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Analise de Balanco

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Page 1: Analise de Balanco

Departamento de ContabilidadeDepartamento de Contabilidade

UN

IVERS IDADE DO AMAZO

NA

S

IN U

N IV ERSA SCIENTIA VER IT

AS

Faculdade de Estudos SociaisFaculdade de Estudos Sociais

GGRRAADDUUAAÇÇÃÃOO

Page 2: Analise de Balanco

Análise de BalançosAnálise de Balanços

Prof. MSc. Manoel Martins do Carmo Filho

Page 3: Analise de Balanco

EMENTAEMENTA

I - Objetivos

Dar ao aluno o domínio sobre a estrutura das demonstrações contábeis, para que possa estudá-la e interpreta-la através da análise de dados, focando principalmente:

I.i - o que pretende a análise de balanços;I.ii – quais os métodos utilizados;I.iii – quem usa;I.iv – para que usa;I.v – qual a validade;I.vi – qual a confiabilidade, extensão e profundidade

Page 4: Analise de Balanco

PROGRAMAPROGRAMA

1. Princípios e Convenções Contábeis2. Conceitos e Objetivos da Análise das Demonstrações

Financeiras3. Elementos Necessários à Análise das Demonstrações

Financeiras4. Processo de Análise5. Tipos de Análise6. Etapas da Análise7. Análise Financeira Tradicional8. Alavancagem Operacional e Financeira

Page 5: Analise de Balanco

Recomendação BibliográficaRecomendação Bibliográfica

1. Análise Financeira das Empresas – Autor: José Pereira da Silva – Ed. Atlas.

2. Análise das Demonstrações Financeiras – Autor: Dante Matarazzo – Ed. Atlas

3. Retorno de Investimento – Autor: José Roberto Kassai et al. – Fipecafi - Atlas

Page 6: Analise de Balanco

Conteúdo ProgramáticoConteúdo Programático

Introdução à análise de balanços

Reclassificação e padronização dos demonstrativos financeiros/contábeis

Análises vertical e horizontal

Conceitos de análise absoluta e de análise relativa (evolutiva e comparativa com padrões)

Análise através de índices ou coeficientes econômico-financeiros1. Índices de estrutura2. Índices de liquidez3. Índices de rentabilidade4. Índices relacionados à dívida onerosa.

Page 7: Analise de Balanco

Conteúdo ProgramáticoConteúdo Programático

Índices de prazo médio

Ciclos da atividade

1. Ciclo operacional

2. Ciclo financeiro

Page 8: Analise de Balanco

EMPRESA

NATUREZA+

CAPITAL+

TRABALHO

PRODUTOOU

SERVIÇO

VENDAAO

MERCADOLUCROLUCRO

CLIENTES FORNECE-DORES

EMPRE-GADOS

CONCOR-RENTES

GOVERNO

SOCIEDADE

A EMPRESA COMO UM SISTEMA ABERTOA EMPRESA COMO UM SISTEMA ABERTO

Page 9: Analise de Balanco

INTER-RELAÇÃO COM O AMBIENTEINTER-RELAÇÃO COM O AMBIENTE

• Os efeitos da globalização

• Aumento da concorrência

• Aumento das exigências dos consumidores

• Necessidade de gerar vantagem competitiva

• Melhorar o sistema de informações

Page 10: Analise de Balanco

Os usuários e suas necessidadeOs usuários e suas necessidadess de informações de informações

Entre os usuários das demonstrações contábeis incluem-se os investidores presentes e potenciais, empregados, credores por empréstimos, fornecedores e outros credores comerciais, clientes, governo e suas agências e o público. Estas necessidades incluem as seguintes:

a) Investidores – necessitam de informações para ajudá-los a decidir se devem comprar, manter ou vender. Também necessitam de tais informações para avaliar a capacidade de a empresa pagar dividendos.

b) Empregados – grupo de interessados sobre a estabilidade dos empregos e a lucratividade dos empregadores. Também preocupam-se com a capacidade da empresa pagar suas remunerações, os benefícios de aposentadoria e as oportunidades de emprego.

Page 11: Analise de Balanco

Os usuários e suas necessidadeOs usuários e suas necessidadess de informações de informações

c) Emprestadores – necessitam de informações que lhes permitam determinar se os seus em vencimento.d) Fornecedores e outros credores comerciais – estão interessados em informações que os habilitem a determinar se as importâncias que lhes são devidas serão pagas nos respectivos vencimentos.e) Clientes – informações sobre a continuidade operacional de uma empresa, especialmente quando têm um relacionamento a longo prazo com a empresa, ou dela dependem.f) Governo e suas agências – interessados na destinação de recursos e, portanto, nas atividades das empresas. Também necessitam de informações a fim de regulamentar as atividades das empresas, estabelecer políticas fiscais como base para determinar a renda nacional e estatísticas semelhantes. g) Público – informações sobre as tendências e a evolução recente na prosperidade das empresas e no campo de suas atividades.

Page 12: Analise de Balanco

Qual a Qual a validadevalidade ddasas informações informações

As características qualitativas são os atributos que tornam asdemonstrações contábeis úteis para os usuários.

As quatro primeiras características qualitativas são:

1) compreensibilidade;2) relevância;3) confiabilidade e4) comparabilidade

Page 13: Analise de Balanco

Compreensibilidade - uma qualidade essencial das informações apresentadas nas demonstrações contábeis é que elas sejam prontamente entendidas pelos usuários.

Confiabilidade – a informação tem a qualidade de confiabilidade quando está livre de erros relevantes, e podem os usuários depositar confiança como representando fielmente aquilo que ela diz representar ou poderia razoavelmente esperar-se que represente.

Relevância – para serem úteis, as informações devem ser relevantes. As informações são relevantes quando influenciam as decisões econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados, presentes ou futuros, confirmando ou corrigindo as suas avaliações anteriores.

Comparabilidade – os usuários devem poder comparar as demonstrações contábeis de uma empresa ao longo do tempo a fim de identificar tendências na sua posição financeira e no seu desempenho.

Page 14: Analise de Balanco

Princípios e Convenções Contábeis - GeneralidadesPrincípios e Convenções Contábeis - Generalidades

A dinâmica do patrimônio de uma empresa

O patrimônio como objeto a ser administrado

As demonstrações contábeis são preparadas e apresentadas a usuários externos por muitas empresas do mundo inteiro.

Embora tais demonstrações possam parecer semelhantes de um país para o outro, existem diferenças que foram provavelmente resultantes de uma variedade de circunstâncias sociais, econômicas, legais e de diferentes países terem tido em mente as necessidades dos diversos usuários das demonstrações contábeis ao estabelecerem as normas contábeis.

Page 15: Analise de Balanco

Princípios ContábeisPrincípios Contábeis

Entidade – a singularidade do empreendimento é o elemento fundamental. O patrimônio dos proprietários não se confunde com o patrimônio da empresa.

Continuidade – normalmente uma empresa é vista como um negócio em marcha, isto é, com continuidade operacional no futuro previsível

Denominador Comum Monetário – instrumento de troca universalmente aceito

Competência – as receitas, custos e despesas são registrados contabilmente quando são auferidas ou incorridas, e refletidos nas demonstrações contábeis dos períodos a que se referem.

Page 16: Analise de Balanco

Convenções ContábeisConvenções Contábeis

Os princípios norteiam a direção a seguir e, às vezes, os vários caminhos. As convenções representam as restrições, que à luz de cada situação, nos darão as instruções finais para a escolha do percurso definitivo.

Page 17: Analise de Balanco

Convenções ContábeisConvenções Contábeis

Objetividade – decorre da necessidade de critérios objetivos para serem adotados pela contabilidade, isto é critérios que envolvam a menor subjetividade possível.

Materialidade – as demonstrações contábeis devem divulgar todos os itens suficientemente relevante para afetar avaliações ou decisões.

Conservadorismo – muitas transações estão inevitavelmente cercadas de incertezas. Tal circunstância deve ser reconhecida, usando-se de prudência na elaboração das demonstrações contábeis.

Consistência – presume-se que as políticas contábeis sejam seguidas uniformemente de um período para outro.

Page 18: Analise de Balanco

ObjetivosObjetivos d da análise de balançosa análise de balanços

Estudar a situação patrimonial da entidade, através da decomposição, comparação e interpretação do conteúdo das demonstrações contábeis, visando obter informações analíticas e precisas sobre a situação geral da empresa, objetivando fornecer informações numéricas de dois ou mais períodos, de modo a auxiliar as partes interessadas em conhecer a situação da empresa.

Formular parecer sobre o desempenho e a estrutura patrimonial da empresa, pretendendo ser uma orientadora das perspectivas futuras da empresa, e não uma justificadora de performance passada.

Page 19: Analise de Balanco

OOs s métodos utilizadosmétodos utilizados

A análise de balanços envolve o método investigativo para obtenção dos dados necessários à transformação em informações que atenda aos objetivos da análise de balanços.

Nesse processo investigativo trabalha-se basicamente com as seguintes etapas:Coleta: obtenção das demonstrações contábeis e outras informaçõesConferência: pré-análisePreparação: fase de reclassificaçãoCálculo: utilizando os indicadores necessários ao processoAnálise: exige mais experiência do analistaConclusão: uma das fases mais importantes uma vez que nesta fase que o analista faz as recomendações que apoiarão as decisões gerenciais.

Page 20: Analise de Balanco

Elementos necessários à análiseElementos necessários à análise

Relatório da diretoria – o relatório da administração pode aparecer com a denominação de mensagem aos acionistas. Deve funcionar como uma prestação de contas dos administradores aos acionistas,e, ao mesmo tempo, também fornecer uma análise prospectiva.

Pode ainda fornecer uma análise interna sobre os resultados alcançados e sobre as políticas de investimentos, de financiamento e de distribuição de dividendos que foram adotadas no último exercício.

É fundamental para o analista pois dá uma melhor compreensão sobre a empresa. Por outro lado, permite avaliar se as metas compromissadas no ano foram plenamente atendidas.

Page 21: Analise de Balanco

Elementos necessários à análiseElementos necessários à análise

Demonstrações Financeiras ou Contábeis - abrange o conjunto das seguintes demonstrações: balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício, demonstração das mutações do patrimônio líquido, demonstração das origens e aplicações de recursos, notas explicativas e parecer dos auditores independentes

O usuários das demonstrações contábeis consideram-nas como parte das informações necessárias para, entre outros fins, fazerem avaliações e tomarem decisões financeiras.

Os julgamentos só podem ser confiáveis quando as políticas quanto a sua elaboração, forem claramente divulgados e sejam consistentes.

Page 22: Analise de Balanco

Demonstrações Financeiras ou ContábeisDemonstrações Financeiras ou Contábeis

Balanço Patrimonial – retrata a posição patrimonial da empresa em determinado momento, composta por bens, direitos e obrigações.

Demonstração do Resultado do Exercício – conforme o próprio nome sugere, demonstra o resultado obtido pela empresa no período, isto é, o lucro ou o prejuízo

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – para fins de análise é mais informativa e mostra as movimentações ocorridas com os lucros ou prejuízos acumulados e as movimentações ocorridas nas demais contas que integram o patrimônio líquido.

Page 23: Analise de Balanco

Demonstrações Financeiras ou ContábeisDemonstrações Financeiras ou Contábeis

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – é um instrumento valioso para o analista. Mostra a movimentação de recursos em termos de variação do capital circulante líquido, detalhando as diversas fontes e aplicações de recursos que o afetaram.

Através dessa demonstração, o analista pode saber se a empresa gerou recursos em suas operações, se imobilizou recursos no período, se obteve novas fontes de financiamento de longo prazo e se os acionistas fizeram novos aportes de capital.

Page 24: Analise de Balanco

Demonstrações Financeiras ou ContábeisDemonstrações Financeiras ou Contábeis

Notas Explicativas – são complementares às demonstrações contábeis, e deverão indicar:a) Os principais critérios de avaliação dos elementos

patrimoniais;b) Os investimentos em outras sociedades, quando

relevantes;c) O aumento de valor do ativo resultante de novas

avaliações;d) Os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo,

as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;

e) A taxa de juros, as datas de vencimentos e as garantias das obrigações a longo prazo

f) Os ajustes de exercícios anteriores

Page 25: Analise de Balanco

Demonstrações Financeiras ou ContábeisDemonstrações Financeiras ou Contábeis

Parecer dos Auditores – é um importante instrumentopara o analista. Sua importância é aumentada quandoocorre alguma anormalidade, isto é: quando o parecerdos auditores traga ressalva, seja adverso, ou hajanegativa de opinião, pois seguramente, nessa situação asempresas oferecem maior risco, até porque dificulta ou impossibilita sua avaliação pelo analista que estarátrabalhando com informações não confiáveis

Page 26: Analise de Balanco

Processo de AnáliseProcesso de Análise

A análise das demonstrações financeiras exige preparação preliminar das peças contábeis. A chamada padronizaçãodas demonstrações financeiras é uma etapa precedenteda análise propriamente dita. Os procedimentos básicos aesse processo são:

a. Classificação apropriada das informações;b. Associação lógica das informações;c. Conversão dos valores monetários absolutos em

relativos

Page 27: Analise de Balanco

EtapasEtapas do do Processo de AnáliseProcesso de Análise

I. Preparação de Dados

Eliminação das distorções inflacionários através de técnicasque permitam converter todos os valores das demonstraçõesdo último exercício e também dos exercícios anteriores paramoeda de igual poder aquisitivo.

Reclassificar, se necessário, as contas patrimoniais e as deresultado, a fim de facilitar a análise das demonstrações.

O processo de reclassificação, portanto, consiste na prepara-ção e organização dos dados da empresa com a finalidade de desenvolver a análise e obter um conjunto de indicadores e relatórios que possibilitem a tomada de decisão.

Page 28: Analise de Balanco

A reclassificação, portanto, tem a finalidade de:A reclassificação, portanto, tem a finalidade de:

a. Trazer todas as demonstrações financeiras a um mesmo critério, permitindo a comparabilidade entre empresas;b. Fornecer o detalhamento necessário às diversas etapas do processo de análise, adequando-se a uma politica

interna que foi adotada pela empresa;c. Fornecer índices e indicadores isentos dos efeitos dos

critérios diferentes adotados por empresas diferentes na elaboração de suas demonstrações financeiras.

d. Aprimorar conceitualmente a classificação de um valorcom vista a uma posição cautelosa, na interpretação do analista;

e. Diversas outras razões podem induzir o analista à reclassificação de um valor.

Page 29: Analise de Balanco

II. Transformação dos dados brutos em informaçãoII. Transformação dos dados brutos em informação

• Realizada através da aplicação do intrumental básico, como por exemplo, análise horizontal, análise vertical e indicadores econômicos financeiros

Page 30: Analise de Balanco

III. Classificação das informações por grandes grupos:III. Classificação das informações por grandes grupos:

a) Aspectos relacionados com a liquidez

• Análise vertical e horizontal do balanço patrimonial;• Índices de estrutura patrimonial, solvência e cobertura• Análise vertical da demonstração do fluxo de caixa• Análise vertical do AC e das suas fontes de

financiamento

b) Aspectos comuns à liquidez e à rentabilidade

• Indicadores de Gestão de Recursos

. Índices de prazos médios

. Ciclo operacional e ciclo financeiro

. Índices de rotação dos recursos

Page 31: Analise de Balanco

III. Classificação das informações por grandes grupos:III. Classificação das informações por grandes grupos:

c) Aspectos comuns à liquidez e à rentabilidade

• Indicadores de Rentabilidade

. Análise vertical e horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício. Margem de Lucratividade das Vendas. Taxas de Retorno e Fórmula Du Pont

d) Aspectos relacionados com a avaliação das ações

Page 32: Analise de Balanco

IV. Interpretação e avaliação das informaçõesIV. Interpretação e avaliação das informações

• Significado intrínseco de cada informação e interpretação conjunta das informações afins da mesma data ou período;

• Avaliação da evolução histórica de cada tipo de informação;

• Avaliação da posição da empresa face aos seus concorrentes diretos e aos padrões do seu ramo de negócios.

Page 33: Analise de Balanco

V. DiagnósticoV. Diagnóstico e e elaboração do relatórioelaboração do relatório

• Corresponde à descrição dos principais fatos constatados, tendo em vista o enfoque e os objetivos do trabalho.

• Os julgamentos que costumam acompanhar a referida descrição devem considerar as limitações do instrumental aplicado e os fatores conjunturais que interferiram no passado e aqueles que podem afetar a empresa no futuro.

• O relatório deve apresentar os aspectos mais relevantes detectados, as conclusões extraídas da análise e, em alguns casos, a prescrição de soluções para os problemas identificados.

Page 34: Analise de Balanco

Tipos de AnáliseTipos de Análise

Os métodos de análises vertical e horizontal prestam valiosacontribuição na interpretação da estrutura e da tendência dosnúmeros de uma empresa.

Podem ainda auxiliar na análise dos índices financeiros e em outros métodos de análise.

As análises vertical e horizontal devem ser entendidas como um dos instrumentos de trabalho do analista e não como instrumento único.

Page 35: Analise de Balanco

AnáliseAnálise Vertical Vertical

O primeiro propósito da análise vertical (AV) é mostrar aparticipação relativa de cada item de uma demonstraçãofinanceira em relação a determinado referencial. No balanço,por exemplo, é comum se determinar quanto por centoRepresenta cada rubrica em relação ao ativo total.Quando se analise da DRE, o valor referencial é o da receitalíquida (RL).

Elemento de contaAV = ----------------------- x 100

Base

Page 36: Analise de Balanco

AnáliseAnálise Horizontal Horizontal

O propósito da análise horizontal (AH) é permitir o exame daevolução histórica de uma série de valores.Tradicionalmente, na análise horizontal tomamos o primeiro exercício como base 100 e estabelecemos a evolução dos demais exercícios comparativamente à essa base inicial.

Receita Líquida de Vendas ano x2 12.977--------------------------------------- = 100 -------- x 100 = 175,5Receita Líquida de Vendas ano x1 7.394

Page 37: Analise de Balanco

1999 1998 AH

Rec. Operacional Bruta 1.801 1.413 27,4%

Deduções de Vendas (228) (199) 28,6%

Rec. Operacional Líquida 1.573 1.236 27,2%

Custo de Merc. Vendidas 1.113 904 23,2%

Lucro Bruto 460 332 38,5%

Análise Horizontal

Page 38: Analise de Balanco

AnáliseAnálise Horizontal Horizontal

indicador de liquidez corrente ( AC / PC ) 

Informação no. 1

Indicador Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4

Liquidez Corrente 1,02 1.12 1,20 1,29

Interpretação: pode-se dizer que a tendência para o ano 5 é melhorar, uma vez que a cada período tem havido crescimento no indicador

Page 39: Analise de Balanco

AnáliseAnálise Horizontal Horizontal

indicador de rentabilidade ( TRI = LL / A Total ) 

Informação no. 2

Indicador Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4

Rentabilidade 18% 21% 17% 20%

Interpretação: pode-se dizer que a tendência para o ano 5 é estabilizar nos níveis dos anos anteriores, uma vez que se tem mantido nos mesmos parâmetros

Page 40: Analise de Balanco

Através das análises, denota-se que cada conta ou grupo de contas de um patrimônio, por exemplo, pode sofrer variações, positivas ou negativas, isto é, o patrimônio tanto pode sofrer uma ação aumentativa como diminutiva, em cada um de seus respectivos grupos de conta

Análise Horizontal e a Base 100

 

Indicador Períodos

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4

Liquidez Geral 0,80 1,15 1,31 1,40

Evolução com base em 100 100 143 163 175

Interpretação: verifica-se uma variação de 43% no ano 2; 63% no ano e 75% no ano 4, comparados com o ano 1

Page 41: Analise de Balanco

Análise Vertical x Análise HorizontalAnálise Vertical x Análise Horizontal

As condições de uma análise, na maior parte dos casos, não podem ser obtidas somente através de um estudo da análise horizontal ou vertical, consideradas isoladamente, fazendo necessário que se efetuem essas duas análises conjuntamente

     Análise Vertical É uma análise estática, onde se estudam as relações existentes entre certos itens e determinados valores, em um momento, como por exemplo, o ativo, o passivo e as receitas operacionais.

     Análise Horizontal É uma análise dinâmica, onde se considera uma série temporal de valores ou indicadores, em forma de índice, analisando-se, assim, o comportamento de cada item ou índice, seus acréscimos ou diminuições, suas variações percentuais

 

Page 42: Analise de Balanco

Análise Vertical x Análise HorizontalAnálise Vertical x Análise Horizontal

 

    

Exemplo: 

Itens Ano 1 Ano 2 Ano 3

$ V H $ V H $ V H

Passivo Circulante

200 10% 100 300 7,5% 1,5 400 6,7% 2,0

Passivo Total

2.000 100% 100 4.000 100% 2,0 6.000 100% 3,0

Page 43: Analise de Balanco

Análise Vertical x Análise HorizontalAnálise Vertical x Análise Horizontal

 

    

Interpretação: percebe-se em relação ao passivo circulante, um grande incremento horizontal, o que pode, através de uma primeira consideração, constituir-se em um problema de liquidez para a empresa. Efetuando-se uma análise vertical, nota-se que a participação das obrigações da empresa a curto prazo (PC), em relação ao total de seu passivo (e, por conseqüência, também do seu ativo total), diminui, o que poderá aliviar a preocupação do analista, ou pelo menos, desvia-la para outros pontos. Em outros termos, significa que o passivo exigível a curto prazo apresentou um crescimento proporcionalmente menor do que o aumento verificado na estrutura da empresa.

Page 44: Analise de Balanco

Análise por QuocienteAnálise por Quociente

 

    

Visa estabelecer a relação entre dois valores heterogêneos ou diferentes entre si, indicando a proporção de um (numerador) sobre o outro (denominador). Referida análise é determinada, portanto, em função da relação existente entre dois elementos, indicando quantas vezes um contém o outro ou a proporção de um em relação ao outro.

Page 45: Analise de Balanco

Análise por QuocienteAnálise por Quociente

 

    

Quocientes da situação financeira

Quocientes de estrutura patrimonial (%)

Capital de terceiros / capital próprio Quanto menor, melhor 

Fórmula = (PC + PELP)/PL

Função indica quanto a empresa tomou de capital de terceiros

para cada $ 1,00 de capital próprio.

Page 46: Analise de Balanco

Análise por QuocienteAnálise por Quociente

 

    

Composição do endividamento Quanto menor, melhor Fórmula = PC / (PC+ PELP) Função identifica a composição do endividamento total, ou seja, qual a parcela que vence a curto prazo, no endividamento total, e evidencia se a empresa opera basicamente com dívidas a curto ou longo prazo.

Page 47: Analise de Balanco

Análise por QuocienteAnálise por Quociente

 

 

 

Endividamento Geral Quanto menor, melhor Fórmula = (PC + PELP) / AT Função – identifica a porcentagem do endividamento sobre os fundos totais, ou seja, quanto por cento dos recursos totais origina-se de capitais de terceiros. Indica, também, sob outro aspecto, qual a porcentagem do ativo total financiada com recursos de terceiros.

Page 48: Analise de Balanco

Análise por QuocienteAnálise por Quociente

 

 

Imobilização dos recursos permanentes Quanto menor, melhor Fórmula = AP / (PEPL + PL)

Função – indica que % dos recursos não correntes (PEPL + PL) a empresa destinou para o ativo permanente.

Imobilização do capital próprio Quanto menor, melhor  Fórmula = AP / PL

Função – indica quanto de valor monetário a empresa aplicou no ativo permanente para cada $ 1,00 de PL

Page 49: Analise de Balanco

ANÁLISES DE LIQUIDEZANÁLISES DE LIQUIDEZ

 

 

Os índices de liquidez visam fornecer um indicador da capacidade da empresa de pagar suas dívidas, a partir da comparação entre os direitos realizáveis e as exigibilidades. As medidas mais usuais para avaliação da liquidez são o Capital Circulante Líquido ou Capital de Giro, os índices de liquidez geral, corrente ou simples e de liquidez seca, as rotações de contas a receber e dos estoques, e o índice geral de solvência

Page 50: Analise de Balanco

Quocientes de solvênciaQuocientes de solvência

 

 

Liquidez Corrente, circulante ou comum Quanto maior, melhor Fórmula = AC / PC ou LC = 1 + (CCL / PC)Função – identifica quanto a empresa possui no AC para cada $ 1,00 de PC. Ou seja, a capacidade de pagamento da empresa no curto prazo

Liquidez Geral, parcial ou global Quanto maior, melhor

Fórmula = (AC +ARLP) / (PC + PELP)Função – identifica a capacidade de pagamento da empresa a longo prazo, ou seja, quanto possui no AC e ARLP para cada $ 1,00 de dívida total (curto e longo prazos).

Page 51: Analise de Balanco

Quocientes de solvênciaQuocientes de solvência

 

 

 Liquidez Seca ou Ácida Quanto maior, melhor Fórmula = (AC – Estoques) / PC Função – identifica o montante das dívidas a curto prazo que está em condições de ser pago mediante a utilização de itens de maior liquidez do ativo circulante.

Page 52: Analise de Balanco

Índices de RotaçãoÍndices de Rotação

 

 

Os índices de rotação constituem-se em categoria de elevada importância para o trabalho de análise uma vez que é grande a sua contribuição na interpretação da liquidez e rentabilidade da empresa, à medida que servem de indicadores dos prazos médios de rotação de estoques, recebimentos de vendas e pagamento das compras. Cabe destacar que os três índices devem ser interpretados de forma conjunta, uma vez que constituem alicerces fundamentais do ciclo financeiro da empresa.

Page 53: Analise de Balanco

Rotação de Contas a Receber Rotação de Contas a Receber

 

 

O Índice de Rotação de Contas a Receber ( IRC/R) = Vendas anuais (a prazo) / Média do Contas a Receber (a média do Contas a Receber é calculada com os valores de Contas a Receber no final de dois períodos consecutivos. Este índice indica quantas vezes o Contas a Receber se renova durante o ano. Um valor baixo indica pouca renovação = pouca liquidez)

Page 54: Analise de Balanco

Prazo Médio de Cobrança Prazo Médio de Cobrança

 

 

PMC = 360 (dias de vendas a crédito no ano) / IRC/R(este nº indica o prazo médio de recebimento dos valores do Contas a Receber) O prazo médio de recebimento das vendas indica quantos dias, em média, a empresa leva para receber suas vendas. O volume de duplicatas a receber é decorrente de dois fatores básicos: a.    montante de vendas a prazo; eb.    prazo concedido aos clientes para pagamento As vendas a prazo devem seguir uma política de crédito adotada pela empresa, que seja adequada a seu tipo de negócio. Se a empresa venda a prazos de 30 e 60 dias e o PMC for superior, significa que a empresa está com suas contas a receber atrasadas.

Page 55: Analise de Balanco

Rotação dos Estoques (IRE)Rotação dos Estoques (IRE)

 

 

Índice de Rotação dos Estoques = CMV ou CPV / Estoque Médio  O índice de rotação dos estoques indica quantos dias, em média, os produtos ficam armazenados na empresa antes de serem vendidos.

Quando este valor é elevado, indica que a empresa está girando bem seus estoques e tem pouco risco de encalhe. Indica também menor investimento em estoques.

Page 56: Analise de Balanco

Período Médio (ou dias) de Estoque (PME)Período Médio (ou dias) de Estoque (PME)

 

 

PME = 360 / IRE (este número indica os dias de estoque da empresa que deve estar com o ciclo de produção ou de segurança. Caso ele seja elevado, significa que o giro é lento e que o estoque pode ser reduzido).

Prazo Médio de PagamentoPrazo Médio de Pagamento

O prazo médio de pagamento das compras (PMPC) indica quantos dias, em média, a empresa demora para pagar seus fornecedores. PMPC = (Saldo de Fornecedores (médio) / Compras) x Dias do período Para as empresas comerciais, o cálculo das compras é desenvolvido a partir da fórmula de cálculo do CMV, isto é: CMV = Ei + C – Ef C = CMV + Ef - Ei

Page 57: Analise de Balanco

 

 

Considerando que as compras equivalem ao CMV, mais o estoque final e menos o estoque inicial, conclui-se que as compras equivalem ao CMV mais a variação dos estoques, uma vez que esta variação é obtida pela diferença entre os estoques final e inicial.

Prazo Médio de PagamentoPrazo Médio de Pagamento

Page 58: Analise de Balanco

Quocientes de rotação dos recursosQuocientes de rotação dos recursos

 

 

Giro dos estoques totais Quanto maior, melhor Fórmula = CV / Saldo médio dos estoques Função – indica o número de vezes em que foram renovados, durante certo intervalo de tempo, os recursos aplicados nesse ativo.

Giro do ativo circulante Quanto maior, melhor Fórmula = ROL / Saldo médio do Ativo Circulante Função – indica o número de vezes em que foi renovado, durante certo intervalo de tempo, o montante correspondente ao ativo circulante

Page 59: Analise de Balanco

Quocientes de rotação dos recursosQuocientes de rotação dos recursos

 

Giro do Ativo Operacional Quanto maior, melhor Fórmula = ROL / Saldo médio do Ativo Operacional Função – indica o número de vezes em que foram renovados, durante certo intervalo de tempo, os recursos aplicados no ativo operacional (ativos fixos, estoques, duplicatas e contas a receber a curto e a longo prazos e a parcela das disponibilidades).

Page 60: Analise de Balanco

Quocientes de prazos médiosQuocientes de prazos médios

 

Prazo médio de estocagem (PME) Quanto maior, pior Fórmula = Saldo médio dos estoques / (CV / 360 dias) Função – representa o tempo médio de produção e estocagem

Prazo médio de cobrança (PMC) Quanto maior, pior Fórmula = Saldo médio de Duplicatas. A Receber / [(ROB – DA) / 360 dias] Função – quantos dias a empresa leva, em média, para receber o valor de suas duplicatas a receber (clientes)

Page 61: Analise de Balanco

Quocientes de prazos médiosQuocientes de prazos médios

 

Prazo médio de pagamento (PMP) Quanto maior, melhor  Fórmula = Saldo médio dos fornecedores / (Compras Brutas / 360 dias) Função – quantos dias, em média, a empresa leva para pagar o valor de suas obrigações junto a fornecedores (duplicatas a pagar).

Page 62: Analise de Balanco

Ciclos Financeiros da Empresas Ciclos Financeiros da Empresas

 

A magnitude de investimento operacional em giro decorre do tipo de atividade de cada empresa. Cada atividade tem suas características próprias. O ciclo de produção de uma empresa que produz navio, seguramente, será diferente do ciclo de produção da empresa que produz livros didáticos.

As atividades normais de uma empresa comercial, por exemplo, compreendem diversas fases a saber:

COMPRAS ESTOCAGEM VENDA

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Ciclos Financeiros da Empresas Ciclos Financeiros da Empresas

 

As compras podem ser a vista ou a prazo. As mercadorias adquiridas podem ser vendidas rapidamente ou podem demorar nos estoques. As vendas também podem ser a vista ou a prazo.  Suponhamos um supermercado que trabalhe com as seguintes condições:     Prazo médio de rotação dos estoques = 34 dias    Prazo médio de recebimento das vendas= a vista    Prazo médio de pagamento das compras = 51 dias

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Ciclos Financeiros da Empresas Ciclos Financeiros da Empresas

 

O ciclo financeiro é o período que a empresa leva para que o dinheiro volte ao caixa, isto é, compreende o prazo médio de rotação do estoque, mais o prazo médio de recebimento das vendas, menos o prazo médio de pagamento das compras.

No exemplo acima, temos: 34 dias + 0 dia – 51 dias = - 17 dias.

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Quocientes de prazos médios (ciclos)Quocientes de prazos médios (ciclos)

 

Ciclo Operacional Quanto maior, pior Fórmula = PME + PMC Função – indica quantos dias decorrem entre a compra de matérias-primas e o recebimento das duplicatas a receber. Ciclo Financeiro Quanto maior, pior Fórmula = PME + PMC – PMP Função – indica quantos dias de financiamento são necessários

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Quocientes de rentabilidadeQuocientes de rentabilidade

 

Margem Operacional Quanto maior, melhor  Fórmula = LO / ROL função – expressa percentualmente o que restou da receita operacional bruta, após se deduzir as despesas operacionais

Margem de Lucratividades das Vendas (%) Margem Bruta Quanto maior, melhorFórmula = LB / ROLFunção – indica a porcentagem do remanescente da receita operacional líquida, após a dedução do custo das vendas

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Quocientes de rentabilidadeQuocientes de rentabilidade

 

Mark-up Global Quanto maior, melhor Fórmula = LB / CV 

Função – corresponde à taxa de acréscimos sobre o custo das vendas, para se chegar à receita operacional líquida

Margem Líquida Quanto maior, melhor Fórmula LL / ROLfunção – revela o percentual da receita operacional líquida que sobrou após serem deduzidas todas as despesas e computados os resultados não operacionais, a provisão para CSSL e imposto de renda e as participações estatutárias

Page 68: Analise de Balanco

Taxas de RetornoTaxas de Retorno

 

Retorno sobre o investimento operacional Quanto maior, melhor Fórmula = LL / Saldo médio do ativo totalFunção – mede a rentabilidade final obtida sobre todos os

recursos investidos na empresa

Retorno sobre o ativo operacional Quanto maior, melhor Fórmula = LO / Saldo médio do ativo operacional Função - Indica quanto a empresa obtém de lucro operacional, relativamente ao montante aplicado no ativo operacional

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Taxas de RetornoTaxas de Retorno

 

Retorno sobre o capital próprio Quanto maior, melhor Fórmula = LL / Saldo médio do Patrimônio Líquido Função – corresponde à rentabilidade que a empresa propiciou aos recursos investidos pelos seus acionistas ou sócios.

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Fórmulas Du PontFórmulas Du Pont

 

Taxas de retorno sobre o ativo operacional Margem operacional Quanto maior, melhor (%) Fórmula = LO / ROL Função – expressa percentualmente o que restou da receita operacional líquida, após se deduzir as despesas operacionais

Page 71: Analise de Balanco

Fórmulas Du PontFórmulas Du Pont

 

Giro do ativo operacional Quanto maior, melhor (vezes) Fórmula = ROL / Saldo médio do ativo operacional Função – indica o número de vezes em que foram renovados, durante certo intervalo de tempo, os recursos aplicados no ativo operacional

Retorno s/o ativo operacional Quanto maior, melhor (%) Fórmula = LO / Saldo médio do ativo operacional Função – indica quanto a empresa obtém de lucro operacional, relativamente ao montante aplicado no ativo operacional.

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Fórmulas Du PontFórmulas Du Pont

 

Taxas de retorno sobre o capital próprio Margem líquida Quanto maior, melhor (%) Fórmula = LL / ROLfunção – revela o percentual da receita operacional líquida que sobrou após serem deduzidas todas as despesas e computados os resultados não operacionais, a provisão para CSSL e imposto de renda e as participações estatutárias

Giro do investimento total Quanto maior, melhor (vezes) Fórmula = ROL / Saldo médio do ativo totalFunção – indica o número de vezes em que foram renovados, durante certo intervalo de tempo, os recursos aplicados no investimento total

Page 73: Analise de Balanco

Fórmulas Du PontFórmulas Du Pont

 

Retorno sobre o investimento total Quanto maior, melhor (%)

 Fórmula = LL / Saldo médio do ativo total Função – mede a rentabilidade final obtida sobre todos os recursos investidos na empresa

Proporção do capital próprio sobre o ativo total Quanto maior, melhor (vezes) Fórmula = Saldo médio do patrimônio líquido / Saldo médio do ativo total Função – indica, como o próprio título revela, qual a proporção existente entre o patrimônio líquido e o patrimônio bruto

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Fórmulas Du PontFórmulas Du Pont

 

Retorno sobre o capital próprio Quanto maior, melhor (%) Fórmula = LL / Saldo médio do patrimônio líquidoFunção – corresponde à rentabilidade que a empresa propiciou aos recursos investidos pelos seus acionistas ou sócios

Page 75: Analise de Balanco

ALAVANCAGEM OPERACIONAL E FINANCEIRAALAVANCAGEM OPERACIONAL E FINANCEIRA

 

Entende-se por alavancagem a capacidade que a empresa possui para usar ativos ou fundos com determinado custo fixo, a fim de aumentar o grau de retorno dos recursos dos acionistas ou dos sócios. A alavancagem ocorre em diferentes graus: quanto maior o grau de alavancagem, maior será o risco – porém, maior será o retorno esperado.

Há dois tipos de alavancagem – alavancagem operacional e alavancagem financeira. A alavancagem operacional é determinada pela relação entre as receitas operacionais e o lucro líquido antes das despesas financeiras e o imposto de renda. A alavancagem financeira é determinada pela relação entre o lucro antes das

despesas e do imposto de renda e o lucro líquido do exercício.

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ALAVANCAGEM OPERACIONAL E FINANCEIRAALAVANCAGEM OPERACIONAL E FINANCEIRA

 

Alavancagem operacional estuda qual o efeito do aumento da produção no lucro operacional da empresa. Corresponde à capacidade da empresa em suportar custos fixos com a finalidade de maximizar os efeitos das variações nas vendas em seu lucro, antes de deduzidos os encargos financeiros e o imposto

de renda

O grau de alavancagem operacional também é tomado em função do nível de vendas usado como base. Quanto mais próximo o nível de venda (usado como referência) estiver do ponto de equilíbrio, maior a alavancagem operacional. G A O = variação % do lucro operacional / variação % do volume de vendas.

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ALAVANCAGEM OPERACIONAL E FINANCEIRAALAVANCAGEM OPERACIONAL E FINANCEIRA

 

É fundamental para a determinação do grau de alavancagem operacional, o estudo particularizado da estrutura de custos da empresa (fixo e variáveis), bem como do ponto de equilíbrio da produção/vendas

A distinção entre custos fixos e variáveis (aqueles custos que variam com o tempo e aqueles que variam com o nível de atividade) é uma idéia antiga. Esta separação de custos é a base para a análise do ponto de equilíbrio

A idéia do “ponto de equilíbrio”está baseada na simples questão de quantas unidades de produto ou serviços uma empresa deve vender para cobrir seus custos fixos.

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ALAVANCAGEM OPERACIONAL E FINANCEIRAALAVANCAGEM OPERACIONAL E FINANCEIRA

 

A alavancagem é definitivamente uma “faca de dois gumes”. Os lucros aumentarão proporcionalmente de forma mais rápida que o volume de unidades. Infelizmente, o mesmo efeito ocorre quando da queda do volume de operações, que resulta em queda do lucro e acelera as perdas, desprorcionalmente à taxa de redução do volume

A definição básica necessária para analisar a alavancagem, pode ser estabelecida da seguinte forma:

Lucro (L) = Receita Total – Custo TotalReceita Total (RT) = Volume (V) (Quantidade) x Preço Unitário (Pu)Custo Total (CT) = Custo Fixo (CF)+ Custo Variável (CV)

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ALAVANCAGEM OPERACIONAL E FINANCEIRAALAVANCAGEM OPERACIONAL E FINANCEIRA

 

A fórmula que define as condições da alavancagem é muito simples. Estamos interessados no efeito sobre o lucro (L) das mudanças no volume (V). os elementos que dão suporte são: preço unitário (Pu), custo variável unitário (CV) e custos fixos (CF). a relação é: 

L = VPu – [(V x CV)+ CF]

Essa formula pode ser reordenada como: 

L = V (Pu – CV) – CF

Que mostra que o lucro depende do número de bens ou serviços vendidos vezes a diferença entre o preço unitário e o custo variável unitário, que é a margem do valor unitário ao elemento constante, chamado custo fixo.

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MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA E PONTO MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA E PONTO DE EQUILÍBRIO POR PRODUTO OU DIVISÃO DE EQUILÍBRIO POR PRODUTO OU DIVISÃO

A partir do momento em que há o custeamento variável / direto para cada produto da empresa, bem como uma boa identificação dos custos e despesas fixas de cada um deles, é possível construir o ponto de equilíbrio de cada produto. O mesmo acontece com os dados das divisões.

Custo do Produto pelo Custeamento Direto / Variável Custos e Despesas Variáveis – Produto A

R$

Matéria-prima e materiais diretos 460,00

Materiais indiretos variáveis 36,00

Mão-de-obra direta 200,00

Comissões – 12% de R$ 1.700,00 (Preço de venda unitário) 204,00

TOTAL CUSTO VARIÁVEL 900,00

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MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA E PONTO MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA E PONTO DE EQUILÍBRIO POR PRODUTO OU DIVISÃO DE EQUILÍBRIO POR PRODUTO OU DIVISÃO

Isso significa que a cada unidade de Produto A vendida, a empresa recebe um lucro unitário de R$ 900,00. É a contribuição unitária que o produto A dá para a empresa, para cobrir todos os custos e despesas fixos (custo de capacidade) e propiciar a margem de lucratividade desejada.

Produto A

R$ %

PV unitário 1.700,00 100,00

CV unitário 900,00 52,94

MC unitária 800,00 47,06

Page 82: Analise de Balanco

MODELO DE DECISÃO – UM ÚNICO PRODUTO MODELO DE DECISÃO – UM ÚNICO PRODUTO

O modelo de decisão de margem de contribuição expressa-se em uma Demonstração de Resultados, onde devem ser incorporados os dados quantitativos (que representam os volumes de produção, venda ou a nível de atividade) e os preços unitários

Estrutura de Resultados Quantidade Preço Unitário Total (em R$)

Vendas 1.000 1.700,00 1.700.000,00

Custo e Despesas Variáveis 1.000 900,00 900.000,00

Margem de Contribuição 1.000 800,00 800.000,00

Custos e Despesas Fixas do ano 560.000,00

Lucro Operacional Total 240.000,00

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MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E VOLUME DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E VOLUME DE PRODUÇÃO / VENDAS PRODUÇÃO / VENDAS

Partindo do pressuposto que a venda de cada unidade de produto propicia uma contribuição unitária para cobrir os custos e despesas fixos e possibilitar valores de lucro, podemos fazer uma simulação de como seria o lucro líquido em algumas situações de quantidade vendida

Estrutura de Resultados

Dados Unitários

Quantidade Produzida / Vendida

1 2 700 701

Vendas 1.700,00 1.700,00 3.400,00 1.190.000,00 1.191.700,00

Custos e Despesas Variáveis

(900,00) (900,00) (1.800,00) (630.000,00) (630.900,00)

Margem de Contribuição 800,00 800,00 1.600,00 560.000,00 560.800,00

Custos e Despesas Fixas do ano (560.000,00) (560.000,00) (560.000,00) (560.000,00)

Resultado Operacional Total (559.200,00) (558.400,00) 0 800,00

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EQUAÇÃO E CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO EQUAÇÃO E CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO

Ponto de equilíbrio em quantidade – partindo da equação mostrada anteriormente, a fórmula do ponto de equilíbrio em quantidade é a seguinte: P. E. em quantidade = Custo Fixos Totais_______ Margem de Contribuição Unitária

Como o ponto de equilíbrio conceitua o ponto onde o lucro líquido é igual a ZERO

DEMONSTRAÇÃO DA FÓRMULA – partindo da equação que fundamenta o ponto de equilíbrio, demonstra-se a fórmula:

 Vendas = Custos Variáveis + Custos Fixos

Page 85: Analise de Balanco

EQUAÇÃO E CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO EQUAÇÃO E CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO

Vendas = Preço de venda unitário (PV) x Quantidade vendida no PE ((Q)Custos Variáveis = Custo Variável Unitário (CV) x Quantidade no PE (Q)Custos Fixos = Total em Reais dos Custos e Despesas Fixas (CF)Margem de Contribuição (MC) = Preço de Venda – Custo Variável MC = PV - CV PV x Q = CV x Q + CF(PV x Q) – (CV x Q) = CFcomo PV – CV = MC (margem de contribuição unitária), substituindo:MC x Q = CF : portanto, a quantidade no Ponto de Equilíbrio é:  PE (Q) = CF

MC

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PONTO DE EQUILÍBRIO EM VALOR PONTO DE EQUILÍBRIO EM VALOR

Em determinadas situações, notadamente quando o leque de produtos é muito grande e há dificuldades de se obter o mix ideal de produtos e suas quantidades no ponto de equilíbrio, bem como existem dificuldades de identificar os custos e despesas fixos para cada produto, temos de nos valer de um informação de caráter global expressa em denominador monetário. Assim, traduzimos o ponto de equilíbrio em valor de vendas, ou seja, qual valor mínimo deve ser vendido para que a empresa não tenha prejuízo e obtenha lucro zero. Para esse cálculo, é necessário sabermos a margem de contribuição em percentual sobre o preço de venda e a fórmula é : PE ($) = Custos Fixos Totais

MC em percentual

Page 87: Analise de Balanco

PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL

É quantidade de vendas que deve ser efetuada para cobrir todos os custos e despesas fixos, deixando de lado os aspectos financeiros e não-operacionais. Portanto, o ponto de equilíbrio operacional considera os seguintes dados: •Receitas de vendas (ou da produção a preços de vendas)

•Custos variáveis – obtidos do custo dos produtos vendidos / produzidos

•Despesas variáveis – obtidas das despesas operacionais (administrativas e de vendas)

•Custos fixos – obtidos do custo dos produtos vendidos / produzidos

•Despesas fixas – obtidas das despesas operacionais

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PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICOPONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO

É uma evolução do dado anterior, com a inclusão das despesas e receitas financeiras, mais os efeitos monetários (inflação nos ativos e passivos monetários), que serão tratados como despesas fixas. É um valor de receita mínima que gere lucro zero, mas que cubra todos os gastos operacionais, financeiros e os efeitos da inflação nos ativos e passivos monetários.

Page 89: Analise de Balanco

PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIROPONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO

É uma variante do ponto de equilíbrio econômico, excluindo apenas a depreciação, pois momentaneamente ela é uma despesa não-desembolsável. É importante em situações de eventuais reduções da capacidade de pagamento da empresa

Page 90: Analise de Balanco

PONTO DE EQUILÍBRIO METAPONTO DE EQUILÍBRIO META

É uma outra variante do ponto de equilíbrio em valor, adicionando-se aos custos e despesas fixos e efeitos financeiros e monetários um montante de lucro mínimo que a empresa entende ser obrigatório

Page 91: Analise de Balanco

PONTO DE EQUILÍBRIO EM QUANTIDADE PARA PONTO DE EQUILÍBRIO EM QUANTIDADE PARA MÚLTIPLOS PRODUTOS MÚLTIPLOS PRODUTOS

Este é um dos assuntos mais complexos da análise custo / volume / lucro e só tem sentido se a unidade de medida de quantidade de produção e vendas for a mesma para todos os produtos e que estes sejam relativamente homogêneos. Ex.: a empresa tem custos fixos comuns de R$ 488.000,00 e os seguintes dados unitários. Vamos assumir que o mix atual será o mesmo no ponto de equilíbrio.

Page 92: Analise de Balanco

PONTO DE EQUILÍBRIO EM QUANTIDADE PARA PONTO DE EQUILÍBRIO EM QUANTIDADE PARA MÚLTIPLOS PRODUTOS MÚLTIPLOS PRODUTOS

Este é um dos assuntos mais complexos da análise custo / volume / lucro e só tem sentido se a unidade de medida de quantidade de produção e vendas for a mesma para todos os produtos e que estes sejam relativamente homogêneos. Ex.: a empresa tem custos fixos comuns de R$ 488.000,00 e os seguintes dados unitários. Vamos assumir que o mix atual será o mesmo no ponto de equilíbrio.

Page 93: Analise de Balanco

PONTO DE EQUILÍBRIO EM QUANTIDADE PARA PONTO DE EQUILÍBRIO EM QUANTIDADE PARA MÚLTIPLOS PRODUTOS MÚLTIPLOS PRODUTOS

 Produto

 Preço de Venda

Dados Unitários

Custo variável Margem de Contribuição

Quantidade de Vendas Esperadas

Produto 1 6 4 2 62.500

Produto 2 7 3 4 75.000

Produto 3 8 5 3 112.500

Custos Fixos Comuns = R$ 488.000,00

Page 94: Analise de Balanco

PONTO DE EQUILÍBRIO EM QUANTIDADE PARA PONTO DE EQUILÍBRIO EM QUANTIDADE PARA MÚLTIPLOS PRODUTOS MÚLTIPLOS PRODUTOS

Calcula-se primeiro a participação dos produtos no total de quantidades produzidas, obtendo-se o mix em percentual. Em seguida, aplica-se o percentual obtido nas margens de contribuição unitária, obtendo-se uma margem de contribuição unitária média. Com isso, podemos utilizar a equação do ponto de equilíbrio em quantidade

  Mix de quantidade Participação em percentual

Produto 1 62.500 25

Produto 2 75.000 30

Produto 3 112.500 45

Total 250.000 100

Page 95: Analise de Balanco

PONTO DE EQUILÍBRIO EM QUANTIDADE PARA PONTO DE EQUILÍBRIO EM QUANTIDADE PARA MÚLTIPLOS PRODUTOS MÚLTIPLOS PRODUTOS

Aplicando os percentuais do mix na margem de contribuição unitária, obteremos uma margem de contribuição unitária média. Produto 1 ( 0,25 x R$ 2,00) = R$ 0,50Produto 2 ( 0,30 x R$ 4,00) = R$ 1,20Produto 3 ( 0,45 x R$ 3,00) = R$ 1,35 Total R$ 3,05 PE (Q) = R$ 488.000,00 = 160.000 unidades

R$ 3,05 Para determinar a quantidade a ser produzida / vendida, de cada produto no ponto de equilíbrio, basta multiplicar o percentual de cada produto pela quantidade total no ponto de equilíbrio.Ex.: Produto 1 => 160.000 x 0,25 = 40.000; Produto 2 =.> 160.000 x 0,30 = 48.000; Produto 3 => 160.000 x 0,45 = 72.000