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109 Anhanguera Educacional Ltda. Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 4266 Valinhos, SP - CEP 13278-181 [email protected] Coordenação Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE Publicação: 2 de novembro de 2012 Trabalho realizado com o incentivo e fomento da Anhanguera Educacional Maicon Jose Jacinto Prof. Sérgio Victor Grachet Prof. Marluci Benini Bezzan Barbieri Prof. Gesiane de Salles Cardin Denzin Curso: Fisioterapia FACULDADE ANHANGUERA DE LIMEIRA RESUMO Este trabalho foi desenvolvido como um estudo de caso na clínica de Fisioterapia da Faculdade Anhanguera de Limeira tendo como base de avaliação a Biofotogrametria que é a aplicação da fotografia a métrica, permitindo deduzir e dimensionar os objetos contidos numa imagem de natureza fotográfica ou cinematográfica, podendo desta forma analisar e quantificar os resultados de análises angulares. O aumento do Ângulo de Charpy é caracterizado com aumento do ângulo entre o processo xifóide e a 11ª costela, o que como conseqüência pode vir a provocar uma diminuição da capacidade respiratória. O aumento do Ângulo de Charpy é uma característica encontrada em pacientes enfisematosos, fumantes e asmáticos. A hidroterapia é uma modalidade de tratamento da fisioterapia que utiliza a pressão hidrostática que é 790 vezes maior que a pressão do ar, para dificultar a inspiração e facilitar a expiração, fato importante para portadores de enfisema, pois auxilia na diminuição do volume residual. A temperatura da água também é adaptada para atingir os fins terapêuticos entre 32° C a 36° C. Palavras-Chave: Angulo de Charpy, biofotogrametria, hidroterapia, fisioterapia. ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE Vol. 13, N. 19, Ano 2010 ANÁLISE BIOFOTOGRÁFICA DO ÂNGULO DE CHARPY DE PACIENTE ENFISEMATOSO SUBMETIDO A UM PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA ADAPTADO PARA A PISCINA TERAPÊUTICA

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Anhanguera Educacional Ltda. Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 4266 Valinhos, SP - CEP 13278-181 [email protected] Coordenação Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE Publicação: 2 de novembro de 2012

Trabalho realizado com o incentivo e fomento da Anhanguera Educacional

Maicon Jose Jacinto Prof. Sérgio Victor Grachet Prof. Marluci Benini Bezzan Barbieri Prof. Gesiane de Salles Cardin Denzin

Curso: Fisioterapia

FACULDADE ANHANGUERA DE

LIMEIRA

RESUMO

Este trabalho foi desenvolvido como um estudo de caso na clínica de Fisioterapia da Faculdade Anhanguera de Limeira tendo como base de avaliação a Biofotogrametria que é a aplicação da fotografia a métrica, permitindo deduzir e dimensionar os objetos contidos numa imagem de natureza fotográfica ou cinematográfica, podendo desta forma analisar e quantificar os resultados de análises angulares. O aumento do Ângulo de Charpy é caracterizado com aumento do ângulo entre o processo xifóide e a 11ª costela, o que como conseqüência pode vir a provocar uma diminuição da capacidade respiratória. O aumento do Ângulo de Charpy é uma característica encontrada em pacientes enfisematosos, fumantes e asmáticos. A hidroterapia é uma modalidade de tratamento da fisioterapia que utiliza a pressão hidrostática que é 790 vezes maior que a pressão do ar, para dificultar a inspiração e facilitar a expiração, fato importante para portadores de enfisema, pois auxilia na diminuição do volume residual. A temperatura da água também é adaptada para atingir os fins terapêuticos entre 32° C a 36° C.

Palavras-Chave: Angulo de Charpy, biofotogrametria, hidroterapia, fisioterapia.

ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE

Vol. 13, N. 19, Ano 2010

ANÁLISE BIOFOTOGRÁFICA DO ÂNGULO DE CHARPY DE PACIENTE ENFISEMATOSO SUBMETIDO A UM PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA ADAPTADO PARA A PISCINA TERAPÊUTICA

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1. INTRODUÇÃO

Algumas patologias são reconhecidamente difíceis de serem tratadas e de difícil

mensuração de seus resultados.

Dentre essas estão aquelas que estão associadas ao sistema respiratório, que tem

duas funções essenciais: a primeira é suprir oxigênio para as células e a outra é eliminar o

gás carbônico (GYTON, 1988).

O Enfisema Pulmonar ou Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é

caracterizado pelo desequilíbrio entre proteases e antiproteases, ou seja, deficiência de

alfa1 antitripsina (AAT) enzima que protege o pulmão (CASTELLANO, 2008).

Levando assim a perda da elasticidade dos alvéolos pulmonares gerando uma

retenção de volume residual, o qual irá interferir na ventilação pulmonar (TARANTINO,

2002) ocasionando uma menor captação de oxigênio, pois as trocas gasosas estão

prejudicadas tendo como efeito sintomático no paciente uma séria dispnéia.

Esta patologia é previnível e tratável, mas não é totalmente reversível, muitas

vezes provocada pela exposição a partículas ou gases tóxicos que desencadeiam uma

resposta inflamatória anormal, sendo a maior causa o tabagismo (CASTELLANO. M.V. C;

MALINVERNI. R.X. M, 2008).

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia estima a existência

de 7,5 milhões de portadores de DPOC (GODOY, 2002), e ela afeta de 10 a 15% dos

adultos com mais de 55 anos (SULLIVAN, 2004).

Em seu ciclo ocorre um declínio progressivo na função pulmonar, levando ao

aumento da dispnéia, intolerância ao exercício e em um número considerável de pacientes

à insuficiência respiratória (CASTELLANO, 2008).

O tabaco provoca um aumento da elastase, inativação dos inibidores da elastase e

bloqueio de neoformação de elastina (TARANTINO, 2002).

A evolução da patologia faz com que mais áreas alveolares sejam danificadas,

aprisionando uma maior quantidade de ar durante a expiração.

Então o trabalho da musculatura inspiratória aumenta para compensar esse

déficit resultando no “tórax em tonel” (EGAN, 2000).

A presença desse tórax é predominante em enfisematosos do tipo PP (soprador

rosado) e é caracterizado pelo aumento exagerado do diâmetro antero-posterior, maior

horizontalização dos arcos costais (ângulo de Charpy) e abaulamentos da coluna dorsal, o

que torna o tórax mais curto (COSTA, 2004).

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Devido a esta característica do tórax de um paciente com enfisema pulmonar, a

hidroterapia se apresenta como recurso terapêutico para tratamento de tal patologia.

2. OBJETIVO

Analisar através da Biofotogrametria a evolução do Ângulo de Charpy, Analisar a

melhora da Capacidade Respiratória, Avaliar a funcionabilidade do protocolo de

tratamento.

3. METODOLOGIA

3.1. Participante

Participou desta pesquisa uma paciente do sexo feminino de 64 anos, casada, com história

de enfisema pulmonar, sem restrições médicas em relação ao tratamento fisioterapêutico

na hidroterapia, atendendo assim aos critérios de inclusão.

Realiza tratamento medicamentoso e apresenta quadro de dispnéia. A pesquisa

foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Instituição sendo realizada duas vezes na

semana durante três meses.

O presente estudo fio realizado na Clínica Escola de Fisioterapia, setor de

hidroterapia e no laboratório de Biofotogrametria da Anhanguera Educacional de Limeira

no período entre 02/09/2010 a 02/12/2010.

3.2. Materiais

Maquina fotográfica, parede na cor azul marinho de 5 metros de altura e 5 metros de

comprimento, para que o paciente seja fotografado e os pontos dermatográficos sejam

aparentes na foto, notebook Pentium de uso exclusivo para armazenagem das fotos e

arquivos de pesquisa do curso de fisioterapia, placa de captura de vídeo e software

(Programa ALCimagem) para captura de vídeo.

Os pontos de demarcação formaram os ângulos A1, A2, A3 e A4; A1 sai do

processo xifóide percorre a linha média do corpo e desce por ela; o A2 sai do processo

xifóide percorre a linha média do corpo até a altura da cabeça e desce até a 5ª costela, o A3

sai do processo xifóide percorre a linha média do corpo até a cabeça e desce até a 7ª

costela e o A4 sai do processo xifóide sobe até a cabeça e desce até a 9ª costela.

Na vista lateral o ângulo A1 sai do processo xifóide e vai até o pavilhão auditivo

e desce até a altura do centro do processo xifóide na região posterior.

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3.3. Coleta de dados

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Instituição sendo realizada

duas vezes na semana durante três meses.

O presente estudo fio realizado na Clínica Escola de Fisioterapia, setor de

hidroterapia e no laboratório de Biofotogrametria da Anhanguera Educacional de Limeira

no período entre 02/09/2010 a 02/12/2010.

Protocolo de avaliação

Para a realização desta pesquisa foi elaborado um protocolo de avaliação de

biofotogrametria onde a paciente foi fotografada no início e no final do tratamento, após

três meses de sessões de hidroterapia.

O protocolo de avaliação da SOAPIER é uma sigla onde S refere-se à avaliação

subjetiva onde a paciente relata seu estado geral de saúde, O é a avaliação objetiva feita

pelo pesquisador para analisar de forma efetiva as reais condições de submissão da

paciente na piscina terapêutica.

A análise das informações acima é representada pela letra A, o plano de ação é

representado pela letra P onde depois das avaliações descritas acima é elaborada a terapia

específica.

A letra I é a intervenção, ou seja, a aplicação da terapia, a letra E é a estimação da

terapia e por fim a letra R representa a revisão da terapia.

O protocolo de demarcação consiste no paciente ser demarcado sempre pela

mesma pessoa no início e no final da pesquisa.

Os pontos de demarcação foram colocados no centro do processo xifóide na vista

lateral; centro do processo xifóide, 5ª costela direita e esquerda, 7ª costela direita e

esquerda e 9ª costela direita e esquerda na vista frontal.

Após a colocação dos pontos o paciente foi instruído a realizar três ciclos

respiratórios normais, ou seja, como ele respira no dia a dia, enquanto realizava esses três

ciclos foram tiradas as fotos que representaram as fotos em repouso.

Em seguida, o paciente foi instruído a realizar uma inspiração máxima e uma

expiração máxima para fotografar.

A máquina fotográfica permaneceu sob um pedestal com dois níveis para que a

foto não sofresse influência das imperfeições que poderiam existir no piso do laboratório,

tornando desta forma os resultados mais fidedignos.

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Após a realização das fotos, estas foram descarregadas em um computador e

aberta através do programa ALCimagem, onde foram avaliados os graus de amplitude

dos ângulos demarcados na vista frontal e na vista lateral, relacionados ao Ângulo de

Charpy e aumento da capacidade respiratória, as fotos foram armazenadas em uma pasta

no computador e foram comparadas posteriormente.

Após o término do tratamento a paciente foi novamente fotografada seguindo o

mesmo protocolo inicial de avaliação, as fotos foram abertas no mesmo programa

ALCimagem e foram novamente analisadas para comparação do Ângulo de Charpy, e da

capacidade respiratória, desta forma, obter resultados mais fidedignos em relação às

diferenças em relação ao Ângulo de Charpy e aumento da capacidade respiratória, onde

pode ser analisadas em graus a capacidade de expansão pulmonar, através da inspiração

máxima e da expiração máxima, podendo até analisar a mobilidade pulmonar

separadamente.

Através dos resultados obtidos pela biofotogrametria também foi possível

discutir e avaliar a funcionalidade do protocolo proposto nessa pesquisa científica, mesmo

não sendo este o objetivo central.

Protocolo de tratamento

A terapia teve 30 minutos de duração durante três meses, com a piscina aquecida ficando

sempre entre 32° C e 34 ° C, antes da realização dos exercícios foi feito um exercício de

aquecimento de 5 minutos consistindo em bicicleta estacionária e caminhada na piscina.

Também foi aplicado o protocolo de tratamento, que incluiu exercícios

expiratórios, com padrão desinsuflativo de 1:1, 1:2 e 1:3, exercícios de contração da parede

abdominal com respiração freno labial para o músculo transverso do abdome e

abdominais para o reto do abdome e oblíquos no método Bad Ragaz.

Os exercícios eram realizados em três séries de cinco repetições com intervalo de

um minuto todos os exercícios foram adaptados e realizados dentro da hidroterapia e o

paciente permaneceu com o tórax totalmente submerso na água enquanto realizava os

exercícios.

O aluno pesquisador permaneceu sempre ao lado paciente durante a realização

dos estudos, desta forma passou confiança ao paciente e pode responder as dúvidas

referentes à realização dos exercícios que surgiram durante o tratamento.

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4. DESENVOLVIMENTO

Com a necessidade de construir uma fisioterapia do futuro e que em cerca de meio século

de profissão regulamentada pelo mundo ainda necessita de processos de sistematização

de informações, que torna os resultados clínicos obtidos através da aplicação de recursos e

metodologias fisioterapêuticas, algo frágil à argumentação científica de alto rigor

(RICIERI, 2004a).

Surge então a Biofotogrametria é a aplicação da fotografia a métrica, onde se

deduz a dimensão dos objetos contidos numa imagem de natureza fotográfica ou

cinematográfica (RICIERI, 2004b).

Ela vem sendo de fundamental importância dentro de estudos fisioterapêuticos

onde tem como objetivo análise de ângulo como, por exemplo, o ângulo de Charpy.

Para formar uma medida angular são necessários três pontos, que saem do centro

xifóide e volta para ele como é o caso do ângulo A1 ou então com é o caso desta pesquisa

para os pontos de demarcação na 5ª, 7ª e 9ª costela.

Os pontos foram colocados na vista lateral apenas no centro do processo xifóide e

na vista frontal em todos os pontos.

As fotos foram descarregadas em um computador e aberta através do programa

ALCimagem, as fotos foram armazenadas para poderem ser comparadas. Foi realizado

também um protocolo de tratamento e novamente o paciente foi fotografado.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma patologia tratável,

previnível, mas não totalmente reversível, sendo muitas vezes provocada pela exposição a

partículas ou gases tóxicos que desencadeiam uma resposta inflamatória anormal, (J. Bras

Pneumol, 2008) sendo a bronquite crônica, a asma e o enfisema seus componentes.

(IRWIN, 2003).

A DPOC é caracterizada pelo desequilíbrio entre proteases e antiproteases, ou

seja, deficiência genética da alfa1 antitripsina (AAT), enzima que protege o pulmão

(CASTELLANO, 2008), ou também pelo aumento da elastase, inativação dos inibidores da

elastase e bloqueio de neoformação de elastina provocado pelo uso do tabaco

(TARANTINO, 2004).

Uma complicação significativa da DPOC é a perda da retração elástica nos

pulmões e bronquíolos em colapso (NEUMANN, 2006),

A evolução da patologia faz com que mais áreas alveolares sejam danificadas

aprisionando uma maior quantidade de ar durante a expiração, então o trabalho da

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musculatura inspiratória aumenta para compensar esse déficit resultando no “tórax em

tonel” (EGAN, 2000).

O ar excessivo nos pulmões no final da expiração altera a geometria dos

músculos da inspiração, especialmente o diafragma (NEUMANN, 2006), comprometendo

assim todo processo de ventilação pulmonar.

Trabalhar os músculos do abdome é uma contribuição importante na DPOC para

tentar compensar esse déficit provocado pela retenção de ar no pulmão.

Essa musculatura é constituída pelo reto do abdome, o oblíquo externo do

abdome, o oblíquo interno do abdome e o transverso do abdome. (NEUMANN,2006)

A contração dos músculos do abdome, atuando diretamente, flete o tórax e

abaixa as costelas e o esterno, essas ações musculares permitem reduzir rapidamente o

volume intratorácico (NEUMANN, 2006).

O transverso do abdome quando contraído reduz o diâmetro da região

abdominal (CALAIS-GERMAIN, 1991), aumenta a pressão intra-abdominal e comprime

as vísceras abdominais, empurrando vigorosamente o diafragma relaxado para cima, para

dentro da cavidade torácica.

Desta maneira a contração ativa dos músculos do abdome aproveita-se do

formato pára-quedas do diafragma para ajudar a expelir o ar do tórax. (NEUMANN,

2006)

Para ter um resultado fidedigno foi utilizado a biofotogrametria que é a aplicação

da fotografia á métrica, onde se deduz a dimensão dos objetos contidos numa imagem de

natureza fotográfica ou cinematográfica (RICIERI, 2004b).

Os pontos demarcados foram o centro do processo xifóide, a 9ª, 7ª e 5ª costela do

hemicorpo direito e hemicorpo esquerdo, este procedimento foi realizado tanto no início

quanto no final da terapia, após três ciclos respiratórios normais foi pedido inspiração

máxima, depois mais três ciclos normais e expiração máxima, tanto na vista frontal como

na vista lateral onde então foi tirada as fotos, que foram armazenadas no computador e

posteriormente comparadas.

Para poder trabalhar com segurança na hidroterapia foi realizado uma avaliação

tanto subjetiva baseado nos relatos da paciente como objetiva segundo os critérios de

inclusão da pesquisa.

Depois de realizadas as avaliações foi executado o plano de

ação,tratando,estimando um resultado e revendo a terapia se necessário (CAMPION,

2000).

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A hidroterapia que através de seus princípios físicos como pressão hidrostática

que é 790 vezes maior que a do ar, pode contribuir para melhorar a qualidade de vida do

paciente, pois a exigência do trabalho respiratório do paciente será significativamente

maior dentro da piscina terapêutica, devido as suas propriedades físicas, desta forma

contribuindo para melhora funcional e aumento da capacidade respiratória do paciente.

(FIORELLI, 2002).

Com paciente com o tórax totalmente submerso foi aplicado um protocolo de

tratamento com duração de três meses duas vezes por semana constituído de padrões

invertidos 1:1, 1:2, 1:3 além de exercícios abdominais e expiração forçada para trabalhar os

músculos respiratórios e aumentar a elasticidade da caixa torácica.

Durante todo o tempo da pesquisa o aluno pesquisador permaneceu ao lado da

paciente para auxiliá-la no tratamento assim como para passar segurança e explicar o que

deveria ser feito.

5. RESULTADOS

Participou desta pesquisa uma paciente do sexo feminino de 64 anos, casada, com história

de enfisema pulmonar, realiza tratamento medicamentoso e apresenta quadro de

dispnéia.

Os resultados obtidos nesta pesquisa foram apresentados em forma de acordo

com o ângulo obtido através da biofotogrametria.

Na figura 1 observamos os quatro ângulos da paciente em repouso no lado direito,

Figura 1- medida inicial dos quatro ângulos do tórax do lado direito em repouso antes das sessões de fisioterapia aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira – 2010).

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Na figura 2 observamos os quatro ângulos da paciente em repouso no lado

direito avaliação final, com os seguintes valores: A1=0; A2=11,22; A3=12.26; A4=13.66,

Figura 2- medida final dos quatro ângulos do tórax do lado direito em repouso depois das sessões de fisioterapia aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira – 2010).

Na figura 3 observamos os quatro ângulos iniciais da paciente em repouso no

lado esquerdo, com os seguintes valores: A1=0; A2=6.56; A3=9.05; A4=11.31.

Figura 3- medida inicial dos quatro ângulos do tórax do lado esquerdo em repouso antes das sessões de

fisioterapia aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira – 2010).

Na figura 4 observamos os quatro ângulos da paciente em repouso no lado

esquerdo final, com os seguintes valores: A1=0; A2=10,97; A3=11,86; A4=12, 53,

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Figura 4- medida final dos quatro ângulos do tórax do lado direito em repouso depois das sessões de fisioterapia aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira – 2010).

Na figura 5 observamos os quatro ângulos da paciente em inspiração máxima

inicial no lado esquerdo, com os seguintes valores: A1=0; A2=8.37; A3=9.34; A4=9.96

Figura 5- medida inicial dos quatro ângulos do tórax do lado esquerdo em inspiração máxima antes das sessões de fisioterapia aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira –

2010).

Na figura 6 observamos os quatro ângulos da paciente em inspiração máxima no

lado esquerdo final, com os seguintes valores: A1=0; A2=12.13; A3=13.30; 4=14.29,

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Figura 6 - medida final dos quatro ângulos do tórax do lado esquerdo em inspiração máxima lado esquerdo

depois das sessões de fisioterapia aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira – 2010).

Na figura 7 observamos os quatro ângulos da paciente em inspiração máxima no

lado direito inicial, com os seguintes valores: A1=0; A2=9.29; A3=10.30; A4=10.42.

Figura 7 - medida inicial dos quatro ângulos do tórax do lado direito em inspiração máxima antes das sessões de fisioterapia aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira –

2010).

Na figura 8 observamos os quatro ângulos da paciente em inspiração máxima no

lado direito final, com os seguintes valores: A1=0; A2=10.57; A3=10.62; A4=10.94,

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Figura 8 - medida final dos quatro ângulos do tórax do lado direito em inspiração máxima depois das sessões

de fisioterapia aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira – 2010).

Na figura 9 observamos os quatro ângulos da paciente em expiração máxima no

lado direito inicial, com os seguintes valores: A1=0; A2=8.86; A3=9.79; A4=10.51

Figura 9 - medida inicial dos quatro ângulos do tórax do lado direito em expiração máxima antes das sessões

de fisioterapia aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira – 2010).

Na figura 10 observamos os quatro ângulos da paciente em expiração máxima no

lado direito final, com os seguintes valores: A1=0; A2=10.23; A3=10.68; A4=11.10

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Figura 10 - medida final dos quatro ângulos do tórax do lado direito em expiração máxima depois das sessões de fisioterapia aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira –

2010).

Na figura 11 observamos os quatro ângulos da paciente em expiração máxima no

lado esquerdo inicial, com os seguintes valores: A1=0; A2=8.37; A3=9.17; A4=9.82.

Figura 11 - medida inicial dos quatro ângulos do tórax do lado esquerdo em expiração máxima antes das sessões de fisioterapia aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira –

2010).

Na figura 12 observamos os quatro ângulos da paciente em expiração máxima no

lado esquerdo final, com os seguintes valores: A1=0; A2=10.89; A3=11.40; A4=12.54.

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Figura 12 - medida final dos quatro ângulos do tórax do lado direito em expiração máxima depois das sessões de fisioterapia aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira –

2010).

Na figura 13 observamos a posição repouso lateral inicial o seguinte valor A1:

53.47

Figura 13 - medida inicial em repouso lateral do tórax antes das sessões de fisioterapia aquática.

(Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira – 2010).

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Na figura 14 observamos a posição repouso lateral final o seguinte valor A1: 49.76,

Figura 14 - medida final em repouso lateral do tórax depois das sessões de fisioterapia aquática. (Laboratório

de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira – 2010).

Na figura 15 observamos a posição inspiração máxima lateral inicial o seguinte

valor A1: 54.32.

Figura 15 - medida inicial em inspiração máxima lateral do tórax antes das sessões de fisioterapia aquática.

(Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira – 2010).

Na figura 16 observamos a posição inspiração máxima lateral final o seguinte

valor A1: 55.17,

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Figura 16 - medida final em repouso inspiração máxima lateral do tórax depois das sessões de fisioterapia

aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira – 2010).

Na figura 17 observamos a posição expiração máxima lateral inicial o seguinte

valor A1: 50.95

Figura 17 - medida inicial em repouso lateral do tórax em expiração máxima antes das sessões de fisioterapia aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira – 2010).

Na figura 18 observamos a posição expiração máxima lateral final o seguinte

valor A1: 48.05.

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Figura 18 - medida final em repouso lateral do tórax em expiração máxima depois das sessões de fisioterapia

aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira – 2010).

Na figura 19- observamos na posição de repouso o seguinte valor A1: 87.88.

Figura 19 - medida inicial em repouso do Ângulo de Charpy antes das sessões de fisioterapia aquática.

(Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira – 2010).

Na figura 20 observamos a posição em repouso do Ângulo de Charpy final o

seguinte valor A1: 88.83

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Figura 20 - medida em inspiração máxima inicial do Ângulo de Charpy antes das sessões de fisioterapia

aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira – 2010).

Na figura 21- observamos na posição de inspiração máxima inicial o seguinte

valor A1: 86.99.

Figura 21 - medida em inspiração máxima inicial do Ângulo de Charpy antes das sessões de fisioterapia

aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira – 2010).

Na figura 22 observamos a posição inspiração máxima final o seguinte valor A1:

85.11.

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Figura 22 - medida em inspiração máxima final do Ângulo de Charpy depois das sessões de fisioterapia

aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira – 2010).

Na figura 23- observamos na posição de expiração máxima inicial o seguinte

valor A1: 91.08.

Figura 23 - medida em expiração máxima inicial do Ângulo de Charpy antes das sessões de fisioterapia

aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira – 2010).

Na figura 24 observamos a posição expiração máxima final o seguinte valor A1:

93.65.

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Figura 24 - medida em expiração máxima final do Ângulo de Charpy depois das sessões de fisioterapia

aquática. (Laboratório de Biofotogrametria Faculdade Anhanguera de Limeira – 2010).

6. DISCUSSÃO

Quando analisamos as duas figuras (Figura 1 e Figura 2), verificamos um aumento do

ângulo final devido à diminuição do volume de ar residual existente no tórax da paciente,

o que também é observado no gráfico 1.

Avaliação

02468

10121416

Avaliação Inicial em repousolado direito

Avaliação final em repousolado direito

Gráfico 1

Ângulo

s A2

A3

A4

Quando analisamos as duas figuras (Figura 3 e Figura 4), verificamos um

aumento do ângulo final devido à diminuição do volume de ar residual existente no tórax

da paciente, o que também pode ser observado no gráfico 2.

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Avaliação

02468

101214

Avaliação Inicial em repousolado esquerdo

Avaliação final em repousolado esquerdo

Gráfico 2

Ângulo

s A2

A3

A4

Quando analisamos as duas figuras (Figura 5 e Figura 6), verificamos através dos

valores que a paciente aumentou sua capacidade inspiratória, devido ao aumento dos

ângulos é possível observar a melhora na capacidade inspiratória, o que também pode ser

observado no gráfico 3.

Avaliação

02468

10121416

Avaliação Inicial em inspiraçãomáxima lado esquerdo

Avaliação final em inspiraçãomáxima lado esquerdo

Gráfico 3

Ângulo

s A2

A3

A4

Quando analisamos as duas figuras (Figura 7 e Figura 8), verificamos através dos

valores que a paciente aumentou sua capacidade inspiratória, devido ao aumento dos

ângulos é possível observar a melhora na capacidade inspiratória, o que também pode ser

observado no gráfico 4.

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Avaliação

88,5

99,510

10,511

11,5

Avaliação Inicial eminspiração máxima lado

direito

Avaliação final em inspiraçãomáxima lado direito

Gráfico 4

Ân

gu

los A2

A3

A4

Quando analisamos as duas figuras (Figura 9 e Figura 10), verificamos um

aumento dos valores dos ângulos em comparação às figuras iniciais e finais devido ao

aumento da capacidade expiração da paciente, o que também pode ser observado no

gráfico 5.

Avaliação

0

2

4

6

8

10

12

Avaliação Inicial em expiraçãomáxima lado direito

Avaliação final em expiraçãomáxima lado direito

Gráfico 5

Ângulo

s A2

A3

A4

Quando analisamos as duas figuras (Figura 11 e Figura 12), verificamos um

aumento dos valores dos ângulos em comparação às figuras iniciais e finais devido ao

aumento da capacidade expiração da paciente, o que também pode ser observado no

gráfico 6.

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Avaliação

02468

101214

Avaliação Inicial em expiraçãomáxima lado esquerdo

Avaliação final em expiraçãomáxima lado esquerdo

Gráfico 6

Ân

gu

los A2

A3

A4

Quando analisamos as duas figuras (Figura 13 e Figura 14), verificamos uma

diminuição do ângulo comparado, devido à diminuição da quantidade de ar residual

presente no tórax da paciente, o que também pode ser observado no gráfico 7.

Avaliação

4748495051525354

Avaliação Inicial em repousolateral

Avaliação final em repousolateral

Gráfico 7

Ân

gu

los

A2

Quando analisamos as duas figuras (Figura 15 e Figura 16), verificamos um

aumento dos ângulos, pois a capacidade inspiratória da paciente apresentou melhora, o

que também pode ser observado no gráfico 8.

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Avaliação

53,854

54,254,454,654,8

5555,255,4

Avaliação Inicial eminspiração máxima

Avaliação final em inspiraçãomáxima

Gráfico 8

Ân

gu

los

A2

Quando analisamos as duas figuras (Figura 17 e Figura 18), verificamos uma

diminuição dos ângulos comparados, pois a capacidade expiratória da paciente

apresentou melhora no final do tratamento, o que também pode ser observado no gráfico

9.

Avaliação

53,854

54,254,454,654,8

5555,255,4

Avaliação Inicial eminspiração máxima

Avaliação final em inspiraçãomáxima

Gráfico 9

Ân

gu

los

A2

Quando analisamos as duas figuras (Figura 19 e Figura 20), verificamos um

aumento do Ângulo de Charpy devido à diminuição do ar residual presente inicialmente

no tórax da paciente, o que também pode ser visto no gráfico 10.

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Avaliação

87,487,687,8

8888,288,488,688,8

89

Avaliação Inicial Ângulo deCharpy em repouso

Avaliação final Ângulo deCharpy em repouso

Gráfico 10

Ân

gu

los

A2

Quando analisamos as duas figuras (Figura 21 e Figura 22), verificamos uma

diminuição dos ângulos comparados, pois a capacidade de inspiração da paciente

melhorou ao final do tratamento, o que também pode ser visto no gráfico 11.

Avaliação

86,9

86,95

87

87,05

87,1

87,15

Avaliação Inicial Ângulo deCharpy em inspiração

máxima

Avaliação final Ângulo deCharpy em inspiração

máxima

Gráfico 11

Ân

gu

los

A2

Quando analisamos as duas figuras (Figura 23 e Figura 24), verificamos um

aumento dos ângulos de expiração da paciente, devido à melhora da capacidade

expiratória da paciente, o que também pode ser visto no gráfico 12.

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Avaliação

89

90

91

92

93

94

Avaliação Inicial Ângulo deCharpy em expiração máxima

Avaliação final Ângulo deCharpy em expiração máxima

Gráfico 12

Ân

gu

los

A2

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao analisarmos os resultados apresentados com esta pesquisa cientifica foi possível

sugerir que a hidroterapia apresentou bons resultados devido aos seus princípios físicos,

principalmente a pressão hidrostática que água exerce sobre um corpo submerso, pois a

paciente apresentou melhora do Ângulo de Charpy, pois inicialmente a paciente

apresentava uma funcionalidade do ângulo diminuído devido as mudança estruturais

que a DPOC provoca no tórax da paciente, após o tratamento com o a hidroterapia a

paciente apresenta uma biomecânica melhor do ângulo de Charpy, na inspiração e na

expiração, demonstrando que através desta variação, durante a inspiração e a expiração a

paciente está conseguindo insuflar e desinsuflar melhor o pulmão, ou seja, melhorando

assim a sua complacência pulmonar.

Devido à melhora da funcionalidade do ângulo de Charpy também foi possível

através das variações dos ângulos com a Biofotogrametria, poder analisar a capacidade

inspiratória e expiratória do paciente na vista frontal e comparar a analisar

separadamente o pulmão direito e esquerdo. Ao final das sessões foi possível observar

que a paciente apresentou melhora, pois se compararmos a paciente em repouso foi

possível observar ao final do tratamento que os valores finais tiveram um aumento

devido a paciente ter diminuído a quantidade de ar residual presente tanto no pulmão

direito quanto no pulmão esquerdo, diminuindo então o padrão de tórax insuflado que a

DPOC apresenta.

Na análise da capacidade inspiratória da paciente foi possível observar que os

valores finais apresentaram um aumento, devido a uma maior quantidade de ar que a

paciente ao final do tratamento consegue inspirar, e os valores da capacidade expiratória

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da paciente no final do tratamento apresentaram uma diminuição em relação aos valores

inicias, devido a uma melhora da expiração da paciente.

No final das analises é possível ressaltar que tratamento em hidroterapia com

paciente que apresenta patologias respiratórias como DPOC, apresentam uma melhora

significava em relação a sua capacidade respiratória, haja visto que a paciente teve uma

diminuição do seu padrão típico de tórax insuflado e apresentou também uma melhora

da capacidade inspiratória e expiratória, pois diminuído a quantidade de ar residual

presente no pulmão da paciente devido a DPOC, foi possível melhora e aumentar a

capacidade de inspirar e expirar desta forma, melhorando também a capacidade de troca

gasosa, melhorando enfim a sua qualidade de vida, haja visto que a própria paciente ao

final do tratamento relata que as atividades que anteriormente ela não conseguia realizar

devido à falta de ar, hoje ela realiza sem apresentar fadiga e falta de ar.

Desta forma, esta pesquisa se apresenta como um projeto inicial que poderá ser

posteriormente analisadas suas idéias e resultado por outros alunos e profissionais

interessados em avaliar e desenvolver novas técnicas de tratamento fisioterapeutico a fim

de contribuir para a melhora da profissão fisioterapia e melhorando a qualidade de vida

dos pacientes.

PARECER DE APROVAÇÃO DE COMITÊ

Pesquisa autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Anhanguera Educacional

S/A – CEP / AESA em 04/06/2010 por meio do parecer: 191/2010

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COSTA, D. Avaliação em Fisioterapia Respiratória. IN: Fisioterapia Respiratória Básica. São Paulo: Editora Atheneu, 2004 p-25.

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