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ANAIS III SIMPÓSIO DO MESTRADO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS XV SEMANA DE BIOLOGIA X ENCONTRO NORTE MINEIRO DE BIÓLOGOS MONTES CLAROS, MG 03 07 | junho | 2013

Anais Simbio 2013

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Page 1: Anais Simbio 2013

ANAIS III SIMPÓSIO DO MESTRADO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

XV SEMANA DE BIOLOGIA

X ENCONTRO NORTE MINEIRO DE BIÓLOGOS

MONTES CLAROS, MG

03 – 07 | junho | 2013

Page 2: Anais Simbio 2013

ii

ORGANIZAÇÃO

PPGCB e 5º e 6º Período de Ciências Biológicas da Unimontes

APOIO

Page 3: Anais Simbio 2013

iii

III SIMPÓSIO DO MESTRADO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, XV SEMANA

DE BIOLOGIA E X ENCONTRO NORTE MINEIRO DE BIÓLOGOS

Montes Claros, 03 a 07 de junho de 2013

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

Reitor -Professor João dos Reis Canela

Vice-reitora - Maria Ivete Soares de Almeida

Chefe de Departamento de Biologia Geral - Maria Orminda Santos Oliveira

Coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas - Anderson

Medeiros Santos

Coordenadores do Curso de Ciências Biológicas - Ana Paula Glinfskol Thé

Rodrigo Oliveira Pessoa

COMISSÃO ORGANIZADORA

Presidente – Marcílio Fagundes

Amanda Mendes Fernandes

Deborah de Faria Lelis

Hugo Neri de Matos Brandão

Juliana Oliveira Abreu Narciso

Larissa Danielle de Carvalho Barros

Lorenzo Patrício Paredes

Lucas Avelino Evangelista

Luciana Figueiredo Silva

Marisa Soares dos Santos

Pedro Fonseca de Vasconcelos

COMISSÃO CIENTÍFICA

Camila Rabelo Oliveira Leal

Cleandson Ferreira Santos

José Bento Sampaio Júnior

Lemuel Olívio Leite

Magnel Lima de Oliveira

Raissa Maria Mattos Gonçalves

Rodrigo Oliveira Pessoa

Ronaldo Reis Júnior

Vanessa Sales Carvalho

Page 4: Anais Simbio 2013

iv

PALESTRAS

Segunda-feira, 03 de Junho

“Fabricação da ciência” - Dr. Maurício Faria (Unimontes)

Terça-feira, 04 de Junho

“Gestão de UC's: legislação e realidade” – MSc. Lucas Neves Perillo (UFMG).

“Sítio espeleológico em cangas no norte de Minas Gerais: desafios de estudo e uso do

conhecimento científico para a preservação” – MSc. Felipe Fonseca do Carmo

(Instituto Prístino).

“Regaste e reintrodução de animais silvestres - qual a contradição?” – Dra. Cláudia

Guimarães Costa (PUC-MG).

“Manejo e conservação da biodiversidade de Plantas do Cerrado” – Dr. Aldicir O.

Scariot (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia - Cenargen).

Quarta-feira, 05 de Junho

“Gangliosidose GM1: desafios de estudo da cura de uma doença degenerativa

recessiva” – Adolfo Celso Guidi (Associação Ruth Schrank).

“História da colonização de uma ave endêmica de galápagos e de seus parasitas” –

Dra. Eloisa Sari (UFMG).

“A política da boa vizinhança na formiga Pachycondyla verenae: reconhecimento,

limites de tolerância e comportamento ritualizado entre colônias vizinhas” – Dra.

Ronara de Souza Ferreira (UFLA).

"Evolução biológica no século XXI" – Dr. Fabrício Rodrigues dos Santos (UFMG).

Quinta-feira, 06 de Junho

SINDIBIO-MG – Fabiano Assunção.

“Doenças emergentes transmitidas por vetores” – Dr. Magno Augusto Zazá Borges

(Unimontes).

CRBio-04 – Dra Aneliza de Almeida Miranda Melo.

"Besouros rola-bostas como bioindicadores: estudos de caso e perspectivas na era da

crise da biodiversidade" – MSc. Rafael Vieira Nunes (UFMT)

Page 5: Anais Simbio 2013

v

Sexta-feira, 07 de Junho

“Desafios da produção científica na área da saúde” – Dra. Marise Maleck

(Universidade Severino Sombra).

"Manejo participativo da (agro)biodiversidade" – Anna Crystina Alvarenga (CAA -

Norte de Minas)

“Qualidade e quantidade na produção do conhecimento científico” – Dr. Sidinei

Magela Thomaz (UEM).

“Sobrevivendo na ciência: desafios e perspectivas da vida acadêmica” – Dr. Marco

Aurélio Ribeiro Mello (UFMG).

Page 6: Anais Simbio 2013

vi

MESAS REDONDAS

Quarta-feira, 05 de Junho

Mesa redonda I: “Etnoecologia”.

Coordenadora: Dra. Ana Paula Glinfskoi Thé (Unimontes)

Dr. Emmanuel Duarte Almada (Grupo Aroeira)

Dr. Reinaldo Duque Brasil (UFJF)

Quinta-feira, 06 de Junho

Mesa redonda II: “O Processo de proteção de patentes no Brasil”

Coordenadora: Sandra Malveira (Ágora/Unimontes)

MSc. Carla Soares Godinho (Ágora/Unimontes)

MSc. Maria Aparecida de Castro Monteiro Sant'anna (CPPI/UFV)

MSc. Flávia Ferreira Alves (CPPI/UFV)

Sexta-feira, 07 de Junho

Mesa redonda III: “A taxonomia como ferramenta para o desenvolvimento da ciência"

Coordenador: Dr. Mirco Solé (UESC)

Dr. Paulo Henrique Costa Corgosinho (UEMG)

Dr. Marcos Sobral (UFSJ)

Mesa redonda IV: “Interações ecológicas”

Coordenador: Dr. Marcílio Fagundes (Unimontes)

Dr. Marco Aurélio Ribeiro Mello (UFMG)

Dr. Tadeu Guerra (PUC-MG)

Page 7: Anais Simbio 2013

vii

ÍNDICE

ABUNDÂNCIA DE FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES EM SOLOS ONDE SE

ENCONTRAM À [Acrocomia aculeata (JACQ.) LODD. EX MART.] (MACAÚBA) NO

NORTE DE MINAS

Fabiana Rodrigues FONSECA, Adriana Martins PEREIRA, Pollyana Santos QUEIROZ, Fernanda

Simões LACERDA & Henrique Maia VALÉRIO.............................................................................. 1

A CONSERVAÇÃO DO SOLO E DO MEIO AMBIENTE ATRAVÉS DE MATERIAIS

SUCATEADOS

Aline Fonseca MARTINS & Silvana Fonseca SANTANA................................................................ 2

A ILUSÃO DO ECOTURISMO NA SERRA DO CIPÓ: DOS IMPACTOS AMBIENTAIS À

QUESTÃO SOCIAL

Thamyres Sabrina GONÇALVES, Izabel Beatriz de MOURA & Bernardo Machado GONTIJO... 3

ANÁLISE FITOQUÍMICA QUALITATIVA DAS FOLHAS DE Magonia pubescens St. Hil.

OCORRENTE EM MONTES CLAROS – MG

Daiane Maia de OLIVEIRA, Vanessa de Andrade ROYO, Maria Olivia MERCADANTE-

SIMÕES, Priscila de Jesus PESSOA, Ariadna Conceição dos SANTOS & Mayara Pereira

GONÇALVES..................................................................................................................................... 4

ANÁLISE in silico DA SIMILARIDADE EM GRUPOS VEGETAIS DISTINTOS EM

FUNÇÃO DO GENE DA MALATO DESIDROGENASE

Higor Fernando SALVADOR, Guilherme Araújo LACERDA, Ludmila Nayara de Freitas

CORREIA & Cleidiana de Oliveira AGOSTINHO............................................................................ 5

ANATOMIA COMPARADA DA LÂMINA FOLIAR DE Butia archeri (Glassman) Glassman

E B. capitata (Mart.) Becc. (ARECACEAE)

Samuel Alves dos SANTOS, Bruno Francisco SANT’ANNA-SANTOS, Wellington Geraldo

Oliveira CARVALHO-JUNIOR, Francisco Andre Ossamu TANAKA & Dayana Maria Teodoro

FRANCINO......................................................................................................................................... 6

Page 8: Anais Simbio 2013

viii

ANATOMIA DA CASCA DA RAIZ DE Solanum lycocarpum A.St.-Hil. E S. paniculatum L.

(SOLANACEAE)

Laudineia de Jesus MATIAS, Maria Olívia MERCADANTE-SIMÕES, Vanessa de Andrade

ROYO, Leonardo Monteiro RIBEIRO, Mayara Pereira GONÇALVES & Ariadna Conceição dos

SANTOS.............................................................................................................................................. 7

ANATOMIA DA FOLHA DE Solanum lycocarpum A.St.-Hil. E S. paniculatum L.

(SOLANACEAE)

Laudineia de Jesus MATIAS, Maria Olívia MERCADANTE-SIMÕES, Vanessa de Andrade

ROYO, Leonardo Monteiro RIBEIRO, Mayara Pereira GONÇALVES(3) & Ariadna Conceição dos

SANTOS.............................................................................................................................................. 8

ANATOMIA DO CAULE DE Hancornia speciosa Gomes (APOCYNACEAE)

Mayara Pereira GONÇALVES, Maria Olívia MERCADANTE-SIMÕES, Ariadna Conceição dos

SANTOS, Vanessa de Andrade ROYO, Daiane Maia de OLIVEIRA & Priscilla de Jesus PESSOA

............................................................................................................................................................. 9

ARTICULAÇÃO ENTRE O CONTEÚDO E O LÚDICO PARA O ENSINO DE

MICROBIOLOGIA

Cirilo Henrique de OLIVEIRA; Ariadne Miranda CARDOZO; Jéssica Coutinho SILVA & Giuliana

de Sá Ferreira BARROS.................................................................................................................... 10

A UTILIZAÇÃO DO JOGO DIDÁTICO SOBRE MICROBIOLOGIA “MICROLUDO” EM

TURMAS DE ENSINO MÉDIO DO IFNMG- CAMPUS SALINAS

Lêda Naiara Pereira COSTA, Vanessa Rodrigues SANTANA, Lauany Matos de Novais SILVA &

Giuliana de Sá Ferreira BARROS..................................................................................................... 11

AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE LEISHMANIOSE VISCERAL HUMANA E CANINA

NA REGIÃO DO GRANDE MARACANÃ NA CIDADE DE MONTES CLAROS, MINAS

GERAIS, EM 2012

Olívia Rivane DAYRELL, Anamaria de Souza CARDOSO & Otávio CARDOSO-FILHO.......... 12

AVALIAÇÃO in silico DA FREQUÊNCIA DO GENE SERK EM DIFERENTES ESPÉCIES

VEGETAIS

Cleidiana de Oliveira AGOSTINHO, Guilherme Araújo LACERDA, Higor Fernando SALVADOR

& Ludmila Nayara de Freitas CORREIA.......................................................................................... 13

Page 9: Anais Simbio 2013

ix

CARACTERES ANATÔMICOS QUALITATIVOS NA DIAGNOSE DE ESPÉCIES DE

Butia (Becc.) Becc. (Arecaceae) DO BRASIL

Samuel Alves dos SANTOS, Bruno Francisco SANT’ANNA-SANTOS, Dayana Maria Teodoro

FRANCINO & Wellington Geraldo Oliveira CARVALHO-JUNIOR............................................. 14

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS PARA O SUBSÍDIO DE MELHORAMENTO

GENÉTICO DE VARIEDADES DE FEIJÃO EM UNAÍ-MG

Heloiza Navarro de NOVAES, Clênia Mara Gomes de MORAIS, Daniel Alves SANTIAGO,

Gabriela Mendes FERNANDES, Guilherme Victor Nippes PEREIRA & Guilherme Araújo

LACERDA........................................................................................................................................ 15

CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS DE RESIDÊNCIAS POSITIVAS PARA A

PRESENÇA DO MOSQUITO Aedes aegypti (LINNEAUS, 1762), EM DOIS BAIRROS DA

CIDADE DE SALINAS – MG

Felipe Augusto SOARES, Jefferson Bruno Bretas de Souza OLIVEIRA, Jéssica Coutinho SILVA

& Filipe Vieira Santos de ABREU.................................................................................................... 16

CRIAÇÃO LEGALIZADA DE AVES SILVESTRES: FATORES CONTRIBUINTES NA

PRESERVAÇÃO DA DIVERSIDADE DA FAUNA BRASILEIRA

Guilherme Gonçalves Borburema..................................................................................................... 17

EFEITO DO ESTRESSE HÍDRICO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE IPÊ PRETO

(Zeyhera tuberculosa) E PAU FORMIGUEIRO (Triplaris brasiliana)

Mateus Felipe Quintino SARMENTO, Tiago Reis DUTRA, Hugo Henrique Cardoso SALIS,

Rafaela Letícia Ramires CARDOSO, Alice Soares BRITO & Tiago Barbosa SANTOS............ 18

EFEITO DO ESTRESSE SALINO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE

CANAFÍSTULA (Peltophorum dubium (SPRENG) TAUB)

Jéssica Costa de OLIVEIRA, Tiago Reis DUTRA, Bárbara Mendes OLIVEIRA, Marcos Aurélio

Alves de OLIVEIRA & Carlos Henrique Soares SILVA................................................................. 19

ESTRUTURAS FOLIARES DE Aristolochia esperanzae (ARISTOLOCHIACEAE)

RELACIONADAS COM A PROSPECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS COM POTENCIAL

MEDICINAL

Flávia de Matos SILVA, Anna Luiza Nunes CARREIRO, Darlê Martins B. RAMOS & Guilherme

Araújo LACERDA ........................................................................................................................... 20

Page 10: Anais Simbio 2013

x

ESTRUTURAS FOLIARES DE Aristolochia melastoma (ARISTOLOCHIACEAE)

RELACIONADAS COM A PROSPECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS COM POTENCIAL

MEDICINAL

Guilherme de Souza VELOSO, Danielly Cardoso RAMOS, Ana Paula Gomes de ALMEIDA,

Darlê Martins B. RAMOS & Guilherme Araújo LACERDA........................................................... 21

ESTRUTURAS FOLIARES DE Vernonia polysphaera (ASTERACEAE) RELACIONADAS

COM A PROSPECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS COM POTENCIAL MEDICINAL

Marcielly Lima de MORAIS, Thácilla Caroline Cordeiro CARACAS, Darlê Martins B. RAMOS &

Guilherme Araújo LACERDA.......................................................................................................... 22

GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E DIAGNÓSTICO

AMBIENTAL DO ATERRO DA CIDADE DE MONTES CLAROS- MG.

Betânia Guedes de SOUZA &Anamaria de Souza CARDOSO....................................................... 23

IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA DE Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart.

(MACAÚBA) PARA A ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS RIACHO

DANTAS E ADJACÊNCIA, MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS – MINAS GERAIS

Wéverton Rodrigues MARTINS....................................................................................................... 24

INTERVENÇÕES AGROECOLÓGICAS EM ESCOLAS RURAIS

Alice Soares BRITO & Vinícius Orlandi Barbosa LIMA................................................................. 25

LEVANTAMENTO FLORÍSTICO EM FLORESTA CILIAR COMO SUBSÍDIO A

RECOMPOSIÇÃO DA VEGETAÇÃO DO RIO BANANAL, SALINAS - MG

Mariana Caroline Moreira MORELLI, Maria Clara Oliveira DURÃES & Hugo Henrique Cardoso

SALIS................................................................................................................................................ 26

METODOLOGIAS UTILIZADAS NO ENSINO DE MICROBIOLOGIA: O QUE EXISTE E

O QUE SE PROPÕE PARA UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

Bruna Mendes OLIVEIRA, Cássio de Souza RAMOS & Fernando Barreto RODRIGUES........... 27

NOTIFICAÇÕES DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO MUNICIPIO E

ZONA RURAL DE JANUARIA/MG

Janaina Baldez GOMES, Lucélia Sandra S. Barbosa BRAGA & Maria Rosilene Alves

DAMASCENO ................................................................................................................................. 28

Page 11: Anais Simbio 2013

xi

O AUXÍLIO DO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL NA ELABORAÇÃO E

IMPLANTAÇÃO DE PROJETOS DE CONTROLE E COMBATE A EROSÃO DO SOLO

Thamyres Sabrina GONÇALVES..................................................................................................... 29

O USO DE RECURSOS EM MULTIMÍDIA NO PROCESSO DE ENSINO-

APRENDIZAGEM DE BIOLOGIA

Raquel Soares Lopes RIBEIRO, Lucélia Sandra S. Barbosa BRAGA & Maria Rosilene Alves

DAMASCENO.................................................................................................................................. 30

PERCEPÇÃO DA IMPOTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL, POR ESTUDANTES

DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ZONA RURAL DE MONTES CLAROS

Iara Veloso RODRIGUES, Aline Silva ALVES & Dalton Rocha PEREIRA.................................. 31

ELATO DA INVASÃO DO CARACOL GIGANTE AFRICANO Achatina fulica

(BOWDICH, 1822) DENTRO DO PERÍMETRO URBANO DE UNAÍ – MG

Túlio Teruo YOSHINAGA, Bruna de OLIVEIRA, Caroline de Melo SILVEIRA, Jéssica Maiara

dos SANTOS, Paulo Guilherme RAIMUNDO & Angelita Aparecida FERREIRA........................ 32

USO DO GEOPROCESSAMENTO NO MAPEAMENTO DO USO E COBERTURA DO

SOLO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BANANAL, SALINAS – MG

Mariana Caroline Moreira MORELLI & Nondas Ferreira da SILVA.............................................. 33

Page 12: Anais Simbio 2013

1

ABUNDÂNCIA DE FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES EM SOLOS ONDE SE

ENCONTRAM À [Acrocomia aculeata (JACQ.) LODD. EX MART.] (MACAÚBA) NO

NORTE DE MINAS

Fabiana Rodrigues FONSECA(1)

, Adriana Martins PEREIRA(1)

, Pollyana Santos QUEIROZ(2)

,

Fernanda Simões LACERDA(1)

& Henrique Maia VALÉRIO(3)

Os Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMAs) são organismos biotróficos que estabelecem

associações simbióticas mutualísticas com a maioria das espécies de plantas. No entanto, estudos

desses fungos associados a rizosfera da A. aculeata, ainda são escassos. Sendo assim, o objetivo

deste estudo é conhecer a abundância dos FMAs em associação a rizosfera da A. aculeata no Norte

de Minas Gerais. O estudo foi realizado em cinco áreas do Norte de Minas Gerais, na estação seca

(Agosto/2012). Montes Claros, composta por uma vegetação sucessional intermediária, Coração de

Jesus, Olhos D’Água e Santa Cruz, ambas constituídas por vegetação sucessional inicial (pasto) e

Francisco Sá, com vegetação inicial (pasto) e intermediária. 15 amostras simples de cada população

foram coletadas da base do estipe da Acrocomia aculeata na profundidade 0 a 20cm, escolhendo,

aleatoriamente, grupos constituídos de três indivíduos que se encontravam próximos (3 a 10m). No

laboratório, 50g de solo de cada amostra foram lavados com água, descartando-a em um conjunto

de peneiras de malha arranjadas uma sobre a outra, sendo a peneira de 0,42mm sobre a peneira de

0,053mm, depois centrifugado com água destilada por 3 minutos a 3000rpm e em seguida em

gradiente com sacarose 45% por 2 minutos a 2000 rpm, vertendo-se, novamente, o sobrenadante na

peneira de malha de 0,053mm. Estes foram lavados em água destilada e transferidos para outro tubo

de 50 mL. A contagem dos esporos foi feita com o auxílio de agulhas e um contador, e a

abundância de esporos foi obtida a partir da média dos esporos encontrados em cada população. A

população de Francisco Sá apresentou maior abundância média (1888,26) e Montes Claros a menor

(215,6), enquanto que nas demais populações as médias não variaram, o que pode ser explicado

pela composição vegetal dessas populações, pois o sistema radicular abundante possibilita maior

esporulação. Sendo assim, a composição vegetal dessas populações pode ser um dos fatores que

influenciaram na variação da abundância observada de glomerosporos de Fungos Micorrízicos

Arbusculares em cada localidade, associado ao fator sazonal.

Palavras-chave: Abundância, Micorrizas, Acrocomia aculeata.

______________________________ (1)

Graduanda do Curso de Ciências Biológicas da biotecnologia – Unimontes, MG, Brasil.

[email protected] (2)

Mestranda em Ciências Biologicas – Unimontes, MG, Brasil. (3)

Professor Doutor de ensino Superior – Unimontes, MG, Brasil.

Page 13: Anais Simbio 2013

2

A CONSERVAÇÃO DO SOLO E DO MEIO AMBIENTE ATRAVÉS DE MATERIAIS

SUCATEADOS

Aline Fonseca MARTINS(1)

& Silvana Fonseca SANTANA(2)

Baseando-se nos princípios da contextualização e da interdisciplinaridade, estabeleceu-se relações

entre Arte e Ciências como espaço norteador para tratar da conservação do solo, ao mesmo tempo,

para capacidade de construção estética e da percepção da natureza ao tratar de vertentes ligadas a

ecologia. A oficina teve por objetivo atentar para preservação do solo e de forma geral do meio

ambiente através de técnicas de Assemblage, ampliando conceitos em arte e paralelamente em

consciência ambiental, através de manifestações de arte contemporânea com materiais sucateados,

para que o aluno caminhe como seletor de suas próprias ideias. Foram entrevistados 10 alunos do

6°ano, sobre a importância do solo para os seres vivos e consequentemente da sua preservação,

apresentou-se conceitos e exibiu-se o filme “Lixo Extraordinário de Vick Muniz”, posteriormente

os alunos coletaram materiais para integrar sua composição, houve enfoque no potencial poluidor

de cada material, tempo gasto para decomposição. O tempo gasto com essa oficina foi de 20 horas,

realizadas em uma escola estadual de Engenheiro Navarro, MG, em horário extraclasse. Em

consonância com as aulas da professora de ciências, que tratava sobre o solo em sala, inclusive com

aulas práticas. Dos alunos questionados apenas um revelou que preservar o solo não é importante,

apesar de considerar as técnicas de arte contemporânea um instrumento eficaz de preservação do

solo. O momento da confecção caracterizou-se por total descontração, a fim de despertar um ser

consciente e socialmente critico através da produção artística realizada pelo aluno.

Palavras-chave: solo, materiais sucateados, Assemblage.

______________________________ (1)

Graduanda do Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da Universidade Federal de Minas

Gerais- UFMG, Montes Claros, MG, Brasil. [email protected] (2)

Graduada em Artes Visuais.

Page 14: Anais Simbio 2013

3

A ILUSÃO DO ECOTURISMO NA SERRA DO CIPÓ: DOS IMPACTOS AMBIENTAIS À

QUESTÃO SOCIAL

Thamyres Sabrina GONÇALVES(1)

, Izabel Beatriz de MOURA(1)

& Bernardo Machado

GONTIJO(2)

A Serra do Cipó está localizada na região central de Minas Gerais e possui importância singular

para o estado, pois a exuberância da biodiversidade aliada ao fato de integrar os caminhos da

estrada real fez da Serra do Cipó um lugar de grande atratividade turística, turismo que é

amplamente divulgado e definido como ecológico. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a relação

entre o turismo desenvolvido na região estudada e suas relações com a definição de ecoturismo na

perspectiva ecogeográfica a partir de uma base conceitual de turismo ecológico, que pode ser

sintetizada como sendo uma relação holística entre homem e natureza. A metodologia adotada na

pesquisa foi um estudo exploratório através de trabalhos de campo periódicos na região da Serra do

Cipó durante o período de 2010 a 2012, quando a partir da observação direcionada e de entrevistas

semi-estruturadas foi feita uma análise dos impactos da atividade turística sobre a biodiversidade e

suas influências na vida social da população local. Os resultados mostram que o turismo na região,

embora esteja naturalmente integrado á história e ao cotidiano de vida da população local, não pode

ser considerado como um turismo ecológico, pois na forma com que se desenvolve tanto traz danos

à biodiversidade como gera conflitos ambientais dentre os quais se podem citar: coleta predatória de

plantas, construção de pousadas dentro dos rios, conflitos de uso e ocupação do solo e a

desconstrução social das relações de pertencimento de comunidades locais. Não se pode afirmar que

o turismo na região é uma atividade negativa ou prejudicial, pois faz parte da dinâmica natural do

lugar, todavia há necessidade de se repensar a definição e aceitação do turismo praticado ali como

ecoturismo, pois é preciso desenvolver políticas públicas de manejo e gestão turística com base em

pressupostos que de fato direcionem-no a um turismo verdadeiramente ecológico, que vise à

conservação da biodiversidade e o desenvolvimento social da região.

Palavras - chave: Serra do Cipó, sociedade e biodiversidade, desenvolvimento regional.

______________________________ (1)

Graduandas do curso de Geografia da Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES,

Montes Claros, MG, Brasil. [email protected] (2)

Professor de Biogeografia e Fitogeografia no Departamento de Geografia do Instituto de

Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Belo Horizonte, Minas Gerais,

Brasil. [email protected]

Page 15: Anais Simbio 2013

4

ANÁLISE FITOQUÍMICA QUALITATIVA DAS FOLHAS DE Magonia pubescens St. Hil.

OCORRENTE EM MONTES CLAROS – MG

Daiane Maia de OLIVEIRA(1)

, Vanessa de Andrade ROYO(2)

, Maria Olivia MERCADANTE-

SIMÕES(2)

, Priscila de Jesus PESSOA(3)

, Ariadna Conceição dos SANTOS(3)

& Mayara Pereira

GONÇALVES(3)

Magonia pubescens St. Hil. popularmente conhecida por tinguí, timbó ou tinguí-bola, é uma espécie

florestal arbórea de ocorrência no Cerrado brasileiro. Essa árvore além de apresentar significativo

valor ornamental, vem sendo utilizada na arborização urbana e está no foco das pesquisas visando

sua utilização medicinal. O objetivo deste estudo foi identificar as principais classes de metabólitos

secundários presentes nas folhas de M. pubescens. Foram coletadas folhas completamente

expandidas, em planta adulta ocorrente em região de cerrado, no perímetro urbano do município de

Montes Claros. Para a realização da prospecção fitoquímica, estas foram secas em estufa a 40°C por

aproximadamente 72 horas. Para a análise qualitativa das principais classes de metabólitos

secundários utilizou-se de metodologias adaptadas, descritas na literatura. Pode-se observar a

presença de taninos nas reações com cloreto férrico, acetato neutro de chumbo e acetato de cobre,

mostrando ausência em solução aquosa específica de alcaloides. A presença de saponinas a partir da

concentração 20% foi significativa. A reação com cloreto férrico indicou a presença de flavonoides.

Nos testes realizados para alcaloides o resultado foi positivo para os reagentes de Bouchard,

Bertrand e Dragendorff, sendo negativo somente para o reativo de Mayer. As análises fitoquímicas

são importantes como subsídios para a farmacognosia na busca de princípios ativos e identificação

dos compostos bioativos tendo em vista que esses podem variar em sua composição e quantidade

em função de fatores ambientais.

Palavras-chave: Tinguí, metabólitos secundários, planta medicinal.

______________________________ (1)

Programa de Mestrado em Biotecnologia da Universidade Estadual de Montes Claros –

UNIMONTES, MG. [email protected] (2)

Departamento de Biologia Geral da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES,

MG. (3)

Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros –

UNIMONTES, MG.

Page 16: Anais Simbio 2013

5

ANÁLISE in silico DA SIMILARIDADE EM GRUPOS VEGETAIS DISTINTOS EM

FUNÇÃO DO GENE DA MALATO DESIDROGENASE

Higor Fernando SALVADOR(1)

, Guilherme Araújo LACERDA(1)

, Ludmila Nayara de Freitas

CORREIA(1)

& Cleidiana de Oliveira AGOSTINHO(1)

A malato desidrogenase (EC 1.1.1.37) atua no metabolismo do ciclo de Krebs sendo responsável

por catalisar a conversão do malato em oxalacetato. Já na síntese de ácidos graxos sua isoenzima

malato desidrogenase citosólica reduz o oxalacetato a malato numa reação oposta. Tendo em vista a

importância econômica do Dendê (Elaeis guineensis) construiu-se uma árvore filogenética com

base no gene da malato desidrogenase e de sua isoenzima citosólica a fim de averiguar

similaridades de vegetais em relação a estas duas características. Para definir as espécies escolhidas

para a análise utilizou-se o algoritmo Basic Local Alignment Search Tool buscando-se sequências

nucleotídicas homólogas no National Center for Biotechnology Information. As espécies analisadas

foram E. guineensis, Corylus heterophylla, Prunus armeniaca, Prunus persica, Malus x domestica,

Iris x hollandica, Cicer arietinum, Nicotiana tabacum, Glycine max, Chlamydomonas reinhardtii e

Brassica napus. As sequências das respectivas plantas foram alinhadas por meio do programa

ClustalW e a árvore obtida pelo MEGA4 através do método de distância UPGMA. A validade do

dendograma quanto a distâncias dos clusters foi dada pelo teste probabilístico de bootstrap. Dois

grupos distintos puderam ser observados, sendo que naquele em que agrupou-se E. guineensis

tivemos uma confiabilidade de 55%. O segundo agrupamento destacou-se pela ocorrência de N.

tabcum atuando como grupo externo. Ambas as espécies M. x domestica e I. x hollandica, sendo

resultados de cruzamento, agruparam-se com baixa confiabilidade (40%). Já as espécies C.

heterophylla e P. persica se agruparam com 100% no primeiro grupo. As plantas resultantes de

cruzamento se mostraram mais próximas à B. napus, mesmo esta sendo representada pelo gene da

enzima mitocondrial, ao contrário das demais. A malato desidrogenase apresentou-se como um

possível marcador na determinação de similaridade de sequências entre plantas, não sendo

indicativo de relação filogenética.

Palavras-chave: Elaeis guineensis, filogenia, UPGMA.

______________________________ (1)

Graduandos do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros -

UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil. [email protected] (2)

Professor do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros-

UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil.

Page 17: Anais Simbio 2013

6

ANATOMIA COMPARADA DA LÂMINA FOLIAR DE Butia archeri (Glassman) Glassman

E B. capitata (Mart.) Becc. (ARECACEAE)

Samuel Alves dos SANTOS(1)

, Bruno Francisco SANT’ANNA-SANTOS(1)

, Wellington Geraldo

Oliveira CARVALHO-JUNIOR(2)

, Francisco Andre Ossamu TANAKA(3)

& Dayana Maria

Teodoro FRANCINO(4)

A anatomia foliar é uma fonte promissora de dados que auxilia na delimitação de espécies cuja

morfologia externa não é suficiente para distingui-las, como no gênero Butia. Objetivou-se

identificar características anatômicas distintivas da lâmina foliar de Butia archeri e B. capitata,

visando contribuir para o conhecimento da morfologia e taxonomia do gênero. Amostras da porção

mediana das pinas de indivíduos pertencentes a duas populações nativas, em área de Campo

Rupestre (B. archeri) e Cerrado sensu stricto (B. capitata), foram coletadas e fixadas em solução de

Karnovsky. Parte das amostras foi previamente lavada em clorofórmio para remoção das ceras

epicuticulares, tornando possível a visualização dos estômatos. Após desidratação em série de

acetona crescente, as amostras foram secas ao ponto crítico e metalizadas com ouro para observação

ao microscópio eletrônico de varredura. Para microscopia de luz, as amostras foram infiltradas e

polimerizadas em glicol-metacrilato, coradas com azul de toluidina e os cortes transversais

posteriormente montados em resina sintética. Em ambas as espécies, a cutícula é densamente

coberta por placas retangulares de ceras epicuticulares. Contudo, as ceras são dispostas

horizontalmente em B. archeri e verticalmente em B. capitata. Nas amostras previamente tratadas

com clorofórmio, a micromorfologia foliar é bastante similar, estando os estômatos tetracíticos

dispostos em fileiras contínuas em ambas as faces das pinas. Ao microscópio de luz, B. archeri

apresenta feixes de menor calibre que circundam totalmente o cilindro fibroso que não atinge a

hipoderme na face abaxial. Já em B. capitata, o cilindro fibroso atinge a hipoderme e os feixes de

menor calibre circundam o cilindro parcialmente. Além de diagnósticos, tais características são

úteis para corroborar com a distinção morfológica das espécies, contribuindo para a taxonomia de

Butia

Palavras-chave: Anatomia Vegetal, coquinho-azedo, taxonomia.

______________________________

Os autores agradecem à Fundação de Amparo a Pesquisa (FAPEMIG) pelo aporte de recurso

financeiro e bolsa de iniciação científica ao primeiro autor (CRA APQ 01043/11) e ao Núcleo de

Apoio à Pesquisa em Microscopia Eletrônica Aplicada à Pesquisa Agropecuária pelo suporte ao

processamento das amostras.

(1)

Universidade Federal de Minas Gerais, Campus Regional Montes Claros, Montes Claros, MG,

Brasil. [email protected] (2)

Petrobras Biocombustível. (3)

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz – ESALQ/USP, Piracicaba, SP, Brasil. (4)

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, Diamantina, MG, Brasil.

Page 18: Anais Simbio 2013

7

ANATOMIA DA CASCA DA RAIZ DE Solanum lycocarpum A.St.-Hil. E S. paniculatum L.

(SOLANACEAE)

Laudineia de Jesus MATIAS(1)

, Maria Olívia MERCADANTE-SIMÕES(2)

, Vanessa de Andrade

ROYO(2)

, Leonardo Monteiro RIBEIRO(2)

, Mayara Pereira GONÇALVES(3)

& Ariadna Conceição

dos SANTOS(3)

Solanum lycocarpum e S. paniculatum são utilizadas comumente para o tratamento de diversas

doenças inclusive para o controle de diabetes sendo o objetivo do presente trabalho a identificação

de caracteres anatômicos distintivos para as cascas das raízes dessas espécies. O material vegetal foi

fragmentado, fixado em solução de Karnovsky, desidratado em série etílica e incluído em glicol-

metacrilato. Foram obtidas seções transversais e longitudinais, em micrótomo rotativo, com 5mm

de espessura, que foram coradas com azul de toluidina 0,05%, pH 7,4 e montadas em resina

acrílica. Na periderme, as células do súber apresentam-se lignificadas como em S. paniculatum e a

feloderme em S. paniculatum apresenta areia cristalina. No córtex, em S. lycocarpum, ocorre menor

grau de lignificação e acúmulo de areia cristalina do que em S. paniculatum. No floema, evidencia-

se menor proporção de elementos de tubo crivado em relação ao parênquima axial em S.

lycocarpum sendo que em S. paniculatum a quantidade de elementos condutores é maior que o

número de células do parênquima axial. O grau de esclerificação, o acúmulo de areia cristalina e o

padrão floemático podem ser caracteres diagnósticos para as cascas das raízes das espécies

estudadas.

Palavras-chave: lobeira, jurubeba, cascas de raiz.

______________________________

Apoio financeiro: CNPq, FINEP, FAPEMIG, Pró-Reitoria de Pesquisa e Petrobrás.

(1)

Programa de Mestrado Profissional em Biotecnologia, Universidade Estadual de Montes Claros -

UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil. [email protected] (2)

Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES,

Montes Claros, MG, Brasil. (3)

Curso de Ciências Biológicas Bacharelado, Universidade Estadual de Montes Claros -

UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil.

Page 19: Anais Simbio 2013

8

ANATOMIA DA FOLHA DE Solanum lycocarpum A.St.-Hil. E S. paniculatum L.

(SOLANACEAE)

Laudineia de Jesus MATIAS(1), Maria Olívia MERCADANTE-SIMÕES(2), Vanessa de Andrade

ROYO(2), Leonardo Monteiro RIBEIRO(2), Mayara Pereira GONÇALVES(3) & Ariadna

Conceição dos SANTOS(3)

Solanum lycocarpum e S. paniculatum são conhecidas pelo vasto espectro de aplicações

farmacológicas inclusive para doenças crônicas como o diabetes. Nesse sentido, o presente trabalho

objetivou a identificação de caracteres anatômicos distintivos para as folhas dessas espécies. O

material vegetal foi fragmentado, fixado em solução de Karnovsky, desidratado em série etílica e

incluído em glicol-metacrilato. Foram obtidas seções transversais e longitudinais, em micrótomo

rotativo, com 5μm de espessura, que foram coradas com azul de toluidina 0,05%, pH 7,4 e

montadas em resina acrílica. A epiderme, em S. lycocarpum, apresenta tricomas glandulares em

menor número e maior densidade de tricomas tectores que em S. paniculatum. O mesofilo, em S.

lycocarpum, apresenta parênquima paliçádico pluriestratificado com células de comprimento

variado, ao passo que em S. paniculatum o parênquima é unisseriado e o comprimento das células é

uniforme; o parênquima lacunoso, em S. lycocarpum, apresenta espaços intercelulares menos

volumosos que em S. paniculatum. Na nervura mediana, em S. lycocarpum, o parênquima e o

sistema vascular apresentam maior grau de esclerificação e maior quantidade de idioblastos

cristalíferos que em S. paniculatum. No pecíolo, em S. lycocarpum, o parênquima apresenta maior

esclerificação e espaços intercelulares mais volumosos que em S. paniculatum. A disposição dos

tricomas, o padrão do parênquima do mesofilo, o grau de esclerificação e o acúmulo de areia

cristalina podem ser caracteres diagnósticos para as folhas das espécies estudadas.

Palavras-chave: lobeira, jurubeba, anatomia foliar.

______________________________

Apoio financeiro: CNPq, FINEP, FAPEMIG, Pró-Reitoria de Pesquisa e Petrobrás.

(1)

Programa de Mestrado Profissional em Biotecnologia, Universidade Estadual de Montes Claros -

UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil. [email protected] (2)

Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES,

Montes Claros, MG, Brasil. (3)

Curso de Ciências Biológicas Bacharelado, Universidade Estadual de Montes Claros -

UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil.

Page 20: Anais Simbio 2013

9

ANATOMIA DO CAULE DE Hancornia speciosa Gomes (APOCYNACEAE)

Mayara Pereira GONÇALVES(1)

, Maria Olívia MERCADANTE-SIMÕES(2)

, Ariadna Conceição

dos SANTOS(1)

, Vanessa de Andrade ROYO(2)

, Daiane Maia de OLIVEIRA(3)

& Priscilla de Jesus

PESSOA(1)

Hancornia speciosa, conhecida popularmente como mangaba, é uma planta arbórea, amplamente

distribuída no cerrado brasileiro, cujo látex, obtido a partir do caule, apresenta valor taxonômico

para a espécie. O presente trabalho tem como objetivo a caracterização da estrutura anatômica do

caule de H. speciosa. O material vegetal foi fragmentado, fixado em solução de Karnovsky,

desidratado em série etílica e incluído em glicol-metacrilato. Foram obtidas secções transversais e

longitudinais em micrótomo rotativo que foram coradas com azul de toluidina e montadas em resina

acrílica. Na periderme observa-se a instalação do felogênio nas camadas subepidérmicas, comum

em Apocynaceae, produzindo células tabulares e compactas de súber com algum conteúdo fenólico

e 1-2 camadas de células de feloderme. No córtex observam-se idioblastos fenólicos, esclereídes

agrupadas e laticíferos de parede espessa que é uma característica anatômica universal na família.

Os feixes vasculares são bicolaterais. O floema externo apresenta cristais, laticíferos e raios

unisseriados. Fibras agrupadas na porção mais distal do floema externo e presença de esclereídes.

Sua distribuição no floema pode ter valor taxonômico. O floema interno apresenta a mesma

conformação do floema externo com ausência das fibras. A medula constitui-se de células

parenquimáticas de parede delgada, laticíferos e idioblastos fenólicos. O local de instalação do

felogênio, laticíferos calibrosos e abundantes em meio ao córtex e floema e o padrão dos

constituintes floemáticos podem apresentar valor diagnóstico para a espécie contribuindo para a

identificação vegetal.

Palavras-chave: mangaba, laticíferos, droga vegetal.

______________________________

Apoio Financeiro: FAPEMIG, CNPq e Pró-Reitoria de Pesquisa da Unimontes.

(1)

Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes - MG.

[email protected] (2)

Departamento de Biologia Geral da Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes - MG. (3)

Programa de Mestrado em Biotecnologia da Universidade Estadual de Montes Claros –

Unimontes - MG.

Page 21: Anais Simbio 2013

10

ARTICULAÇÃO ENTRE O CONTEÚDO E O LÚDICO PARA O ENSINO DE

MICROBIOLOGIA

Cirilo Henrique de OLIVEIRA(1)

, Ariadne Miranda CARDOZO(1)

, Jéssica Coutinho SILVA(¹) &

Giuliana de Sá Ferreira BARROS(2)

A microbiologia é trabalhada nas disciplinas ciências e biologia, no ensino fundamental e médio.

Sendo assim, a elaboração de materiais incorporando a dimensão lúdica é de suma importância.

Nestas condições, um protótipo de jogo foi elaborado, constituído por um painel, dado, mini cones,

cartões, cronômetro e um manual informativo. Após a utilização do jogo, aplicou-se um

questionário em duas turmas do segundo ano do ensino médio, totalizando 27 alunos. Após a

tabulação e interpretação dos dados, 63% dos alunos responderam que o nível do jogo é

relativamente fácil, uma pequena parcela fez observações apontando que encontraram dificuldades,

o jogo também pode ser utilizado como diagnóstico. Cerca de 81% apontaram que o jogo é

bastante articulado e permiti o trabalho em grupo, tornando a aula dinâmica e atraente. Este

resultado mostra que os alunos podem e devem discutir sobre a questão levantada, a troca de

saberes e o questionamento são fundamentais. Uma parcela de 74% apontou que o jogo contribuiu

para o seu aprendizado. Como sugestões, cerca de 80% assinalaram que a premiação deve acontecer

como forma de estimulação. Os resultados demonstram que a proposta fundamentada no lúdico é

significativa para construção e desenvolvimento do conhecimento e aprendizagem do aluno. Neste

contexto o aluno constitui um sujeito autônomo do aprendizado a partir da possibilidade de

expressão e atuação. Foi perceptível que tais dados, possibilitaram um retrato da realidade local

apresentando contribuições para melhor compreensão do processo educativo no âmbito da escola.

Tais questionamentos não se esgotam em si, já que esse levantamento de dados projeta a

necessidade de aprofundamento na discussão a respeito do ensino de microbiologia.

Palavras-chave: microbiologia, lúdico, ensino.

______________________________

Apoio financeiro: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES

(1)

Graduando do Curso Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal de Educação,

Ciência e Tecnologia - Campus Salinas. Salinas/MG, Brasil. ([email protected]) (2)

Professora Orientadora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus

Salinas. Salinas/MG, Brasil. ([email protected])

Page 22: Anais Simbio 2013

11

A UTILIZAÇÃO DO JOGO DIDÁTICO SOBRE MICROBIOLOGIA “MICROLUDO” EM

TURMAS DE ENSINO MÉDIO DO IFNMG- CAMPUS SALINAS

Lêda Naiara Pereira COSTA(1)

, Vanessa Rodrigues SANTANA(1)

, Lauany Matos de Novais

SILVA(1)

& Giuliana de Sá Ferreira BARROS(2)

O ensino através de jogos proporciona o desenvolvimento e a fixação do conteúdo de maneira

diferenciada e divertida. Nesse sentido, foi trabalhado um jogo com a temática de microbiologia,

tendo como objetivo proporcionar uma aula em que os alunos pudessem interagir e aprender a

matéria de forma descontraída ajudando-os a revisar o conteúdo. O jogo foi denominado:

“MICROLUDO”, sendo composto por um tabuleiro de EVA, cinquenta cartas com perguntas e

respostas sobre microbiologia, dez cartas surpresas com ônus e bônus e quatro marcadores com

imagens diferentes para definir os times. Participaram do jogo e do preenchimento do questionário

50 alunos de duas turmas do 2º ano do Ensino Médio do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais

– Campus Salinas, com faixa etária entre quatorze e quinze anos. O questionário foi composto por

sete questões, seis fechadas e uma aberta. Quando indagados se gostaram do jogo noventa e seis por

cento dos alunos disseram que gostaram do jogo e quatro por cento não gostaram. Oito por cento

dos alunos responderam que o nível do jogo foi fácil, setenta e oito por cento disseram que o nível

foi médio e seis por cento acharam o jogo difícil. Vinte e oito por cento disseram que a linguagem

utilizada para formular as questões foi de fácil compreensão, cinquenta por cento disseram ter sido

média e dezesseis por cento acharam difícil. Em relação ao tamanho do jogo quatro por cento dos

alunos acharam ruim, dez por cento disseram ter sido regular e oitenta e seis por cento disseram ser

bom. Noventa e dois por cento dos alunos responderam ter gostado de trabalhar em grupo e oito por

cento disseram não ter gostado. Ao serem perguntados se o jogo auxiliou no aprendizado noventa

por cento disseram que sim e dez por cento disseram que não. Quando indagados sobre as sugestões

para o jogo os alunos disseram que eles deveriam escolher os grupos, as perguntas deveriam ser

mais difíceis, utilizar mais vezes o jogo na sala, ter um tempo maior para responder as perguntas e

aumentar o tempo do jogo. Foi possível perceber que as atividades lúdicas quando levadas para a

sala de aula provocam um maior interesse nos alunos. Durante o jogo observou-se que os alunos

ficaram entusiasmados e interagiram entre si. Conclui-se então, que o jogo foi de grande

importância para a aprendizagem dos alunos, pois eles competiram de uma forma saudável e

tentaram buscar as respostas no intuito de somar conhecimento e vencer.

Palavras-chave: jogo, microludo, aprendizagem.

______________________________

O presente trabalho foi realizado com o apoio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a

Docência – PIBID, da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível superior –

Brasil.

(1)

Graduandas do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal do Norte de

Minas Gerais – campus Salinas - IFNMG, Salinas, MG, Brasil. [email protected]. (2)

Professora do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – campus Salinas - IFNMG, Salinas,

MG, Brasil.

Page 23: Anais Simbio 2013

12

AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE LEISHMANIOSE VISCERAL HUMANA E CANINA

NA REGIÃO DO GRANDE MARACANÃ NA CIDADE DE MONTES CLAROS, MINAS

GERAIS, EM 2012

Olívia Rivane DAYRELL(1)

, Anamaria de Souza CARDOSO(2)

& Otávio CARDOSO-FILHO(2)

A Leishmaniose visceral é uma zoonose de ampla distribuição mundial, doença crônica e sistêmica,

que pode levar ao óbito se não diagnosticada e tratada em tempo hábil. Os primeiros casos da

doença em Minas Gerais foram detectados em áreas rurais do norte do estado, mas atualmente

grande parte dos casos ocorre em áreas urbanas. O presente estudo objetivou avaliar a incidência de

Leishmaniose visceral humana e canina na região do Grande Maracanã, na cidade de Montes

Claros, no ano de 2012. Para tanto foi realizada uma pesquisa de campo, com abordagem

quantitativa. Os dados foram coletados através de um levantamento do número de casos de

leishmaniose visceral humana, durante esse período, com base nas notificações do Sistema de

Informações e Agravo de Notificação da Secretaria Municipal de Saúde. Os dados referentes ao

número de casos de leishmaniose visceral canina, bem como do número de cães examinados e

eutanasiados, foram obtidos nos relatórios do Centro de Controle de Zoonoses do referido

município. Com relação à incidência de leishmaniose visceral canina os resultados obtidos

apresentaram-se conforme o esperado, houve um elevado número de casos. Dos 5.358 cães

examinados, 499 foram reativos, tendo sido 427 eutanasiados. Entretanto, a incidência de

leishmaniose visceral em humanos foi baixa, com apenas um caso notificado em uma população de

aproximadamente 30 mil habitantes, segundo o censo municipal. Os dados encontrados sugerem um

efetivo e intenso trabalho do Centro de Controle de Zoonoses para conter a endemia, o que refletiria

na redução dos casos da doença em humanos. É possível concluir que um eficiente trabalho de

investigação do principal reservatório (o cão) dessa enfermidade constitui um importante fator de

proteção para a população, porém, investimentos em medidas educativas e novos métodos para

controle do vetor, também poderiam resultar em redução do número de casos, tanto em humanos

quanto em animais.

Palavras-chave: Leishmaniose visceral, incidência.

______________________________ (1)

Graduanda do Curso de Ciências Biológicas do Sistema de Ensino Superior do Norte de Minas –

ISEIB, Montes Claros, MG, Brasil. [email protected]. (2)

Professor do Curso de Ciências Biológicas do Sistema de Ensino Superior do Norte de Minas –

ISEIB, Montes Claros, MG, Brasil.

Page 24: Anais Simbio 2013

13

AVALIAÇÃO in silico DA FREQUÊNCIA DO GENE SERK EM DIFERENTES ESPÉCIES

VEGETAIS

Cleidiana de Oliveira AGOSTINHO(1)

, Guilherme Araújo LACERDA(2)

, Higor Fernando

SALVADOR(1)

& Ludmila Nayara de Freitas CORREIA(1)

Durante a embriogênese somática, alterações bioquímicas e morfológicas induzidas ocorrem

durante todo o desenvolvimento de tecidos, estando intimamente relacionado com alterações na

expressão gênica. Entre os genes envolvidos na indução de embriogênese somática, o Somatic

Embriogenic Receptor Kinase (SERK) tem sido indicado como aquele que desempenha um papel

importante neste processo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência e similaridade do gene

SERK encontrados nas espécies vegetais: Dimocarpus longan, Glycine max, Cocos nucifera,

Gossypium hirsutum, Ananas comosus, Rosa canina, Oryza sativa, Hordeum vulgare e

Brachypodium distachyom. Buscou- se sequências do gene SERK no banco de dados National

Center for Biotechnology Information, utilizando as palavras chaves SERK e Arecaceae. Foi

encontrada uma sequencia referente à espécie C. nucifera, a partir desta buscou-se sequencias

similares utilizando algorítimo Basic Local Aligment Search Tool. Estas sequencias foram alinhadas

utilizando o ClustalW e agrupadas no programa Molecular Evolutionary Genome Analysis usando o

modelo de comparação Unweighted Pair Grouping by Mathematical Averages. A validade do

dendograma quanto a distâncias dos clusters foi dada pelo teste probabilístico de bootstrap. Embora

houvessem 03 sequencias de A. comosus, estas não puderam ser agrupadas, isso se deve ao fato

destas expressarem genes diferentes. A. comosus expressando SERK2 se distanciou de SERK3 e

SERK1 que se agruparam com 61% de confiabilidade, enquanto A. comosus SERK2 se agrupou a R.

canina com 43%. C. nucifera se agrupou a D. longan e G. max apresentando confiabilidade de

81%, enquanto as 02 últimas espécies se agruparam com 100%. As duas sequências de O. sativa se

agruparam com 63%. O gene SERK pode ser encontrado em várias espécies sendo possível a

utilização deste como marcador molecular para a embriogênese somática.

Palavras-chave: embriogênese somática, marcador molecular, UPGMA.

______________________________ (1)

Graduandos do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros-

UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil. [email protected] (2)

Professor do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros-

UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil.

Page 25: Anais Simbio 2013

14

CARACTERES ANATÔMICOS QUALITATIVOS NA DIAGNOSE DE ESPÉCIES DE

Butia (Becc.) Becc. (Arecaceae) DO BRASIL

Samuel Alves dos SANTOS(1)

, Bruno Francisco SANT’ANNA-SANTOS(1)

, Dayana Maria

Teodoro FRANCINO(2)

& Wellington Geraldo Oliveira CARVALHO-JUNIOR(3)

Caracteres da anatomia foliar têm demonstrado grande utilidade na delimitação taxonômica de

espécies da família Arecaceae. Assim, objetivou-se estudar a anatomia foliar de B. lallemantii (1),

B. matogrossensis (2), B. eriospatha (3), B. pubispatha (4), B. exospadix (5), B. microspadix (6), B.

paraguayensis (7), B. marmorii (8), B. lepidotispatha (9), B. capitata (10), B. archeri (11), B.

leptospatha (12), B. purpurascens (13), B. catarinenses (14), B. yatay (15) e B. campicola (16) com

o intuito de identificar caracteres que possam subsidiar a delimitação das espécies. Amostras de

pinas foram fixadas em solução de Karnovsky, desidratadas e incluídas em metacrilato. Cortes

transversais foram corados em azul de toluidina e montados em resina sintética. Após observação,

foi feita documentação fotográfica. A fonte do material pesquisado foi o Jardim Botânico

Plantarum, onde as espécies são cultivadas. Caracteres como epiderme unisseriada, cutícula

espessa, feixes vasculares do tipo colateral e tecido de expansão estratificado são comuns e,

portanto de valor conservativo para o gênero. Por outro lado, os caracteres presença ou ausência de

ráfides, formato da nervura mediana e da margem, e tecido de expansão contínuo ou interrompido,

apresentaram valor diagnóstico na delimitação de grupos de espécies ou mesmo ao nível específico.

As ráfides ocorrem nas espécies 4, 5, 6, 8, 10, 12, 14 e 16. Nervuras com formato arredondado

foram observadas em 5, 10 e 14, cordiforme em 8, elíptico na espécie 11, oblovado em 9, truncado

em 7, 12, 13 e 16, truncado oblíquo em 2, 6 e 15 e truncado triangular em 1, 3 e 4. A margem

possui formato quadrangular em 1, 2, 7, 12 e 15, quadrangular/arredondado em 4, 6, 10 e 11, e

deltóide em 3, 5, 8, 9, 13, 14 e 16. O tecido de expansão é continuo nas espécies 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,

10, 14 e 16. Os caracteres anatômicos permitiram a elaboração de uma chave de identificação,

reforçando o valor diagnóstico da anatomia para a taxonomia do gênero.

Palavras-chave: Anatomia Vegetal, taxonomia, palmeiras.

______________________________

Os autores agradecem ao Jardim Botânico Plantarum, pela disponibilização do material pesquisado

(Termo de Cooperação nº 048/12-00), à Fundação de Amparo a Pesquisa (FAPEMIG) pelo aporte

de recurso financeiro e bolsa de iniciação científica ao primeiro autor (CRA APQ 01043/11) e ao

Núcleo de Apoio à Pesquisa em Microscopia Eletrônica Aplicada à Pesquisa Agropecuária pelo

suporte ao processamento das amostras.

(1)

Universidade Federal de Minas Gerais, Campus Regional Montes Claros, Montes Claros, MG,

Brasil. [email protected] (2)

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, Diamantina, MG, Brasil. (3)

Petrobras Biocombustível.

Page 26: Anais Simbio 2013

15

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS PARA O SUBSÍDIO DE MELHORAMENTO

GENÉTICO DE VARIEDADES DE FEIJÃO EM UNAÍ-MG

Heloiza Navarro de NOVAES(1)

, Clênia Mara Gomes de MORAIS(1)

, Daniel Alves SANTIAGO(1)

,

Gabriela Mendes FERNANDES(1)

, Guilherme Victor Nippes PEREIRA(2)

& Guilherme Araújo

LACERDA(3)

A produção e o consumo de feijão (Phaseolus vulgaris) no Brasil destacou-se nos últimos anos

principalmente por ser economicamente viável às famílias de baixa renda. Os feijoeiros têm grande

produtividade, mas dentre as dificuldades encontradas está proporcionar condições favoráveis à sua

produção. Como o melhoramento genético dirigiu tal cultura a novo status no mercado mundial,

objetivou-se introduzir e selecionar adaptações morfofisiológicas de feijoeiro determinando qual

das cinco variedades estudadas melhor se adapta às condições edafoclimáticas da região municipal

de Unaí, MG a fim de subsidiar projetos de melhoramentos. O município é o maior produtor de

grãos do estado alcançando hegemonia dessa cultura, buscar variedades adaptadas à região podem

agregar diferentes variedades e melhorar a produtividade conquistada. Os experimentos foram

conduzidos no campus da UNIMONTES em Unaí, empregou-se delineamento fatorial 4x5,

correspondendo a quatro variedades (Carioca escuro; Carioca claro; Mulatinho e Rosinha) e cinco

repetições de cada, em triplicatas, totalizando 60 tratamentos preparados em 20 vasos de polietileno.

Analisou-se 11 caracteres agronômicos: número de plantas germinadas; altura; número de folhas

médio por tratamento; diâmetro do caule; número de dias para florescimento; número de vagens por

planta; número de sementes por vagem; largura e comprimento médio das sementes; peso de mil

grãos e ciclo da planta. As comparações entre as médias dos caracteres foram efetuadas pelo teste

de Scott-Knott, nível de 5% de significância, utilizando o aplicativo computacional SISVAR®.

Todo o ciclo da planta foi acompanhado, variando entre 64 e 68 dias e as caraterísticas avaliadas

foram medidas após 12º dia de semeadura. Constataram-se diferenças tanto morfológicas quanto

fisiológicas, além de variações estatísticas para as variedades estudadas. O comparativo indicou as

variedades Mulatinho e Rosinha para serem inseridas no programa de melhoramento que se

pretende propor.

Palavras-chave: adaptações morfofisiológicas, produtividade, Phaseolus vulgaris.

______________________________ (1)

Graduandos do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros -

UNIMONTES, Unaí, MG, Brasil. [email protected] (2)

Orientador e Professor do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes

Claros - UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil. (3)

Co-orientador e Professor do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes

Claros - UNIMONTES, Montes Claros, MG, Brasil.

Page 27: Anais Simbio 2013

16

CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS DE RESIDÊNCIAS POSITIVAS PARA A

PRESENÇA DO MOSQUITO Aedes aegypti (LINNEAUS, 1762), EM DOIS BAIRROS DA

CIDADE DE SALINAS – MG

Felipe Augusto SOARES(1)

, Jefferson Bruno Bretas de Souza OLIVEIRA(1)

, Jéssica Coutinho

SILVA(1)

& Filipe Vieira Santos de ABREU(2)

O mosquito Aedes aegypti é o principal vetor da dengue no mundo. Apesar dos esforços

desprendidos pelo governo, o alto índice de incidência da dengue prevalece a mais de uma década

no Brasil. Estudos mostram que o mosquito Aedes aegypti possui um comportamento peculiar e

preferência por determinados ambientes. No entanto, estas preferências ainda são desconhecidas,

sobretudo em regiões com baixa quantidade de estudos específicos, como na região Norte de Minas

Gerais. O objetivo desse trabalho foi detectar as características ambientais das residências que

apresentaram os maiores índices de infestação em dois bairros da cidade de Salinas - MG. Para a

análise, instalaram-se vinte armadilhas ovitrampa em dois bairros do município, sempre no

peridomicílio. Elas foram inspecionadas semanalmente entre junho/2012 e janeiro/2013 para

obtenção do Índice de Positividade de Ovitrampa através dos ovos presentes e identificação larval.

Ao final das coletas as residências foram caracterizadas através de observação do local e aplicação

de questionários. As residências que apresentaram Índice de Positividade de Ovitrampa acima de

50% foram consideradas como de alto risco para presença de A. aegypti. Em 60% das casas

classificadas como “alto risco” as armadilhas estavam dispostas em locais sombreados. As

armadilhas de todas estas casas estavam próximas a prováveis criadouros de A. aegypti (tanques,

vasos de plantas, pneus, caixas d’água) e em locais de frequente acesso de pessoas e animais.

Provavelmente, nestas condições o mosquito encontra todos os recursos necessários ao seu ciclo de

vida, sem precisar se dispersar, o que justifica a alta incidência de ovos. Em futuros estudos

epidemiológicos recomenda-se a instalação de armadilhas em peridomicílio que contenha as

características citadas. O presente trabalho mostrou como fatores ambientais urbanos podem

contribuir para a manutenção do mosquito, aumento dos índices entomológicos e disseminação das

viroses que acometem a população.

Palavras-chave: Aedes aegypti; Oviposição; Salinas.

______________________________

Apoio / Financiamento: FAPEMIG; Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Salinas;

Centro de Zoonose do Município de Salinas.

(1)

Graduandos do Curso de Ciências Biológicas do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais –

Campus Salinas - MG, Brasil. [email protected] (2)

Professor do Curso de Ciências Biológicas do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais –

Campus Salinas - MG, Brasil.

Page 28: Anais Simbio 2013

17

CRIAÇÃO LEGALIZADA DE AVES SILVESTRES: FATORES CONTRIBUINTES NA

PRESERVAÇÃO DA DIVERSIDADE DA FAUNA BRASILEIRA

Guilherme Gonçalves Borburema (1)

As aves silvestres brasileiras são constantemente atingidas por maus tratos, pelo intenso tráfico

deanimais e na degradação realizada pelo homem no ecossistema do ambiente florestal, o qual

também vem sendo ocupado pelo crescimento urbano. O presente estudo objetivou refletir os

fatores da criação legalizada de aves silvestres que podem ser contribuintes para a preservação da

diversidade da fauna brasileira. Como metodologia foi utilizada a abordagem qualitativa com a

pesquisa bibliográfica na área de ecologia que abordem o tema em questão e o trabalho de campo

realizando a observação participante atuando como integrante do CAPAMN – Clube Amigo dos

Pássaros de Montes Claros e do Norte de Minas, associação de criadores de pássaros cadastrada no

IBAMA. Como resultados pode-se citar a efetiva contribuição da iniciativa da criação legalizada de

aves na proteção e preservação da diversidade destas, onde os criadores investem para uma

qualidade de canto e preservação da variabilidade genética da ave, através de trocas dos pássaros

entre os criadores e troca de informação com criadores de diversas regiões do Brasil e através da

realização de encontros e torneios de canto de pássaros em níveis regionais, estaduais e nacionais.

No Brasil o pássaro Oryzoborus maximiliani maximiliani conhecido popularmente como Bicudo,

teve seu habitat natural tomado por plantações, dentre outros fatores que poderiam ter o levado à

extinção. Atualmente essa espécie só se encontra em cativeiro, o qual tem sido considerado não

mais como pássaro silvestre, mas como pássaro doméstico. A isso soma-se também iniciativas de

grupos de criadores de pássaros como projetos de reintrodução dessa espécie em seu habitat natural.

Assim a criação legalizada de pássaros contribui de diferentes formas na preservação das espécies

de aves da fauna brasileira valorizando, protegendo e se atualizando constantemente para uma

efetiva ação contra danos às espécies.

Palavras-chave: Aves silvestres, preservação ambiental, criação de aves.

______________________________ (1)

Graduando do Curso de Ciências Biológicas do Instituto Superior de Educação Ibituruna - ISEIB,

Montes Claros, MG, Brasil. [email protected]

Page 29: Anais Simbio 2013

18

EFEITO DO ESTRESSE HÍDRICO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE IPÊ PRETO

(Zeyhera tuberculosa) E PAU FORMIGUEIRO (Triplaris brasiliana)

Mateus Felipe Quintino SARMENTO(1)

; Tiago Reis DUTRA(2)

, Hugo Henrique Cardoso SALIS(1)

;

Rafaela Letícia Ramires CARDOSO(1)

; Alice Soares BRITO(1)

& Tiago Barbosa SANTOS(1)

O pau formiga (Triplaris brasiliensis) e o ipê preto (Zeyheria tuberculosa) são espécies presentes

em regiões de grande déficit hídrico, sendo muito utilizadas em programas de recuperação de áreas

degradas e paisagismo. Todo esse potencial deve-se ao fato dessas plantas apresentarem um

crescimento acelerado, porém não há estudos sobre o efeito do estresse hídrico e sua influência na

germinação das sementes dessas espécies. Diante do exposto, o presente trabalho teve como

objetivo avaliar o efeito do estresse hídrico na germinação de sementes de Triplaris brasiliana (pau

formiga) e Zeyhera tuberculosa (ipê preto). O delineamento experimental utilizado foi o

inteiramente casualizado, no esquema fatorial de 5x2, sendo estudado o efeito de cinco níveis de

estresse hídrico com o uso do polietilenoglicol (PEG 6000) nos potenciais osmóticos 0,0; -0,3; -0,6;

-1,2; -1,8 MPa, condicionando as sementes das espécies estudadas (pau formiga e ipê preto) em

quatro repetições. As unidades experimentais foram compostas por 20 sementes. As mesmas foram

semeadas em papel Germitex. Aos 28 dias após semeadura foram avaliados os seguintes

parâmetros: Índice de velocidade de germinação (IVG); tempo médio de germinação (TMG);

percentagem de germinação (G) aos 7, 14, e 28 dias após a semeadura. O ipê preto não apresentou

estatisticamente dados representativos, uma vez que apenas 0,89% das sementes germinaram. Já o

pau formiga respondeu negativamente ao efeito do estresse hídrico, afetando o crescimento do eixo

embrionário e consequentemente a germinação. A variável IVG apresentou para o pau formigueiro

o menor índice (5,54) na dose de -1,8 MPa, resultando em um maior TMG (13,95 dias). Os

melhores valores de IVG (24,20%) e G (50,89%) foram encontrados na dose 0,0 MPa. O

condicionamento osmótico que proporcionou os melhores resultados nas sementes de pau

formigueiro e ipê preto foi o 0,0 MPa, demonstrando que essas espécies não toleram o déficit

hídrico na etapa de germinação.

Palavras-chave: PEG 6000, Sementes florestais e Teste de Germinação.

______________________________ (1)

Graduando do Curso de Engenharia Florestal do Instituto Federal de Educação e Tecnologia do

Norte de Minas Gerais - IFNMG, Salinas, MG, Brasil. [email protected]. (2)

Professor do Curso de Engenharia Florestal do Instituto Federal de Educação e Tecnologia do

Norte de Minas Gerais - IFNMG, Salinas, MG, Brasil.

Page 30: Anais Simbio 2013

19

EFEITO DO ESTRESSE SALINO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE

CANAFÍSTULA (Peltophorum dubium (SPRENG) TAUB)

Jéssica Costa de OLIVEIRA(1)

, Tiago Reis DUTRA(2)

, Bárbara Mendes OLIVEIRA(1)

, Marcos

Aurélio Alves de OLIVEIRA(1)

& Carlos Henrique Soares SILVA(1)

Pertencente à família das Fabáceas, a canafístula é considerada uma ótima espécie para a

composição de reflorestamento misto em áreas degradadas de preservação permanente e muito

empregada no paisagismo como planta ornamental. Quando as suas sementes são expostas a

condições de estresse salino o seu metabolismo é alterado, podendo retardar o processo germinativo

e o estabelecimento da plântula. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho foi verificar o

efeito do estresse salino na germinação de sementes de canafístula. Adotou-se delineamento

inteiramente casualizado com quatro repetições, sendo estudado o efeito de seis níveis de potenciais

osmóticos (0,0; -0,3; -0,6; -0,9; -1,2 e 1,8 MPa) obtidos com a utilização do cloreto de sódio (NaCl)

sob a germinação das sementes de canafístula. Cada unidade experimental foi constituída por 20

sementes. Foram avaliados os seguintes parâmetros: Índice de velocidade de germinação; tempo

médio de germinação; percentagem de germinação aos 7, 14, e 28 dias após a semeadura. Para o

índice de velocidade de germinação e porcentagem de germinação aos 7, 14 e 28 dias, observou-se

uma redução significativa em seus valores com a elevação dos níveis de potencial osmótico, sendo

que os percentuais superiores (41,16 e 76,25% respectivamente) foram para as sementes submetidas

ao nível 0,0 MPa. O menor índice de velocidade de germinação (3,8), nas sementes submetidas ao

maior nível de potencial osmótico (-1,8 MPa), resultou em maior tempo médio de germinação (16

dias). Com isso conclui-se que em alta concentração salina, o processo de germinação das sementes

de canafístula é prejudicado, uma vez que reduz o potencial osmótico, retendo a água na solução

salina e dificultando a absorção pelos tecidos da semente.

Palavras-chave: Sementes florestais, potencial osmótico e solução salina.

______________________________ (1)

Graduanda do Curso de Engenharia Florestal do Instituto Federal de Educação, Ciência e

Tecnologia do Norte de Minas Gerais, Salinas, MG, Brasil. [email protected]. (2)

Professor do Curso de Engenharia Florestal do Instituto Federal de Educação, Ciência e

Tecnologia do Norte de Minas Gerais, Salinas, MG, Brasil.

Page 31: Anais Simbio 2013

20

ESTRUTURAS FOLIARES DE Aristolochia esperanzae (ARISTOLOCHIACEAE)

RELACIONADAS COM A PROSPECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS COM POTENCIAL

MEDICINAL

Flávia de Matos SILVA(1)

, Anna Luiza Nunes CARREIRO(1)

, Darlê Martins B. RAMOS(2)

&

Guilherme Araújo LACERDA(3)

A planta Aristolochia esperanzae O. Kuntze, conhecida popularmente como Papo-de-peru pertence

à família Aristolochiaceae, sendo encontrada nas bordas de matas do cerrado. A espécie é

conhecidapelos nomes vulgares: Papo-de-peru, angelicó, aristolóquia, caçaú, calunga, capa-homem,

cassau, cassiu, chaleira-de-judeu, cipó-mata-cobra, cipó-mil-homens, contra-erva, erva-de-urubu,

ervabicha, giboinha, guaco, jarrinha, mata-porco, milhomem, papo-de-galo, patinho, urubu-caá,

bastarda. É mencionada devido a suas propriedades medicinais como antisséptica, sedativa, na

inapetência, dispepsia, clorose, orquite, febres, nas picadas de cobras, diurética, emenagoga, além

de ser útil na hipertensão arterial e anti-reumática. Esse trabalho teve como objetivo identificar

características da anatomia foliar do Papo-de-peru a fim de subsidiar futuros trabalhos com sua

prospecção medicinal a partir deste órgão. O espécime de Papo-de-peru foi coletado na região da

comunidade rural de Vargem Grande da cidade de Brasília de Minas, MG. Foram realizados cortes

a mão livre no Laboratório de Botânica da Faculdade de Saúde Ibituruna – FASI utilizando folhas

frescas do material botânico evitando-se aquelas doentes ou atacadas por insetos. No corte

paradérmico da face abaxial da folha notamos estômatos do tipo anomocíticos ou ranunculáceo

(ausência de células subsidiárias) utilizando a coloração com Fucsina básica. No corte transversal

foi perceptível notar a abundância de glândulas produtoras de óleo essencial presentes em ambas

faces (adaxial e abaxial) como também nos tricomas glandulares, identificados com a utilização do

mesmo corante. Deste modo, relacionamos estas características da anatomia foliar do Papo-de-peru

nativo do Norte de Minas Gerais à produção de óleos essências a partir desta espécie para sua

bioprospecção.

Palavras-chave: glândulas produtoras de óleo, óleo essencial, estômatos.

______________________________ (1)

Graduanda do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas do Norte de Minas - FUNORTE,

Montes Claros, MG, Brasil. [email protected] (2)

Co-orientadora e Professora do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas do Norte de Minas

- FUNORTE, Montes Claros, MG, Brasil. (3)

Orientador e Professor do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas do Norte de Minas -

FUNORTE, Montes Claros, MG, Brasil.

Page 32: Anais Simbio 2013

21

ESTRUTURAS FOLIARES DE Aristolochia melastoma (ARISTOLOCHIACEAE)

RELACIONADAS COM A PROSPECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS COM POTENCIAL

MEDICINAL

Guilherme de Souza VELOSO(1)

, Danielly Cardoso RAMOS(1)

, Ana Paula Gomes de ALMEIDA(1)

,

Darlê Martins B. RAMOS(1)

& Guilherme Araújo LACERDA(3)

Aristolochia compreende um gênero de plantas perenes, volúveis, que geralmente crescem rentes ao

solo. A planta Aristolochia melastoma Manso (Capitãozinho) é uma planta medicinal presente no

Domínio dos Cerrados norte mineiros, indicado como antifebril, anti-séptico, sedativo e

emenagoga. As partes utilizadas no preparo do medicamento são raízes e folhas. Esse trabalho teve

como objetivo identificar características da anatomia foliar do Capitãozinho a fim de subsidiar

futuros trabalhos com sua prospecção medicinal a partir deste órgão. O espécime de Capitaozinho

foi coletado na região da comunidade rural de Pau de Fruta no município de Jequitaí, MG. Foram

realizados cortes a mão livre no Laboratório de Botânica da Faculdade de Saúde Ibituruna – FASI

utilizando folhas frescas do material botânico evitando-se aquelas doentes ou atacadas por insetos.

No corte paradérmico da folha notamos os tricomas glandulares utilizando a coloração com Sudan

IV (C24H20N4O) ou sudão IV. Este é um corante azóico lisocrômico (corante solúvel em gorduras).

No corte transversal foi perceptível a abundância de glândulas produtoras de óleo essencial

presentes em ambas as faces (adaxial e abaxial) como também nos tricomas glandulares,

identificados com a utilização do mesmo corante. Notamos ainda a ocorrência de um óleo bifásico

dentro das glândulas e tricomas indicando provavelmente uma mistura de ácidos graxos com

diferentes densidades. Este fato pôde caracterizar a riqueza de compostos deste óleo. Deste modo,

relacionamos estas características da anatomia foliar do Capitãozinho nativo do Norte de Minas

Gerais à produção de óleos essências a partir desta espécie para sua bioprospecção.

Palavras-chave: glândulas produtoras de óleo, óleo essencial, Capitãozinho.

______________________________ (1)

Graduandos do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas do Norte de Minas - FUNORTE,

Montes Claros, MG, Brasil. [email protected] (2)

Co-orientadora e Professora do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas do Norte de Minas

- FUNORTE, Montes Claros, MG, Brasil. (3)

Orientador e Professor do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas do Norte de Minas -

FUNORTE, Montes Claros, MG, Brasil.

Page 33: Anais Simbio 2013

22

ESTRUTURAS FOLIARES DE Vernonia polysphaera (ASTERACEAE) RELACIONADAS

COM A PROSPECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS COM POTENCIAL MEDICINAL

Marcielly Lima de MORAIS(1)

, Thácilla Caroline Cordeiro CARACAS(1)

, Darlê Martins B.

RAMOS(2)

& Guilherme Araújo LACERDA(3)

O Assa-peixe (Vernonia polysphaera) é uma planta do gênero Vernonia, família Asteraceae, nativa

do Brasil, nasce em beira de estradas, esgotos e terrenos baldios. Rica em sais minerais, diurética,

esta planta também tem ação balsâmica e expectorante. A folha do assa-peixe ajuda a combater as

afecções da pele, bronquite, cálculos renais, dores musculares, gripes, pneumonia, retenção de

líquidos e até tosse. Esse trabalho teve como objetivo identificar características da anatomia foliar

do Assa-peixe a fim de subsidiar futuros trabalhos com sua prospecção medicinal a partir deste

órgão. O espécime de Assa-peixe foi coletado na região da comunidade rural de Moradeiras da

cidade de Januária, MG. Foram realizados cortes a mão livre no Laboratório de Botânica da

Faculdade de Saúde Ibituruna – FASI utilizando folhas frescas do material botânico evitando-se

aquelas doentes ou atacadas por insetos. Foram testados diferentes corantes como lugol (afinidade

por carboidratos), fucsina (afinidade por peptídeoglicanos) e sudan IV (afinidade por lipídeos). No

corte paradérmico da face abaxial da folha notamos estômatos do tipo anomocíticos ou

ranunculáceo (ausência de células subsidiárias) utilizando a coloração com lugol. No corte

transversal foi perceptível notar a abundância de glândulas produtoras de essências presentes em

ambas faces (adaxial e abaxial) como também nos tricomas glandulares, identificados com a

utilização da fucsina. Com este mesmo corante tricomas tectores multiseriados foram observados

em abundância em ambas as faces. O sudan IV não se demonstrou um bom corante pois evidenciou

o conteúdo denso nas estruturas. Já o lugol e a fucsina demonstraram conteúdos monofásicos de

coloração amarelada e rósea, respectivamente. Deste modo, relacionamos estas características da

anatomia foliar do Assa-peixe nativo do Norte de Minas Gerais à produção de extratos essências a

partir desta espécie para sua bioprospecção.

Palavras-chave: glândulas produtoras de óleo, essências, estômatos.

______________________________ (1)

Graduanda do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas do Norte de Minas - FUNORTE,

Montes Claros, MG, Brasil. [email protected]. (2)

Co-orientadora e Professora do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas do Norte de Minas

- FUNORTE, Montes Claros, MG, Brasil. (3)

Orientador e Professor do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas do Norte de Minas -

FUNORTE, Montes Claros, MG, Brasil.

Page 34: Anais Simbio 2013

23

GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E DIAGNÓSTICO

AMBIENTAL DO ATERRO DA CIDADE DE MONTES CLAROS- MG.

Betânia Guedes de SOUZA(1)

&Anamaria de Souza CARDOSO(2)

Denominam-se Resíduos sólidos urbanos (RSU) qualquer material considerado inútil e sem valor

pelo seu produtor. O gerenciamento dos resíduos sólidos é essencial para garantir maior qualidade

de vida e proteção ao ambiente. Dessa forma, todo o processo de manejo, acondicionamento e

disposição final dos resíduos sólidos em aterros deve atender de forma satisfatória aos parâmetros

sanitários adequados. Este trabalho objetivou investigar o processo de gerenciamento dos resíduos

sólidos da cidade de Montes Claros-MG. O presente estudo teve como abordagem a pesquisa

qualitativa com caráter descritivo. Foram pesquisadas as duas empresas chamadas de A e B

responsáveis pelo gerenciamento, disposição final dos resíduos sólidos e operação do “aterro” da

cidade de Montes Claros-MG, o instrumento de coleta de dados utilizado foi uma entrevista semi-

estruturada. Os dados permitiram constatar que quanto ao gerenciamento e à disposição final dos

RSU, a atuação das empresas responsáveis possui falhas importantes. Em relação ao gerenciamento,

os resíduos são apenas recolhidos, acondicionados no caminhão e sem nenhuma separação são

misturados e encaminhados para o “aterro”. Quanto à disposição final executada no “aterro”, os

resíduos são lançados no solo, compactados e aterrados, sem impermeabilização do mesmo,

controle de gases e coleta seletiva, ocorrendo à contaminação do solo, das águas subterrâneas e

geração de gases poluentes na atmosfera. Para as empresas entrevistadas o “aterro” de Montes

Claros-MG é considerado um aterro controlado (melhorado), porém de acordo com um estudo

realizado pela FEAM (Fundação Estadual do Meio Ambiente), em 2011, o espaço para disposição

final de RSU do município foi classificado como Lixão, pois não atende aos critérios exigidos para

um aterro. Foi possível concluir que a problemática dos RSU, bem como da disposição final dos

mesmos é causada tanto pela ação antrópica quanto pela ausência de gerenciamento correto pelas

empresas responsáveis.

Palavras-chave: Resíduos sólidos. Gerenciamento.Aterro.

______________________________ (1)

Graduanda do Curso de Ciências Biológicas-Licenciatura do Sistema de Educação Superior do

Norte de Minas– Faculdades ISEIB, Montes Claros, MG, Brasil. [email protected]. (2)

Professora do Curso de Ciências Biológicas-Licenciaturado Sistema de Educação Superior do

Norte de Minas– Faculdades ISEIB, Montes Claros, MG, Brasil.

Page 35: Anais Simbio 2013

24

IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA DE Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart.

(MACAÚBA) PARA A ASSOCIAÇÃO DE PEQUENOS PRODUTORES RURAIS RIACHO

DANTAS E ADJACÊNCIA, MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS – MINAS GERAIS

Wéverton Rodrigues MARTINS(1)

Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart., é uma espécie que possui vários nomes populares,

dentre eles macaúba, bocaiúva e macaibeira, pertencente a família das Arecaceae. A espécie possui

um considerável valor socioeconômico, visto que tem sido utilizada como matéria prima para

diversos produtos. O estudo objetivou avaliar a importância socioeconômica de Acrocomia aculeata

para a Associação de Pequenos Produtores Rurais Riacho Dantas e Adjacência, bem como conhecer

os métodos de coleta utilizados pelos coletores e funcionários ligados à associação e identificar os

produtos confeccionados na fábrica, além de verificar se há preocupação com a sustentabilidade

para a preservação da palmeira por parte dos coletores. Foi realizada uma pesquisa de campo de

caráter qualiquantitativo para compreender como funcionam as etapas da cadeia de produção deste

a coleta até o produto final. Para obter os dados foram aplicados dois roteiros de entrevista

semiestruturada, sendo um aplicado a dez coletores sobre o manejo, quantidade e destino dos frutos

coletados, as formas e a consciência de preservação da espécie; e outro ao diretor da fábrica sobre a

associação, o fruto, o processamento, o destino e a comercialização dos produtos. Os resultados

apresentam-se como o esperado. Os frutos são coletados de forma manual e em sua maioria é

destinado à fábrica, onde são transformados em diversos produtos como sabão, sabonete, óleo

comestível, ração animal, óleo para produção do biodiesel e carvão. Estes itens são comercializados

na região valorizando os recursos naturais do cerrado de forma sustentável, aliado a geração de

emprego e renda. Mediante a análise dos resultados, conclui-se que a macaúba possui uma

importância socioeconômica muito grande para a associação, uma vez que, por meio das

propriedades dos frutos emprego e renda são gerados para a população, além de servir como

estímulo para a preservação da espécie e do habitat que a mesma está inserida.

Palavras-chave: Acrocomia aculeata, importância socioeconômica, sustentabilidade.

______________________________ (1)

Graduando do Curso de Ciências Biológicas do Instituto Superior de Educação Ibituruna - ISEIB,

Montes Claros, MG, Brasil. [email protected].

Page 36: Anais Simbio 2013

25

INTERVENÇÕES AGROECOLÓGICAS EM ESCOLAS RURAIS

Alice Soares BRITO(1)

& Vinícius Orlandi Barbosa LIMA(2)

A agroecologia constitui-se de um campo que visa contribuir para formação e manejo de

ecossistemas sustentáveis. No entanto, a introdução de práticas agroecológicas ainda se depara com

limitações, tanto no ambiente urbano quanto no rural. Diante da necessidade de conscientização e

incorporação de atitudes sustentáveis no dia-a-dia das pessoas, foram realizadas capacitações com

alunos de quatro escolas da zona rural do município de Salinas/MG, com o objetivo de disseminar

conceitos e técnicas em agroecologia. As capacitações envolveram práticas, com foco

principalmente em quintais agroecológicos, onde os participantes construíram canteiros de

hortaliças em formato de mandala, seguindo os princípios da diversificação cultural e colocando em

prática a teoria abordada. A conscientização sobre as práticas agroecológicas e a troca de

experiências com a comunidade escolar proporcionou o sucesso das ações. O objetivo principal do

projeto foi alcançado através da divulgação dos conceitos atuais sobre agroecologia e

sustentabilidade, onde a participação do público foi marcada por questionamentos e relatos de casos

que enriqueceram o conteúdo abordado. As mandalas que ficaram expostas nas escolas constituem

um modelo de produção que irá ser visualizado por outros estudantes, professores, funcionários e

pelos pais dos alunos, servindo como referência e podendo ser difundido nos quintais da

comunidade. Além disto, as hortaliças implantadas neste sistema agroecológico podem se tornar

opção no cardápio da merenda escolar, proporcionando maior diversidade nutricional, com

melhoria na qualidade e variedade dos alimentos. Apesar dos resultados significativos, constatou-se

que a presença dos pais dos alunos e de pequenos agricultores poderia ter elevado os efeitos do

projeto sobre as comunidades. O trabalho possibilitou aos participantes maior interatividade e

responsabilidade com o meio ambiente, estimulando o desenvolvimento socioambiental nas escolas

públicas contempladas.

Palavras-chave: agroecologia, horta, mandala.

______________________________

Agradecemos ao IFNMG - Campus Salinas pelo suporte à execução do projeto e concessão da

bolsa.

(1)

Graduanda do Curso de Engenharia Florestal do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais –

Campus Salinas, IFNMG, Salinas, MG, Brasil. [email protected] (2)

Professor do Curso de Engenharia Florestal do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais –

Campus Salinas, IFNMG, Salinas, MG, Brasil. [email protected]

Page 37: Anais Simbio 2013

26

LEVANTAMENTO FLORÍSTICO EM FLORESTA CILIAR COMO SUBSÍDIO A

RECOMPOSIÇÃO DA VEGETAÇÃO DO RIO BANANAL, SALINAS - MG

Mariana Caroline Moreira MORELLI(1)

, Maria Clara Oliveira DURÃES(2)

& Hugo Henrique

Cardoso SALIS(3)

Estudos ecológicos em florestas ciliares são fundamentais para orientar medidas de preservação e

conservação dos poucos remanescentes florestais ainda existentes. Esse tipo de formação vegetal

são ecossistemas de relevante importância para a manutenção dos recursos hídricos, representando

áreas de preservação de toda a biodiversidade local. Dessa forma, o presente estudo teve como

objetivo determinar a composição florística de um fragmento, importante como subsídio à seleção

de espécies para serem utilizadas na recomposição da floresta ciliar do Rio Bananal em Salinas –

MG. Para o estudo do perfil florístico do rio Bananal, foi selecionado um fragmento de floresta

ciliar, que apresentou melhor estado de conservação. Realizou-se o levantamento florístico,

utilizando o método do Caminhamento; método expedito para levantamentos florísticos

qualitativos. Foram anotadas e identificadas todas as espécies, pertencentes a indivíduos arbóreos

com DAP ≥10cm ocorrentes no fragmento. A identificação das espécies em campo se verificou

através da consulta a especialistas e à bibliografia especializada. A seqüência das famílias segue o

Sistema de Classificação do APG II. Foi amostrado um total de 102 indivíduos, pertencentes a 29

espécies e 19 famílias. As famílias que apresentaram maior número de indivíduos foram: Fabaceae

(35), Anacardiaceae (21) e Moraceae (10). Essas três famílias correspondem a 64,7% dos

indivíduos amostrados, enquanto que as outras 26 famílias dividem os 35, 3% restantes. Fabaceae

contribuiu com 9 espécies, seguida por Anacardiaceae com 2 espécies e Moraceae com uma

espécie. As espécies mais abundantes no fragmento foram a Myracrodruon urundeuva Allemão

(17) e Inga sessilis (Vellozo) Martius (18). O fragmento apresenta características da floresta

estacional decidual, devido à influência desta fitofisionomia na formação e heterogeneidade

florística do ecossistema. Fazem-se necessários estudos posteriores sobre a dinâmica e

comportamento da floresta.

Palavras–chave: biodiversidade, florística, mata seca.

______________________________

Agradecemos ao IFNMG, pelo apoio financeiro na forma de bolsa de Iniciação Científica. (1)

Acadêmica do 7º período do curso de Engenharia Florestal – IFNMG/Salinas. Bolsista de

Iniciação Científica PIBIC/IFNMG.e-mail: [email protected] (2)

Professora do IFNMG/Salinas, M.Sc. Ciências Agrárias/UFMG.e-mail:

[email protected] (3)

Acadêmico do 7º período do curso de Engenharia Florestal–IFNMG/Salinas. e-mail:

[email protected]

Page 38: Anais Simbio 2013

27

METODOLOGIAS UTILIZADAS NO ENSINO DE MICROBIOLOGIA: O QUE EXISTE E

O QUE SE PROPÕE PARA UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA1

Bruna Mendes OLIVEIRA(2)

, Cássio de Souza RAMOS(3)

& Fernando Barreto RODRIGUES(4)

A microbiologia é um tema pouco abordado de forma adequada no Ensino Médio, principalmente

pelo fato de envolver formas microscópicas, visíveis apenas com o auxílio de microscópio. Isso tem

tornado a abordagem microbiológica defasada e de pouco significado, à medida que os conteúdos

estão sendo trabalhados de forma muito teórica e com poucas práticas. Este trabalho tem como

objetivo conhecer e analisar as metodologias utilizadas no ensino de microbiologia e o nível de

aprendizado dos alunos a partir dessas práticas educativas. A pesquisa deu-se em duas escolas

públicas do município de Salinas – MG. Procedeu-se coleta de dados em três turmas de ensino

médio de cada escola e investigação com seus respectivos professores de biologia acerca de suas

metodologias de ensino. Foram investigadas, por meio de questionário estruturado aplicado aos

professores de Biologia dessas escolas e consulta aos planejamentos de cada um, quais as

metodologias utilizadas por eles no ensino de microbiologia. E ainda, como os alunos reagem ao

ensino desse conteúdo, através do levantamento das notas obtidas por estes no bimestre em que o

conteúdo foi ministrado. Estas foram obtidas através de consulta aos registros escolares nas

secretarias das respectivas escolas. Verificou-se que as metodologias utilizadas baseiam-se,

sobretudo em aulas expositivas e no uso do livro didático em ambas as escolas. Essas possuem

poucos recursos laboratoriais, e estes não são utilizados. Em relação ao aproveitamento escolar dos

alunos verificou-se que as turmas do ensino matutino apresentaram média maior do que a do ensino

noturno. Diante do encontrado, sugere-se a necessidade de incluir métodos alternativos para o

ensino de microbiologia que privilegiem a aprendizagem significativa. No ensino noturno, isso se

torna ainda mais preocupante, visto que o aluno atendido neste turno, normalmente é um aluno

trabalhador, que já chega à escola com desgaste físico e mental advindos de uma jornada de

trabalho diurna.

Palavras-chave: ensino de biologia, práticas educativas, ensino-aprendizagem.

______________________________ (1)

Este trabalho foi financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

- CAPES. (2)

Acadêmica do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal do Norte de

Minas Gerais – Campus Salinas e bolsista do PIBID/CAPES/IFNMG (subprojeto Biologia),

Salinas, MG, Brasil. E-mail: [email protected] (3)

Acadêmico do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal do Norte de

Minas Gerais – Campus Salinas, Salinas, MG, Brasil. (4)

Orientador. Licenciatura em Ciências Biológicas. M.Sc. em Produção Vegetal no Semiárido.

Professor de Biologia do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Salinas.

Coordenador do subprojeto Biologia do PIBID/CAPES/IFNMG, Salinas, MG, Brasil.

Page 39: Anais Simbio 2013

28

NOTIFICAÇÕES DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO MUNICIPIO E

ZONA RURAL DE JANUARIA/MG

Janaina Baldez GOMES(1)

, Lucélia Sandra S. Barbosa BRAGA(1)

& Maria Rosilene Alves

DAMASCENO(2)

As leishmanioses são antropozoonoses consideradas importante problema de saúde pública.

Segundo a Organização Mundial de Saúde é estimado que 350 milhões de pessoas estejam expostas

ao risco de contagio. A leishmaniose tegumentar americana (LTA) acomete humanos, animais

silvestres e domésticos se manifestando de diferentes formas clínicas. Este estudo tem como

objetivo a sistematização, comparação e divulgação de dados fornecidos pela Gerência Regional de

Saúde do município e zona rural de Januária sobre esta parasitose. Consideramos oportuno ressaltar

que a cidade possui um centro avançado de pesquisa e tratamento em leishmanioses. Os dados

foram tabulados e analisados quantitativamente. De acordo com as informações, o primeiro

trimestre de 2011 apresentou o mais elevado índice de notificações da leishmaniose tegumentar

americana, sendo 26 casos confirmados. O terceiro trimestre de 2011 manifestou a menor

incidência de diagnósticos, reduzindo para 10 registros de LTA. O primeiro semestre de 2012

comparado ao respectivo de 2011 apresenta redução de 76% no número de casos notificados. No

entanto, o segundo semestre de 2012 equiparado ao segundo semestre de 2011 apresenta moderado

índice de crescimento, aproximadamente 31% das notificações. Hipotetizamos o maior número de

casos confirmados desta protozoonose no primeiro semestre de cada ano devido ao ciclo de vida do

Lutzomyia spp. O período chuvoso nesta região, normalmente a partir de novembro, contribui para

elevação da população do mosquito vetor no primeiro semestre do ano seguinte. A partir deste

trabalho observamos um comportamento endêmico característico sendo oportuno enfatizar sobre o

controle desta doença através de medidas profiláticas. Sugerimos ações educativas e de

disseminação de informações à população referente a todo o ciclo da doença com o intuito de

evitála ou ainda contribuindo para diagnósticos precoces. A diagnose prévia contribui para

tratamentos exitosos quando estes se fizerem necessários.

Palavras-chave: Leishmaniose, Notificações, Doença.

______________________________ (1)

Acadêmicas Ciências Biológicas do Instituto Federal Norte de Minas Gerais – IFNMG – Campus

Januária. Rua Olíbrio Lima, nº 665, São Vicente, Januária/MG 39480-000.

[email protected]

(2) Docente do Instituto Federal Norte de Minas Gerais – IFNMG – Campus Januária.

Page 40: Anais Simbio 2013

29

O AUXÍLIO DO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL NA ELABORAÇÃO E

IMPLANTAÇÃO DE PROJETOS DE CONTROLE E COMBATE A EROSÃO DO SOLO

Thamyres Sabrina GONÇALVES(1)

Existem diversos agentes causadores da erosão como existem também vários tipos de erosão.

Diante do contexto atual de extrema necessidade de conservação da qualidade produtiva dos solos

brasileiros, são necessárias medidas de ação preventiva e também de controle de processos erosivos.

Como os agentes causadores são vários, cada área tem uma propensão diferente de ser afetada pela

erosão e mesmo as áreas já impactadas necessitam de estratégias distintas de solução desse

problema devido as particularidades de cada ambiente. Desse modo, antes de colocar em prática um

projeto, seja ele público ou privado de recuperação de área erodida, é preciso ter conhecimento a

respeito do local onde o mesmo será implementado, fazer um levantamento do que cada área possui

de ambiente natural: atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera, e ambiente social: infraestrutura

material constituída pelo homem e sistemas sociais criados. Nesse sentido o

Estudo de Impacto Ambiental direciona á um conjunto de informações necessárias na elaboração de

estratégias de manejo adequado para a prevenção e contenção dos processos erosivos. Sabendo-se

que são vários os tipos de erosão foi feita uma relação de alguns destes, os de maior ocorrência,

com base no Dicionário Geológico- Geomorfológico e análise de como em cada um destes o estudo

de impacto ambiental pode contribuir na elaboração de planos de contenção e prevenção do

processo erosivo, tendo como auxílio na análise o estudo da resolução do Conselho Nacional de

Meio Ambiente n.º 001/86, de 23/01/1986. Verificou-se que o estudo de impacto ambiental pode

ser aplicável a maioria dos projetos de recuperação de áreas erodidas mesmo quando não existe

obrigatoriedade legal do Relatório de Impacto Ambiental trazendo resultados satisfatórios no que se

refere à conservação dos solos e da biodiversidade, além de assegurar a sustentabilidade e

manutenção da produtividade da área em relação à atividade a ser desenvolvida no local.

Palavras-chave: erosão dos solos, recuperação de áreas degradadas, aplicação da legislação

ambiental.

______________________________

(1) Graduanda do curso de Geografia da Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES,

Montes Claros, MG, Brasil. [email protected]

Page 41: Anais Simbio 2013

30

O USO DE RECURSOS EM MULTIMÍDIA NO PROCESSO DE ENSINO-

APRENDIZAGEM DE BIOLOGIA

Raquel Soares Lopes RIBEIRO(1)

, Lucélia Sandra S. Barbosa BRAGA(1)

& Maria Rosilene Alves

DAMASCENO(2)

Tradicionalmente o processo de ensino baseia-se em instrução verbal. Contudo, considerando a

ampla condição de acesso às inovações tecnológicas torna-se oportuna a reflexão acerca das

metodologias educacionais a partir do uso de recursos em multimídia. Segundo Mayer (2005, apud

Rocha et al 2008, p. 3) “(...) estudantes aprendem melhor com palavras e imagens do que com

palavras apenas (...)”. Uma justificativa para a utilização de recursos multimídia no ensino de

Biologia baseia-se na chamada teoria do código duplo, segundo a qual existem pelo menos dois

canais especializados no processamento da informação, o canal verbal e o não verbal. (PAIVIO,

1986; CLARK e PAIVIO, 1991). Este trabalho objetivou diagnosticar a partir da percepção crítica

dos discentes sobre o uso de recursos em multimídia nas aulas de Biologia. Foram aplicados

questionários a 100 (cem) estudantes do Ensino Médio de escolas públicas em Januária. Após a

coleta, os dados foram analisados quantitativamente. De acordo com 55% dos estudantes, o uso de

recursos em multimídia é utilizado esporadicamente. Outros 40% não consideram como satisfatória

a frequência da utilização deste aporte metodológico. Apenas 5% julgam como suficiente o uso dos

recursos multimídia pelos docentes. A maioria, aproximadamente 69% concorda sobre a utilização

dos recursos tecnológicos como facilitadores do aprendizado. Em torno de 24% considera que “as

vezes” tais meios podem otimizar a sistematização do conhecimento. Outros 7% responderam

negativamente ao recurso referido como metodologia positiva de ensino. Por meio deste estudo

percebemos que embora os discentes considerem pouco frequente a utilização de recursos em

multimídia nas aulas, a adesão a tais facilitadores é considerada pelos mesmos como instrumento

colaborador no processo de aprendizagem. Assim, sugerimos aos docentes que reorientem seus

métodos de ensino, considerando a utilização das novas tecnologias com o intuito de otimizarem o

aprendizado dos estudantes.

Palavras-chave: Recursos Multimídia, Aprendizado, Biologia.

______________________________

Atribuímos créditos pelo apoio financeiro da CAPES-Brasil: “O presente trabalho foi realizado com

o apoio da CAPES, entidade do Governo Brasileiro voltada para a formação de recursos humanos”.

(1)

Acadêmicas Ciências Biológicas Instituto Federal Norte de Minas Gerais – IFNMG/Campus

Januária. Rua Treze de Maio, 850, Apto 103. Centro, Januária/MG. [email protected]. (2)

Docente do curso de Ciências Biológicas do Instituto Federal Norte de Minas Gerais –

IFNMG/Campus Januária.

Page 42: Anais Simbio 2013

31

PERCEPÇÃO DA IMPOTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL, POR ESTUDANTES

DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ZONA RURAL DE MONTES CLAROS

Iara Veloso RODRIGUES(1)

, Aline Silva ALVES(1)

& Dalton Rocha PEREIRA(2)

O atual modelo de desenvolvimento econômico leva ao uso exacerbado dos recursos naturais, como

se os mesmos fossem inesgotáveis. Portanto, faz-se necessário a conscientização da população,

sendo a educação ambiental um dos principais instrumentos para isso. A educação ambiental deve

ser permanente na comunidade educativa, com a necessidade do conhecimento do meio pelos

educandos, para que tomem consciência de sua realidade ambiental, do tipo de relações que eles

estabelecem com a natureza e entre eles, dos problemas derivados dessas relações, promovendo

comportamentos transformadores. O presente estudo teve como objetivo avaliar a percepção dos

estudantes do ensino fundamental de uma escola pública da zona rural de Montes Claros, quanto a

importância da educação ambiental como alternativa para solução de problemas ambientais. O

estudo foi realizado em outubro de 2012, a instituição selecionada para ser estudada foi a Escola

Municipal Exupério Gonçalves, localizada na comunidade rural de Pedra Preta, Montes Claros

Minas Gerais. Foram aplicados 36 questionários (14 no 6º ano, 15 no 7º ano e 7 no 8º do ensino

fundamental), todos os estudantes do 6º ao 8º ano responderam os questionários individualmente.

13,89% dos estudantes acreditam muito na educação ambiental como alternativa para solução de

problemas ambientais e 52,78% acreditam pouco, já 33,33% dos estudantes não acreditam que a

educação ambiental seja uma alternativa para solucionar problemas ambientais. Esse resultado é

preocupante e demonstra a ineficiência do modelo de educação ambiental aplicado, que não

consegue ser multidisciplinar, perceptivo e transformador. A educação ambiental deve fazer parte

do projeto da escola, atuando de forma permanente, interativa e participativa, em todos os

conteúdos, levando os educandos a uma percepção do papel modificador da educação ambiental na

comunidade onde a escola está inserida para incutir uma consciência crítica sobre a problemática

ambiental da mesma.

Palavras-chave: Educação ambiental, Estudantes, Zona rural.

______________________________ (1)

Graduanda do Curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG,

Montes Claros, MG, Brasil. [email protected] (2)

Professor do curso de Agronomia da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, Montes

Claros, MG, Brasil.

Page 43: Anais Simbio 2013

32

RELATO DA INVASÃO DO CARACOL GIGANTE AFRICANO Achatina fulica

(BOWDICH, 1822) DENTRO DO PERÍMETRO URBANO DE UNAÍ – MG

Túlio Teruo YOSHINAGA(1)

, Bruna de OLIVEIRA(1)

, Caroline de Melo SILVEIRA(1)

, Jéssica

Maiara dos SANTOS(1)

, Paulo Guilherme RAIMUNDO(1)

& Angelita Aparecida FERREIRA(2)

Achatina fulica é uma espécie de molusco tropical, gastrópode (grupo dos moluscos o qual fazem

parte os caramujos e as lesmas) pulmonados pertencentes à ordem Stylommatophora e à família

Achatinoidea, conhecido popularmente como caramujo ou caracol africano. A introdução

documentada da espécie no Brasil se deu no ano de 1988, visando substituir ou competir com a

Helicicultura (criação e exploração de caracóis), mas sua produção foi um fracasso,

consequentemente os criadouros foram abandonados. Nas áreas onde foi introduzido, se tornou um

sério problema ambiental e econômico, devido à competição alimentar e espaço com a fauna nativa

e ainda à destruição de cultivos agrícolas, além de ser também um sério problema de saúde pública,

o caramujo é um vetor de doenças. O presente trabalho objetivou estudar à presença significante

dessa espécie no perímetro urbano de Unaí/MG. Estudos ecológicos e morfológicos do caracol

foram realizados. A metodologia utilizada para realização do trabalho foi: observação, coletas locais

e análise morfológica em laboratório. Das análises realizadas, observou-se que é uma espécie de

rápida reprodução, visto que, a região possui condições favoráveis a sua sobrevivência como:

disponibilidade de alimento, clima quente e boa pluviosidade. Como se trata de uma espécie

introduzida provoca grande desequilíbrio ecológico, pois há uma competição de recursos com as

espécies nativas, e certamente possui vantagem por não apresentar predadores naturais. Seu controle

deve ser incentivado para evitar prejuízos à economia, ao meio ambiente e a saúde pública.

Palavras-chave: Caracol Africano, molusco, invasão.

______________________________ (1)

Graduando do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros.

[email protected] (2)

Professora do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes

[email protected]

Page 44: Anais Simbio 2013

33

USO DO GEOPROCESSAMENTO NO MAPEAMENTO DO USO E COBERTURA DO

SOLO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BANANAL, SALINAS – MG

Mariana Caroline Moreira MORELLI(1)

& Nondas Ferreira da SILVA(2)

Face aos índices de descaracterização dos ecossistemas ambientais, o monitoramento da paisagem é

fator primordial no planejamento racional de utilização da terra. Através da análise do uso e

cobertura do solo podem-se extrair dados importantes relacionados às características ambientais de

uma área. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo conhecer e analisar a ocupação do

solo na bacia hidrográfica do rio Bananal, Salinas – MG, tributário do rio Salinas, que por sua vez é

afluente do rio Jequitinhonha pela margem esquerda. A bacia hidrográfica do rio Bananal encontra-

se em altitude média de 478 m e possui área total de 411,03 km². Para a obtenção dos dados,

utilizou-se uma imagem digital do satélite LANDSAT5, registrada em 2008. O tratamento e análise,

foram realizados por meio dos softwares IDRISI 3.2 e ArcView Gis 3.2. O método de classificação

utilizado neste trabalho foi o de Maxver (máxima verossimilhança). A ocupação predominante do

solo na bacia é a mata seca, que ocupa 49% da área total. A área ocupada por solo exposto e a área

urbanizada vêm em segundo lugar e cada uma compreende a 21% da área total. Pode-se ainda,

constatar que essas ocupações ocorrem, principalmente, margeando o rio, tornando-se um indicador

de que o ambiente na bacia se encontra em adiantado estado de degradação. A mata ciliar cobre

apenas 5% da área; e a área da bacia que é coberta por cerrado alcança 3% do total, ficando superior

apenas a porcentagem coberta por reflorestamento que corresponde a 2%. O Sistema de

Informações Geográficas foi imprescindível para a digitalização de dados, interpolações e geração

do mapa final; a metodologia utilizada para o levantamento das classes de uso do solo foi adequada

para a realização do trabalho, reduzindo tempo e recursos financeiros; é necessária a adoção de

medidas urgentes para a proteção do rio bananal, principalmente com a recomposição de suas

margens e com programas de conservação do solo.

Palavras–chave: mata seca, ocupação do solo, monitoramento da paisagem.

______________________________ (1)

Acadêmica do 7º período do curso de Engenharia Florestal – IFNMG/Salinas. e-mail:

[email protected] (2)

Acadêmico do 7º período do curso de Engenharia Florestal – IFNMG/Salinas. e-mail:

[email protected]