasco.

    Costa Pereira.

    Mrio Motta.

    Joo Viilasbas.

    Gomes de Oliveira.

    Francisco Gallotti.

    Camilo Mercio (30).

    O SR. PRESIDENTE: Acham-se presentes 30 Srs. Senadores. Havendo nmero legal, est aberta a sesso. Vai-se proceder leitura da ata.

    O Sr. 4 Secretario (servindo de 2), procede leitura da ata da sesso anterior que, posta em discusso, sem debate aprovada.

    O Sr. 1 Secretrio l o seguinte:

    EXPEDIENTE

    Ofcios: Da Cmara dos Deputados: Rio de Janeiro, em 22 de junho de

    1953. Tenho a honra de enviar a Vossa

    Excelncia, a fim de que se digne submet-lo considerao do Senado Federal, o Projeto de Lei n 2 800 B-1953, da Cmara dos Deputados, que autoriza o Poder Executivo a abrir, pelo Ministrio da Educao e Sade, o crdito especial de Cr$ 27.800,00 (vinte e sete mil, oitocentos cruzeiros), para atender ao pagamento de honorrios aos professores integrantes de comisses examinadoras.

    Aproveito a oportunidade para renovar a Vossa Excelncia os protestos de minha elevada estima e distinta considerao. Ruy Almeida 1 Secretrio. PROJETO DE LEI DA CMARA N 160,

    DE 1953

    Autoriza o Poder Executivo a abrir, pelo Ministrio da Educao e Sade, o crdito especial de Cr$ 27.890,00, para atender ao pagamento de honorrios aos professres integrantes de comisses examinadoras.

    O Congresso Nacional decreta: Art. 1 E' o Poder Executivo

    autorizado a abrir, pelo Ministrio da Educao e Sade, o crdito especial de Cr$ 27 890,00 (vinte e sete mil, oitocentos e noventa cruzeiros) para atender ao pagamento de honorrios, como integrantes de comisses

    examinadoras, no exerccio de 1951, aos seguintes professores do Colgio Pedro II Internato:

    Cr$ George Sumner (Professor Catedrtico, padro O)..............

    3.050,00

    Honrio de Souza Silvestre (Professor Catedrtico, padro O)...............................................

    3.490,00 Vandick Londres da Nbrega (Professor Catedrtico, padro O)...............................................

    3.050,00 Quinaino do Valle (Professor Catedrtico, padro O)..............

    3.050,00

    Cndido Juc Filho (Professor Catedrtico, padro O)..............

    3.050,00

    Oscar Przewodowski (Professor Catedrtico, padro O)............................................... 3.050,00 Alvaro de Barros Lins (Professor Catedrtico, padro O)............................................... 3.050,00 Aldimir de So Paulo (Professor, referncia 29).......... 3.050,00 Ziliah de Morais Martins (Professor, referncia 29).......... 3.050,00 Total.................................... 27.890,00

    Art. 2 Esta lei entrar em vigor na data

    de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio.

    As Comisses de Constituio e Justia e de Finanas.

    Rio de Janeiro, em 22 de junho de 1953.

    Senhor Secretrio: Tenho a honra de enviar a Vossa

    Excelncia, a fim de que se digne submet-lo considerao do Senado Federal, o Projeto de Lei nmero 2.308, de 1952, da Cmara dos Deputados, que concede iseno de tributos Prefeitura Municipal do Carmo do Paranaba, Estado de Minas Gerais, para importao de material destinado construo de uma usina hidro-eltrica.

    Aproveito a oportunidade para renovar a Vossa Excelncia os protestos de minha elevada estima e distinta considerao. Ruy Almeida 1 Secretrio.

    PROJETO DE LEI DA CMARA

    N 161, DE 1953

    Concede iseno de tributos Prefeitura Municipal do Carmo do

    Paranaiba, Estudo de Minas Gerais, para importao de material destinado construo de uma Usina Hidro-Eltrica.

    O Congresso Nacional decreta: Art 1. E' concedida iseno de tributos, exceto a taxa de Previdncia

    Social para a importao de material destinado construo de uma usina hidro-eltrica da Prefeitura. Municipal de Carmo do Paranaiba, Estado de Minas Gerais.

    Art 2 O material a que se refere o art. 1 tem as seguintes caractersticas:

    A PARTE HIDRULICA

    1) Turbinas Hidrulicas 2 Purtina franceis, tipo espiral, em caixa de ferro fundido, com eixo

    horizontal e regulao externa de fabricao de Maschinenfabrick J. M. Voith, heraenchein Alemanha, cada uma calculada e construda para os seguintes dados tcnicos: Queda lquida............................................................................ 78.40 metros Quantidade dgua..................................................................... 275 litros por segundo Capacidade............................................................................... 235 HP Velocidade nominal................................................................... 1.000 RPM Velocidade de disparo............................................................... 1.800 RPM

    O rendimento de cada turbina, em relao potncia produzida e ao volume

    dgua consumido, obedece aos dados indicados na tabela abaixo, com uma tolerncia de, mais ou menos, 2%:

    Rendimento Capacidade 268 litros por segundo............................................... 84% 235 HP 241 litros por segundo............................................... 85% 215 HP 216 litros por segundo............................................... 85% 192 HP 191 litros por segundo............................................... 83% 166 HP 166 litros por segundo............................................... 81,5% 142 HP 141 litros por segundo............................................... 78,5% 115 HP

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    Sexta-feira 3 DIRIO DO CONGRESSO NACIONAL Julho de 1953 6197

    Cada turbina composta de: 3 Carcaa espiral de ferro fundido, com flange de entrada de

    250m/m. Anel de regulao de ferro fundido, com as varas de aci namento. Paletas de ao fundido, para regulao externa. Tampo lateral de ferro fundido. Rotor de ferro fundido com palhetas de ao doce prensadas

    mecnicamente e embutidas, durante o processo de fundio, no mesmo rotor.

    Rua de ao S. M. de 2,2 metros de comprimento e 80/105 mm de dimetro.

    Mantais axiais de segmentos com furo de 80 mm de dimetro e com vedaes.

    Curta de ferro fundido para a parte de aspirao. Suporte para a curva de aspirao. Mancar exterior com furo de 80 mm de dimetro e

    suporte. Valvula para escoamento, parafusos e chaves especiais. Tubo de ligao de chapa de ao, para a parte de presso de 250/450 mm de

    dimetro interno e cerca de 1m de comprimento. Tubo de suco de 4 metros de comprimento, com parafusos e materiais de

    vedao. 1 Acoplamento elstico entre a turbina e o gerador. 1 Regulador de velocidade, automtico, tipo Gr DK 35, com retrocesso

    amortecido bomba de presso para o leo, pndulo d alta sensibilidade, regulao manual desligvel e regulao manual de velocidade inclusive pelia e correia.

    As caractersticas do regulador de velocidade da turbina, em caso de variao repentina de carga:

    25% 50% 100% No ultrapassaro.............................. + 4% + 8% + 20%

    1 Votante macio de ao fundido, com um dimetro de 900 mm e um peso na

    coroa de 100 kg. 3 Tacomtro com coluna e polia de acionamento. 1 Manmetro e 1 Vacumetro Pso bruto e Iquido: 3.000. 2 530 kg. Volume para transporte martimo: 6,5 m3.

    Preo do item 1........................................................................... Cr$ 315 000.00

    E PARTE ELTRICA

    1) a Geradores Trifsicos, cincrnomos de corrente alternada, com eixos horizontais, mquinas excitadoras montadas nos mesmos eixos, isolamento para clima tropical e com enrolamentos amortecedores para garantir o perfeito funcionamento em paralelo entre si e com outros grupos inclusive reguladores de tenso, para graduao fina, com as respectivas rodas manuais, cumbadores e calos, sendo cada gerador calculado e construdo para os seguintes dados:

    Fabricao: Siemens-Schuckerwerke Alemanha Tipo..................................................................... F. 304 K 6 Forma................................................................. B. 3 Capacidade nominal com cos fi 0,8................... 200 KVA Tenso................................................................ 200/380 V=5% Ligao............................................................... Estreia com neutro acessvel Frequncia......................................................... 50 ciclos Fator de potncia................................................ 0,8 Velocidade nominal............................................ 1.000 RPM Rendimentos com plena carga e cos fi 0,8........ 91% Peso lquido: 2.050 Kg c/u Preo do item 2................................................. Cr$ 243.000.00

    1) 2 Transformadores Elevadores 2 Transformadores trifsicos elevadores a leo, com resfriamento natural depsito

    para expanso do leo e com rodas, prontos para o servio sendo cada um calculado para os seguintes danos:

    Fabricao: Siemens-Schuckerwerke Alemanha Tipo........................................................................................ KOUM 452 h/10 Capacidade............................................................................ 200 KVA Tenso primria..................................................................... 220/380 Volts. Tenso secundria................................................................ I1.000 V = 5% Ligao.................................................................................. Estrela estrela Frequncia............................................................................. 50 ciclos Tenso do curto circuito ca de............................................... 4% Perda de curto circuito........................................................... I.85% Preo do item 3...................................................................... Cr$ 79.500,00

    Quadros de Manobra e Contrle 2 Quadros de medio, regulao e manobra dos geradores, cada um composto

    de um painel de chapa de ao pintado a "Duco" medindo 900 mm de largura 2.200 mm de altura e 600 mm de profundidade custendo os aparelhos e instrumentos abaixo discriminados, inclusive ligaes:

    1 Voutimetro escala 0 500 volts. 3 Ampermetros, escala 0 400/5 amperes. 1 Comutador para fasear o voltmetro, permitindo a leitura da tenso entre as 3

    faes. 1 Ampermetro escala 0 130 Volts para a excitao. 1 Volimetro 220/110 volts, 300/5 amperes. 1 Equipamento de proteo do gerador-transformador, contra sobre-carga e

    curto-circuito, composto de 3 relais de corrente e 1 de tenino ajustveis.

    1 Regulador automtico de tenso, para o Gerador, com chaves e pertences, de ao ultra-rpida.

    1 Acionamento para a excitao. 2 Lmpadas de sinalizao. 3 Relais de indicao. 1 Relais para o campo da excitatriz Alem desse equipamento ser montado tambm o reostato para o campo da

    excitadora, acionado por volante.

    Preo do item 4............................................................................... Cr$ 45.000,00

    5) Sincronizao 1 Aparelho parasincronizao para que os dois grupos possam trabalhar em

    paralelo composto de: 1 Frequencimetro duplo Veltimetro duplo 1 Lamnada

    Preo do item 5............................................................................... Cr$ 12 000.00

    6) Aparelhamento para os Ramais do Gerador Transformador

    6 Transformadores de corrente, para medio. 4 Transformadores de potencial, para medio. 2 Transformadores de corrente, para os reguladores automticos de tenso

    Preo do item 6............................................................................... Cr$ 28 000,00

    7) Aparelhamento para o Ramal de Sada de 13.200 V.

    12 ilegvel unipolares de faca desligadoras, para 12.000 V. 2 Chaves automticas tripolares a leo, de fabricao Siemens-Schuckertwerke

    Alemanha com bobinas de mnima chave de sinal e as respectivas ferragens marcais, barras, etc.. para manobra do quadro por meio de alavanca de estribo, inclusive relais de sobrecarga e de curto circuito.

    Tipo........................................................................................... R. 20/12 III 350 Ten