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A Ceia em Emaús Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571-1610) Anderson Candia Monica de Lima Polli Análise da Obra:

Análise da Obra: A Ceia em Emaús - Caravaggio

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Análise artística da obra, realizada pelos acadêmicos de Artes Visuais Magsul

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A Ceia em Emaús

Michelangelo Merisi da Caravaggio(1571-1610)

Anderson CandiaMonica de Lima Polli

Análise da Obra:

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A análise ira abordar a obra “A Ceia em Emaús” de Caravaggio. Se inicia com uma introdução ao período e vida do artista, com base no referencial teórico.

Caravaggio, pintor do período Barroco conhecido por sua genialidade, dramaticidade e teatralidade. Produziu varias obras de renome mundial, trabalhou paisagens, naturezas mortas e retratos, mas foi com o tema sacro que se consagrou.

Pai do Tenebrismo, trabalhava a luz de uma maneira diferenciada.

Prólogo

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Barroco (1600-1750).

Originalmente uma palavra portuguesa que significava “Pérola de formato irregular” (KITSON, Michael, 1979).

Compreende os séculos XVII e XVIII.

Reforma e Contra reforma; Martin Lutero X Igreja católica em crise.

Período

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Apelos às emoções ;

Características:

• Dramaticidade• Movimento • Luxo• Teatralidade• Contraste de Claro/Escuro• Predominância não da razão mas sim a da emoção

Temas: Sacro, Natureza Morta, Retratos e Paisagens.*Retratados como um acontecimento contemporâneo.

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A arte barroca trabalhava o arranjo dos elementos dos quadros, que quase sempre formavam uma combinação diagonal.

As cenas representadas eram envoltas em definida oposição do claro-escuro, contavam com a força das cores quentes, da gradação da claridade, todos esses elementos reforçavam a expressão de sentimento das obras que quase falavam aos seus interlocutores.

O tema da pintura barroca foi sempre realista, mas a realidade que servia de ponto de partida para o pintor não era só a da nobreza, do clero e da burguesia, mas também a realidade da vida simples dos trabalhadores e camponeses.

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Michelangelo Merisi, nasceu em 29 de setembro de 1571 provavelmente em Milão, não muito distante de Caravaggio uma aldeia de Lombardia ao Norte da Itália, onde sua família morava.

Artista

Seu pai morre em 1577.

Criado pela mãe, junto com seus irmãos.

Em 1584, entra como aprendiz no estúdio de pintura de Simone Peterzano.

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Aos 19 anos sua mãe falece, deixando como herança suas terras;Com sua parte Caravaggio partiu para Roma.

Encontrou muita fome e miséria.

Produzia trabalhos em serie

Roma

• Doença• Hospital de Santa Maria da Consolidação.• Primeiros quadros conhecidos.

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Com o sucesso de suas obras, o artista atraiu olhares do Cardeal Francesco Del Monte, um importante mecenas da época e patrono da academia S. Lucas, escola de pintores de Roma.

Encantando com a técnica de Caravaggio, Del Monte lhe fez um convite.

Patrono

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“Os Trapaceiros“ óleo sobre tela (1594) 107x99 cm

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Início da carreira

Capela de Contarelli (1599-1600)

Em 1603 do historiador de Arte Holandês Carel Van Mander diz:

Fama de Caravaggio.

Ascensão

“Existe uma tal de Michelangelo da Caravaggio que esta fazendo coisas extraordinarias em Roma”

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Assassinato

Nápoles / Malta

Caçado pela ordem

Fuga

• Se tornou cavaleiro da Ordem da Obediência de Malta• Decapitação de São João Batista

• Sicilia e porto Ércules

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"Decapitação de São João Batista“ óleo sobre tela, 1607-8, 361x520cm

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A Ceia em Emaús Autor: Caravaggio Data: 1601 Técnica: Óleo Sobre tela Dimensões: 141 x 196 cm Localização: Galeria Nacional de Londres

Ficha técnica

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A obra retrata um dos aparecimentos de Jesus Cristo aos seus discípulos após sua ressurreição.

Encomendado pelo nobre romano Ciriaco Mattei

“E, quando se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho. Então os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas Ele desapareceu da sua presença.” (Lc 24, 30-31).

Cardeal Scipione Borghese

Galeria Nacional de Londres.

“Os seus olhos, porém, estavam impedidos de O reconhecer” (Lc 24,16).

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Luz e Composição

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Cristo é representado no momento em que abençoa o pão com a mão direita levantada e a mão esquerda sobre o pão já partido, revelando a sua verdadeira identidade.

Elementos Iconográficos

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No primeiro plano, está representado Cléofas numa atitude de espanto, prestes a levantar-se da cadeira que, por sua vez, é cortada pelo enquadramento da composição, uma das técnicas usadas por Caravaggio para enfatizar o intimismo da cena.

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Pedro, à esquerda de Jesus ressuscitado, abre os braços em forma de cruz, lembrando o martírio do Mestre. Seus cabelos estão ralos e sua barba esbranquiçada..

A concha em suas vestes identifica-o como peregrino

Sua mão esquerda parece precipitar-se para fora da tela e a direita para dentro.

O que leva a acreditar que se trata do apóstolo Pedro é a presença de uma concha em suas roupas.

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O hospedador, que esta entre Cristo e Cléofas, observa sereno e atentamente o Mestre, enquanto apoia sua mão esquerda no cinto, sem compreender o que se passa ou quem sejam aquelas pessoas. Sua tranquilidade contrasta com o espanto e a afobação dos dois discípulos ao descobrirem que é o Mestre quem está ali entre eles.

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O cesto de fruta representado na Ceia em Emaús remete a uma obra anterior de Caravaggio, a pintura intitulada Cesto de Fruta, de 1595-1598

Natureza morta representada sobre a mesa, por cima de uma toalha branca estendida sobre uma tapeçaria ricamente lavrada. A cesta de fruta que ultrapassa a borda da mesa é mais um elemento que reforça a intenção do pintor de estabelecer uma continuidade entre o plano da pintura e o do observador

"Cesta de frutas“ óleo sobre tela 1595-96, 46x64

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Sobre a mesa estão: uma cesta de frutas, a carne dentro de um prato, duas jarras, sendo uma de louça e outra de vidro e um cálice. Todos os objetos projetam sombra na mesa, sendo que a cesta com frutas projeta uma sombra em forma de peixe, símbolo dos primeiros cristãos. E todos os elementos possuem uma simbologia. O pão e o vinho referem-se à Eucaristia. As uvas referem-se ao vinho. A maçã machucada e os figos já estragados simbolizam o pecado original, ou seja, a Queda do Homem, enquanto as romãs simbolizam o triunfamento de Cristo que, ao ressuscitar, acabou vencendo o mal.

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Caravaggio transpôs a cena para o seu tempo, ambientando-a numa taberna romana. E mais uma vez criou polêmica ao representar Cristo jovem, gordo e um pouco feminimo, sem barba, tendo à frente, sobre a mesa, frutas que estariam fora da estação. O realismo com que tratava os temas religiosos, como apóstolos que se parecem com trabalhadores, angariou a reprovação veemente do clero.

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1.Caravaggio pintou uma segunda versão da Ceia em Emaús (hoje na Academia de Belas Artes de Brera , Milão ) em 1606, onde acrescenta mais uma personagem: a mulher do estalajadeiro. Em comparação com a primeira, os gestos das figuras são muito mais contidos, tornando a presença mais importante do que o desempenho. Esta diferença possivelmente reflete as circunstâncias da vida do pintor, naquele momento (ele havia fugido de Roma como um fora da lei após a morte de Ranuccio Tomassoni), ou trata-se apenas da contínua evolução de sua arte.

Curiosidades:

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“A Ceia em Emaús ”, óleo sobre tela 141×175 cm

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2. Ceia de Emaús é uma das primeiras aparições de Jesus após a ressurreição e à descoberta do túmulo vazio. Relata uma refeição que Jesus teve com os dois discípulos após o encontro na estrada, tornando-se um tema muito popular na arte. O episódio está descrito em Lucas 24:13-35, onde se lê também a expressão “fica conosco, Senhor” (em latim: Mane nobiscum Domine), que inspirou diversos textos, orações e canções.

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Apesar de sua genialidade Caravaggio possuía um estilo próprio de ver e produzir suas obras.

Segundo JASON, “suas pinturas têm um cristianismo leigo”, sua arte voltada à religião refletiu os pensamentos da contra-reforma da igreja católica.

Sua arte gerou críticas e também admiradores, mesmo com sua vida conturbada não parou de produzir sua arte.

Conclusão

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KITSON, Michael. O Mundo da Arte, 7° ed. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura 1979.

Os Grandes Artistas: Vida, Obra e Inspirações dos maiores Pintores. Vol. III ed. Victor Civita, Londres, Inglaterra, 1984.

BIBLIA SAGRADA: O velho e o Novo Testamento, sociedade bíblica do Brasil, Brasília DF, 1969

TEIXEIRA. Bárbara D. S. de P. A Natureza e os seus Símbolos na Pintura Seiscentista Europeia. Trabalho para a Unidade Curricular de História da Arte e Cultura na Época Moderna II. UNIVERSIDADE DO PORTO FACULDADE DE LETRAS

JASON, H. W. História Geral da Arte: Renascimento e Barroco, 2°Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

http://virusdaarte.net/caravaggio-a-ceia-em-emaus/ 02 de novembro as 15:00

http://www.humanarte.net/emmaus.html acessado 01 de novembro as 15:00

Referências