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SECÇÃO CORRENTE
AUTO-ESTRADAS
Análise da Capacidade e Nível de Serviço
com base na metodologia proposta pelo HCM 2000
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CAPACIDADE E NÍVEL DE SERVIÇO
• CAPACIDADE numa secção rodoviária é o máximo valor de fluxo que pode passar nessa secção de forma estável– por pista de auto-estrada em condições ideais = 2400 vph
• NÍVEL DE SERVIÇO é uma grandeza que corresponde àsensação psicológica do condutor quanto à possibilidade de viajar à velocidade que pretendia
N.S. A - raras
N.S. B - esporádicas
N.S. C - frequentes
N.S. D - sistemáticas
N.S. E - permanentes
N.S. F - escoamento descontínuo
Restrições de velocidade associadas ao N.S.
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FACTORES EXPLICATIVOS DA CAPACIDADE E NÍVEL DE SERVIÇO
• Estes conceitos são genericamente aplicáveis a todos os modos de transporte, inclusive o pedonal
• Consoante o modo e o tipo de elemento da infra-estrutura, são diferentes os procedimentos para o cálculo da capacidade e as grandezas mesuráveis associadas ao nível de serviço para um determinado fluxo
• No tráfego rodoviário, as variáveis sentidas pelo condutor que mais se relacionam com o nível de serviço são – densidade– percentagem de tempo em que não pode conduzir à
velocidade pretendida
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Auto-estradas - Secção CorrenteAnálise da capacidade e Nível de Serviço - HCM 2000
Fonte: A1, North Yorkshire, UK (www.freefoto.com)
Uma auto-estrada é caracterizada por:
• Sentidos de tráfego fisicamente separados: 2 faixas de rodagem;
• Pelo menos 2 pistas em cada direcção;
• Cruzamentos desnivelados, permitindo fluxos ininterruptos; e
• O acesso exclusivamente pelos nós e circulação reservada a veículos motorizados
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Auto-estradas - Secção CorrenteAnálise da capacidade e Nível de Serviço - HCM 2000
Podem distinguir-se três tipos de troços numa auto-estrada:
• Troços de Secção Corrente – não afectados pelos movimentos de convergência ou divergência
• Rampas de Acesso – pontos em que as rampas de saída/entrada entroncam na AE
• Zonas de Entrecruzamento – secções em que dois ou mais fluxos (no mesmo sentido) se têm de cruzar, quando um ponto de convergência é logo seguido por outro de divergência
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Auto-estradas - Secção CorrentePrincipais Conceitos:
Figura 3.12 – Rampas de Acesso a uma AE
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Auto-estradas - Secção CorrentePrincipais Conceitos:
Capacidade de uma AE (em secção corrente):
• Fluxo máximo de veículos que pode atravessar uma secção, de forma continuada, para as condições geométricas e de tráfego existentes (ou previstas);
• Definida para cada um dos sentidos, medida durante 15 minutos, e expressa em veículos ligeiros por hora e por pista (vl/h/pista)
As metodologias para o cálculo da capacidade baseiam-se num conjunto de condições ideais:
• pistas com 3,60 m de largura;• desobstrução lateral mínima de 1,80 m;• pelo menos 5 pistas por sentido (áreas urbanas) ou 2 por sentido (interurbano)• distâncias entre nós de pelo menos 3 km• terreno plano, com declives não superiores a 2% • apenas veículos ligeiros na corrente de tráfego;• População de condutores composta sobretudo por utentes regulares da estrada
em questão• velocidade livre de pelo menos 110 km/h;• possibilidade de ultrapassar em todo o percurso
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Auto-estradas - Secção CorrentePrincipais Conceitos:
Capacidade de uma AE (em secção corrente):
• Para condições geométricas e de tráfego ideais considera-se que a capacidade de uma secção corrente de AE com FFS = 120 km/h pode atingir os 2400 vl/h/pista.
• À medida que FFS diminui há também uma ligeira redução de capacidade: para FFS = 90 km/h a capacidade esperada é de 2250 vl/h/pista
0 Densidade
S
FFS
Kj
Velocidade Livre (FFS):
• A velocidade teórica do tráfego quando a densidade é nula;
• Na prática é a velocidade média dos veículos quando a densidade émuito baixa (porque não háinfluência de uns veículos sobre outros)
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Auto-estradas - Secção CorrentePrincipais Conceitos:
Nível de Serviço de uma AE (em secção corrente):
• Baseado na densidade pois este é o parâmetro que reflecte a influência dos veículos sobre os outros (sobre o comportamento dos condutores)
• A densidade pode ser obtida pela relação fundamental:
• em que D é a densidade [veic/km]
• Vp é o fluxo horário equivalente em veículos ligeiros [vl/h]
• S é a velocidade média [km/h]
s
vD p=
s
vD p=
s
vD p=
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Auto-estradas - Secção CorrentePrincipais Conceitos:
Nível de Serviço de uma AE (em secção corrente):
• A velocidade não é usada como factor explicativo no NS pois não se altera significativamente nos vários níveis de serviço
s
vD p=
s
vD p=
50
60
70
80
90
100
110
120
130
0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800
Vp [VL/hora/pista]
S [
km
/hora
]
FFS = 120 km/hora
FFS = 110 km/hora
FFS = 100 km/hora
FFS = 90 km/hora
1300
1450
1600
1750
Fonte: (TRB, 2000, Exhibit 13.2)
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Auto-estradas - Secção CorrentePrincipais Conceitos:
Nível de Serviço de uma AE (em secção corrente):
s
vD p=
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Auto-estradas - Secção CorrenteRelação Velocidade - Densidade:
vp [vl/hora/pista]
D [v
l/km
/pis
ta]
Relação Densidade – Fluxo para secção corrente
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Auto-estradas - Secção CorrenteRelação Velocidade - Densidade:
2880.41.002250
2289.10.871955
1690.00.641440
1190.00.44990
790.00.28630
Densidade máxima (vl/km/pista)Velocidade mínima (km/h)Máximo rácio v/cMáximo fluxo (vl/h/pista)
FFS = 90 km/h
2882.11.002300
2293.80.902065
16100.00.701600
11100.00.481100
7100.00.30700
Densidade máxima (vl/km/pista)Velocidade mínima (km/h)Máximo rácio v/cMáximo fluxo (vl/h/pista)
FFS = 100 km/h
2883.91.002350
2297.20.912135
16108.50.741740
11110.00.511210
7110.00.33770
Densidade máxima (vl/km/pista)Velocidade mínima (km/h)Máximo rácio v/cMáximo fluxo (vl/h/pista)
FFS = 110 km/h
2885.71.002400
2299.60.922200
16114.60.771840
11120.00.551320
7120.00.35840
Densidade máxima (vl/km/pista)Velocidade mínima (km/h)Máximo rácio v/cMáximo fluxo (vl/h/pista)
FFS = 120 km/h
EDCBA
Nível de ServiçoCritérios limiteVelocidade Livre
Critérios limite para cada nível de serviço consoante a velocidade livre da auto-estrada
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Calcular a Velocidade de Fluxo Livre, de que se deduz a curva de velocidade-fluxo (SFC) aplicável
Determinar o fluxo de cálculo e a velocidade média sobre a curva SFC (ou por cálculo analítico)
Calcular a densidade a partir do fluxo e da velocidade
Calcular o Nível de Serviço (LS) a partir da densidade
Auto-estradas - Secção CorrenteMetodologia para cálculo do Nível de Serviço:
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Auto-estradas - Secção CorrenteMetodologia para cálculo do Nível de Serviço:
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Auto-estradas - Secção CorrenteMetodologia para cálculo do Nível de Serviço:
1º passo: Determinação da Velocidade Livre (FFS)
Quando não é possível medir a FFS no local, esta pode ser estimada através de ajustamentos feitos a uma velocidade livre base: BFFS (Base Free-Flow Speed).
Caso não haja nenhuma informação, assume-se que a BFFS é 120 km/h em auto-estradas de meio rural e 100 km/h em meio urbano ou suburbano.
FFS = BFFS - fLW – fLC – fN - fID
Com:
fLW = factor de ajustamento para o efeito da largura da pista
fLC = factor de ajustamento para o efeito da desobstrução lateral direita
fN = factor de ajustamento para o número de pistas
fID = factor de ajustamento para o efeito da densidade de pontos de convergência
A FFS pode ser determinada através de medições no local quando o fluxo éinferior a 1300 veículos ligeiros/h/pista.
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Auto-estradas - Secção CorrenteMetodologia para cálculo do Nível de Serviço:
1º passo: Determinação da Velocidade Livre (FFS)
Valores do factor de ajustamento para o efeito da largura da pista – FLW
10.63.0
8.13.1
5.63.2
3.13.3
2.13.4
1.03.5
0.03.6
Valores de fLW (km/h)Largura da
pistas (m)
Valores do factor de ajustamento para o efeito da desobstrução lateral direita – FLC
1.31.93.95.80.0
1.11.63.24.80.3
0.81.32.63.90.6
0.61.01.92.90.9
0.40.71.31.91.2
0.20.30.71.01.5
0.00.00.00.0≥1.8
≥5432
Pistas numa direcção
Valores de fLC (km/h)Desobstrução lateral
direita (m)
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Auto-estradas - Secção CorrenteMetodologia para cálculo do Nível de Serviço:
1º passo: Determinação da Velocidade Livre (FFS)
Valores do factor de ajustamento para o número de pistas em zonas urbanas e suburbanas – FN
7.32
4.83
2.44
0.0≥5
Valores de fN(km/h)
Número de pistas (num
sentido)
Em AE em zonas urbanas e suburbanas
Valores do factor de ajustamento para o efeito da densidade de pontos de convergência - FID
12.11.2
10.21.1
9.21.0
8.10.9
6.00.8
5.00.7
3.90.6
2.10.5
1.10.4
0.0≤0.3
Valores de fID(km/h)
Pontos de Convergência
por Quilómetro
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Auto-estradas - Secção CorrenteMetodologia para cálculo do Nível de Serviço:
2º passo: Determinação do Fluxo Horário de Cálculo Vp
O fluxo de cálculo Vp deve reflectir os 15 minutos mais carregados da hora analisada, em VL/H.
É influenciado por factores característicos do tráfego:
• Tipo de tráfego
• Tipo de condutor
com V = volume horário total (em veículos/hora)
FPH = factor de ponta horário
N = número de pistas na direcção
fHV = factor de ajustamento para veículos pesados
fp = factor de ajustamento para o tipo de condutor
pfHVfNFPHV
pv×××
=
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2º passo: Determinação do Fluxo Horário de Cálculo Vp
O fluxo de cálculo é o equivalente horário ao fluxo no quarto de hora de ponta, em veículos ligeiros equivalentes
Deve por isso reflectir a influência dos veículos pesados, as variações de fluxo intra-horárias e as características da população condutora
A fórmula de cálculo éem que
PHF é o factor de hora de ponta, tipicamente entre 0.80 e 0.95 para áreas urbanas e algo mais baixo para áreas rurais
fHV é o factor de ajustamento a veículos pesados, calculado pela seguinte fórmula
pHVp ffNPHF
Vv***
=
)1()1(11
−+−+=
RRTTHV EPEPf
Auto-estradas - Secção CorrenteMetodologia para cálculo do Nível de Serviço:
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2º passo: Determinação do Fluxo Horário de Cálculo Vp
PT é a % de camiões (Trucks) no tráfego e PR a % de veículos recreacionais (caravanas) no tráfego;
ET e ER são os factores de conversão em veículos ligeiros equivalentes de camiões e caravanas respectivamente
Tipo de TerrenoFactor Plano Ondulado MontanhosoET 1.5 2.5 4.5ER 1.2 2.0 4.0
fP é o factor de ajustamento da população, igual a 1.0 para populações de condutores regulares na estrada em análise, e podendo descer até 0.85 para estradas usadas sobretudo por tráfegos turísticos
Auto-estradas - Secção CorrenteMetodologia para cálculo do Nível de Serviço:
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Auto-estradas - Secção CorrenteMetodologia para cálculo do Nível de Serviço:
3º passo: Determinação da Velocidade Médiaa) Através do gráfico Volume – Velocidade Média, em função de FFS
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Auto-estradas - Secção CorrenteMetodologia para cálculo do Nível de Serviço:
3º passo: Determinação da Velocidade Médiab) Por cálculo analítico
Caso a FFS esteja entre 90 e 120 km/h, a velocidade média (s) pode ser dada pelas seguintes expressões (consoante os valores de FFS e do fluxo Vp):
1. Se (3100 – 15FFS) ≤ Vp ≤ (1800 + 5FFS):
2. Se Vp ≤ (3100 - 15FFS): s = FFS
( )
+=
2.6
130020FFS
310015FFSpv180023FFS
281
-FFSs
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Auto-estradas - Secção CorrenteMetodologia para cálculo do Nível de Serviço:
3º passo: Determinação da Velocidade Médiab) Por cálculo analítico
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Auto-estradas - Secção CorrenteMetodologia para cálculo do Nível de Serviço:
4º passo: Determinação da Densidade e do Nível de Serviço
DENSIDADE:
Em que
• D é a densidade [veic/km]
• Vp é o fluxo horário equivalente em veículos ligeiros [vl/h]
• S é a velocidade média [km/h]
s
vD p=
NÍVEL DE SERVIÇO:
Determinar de acordo com densidade, de acordo com as classes do quadro
F> 28
E> 22 – 28
D> 16 – 22
C> 11 – 16
B> 7 – 11
A0 – 7
Nível de ServiçoDensidade (vl/km/pista)
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Auto-estradas - Secção CorrenteMetodologia para cálculo do Nível de Serviço:
Figura 3.9 - Variação da Velocidade e Níveis de Serviço em secções correntes
0102030405060708090
100110120130
0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800
Vp [VL/hora/pista]
S [
km
/hora
]
120 km/h
110 km/h
100 km/h
90 km/h
NS A NS B NS C NS D NS E
Nota: A capacidade varia com a FFS, sendo 2400, 2350, 2300 e 2250 vl/h/pista quando a FFS é 120, 110, 100 e 90 km/h, respectivamente.
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Auto-estradas - Secção CorrenteLimitações da Metodologia :
A metodologia não tem em conta:
• A existência de pistas reservadas a veículos de elevada ocupação;
• Troços em pontes extensas, em túnel ou zonas de portagens;
• AE com FFS inferior a 90 km/h ou superior a 120 km/h;
• Condições em que a procura é superior à capacidade;
• Influência de bloqueios a jusante ou de filas de espera;
• Limite de velocidade legal, influência da acção policial;
• Utilização de Sistemas de Transporte Inteligentes; e
• Existência de dispositivos de “ramp metering”.
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Auto-estradas - Secção CorrenteRampas Localizadas :
Conceitos:
Considera-se um troço extenso se a sua inclinação (i) e o seu comprimento (L) forem:
i >= 3% e L < 0.5 km; oui < 3% e L < 1 km
Os troços extensos podem ser divididos em três tipos:
• terreno plano: quando os veículos pesados conseguem circular àmesma velocidade do que os veículos de passageiros; ou seja, quando não existem inclinações superiores a 2%;
• terreno ondulado: quando os veículos pesados não são obrigados a reduzir para uma velocidade inferior durante intervalos de temposignificativos ou muitas vezes.
• terreno montanhoso: quando os veículos pesados são obrigados a circular a uma velocidade inferior por intervalos de tempo significativos
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Auto-estradas - Secção CorrenteRampas Localizadas :
Conceitos:• Os segmentos que não obedeçam às condições descrita no slide
anterior são considerados rampas localizadas, devendo ser analisados de forma separada;
• Em rampas localizadas a inclinação e o comprimento do troço influenciam o factor de conversão ET.
• A % de veículos pesados também influencia, porque tendem a agrupar-se e formar pelotões com características uniformes;
• Os valores de ET correspondentes a descidas e subidas encontram-se nos quadros seguintes
• Em descidas o efeito dos veículos pesados é calculado como terreno plano, excepto em descidas com: L > 6,4 km e I>4%.
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Auto-estradas - Secção CorrenteRampas Localizadas :
Factor de conversão de veículos pesados para VL em rampas localizadas (descidas)
4.55.56.07.5> 6.4> 6
1.51.51.51.5≤ 6.4> 6
3.04.04.05.5> 6.4> 5 - 6
1.51.51.51.5≤ 6.4> 5 – 6
1.52.02.02.0> 6.44 – 5
1.51.51.51.5≤ 6.44 – 5
1.51.51.51.5qualquer< 4
2015105
Percentagem de veículos pesados (%)L (km)I (%)
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Auto-estradas - Secção CorrenteRampas Localizadas :
Factor de conversão de veículos pesados para VL em rampas localizadas (subidas)
2.02.52.53.03.54.0
2.02.52.53.03.54.0
2.02.52.53.03.54.0
2.53.03.03.54.04.5
2.53.53.54.04.55.0
2.53.54.04.55.05.5
2.53.54.04.55.05.5
3.04.04.55.05.56.0
4.04.55.05.56.07.0
0.0 – 0.4> 0.4 – 0.5> 0.5 – 0.8> 0.8 – 1.2> 1.2 – 1.6
> 1.6
> 6
1.52.02.53.03.03.5
1.52.02.53.03.03.5
1.52.02.53.03.03.5
1.52.02.53.03.03.5
1.52.02.53.03.03.5
1.52.53.03.54.04.5
1.52.53.54.04.55.0
2.03.04.04.55.05.0
2.04.04.55.05.56.0
0.0 – 0.4> 0.4 – 0.5> 0.5 – 0.8> 0.8 – 1.2> 1.2 – 1.6
> 1.6
> 5-6
1.52.02.53.03.0
1.52.02.53.03.0
1.52.02.53.03.0
1.52.02.53.03.5
1.52.02.53.03.5
1.52.53.03.54.0
1.52.53.03.54.0
1.52.53.03.54.0
1.53.03.54.05.0
0.0 – 0.4> 0.4 – 0.8> 0.8 – 1.2> 1.2 – 1.6
> 1.6
> 4-5
1.51.52.02.02.52.5
1.51.52.02.02.52.5
1.51.52.02.02.52.5
1.52.02.02.53.03.0
1.52.02.02.53.03.0
1.52.02.02.53.03.0
1.52.02.02.53.03.0
1.52.02.53.03.53.5
1.52.02.53.03.54.0
0.0 – 0.4> 0.4 – 0.8> 0.8 – 1.2> 1.2 – 1.6> 1.6 – 2.4
> 2.4
> 3-4
1.51.51.51.52.02.0
1.51.51.51.52.02.0
1.51.51.51.52.02.0
1.51.51.51.52.02.0
1.51.51.51.52.02.0
1.51.51.52.02.52.5
1.51.51.52.02.52.5
1.51.51.52.02.53.0
1.51.51.52.02.53.0
0.0 – 0.4> 0.4 – 0.8> 0.8 – 1.2> 1.2 – 1.6> 1.6 – 2.4
> 2.4
≥ 2-3
1.51.51.51.51.51.51.51.51.5qualquer< 2
2520151086542
Percentagem de veículos pesados (%)L (km)I (%)
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Auto-estradas - Secção CorrenteRampas consecutivas :
• Quando existe um conjunto de rampas consecutivas traduz-se o seu efeito calculando a inclinação que teria de ter uma única rampa com o mesmo comprimento para provocar a mesma redução de velocidade dos veículos pesados.
• Se no conjunto de rampas consecutivas em todas I<4% de inclinação ou se o Ltotal<1200 m:– pode considerar-se uma rampa com uma inclinação equivalente
encontrada através da média ponderada de todas as do conjunto.
• Se no conjunto de rampas consecutivas alguma tem I>4% de inclinação ou se o Ltotal>1200 m– é necessário encontrar a inclinação equivalente avaliando o impacto que
cada rampa tem na velocidade dos veículos pesados que nelas circulam através do ábaco seguinte
– Este ábaco permite estimar a redução de velocidade de um pesado com base no comprimento (L) e inclinação (I) de uma rampa.
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Auto-estradas - Secção CorrenteRampas consecutivas :
Velo
cid
ad
e [
km
/h
]
Comprimento[em centenas de metros]
Curvas de aceleração e desaceleração de camiões (120 kg/kW)
Fonte: (TRB, 2000, Exhibit A23.2)
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ESTRADAS DE UMA FAIXA COM DOIS SENTIDOS: PONTOS BÁSICOS
• Constituem a maior parte da extensão das redes rodoviárias, a sua componente básica
• O desempenho dos dois sentidos de tráfego passa a ser inter-dependente– A ultrapassagem de um veículo mais lento só pode ser feita quando
há folgas suficientes no tráfego no sentido oposto– Os erros de avaliação neste tipo de manobras são responsáveis por
uma parte importante da sinistralidade– Principais variáveis usadas para definir o nível de serviço:
• Percentagem de tempo seguindo outro veículo (tempos entre passagens de veículos consecutivos < 3 seg)
• Velocidade média (só nas ligações de maior hierarquia)– Nalgumas estradas com maior tráfego constroem-se pistas de
ultrapassagem, geralmente em alternância para um e outro sentido
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• As medidas de desempenho (capacidade e nível de serviço) são definidas para o conjunto dos dois sentidos
• A metodologia definida não é aplicável a segmentos com mais de 3% de declive e de 1 km de extensão (aí hámétodos próprios para subidas e descidas)
• A capacidade em condições ideais é de 1700 vph/sentido, quase não sendo afectada pela distribuição entre sentidos– Mas raramente se consegue passar de 3200 vph no conjunto
ESTRADAS DE UMA FAIXA COM DOIS SENTIDOS: MEDIDAS DE DESEMPENHO
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• O cálculo dos níveis de serviço é baseado nos seguintes passos
– Medição ou cálculo da velocidade de escoamento livre VEL (FFS = Free Flow Speed)
– Apuramento do Fluxo de Cálculo• Factor de hora de ponta, Percentagem de pesados, Declives
– Cálculo dos indicadores• Percentagem de tempo seguindo outro veículo;• Velocidade média
– Determinação do Nível de Serviço
ESTRADAS DE UMA FAIXA COM DOIS SENTIDOS: CÁLCULO DOS NÍVEIS DE SERVIÇO
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• A Velocidade Livre deve ser medida no terreno, para escoamentos abaixo de 200 vph na soma dos dois sentidos (amostra de pelo menos 100 veic)• Quando isso não seja possível, pode usar-se uma fórmula
FFS = BFFS = - fLS - fAem que fLS é um factor de ajustamento para atender a larguras de pista e de berma, e fA um factor de ajustamento para a densidade de pontos de acesso ao troço de estrada analisado
• O fluxo de cálculo é obtido através da expressãoVp= V / (PHF * fG * fHV)
em que Vp é o fluxo equivalente em veículos ligeiros para períodos de 15 min., PHF é o factor de hora de ponta, fG é o factor para atender aos declives e fHV para os veículos pesados
ESTRADAS DE UMA FAIXA COM DOIS SENTIDOS: VELOCIDADE LIVRE E FLUXO DE CÁLCULO
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• A Velocidade Média de Viagem (ATS = Average TravelSpeed) é obtida através de
ATS = FFS – 0,0125Vp – fnp
em que fnp é um factor para atender à percentagem da extensão em que é proibido ultrapassar
• A Percentagem de Tempo Seguindo outro veículo écalculada por
PTSF = BPTSF + f d/np
em que BPTSF = 100 (1-exp(-0.000879. Vp)) e Fd/np é um factor que atende à distribuição do tráfego e àextensão de zonas de não ultrapassagem
ESTRADAS DE UMA FAIXA COM DOIS SENTIDOS: VELOCIDADE MÉDIA E % DE TEMPO SEGUINDO
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ESTRADAS DE UMA FAIXA COM DOIS SENTIDOS: AJUSTE DE VELOCIDADE MÉDIA
PELA PROIBIÇÃO DE ULTRAPASSAGEM
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• O nível de serviço é F desde que– O fluxo de cálculo seja superior a 3200 vph no conjunto ou superior a 1700 vph em
algum dos sentidos• Para fluxos de cálculo inferiores, aplicam-se os critérios dos quadros a
seguir, consoante se trate de uma estrada de longo curso (em que a velocidade média é importante) ou de uma estrada local
ESTRADAS DE UMA FAIXA COM DOIS SENTIDOS: NÍVEIS DE SERVIÇO