8
ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA DENSIDADE DA MISTURA NA MODELAGEM DA EXPANSÃO VOLUMÉTRICA DE SOLVENTES ORGÂNICOS USANDO CO 2 A ALTA PRESSÃO S. G. CARDOSO 1 , M. L. P. M. SILVA 1 , G. M. N. COSTA 1 , S. A. B. VIEIRA DE MELO 1 1 Universidade Federal da Bahia, Escola Politécnica, Programa de Engenharia Industrial E-mail para contato: [email protected] RESUMO A análise da influência da densidade da mistura na modelagem da expansão volumétrica para quatro solventes orgânicos expandidos por CO 2 a alta pressão é o foco desse trabalho. O comportamento da expansão volumétrica é observado através de termos calculados em função da densidade, para se determinarem quais são os pontos onde o erro da expansão vai ser maior ou menor, bem como se esse erro tem uma tendência crescente ou decrescente. Os resultados obtidos são de grande utilidade para o dimensionamento dos vasos de precipitação em processos que utilizam solventes orgânicos expandidos por CO 2 denso. 1. INTRODUÇÃO Em processos de precipitação de partículas usando solventes orgânicos expandidos por gases densos, tais como GAS, SAS e ARISE, é crucial determinar a priori o grau de expansão volumétrica da fase líquida (Vieira de Melo et al., 2013; Scurto et al., 2009). Alguns solventes orgânicos, quando expandidos por fluidos supercríticos, podem ter um aumento de mais de dez vezes o volume inicial, o que deve ser conhecido para o correto dimensionamento dos vasos de precipitação. Por exemplo, a expansão volumétrica da acetona pelo CO 2 , a 40 o C e 80 bar, é da ordem de 1000% (Denardin et al., 2013). Espera-se que uma equação de estado cúbica bem ajustada seja capaz de prever com precisão o grau de expansão volumétrica de solventes orgânicos por gases densos. Na prática, entretanto, é muito mais fácil, rápida e barata a determinação experimental da expansão volumétrica de solventes orgânicos por gases densos do que a determinação experimental da densidade da mistura líquida (Denardin et al., 2013; Su, 2012; Kordikowski et al., 1995). Além disso, encontra-se na literatura um bom número de dados experimentais de pressão e composição no ponto de bolha para sistemas binários do tipo solvente orgânico e gás denso, sobretudo para o dióxido de carbono, sem que haja os correspondentes dados experimentais de densidade da fase líquida (Bezanehtak et al., 2002; Day et al., 1996; Lazzaroni et al., 2005). Por essa razão, é comum ajustar as equações de estado cúbicas usando apenas dados de pressão e composição nos pontos de bolha e assumir que o modelo será capaz de prever com precisão a densidade da mistura líquida. Contudo, estudos na literatura relatam que nem sempre essa consideração pode ser feita, podendo ocorrer grandes erros na predição da densidade, o que por consequência levaria ao cálculo equivocado do grau de expansão volumétrica (de la Fuente Badilla et al., 2000). Área temática: Engenharia das Separações e Termodinâmica 1

Análise da influencia da densidade da mistura na …pdf.blucher.com.br.s3-sa-east-1.amazonaws.com/chemicalengineering... · anÁlise da influÊncia da densidade da mistura na modelagem

Embed Size (px)

Citation preview

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA DENSIDADE DA MISTURA

NA MODELAGEM DA EXPANSÃO VOLUMÉTRICA DE

SOLVENTES ORGÂNICOS USANDO CO2 A ALTA PRESSÃO

S. G. CARDOSO1, M. L. P. M. SILVA

1, G. M. N. COSTA

1, S. A. B. VIEIRA DE MELO

1

1Universidade Federal da Bahia, Escola Politécnica, Programa de Engenharia Industrial

E-mail para contato: [email protected]

RESUMO – A análise da influência da densidade da mistura na modelagem da

expansão volumétrica para quatro solventes orgânicos expandidos por CO2 a alta

pressão é o foco desse trabalho. O comportamento da expansão volumétrica é

observado através de termos calculados em função da densidade, para se

determinarem quais são os pontos onde o erro da expansão vai ser maior ou

menor, bem como se esse erro tem uma tendência crescente ou decrescente. Os

resultados obtidos são de grande utilidade para o dimensionamento dos vasos de

precipitação em processos que utilizam solventes orgânicos expandidos por CO2

denso.

1. INTRODUÇÃO

Em processos de precipitação de partículas usando solventes orgânicos expandidos por

gases densos, tais como GAS, SAS e ARISE, é crucial determinar a priori o grau de expansão

volumétrica da fase líquida (Vieira de Melo et al., 2013; Scurto et al., 2009). Alguns

solventes orgânicos, quando expandidos por fluidos supercríticos, podem ter um aumento de

mais de dez vezes o volume inicial, o que deve ser conhecido para o correto dimensionamento

dos vasos de precipitação. Por exemplo, a expansão volumétrica da acetona pelo CO2, a 40 oC

e 80 bar, é da ordem de 1000% (Denardin et al., 2013).

Espera-se que uma equação de estado cúbica bem ajustada seja capaz de prever com

precisão o grau de expansão volumétrica de solventes orgânicos por gases densos. Na prática,

entretanto, é muito mais fácil, rápida e barata a determinação experimental da expansão

volumétrica de solventes orgânicos por gases densos do que a determinação experimental da

densidade da mistura líquida (Denardin et al., 2013; Su, 2012; Kordikowski et al., 1995).

Além disso, encontra-se na literatura um bom número de dados experimentais de pressão e

composição no ponto de bolha para sistemas binários do tipo solvente orgânico e gás denso,

sobretudo para o dióxido de carbono, sem que haja os correspondentes dados experimentais

de densidade da fase líquida (Bezanehtak et al., 2002; Day et al., 1996; Lazzaroni et al.,

2005). Por essa razão, é comum ajustar as equações de estado cúbicas usando apenas dados de

pressão e composição nos pontos de bolha e assumir que o modelo será capaz de prever com

precisão a densidade da mistura líquida. Contudo, estudos na literatura relatam que nem

sempre essa consideração pode ser feita, podendo ocorrer grandes erros na predição da

densidade, o que por consequência levaria ao cálculo equivocado do grau de expansão

volumétrica (de la Fuente Badilla et al., 2000).

Área temática: Engenharia das Separações e Termodinâmica 1

Por outro lado, observa-se ainda na literatura que o grau de expansão volumétrica,

calculado a partir de uma equação de estado cúbica ajustada apenas com dados de pressão e

composição dos pontos de bolha, muitas vezes consegue reproduzir com boa precisão dados

experimentais de expansão volumétrica obtidos nas mesmas condições, mesmo quando o

modelo não é capaz de calcular com precisão a respectiva densidade da mistura líquida (Costa

et al., 2012). Como a expansão volumétrica e a densidade da fase líquida, por definição, estão

diretamente relacionadas, surgiu a seguinte questão: porque modelos que não conseguem

descrever com precisão a densidade da mistura líquida são capazes de fazer uma boa predição

do grau de expansão volumétrica?

O objetivo do presente trabalho é tentar responder a essa pergunta, analisando a

influência da densidade da mistura na modelagem da expansão volumétrica de solventes

orgânicos usando CO2 a alta pressão.

2. MODELAGEM TERMODINÂMICA

A expansão volumétrica relativa da fase líquida, por definição, é a diferença entre o

volume total final da fase líquida e o volume total inicial da fase líquida dividida pelo volume

total inicial da fase líquida, lembrando que o volume total inicial da fase líquida é igual ao

volume total do solvente puro. Tomando como base 1 mol de solvente (de la Fuente et al.,

2000), a expansão volumétrica da fase liquida em que o CO2 denso atua se dissolve é

calculada por:

111(,,

,

2

1

1

1

1

02

M

M

x

x

xPT

PT

V

V

L

(1)

onde ΔV/V indica a expansão volumétrica relativa do solvente com a adição de CO2, 1x é a

fração molar do CO2 na solução, L e 2 são a densidade da mistura e do solvente puro,

respectivamente, 1M e 2M os pesos moleculares do CO2 e do solvente, P e T a pressão e a

temperatura na qual se realiza a expansão, e 0P a pressão atmosférica.

Para melhor avaliação da influência dos vários termos da Eq. (1) no cálculo da expansão

volumétrica relativa, foram considerados dois termos:

1

1( 2

1

1

1

M

M

x

xA (2)

1

1(,,

,

2

1

1

1

1

02

M

M

x

x

xPT

PTB

L

(3)

Área temática: Engenharia das Separações e Termodinâmica 2

Para o cálculo da densidade da mistura líquida e do solvente puro foi usada a equação

de estado de Peng-Robinson, empregando as regras de mistura quadráticas clássicas, com dois

parâmetros de interação binárias ajustáveis, kij e lij (Poling et al., 2001).

Para melhorar a qualidade do cálculo da densidade e manter a qualidade da descrição do

equilíbrio, foi utilizada a correção de Peneloux (Pedersen et al., 2012), expressa por:

Vpen=Vpr - c (4)

onde Vpr é o volume molar calculado pela equação de Peng-Robinson, c é o fator de correção

de Peneloux e Vpen é o volume molar corrigido. O cálculo do fator c para o componente puro é

feito por:

)08775,029056,0(25969,0.50033,0

wP

TRc

c

c

(5)

sendo cT e cP a temperatura crítica e a pressão crítica, respectivamente, e w o fator acêntrico.

A regra de mistura para a correção de Peneloux é expressa como:

i

ii cxc . (6)

Para a estimação dos parâmetros de interação binária ijk e ijl foram utilizados dados

experimentais de pressão de bolha e a seguinte função objetivo (FO), otimizada via método

SIMPLEX:

i

calc

P

PPFO

exp

expmin (7)

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As informações relevantes sobre os dados experimentais de equilíbrio líquido-vapor

utilizados na estimação dos parâmetros de interação binária são apresentadas na Tabela 1.

Tabela 1 – Dados experimentais de equilíbrio liquido-vapor para sistemas binários.

Sistemas binários T (K) P (atm) N

o. de

pontos Referência

CO2-metanol 308,15 15,2-71,7 7 Bezanehtak et al. (2002)

CO2-etanol 313,15 25,5-77,6 14 Sih et al. (2008)

CO2-acetona 313,15 7,7-63,5 9 Day et al. (1996)

CO2-DMSO 298,15 4,1-60,1 16 Kordikowski et al. (1995)

Área temática: Engenharia das Separações e Termodinâmica 3

Como pode ser observado na Eq. (1), a qualidade da descrição da expansão volumétrica

está diretamente relacionada à qualidade da descrição da densidade. Por esta razão, foi

realizado inicialmente um estudo da influência da correção de Peneloux na densidade, e os

resultados estão apresentados na Tabela 2. Pelo exposto, observou-se que o uso dessa

correção é altamente recomendável.

Tabela 2 – Erro percentual no cálculo da densidade: influência da correção de Peneloux. Δρ(%) sem correção de Peneloux Δρ(%) com correção de Peneloux

CO2-metanol 18,2 5,3

CO2-etanol 15,6 9,4

CO2-acetona 28,1 7,5

CO2-DMSO 26,8 9,7

A comparação entre os valores calculados e os valores experimentais para a expansão

volumétrica e a densidade em função das frações molares de CO2 adicionados, para os

sistemas CO2-metanol e CO2-etanol, é apresentada nas Figuras 1 e 2, nas quais podem-se

observar que, para qualquer fração molar de CO2, os valores calculados de expansão

volumétrica são sempre inferiores aos valores experimentais. Dentre os sistemas analisados

estes resultados demonstram que os menores erros da expansão volumétrica são para o

sistema CO2-DMSO (24%), mesmo o erro da densidade não sendo o menor (9.7%). A análise

da densidade, para os sistemas CO2-etanol e CO2-acetona, apresenta valores calculados

sempre superiores aos valores experimentais. Para o sistema CO2-metanol, quando a fração

molar do CO2 é menor do que 0,4, o valor experimental é maior do que o calculado, enquanto

para fração molar maior do que 0,4, este comportamento é o inverso. Para o sistema CO2-

DMSO, em qualquer composição, o valor experimental é sempre maior do que o valor

calculado. Tendo em vista os resultados apresentados nas Figuras 1 e 2, torna-se

absolutamente relevante a análise dos termos expressos pelas Eqs. (2) e (3) para melhor

compreensão da influência da densidade na expansão volumétrica da mistura. Outro fato

importante diz respeito às escalas empregadas no cálculo da expansão volumétrica e da

densidade. Apesar dos valores próximos ou distantes de uma ou outra escala, uma avaliação

criteriosa necessita do cálculo do erro percentual, o que é apresentado a seguir.

Figura 1 – Comparação entre valores calculados e experimentais da expansão volumétrica e

da densidade versus fração molar de CO2,usando a correção de Peneloux, para o sistema CO2-

metanol a 308,15 K.

Área temática: Engenharia das Separações e Termodinâmica 4

Figura 2 - Comparação entre valores calculados e experimentais da expansão volumétrica e da

densidade versus fração molar de CO2,usando a correção de Peneloux, para o sistema CO2-

etanol a 313,15 K.

Para o sistema CO2-metanol, os resultados das análises separadas de cada fator A e B,

calculados segundo as Eqs. (2) e (3), em função da fração molar de CO2, são exibidos na Fig.

3. O mesmo tipo de análise foi realizado para os outros sistemas e observou-se o mesmo

padrão de comportamento. Segundo a Eq. (2), o parâmetro A é adimensional e função

somente da fração molar e dos pesos moleculares, e tem comportamento único como

mostrado na Fig. 3. Nesta figura é importante observar que os parâmetros “A” e “B” possuem

a mesma ordem de grandeza.

Figura 3 - Parâmetros A e B versus fração molar de CO2 para o sistema CO2-metanol a

308,15 K.

Após esta análise, foi verificado ser também importante, para uma avaliação melhor do

erro percentual, reescrever a Eq. (1) em função somente da Eq. (3), resultando em:

1

BV

V (8)

Para avaliar o comportamento da expansão volumétrica, é necessário avaliar a

influência do parâmetro “B” e, consequentemente, da densidade, no seu cálculo. Esta

avaliação pode ser monitorada por diferentes tipos de erros percentuais, podendo ser

expressos pela Eqs. (9) e (10).

%100)(

)()((%)

exp

exp

VV

VVVVErroV

calc= %100

1exp

exp

B

BB calc (9)

Área temática: Engenharia das Separações e Termodinâmica 5

(%)ErroB %100exp

exp

B

BB calc (10)

Neste caso, deve-se analisar o comportamento dos termos (Bexp – Bcalc) e (Bexp – 1). Se

apenas o termo (Bexp – Bcalc) aumentar, não implica que o erro irá aumentar, assim como se o

termo (Bexp – 1) aumentar não implica que o ErroV(%) irá diminuir. Caso as variações desses

dois termos sejam próximas, mesmo que o valor seja sempre crescente, pode ocorrer uma

compensação e o erro da expansão vai se manter constante. Logo, constata-se que, para

diminuição no erro da expansão volumétrica, o valor da variação de (Bexp – 1) deve ser maior

do que a do termo (Bexp – Bcalc). Considerem-se dois valores consecutivos para fração molar

de CO2. Avaliando-se a diferença entre os valores do parâmetro “B” experimental e calculado

para dois valores de fração molar de CO2, pode-se escrever:

%100(%)1exp

exp1exp

icalc

icalcicalc

BB

BBBBVARB (11)

%1001

11(%)2

exp

exp1exp

i

ii

B

BBVARB (12)

%100(%)3exp

exp1exp

i

ii

B

BBVARB (13)

Os erros calculados pelas Eqs. (11) a (13) em função da fração molar de CO2, para os

sistemas CO2-metanol, CO2-etanol, CO2-acetona e CO2-DMSO, são ilustrados na Figura 6.

(a) CO2-metanol

(b) CO2-etanol

(c) CO2-acetona

(d) CO2-DMSO

Figura 4 – Erros para os sistemas CO2-metanol, CO2-etanol, CO2-acetona e CO2-DMSO.

Área temática: Engenharia das Separações e Termodinâmica 6

De acordo com a Eq. (12), o erro da expansão volumétrica está relacionado com os

termos (Bexp – Bcalc) e (Bexp – 1). Estes termos são funções da densidade da mistura líquida,

logo o comportamento da densidade influencia o comportamento da expansão volumétrica.

Com a ajuda da Fig. 4, pode-se prever se o erro da expansão volumétrica vai diminuir ou

aumentar, bem como se o erro do parâmetro “B” vai diminuir ou aumentar, fazendo-se apenas

a análise da variação dos termos (Bexp – Bcalc), (Bexp – 1) e Bexp através das Eqs. (11), (12) e

(13), respectivamente.

Para se entender como o erro da expansão volumétrica aumenta com o aumento da

fração molar de CO2, é importante observar os gráficos dos termos (Bexp – Bcalc) e (Bexp – 1)

em função da fração molar de CO2. Analisando-se a Figura 5, percebe-se que a diferença entre

o termo (Bexp – Bcalc) e o termo (Bexp – 1) diminui com a diminuição da fração molar de CO2.

(a) CO2-metanol

(b) CO2-etanol

(c) CO2-acetona

(d) CO2-DMSO

Figura 5 - (Bexp – Bexp) e (Bexp – 1) em função da fração molar de CO2 para os sistemas CO2-

metanol, CO2-etanol, CO2-acetona e CO2-DMSO.

4. CONCLUSÃO

Estudou-se a influência da densidade da mistura líquida no cálculo da expansão

volumétrica de quatro solventes orgânicos expandidos por CO2 a alta pressão. Para entender o

comportamento da expansão volumétrica foi necessário fazer a análise dos termos (Bexp –

Bcalc) e (Bexp – 1), calculados em função da densidade. Contudo, não necessariamente o

sistema com menor erro na predição da densidade apresenta a melhor predição da expansão

volumétrica. Observando-se o comportamento da expansão volumétrica em função dos

termos (Bexp – Bcalc) e (Bexp – 1), pode-se determinar onde o erro da expansão é maior ou

Área temática: Engenharia das Separações e Termodinâmica 7

menor, bem como se sua tendência é crescente ou decrescente. Constatou-se ainda a

importância da correção do volume molar da mistura utilizando a expressão de Peneloux.

5. REFERÊNCIAS

BEZANEHTAK, K.; COMBES, G. B.; DEHGHANI, F.; FOSTER, N. R.; TOMASKO

D. L. Vapor-liquid Equilibrium for Binary Systems of Carbon Dioxide + Methanol, Hydrogen

+ Methanol, and Hydrogen + Carbon Dioxide at High Pressures, J. Chem. Eng. Data, v. 47,

p. 161-168, 2002.

COSTA, G.M.N.; MATOS, R.L.; PEREIRA, V.J.; SANTANA, G.L.; VIEIRA DE

MELO, S.A.B. Modeling High Pressure Phase Behavior of the Binary System

Solvent/Antisolvent for SAS Processing of Pharmaceuticals Using PR-LCVM-UNIFAC

Equation of State, Proc. 10th

International Symposium on Supercritical Fluids, May, 13-16,

San Francisco, USA, 2012.

DAY, C.; CHANG, C. J.; CHEN, C. Phase Equilibrium of Ethanol + CO2 and Acetone

+ CO2 at Elevated Pressures, J. Chem. Eng. Data, v. 41, p. 839-843, 1996.

DENARDIN, F.G.; VIEIRA DE MELO, S.A.B.; MAMMUCARI, R.; FOSTER, N.R.

Phase transition and volume expansion in CO2-expanded liquid systems, Chemical

Engineering Transactions, v. 32, p. 529-534, 2013.

DE LA FUENTE BADILLA, J.C.; PETERS, C.J.; DE SWAAN ARONS, J. Volume

expansion in relation to the gas-antisolvent process, J. Supercritical Fluids, v.17, p. 13-23,

2000.

KORDIKOWSKI, A.; SCHENK, A.P.; VAN NIELEN, R.M.; PETERS C.J. Volume

expansions and vapor-liquid equilibria of binary mixtures of a variety of polar solvents and

certain near-critical solvents, J. Supercritical Fluids, v.8, p. 205-216, 1995.

LAZZARONI, M.J.; BUSH, D.; BROWN, J.S.; ECKERT, C.A. High-pressure vapor-

liquid equilbria of some carbon dioxide + organic binary systems, J. Chem. Eng. Data, v. 50,

p. 60-65, 2005.

PEDERSEN, K. S.; CHRISTENSEN, P. L.; AZEEM, S. J. Phase Behavior of

Petroleum Reservoir Fluids. New York: Taylor & Francis Group, 2012.

POLING, B. E.; PRAUSNITZ, J. M.; O'CONNELL, J. P. The properties of gases and

liquids, 5th

. ed. New York: McGraw-Hill, 2001.

SCURTO, A.M.; HUTCHENSON, K.; SUBRAMANIAM, B. Gas-Expanded Liquids:

Fundamentals and Applications, In Gas-Expanded Liquids and Near-Critical Media;

Hutchenson, K., et al., ACS Symposium Series, American Chemical Society: Washington, DC,

p. 3-37, 2009.

SIH, R.; ARMENTI, M.; MAMMUCARI, R.; DEHGHANI, F.; FOSTER, N.R.

Viscosity measurements on saturated gas-expanded liquid systems—Ethanol and carbon

dioxide, J. Supercritical Fluids, v. 43, p. 460–468, 2008.

SU, C.-S. Prediction of volumetric properties of carbon dioxide-expanded organic

solvents using the Predictive Soave–Redlich–Kwong (PSRK) equation of state, J.

Supercritical Fluids, v. 72, p. 223-231, 2012.

VIEIRA DE MELO, S.A.B.; DANH, L.T.; MAMMUCARI, R.; FOSTER, N.R. Dense

CO2 precipitation of levothyroxine sodium by GAS and ARISE processes: A comparative

study on morphology and particle size distributions, J. Supercritical Fluids (in press), 2013.

Área temática: Engenharia das Separações e Termodinâmica 8