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Análise de Livros Estrangeiros Tarefa 3 - MA225 Cora Sanroman Duran e Cano José Laurentino Vieira Ruivo Rafaela Jessica Calefe Thais Marson

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Análise de Livros Estrangeiros

Tarefa 3 - MA225

Cora Sanroman Duran e Cano

José Laurentino Vieira Ruivo

Rafaela Jessica Calefe

Thais Marson

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First printing, March 2013

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Sumário

1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

2 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

Estrutura 6

1.1 Conexão entre assuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

1.2 Linguagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

1.3 Padrão estrutural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

Conteúdo e Exercícios 6

Adequação à nossa realidade 7

3 Análise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

Conteúdo e Exercícios 8

1.1 Tópicos da PNLD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Adequação à nossa realidade 15

Estrutura 16

3.1 Padrão Estrutural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

3.2 Conexão entre assuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

3.3 Linguagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

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4 Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

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1. Introdução

No presente trabalho, nos propomos a analisar os capítulos 1 e 2 do livro Matemáticas da

série Avanza, do quarto ano de Ensino Secundário Obrigatório (ESO) da Espanha, equivalente ao

primeiro ano do Ensino Médio (EM) no Brasil, como pode ser visto na Figura 1.1.

Figure 1.1: Correspondência de séries entre os modelos de escola da Espanha e do Brasil.

Os capítulos 1 e 2 trazem, respectivamente, os assuntos de Números Inteiros e Números

Racionais, que olharemos com uma metodologia feita de modo a destacar as maiores qualidades

do livro, para que possamos selecionar aspectos a aproveitar de sua didática e abordagem, de modo

a agregar sua experiência às necessidades brasileiras.

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2. Metodologia

Estrutura

1.1 Conexão entre assuntos

Analisaremos nesta seção os assuntos referentes ao encadeamento lógico das ideias presentes

no decorrer dos capítulos do livro, por exemplo, como o autor troca de assuntos no decorrer do

capítulo, e como os os assuntos se relacionam ao longo do livro.

1.2 Linguagem

Neste segmento analisaremos a linguagem do livro, tendo em mente a idade do interlocutor ao

qual o livro se destina, buscando ver a sua adequação.

1.3 Padrão estrutural

Aqui faremos a análise estrutural dos capítulos ao longo do livro, vendo, por exemplo, as seções

criadas, o modo como o conteúdo e exercícios são separados e a organização pensada previamente

ao conteúdo.

Conteúdo e Exercícios

Nesta seção buscaremos conteúdos que são tratados no livro que não são tratados no Brasil,

como curiosidades, ou tópicos específicos de aprofundamento.

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Adequação à nossa realidade 7

Também, com base no PNLD 2017, apresentado na Figura 2.1, analisaremos os tópicos 3, 6, 7,

8 e 12, porque, em uma primeira vista, são assuntos que se mostraram pertinentes. Os demais não

foram escolhidos porque não se adequam aos objetivos deste trabalho.

Figure 2.1: Critérios eliminatórios exclusivos do componente curricular matemático.

Adequação à nossa realidade

Analisaremos, com base no Currículo de Matemática do Estado de São Paulo, a qual série

corresponde o conteúdo apresentado nos capítulos em questão, vendo se o conteúdo do livro

corresponde ao conteúdo da série brasileira, e se essa alteração (se houver) é interessante ou não.

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3. Análise

Conteúdo e Exercícios

No início do capítulo 1, no tópico Antes de empezar la unidad, é apresentada uma pequena

revisão de números naturais, inclusive é mostrada a ordenação dos números naturais em uma reta.

Logo em seguida, no tópico Antes, debes saber... os autores dizem que o conjunto dos números

inteiros é uma extensão do conjunto dos números naturais e mostram a representação dos números

inteiros na reta numérica. Essa relação contribui para o raciocínio lógico do aluno, pois um novo

conceito é apresentado recorrendo-se a um conceito que o aluno já conhece, facilitando o processo

de aprendizagem e explorando conceitos matemáticos.

Figure 3.1: Números inteiros na reta numérica, página 8.

No capítulo 2, os autores afirmam que é possível representar todos os números racionais na

reta numérica, para isso eles utilizam o Teorema de Tales que garante a possibilidade de dividir

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Conteúdo e Exercícios 9

um segmento em quantas partes se queira. A ideia de utilizar o Teorema de Tales é excelente e

possibilita o encadeamento da representação dos números na reta numérica.

Figure 3.2: Teorema de Tales, página 28.

Na página 15 do capítulo 1, o subcapítulo Máximo común divisor y mínimo común múltiplo

apresenta os conceitos do título. O que chama a nossa atenção é o conteúdo apresentado nele,

que é decomposição de números inteiros, distinto do conteúdo apresentado no Brasil, onde só se

apresenta decomposição de números naturais. O exemplo abaixo ilustra essa decomposição e como

ela é abordada.

Figure 3.3: Decomposição de números inteiros, página 15

1.1 Tópicos da PNLD

• Tópico 3 do PNLD:

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10 Capítulo 3. Análise

Com relação às atividades relacionadas com a exploração dos conceitos matemáticos e

a sua utilidade, é notória a ênfase em modelos de resolução de exercícios baseados em

procedimentos mecânicos, que trabalham apenas o aspecto de aplicação imediata do que foi

aprendido.

Na segunda página de cada capítulo, há um bloco chamado evaluación inicial, no capítulo 1

pede-se para que os alunos ordenem os números naturais e realizem operações básicas, no

capítulo 2 os alunos devem classificar os números em naturais, inteiros, decimais exatos,

decimais periódicos e decimais não exatos e não periódicos. Esta atividade é de exploração

de conceitos matemáticos e mecanicamente resolvida.

Figure 3.4: Bloco Evaluación Inicial - Capítulo 1, página 7

Figure 3.5: Bloco Evaluación Inicial - Capítulo 2, página 23

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Conteúdo e Exercícios 11

Os blocos de Ejemplos, do capítulo 2, são notoriamente de caráter mecânico. Não exigindo

do aluno criação de estratégias e nem mostrando uma preocupação em contextualizá-los.

Figure 3.6: Bloco Ejemplo, página 31

Os blocos de lo que debes saber resolver, são exercícios de fixação do conceito apresentado

anteriormente, eles contêm exercícios de cunho inteiramente mecânico.

Figure 3.7: Bloco Lo que debes saber resolver - Capítulo 1, página 15

Figure 3.8: Bloco Lo que debes saber resolver - Capítulo 2, página 29

• Tópico 6 do PNLD:

São ofertadas poucas condições que permitem desenvolver no aluno competências ou habili-

dades, como criatividade ou comunicar suas conclusões através de atividades, que promovam

emprego de estratégias próprias na resolução de problemas.

Os exercícios 36 e 8 da página 36, são colocados de maneira que o aluno pode utilizar

estratégias próprias ou convencionais para a resolução. Eles permitem o desenvolvimento da

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12 Capítulo 3. Análise

imaginação e da criatividade, uma vez que não possuem uma única resposta correta.

Figure 3.9: Exercício 8, da página 36

• Tópico 7 e 12 do PNLD:

Na página 7, observamos que o último objetivo apresentado no plano de trabalho (plan de

trabajo), diz: Resolver problemas reales com números enteros. Portanto, podemos perceber a

preocupação dos autores quanto à contextualização do conteúdo a ser apresentado no capítulo

1.

Na página seguinte, percebemos que realmente os autores procuram mostrar ao leitor situ-

ações reais envolvendo números inteiros, pois tanto no exemplo quanto no quadro Lo que

debes saber resolver, os autores relacionam números inteiros com temperatura, altura e

profundidade.

Figure 3.10: Página 8

Ao longo do capítulo 2, os exercícios que permitem interpretar diretamente a realidade estão

dispostos em Actividades.

O exercício 32 da página 36, permite a interpretação matemática de situações do cotidiano

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Conteúdo e Exercícios 13

através de frações e números decimais, como, por exemplo, a representação da divisão de

guloseimas entre colegas. Tal exercício aproxima o aluno a modelagem matemática de

situações do cotidiano, trazendo assim um amadurecimento do conteúdo e aplicação direta.

Figure 3.11: Exercício 32 da página 36

Os exercícios 89, 90, 91 e 92 da página 39, permitem que os alunos interpretem com o auxílio

de ferramentas matemáticas e utilizem-nas em situações de trabalho e ciência. Também

desenvolvem a habilidade de abstração, tempo e espaço neles.

Figure 3.12: Exercício 90 da página 39

O exercício 94, além de permitir a interpretação matemática e o uso de ferramentas matemáti-

cas no cotidiano, ele traz um exercício real, onde os alunos usarão o próprio batimento

cardiáco para descobrir a resposta do exercício.

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14 Capítulo 3. Análise

Figure 3.13: Exercício 94 da página 39

• Tópico 8 do PNLD: Ao longo dos dois capítulos o autor propõe duas abordagem distintas

quanto aos exercícios. Inicialmente temos o método clássico de situações-problema nas quais

deve-se efetuar cálculos no sentido de obter um resultado. Além deste, também notamos uma

recorrência dos exercícios que atuam no sentido contrário: dá-se o resultado e, a partir dele,

o leitor deve rememorar o conteúdo aprendido e ponderar se aquele é uma resposta válida

tendo em vista o assunto abordado. No capítulo 1 encontramos uma quantidade razoável de

exercícios do segundo tipo. Um exemplo é o exercício 17 da página 20.

Figure 3.14: Exercício 17 da página 20

Já no capítulo 2, nota-se uma diminuição, mas ainda podemos retirar exemplos, como o 81

da página 38.

Figure 3.15: Exercício 81 da página 38

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Adequação à nossa realidade 15

Adequação à nossa realidade

Comparando os conteúdos analisados (Figura 3.16a) com o currículo do estado de São Paulo

(Figura 3.16b), pode-se ver equivalência entre o conteúdo do 4o ano do ESO espanhol com o 7o

ano do Ensino Fundamental (EF) brasileiro.

(a) Índice dos capítulos selecionados no

livro Matemáticas da série Avanza.

(b) Currículo de matemática do estado de São

Paulo

Pelo modo como o conteúdo é apresentado, parece ser um primeiro contato com o assunto,

o que é um pouco tardio dada a grade curricular brasileira. No entanto, poderia ser interessante,

no 1o ano do EM, ter capítulos que aprofundassem nos conceitos de Conjunto dos Naturais,

Inteiros, Racionais, etc, visando um trabalho melhor com Conjuntos e Funções, quando se pensa

em Domínios e Contradomínios (que fazem parte do currículo do 1o ano do EM).

Tendo em vista o conteúdo que de fato coincide, este é um livro muito bom para que o professor

possa preparar uma aula do 7o ano do EF sobre Números Inteiros e Números Racionais, tendo em

vista que o aluno está em época de aprender MMC, MDC, frações e potências, o livro traz todo

o conteúdo de forma sucinta e bem explicada, com bons exemplos e exercícios, além de todas as

qualidades citadas nesta análise, que o professor poderia incorporar à sua aula, tornando-a melhor.

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16 Capítulo 3. Análise

Estrutura

3.1 Padrão Estrutural

Nos capítulos fica evidente que as partes são organizadas de modo a formar um todo que

visa proporcionar ao aluno condições de conhecer os tópicos abordados e aplicá-los com relativa

facilidade.

Os capítulos começam com um texto –Lectura Inicial–, como pode ser visto na Figura 3.17, que

tem como intenção contextualizar o ensino do capítulo através da história da matemática, propondo

pesquisas sobre personagens e fatos históricos que possam introduzir um assunto. A pesquisa é

orientada por poucas perguntas que acompanham o texto, dando orientação tanto ao aluno, caso

este queira estudar por conta, quanto ao professor, caso este queira preparar uma aula diferente

baseada na história trazida.

Figure 3.17: Leitura inicial do capítulo 1.

A seguir, vem um tópico de revisão –Antes de empezar la unidad–, com a intenção de dizer quais

os “pré-requisitos” que o aluno precisa ter, bem como relacionar todos os assuntos, “costurando-os”

para terem sentido, possuindo, também, uma avaliação inicial (Evalución inicial), que permite ao

aluno, de forma básica, testar alguns conhecimentos prévios do assunto, e ao professor descobrir

quais são esses conhecimentos.

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Estrutura 17

Depois, o conteúdo é apresentado –Páginas de contenidos–, tendo, na maioria das páginas,

uma parte de revisão (Antes, debes saber), onde o livro relembra assuntos que serão pertinentes

para o conteúdo ensinado de forma sucinta, passando pelos procedimentos que são necessários para

fazer as contas.

Ao final, vem um resumo –Lo esencial–, com um glossário com o vocabulário matemático

do capítulo, um bloco ensinando os procedimentos básicos (Hazlo de esta manera) e uma auto-

avaliação, para o aluno saber se de fato compreendeu o tema do capítulo, seguido pelos exercícios

da unidade –Actividades de la unidad–. Nos exercícios, há uma separação de dificuldade, indicada

pela contagem de bolinhas no número do exercício, de modo que quanto mais difícil mais bolinhas

tem.

Deste modo, podemos ver que a organização dos capítulos traz uma sequência muito importante,

que já denuncia o que os autores pensam ser relevante sobre o aprendizado do aluno, quebrando a

sequência tradicional de teoria, demonstração e exercícios, o livro começa trazendo uma motivação,

em primeiro lugar, através do texto, pela qual o livro contextualiza e busca despertar o interesse

do aluno pelo conteúdo, ele faz uma averiguação dos conhecimentos prévios dos alunos, com os

quais o professor terá de trabalhar, para somente então apresentar a teoria, explicada com diversos

exemplos e de maneira simples, entretanto com rigor matemático e, ao final, um resumo de tudo, e

exercícios para consolidar o aprendizado.

(a) Primeira parte do Esquema de Unidad. (b) Segunda parte do Esquema de Unidad.

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18 Capítulo 3. Análise

3.2 Conexão entre assuntos

O encadeamento dos tópicos tem uma sequencia do tipo sedimentar, ou seja, são apresentados

os assuntos de modo que a cada tópico os conhecimentos vão se acumulando formando um conjunto.

No primeiro capítulo, por exemplo, os autores iniciam abordando números inteiros de forma básica

e, gradativamente, apresentam diversas abordagens dos números inteiros: ordenação, operações,

divisibilidade, MMC e MDC.

Figure 3.19: Subseção página 7.

Essa sequência estrutural do capítulo pode favorecer o raciocínio matemático do aluno, e pode-

se notar que é intencionalmente proposta, uma vez que, em todo capítulo, na seção já citada Antes de

empezar la unidad, como pode ser visto na Figura 3.19, os autores têm a preocupação de relacionar

o assunto apresentado com outros assuntos passados, não apenas fazendo uma revisão, mas também

mostrando ao aluno como o conhecimento que ele está vendo se constrói, ao relacioná-lo com

outras partes da matéria.

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Estrutura 19

3.3 Linguagem

De modo geral, tendo em vista a nossa realidade, a linguagem adotada não parece ser adequada

ao nível correspondente dos alunos no início do Ensino Médio, como pode ser visto na Figura

3.20, onde sequer é utilizada a linguagem apropriada para se falar de incógnita. Até certo ponto os

capítulos são apresentados com uma linguagem infantilizada, o que poderia causar desmotivação

para um aluno do Ensino Médio.

Figure 3.20: Exercício 8 da página 18.

Porém, tendo em vista o que já foi constatado na seção anterior, a série equivalente no Brasil

não seria o Ensino Médio, mas sim o 7o ano do EF. Para tal idade, a linguagem é apropriada e

preferível, pois é tão simples e direta que o aluno não tem necessidade de uma explicação para

utilizar o material, podendo estudá-lo sozinho e sendo estimulado a utilizar o cálculo mental.

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4. Considerações Finais

Através da metodologia aplicada, pudemos destacar três pontos fundamentais e distintos,

quando comparamos com o encontradiço no Brasil, que são: 1) a estrutura do livro, que segue um

padrão muito bem definido previamente, fugindo do modelo tradicional (teoria, demonstração e

exercícios), 2) a decomposição de números inteiros, onde no Brasil, geralmente, só se decompõe

números positivos, o livro traz números negativos também e 3) a representação de números racionais

na reta numérica, totalmente novo quando comparamos às representações feitas no Brasil.

Também devemos considerar a análise dos tópicos da PNLD e Base Curricular Estadual, onde

encontramos exemplos que ilustram como alcançar os objetivos exigidos pelo MEC, podendo

ser uma alternativa aos métodos existentes no Brasil, caso os autores de livros didáticos estejam

buscando métodos diferentes.

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Referências

[1] Vários autores. Matemáticas ESO 4. Santillana Educación, 2012.