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Análise da distribuição de larvas infectantes (L3) nematoides parasitos de bovinos em pastagens do município de Itapemirim, ES. Almeida L. S. 1 *, Carli M. D. 1 *, Martins L. P. 1 *, Santos G. L. 1 *, Santos Z. L. 1 *, Senna C. C. 2 , Braga F. R. 3 1 Graduando de Medicina Veterinária da Universidade de Vila Velha; 2 Graduando de Ciências Biológicas da Universidade de Vila Velha; 3 Orientador e Professor de Parasitologia do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Vila Velha. *E-mails[email protected] Os nematoides parasitos gastrintestinais são de grande relevância para a bovinocultura, por serem hematófagos e diminuírem significativamente sua produtividade.. Além disso, estão sob a forma de larvas infectantes (L3) nas pastagens durante todo o ano. O panorama atual de combate a esses parasitos é preocupante, em decorrência do aparecimento de resistência a vários princípios ativos medicamentosos. O objetivo deste trabalho foi analisar a distribuição de larvas infectantes (L3) nematoides parasitos de bovinos em pastagens do município de Itapemirim, ES. Foram utilizadas quatro amostras de pasto de Brachiaria brizantha, das propriedades; Retiro do Itapemirim e Sr Pedro Eugênio Leal, raça Gir Leiteiro e Girolando. As propriedades realizavam semi-confinamento e criação extensiva, respectivamente. As amostras coletadas foram encaminhadas para o Laboratório Clínico, onde foram por método de Baerman modificado (extração por decantação) mergulhadas em água morna envoltas em tela de mosquiteiro, ficando por aproximadamente 24h até a leitura do decantado em microscópio de luz. Os resultados demonstraram a presença de L3 de trichostrongilídeos (Haemonchus spp, Cooperia spp e Trichostrongylus spp). 80% das L3 encontradas nas amostras de pasto da propriedade Sr Pedro Eugênio Leal e estavam a 20 cm do bolo fecal, enquanto 20% das foram encontradas na distância de 40 cm. Na propriedade Retiro do Itapemirim, 100% das L3 encontradas estavam a 20 cm do bolo fecal, no entanto, não foram encontradas L3 na distância de 40 cm. Conclui-se que, a maior presença de L3 de trichostrongilídeos foi nas amostras coletadas na distância de 20 cm do bolo fecal, colaborando assim com a premissa de que, quanto maior a taxa de lotação animal, maior a possibilidade do aumento de L3 de nematoides causando a recidiva das infecções helmínticas. Palavras-chave: Brachiaria brizantha, bovinocultura, trichostrongilideos.

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Análise da distribuição de larvas infectantes (L3) nematoides parasitos de bovinos

em pastagens do município de Itapemirim, ES.

Almeida L. S.1*, Carli M. D.1*, Martins L. P.1*, Santos G. L.1*, Santos Z. L.1*, Senna C. C.2, Braga F.

R.3

1 Graduando de Medicina Veterinária da Universidade de Vila Velha; 2 Graduando de Ciências

Biológicas da Universidade de Vila Velha; 3 Orientador e Professor de Parasitologia do curso de Medicina

Veterinária da Universidade de Vila Velha.

*E-mails– [email protected]

Os nematoides parasitos gastrintestinais são de grande relevância para a bovinocultura, por serem

hematófagos e diminuírem significativamente sua produtividade.. Além disso, estão sob a forma de larvas

infectantes (L3) nas pastagens durante todo o ano. O panorama atual de combate a esses parasitos é

preocupante, em decorrência do aparecimento de resistência a vários princípios ativos medicamentosos. O

objetivo deste trabalho foi analisar a distribuição de larvas infectantes (L3) nematoides parasitos de bovinos

em pastagens do município de Itapemirim, ES. Foram utilizadas quatro amostras de pasto de Brachiaria

brizantha, das propriedades; Retiro do Itapemirim e Sr Pedro Eugênio Leal, raça Gir Leiteiro e Girolando.

As propriedades realizavam semi-confinamento e criação extensiva, respectivamente. As amostras

coletadas foram encaminhadas para o Laboratório Clínico, onde foram por método de Baerman modificado

(extração por decantação) mergulhadas em água morna envoltas em tela de mosquiteiro, ficando por

aproximadamente 24h até a leitura do decantado em microscópio de luz. Os resultados demonstraram a

presença de L3 de trichostrongilídeos (Haemonchus spp, Cooperia spp e Trichostrongylus spp). 80% das

L3 encontradas nas amostras de pasto da propriedade Sr Pedro Eugênio Leal e estavam a 20 cm do bolo

fecal, enquanto 20% das foram encontradas na distância de 40 cm. Na propriedade Retiro do Itapemirim,

100% das L3 encontradas estavam a 20 cm do bolo fecal, no entanto, não foram encontradas L3 na distância

de 40 cm. Conclui-se que, a maior presença de L3 de trichostrongilídeos foi nas amostras coletadas na

distância de 20 cm do bolo fecal, colaborando assim com a premissa de que, quanto maior a taxa de lotação

animal, maior a possibilidade do aumento de L3 de nematoides causando a recidiva das infecções

helmínticas.

Palavras-chave: Brachiaria brizantha, bovinocultura, trichostrongilideos.

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Avaliação da redução de proteína bruta em dietas para tilápia-do-nilo

(Oreochromis niloticus) criadas em tanques-rede

Puppo, D. D.¹, Brugnara, E. C.²*, Barcellos, J.², Thompson, G. R.³, Haese, D.4*, Kill, J. L.5

¹Mestre em Ciência Animal pela Universidade Vila Velha, ²Graduando do curso de Medicina Veterinária

da Universidade Vila Velha, ³Mestrando do curso de Ciência Animal da Universidade Vila Velha, 4Professor do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Vila Velha, 5Doutor em Zootecnia pela

Universidade Federal de Viçosa.

*E-mail para contato – [email protected]

Introdução: Para se obter sucesso na piscicultura é fundamental o fornecimento de uma alimentação

apropriada aos peixes, contendo proteína, carboidratos, vitaminas e minerais em níveis adequados para seu

ótimo desenvolvimento. Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar os efeitos da redução da

proteína bruta da dieta, com base no conceito de proteína ideal, sobre o ganho de peso, consumo de ração,

conversão alimentar, excreção de amônia, hematócrito, hemoglobina e proteína plasmática de tilápias do

Nilo (Oreochromis niloticus) criadas em tanques-rede. Material e métodos: Os aminoácidos (lisina,

metionina, treonina e triptofano) foram suplementados à medida que suas relações com a lisina digestível

ficaram abaixo das obtidas na dieta com maior nível de proteína bruta. Foram utilizadas 4320 tilápias do

Nilo, com peso médio inicial de 13,5 ± 0,82 g, distribuídas em 24 tanques-rede (1 m³), em um delineamento

inteiramente casualizado com quatro dietas, seis repetições e 180 peixes por unidade experimental. Os

peixes foram alimentados manualmente, com dietas isoenergéticas (3100 kcal de energia digestível/kg de

dieta), isocálcicas e isofosfóricas, até a saciedade aparente, três vezes ao dia. Resultado: Não foram

observados efeitos da redução da proteína sobre o consumo de ração, nos valores de hematócrito e

hemoglobina. Houve efeito significativo dos níveis proteicos sobre o ganho de peso e conversão alimentar,

sendo o nível ótimo estimado através da primeira intersecção da equação quadrática com o platô do LRP,

a estimativa da exigência de proteína bruta foi de 32,43 e 31,78 % para melhor ganho de peso e conversão

alimentar, respectivamente. Com a redução dos níveis de proteína bruta foi observada redução linear da

excreção de amônia. Conclusão: É possível reduzir os níveis de proteína bruta, através da suplementação

de aminoácidos, de 36 para 32,43 %, em dietas para tilápias do Nilo, criadas em tanques-rede.

Palavras-chaves: tilápia, proteína, dieta, tanque-rede.

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Avaliar os distúrbios eletrolítcos de Na, K, Ca, Cl e P e suas consequências

fisiológicas em cães e gatos

Kalil, R. F. T.¹*, Virgens, A. C.²

¹ Graduanda de Medicina Veterinária da Universidade Vila Velha; ² Professora Ma. do curso de Medicina

Veterinária da Universidade Vila Velha.

*E-mail para contato: [email protected]

Grande parte dos animais idosos tendem a apresentar doença renal crônica (DRC), porém ocorrem

exceções. A DRC é caracterizada por ser irreversível e, frequentemente, progressiva. Quando a reserva

funcional dos rins atingem um ponto crítico, tem início o déficit funcional, que é caracterizado

principalmente pela diminuição da capacidade de concentrar a urina, manifestado pela poliúria e dificuldade

para manter a homeostase de água e eletrólitos. Quando o paciente entra no quadro clínico denominado

uremia, ocorrem alterações como o desequilíbrio hidroeletrolítico e o hiperparatireoidismo secundário

renal. A redução da taxa de filtração glomerular (TFG) gera alterações no balanço de cálcio e fósforo, além

disso, o aumento da concentração de sódio e cálcio em musculatura cardíaca favorece o surgimento do

quadro clínico de cardiopatia, devido à hipertensão arterial. Avaliar o nível de Na, K, Ca, Cl e P no

organismo que atuam no funcionamento fisiológico dos animais domésticos. Foram selecionados 25

animais dos quais 22 cães e 3 gatos com idades de 2 a 18 anos que realizaram exames bioquímicos segundo

método colorimétrico por espectrofotometria no Laboratório Clínico do Hospital Veterinário Prof. Ricardo

Alexandre Hippler da Universidade Vila Velha, que apresentaram suspeitas clínicas de insuficiência renal

crônica e cardiopatia. Os animais apresentaram resultados significativos quando comparado com os valores

de referência para cada eletrólito. Os animais idosos possuem maior tendência a apresentar alterações nas

concentrações dos eletrólitos como Na, K, Ca, Cl e P, responsáveis pelo surgimento da doença renal crônica.

Porém, com um tratamento conciliando uma alimentação específica e fármacos, promove uma melhor

qualidade de vida para estes animais.

Palavras-chaves: cães, gatos, eletrólitos, urina, sangue

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CARCINOMA PENIANO EM CÃO – RELATO DE CASO

Rassele A. C.1, Souza, M. C. C.1, Fadini, A. N. B.2*, Oliveira, T. S.3, Aoki, K. A.3, Horta, R. S.3

1 Mestranda de Ciência Animal da Universidade Vila Velha; 2 Graduanda do Curso de Medicina

Veterinária da Universidade Vila Velha; 3Médicas Veterinárias da Associação Bichos Gerais; 4Professor

Titular do curso de Medicina Veterinária da Universidade Vila Velha;

(*)[email protected]

Introdução: O carcinoma de células escamosas (CCE) é uma neoplasia maligna da epiderme, relativamente

comum em homens e animais, com apresentação clínica heterogênea. Ocorre mais frequentemente na pele,

na qual apresenta comportamento localmente invasivo, mas, geralmente, com baixo potencial metastático.

Outras localizações primárias incluem a cavidade oral, esôfago, mucosa ocular e genital, admitindo-se

comportamento variável. O objetivo desse trabalho é relatar um caso de CCE peniano em cão, visando

contribuir para o conhecimento acerca do comportamento biológico dessa neoplasia, nessa localização.

Relato de caso: Um cão macho, não castrado, da raça Husky Siberiano, com sete anos de idade foi atendido

apresentando disúria há aproximadamente dois meses, com evolução para hematúria após a micção. Animal

apresentava-se prostrado, com apetite reduzido e seletivo, em tratamento com dipirona e tramadol

diagnóstico confirmado de CCE no pênis, por biópsia incisional. Ao exame clínico observou-se

impossibilidade de exteriorização do pênis e muita dor na região, com linfonodos inguinais

macroscopicamente normais. Diante do diagnóstico histopatológico, foi realizado o estadiamento clínico

com radiografia torácica e ultrasonografia abdominal, sem sinais de metástases. Foi indicada orquiectomia,

ablação da bolsa escrotal, uretrostomia escrotal e penectomia total, envolvendo ainda exérese dos dois

linfonodos inguinais. Ao histopatológico observou-se CCE com invasão do osso peniano e dos planos

adjacentes, mas com margens livres de células neoplásicas. Diante da presença de invasão óssea/vascular

foram realizadas quatro sessões de carboplatina, na dose de 250 mg/m2, com intervalos de 21 dias, com

intervalo livre de doença superior há 12 meses. Considerações finais: A literatura é restrita quanto à

informações sobre o CCE primário do pênis em cães. Entretanto, o tratamento oncológico com cirurgia e

quimioterapia adjuvante, realizado nesse caso, mostrou-se eficaz no controle do CCE, proporcionando

qualidade de vida e aumento da expectativa de vida do paciente.

Palavras-chave: Invasão, controle tumoral, hematúria, disúria e carboplatina.

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CASUÍSTICA DE NEOPLASIAS MAMÁRIAS EM CADELAS ATENDIDAS NO

HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE VILA VELHA

Silva, H.C.¹*, Viana, D.T.L.S.¹, Oliveira, A.R.², Souza, T.D.³, Vieira, F.T. ³, Flecher, C.M.³

¹Graduando de Medicina Veterinária da Universidade Vila Velha; ²Medico Veterinário Residente de

Patologia Animal da Universidade Vila Velha; ³Professor do Curso de Medicina Veterinária da

Universidade Vila Velha.

*Email: [email protected]

Tumor de mama é a neoplasia mais frequente em cadelas. Alguns fatores que aumentam a predisposição

para neoplasias mamárias são pseudociese, uso de anticoncepcionais, obesidade e estímulo hormonal.

Objetivou-se traçar o perfil casuístico de neoplasias mamárias em cadelas atendidas no HV-UVV no

período de dois anos. Foram revisados os resultados histopatológicos de 117 cadelas encaminhados ao

laboratório de patologia animal de janeiro de 2014 a dezembro de 2015, que tiveram a cadeia mamária

coletadas com suspeita de neoplasia mamária. Os critérios analisados foram: raça; idade; e classificação

do tumor. A classificação das neoplasias mamárias foi padronizada seguindo o consenso de tumores de

mama em cadela de Goldshimidt et al (2011). No presente estudo 68,9% foram neoplasias malignas, as

mais frequentes foram carcinoma em tumor misto (30,2%), carcinoma complexo (23%) e carcinoma

tubular (10,3%). As neoplasias benignas representaram 23,5%, e as mais frequentes foram adenoma

complexo (34,9%), adenoma tubular (34,9%) e adenoma misto (11,6%). Neoplasias de outras origens,

mas localizadas em região de glândula mamária também foram observadas, e representaram 7,7%, sendo

o lipoma (42,9%), mastocitoma (28,6%) e carcinoma em células escamosas (14,3%) as mais frequentes. Os cães > 08 anos, tiveram maior incidência (65,8%), seguido pelos de 03-08 anos (32,5%), e pelos < 03

anos (1,7%). Cães sem raça definida (SRD) apresentaram maior incidência (30,8%), seguido pelos

Poodles (25,6%), Pinschers (10,3%) e Teckel (6,8%). As demais raças corresponderam 26,9%. Assim

como observado em outros estudos, as neoplasias mamárias em cadelas acometem mais animais de meia-

idade a idosos. Ainda há necessidade de pesquisas intensas nessa área a fim de desvendar todos os

aspectos da doença neoplásica, por mais que tenham diversas pesquisas sendo realizadas na área de

oncologia veterinária, pouco ainda se sabe sobre o mecanismo e o comportamento biológico do câncer.

Palavras-chaves: reprodutor feminino, mama, cão, raça.

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Cirurgia associada à quimioterapia no tratamento de Neurofibrossarcoma em cão:

Relato de caso

Borsoi A. G.1*, Horta R. S.2, Flecher M. C.3, Oliveira A. R.

4, Mathias C. T.5, Pinto J. B.5

1 Graduanda do curso de Medicina Veterinária da Universidade Vila Velha; 2 Docente do curso de

Medicina Veterinária da Universidade Vila Velha; 3 Professora do curso de Medicina Veterinária da

Universidade Vila Velha; 4 Médica veterinária residente de Patologia Animal da Universidade de Vila

Velha; 5 Médico Veterinário residente de Clínica Cirúrgica e Anestesiologia Animal da Universidade de

Vila Velha.

*E-mail para contato – [email protected]

Introdução: Tumores malignos da bainha de nervos periféricos incluem neurofibrossarcoma e

hemangioperictomas, ambos considerados sarcomas de tecido mole com alta agressividade local e potencial

metastático. O tratamento é cirúrgico, embora a radioterapia possa beneficiar a maioria dos pacientes, na

complementação, pela dificuldade de obtenção de margens cirúrgicas livres de células neoplásicas,

particularmente quando localizado no membro. O presente estudo teve como objetivo relatar o caso de um

paciente diagnosticado com neurofibrossarcoma e metástase em linfonodo, sendo submetido à cirurgia e

quimioterapia adjuvante.

Relato de caso: Um cão sem raça definida, macho, com 9 anos de idade, pesando 9,2kg, foi apresentado

com um nódulo ulcerado, sensível à palpação, em membro torácico direito e aumento de volume do

linfonodo pré-escapular direito. Radiografias do membro evidenciaram neoformação óssea periosteal, sem

a presença de invasão óssea. Radiografias torácicas e ultrassonografia abdominal não demonstraram

alterações. A citologia confirmou a presença de processo neoplásico maligno, de origem mesenquimal, no

membro e hiperplasia reacional no linfonodo. A cirurgia foi realizada com amputação de 2 dígitos, na

articulação carpo-metacárpica e remoção do linfonodo pré-escapular. Confirmou a presença do

neurofibrossarcoma na lesão primária e no linfonodo. Foi, portanto recomendada a complementação

terapêutica com 3 sessões de doxorrubicina, na dose de 1 mg/kg, a cada 21 dias. Até o momento foram

realizadas 2 sessões, sem a identificação de efeitos colaterais e sem sinal de recorrência da doença.

Considerações finais: Apesar dos sarcomas de tecido mole apresentarem baixo potencial metastático e se

disseminarem, principalmente pela via hematógena, os pacientes devem ser adequadamente estadeados. Na

presença de metástase, tratamentos locais agressivos, como a amputação, tornam-se contraindicados,

optando-se pelo uso de tratamentos sistêmicos como a quimioterapia, sendo a doxorrubicina o fármaco

mais indicado. Essa abordagem permite, a manutenção do bem-estar, com aumento em sua expectativa de

vida, embora o prognóstico permaneça reservado.

Palavras-chave: cães, neoplasias, sarcoma, metástase, doxorrubicina.

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Coinfecção por FeLV e Panleucopenia em felino doméstico

Souza L. R.1, Loose P.1, Flecher M. C.2, Farias P. C. G.2

1 Graduando de Medicina Veterinária da Universidade Vila Velha; 2 Professor do curso de Medicina

Veterinária da Universidade Vila Velha.

*E-mail para contato – [email protected]

Os felinos domésticos são frequentemente acometidos por infecções virais, dentre as principais podemos

citar a PIF, FeLV e Panleucopenia. Felino, SRD, Macho de quatro anos deu entrada em Hospital Veterinário

apresentando apatia, icterícia, dispneia, estupor, ataxia e temperatura de 35,1 °C. Foi relatado que a

vermifugação e a vacinação foram feitas no início do ano de 2016. Após a anamnese o animal foi

encaminhado para fluidoterapia, mas o mesmo veio ao óbito. Nos exames laboratoriais pode-se observar

uma anemia macrocítica hipocrômica, reação leucemoide com leucócitos totais em 73.400µ/L, devido à

linfocitose (57.986 µ/L), caracterizando o animal como portador de uma leucemia, que por sua vez se

desenvolveu devido a infecção pelo vírus da FeLV, confirmado pelo teste de imunocromatografia. Durante

a necropsia foram observados leve linfadenomegalia generalizada; pulmões com áreas avermelhadas

multifocais de 0,1mm a 0,3 mm; traqueia fluindo leve quantidade de líquido seroso avermelhado; coração

com acentuada hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo; fígado difusamente amarelado com

evidenciação do padrão centrolobular; estômago com moderadas úlceras multifocais na região de piloro e

o intestino delgado com moderada quantidade de sangue digerido. No histopatológico foram evidenciados

linfonodos com folículos linfóides rarefeitos; edema e hemorragia pulmonar; degeneração hepática difusa

acentuada; hepatite portal moderada; glomerulonefrite multifocal moderada; calcificação renal multifocal

moderada; perda acentuada da porção apical das vilosidades; macrófagos e linfócitos em lâmina própria do

intestino; corpúsculo de inclusão intranuclear basofílico em enterócito e necrose das placas de Peyer. Os

achados confirmam a infecção pelo vírus da Panleucopenia felina devido a lesões patognomônicas, essa

por sua vez não é comum em animais adultos, mas quando ocorre gera sinais agudos como hemorragia do

trato digestório, e a leucemia apresentada culminou no agravamento da doença levando o animal ao óbito.

Como medida profilática é recomendada a inclusão da vacinação contra estes agentes no calendário dos

animais.

Palavras-Chave: Felis catus, leucemia, corpúsculo de inclusão, vacinação.

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COMPARAÇÃO ENTRE OS ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS DA

BEXIGA E URINÁLISE EM CÃES.

FROTA, I. D. S.1*,SANTOS, R.V.2

1 Medica Veterinária da Universidade Vila Velha. 2Docente do curso de Medicina Veterinária da

Universidade Vila Velha.

E-mail: [email protected]

As cistites em cães consistem na infecção e/ou inflamação do trato urinário inferior, localizada na região

de bexiga, que tem como etiologia falhas no mecanismo de defesa do organismo ou ainda fatores

predisponente como presença de divertículos e urólitos. São mais comuns em fêmeas e em animais com

idade entre 6 e 10 anos. O diagnóstico definitivo é realizado com base na cultura urinária, porém achados

ultrassonográficos como presença de sedimento, aumento de espessura e irregularidade de parede vesical,

assim como achados na urinálise como piúria, bacteriúria e hematúria sugerirem o seu diagnóstico. O

objetivo do trabalho foi comparar os achados ultrassonográficos da bexiga e os resultados da urinálise de

cães atendidos na rotina. Foram utilizados 59 animais escolhidos aleatoriamente que realizaram

ultrassonografia abdominal e o exame de urinálise por meio de coleta por cistocentese. Os animais foram

classificados de acordo com a faixa etária, raça, características ultrassonográficas sugestivas de cistite,

características na urinálise sugestiva de cistite, relação proteína-creatinina e densidade urinária. A maior

quantidade de animais com sinais sugestivos de cistite como irregularidade e aumento de parede vesical e

presença de sedimento, assim como piúria, bacteriúria e hematúria foi observada nos animais que possuíam

alteração em ambos os exames, além de maior incidência em fêmeas, de raça definida e com idade de 6 a

10 anos, conforme descrito na literatura. Conclui-se que os métodos diagnósticos utilizados de forma

conjunta tiveram o melhor resultado para sugerir um possível quadro de cistite, do que avaliados de forma

isolada, embora não reduza a importância de realizar a cultura da urina.

Palavras-chaves: Cistite, proteinúria, piúria, espessamento de parede.

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Corpo estranho linear em calopsita (Nymphicus hollandicus)

Souza, L. R.1, Palmas, J. P. R. M 1, Oliveira, A. R.2, Silva, E. L.3, Flecher, M.C.4

1Graduando de Medicina Veterinária da Universidade de Vila Velha, 2Médico Veterinário Residente da

Patologia Animal da Universidade Vila Velha, 3Médico Veterinário autonomo, 4Professor do curso de

Medicina Veterinária da Universidade Vila Velha.

*E-mail para contato – [email protected]

A calopsita é um psitacídeo que vêm se destacando como animais de estimação, visto que são dóceis,

brincalhões e de fácil manejo. O achado de corpos estranhos nesta espécie é considerado comum devido

aos seus hábitos curiosos, e os principais problemas relacionados são obstrução, perfuração do trato

digestório e paralisia gastrintestinal. Uma calopsita foi atendida em uma clínica veterinária com histórico

de regurgitação e diarreia. Optou-se inicialmente por tratá-la com metronidazol e sulfadimetoxina,

metoclopramida e fluidoterapia subcutânea. Após cinco dias de tratamento o animal não obteve melhora e

foi sugerido ao proprietário a realização de radiografia, mas a mesma não foi realizada. Fez-se então

citologia de papo e cloaca, onde foi diagnosticada infecção pelo fungo Macrohrabdus ornithogaster.Foi

dado inicio ao tratamento específico para megabacteriose com ácido acético e nistatina (doses), mas após

três dias o animal veio a óbito e foi encaminhado para a Universidade Vila Velha para necropsia. Na

necropsia foram observados pulmões difusamente avermelhados; fígado com extensa área esbranquiçada

na serosa da face visceral; e pró-ventrículo e ventrículo dilatados. No interior do trato gastrintestinal

observou-se corpo estranho linear com 6,5cm que se estendia desde o pró-ventrículo até o ventrículo. Na

mucosa do pró-ventrículo havia múltiplas áreas pontiformes deprimidas (úlceras). No intestino havia

moderada quantidade de fezes com sementes não digeridas. No histopatológico foi observada pneumonia

intersticial leve, leucocitose acentuada, celomite moderada, ulceração e inflamação em pró-ventrículo. As

lesões observadas foram compatíveis com um quadro séptico gerado possivelmente pela migração das

bactérias do trato gastrointestinal para a cavidade celomática e corrente sanguínea devido a estase e

ulceração profunda provocadas pelo corpo estranho. O corpo estranho deve ser considerado um diagnóstico

diferencial em calopsitas com quadros de regurgitação e a realização de radiografias simples e contrastadas

são essenciais para um diagnóstico rápido e preciso, melhorando o prognóstico do paciente.

Palavras-chave: Celomite; radiografia contrastada; sepse; psitacídeo.

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Degeneração de valva mitral classe C e degeneração tricúspide moderada em cão

da raça Teckel – Relato de caso Silotti, J. M.¹*, Martinelli, C.¹, Maestri, L. F. P ² Martin, C. M ³

1 Graduando de Medicina Veterinária da Universidade de Vila Velha; 2 Professora do curso de Medicina

Veterinária da Universidade de Vila Velha. ³ Medica veterinária do Hospital Rebouças.

*E-mail para contato – [email protected]

A endocardiose é uma degeneração das valvas atrioventriculares. A causa da valvopatia é desconhecida,

mas acredita-se que é de origem hereditária. Cães acima de 10 anos e raças de pequeno porte são mais

susceptíveis. Essa alteração causa uma sobrecarga volumétrica no coração que leva a uma cardiomegalia e

alterações na circulação e pressão sanguínea. Um cão, macho, Teckel, 13 anos foi atendido no Hospital

Veterinário Rebouças com histórico de tosse e dispnéia. No exame físico foi observado taquipnéia,

taquicardia, pressão arterial sistólica 180mmHg, crises paroxísticas de tosse e cianose lingual, pulso jugular

positivo, área de percussão cardíaca aumentada, sopro e ausência de crepitação pulmonar. Foi realizada

radiografia torácica onde constatou-se importante cardiomegalia com desvio do trajeto traqueal,

promovendo diminuição da bifurcação traqueo-brônquica e do trajeto do brônquio primário esquerdo,

aumento tronco das artérias pulmonares,opacificação pulmonar de padrão intersticial e hepatomegalia. O

animal também foi encaminhado para ecocardiografia, onde observou-se aumento do diâmetro do átrio

esquerdo, aumento do diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo, endocardiose da valva mitral,

endocardiose da valva tricúspide, insuficiência da valva mitral de grau importante, insuficiência da valva

tricúspide de grau moderado, hipertensão pulmonar. O animal foi diagnosticado com insuficiência da

válvula mitral classe C e hipertensão pulmonar. Foi instituído o tratamento com enalapril

0,3mg/kg/BID/contínuo, sildenafil 0,8mg/Kg/BID/contínuo e furosemida 2,3 mg/Kg/BID/7dias. No

retorno em 7 dias o paciente estava apresentando normopnéia, normocardia, normosfigmia e diminuição

da freqüência de tosse. A endocardiose é uma afecção de caráter progressiva e silenciosa. É importante para

o proprietário de cães idosos os principais sinais clínicos e realização de acompanhamento com um

cardiologista no intuito de um diagnóstico precoce e um correto protocolo terapêutico,com o objetivo de

retardar os aparecimentos dos sinais clínicos de ICC.

Palvras-chaves: Endocardiose, hipertensão pulmonar, edema pulmonar, valvulopatia,

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Diagnóstico e tratamento de insuficiência pancreática exócrina em um cão da raça

Shih-tzu -relato de caso

Rodrigues L. M.1*, Almeida I. O. 2 , Horta R. S.3

1 Graduanda de Medicina Veterinária da Universidade de Vila Velha; 2 Graduanda de Medicina

Veterinária da Universidade de Vila Velha ; 3 Professor do curso de Medicina Veterinária da

Universidade de Vila Velha.

*E-mail para contato – [email protected]

Introdução: Nos cães, a insuficiência pancreática exócrina (IPE) ocorre quando há perda de mais de 90%

das células acinares pancreáticas, levando a diminuição da secreção de enzimas digestivas e sinais de má

digestão. A atrofia das células pancreáticas, de caráter imunomediado é a principal causa, seguida, pela

pancreatite crônica e neoplasias do pâncreas exócrino. O objetivo desse trabalho é relatar um caso de IPE

em cão, demonstrando a importância da inclusão no diagnóstico diferencial de entero-colites crônicas.

Relato de caso: Um cão da raça Shih-tzu foi atendido com histórico de diarréia há cinco meses, com

melhoras intermitentes associadas ao uso de vários antibióticos não simultâneos (amoxicilina-clavulanato,

metronidazol, enrofloxacino e sulfametoxazol-trimetoprima). Paciente apresentava aumento da frequência

de defecação, fezes pastosas a líquidas com hematoquezia discreta a grave, vômitos ocasionais e

emagrecimento progressivo, apesar da manutenção do apetite. Já haviam sido realizados quatro exames

coproparasitológicos, bioquímica renal e hepática, ultrasonografia abdominal, todos sem alterações, e

cultura bacteriana (crescimento de Clostridium sp.). Diante do histórico e tratamentos realizados, suspeitou-

se de IPE e enteropatia responsiva a antibiótico secundária, solicitando os exames de cobalamina (163

pg/mL), folato (14,4 ng/mL) e lipase pancreática canina específica (20 μg/L), que confirmaram as suspeitas

(redução de cobalamina e cPLI, e elevação de folato). Como o paciente havia recém-saído de

antibioticoterapia com metronidazol, iniciou-se o tratamento com probiótico, pancreatina em pó, omeprazol

e dieta com ração super premium com baixo teor de gordura. Paciente teve melhora completa do quadro

clínico, normalização das fezes em dois dias e recuperação da condição corporal. Considerações finais: A

IPE deve ser incluída no diagnóstico diferencial de diarréias crônicas com sinais de má-digestão. A

dosagem de cobalamina, folato e cPLI são úteis no diagnóstico e o tratamento com pancreatina, em

associação ao omeprazol e dieta com baixo teores de gordura apresenta bons resultados.

Palavras-chaves: pâncreas, diarréia, cobalamina, folato, lípase pancreática específica.

Page 12: Anais VETUVV 2016.pdf

Diagnóstico e tratamento de tumor venéreo transmissível nasal canino - Relato de

Caso

SOUZA. M.C.C.1; RASSELE, A.C.1; FERNANDES, S.S.D.2; SENA, B.V.3; AOKI, K.A.4; HORTA,

R.S.5

1Mestranda do Curso de Ciência Animal da Universidade de Vila Velha; 2Graduanda do Curso de Medicina

Veterinária da Universidade Vila Velha; 3Residente de Clínica Médica da Universidade de Vila Velha; 3Médica Veterinária na Associação Bichos Gerais; 4Professor do curso de Medicina Veterinária da

Universidade Vila velha.

*E-mail para contato – [email protected]

O tumor venéreo transmissível (TVT) é um tumor naturalmente transplantável em cães, principalmente

pelo coito, embora possa ocorrer também a implantação natural no sítio de mordidas e feridas ou pelo ato

de cheirar regiões acometidas. Metástases são raras, ocorrendo em 5 a 17% dos casos. O objetivo desse

trabalho é relatar um caso de TVT nasal, como forma de alertar o clínico sobre a inclusão dessa patologia

no diagnóstico diferencial. Um cão macho, sem raça definida, com cinco anos de idade, resgatado e castrado

há aproximadamente um ano, foi atendido com histórico de espirros com secreção sanguinolenta há

aproximadamente 10 meses. Há cinco meses havia sido submetido à tomografia computadorizada (TC),

que revelou lesão nasal direita que se estendia desde a nasofaringe ao osso nasal e palato duro, sugerindo

infecção fúngica ou neoplásica. Iniciou-se tratamento com ômega 3, caprofeno, vitamina E e itraconazol,

sem resposta clínica. Durante o exame físico observou-se taquipnéia e ausência de fluxo de ar na narina

direita e redução do fluxo na narina esquerda. Foi solicitada nova TC, que detectou lesão nasal direita

expansiva com destruição do septo nasal. Foi realizada punção aspirativa da lesão, guiada pela TC, com

diagnóstico citológico de TVT. Foram realizadas cinco aplicações semanais de vincristina, na dose de 0,75

mg/m2, com melhora da qualidade de vida e redução do sangramento após 7 dias e resolução do quadro

respiratório observada após quatro semanas. Após seis meses do término do tratamento não foram

observados novos sinais clínicos associados à doença. O diagnóstico do TVT pode ser facilmente realizado

pela citologia, apresentando prognóstico favorável e excelente resposta à quimioterapia, conforme

demonstrado nesse caso. Essa patologia deve ser incluída no diagnóstico diferencial de neoplasias genitais

e extra-genitais em cães com histórico de acesso as ruas ou resgate recente, admitindo sinais clínicos

variáveis, conforme a localização.

Palavras-chave: TVT, nasal, cão, vincristina.

Page 13: Anais VETUVV 2016.pdf

Diagnóstico por imagem na avaliação de tenossinovite do tendão infra-espinhoso

em cão – Relato de caso

Santos, G. H. B. ¹*; Lopes, J. V. M.¹; Souza, M.C.C.2, Machado, F.M.3,Carretta Junior, M 4,Santos, R.V4.

1Graduando do Curso de Medicina Veterinária, Universidade Vila Velha, Vila Velha, ES;2Mestranda do

Curso de Ciência Animal Universidade Vila Velha;3Médica Veterinária Contratada da Universidade Vila

Velha; 4Professor(a) do curso de Medicina Veterinária da Universidade Vila Velha.

*E-mail: [email protected]

Introdução: A tenossinovite é um processo inflamatório do tendão, bainha ou bursa, resultante de um

trauma agudo ou crônico, ou ainda de condições degenerativas. Em geral, os animais apresentam

claudicação e dor na hiperextensão ou hiperflexão do membro. O diagnóstico é realizado por meio de

técnicas imagiológicas como radiografias, ultrassonografia articular, tomografia computadorizada (TC) e

ressonância magnética (MRI). Relato de Caso: Relata-se o caso de um canino, de quatro anos de idade,

macho, da raça Lhasa Apso, com histórico de queda, apresentando claudicação discreta do membro torácico

direito e dor, principalmente,à hiperextensão e a palpação profunda da articulação escápulo-umeral. Foi

tratado, anteriormente, em uma clínica particular com imobilização do membro, mavacoxib na dose de

2mg/kg, a cada 30 dias e condroprotetor, até novas recomendações. No entanto, o paciente não apresentou

melhora significativa, após 2 meses, recomendando-se a realização de outros exames de imagem para

melhor caracterização do quadro. O paciente foi encaminhado para atendimento no Hospital Veterinário

Ricardo Alexandre Hippler – UVV, onde foi realizado exame radiográfico no qual se constatou presença

de uma pequena calcificação em região de inserção tendínea do bíceps ou infra-espinhoso. Requisitou-se

também ultrassonografia articular, na qual se observou a presença de área hiperecogênica formadora de

sombra acústica em região de inserção do tendão infra-espinhoso, sugestivo de enteseófito. Foi realizada

tomografia computadorizara a qual demonstrou o mesmo tendão hiperdenso e evidente, sugerindo o quadro

de tenossinovite. Foi mantido o tratamento com condroprotetor e encaminhamento do paciente para

fisioterapia, o qual apresentou melhora do quadro clínico após 2 sessões. Conclusão: Embora a ressonância

magnética seja o exame imagiólogico de escolha para abordagem de tecidos moles peri e intra-articulares,

a associação das técnicas foi satisfatório no diagnóstico do paciente. Claudicações discretas de origem na

articulação escapulo-umeral em cães podem se tornar um desafio diagnóstico e terapêutico, sendo

importante a adequada abordagem do paciente.

Palavras-chave: Bolsa sinovial, hidroterapia, exame de imagens, exame ultrassonográfico.

Page 14: Anais VETUVV 2016.pdf

Diagnóstico terapêutico de Mieloencefalite Protozoária Eqüina em propriedade no

município de Nova Venécia- Ralato de Caso

Vardiero, H. N.¹*, Machado, C. M. S.¹, Braga, F. R.², Zucatelli, H. L.³

1 Graduanda de Medicina Veterinária da Universidade de Vila Velha; 2 Professor do curso de Medicina

Veterinária da Universidade de Vila Velha, ³ Médica Veterinária Autônoma.

*E-mail para contato – [email protected]

Introdução: Mieloencefalite protozoária equina (EPM), também chamada de bambeira ou doença do

gambá é uma enfermidade causada por um protozoário da espécie Sarcocystis neurona, que acomete o

sistema nervoso central do animal, sendo considerada uma das patologias neurológicas mais importantes

encontra nas Américas. Os gambás são os hospedeiros definitivos que se infectam pela ingestão de tecido

muscular de presas, hospedeiros intermediários, contendo sarcocistos. Os equinos são hospedeiros erráticos

e são infectados acidentalmente pela ingestão de alimentos contaminados pelas fezes do gambá com

esporocistos infectantes. Relato de caso: Foi atendido em uma propriedade de Nova Venécia, norte do

Espírito Santo, três equinos, uma fêmea quarto de milha com 7 anos e dois machos mangalarga marchadores

de 9 e 10 anos, com histórico de sudorese, apatia, incoordenação motora nos membros pélvicos, contração

espontânea dos músculos da garupa, perda de equilíbrio ou “bambeira” em estação, queda dos animais na

baia. O diagnóstico foi sugestivo-terapêutico e associado ao histórico e sinais clínicos apresentados pelos

animais. Foi instituído o tratamento com Sulfadoxina com trimetoprim (20 mg/kg, IV, SID, 3 dias),

Diclazuril pasta (5g/100kg, VO, SID, 90 dias), Dexametasona (5 mg/dia, IV, SID, 2 dias) e suplementação

com ácido fólico intramuscular por 5 dias. Considerações finais: A conduta terapêutica empregada foi

eficaz para a remissão dos sinais clínicos, visto que os animais encontram-se, no presente momento,

estáveis. Contudo, para o diagnóstico conclusivo deveria ter sido empregado; (a) sorologia e PCR (fluido

cerebroespinal dos animais). Além disso, um grande número de diagnósticos diferenciais não pode ser

descartado no presente relato e os mesmos estão sendo investigados. Embora a EPM seja de grande

relevância na clínica de equídeos, ela é pouco diagnosticada ou citada no Brasil. A estocagem e o manejo

correto de alimentos é de suma importância para o controle da doença em propriedades.

Palavras-chave: sistema nervoso central, Sarcocystis neurona, equinos.

Page 15: Anais VETUVV 2016.pdf

Efeito da seca e ação antrópica na extinção de grupo familiar de capivaras no Rio Doce,

em Itapina, distrito de Colatina, ES

Bianchi M. A.F.1, Rangel M.C.V2, Barcelos D.S.3, Peres J.4, Rossi Jr J.L5.

1Doutoranda do Programa de Ecologia de Ecossistemas pela UVV, 2 Mestranda do Programa de

Pós-Graduação em Ciência Animal pela UVV, 3 Médica Veterinária autônoma, 4 Bióloga, 5Professor Doutor do Programa de Pós-Graduação da UVV.

Email autor: [email protected]

Em estudo comparativo de densidade demográfica de capivaras, foi observado que a maior parte dos picos

de acasalamentos ocorreu durante a época de chuva, período de alta produção forrageira, possibilitando a

ovulação das fêmeas. O estudo revelou superioridade populacional do agrupamento mais antropizado, em

relação ao agrupamento conservado, provavelmente porque o habitat antropizado é mais abundante em

recursos hídricos. Foi realizado monitoramento de três grupos familiares de capivaras localizados na região

noroeste do ES, entre setembro de 2011 e janeiro de 2016, contabilizando a densidade por avistamento de

indivíduos. Foi observado densidade crescente até o final de 2014, contabilizados 35 indivíduos, entre

adultos (78%), juvenis (12%) e filhotes (10%). Foi observado nascimentos regulares no início do verão e

do outono, com média de oito filhotes por grupo. No final de 2014, um grupo deixou de ser avistado, e

durante 2015, o segundo grupo sofreu redução no número e frequência de avistamentos. Em abril de 2015,

apenas um grupo se mantinha no local. Carcaças de capivaras alvejadas com armas de fogo e o aumento do

cultivo agrícola foram reportados. Em setembro de 2015 não foram registrados nascimentos. A região

noroeste foi a mais afetada durante a estação, acumulando um desvio negativo de 75% abaixo do esperado.

Em outubro, após queimada, o último lago frequentado por capivaras apresentava lâmina d’água abaixo de

10 cm. Dez animais foram avistados ao final de cinco dias. Em novembro, com o esgotamento total da água

do lago, não foram avistadas mais capivaras na região. Conclusão: O monitoramento realizado no período

do estudo demonstrou que a ação antrópica pode interferir diretamente no aumento populacional, como

pode, quando muito intensificado, extinguir a população de uma região.

Palavras-chave: antropização, densidade populacional, animais silvestres.

Page 16: Anais VETUVV 2016.pdf

ERLIQUIOSE E ANAPLASMOSE EM CANINO COM PARESIA DE

POSTERIORES SEM ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS.

Intra, N. R.1*; Magalhães, C.M.¹; Oliveira, T. G.1; Farias, P. C. G.2

¹ Graduando do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Vila Velha; ² Docente do curso de

Medicina Veterinária da Universidade de Vila Velha.

*E-mail para contato – [email protected]

RESUMO

Introdução: As doenças riquetsiais polissistêmicas são causadas por bactérias gram-negativas

intracelulares obrigatórias da ordem Rickettsiales, sendo predominantes no estado do Espírito Santo aquelas

dos gêneros Ehrlichia e Anaplasma. Transmitidas por ixodídeos, a distribuição destas infecções reflete a

dispersão do vetor no ambiente, mantendo elevada prevalência e incidência no Brasil. Entretanto, é grande

o número de falhas diagnósticas, sendo comum a utilização do hemograma como teste de triagem, e

somente diante de alterações no mesmo, a realização de testes específicos. O objetivo deste trabalho é

relatar o caso de uma cadela positiva para Ehrlichia e Anaplasma no ELISA rápido com resultados de

hemograma normal. Relato de caso: Foi atendida na emergência do Hospital Veterinário “Ricardo

Alexandre Hippler” uma cadela rottweiller, aproximadamente seis anos, chegou sem andar e com dor

intensa à palpação dos membros pélvicos, mantendo sensibilidade e propriocepção. O animal estava

altamente parasitado por carrapatos do gênero Ripicephallus sanguineous e tinha mucosas oculares

congestas e leve hipertermia. Foi realizado teste rápido para cinomose, com resultado negativo, além de

hemograma, perfis hepático e renal. O hemograma estava dentro da normalidade, mas ainda assim foi

solicitada a realização do teste ELISA rápido, revelando reações positivas para Ehrlichia sp. e Anaplasma

sp. Supõe-se que este tipo de sinal clínico tenha origem numa reação de hipersensibilidade do tipo III, por

depósito de imunocomplexos, que não é típica das formas agudas. Não são descartados, no entanto, os

efeitos neuropáticos das referidas infecções. Considerações Finais: Ressalta-se a importância de conhecer

a epidemiologia e a fisiopatogenia das riquetsioses polissistêmicas, dada sua alta prevalência na população

canina. É importante ainda levar em conta os sinais clínicos menos óbvios, principalmente na ausência de

trombocitopenia ou monocitose. Sempre que possível o médico veterinário deve solicitar testes específicos

para seu diagnóstico, evitando assim as falhas diagnósticas e, consequentemente, terapêuticas.

Palavras-chave: Anaplasma sp., Erhlichia sp, doenças transmitidas por carrapatos, doenças riquetsiais

polissistêmicas.

Page 17: Anais VETUVV 2016.pdf

Extração de dente de lobo em equino – Relato de caso

Gomes, L.B.¹*, Silva, G.A.O.², Netto, M.C.², Fardin, V.V.³, Coelho, C.S.4 1. Graduanda em Medicina Veterinária da Universidade Vila Velha, ². Pos-Graduando do Programa

Ciência animal da Universidade Vila Velha, ³. Residente do programa de Clínica, Cirurgia e

Anestesiologia em Grandes Animais da Universidade Vila Velha, 4. Professora do curso de Medicina

Veterinária da Universidade Vila Velha.

*E-mail para contato: [email protected]

O dente de lobo, primeiro pré-molar (105, 205, 305 e 405), é um dente vestigial e está localizado entre o

canino e o segundo pré-molar. É pequeno e tem seu nascimento entre 5 a 6 meses de idade. Esses dentes

não possuem contato com outros dentes ou função mastigatória, mas podem causar ferimentos na cavidade

oral, e entrar em choque com a embocadura podendo ser extremamente desconfortável para o animal e o

cavaleiro. O trabalho tem como objetivo relatar um caso de extração de dente de lobo em equino. Foi

atendido um equino, macho, Mangalarga Marchador, com 2,8 anos de idade. O proprietário relatou que ao

iniciar a doma, o animal apresentava um desconforto ao colocar a embocadura. Foram descritos os seguintes

sinais: peso excessivo nas rédeas, balanço constante de cabeça e relutância ao colocar a embocadura. Ao

notar esse comportamento atípico, o proprietário solicitou o serviço de Odontologia Equina. O paciente foi

submetido a jejum alimentar de 12 horas para que fosse realizada a sedação com detomidina 15mcg\kg IV.

Após tal feito, a cavidade oral do animal foi inspecionada com o auxílio do abridor de boca. Foi constatada

a presença dos dentes 105 e 205 (dentes de lobo superiores). Foi realizada anestesia local com lidocaína

sem vasoconstrictor, e posteriormente a extração dos dentes de lobo, com o auxílio do elevador periapical.

Ao se recuperar da sedação, o animal se alimentou normalmente. Sete dias o procedimento, o animal aceitou

a embocadura, parando com todos os sinais descritos acima. Com a extração do dente de lobo problemas

como as feridas e incomodo com a embocadura são eliminados, facilitando o trabalho de domadores e

tratadores. A extração é um procedimento simples e seguro, quando realizado com equipamentos adequados

e por profissionais qualificados em odontologia equina.

Palavras chaves: odontologia, pré-molar, embocadura.

Page 18: Anais VETUVV 2016.pdf

HEMOPERICÁRDIO DECORRENTE DE RUPTURA DE VEIA CAVA

CAUDAL EM CÃO - RELATO DE CASO

Santos E.A.1, Rodrigues T.A.2*, Nunes L.C.3, Aptekmann K.P.3

1Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias – Universidade Federal do Espírito

Santo (UFES) 2 Graduando em Medicina Veterinária – UFES

3 Professora do Departamento de Medicina Veterinária do Centro de Ciências Agrárias – UFES

*E-mail do autor: [email protected]

Introdução: O hemopericárdio é definido como o acúmulo de sangue no saco pericárdico. Em cães pode

ser de origem idiopática, por ruptura do átrio esquerdo ou ocorrer em consequência de neoplasias cardíacas,

traumas e coagulopatias. A lesão traumática de veia cava inferior, bem como ruptura desta veia também

são descritas como causas de hemopericárdio em humanos. Não há relatos de ruptura de veia cava com

consequente hemopericárdio em cães, no entanto, sabe-se que em alguns casos de aneurismas essa ruptura

pode acontecer. Desta forma, objetivou-se relatar um caso de tamponamento cardíaco decorrente de ruptura

de veia cava em cão. Relato de caso: Um cão, fêmea, Teckel, 11 anos, foi encaminhado ao Laboratório de

Patologia Animal do Hospital Veterinário da UFES, após apresentar morte súbita. De acordo com registros

veterinários, o animal era assintomático e apresentava sopro sistólico grau III/VI em foco mitral.

Apresentava diagnóstico de doença valvar crônica de mitral, evidenciada por exames ecocardiográficos, há

aproximadamente um ano, porém não era submetido a nenhum tratamento, por recomendações veterinárias.

A necropsia cosmética foi realizada e revelou aumento do volume do saco pericárdico, além de congestão

pulmonar. Na avaliação cardíaca, verificou-se a presença de hemopericárdio acentuado, coração rígido com

importante degeneração da valva mitral e discreta de valva tricúspide, além de hipertrofia concêntrica do

ventrículo esquerdo. Observou-se hemorragia de veia cava caudal em base cardíaca, sugestiva de

ruptura. Na microscopia observou-se hemorragia em camada média da veia cava caudal, no entanto, não

se observou nenhum foco de aneurisma desta estrutura, mesmo quando corada pelo método de Resorcina

de Weigert (RW), o que sugere uma ruptura espontânea desta veia. Considerações finais: o presente relato

apresenta mais uma causa de hemopericárdio em cães, além das descritas na literatura, devendo-se

considerar a ruptura espontânea da veia cava nos diagnósticos diferenciais de cães com esta alteração.

Palavras-chaves: cardiologia, tamponamento cardíaco, pericárdio

Page 19: Anais VETUVV 2016.pdf

Infecção sistêmica por Pseudomonas aerugisona em sagui-da-cara-branca

Paz S. J.1*, Oliveira A. R.2, Leite F. L. G.3, Gorza, L.L.4 , Tobias F. L.3

1 Mestranda de Ciência Animal da Universidade Vila Velha; 2 Médica Veterinária residente de Patologia

Animal da Universidade de Vila Velha; 3 Professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade de

Vila Velha. 4 Graduando de Medicina Veterinária da Universidade Vila Velha.

*E-mail para contato – [email protected]

Pseudomonas aeruginosa é uma bactéria ubíqua, causadora de infecção em pacientes

imunocomprometidos, como na destruição das barreiras cutâneas em queimaduras. Há adesão bacteriana,

colonização, invasão local e bacteremia. O tratamento é difícil devido aos fatores de virulência e à

resistência aos antimicrobianos. Este trabalho relata uma infecção sistêmica por P. aerugionosa em sagui-

da-cara-branca, Callithrix geoffroyi. O animal foi encaminhado ao Hospital Veterinário Prof. Ricardo

Alexandre Hippler, ao exame clínico apresentou dispneia, secreção nasal purulenta e lesões sugestivas de

choque elétrico em membro torácico e pélvico direitos. A secreção nasal foi submetida à cultura bacteriana,

antibiograma e citologia. O tratamento foi instituído com ceftriaxona, meloxicam e fluidoterapia

subcutânea. O animal foi a óbito no dia seguinte e encaminhado à necropsia. Havia extensa área distal de

gangrena seca em membro torácico direito com necrose ascendente da musculatura do braço e abscesso em

tríceps braquial. Havia acentuada quantidade de secreção esverdeada em cavidade nasal e pulmões,

apresentando áreas profundas circulares amarelo esverdeadas multifocais a coalescentes e lobo médio

intensamente avermelhado, firme e hipocrepitante. O sangue cardíaco e o conteúdo do abscesso foram

submetidos à cultura bacteriana e o pulmão foi submetido à citologia por imprint. P. aeuruginosa foi isolada

de todas as amostras, em cultura mista com Escherichia coli a partir da secreção nasal, e em cultura pura

do sangue cardíaco e conteúdo do abscesso. Ao antibiograma P. aeruginosa e E. coli foram sensíveis à

ceftriaxona, antimicrobiano de escolha. As análises citológicas reforçaram, além de outros achados, a

suspeita de infecção pela presença moderada a acentuada de bastonetes associada à inflamação

piogranulomatosa. Logo, o isolamento de P. aeruginosa das três amostras, associado aos achados

citológicos, indicam que o sagui apresentou uma infecção sistêmica e reforça a importância do tratamento

precoce das lesões primárias devido ao risco de óbito por infecções oportunistas e septicemia.

Palavras-chaves: resistência, antibiograma, Callithrix geoffroyi, bastonetes, queimaduras.

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Leptospirose canina-Relato de caso

Poton A.1*, Passos A. S.1, Borlot A. F.1, Menezes J. V.1, Pinto J. C.2, Flecher M. C.3, Paula L. F.3

1 Graduando do curso de Medicina Veterinária na Universidade Vila Velha, 2 Médica Veterinária

residente em Cirurgia e Anestesiologia da Universidade Vila Velha, 3 Professora do curso de Medicina

Veterinária na Universidade Vila Velha *E-mail para contato – [email protected]

A leptospirose é uma zoonose causada pela Leptospira spp., comum em cães e em outros animais, que pode

apresentar forma subclínica ou clínica, com evolução aguda ou crônica, manifestando-se no organismo

animal com quadros renais, hepáticos e até pulmonares. Os sinais clínicos incluem anorexia, febre, êmese,

desidratação, pneumonia, relutância em movimentar-se, icterícia, deterioração renal, taquipneia, petéquias,

epistaxe, tosse e hepatite crônica. Relata-se o caso de um cão de 12 anos, SRD que deu entrada no Hospital

Veterinário “Prof. Ricardo Alexandre Hippler”da Universidade Vila Velha, com histórico clínico de

ingestão de roedores, apresentando os seguintes sinais clínicos: apatia, vômito, anorexia, excessiva icterícia,

anúria, não se apresentava em estação e encontrava-se em posição ortopneica. Foi relatado pelo proprietário

que o animal não era vacinado havia 3 anos. Durante o atendimento, o animal apresentou piora no quadro

clínico, apresentando intensa dispneia, tosse, seguida de duas paradas cardiorespiratórias e intensa

hemoptise e devido ao agravo do caso, o animal foi encaminhado para eutanásia e posterior necropsia. Na

necropsia observou-se mucosas ictéricas, edemas em cavidade abdominal e torácica, pulmões fluindo

sangue ao corte, petéquias em rins, bexiga e estômago, fígado firme com aspecto de noz moscada e

esplenomegalia. Foram coletados fragmentos de fígado, pulmão e rins e enviados para avaliação

histopatológica, onde observou-se dissociação de hepatócitos com fibrose centrolobular leve a moderada e

em ponte leve e infiltrado linfoplasmocitário nos rins que indicam hepatite e nefrite crônica

respectivamente. Diante do histórico, dados clínico-patológicos e achados de necropsia conclui-se de um

quadro suspeito de leptospirose com diagnósticos diferenciais para babesiose, hepatite viral canina e

herpesvírus.

Palavras-chave: Icterícia; cães; roedores; zoonose.

Page 21: Anais VETUVV 2016.pdf

Levantamento dos casos de toxoplasmose atendidos no Hospital Veterinário Prof.

Ricardo Alexandre Hippler

Machado, C.M.S.1(*), Borges, J.A.1, Paz,J.S.2,Tobias, F.L.3

1 Graduando do curso de Medicina Veterinária Universidade Vila Velha, 2 Mestranda de Ciência Animal

da Universidade Vila Velha,3 Professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Vila Velha.

*E-mail para contato – [email protected]

Toxoplasma gondii é um protozoário intracelular responsável pela ocorrência de toxoplasmose, zoonose

que acomete diferentes espécies animais. A enfermidade é muito importante, visto que animais

imunocomprometidos podem desenvolver a doença e o ciclo de vida do parasito se completa em felídeos,

considerados hospedeiros definitivos. A transmissão ocorre pela ingestão de carne crua, mal passada e água

contendo as formas infectantes do parasita. Objetiva-se fazer um levantamento dos casos de toxoplasmose

no Hospital Veterinário Prof. Ricardo Alexandre Hippler, verificando a relação entre o número de

solicitações do exame para cada espécie animal, a positividade e a negatividade dos resultados. Realizou-

se um levantamento retrospectivo, durante o período de março de 2014 a março de 2016, totalizando 74

testes. Para isso levou-se em consideração o livro de requisições gerais do Laboratório de Microbiologia e

Imunologia Veterinária da Universidade Vila Velha. O estudo envolveu a coleta de dados relativos à espécie

dos animais e o resultado obtido no exame. O teste é realizado pela técnica de hemaglutinação indireta. A

deterrminação da infecção recente ou da presença de anticorpos de doença anterior é feita por meio do uso

do 2-mercaptoetanol. Verificou-se que dentre os 74 testes realizados, 70 (94,59%) foram negativos, e quatro

(5,41% ) foram positivos. Dos positivos, todos pertenciam a espécie canina, com titulações de 1:1024,

1:512, 1:16, 1:128, sem mercaptoetanol e 1:512, 1:128, 1:8, 1:16, com mercaptoetanol, sendo esses

equivalentes a 5,41%, enquanto que os demais, negativos, pertenciam a espécie felina, 8,11%, eqüina,

1,35%, e primata, 1,35%. A queda de dois títulos com o uso de 2-mercaptoetanol indica infecção ativa,

observada somente em dois destes animais. Constatou-se que a toxoplasmose não é uma doença comum e

que, apesar da ampla negatividade, a maior ocorrência de positivos na espécie canina, desmistificou a ideia

de que grande parte dos gatos é doente.

Palavras-chaves: Toxoplasma gondii, hemaglutinação indireta, zoonose.

Page 22: Anais VETUVV 2016.pdf

Morte súbita em bovino no estado do Espírito Santo sugestiva de intoxicação por

Palicourea Marcgravii – relato de caso

Almeida I. O. 1*, Rodrigues L. M. 2 , Silva M. A. A. 3 , Domingues P. S. A. 4 , Flecher M. C. 5

1 Graduanda de Medicina Veterinária da Universidade de Vila Velha; 2 Graduanda de Medicina

Veterinária da Universidade de Vila Velha; 3 Graduanda de Medicina Veterinária da Universidade de Vila

Velha; 4 Médica Veterinária autônoma; 5 Professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade

Vila Velha

*E-mail para contato – [email protected]

Introdução: A Palicourea marcgravii é uma planta de alta palatabilidade, sendo facilmente ingerida pelos

bovinos levando a um quadro de morte súbita. Pertence à família Rubiaceae, e possui nomes populares

como “cafézinho”, “erva-de-rato”, “vick”, entre outros. A planta tem extensa distribuição geográfica no

Brasil com exceção da Região Sul e do Mato Grosso do Sul. Tem como habitat locais de boa pluviosidade

e terra firme, sendo encontrada em beira de matas, em capoeiras e pastos recém-formados, pois precisa de

sombra para se desenvolver. Possui alta toxicidade e efeito acumulativo. A intoxicação pode ocorrer em

pequenas doses e se caracteriza por uma evolução superaguda, pois seu princípio tóxico (ácido

monofluoacetato) interfere no funcionamento do coração, ocasionando uma morte em bovinos por

insuficiência cardíaca aguda. O objetivo é relatar um caso de morte súbita em bovino, demonstrando a

importância dessa planta na pecuária brasileira, uma vez que a mesma causa morte súbita e é responsável

por pelo menos metade das mortes de bovinos por plantas tóxicas. Relato de caso: Um bovino macho, na

cidade de Anchieta-ES apresentou morte súbita após ser movimentado, caindo ao chão, apresentando

tremores e movimentos de pedalagem. Na necropsia não foram vistas lesões macroscópicas e a única

alteração observada na microscopia foi a degeneração hidrópico-vacuolar do epitélio renal. Levando em

consideração as informações dadas pela veterinária que informou que os animais tinham acesso a mata e

tiveram morte súbita, além da lesão observada no rim. Sugere-se quadro de intoxicação por Palicourea

macgravii baseado na epidemiologia, quadro clínico patológico, porém não foi feita busca na fazenda à

procura da planta. Considerações finais: As intoxicações ainda são subdiagnosticadas, pelo seu caráter

superagudo. Sendo assim, é de extrema importância o conhecimento dos proprietários e médicos

veterinários de rebanhos bovinos, a fim de evitar por medidas profiláticas a intoxicação.

Palavras–chave: Ácido monofluoracetato, degeneração hidrópico-vacuolar, planta tóxica.

Page 23: Anais VETUVV 2016.pdf

NEFROLITÍASE POR OXALATO DE CÁLCIO SECUNDÁRIO A DOENÇA

RENAL CRÔNICA – RELATO DE CASO

Martinelli, C.1*, Fadini, A. N. B.¹, Silotti, J. M ¹, Sena, B. V.2, Pinto, J. B.2, Monteiro, B. S.3, Rangel, J.

P.P.3, Faria, P. C. G.3, Conti, L. M. C.3

1Graduanda do curso de Medicina Veterinária - Universidade Vila Velha, 2Residente em Clínica Médica

de Pequenos Animais - Universidade Vila Velha, 3Professor do curso de Medicina Veterinária -

Universidade Vila Velha.

(*)[email protected]

Introdução: A doença renal crônica (DRC) é definida como qualquer anormalidade funcional ou estrutural,

de um ou de ambos os rins, com ocorrência igual ou superior a três meses. Dentre outros fatores que

contribuem para sua evolução e cronicidade, destaca-se a ocorrência da nefrolitíase principalmente por

cálculos de oxalato de cálcio. Relato de caso: Foi atendido no Hospital Veterinário “Professor Ricardo

Alexandre Hippler”, um felino, fêmea, sem raça definida, 8 anos, com queixa de dor abdominal, disúria e

hematúria há 5 dias. O paciente apresentava histórico de DRC, controlada com uso de fluidoterapia duas

vezes na semana além de homeopatia e dieta terapêutica para doente renal, mantendo taxa de creatinina em

2,0mg/dL e níveis normais de cálcio, fósforo, sódio e potássio. Ao exame físico paciente apresentava ,uita

sensibilidade à palpação dos rins e bexiga pouco repleta. Na ultrassonografia abdominal foi detectado em

ambos os rins uma discreta perda de definição de junção córticomedular e pelve bilateral apresentando

pequena estrutura hiperecoica (0,5cm no lado esquerdo e 0,6cm no lado direito), compatível com cálculo.

Foi realizado nefrotomia unilateral, retirada do cálculo e envio do mesmo para análise e, após 21 dias do

procedimento cirúrgico, com anaálise físico-química do cálculo renal foi 100% de oxalato de cálcio.

Considerações finais: Estudos sobre a epidemiologia da DRC e da nefrolitíase mostram que a

supersaturação urinária, a hipocitratúria, hipercalciúria e o pH urinário ácido presente nos animais com

DRC são fatores de risco importantes para o desenvolvimennto de cálculo de oxalato de cálcio. Prevenção

deve ser realizada com o tratamento da DRC além de monitoramento frequente dos níveis séricos de cálcio,

fósforo, com o intuito de corrigir os distúrbios precocemente à formação do cálculo.

Palvras-chaves: Cálculo renal, felino, hipercalciúria, nefropatia crônica.

Page 24: Anais VETUVV 2016.pdf

OCORRÊNCIA DO CARRAPATO Amblyomma nodosum em tamanduá-mirim

(Tamandua tetradactyla, Linnaues, 1758) DE VIDA LIVRE NO ESPÍRITO

SANTO

Rocha R. L.1, Rangel M.C.V2, Frazão A. P. B.3, Nossa D. N.4, Fróes F.V.5, Aguiar A. R.6, Braga F. R.7,

Rossi Jr J. L8.

2,5,6 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal pela Universidade Vila Velha, 1,3,4

Graduanda do Curso de Medicina Veterinária da UVV, 7,8 Professor Doutor do Programa de Pós-

Graduação em Ciência Animal da UVV.

No Brasil, Amblyomma nodosum ocorre nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Goiás,

Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul. Larvas e ninfas de A. nodosum são

encontrados principalmente em aves de várias espécies, enquanto que os adultos têm um gama de

hospedeiros mais restrito envolvendo, principalmente, os membros da família Myrmecophagidae. O

Tamandua tetradactyla é conhecido popularmente como tamanduá-mirim, devido ao seu tamanho menor,

se comparado ao tamanduá-bandeira. Este trabalho objetivou relatar a ocorrência de carrapatos da espécie

A. nodosum na região do litoral do Espirito Santo, em T. tetradactyla proveniente de atropelamento na

Rodosol ES-060, prontamente preservados em álcool 70% para posterior identificação. No Laboratório de

Parasitologia da UVV, por meio de chave de identificação e através do uso de um estereomicroscópio, foi

constatado que as características foram correspondentes ao carrapato A. nodosum, que apresenta uma

quantidade de cerdas no órgão de Haller maior do que nas demais espécies de Amblyommas. Conclui-se

que a busca por informações adicionais sobre os hospedeiros e ecologia do A. nodosum é recomendada uma

vez que este já foi associado a agente infeccioso potencialmente patogênico para seres humanos

Palavras-chave: ectoparasitas, animais selvagens, zoonoses.

Page 25: Anais VETUVV 2016.pdf

Oligodendroglioma em Schnauzer Miniatura – Relato de caso

Rassele A. C.1*, Maestri, L. F. P. 2, Vieira, F. T. V. 2, Horta, R.S.2, Flecher, M. C. 2, Souza, M. C. C. 1,

Intra, N. R. 3

1 Mestranda de Ciência Animal da Universidade Vila Velha; 2 Docente do curso de Medicina

Veterinária da Universidade Vila Velha; 3 Graduando do curso de Medicina Veterinária da Universidade

Vila Velha

*Email para contato - [email protected]

Neoplasias intracranianas, são causas freqüentes de disfunção neurológica em cães idosos, embora sejam

pouco relatadas. O objetivo desse relato clínico e patológico de oligodendroglioma em cão é incrementar

o conhecimento acerca do comportamento biológico, aspecto na ressonância magnética e

histopatológico dessa neoplasia. Um cão da raça Schnauzer Miniatura, sete anos, 9,2 Kg, atendido com

histórico de ataxia, andar rígido e em círculos há 1,5 meses, que evoluiu para fasciculações musculares na

região de trapézio, queda lateral com os membros espásticos, disorexia, apatia, taquipnéia e um episódio

de crise convulsiva tônico clônica 15 dias antes do atendimento. Ao exame neurológico, nível de

consciência em depressão, andar incoordenado para o lado direito, marcha atáxica, propriocepção

diminuída do lado direito, reflexo de ameaça bilateral ausente, nistagmo vertical bilateral ao mudar a

cabeça de posição, estrabismo ventrolateral direito, reflexo de deglutição ausente, tônus e reflexo

palpebral diminuído do lado direito, o que levou a se suspeitar de neoplasia intracraniana. Foi submetido

à ressonância magnética sendo evidenciada lesão circunscrita em encéfalo, moderadamente delimitada,

sugerindo origem intra-axial, com desvio da linha média à direita, ao nível da região occipital. O paciente

foi eutanasiado e submetido ao exame necroscópico, e na histopatologia da massa, confirmou-se tratar

de um oligodendroglioma. O olidodendroglioma é o tumor glial mais frequente em cães. Apesar da

histologia benigna, o crescimento de oligodendrogliomas resultam em aumento da pressão intracraniana

com curso fatal. Pela localização intra-axial, o acesso cirúrgico é muitas vezes impossível, deixando como

único recurso terapêutico, a radioterapia, técnica ainda pouco difundida na Medicina Veterinária, em

países em desenvolvimento. Técnicas de imagem são úteis no diagnóstico presuntivo de neoplasias

intracranianas, entretanto, a terapia só pode ser obtida a partir do diagnóstico definitivo. A

indisponibilidade da radioterapia na Medicina Veterinária, representa um entrave no tratamento e

aumento da expectativa de vida desses pacientes.

Palavras-chave: glia, neoplasia intracraniana, cão.

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OSTEOCONDRITE DISSECANTE UNILATERAL EM CABEÇA DO ÚMERO

DE CÃO – RELATO DE CASO

Garayp A,L.¹*; Cruz E, P. ¹; Santos R,V.2; Maciel N, S.3; Bajotto G, C.3

¹ Graduanda de Medicina Veterinária da Universidade Vila Velha; ² Professora do curso de Medicina

Veterinária da Universidade Vila Velha; 3Médico Veterinário Ortopedista da Quality Clinica de

Especialidades Veterinárias.

*E-mail do autor: [email protected]

A Osteocondrite dissecante (OCD) é um distúrbio do desenvolvimento no processo de ossificação

endocondral de cães grandes, gigantes e imaturos, que leva a retenção de cartilagem e formação de um flap

cartilaginoso, podendo se destacar do local de origem. A etiologia da OCD é multifatorial, como trauma,

excesso nutricional e fatores hereditários. O tratamento varia de conservador a cirúrgico. O prognóstico

depende da cronicidade, do tamanho, da localização da lesão e do grau de doença articular degenerativa

(DAD). Relata-se o caso de OCD unilateral da cabeça do úmero em uma canina, fêmea, Rottweiller, com

um ano e meio de idade, com resolução cirúrgica. A cadela foi atendida com histórico de claudicação há

quase 1 ano, do membro torácico direito, principalmente após exercício, chegando a apresentar impotência

funcional do membro. O exame clínico confirmou sensibilidade dolorosa na região escapulo-umeral. Foi

realizado exame ultrassonográfico e radiográfico, os quais demonstraram presença de estrutura

hiperecogênica, com descontinuidade da margem do osso subcondral caudal, e esclerose do osso subcondral

com achatamento da cabeça umeral, além de sinais de sinais de DAD discreta. Os achados de imagens

foram condizentes com OCD. Foi realizada artrotomia com curetagem da lesão e retirada do flap

cartilaginoso. No pós-cirúrgico, foi prescrito, dipirona 25mg/kg, TID 5 dias, amoxicilina 22mg/kg, BID 10

dias, carprofeno, 2,2mg/kg BID 10 dias, além de cloridrato de tramadol 3mg/kg TID, 7 dias. Paciente foi

reavaliado após 21 dias sem dor e claudicação. A opção pelo tratamento cirúrgico foi satisfatória para

resolução da OCD, e o fato das lesões da DAD serem discretas foi favorável para o prognóstico do paciente,

mesmo após evolução de um ano do quadro clínico. Os exames de imagem foram fundamentais para o

diagnóstico do paciente, embora radiograficamente as alterações tenham sido discretas no inicio do quadro.

Palavras-chave: Osteocondrose, flap cartilaginoso, artrotomia.

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OSTEOSSÍNTESE DE RÁDIO E ULNA UTILIZANDO AGULHA HIPODÉRMICA

COMO PINO – RELATO DE CASO

Gonçalves, D. S. V.1*; Cabidelli, J. F.1; Martinelli, C.1; Nunes Junior, J. S.2; Mathias, C. H. T.3; Rangel, J.

P. P.4, Conti, L. M. C.4; Monteiro, B. S.4

1Graduando do curso de Medicina Veterinária – Universidade Vila Velha, 2Residente da Clínica Cirúrgica

de Pequenos Animais do Hospital Veterinário Professor Ricardo Alexandre Hippler – Universidade Vila

Velha, 3Médico Veterinário do Hospital Veterinário Professor Ricardo Alexandre Hippler – Universidade

Vila Velha. 4Professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Vila Velha.

*E-mail: [email protected]

A redução de fratura óssea consiste no processo de reconstrução de fragmentos ósseos à sua conformação

anatômica normal ou de restauração do alinhamento do membro. As técnicas utilizadas na redução de

fraturas ou alinhamento de membros devem superar o processo fisiológico de contração muscular e

dispersão de fragmentos de ossos. Os pinos intramedulares (PI) devem ocupar no máximo 80% do canal

intramedular e são utilizados em fraturas diafisárias sendo uma de suas vantagens sua resistência a carga

de dobramento e como desvantagem, abrange baixa resistência as cargas compressivas ou rotacionais e

falta de fixação com o osso. Relata-se uma fixação intramedular em rádio com uma agulha hipodérmica

(25x0,7) em um cão com fratura simples completa em rádio e ulna após trauma. Foi encaminhado ao

“Hospital Veterinário Professor Ricardo Alexandre Hippler”, um cão, Pinscher, 10 meses de idade,

apresentando claudicação de membro torácico. Ao exame físico notou-se presença de mobilidade e

crepitação em região distal de rádio e ulna. O exame radiográfico revelou fratura completa de diáfise distal

de rádio e ulna com deslocamento crânio-medial do fragmento proximal e canal medular medindo 0,8mm.

Após os exames pré-cirúgicos de rotina, o animal foi encaminhado à cirurgia. Foi realizado acesso crânio-

lateral ao rádio, com incisão de pele e divulsão da musculatura permitindo a visibilidade da fratura. As

extremidades ósseas foram preparadas para a realização da osteossíntese, por meio do nivelamento das

extremidades lesionadas e reposicionamento dos ossos para a aplicação da agulha hipodérmica

intramedular. Foi realizado a aproximação da musculatura e pele. O membro foi imobilizado com tala e

malha tubular. A osteossintese utilizando agulha hipodérmica permitiu a aproximação e estabilização do

rádio, mantendo um nivelamento adequado e permitindo deambulação do paciente, uma vez não foi

possível utilizar um PI comercial de 1mm, por extrapolar o tamanho do canal medular.

Palavras-chave: redução de fratura, ortopedia veterinária, fratura

Page 28: Anais VETUVV 2016.pdf

Perfil bacteriano aeróbico da boca de Jacarés-de-papo-amarelo (Caiman latirostris)

em uma população de vida livre da Mata Atlântica do Espírito Santo.

Machado, Y. 1,2, Nossa, D. N. 1,2, Schuwartz, C. D. S. V. 1,2, Costa, M. P. 1, Machado, V. D.1,2, Filho,

P.R.J. 1, Passamani, F. 3,Santos, M. R. D. 1,2, Clemente-Carvalho, R. B.G2 e Nóbrega, Y.C.1,2*

1Instituto de Ensino, Pesquisa e Preservação Ambiental Marcos Daniel (IMD). 2 Universidade Vila Velha

(UVV). 3 ArcelorMittal Tubarão

*E-mail para contato - [email protected]

Introdução: O Jacaré-de-papo-amarelo Caiman latirostris está presente no Espírito Santo e habita

ambientes lênticos. Dada a constante redução de habitat, os crocodilianos brasileiros frequentemente se

encontram em condição de animais sinantrópicos, podendo estar presentes em ambientes alterados pelo

homem, como efluentes em grandes centros urbanos. Entretanto, jacarés são animais muito sensíveis ao

estresse, sendo frequente a ocorrência de debilitação do sistema imune. Bactérias externas e da própria flora

autóctone podem acarretar prejuízos à saúde destes animais. Bactérias em constante contato com

antibióticos provenientes do esgoto doméstico podem adquirir alta resistência a diversos antibióticos,

levando a um problema de saúde ambiental. Objetivo: Determinar do perfil bacteriano da boca de Caiman

latirostris de vida livre. Materiais e Métodos: O estudo foi conduzido numa área de Mata Atlântica, em

lagoas de propriedade particular da ArcelorMittal Tubarão, município da Serra, ES. 11 animais foram

capturados, e material biológico da boca coletado com o uso de suabe estéril contendo meio Stuart. As

amostras foram acondicionadas a 4ºC e encaminhadas para processamento no Laboratório de Pesquisa em

Conservação do Instituto Marcos Daniel (IMD), onde posteriormente as colônias foram identificadas macro

e microscopicamente. Resultados: Foram identificadas as seguintes espécies de bactérias: Pseudomonas

aeruginosa, Escherichia coli, Serratia marcescens e Enterobacter aerogenes. Conclusão: Os jacarés da

espécie Caiman latirostris são hospedeiros de bactérias como E. coli, P. aeruginosa e S. marcescens que

podem ser patogênicas para animais e especialmente para o ser humano, além de serem hospedeiros de

bactérias que até agora não apresentam importância para a saúde humana, mas que podem adquirir

resistência antimicrobiana devido a dejetos lançados nos efluentes. Dessa forma, o estudo contribui com

informações que podem ser usadas em ações de saúde pública e saneamento para proposição de políticas

públicas, orientação da população sobre os riscos zoonóticos no contato e no possível consumo destes

animais.

Palavras chaves: microbiologia, crocodilianos, zoonose, conservação e Medicina da conservação.

Page 29: Anais VETUVV 2016.pdf

Perfil fúngico da cloaca de Jacarés-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) de uma

população de vida livre, na Mata Atlântica do Espírito Santo.

Machado, Y. 1,2*, Nossa, D. N. 1,2, Schuwartz, C. D. S. V. 1,2, Costa, M. P. 1, Machado, V. D.1,2, Filho,

P.R.J. 1, Passamani, F. 3,Santos, M. R. D. 1,2, Clemente-Carvalho, R. B.G2 e Nóbrega, Y.C.1,2

1Instituto de Ensino, Pesquisa e Preservação Ambiental Marcos Daniel (IMD). 2 Universidade Vila Velha

(UVV). 3 ArcelorMittal Tubarão

*E-mail para contato - [email protected]

Introdução: No Brasil existem seis espécies de crocodilianos, todos pertencentes à Família Alligatoridae.

No estado do Espírito Santo somente a espécie Caiman latirostris, popularmente conhecida como Jacaré-

de-papo-amarelo, está presente. Essa espécie ocorre em ambientes lênticos, podendo habitar locais

alterados pelo homem, como por exemplo regiões circunvizinhas a grandes centros urbanos. Dada a atual

degradação da Mata Atlântica, as populações de Caiman latirostris têm se deslocado cada vez mais para

áreas antropizadas, podendo gerar alguns problemas para a população humana. Estudos sobre

microrganismos presentes nos jacarés são importantes para a descoberta de agentes patogênicos que

acometem animais e os seres humanos. Objetivo: Determinar o perfil fúngico da cloaca de Caiman

latirostris em indivíduos em vida livre na mata atlântica do Espirito Santo. Materiais e Métodos: O estudo

foi realizado em lagoas presentes em área particular da ArcelorMittal Tubarão, município da Serra, ES. O

estudo analisou 25 animais e a coleta de material biológico da cloaca foi realizada com o uso de suabe

estéril contendo meio Stuart. As amostras foram acondicionadas a 4ºC e encaminhadas para processamento

no Laboratório de Pesquisa em Conservação do Instituto Marcos Daniel (IMD), para posterior identificação

dos fungos cultivados em meio Sabouraud. Resultados: Houve crescimento de fungos em 32% das

amostras (8/25). Os fungos foram identificados em nível de gênero: Penicillium sp., Candida sp.,

Arpergillus sp., Fusarium sp. e Paecilomycis sp. Conclusão: Os Caiman latirostris são hospedeiros de

alguns importantes microrganismos que em situações de imunossupressão podem se tornar perigosos

patógenos para os indivíduos da espécie em estudo e para animais em contato e para o ser humano. Dessa

forma, o estudo contribui com informações que podem ser usadas em ações de saúde pública para a

orientação da população sobre os riscos envolvidos na caça e consumo da carne destes animais.

Palavras chaves: microrganismos, micologia, in situ, crocodilianos e Medicina da conservação.

Page 30: Anais VETUVV 2016.pdf

Pneumonia aspirativa em neonatos ovinos – relato de caso

Lopes J. V. M.1*, Santos G. H. B. 1, Borlot A. F. 1, Poton A. 1, Fardin V. V. 2, Avanza M. F. B. 3, Coelho

C.S. 3

1 Graduando do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Vila Velha; 2 Residente de Clínica de

Grandes Animais da Universidade Vila Velha; 3 Professor do Curso de Medicina Veterinária da

Universidade Vila Velha.

*E-mail para contato – [email protected]

Introdução: Dentre os principais fatores predisponentes à pneumonia neonatal em ruminantes destacam-

se imaturidade do sistema imunológico, estresse ambiental e exposição a patógenos. Em ovinos é comum

o relato de fêmeas primíparas e inexperientes que rejeitam seus filhotes. Além de não receberem imunidade

passiva através do colostro da mãe, esses neonatos recebem alimentação através de mamadeiras adaptadas,

que propiciam, muitas vezes, a aspiração do conteúdo para o trato respiratório posterior. Relato de caso:

Foi encaminhado ao Hospital Veterinário Ricardo Alexandre Hippler da Universidade Vila Velha, dois

neonatos ovinos, fêmeas, peso médio de 4,1 kg, da raça Santa Inês, provenientes da Eco Fazenda

Experimental UVV-ES, com histórico de abandono materno e alimentação através de mamadeira adaptada.

Os animais apresentavam apatia, secreção nasal bilateral, padrão respiratório abdominal, frequência

respiratória e cardíaca aumentadas, temperatura de 38,3ºC, com rejeição da alimentação fornecida. O

hemograma demonstrou alterações significativas com leucocitopenia, neutrofilia, linfopenia e

trombocitopenia. A bioquímica sérica revelou proteínas plasmáticas reduzidas, aumento de fibrinogênio,

uréia e AST elevadas, com redução dos valores de creatinina, proteína total, albumina e globulinas. Com a

suspeita clínica de pneumonia por uma aspiração do leite durante a amamentação artificial, instituiu-se

como tratamento fluidoterapia IV com colóide Voluven a 6% sendo administrado 20ml acrescida de 30ml

de glicose a 5%, sulfadoxina e trimetoprim (30 mg/kg, IV, BID, 7 dias), furosemida ( 0,5 a 1 mg/kg, IV,

SID, 1 dia) e gluconato de cálcio (10 - 30mg/kg, SC, SID, 1 dia). A cada 3 horas, os animais eram

alimentados na mamadeira com 300 mL de leite. Considerações finais: Os ovinos apresentaram melhora

clínica satisfatória após a instituição do tratamento. A partir da recuperação dos animais, é possível afirmar

que quanto mais precoce a identificação do quadro de pneumonia aspirativa, melhor o prognóstico dos

pacientes, principalmente ao instituir a terapêutica adequada.

Palavras-chave: Pequenos ruminantes, afecção do trato respiratório, sucedâneo.

Page 31: Anais VETUVV 2016.pdf

REDUÇÃO DE FRATURA SIMPLES EM DIÁFISE DISTAL DE FÊMUR

SECUNDÁRIA À ATROPELAMENTO UTILIZANDO PINOS SCHANZ

ORTOPÉDICOS EM FELINO – RELATO DE CASO

Cabidelli, J. F.1 *, Gonçalves, D. S. V. 1 , Nunes Junior, J. S.2 , Mathias, C. H. T.3 , Rangel, J. P. P. 4 ,

Conti, L. M. C. 4 ; Soares, J. K. I.1 , Monteiro, B. S. 4

1Graduando do curso de Medicina Veterinária – Universidade Vila Velha, 2Residente da Clínica Cirúrgica

de Pequenos Animais do Hospital Veterinário Professor Ricardo Alexandre Hippler – Universidade Vila

Velha, 3Médico Veterinário do Hospital Veterinário Professor Ricardo Alexandre Hippler – Universidade

Vila Velha. 4 Professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Vila Velha.

*E-mail: [email protected]

A redução de fratura óssea consiste no processo de reconstrução de fragmentos ósseos à sua conformação

anatômica normal ou de restauração do alinhamento do membro. As técnicas utilizadas na redução de

fraturas ou alinhamento de membros devem superar o processo fisiológico de contração muscular e

dispersão de fragmentos de ossos. Os pinos intramedulares são utilizados em fraturas diafisárias sendo uma

de suas vantagens sua resistência a carga de dobramento e como desvantagem, abrange baixa resistência as

cargas compressivas ou rotacionais e falta de fixação com o osso. Relatar uma fixação cruzada de fêmur

em felino acometido por fratura simples na articulação femoro-tibio-patelar após atropelamento. Foi

atendido no Hospital Veterinário “Professor Ricardo Alexandre Hippler” na Universidade Vila Velha, um

felino, Persa, com 5 meses de idade, apresentando claudicação de membro pélvico esquerdo e aumento de

volume em região de articulação femoro-tibio-patelar. Ao exame físico notou-se presença de mobilidade e

crepitação em região alterada e não apoio do membro em solo durante a deambulação. O exame radiográfico

revelou fratura Salter Harris em diáfise distal de fêmur. Após os exames pré-cirúgicos, o animal foi

encaminhado à cirurgia. Foi realizada uma incisão crânio-lateral estendendo-se da porção média de fêmur

até segmento proximal de tibia, afastamento da musculatura para visualizar o local da fratura. As

extremidades ósseas foram preparadas para a realização da osteosíntese, por meio do nivelamento das

extremidades lesionadas e reposicionamento dos fragmentos para a aplicação de pinos de Schanz

posicionados de forma cruzada, introduzidos na região distal de troclea medial e outro lateral, em direção

ao canal medular de fêmur. Foi realizado a aproximação da musculatura e pele. Foi utilizado malha tubular

para imobilizar o membro. A técnica proporcionou a aproximação e estabilização do fêmur, mantendo um

nivelamento adequado, com o objetivo de facilitar a deambulação do paciente.

Palavras-chave: fratura, ortopedia veterinária, osteossíntese.

Page 32: Anais VETUVV 2016.pdf

Retenção vesical secundária a Brucella sp em um Golden Retrivier – Relato de

caso

Motta C. P.1*, Hardt I.2 , Maestri L. F. P.3, Santos R. V.3, Souza T. D.3, Mol J. P. S.4

1 Graduanda de Medicina Veterinária da Universidade Vila Velha; 2 Médica Veterinária Residente de

Patologia Animal da Universidade Vila Velha; 3 Professora do Curso de Medicina Veterinária da

Universidade Vila Velha; 4 Pós-graduanda do Curso de Ciência Animal da Universidade Federal de

Minas Gerais.

*E-mail para contato – [email protected]

A retenção vesical em cães possui etiologias diversas como afecções neurológicas, do trato urinário inferior

e reprodutivas. A prostatite é uma delas, sendo a brucelose uma das causas com apresentação clínica de

disúria e/ou iscúria. Existem vários tratamentos para brucelose como enrofloxacina, doxiciclina,

gentamicina e eritromicina, que penetram à barreira hematoprostática satisfatoriamente. O prognóstico da

brucelose canina é reservado devido à alta recidiva da infecção após o tratamento. Foi atendido no Hospital

Veterinário Professor Ricardo Alexandre Hippler – UVV, um cão, macho, não castrado, 2 anos, Golden

Retriever, com histórico de retenção vesical há 15 dias e suspeita de erliquiose canina. Os exames físico e

neurológico foram normais. Os exames laboratoriais confirmaram a suspeita e o tratamento foi doxiciclina

10mg/kg/BID por 7 dias e SID por 21 dias, além de realização de ultrassonografia e cistografia positiva

retrograda que apresentavam-se normais. Após 30 dias, o paciente ainda era sondado diariamente sem

melhora do quadro. Foi instituído diazepam e betanecol por 20 dias sem resposta positiva. O paciente

retornou com histórico de orquite comprovado por ultrassonografia, e foi feita orquiectomia. No exame

histopatológico observou-se orquite piogranulomatosa, necrotizante e difusa unilateral. Realizou-se

sorologia para brucelose com resultado negativo e imunohistoquímica e PCR da amostra testicular que

detectaram a presença de Brucella sp. Com este resultado foi instituído tratamento com enrofloxacina

10mg/kg/SID por 30 dias com melhora da retenção vesical de 70%, pois o cão ainda apresentou retenção

vesical em alguns dias com necessidade de sondagem. A castração e a associação de diferentes antibióticos

aumentam a chance de sucesso terapêutico, porém a recidiva ainda tem sido relatada com frequência. A

brucelose canina é uma doença zoonótica negligenciada e sub-diagnosticada que deve ser incluída nos

diagnósticos diferenciais das afecções urinárias, oculares, neurológicas e reprodutivas nos animais de

companhia.

Palavras-chaves: brucelose, canina, iscúria

Page 33: Anais VETUVV 2016.pdf

SUGESTÃO DE PROTOCOLO ANESTÉSICO UTILIZADO EM SAGUI

(Callithrix geoffroyi) SUBMETIDA A PROCEDIMENTO CIRÚRGICO

ORTOPÉDICO

Lobo R.B ¹; Zardo J.S ²; Rangel M. C. V. 3; Monteiro B. S.4.

1,2 e 3 Mestrando em Ciência animal na Universidade Vila Velha (UVV), 4 Professora do Curso de

Medicina Veterinária e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da UVV.

E-mail para contato – [email protected]

Pouco existe na literatura informações a respeito de relatos cirúrgicos e protocolos anestésicos de animais

silvestres, sobretudo, relatando sobre os que tenham sobrevivido aos procedimentos ou ao pós-operatório,

permitindo que sejam utilizados como parâmetro em novos casos. O objetivo deste trabalho foi descrever

o caso de uma sagui Callithrix geoffroyi submetida à anestesia, para realização de uma amputação total de

membro pélvico, que sobreviveu ao procedimento e a recuperação anestésica. Uma fêmea jovem de sagui,

pesando 395g, resgatada na rodovia ES-060, no município de Guarapari-ES em agosto de 2015, foi

encaminhada ao Hospital Veterinário da Universidade Vila Velha, apresentando conformação anatômica e

funcional do membro pélvico esquerdo alterada. A paciente foi sedada com a associação de cetamina

(10mg/kg) e midazolan (0,5 mg/kg), pela via intramuscular, para a realização de exame radiográfico,

constatando-se fratura multifragmentar limitando a possibilidade de osteossíntese, fazendo com que fosse

necessária a amputação do membro acometido. Após internação e jejum alimentar de 12 horas para

procedimento cirúrgico, realizou-se medicação pré-anestesica com cetamina (15,0 mg/kg) associada ao

midazolam (0,5mg/kg) por via intramuscular. Para indução utilizou-se anestesia inalatória com isoflurano

(dose-efeito), sendo a paciente intubada com cateter de número 14 G, acoplado a um sistema de ventilação

sem reinalação, adaptado para o tamanho do animal. Durante o procedimento, o animal não apresentou

alterações importantes nos parâmetros vitais, em comparação aos valores previamente aferidos, e a

analgesia transcirúrgica foi feita com administração de butorfanol (0,2mg/kg) via subcutânea. Após 3 horas

do término do procedimento cirúrgico o animal já se apresentava ativo e o mesmo foi acompanhado durante

dez dias até o momento da retirada dos pontos. Durante todo o pós-operatório o animal apresentou

comportamento normal e dez dias após a retirada dos pontos o animal já se encontrava apto para a soltura.

Palavras-chaves: Anestesia, cetamina, butorfanol, silvestres.

Page 34: Anais VETUVV 2016.pdf

Tenossinovite társica bilateral em equino de competição da Prova de três tambores

Nossa, D. N.*1, Machado, Y.1, Curiel, B. A.1, Goldner, M. A.2, Fardin, V. V 2, Spadeto, O. J.3

1 Graduando de Medicina Veterinária na Universidade Vila Velha; 2 Médico Veterinário residente do

Hospital Veterinário da Universidade Vila Velha; 3 Professor do curso de Medicina Veterinária da

Universidade Vila Velha.

*Email para contato: [email protected]

Introdução: A Tenossinovite é uma inflamação da membrana sinovial interna da bainha digital, podendo

envolver também a membrana externa fibrosa. A forma aguda se caracteriza por uma efusão de

desenvolvimento rápido no interior de uma bainha tendínea acompanhada por dor, calor e possivelmente

claudicação. Relato de Caso: Foi atendido no Hospital Veterinário Prof. Ricardo Alexandro Hippler da

Universidade Vila Velha, um equino, macho, com cinco anos, raça Quarto de Milha, histórico de aumento

de volume do tarso esquerdo e mais intenso no direito, com duas semanas de duração, não apresentou sinal

de dor e de claudicação. Para a confirmação do diagnóstico, além do exame físico, utilizou-se o exame

ultrassonográfico, confirmando a tenossinovite e a não existência de lesões tendíneas. O tratamento baseou-

se no repouso do animal, aspiração do excesso de líquido sinovial, infiltração de corticoesteróide

(Acetonido de triacinolona), Ácido hialurônico, Sulfato de atropina e Sulfato de amicacina na face lateral

do tarso direito, e foi prescrita a utilização de gelo sobre o local durante sete dias (20 minutos/dia).

Considerações finais: A associação desses fármacos é de extrema importância, o corticoesteróide com sua

ação anti-inflamatória diminui a dor e promove uma melhor drenagem do líquido, a atropina como

anticolinérgico, altera a permeabilidade dos vasos ao redor da lesão, e também promove melhor drenagem.

A dificuldade na cicatrização é um efeito colateral do corticoesteróide, dessa maneira, é importante a

utilização da amicacina na prevenção de infecções e do Ácido hialurônico, aumentando a viscosidade do

líquido sinovial e consequentemente, acelerando a melhora do animal. O prognóstico para tenossinovite

aguda, sem lesão em tendão é favorável, principalmente se o início do tratamento for imediato. Entretanto,

com a falta do tratamento adequado, o animal pode vir a lesionar esse tendão ou partir para uma

tenossinovite crônica, que se manifesta de uma maneira mais grave.

Palavras chaves: tendão, bainha, efusão, sinovial.

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Toxicidade de fármacos analgésicos em uma linhagem estabelecida de trofoblasto de camundongos

Busato, F. O.1, Muniz, T. P.2, Souza, J. O.3, Tadokoro, C. E.4*

1Aluna de Iniciação Científica, curso de Ciências Biológicas, Laboratório de Imunobiologia,

Universidade Vila Velha, ES. 2Aluna de Iniciação Científica, curso de Medicina, Laboratório de

Imunobiologia, Universidade Vila Velha, ES. 3Aluna de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em

Ciências Farmacêuticas (PPGCF), Laboratório de Imunobiologia, Universidade Vila Velha, ES.

4Professor nos Programas de Pós-Graduação em Ciência Animal (PPGCA), Ciências Farmacêuticas

(PPGCF), e Ecologia de Ecossistemas (PPGEE), Laboratório de Imunobiologia, Universidade Vila Velha,

ES.

*e-mail para contato: [email protected]

Inttrodução: Durante a gestação de mamíferos, por muitas vezes há a necessidade de tratarmos os animais

com medicamentos, incluindo analgésicos. Estes podem atuar em diversas vias metabólicas, com potencial

para interferir no andamento normal da gravidez. Esta interferência pode ocorrer tanto em tecidos

embrionários quanto placentários. Infelizmente, poucos estudos são realizados em tecidos placentários para

que possamos entender como estes medicamentos interferem com a viabilidade das células deste tecido.

Portanto, a utilização de analgésicos ocorre de acordo com a experiência prévia (se não foram observados

efeitos adversos durante a gravidez e/ou anomalias fetais).

Objetivo: Em nosso estudo avaliamos o efeito citotóxico dos analgésicos dipirona sódica, dexamentasona,

meloxicam, e firocoxibe, em uma linhagem estabelecida de trofoblastos (SM9-1), obtidas de camundongos

da linhagem Swiss, no 9o dia de gestação (praticamente metade do período gestacional desta espécie).

Materiais e Métodos: Células SM9-1 foram incubadas com concentrações distintas dos medicamentos

descritos e sua viabilidade medida por ensáios colorimétricos que medem a deposição de cristais de

formazam, derivados do bromato de (3-(4,5-Dimetiltiazol-2-yl)-2,5-Difeniltetrazolium (MTT). O

MTT é reduzido ao formazam pela via respiratória celular e, portanto, sua concentração é diretamente

proporcional a quantidade de células vivas. Alternativamente, as células foram contadas e os resultados

foram expressos em IC50. Resultados: Todos os medicamentos testados, dependendo da dose utilizada,

foram capazes de levar a morte das células SM9-1, indicando que podem prejudicar o desenvolvimento

placentário. Conclusão: Estes testes in vitro são úteis para estudos iniciais dos efeitos citotóxicos

placentários de medicamentos, antes dos estudos que precedam a utilização de modelos experimentais.

Suporte financeiro: bolsas de IC pela Universidade Vila Velha, bolsa de Mestrado pela FAPES (Taxa

PROSUP), e projeto integrado FAPES (0461/2015).

Palavras chave: medicamentos, testes, riscos, citotoxicidade, gestação