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MURILO SASAKI DE PAULA E SILVA Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado submetidas ao vento sintético Dissertação apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Ciências Área de concentração: Engenharia de Estruturas Orientador: Prof. Dr. Reyolando Manoel Lopes Rebello da Fonseca Brasil São Paulo 2017

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MURILO SASAKI DE PAULA E SILVA

Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado

submetidas ao vento sintético

Dissertação apresentada à Escola Politécnica da

Universidade de São Paulo para obtenção do título

de Mestre em Ciências

Área de concentração: Engenharia de Estruturas

Orientador: Prof. Dr. Reyolando Manoel Lopes

Rebello da Fonseca Brasil

São Paulo

2017

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MURILO SASAKI DE PAULA E SILVA

Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado

submetidas ao vento sintético

Dissertação apresentada à Escola Politécnica da

Universidade de São Paulo para obtenção do título

de Mestre em Ciências

Orientador: Prof. Dr. Reyolando Manoel Lopes

Rebello da Fonseca Brasil

São Paulo

2017

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Este exemplar foi revisado e corrigido em relação à versão original, sob responsabilidade única do autor e com a anuência de seu orientador

São Paulo, ______ de _______________________ de ________

Assinatura do autor: __________________________

Assinatura do orientador: __________________________

Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio

convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.

Catalogação na publicação

Serviço de Biblioteca e Documentação

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Silva, Murilo Sasaki de Paula

Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado submetidas ao

vento sintético / M. S. P. Silva – versão corr. – São Paulo, 2017.

232 p.

Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

Departamento de Engenharia de Estruturas e Geotécnica.

1.DINÂMICA DAS ESTRUTURAS 2.CONCRETO ARMADO 3.VENTO

SINTÉTICO I.Universidade de São Paulo. Escola Politécnica. Departamento de

Engenharia de Estruturas e Geotécnica II.t.

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AGRADECIMENTOS

Ao professor Reyolando M. L. R. F. Brasil, pela orientação, bom humor, paciência e

conhecimento fornecidos durante o programa.

Ao professor Marcelo Araújo Silva, pela ajuda, indicação do tema e sugestões para a

melhoria deste trabalho.

Ao professor Pedro Almeida, por sua disposição em participar da banca examinadora

de qualificaçãoe por contribuir com sua vasta experiência.

Aos meus paisEvódio de Paula e Silva e Maria Fumie de Paula e Silva,pelo constante

apoioe incentivo prestados durante o desenvolvimento deste trabalho.

Ao meu amigoMarcelo Cherem, pela paciência ao me ensinar sobre o comportamento

do concreto armado aplicado na engenharia de estruturas.

Ao meu amigo Wagner de Moraes e Carvalho, pela amizade, constante estímulo, e

valiosos conselhos fornecidos no âmbito profissional e pessoal.

Ao meu amigo André Filgueiras, pela ajuda com toda a programação computacional,

sem a qual, o trabalho nem teria começado.

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RESUMO

SILVA, Murilo Sasaki de Paula. Análise Dinâmica Não Linear em Torres de Concreto

Armado Submetidas ao Vento Sintético. 2017. 232 p. Dissertação (Mestrado em

Engenharia de Estruturas) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.

O tema está relacionado com o constante crescimento da necessidade em implantarnovas

torres de telecomunicações devido ao crescimento acelerado da infraestrutura de

telecomunicações no Brasil. Todos os dias, novos sistemas de transmissão e recepção de

ondas eletromagnéticas estão sendo implantadosno território brasileiro. O objetivo deste

trabalho é propor um procedimento seguro e eficaz para a análise estrutural de torres de

telecomunicações em concreto armado de grande esbeltez, com base em um modelo dinâmico

não linear, submetendo à carga de vento. Estas cargas são simuladas pelo método do vento

sintético proposto por Franco (1993). A análise do concreto armado será realizada de acordo

com a NBR-6118 (ABNT, 2007). A fim de determinar com precisão os deslocamentos da

estrutura submetida ao carregamento de vento, um método iterativo computacional será

utilizado obter as respostas não lineares. Realiza-se uma análise linear e, a partir dos

resultados de esforços solicitantes, as tensões e a porção fissurada de cada seção transversal é

obtida e parte-se para a determinação dos deslocamentos de 2ª ordem da torre. Em cada

iteração, um procedimento do tipo P-Delta será utilizado para levar em conta a não

linearidadegeométrica da estrutura. As condições de contorno do problema estão relacionadas

com a restrição do nível de tensões, deslocamentos e frequências de vibração da estrutura. Ao

fim, uma análise dinâmica em torno da configuração não linear será realizada, e o

deslocamento total da torre será dado pela somatória da componente estática com a

componente flutuante do vento.

Palavras-Chave: Análise dinâmica não linear, carregamento de vento, concreto armado,

rigidez efetiva, ventosintético.

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ABSTRACT

SILVA, Murilo Sasaki de Paula. Dynamic Nonlinear Analysis of Reinforced Concrete

Towers Subjected to the Synthetic Wind. 2017. 232 p. Thesis (Master Degree inStructural

Engineering) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.

The theme is related to the constant growth in the need to deploy new telecommunications

towers due to the accelerated growth of telecommunications infrastructure in Brazil. Every

day, new systems of transmission and reception of electromagnetic waves are being implanted

in the Brazilian territory. The objective of this work is to propose a safe and efficient

procedure for the structural analysis of telecommunication towers with high slenderness

constructed in reinforced concrete, based on a dynamic nonlinear model, submitting it to the

wind load. These loads are simulated by the synthetic wind method proposed by Franco

(1993). The analysis of the reinforced concrete will be held according to NBR-6118 (ABNT,

2007). In order to determine accurately the displacements of the structure subjected to wind

loading, an iterative computational method will be held to obtain non-linear responses. A

linear analysis is carried out and, with the results of the forces, the tensions and the fissured

portion of each cross section are obtained and then 2nd order displacements of the tower. In

each iteration, a P-Delta type procedure will be held to take into account the geometric non-

linearity of the structure. The boundary conditions of the problem are related to the restriction

of the stress level, displacements and vibration frequencies of the structure. At the end, a

dynamic analysis around the nonlinear configuration will be performed, and the total

displacement of the tower will be given by the sum of the static component with the floating

component of the wind.

Key Words - Nonlinear dynamic analysis, wind load, reinforced concrete, effective stiffness,

synthetic-wind.

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Lista de Figuras

Figura 1 - Diagrama bi-linear de tração para o concreto ......................................................... 31

Figura 2 - Curva de distribuição normal para a resistência do concreto .................................. 32

Figura 3 - Diagrama parábola retângulo de compressão para o concreto (NBR6118:2007) ... 33

Figura 4 - Diagrama de compressão para o concreto (CEB90) ............................................... 34

Figura 5 - Diagrama de compressão para o concreto (CEB90) ............................................... 35

Figura 6 - Diagrama de compressão para o concreto (Eurocode) ............................................ 36

Figura 7 - Diagrama parábola retângulo de compressão para o concreto (Eurocode) ............. 38

Figura 8 - Diagrama parábola retângulo de compressão para a análise de estabilidade

(NBR6118:2007) ...................................................................................................................... 40

Figura 9 - Diagrama parábola retângulo de compressão para a análise de estabilidade

(Eurocode) ................................................................................................................................ 41

Figura 10 - Diagrama tensão-deformação real para o aço de classe A .................................... 43

Figura 11 - Diagrama tensão-deformação real para o aço de classe B .................................... 43

Figura 12 - Diagrama tensão-deformação idealizado para o aço de classe A .......................... 45

Figura 13 – Valores números para o aço CA-25 ...................................................................... 47

Figura 14 – Valores números para o aço CA-50 ...................................................................... 47

Figura 15 – Diagrama tensão-deformação idealizado para o aço classe B .............................. 47

Figura 16 – Tensão-Deformação limitado pelo ELU do concreto ........................................... 47

Figura 17 – Valores números para o aço CA-60 ...................................................................... 49

Figura 18 – Diagrama tensão-deformação a ser utilizado para qualquer aço pela

NBR6118:2007 ........................................................................................................................ 50

Figura 19 – Comparação entre o diagrama real e o idealizado para aços de classe B ............. 51

Figura 20 – Valores numéricos para o diagrama idealizado de aço CA-60 ............................. 51

Figura 21 - Isopletas da velocidade básica Vo (m/s) ................................................................ 53

Figura 22 - Valores mínimos do fator estatístico S3 ................................................................ 54

Figura 23 – Fator S2 ................................................................................................................. 55

Figura 24 - Fator topográfico ................................................................................................... 56

Figura 25 - Coeficientes de arrasto, Ca, para corpos de seção constante ................................. 58

Figura 26 –Variação da pressão ao longo de um bocal: dados experimentais ......................... 63

Figura 27–Discretização de uma barra vertical ........................................................................ 71

Figura 28 - Elemento mola (adaptado de HUTTON 1 st ed. p. 20) ......................................... 72

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Figura 29 - Elemento barra elástica .......................................................................................... 76

Figura 30 – Equilíbrio de esforços no elemento infinitesimal de barra elástica....................... 77

Figura 31 – Hipótese de Navier ................................................................................................ 78

Figura 32 - Numeração dos graus de liberdade nodais do elemento barra ............................... 83

Figura 33 - Parte de uma estrutura genérica de barras ............................................................. 86

Figura 34 - Equilíbrio do nó g .................................................................................................. 87

Figura 35 - Esforços nodais equivalentes a carregamento fora dos nós. O vetor {R}0

representa os esforços de engastamento perfeito devidos ao carregamento nos vãos .............. 92

Figura 36 - Barra vertical com mudança de posição no espaço ............................................... 94

Figura 37 - Barra vertical submetida a ações verticais e horizontais ....................................... 95

Figura 38 - Reações na barra vertical deformada ..................................................................... 96

Figura 39 - Iterações do processo P-delta ................................................................................. 97

Figura 40 - Cargas fictícias (H') em edifícios de múltiplos andares ......................................... 98

Figura 41 - Deslocamentos dos pavimentos ............................................................................. 99

Figura 42 - Deslocamentos horizontais entre os pavimentos ................................................... 99

Figura 43 - Esquema de forças verticais (a) e horizontais fictícias (b) .................................. 101

Figura 44 – Pilar engastado na base ....................................................................................... 102

Figura 45 – Deformações mecânicas provenientes dos esforços solicitante na seção ........... 103

Figura 46 – Seção Transversal genérica discretizada em elementos de área ......................... 104

Figura 47 - Diagrama da Metodologia ................................................................................... 110

Figura 48- Derivação da Integral de Duhamel (não amortecida) ........................................... 113

Figura 49 - Formulação do processo de soma númerica da Integral de Duhamel.................. 116

Figura 50 - Representação dos deslocamentos como componentes modais .......................... 133

Figura 51 - Típica estrutura de torre de telecomunicações de concreto armado .................... 135

Figura 52 - Coefientes de amortecimento crítico NBR6123 .................................................. 140

Figura 53 – Tela de entrada de dados do programa de análise ............................................... 142

Figura 54 - Esforço de momento fletor de primeira ordem obtido pelo programa SAP2000 152

Figura 55 - Deslocamentos de primeira ordem obtidos pelo programa SAP2000 ................. 153

Figura 56 - Esforços de segunda ordem obtidos pelo programa SAP2000 ............................ 154

Figura 57 - Deslocamentos de segunda ordem obtidos pelo programa SAP2000.................. 155

Figura 58 – Pontos obtidos da aplicação do ensaio ................................................................ 157

Figura 59 - Linhas de tendência obtidas a partir de ensaios ................................................... 157

Figura 60 - Esforços de segunda ordem obtidos pelo programa SAP2000 ............................ 160

Figura 61 - Deslocamentos de segunda ordem obtidos pelo programa SAP2000.................. 161

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Figura 62 - Primeiro modo de vibração - T = 1,79s – f = 0,56 Hz ........................................ 162

Figura 63 – Segundo modo de vibração T = 0,39s – f = 2,56 Hz .......................................... 163

Figura 64 – Segundo modo de vibração T = 0,134s – f = 7,46 Hz ........................................ 164

Figura 65 - Quarto modo de vibração - T = 0,08s – f = 12,5 Hz ........................................... 165

Figura 66 - Quinto modo de vibração - T = 0,04s – f = 25 Hz .............................................. 166

Figura 67 - Sexto modo de vibração - T = 0,03s – f = 33,3 Hz ............................................. 167

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Lista de Tabelas

Tabela 1 – Notação utilizada .................................................................................................. 107

Tabela 2 – Pressão de vento aplicada sobre a torre (kN/m) ................................................... 141

Tabela 3 – Força do Vento em Antenas e Plataformas .......................................................... 141

Tabela 4 – Dados da Seção transversal da torre em cada nó ................................................. 143

Tabela 5 – Matriz de rigidez da estrutura do exemplo numérico ........................................... 144

Tabela 6 – Vetor de forças nodais (kN) ................................................................................. 145

Tabela 7 – Resultados da análise estática não-linear no exemplo numérico ......................... 146

Tabela 8 – Resultados da calculadora de rigidez efetiva da seção transversal ...................... 147

Tabela 9 – Matriz de rigidez reduzida utilizada na análise modal ......................................... 148

Tabela 10 – Matriz de massa reduzida utilizada na análise modal ........................................ 148

Tabela 11 – Análise dos modos a partir da configuração de equilíbrio estática não-linear ... 149

Tabela 12 – Resposta dinâmica da estrutura submetida ao vento sintético – Máx.

deslocamento = 0,351 ............................................................................................................ 150

Tabela 13 – Deslocamento total da análise dinâmica em torno da configuração não-linear . 151

Tabela 14 – Valores para a, b, c e d para seções solicitadas com até 0,8 de Mu .................... 158

Tabela 15 – Esforço solicitante máximos (Mu) ...................................................................... 159

Tabela 16 – Tabela comparativa de resultados obtidos nas análises estáticas ....................... 168

Tabela 16 – Tabela comparativa de resultados obtidos nas análises dinâmicas .................... 169

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Lista de Símbolos

fck resistência característica à compressão do concreto

fc resistência à compressão simples do concreto

Eci módulo de deformação tangente inicial do concreto

fckj resistência característica à compressão numa idade j

Ecs módulo de elasticidade secante do concreto

fct resistência a tração direta do concreto

Gc módulo de elasticidade transversal do concreto

fct,sp resistência a tração direta superior do concreto

fct,f resistência a tração direta inferior do concreto

fct,m resistência a tração direta média do concreto

fcm resistência a compressãosimples média do concreto

fck,est valor estimado da resistência característica do concreto à compressão

c deformação específica do concreto

σc tensão de compressão no concreto

c,lim deformação específica limite do concreto

Ec1 módulo de elasticidade secante da origem até o pico de compressão

σc,lim tensão de compressão limite no concreto

cd tensão de compressão de cálculo do concreto

c1ε deformação específica do concreto correspondente a 2‰

cu deformação específica última do concreto

c coeficiente de minoração da resistência do concreto

hsc coeficiente de minoração da resistência do concreto de alto desempenho

relação entre a deformação do ponto de cálculo (c) e de máxima tensão (c1)

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Ecm valor secante do módulo de elasticidade entre c = 0 e 0,4fcm

cu1 deformação última máxima permitada para o concreto

cu2 é o encurtamento ultimo (máximo) devido a compressão

cEγ coeficiente de minoração do módulo de elasticidade

bitola da barra de aço

fyk valor da resistência característica ao escoamento do aço

e deformação elástica do aço

s módulo de deformação longitudinal

r deformação residual permanente do aço

su deformação específica últimado aço

yd deformação específica correspondente ao início do escoamento

fyd resistências de cálculo do aço

ES módulo de deformação longitudinal

sd deformações de cálculo para o aço

sd tensões de cálculo para o aço

fyck valor da resistência característica ao encurtamento do aço

p deformação específica de ruptura do aço

s coeficiente de minoração da resistência do aço

V0 velocidade básica do vento

fator topográfico

fator terreno

fator estatístico

coeficiente de arrasto

S(n) espectro natural de potência do vento

V3 velocidades do vento em 3 segundos

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V600 velocidade média do vento em 600 segundos

pressãomédia do vento em 600 segundos

pressãomédia do vento em 3 segundos

qp pressão de máxima amplitude

pressão média ou estática do vento

pressão flutuante do vento

Sp’ espectro das pressões flutuantes do vento

massa específica do ar

velocidade média na altura z

amplitude relativa do harmônico k

pressão flutuante total

frequência natural da estrutura

valor divisor múltiplo da frequência natural

ângulo de fase correspondente ao harmônico k

comprimento da rajada de vento

momento de inércia do elemento infinitesimal de concreto

momento de inércia correspondente a barra de aço

intensidade do carregamento dinâmico

intervalo de tempo diferencial

frequência natural do sistema

coeficiente de amortecimento

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Sumário

Capítulo 1 – Introdução e Justificativa do Problema ............................... 25

Capítulo 2 Comportamento Mecânico do Concreto ............................... 28

2.1 Classificação .................................................................................................... 28

2.2 Módulo de elasticidade ................................................................................... 28

2.3 Coeficiente de Poisson e Módulo de elasticidade transversal ........................ 30

2.4 Resistência à tração ......................................................................................... 30

2.5 Resistência à compressão ............................................................................... 31

2.6 Diagrama tensão-deformação para o Estado Limite Último (ELU) ................. 32

2.6.1 Diagrama tensão-deformação da NBR6118:2007 ...................................... 32

2.6.2 Diagrama tensão-deformação do CEB90 ................................................... 34

2.6.3 Diagrama tensão-deformação do Eurocode 1992:2006 ............................ 36

2.7 Diagrama tensão-deformação para análises não-lineares ............................. 39

2.7.1 Diagrama tensão-deformação da NBR6118:2007 ...................................... 39

2.7.2 Diagrama tensão-deformação do CEB90 ................................................... 40

2.7.3 Diagrama tensão-deformação do Eurocode 2:2006 .................................. 40

Capítulo 3 - Comportamento Mecânico do Aço de Armadura Passiva .... 42

3.1 Generalidades.................................................................................................. 42

3.2 Classificação .................................................................................................... 42

3.3 Massa Específica .............................................................................................. 44

3.4 Coeficiente de Dilatação Térmica.................................................................... 44

3.5 Diagramas Tensão-Deformação ...................................................................... 44

3.5.1 Consideração inicial .................................................................................... 44

3.5.2 Aço Classe A (CA-25 e CA-50) ..................................................................... 45

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3.5.3 Aço Classe B (CA-60) .................................................................................. 47

3.5.4 Diagrama tensão-deformação da NBR6118:2007 ..................................... 49

Capítulo 4 - Vento Estático NBR-6123 ..................................................... 52

4.1 Generalidades ................................................................................................. 52

4.2 Fatores Meorológicos ..................................................................................... 52

4.3 Determinação do coeficiente de arrasto para torres de seção constante ..... 57

Capítulo 5 - O Método do Vento Sintético .............................................. 60

5.1 O Método de Monte Carlo .............................................................................. 61

5.2 Espectro do Vento........................................................................................... 62

Capítulo 6 - Análise Linear Estática ......................................................... 69

6.1 Método dos Elementos Finitos – MEF ............................................................ 69

6.2 Discretização da Estrutura .............................................................................. 70

6.2.1 Matriz de Rigidez dos Elementos ............................................................... 71

6.2.2 Matriz de Rigidez da Estrutura ................................................................... 86

6.3 Método dos Deslocamentos ........................................................................... 91

6.3.1 Equacionamento da Estrutura com o Sistema Completo .......................... 91

6.3.2 Carregamento Fora dos Nós ...................................................................... 91

Capítulo 7 - Análise NãoLinear Estática ................................................... 94

7.1 Método P-Delta ............................................................................................... 94

7.1.1 Método da Carga Lateral Fictícia ............................................................... 97

7.2 Integração da Linha Elástica ......................................................................... 102

7.3 Determinação da Rigidez Efetiva .................................................................. 103

7.3.1 Método do Gradiente Reduzido Generalizado ........................................ 106

Capítulo 8 - Análise Dinâmica ............................................................... 109

8.1 Sistema com um grau de liberdade – Método da Superposição.................. 111

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8.1.1 Resposta ao Carregamento Dinâmico Geral – Método da Superposição 111

8.1.2 Modos de Vibração – Método “Matrix Iterations” ..................................120

8.2 Sistema com múltiplos graus de liberdade – Método da Sobreposição Modal132

8.3 Análise Dinâmica Linear ................................................................................135

Capítulo 9 - Exemplo Numérico – O Software de Cálculo ..................... 139

9.1 Dados de Entrada ..........................................................................................139

9.2 Cálculos preliminares - Matriz de Rigidez e Vetor de Forças ........................143

9.3 Resultados da Análise Não-Linear Estática ...................................................145

9.4 Resultados da Análise Dinâmica em Torno da Configuração Não-linear ......147

9.5 Resultados Comparativos ..............................................................................151

9.5.1 Análise Linear Estática ..............................................................................152

9.5.2 Análise Não Linear Estática – Não linearidade Geométrica .....................154

9.5.3 Rigidez Efetiva ...........................................................................................156

9.5.4 Análise Não Linear Estática – Não linearidade Geométrica e Física ........160

9.5.5 Análise de Vibrações Livres ......................................................................162

Capítulo 10 –Resultados e Conclusões ................................................. 168

Referência Bibliográfica ........................................................................ 170

Anexo - Código fonte do software de cálculo ....................................... 173

Inicialização do Cálculo de Esforços de 1ª Ordem .......................................................192

Cálculo dos Deslocamentos de 1ª ordem ....................................................................193

Cálculo dos Esforços Solicitantes de 1ª Ordem ...........................................................195

Inicialização do Cálculo de 2ª Ordem ..........................................................................198

Cálculo dos Esforços de 2ª Ordem ...............................................................................200

Cálculo dos Deslocamentos de 2ª Ordem ...................................................................201

Inicialização do Cálculo de 2ª Ordem – Não linearidade Física ...................................202

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Cálculo da Rigidez Efetiva para 2ª Ordem com Não-linearidade física ....................... 206

Cálculo dos Deslocamentos de 2ª Ordem com Não-Linearidade Física ..................... 208

Inicialização do Cálculo das Frequências Naturais ...................................................... 209

Cálculo da Matriz de Rigidez Reduzida para Análise Modal ....................................... 210

Cálculo da Matriz de Massa Reduzida para Análise Modal ........................................ 214

Cálculo das Frequências Naturais ............................................................................... 218

Inicialização do Cálculo da Resposta Dinâmica ........................................................... 226

Cálculo das Amplitudes do Vento Sintético ................................................................ 226

Cálculo da Resposta ao Carregamento Periódico ....................................................... 228

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25

Capítulo 1 – Introdução e

Justificativa do Problema O tema escolhido está relacionado com a necessidade da implantação de inúmeras

novas torres de telecomunicação decorrente do crescimento acelerado da infraestrutura de

telecomunicações no Brasil. De um modo geral, novos sistemas de transmissão e recepção de

ondas eletromagnéticas estão sendo continuamente implantados. Estas torres pré-moldadas

vem se apresentando como ineficientes do ponto de vista estrutural uma vez que inúmeros

casos de desabamento vêm sendo observados no país, chegando a ser proibida sua

comercialização. Vários fatores podem ser associados a estes problemas, sendo os mais

prováveis a falta de controle de qualidade no processo de fabricação do concreto centrifugado

utilizado nessas estruturas, falhas de aderência no processo de fixação das armaduras nas

emendas entre os segmentos da torre e principalmente a desconsideração do comportamento

dinâmico não linear por parte dos projetistas destas estruturas.

Assim, o objetivo deste trabalho é propor um procedimento seguro e eficiente para a

análise de torres de telecomunicações em concreto armado, de grande esbeltez, baseado num

modelo dinâmico não linear, com carregamento dado pelo método do vento sintético.

Primeiramente, apresenta-se a estrutura da torre de telecomunicação com suas

características geométricas e físicas necessárias para análise do problema. Em seguida,

apresenta-se a determinação do carregamento estático de vento proposto pela norma NBR-

6123:1988. Calculam-se os esforços solicitantes em cada seção discretizada do modelo da

torre pelo Método dos Deslocamentos e em seguida propõe-se um processo iterativo para

consideração da não linearidade física e geométrica da estrutura. Apresenta-se o método do

vento sintético proposto por FRANCO (1993) e realiza-se a análise dinâmica do problema a

partir de uma configuração não linear de equilíbrio obtida da aplicação do carregamento

estático da norma. Finalmente, comparam-se os resultados obtidos com aqueles alcançados

por meio de ferramentas de cálculo consagradas ecom trabalhos de outros autores. Em

seguida, são apresentadas as conclusões obtidas.

Para resolver os problemas propostos é necessária a utilização de várias ferramentas

numéricas, tais como o método dos elementos finitos, análise dinâmica não linear de

Page 26: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

26

estruturas de concreto armado e análise estocástica para determinação dos carregamentos

decorrentes do método do vento sintético.

A análise do concreto armado será feita de acordo com a NBR-6118 (ABNT, 2007).

Para obter com precisão a rigidez da estrutura submetida aos carregamentos, foi elaborado um

programa computacional que discretiza a seção transversal de concreto armado em elementos

finitos para determinar com exatidão as tensões em cada ponto da seção e a porção da seção

transversal fissurada que deverá ser desprezada para o cálculo dos deslocamentos nas

próximas iterações. Em cada iteração, um procedimento tipo P-Delta é utilizado para levar em

conta a não linearidade geométrica e a rigidez efetiva das seções de concreto armado é

recalculada.

Para respaldar o trabalho, será estudado o método de análise dinâmicanão linear para

estruturas esbeltas submetidas a carregamento dinâmico proposto por SILVA e BRASIL

(2004a, 2004b), onde o modelo apresentado por esses autores é baseado estritamente nos

carregamentos estáticos e dinâmicos de vento propostos pela NBR-6123 (1988) e a não

linearidade da estrutura de concreto é considerada a partir de equações simplificadas, em

função do nível dos esforços, que determinam a rigidez efetiva das seções de concreto

armado. A rigidez efetiva dos elementos em concreto armado é calculada em função do nível

de flexão da iteração. Considerando-se a rigidez efetiva obtida na última iteração, são então

calculadas as frequências e modos naturais de vibração da estrutura, os quais serão utilizados

para o cálculo das respostas flutuantes do vento, de acordo com o modelo dinâmico discreto

da NBR-6123 (ABNT, 1988). Os autores consideram que a estrutura, sob a excitação do

vento, vibra em torno de uma configuração de equilíbrio dada pela análise não linear e sua

amplitude de vibração é dada pela componente dinâmica da velocidade do vento.

O objetivo desta dissertação é desenvolver uma ferramenta para análisedo

comportamento dinâmico de torres de telecomunicação de concreto armado de grande

esbeltezsubmetidas à flexão compostadevido a atuação do vento e do peso-próprio sobre os

elementos que as compõem.

Page 27: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

27

De forma resumida, têm-se o que se segue.

– Análise estática não linearda estrutura submetida ao carregamento de vento estático

dado pela norma NBR6123, considerando efeitos de 2ª ordem e a não linearidade física do

concreto armado;

– Análise dinâmica em torno de uma configuração não linear aplicando o método do

vento sintético proposto por Franco (1993);

– Desenvolvimento de um programa de computador como ferramenta automatizada

para determinar os deslocamentos máximos para qualquer configuração desejável da torre;

– Comparações dos resultados obtidospelo programa desenvolvido.

Inclui-se, ainda nos objetivos, a possibilidade de criar uma ferramenta simplificada que

permitaverificações de segurança no estado limite últimos mais gerais do que as

normatizadas.

Page 28: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

28

Capítulo 2 Comportamento

Mecânico do Concreto 2.1 Classificação

Os concretos estruturais estão classificados conforme a NBR8953. A nomenclatura

que identifica os concretos é composta pela letra ‘C’ (de classe) e do valor da resistência

característica à compressão (fck) em MPa(por exemplo, C30).

Há duas classes distintas pela norma NBR8953:

Classe I: abrange concretos com resistência de até 50 MPa (C10, C15, C20, C25, C30,

C35, C40, C45 e C50);

Classe II: abrange concretos com resistência entre 55 e 80 MPa (C55, C60, C65, C70,

C75 e C80).

Embora aNBR8953 citada incluir concretos com resistência até 80 MPa, a norma

NBR6118:2007, referente ao cálculo de estruturas de concreto armado, não abrange concretos

com resistência característica à compressão superior a 50 MPa. Concretos acima da

resistência característica de 50 MPa, também conhecidos como concretos de alto desempenho

(CAD), passam a ter um comportamento um pouco diferenciado, sendo regidos por um

comportamento frágil que não pode ser negligenciado. As hipóteses de cálculo precisam então

ser revistas quando da aplicação desses concretos.

Segundo Cherem (2005), apesar da norma brasileira de cálculo estrutural, NBR6118,

não estar preparada para trabalhar com concretos de alto desempenho, muitas normas

estrangeiras, como o CEB90 e o Eurocode 1992, já estipularam regras para os mesmos. Em

momento oportuno apresentaremos suas características.

2.2 Módulo de elasticidade

O módulo de elasticidade pode ser obtido seguindo ensaios descritos na NBR 8522,

esta norma considera o módulo de deformação tangente inicial igual a 30% de fc, ou outra

tensão especificada em projeto.

Page 29: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

29

Quando não se podem ser realizados ensaios e não existirem dados mais precisos

sobre o concreto usado na idade de 28 dias, costuma-se estimar o valor do módulo de

elasticidade usando a expressão:

Eci = 5600 ∙ ckf (Eq. 1)

De acordo com GOBBO, MEDRANO e UEHARA (2010), para concretos

centrifugados pode-se estimar que o valor do módulo de elasticidade supere aproximadamente

6,7% o valor do módulo de elasticidade de um corpo de prova moldado com concreto

convencional:

Eci = 1,067 ∙5600 ∙ ckf (Eq. 2)

onde Eci e fck são dados em MPa.

O módulo de elasticidade numa idade j 7 dias pode também ser avaliado através

desta expressão, substituindo-se fck por fckj. Quando for o caso, é esse o módulo de

elasticidade a ser especificado em projeto e controlado na obra.

O módulo de elasticidade secante a ser utilizado nas análises elásticas de projeto,

especialmente para determinação de esforços solicitantes e verificação de estados limites de

serviço, deve ser calculado pela expressão:

Ecs = 0,85 ∙ Eci (Eq. 3)

Na avaliação do comportamento de um elemento estrutural ou seção transversal pode

ser adotado um módulo de elasticidade único, à tração e à compressão, igual ao módulo de

elasticidade secante (Ecs).

Na avaliação do comportamento global da estrutural e para o cálculo das perdas de

protensão, pode ser utilizado em projeto o módulo de deformação tangente inicial (Eci).

Page 30: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

30

2.3 Coeficiente de Poisson e Módulo de elasticidade transversal

O coeficiente de Poisson do concreto, relativo às deformações elásticas sob tensões

normais de serviço (compressão menor que 0,5fc e tração maior que fct), pode ser estimado em

0,2.

O módulo de elasticidade transversal Gc pode ser tomado igual a 0,4Ecs.

2.4 Resistência à tração

A resistência a tração indireta fct,sp e a resistência a tração na flexão fct,f devem ser

obtidas em ensaios realizados segundo a NBR 7222 e NBR 12142, respectivamente.

A resistência a tração direta fct pode ser considerada igual a 0,9 fct,sp ou 0,7 fct,f ou, na

falta de ensaios para a obtenção de fct,sp e fct,f, pode ser avaliado o seu valor médio ou

característico por meio das equações seguintes:

fct,m= 0,3 ∙ fck2/3

(Eq. 4)

fctk,inf = 0,7 ∙ fct,m (Eq. 5)

fctk,sup = 1,3 ∙ fct,m (Eq. 6)

onde: fct,m e fck são expressos em megapascal.

Para o concreto não fissurado, pode ser adotado o diagrama tensão-deformação bi-

linear de tração, indicado naFigura 1.

Page 31: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

31

Figura 1 - Diagrama bi-linear de tração para o concreto

Fonte: NBR6118:2007

2.5 Resistência à compressão

A resistência à compressão simples é denominada fc. Para estimá-la são moldados e

preparados corpos-de-prova para ensaios segundo a NBR5738 (Moldagem e curade corpos-

de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto), os quais são ensaiados segundo a NBR5739

(Concreto – Ensaio de compressão de corpos de-prova cilíndricos).

O corpo-de-prova padrão brasileiro é cilíndrico, com 15 cm de diâmetro e 30 cm de

altura. A idade de referência para o ensaio é de 28 dias. Após ensaios de um número

satisfatório de corpos-de-prova, um gráfico com os valores obtidos de fccontraa quantidade de

corpos-de-prova relativos a determinado valor de fc, também denominada densidade de

freqüência. A curva encontrada denomina-se Curva Estatística de Gauss ou Curva

deDistribuição Normal para a resistência do concreto à compressão (Figura 2).

Page 32: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

32

Figura 2 - Curva de distribuição normal para a resistência do concreto

Fonte: Cherem (2005)

Na curva de Gauss encontram-se dois valores de fundamental importância: a

resistência média do concreto à compressão (fcm) e resistência característica do concreto à

compressão (fck).

O valor fcm é a média aritmética dos valores de fc para o conjunto de corpos-de-prova

ensaiados, e é utilizado na determinação da resistência característica fck, por meio da

expressão:

fck= fcm− 1,65 ∙ s (Eq. 7)

O desvio-padrão s corresponde à distância entre a abscissa de fcm e a do ponto de

inflexão da curva (ponto em que ela muda de concavidade).

O valor ‘1,65’ corresponde ao quantil de 5%, ou seja, apenas 5% dos corpos-de-prova

possuem fc<fck, ou ainda, 95% dos corpos-de-prova possuem fc≥ fck. Portanto, pode-se definir

fckcomo sendo o valor da resistência que tem 95%de probabilidade de ser alcançado, em

ensaios de corpos-de-prova de um determinado lote de concreto.

Nas obras, devido ao pequeno número de corpos-de-prova ensaiados, calcula-se fck,est,

valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.

2.6 Diagrama tensão-deformação para o Estado Limite Último (ELU)

2.6.1 Diagrama tensão-deformação da NBR6118:2007

Para o dimensionamento prático, torna-se necessário simplificar as distribuições

curvas de tensões no concreto que ocorrem na zona comprimida (por flexão simples ou

Page 33: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

33

composta) da peça. Com relação à idade do concreto quando do carregamento, contentou-se

em considerar sempre a de 28 dias na verificação do estado limite último. Isto corresponde à

prescrição de que as peças estruturais não devem suportar a combinação mais desfavorável de

cargas prevista no cálculo antes da idade de 28 dias. Considerando todos os outros parâmetros

apontados, procurou-se um diagrama - simplificado, uma idealização que conduzisse a um

cálculo prático sem grandes complicações e que, ao mesmo tempo, estivesse sempre a favor

da segurança.

Figura 3 - Diagrama parábola retângulo de compressão para o concreto (NBR6118:2007)

Fonte: NBR6118:2007

Extensas pesquisas comparativas mostraram que a linha tensão-deformação da Figura

3 (compressão mostrada como positiva), formada por uma parábola de 2º grau, desde a

origem até o ponto correspondente a = 2,0 ‰, continuada por um patamar até = 3,5 ‰,

com ordenada máxima 0,85 ∙ fcd igual ao valor indicado na expressão (Eq. 9), fornece muito

boa concordância em relação a capacidade da seção nos estados limites últimos.

Do exame do diagrama retangular parabólico da Figura 3 conclui-se que:

c = 0,85 ∙ fcd ∙

2

c

2‰

ε11 para 0 ≤ c ≤ 2 ‰ (Eq. 8)

c = constante = 0,85 ∙ fcd para 2 ‰ ≤ c ≤ 3,5 ‰ (Eq. 9)

Como o diagrama retangular-parabólico é válido para qualquer forma de seção

transversal, e, portanto, para qualquer forma de zona comprimida, pode ser usado também na

flexão oblíqua.

Page 34: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

34

2.6.2 Diagrama tensão-deformação do CEB90

O diagrama tensão-deformação para cargas de curta duração tem a forma esquemática

da Figura 4.

Figura 4 - Diagrama de compressão para o concreto (CEB90)

Fonte: CEB-FIP (1995)

A relação entre σc e c pode ser aproximada pela seguinte expressão:

σc = –

c1

c

c1

ci

2

c1

c

c1

c

c1

ci

ε

ε2

E

E1

ε

ε

ε

ε

E

E

· fcm para | c | < | c,lim | (Eq. 10)

onde

Eci módulo de elasticidade tangente: Eci = 2,15 · 104MPa ·

3/1

cm

10

f

c1 = – 0,0022

Ec1 módulo secante da origem até o pico de compressão (Ec1 = 0,0022

fcm )

A deformação c,lim que ocorre a σc,lim = – 0,5fcm pode ser calculada pela expressão

(Eq. 11).

c1

limc,

ε

ε=

1

E

E

2

1

2

1

c1

ci +

1/22

c1

ci

2

11

E

E

2

1

4

1

(Eq. 11)

Page 35: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

35

Para os estados limites últimos, no dimensionamento das seções transversais, a

resistência de cálculo de uma região não fissurada carregada uniaxialmente à compressão

pode ser representada também pelo diagrama parábola-retângulo como segue na Figura 5.

Figura 5 - Diagrama de compressão para o concreto (CEB90)

Fonte: CEB-FIP 1990:1995

A deformação c é mostrada em valores absolutos e são positivas para a compressão.

As expressões que regem o comportamento da curva acima são as seguintes:

cd = 0,85 ∙ fcd ∙

n

c

ε11 para 0 ≤ c ≤ c1 (Eq. 12)

c = constante = 0,85 ∙ fcd parac1 ≤ c ≤ cu (Eq. 13)

onde o valor

c1 = 2‰ para fck ≤ 50 MPa (Eq. 14)

c1 (‰)= 2,0 + 0,5 ∙

100

50fck para 50 < fck< 100 MPa (Eq. 15)

Para a flexão, os valores de cusão dados por

cu = 0,0035 para fck ≤ 50 MPa (Eq. 16)

Page 36: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

36

cu (‰) = 2,5 + 2,0 ∙

100

f-1 ck para 50 < fck< 100 MPa (Eq. 17)

n = 2,0 para fck ≤ 50 MPa (Eq. 18)

n= 2,0 – 0,008 ∙ (fck – 50) para 50 < fck ≤ 100 MPa (Eq. 19)

O coeficiente de minoração c pelo CEB tem valor 1,5, porém, para os concretos de

alto desempenho, esse coeficiente deve ser ainda incrementado pelo fatorhsc

hsc =

500

f1,1

1

ck

para 50 < fck≤ 100 MPa (Eq. 20)

2.6.3 Diagrama tensão-deformação do Eurocode 1992:2006

A relação entre c e c (compressão mostrada como positiva) para carregamento

uniaxial de curta duração é descrita pela expressão(Eq. 21) e mostrada na Figura 6.

Figura 6 - Diagrama de compressão para o concreto (Eurocode)

cm

c

f

σ=

2)-(K1

-K 2

(Eq. 21)

Fonte: Eurocode 1992:2006

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37

O coeficiente é a relação entre a deformação correspondente ao ponto de cálculo (c)

e a deformação correspondente a máxima tensão (c1).

=

c1

c

ε

ε (Eq. 22)

O valor da deformação correspondente a máxima tensão (c1) pode ser estipulado

conforme a expressão (Eq. 23):

c1(‰)= 0,7 ∙ fcm0,31

(Eq. 23)

onde fcm deve ser colocado em MPa.

O valor da resistência à compressão média do concreto (fcm) é fornecida simplesmente

por:

fcm = fck + 8MPa (Eq. 24)

O coeficiente K é dado através da expressão (Eq. 25) abaixo.

K = 1,1 ∙ Ecm ∙

cm

c1

f

ε (Eq. 25)

O módulo de elasticidade de um concreto é controlado pelo módulo de elasticidade de

seus componentes. Um valor aproximado do módulo de elasticidade Ecm (valor secante entre

c = 0 e 0,4fcm), para os concretos com agregados de quartzo, é dado pela expressão(Eq. 26).

Ecm = 22 ∙

0,3

cm

10

f

(Eq. 26)

onde fcm deve ser colocado em MPa.

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38

A expressão (Eq. 27) é válida para 0 < |c|< |cu1|, onde cu1 é a deformação última

máxima permita para o concreto, conforme expressão (Eq. 27):

cu1(‰) = 2,8 + 27 ∙

4

cm

100

f-98

(Eq. 27)

Outras idealizações da relação tensão-deformação podem ser aplicadas, desde que

representem adequadamente o comportamento do concreto considerado. Para o

dimensionamento de seções transversais, a relação tensão-deformação da Figura 7 pode ser

usada (compressão mostrada positiva):

Figura 7 - Diagrama parábola retângulo de compressão para o concreto (Eurocode)

Fonte: Eurocode 1992:2006

As expressões que regem o comportamento da curva acima são as seguintes:

c = 0,85 ∙ fcd ∙

n

c2

c

ε

ε11 para 0 ≤ c ≤ c2 (Eq. 28)

c = constante = 0,85 ∙

fcd parac2 ≤ c ≤ cu2 (Eq. 29)

onde:

cu2 é o encurtamento ultimo (máximo) devido a compressão.

c2 é a deformação a partir da qual atingi-se a máxima resistência

n expoente da parábola

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39

c2 = 2‰ para fck ≤ 50 MPa (Eq. 30)

c2 (‰) = 2,0 + 0,085 ∙ (fck-50)0,53

para 50 < fck ≤ 90 MPa (Eq. 31)

cu2 (‰) = 3,5 ‰ para fck ≤ 50 MPa (Eq. 32)

cu2 (‰) = (‰) = 2,6 + 35 ∙

4

cm

100

f-98

para 50 < fck ≤ 90 MPa (Eq. 33)

n = 2,0 para fck ≤ 50 MPa (Eq. 34)

n= 1,4 + 23,4 ∙

4

cm

100

f-98

para 50 < fck ≤ 90 MPa (Eq. 35)

O coeficiente de minoração c pelo Eurocode tem valor 1,5.

2.7 Diagrama tensão-deformação para análises não-lineares

2.7.1 Diagrama tensão-deformação da NBR6118:2007

O diagrama que deve ser usado nas análises de estabilidade, conforme item 15.3 da

NBR6118:2007 é o indicado na Figura 4.

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40

Figura 8 - Diagrama parábola retângulo de compressão para a análise de estabilidade (NBR6118:2007)

Fonte: NBR6118:2007

As expressões são análogas as obtidas no item 2.6.1.

c = 1,1 ∙ fcd ∙

2

c

2‰

ε11 para 0 ≤ c ≤ 2 ‰ (Eq. 36)

c = constante = 1,1 ∙ fcd para 2 ‰ ≤ c ≤ 3,5 ‰ (Eq. 37)

2.7.2 Diagrama tensão-deformação do CEB90

O diagrama do CEB para análises não lineares deve ser o mesmo descrito na Figura 4,

regido pela expressão(Eq. 10).

2.7.3 Diagrama tensão-deformação do Eurocode 2:2006

As relações definidas pela Figura 6 e pela expressão (Eq. 21)podem ser usadas.

Determinando os diagramas tensão-deformação baseados em valor de cálculo, o valor da

carga última de cálculo é obtido diretamente da análise. Na expressão (Eq. 24) e (Eq. 26) o

valor de fcmdeve ser substituído por fcde Ecm substituído por:

Ecd =

cE

cm

γ

E (Eq. 38)

onde o valor de cE é 1,2, conforme recomendado.

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41

O diagrama tensão-deformação, para análises de segunda ordem em pilares, fica sendo

o exposto na Figura 9.

Figura 9 - Diagrama parábola retângulo de compressão para a análise de estabilidade (Eurocode)

Fonte: NBR6118:2007

Page 42: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

42

Capítulo 3 - Comportamento

Mecânico do Aço de Armadura

Passiva 3.1 Generalidades

Existem dois tipos de armaduras utilizados no concreto armado. Podem serpassivas

(também conhecidas por ordinárias) ou ativas (de protensão).

Por tratar-se de um trabalho sobre torres de concreto armado não protendido, por

armaduras se entenderá exclusivamente as passivas.

De acordo com a NBR7480, as barras de aço são produtos de bitola maior que 10

mm obtidos por laminação e os fios de aço são considerados os de bitola 10 mm ou inferior

obtidos por trefilação. Designaremos por barras da armadura tanto as barras laminadas como

os fios trefilados.

3.2 Classificação

De acordo com o valor característico da tensão de escoamento, os aços podem ser

divididos nas seguintes categorias:

- CA-25

- CA-50

- CA-60

Onde o prefixo CA indica que é utilizado no concreto armado e o número seguinte

indica o valor da resistência característica ao escoamento (fyk) em kN/cm².

De acordo com a configuração do diagrama tensão-deformação, os aços dividem-se

em duas classes:

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43

– Aço classe A: laminado a quente, com escoamento definido, caracterizado por

patamar no diagrama tensão-deformação.

Figura 10 - Diagrama tensão-deformação real para o aço de classe A

Fonte: NBR6118:2007

Nos aços classe A o limite de elasticidade, o limite de proporcionalidade e a tensão de

escoamento (ponto A da Figura 10) são valores praticamente coincidentes.

– Aço classe B: encruado por deformação a frio (como torção, compressão transversal,

estiramento, relaminação a frio, trefilação), com tensão convencional de escoamento definida

por uma deformação permanente de 0,2%. Na Figura 11, OD é a deformação total S

correspondente ao ponto B do diagrama; S compõe-se de duas parcelas: a deformação

elástica (e) e a deformação residual permanente (r).

Figura 11 - Diagrama tensão-deformação real para o aço de classe B

Fonte: NBR6118:2007

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44

Nos aços classe B (Figura 11), o ponto A define o limite de proporcionalidade e o

ponto B corresponde à tensão de escoamento convencional.

Antigamente, para também indicar a classe, as categorias de aço referidas acima

levavam a letra A ou B logo após o valor fyk: CA-50A ou CA-50B. Atualmente, não existe

mais essa referência, pois não há mais perigo de confusão. Os aços CA-25 e CA-50 não

precisam da letra A, porque são sempre desta classe e o aço CA-60 é sempre da classe B (só

existem fios).

Finalmente, em relação às características de aderência ao concreto (tipo de superfície),

as barras são conhecidas em:

- lisas;

- entalhadas;

- de alta aderência (nervuradas).

3.3 Massa Específica

Pode-se adotar para a massa específica do aço de armadura passiva o valor de 7.850

Kg/m3, conforme a norma NBR 6118:2007 no seu item 8.3.3.

3.4 Coeficiente de Dilatação Térmica

Conforme a norma NBR 6118:2007, em seu item 8.3.4, o valor 10-5

ºC-1

pode ser

considerado para o coeficiente de dilatação térmica do aço, para intervalos de temperatura

entre 20 ºC e 150 ºC.

3.5 Diagramas Tensão-Deformação

3.5.1 Consideração inicial

Vale salientar que os diagramas tensão-deformação que serão apresentados a seguir

são válidos apenas para intervalos de temperatura entre 20 ºC e 150 ºC.

Page 45: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

45

3.5.2 Aço Classe A (CA-25 e CA-50)

A NBR6118:2007 permite simplificar o diagrama - da Figura 10, do lado da

segurança, adotando o diagrama da Figura 12, típico de material elasto-plástico perfeito. Os

alongamentos específicos são limitados a deformação su,como será visto nos capítulos

seguintes. Os encurtamentos específicos não podem ser usados além de cu devido ao

concreto. Chamaremos de yd a deformação específica correspondente ao início do

escoamento no diagrama de cálculo.

Figura 12 - Diagrama tensão-deformação idealizado para o aço de classe A

Fonte: NBR6118:2007

Observemos que a Figura 12 contém dois diagramas: o característico (em traço cheio)

e o de cálculo (em pontilhado). As resistências de cálculo são:

fyd = s

ykf

fycd =

s

yckf

(Eq. 39)

O módulo de deformação longitudinal Es do aço classe A é a relação:

ES =

yd

yd

ε

f (Eq. 40)

Page 46: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

46

Para todos os aços, A ou B, podemos adotar, conforme recomenda a NBR6118:2007,

no seu item 8.3.5, o valor constante:

ES = 210.000 MPa (Eq. 41)

Conforme será visto, os valores de cálculo das tensões podem estar abaixo da

resistência de cálculo. Chamaremos de sd e sd as deformações e tensões de cálculo (são

valores s e s quaisquer). Da análise da Figura 12, podemos concluir que:

Para 0 ≤ sd ≤ yd: sd = Es ∙ sd sendo sd ≤ fyd (Eq. 42)

e yd =

S

yd

E

f (Eq. 43)

Para yd ≤ sd ≤ p: sd = constante = fyd (Eq. 44)

Estamos nos referindo à tração. Para compressão as fórmulas são análogas. É sabido

que o valor da resistência fyck costuma ser um pouco menor que fyk. Nos complementos do

CEB podemos encontrar que fyck 0,9 ∙ fyk (na falta de ensaios). Segundo a NBR6118:2007,

na falta de determinação experimental, admiti-se:

fyck fyk (Eq. 45)

Os diagramas tensão-deformação, com valores numéricos para os dois tipos de aço se

encontram ilustrados nas Figura 13e Figura 14.

Page 47: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

47

TIPO CA-25

Figura 13 – Valores números para o aço CA-25

TIPO CA-50

Figura 14 – Valores números para o aço CA-50

Fonte: NBR6118:2007

Fonte: NBR6118:2007

3.5.3 Aço Classe B (CA-60)

O diagrama de cálculo será obtido dividindo-se por s = 1,15 as ordenadas oblíquas,

paralelas à reta de Hooke, da curva experimental que contém a resistência característica.

Figura 15 – Diagrama tensão-deformação idealizado

para o aço classe B

Figura 16 – Tensão-Deformação limitado pelo

ELU do concreto

Fonte: NBR6118:2007

Fonte: NBR6118:2007

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48

Na falta da curva real, obtida experimentalmente, permite-se um diagrama

simplificado (Figura 15 e Figura 16) composto de três trechos:

- trecho linear até o valor s = 0,7 ∙ fyd;

- trecho curvo entre este ponto e o ponto correspondente à resistência de escoamento

convencional fyd;

- patamar desde ponto em diante.

Como anteriormente, o diagrama em traço cheio refere-se a fyk, em pontilhado a fyd.

Os valores de Es e fyck são os já vistos nas expressões (Eq. 44) e (Eq. 45), respectivamente.

Observa-se que agora yd é definido como a deformação específica Figura 13 correspondente

ao ponto de escoamento convencional do diagrama de cálculo:

yd = S

yd

E

f+ 0,002 (Eq. 46)

Deformações e tensões de cálculo para o aço classe B:

sd = S

sd

E

σ para 0 ≤ sd ≤ 0,7 ∙ fyd ; (Eq. 47)

sd = S

sd

E

σ+

45

1∙

2

yd

sd 0,7f

σ

para 0 ≤ sd ≤ 0,7 ∙ fyd ; (Eq. 48)

ou seja, a expressão (Eq. 48) vale para S

yd

E

f0,7 ≤ sd ≤ yd sendo yd dado pela

expressão (Eq. 46).

Para yd ≤ sd ≤ p sd = constante = fyd (Eq. 49)

Page 49: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

49

Perceba que o trecho comprimido do diagrama é interrompido, pois os encurtamentos

específicos não podem ser usados além de cu devido ao concreto. Basta conferir no 0 e

verificar que os valores numéricos de cu ficam exatamente no trecho curvo.

O diagrama tensão-deformação, com valores numéricos para este tipo de aço se

encontra ilustrado na Figura 17. Note que o valor de cu e su não estão fixados, pois os

mesmos dependem da classe de resistência do concreto.

Figura 17 – Valores números para o aço CA-60

Fonte: NBR6118:2007

3.5.4 Diagrama tensão-deformação da NBR6118:2007

A formulação e curva do 2º grau apresentadas, destinadas aos aços de classe B, ou

seja, do tipo CA-60, basearam-se no trabalho não publicado ‘Ensaios de aço nacionais à

tração, realizado pelo professor Péricles Brasiliense Fusco, em 1976.

Embora essa formulação para aços de classe B seja boa e condizente com a realidade,

ela não consta mais na norma NBR6118:2007 por ser um pouco trabalhosa. A NBR6118:2007

achou mais prático manter um diagrama único que se destinasse a ambas as classes de aço,

designando-o apenas por Diagrama tensão-deformação para aços de armadura passiva. Esse

diagrama segue o padrão dos aços classe A (Figura 14) e pode ser usado tanto para os aços de

classe A (CA-25 e CA-50) quanto de classe B (CA-60).

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50

Figura 18 – Diagrama tensão-deformação a ser utilizado para qualquer aço pela NBR6118:2007

Fonte: NBR6118:2007

Realmente concordamos que a formulação com a curva de 2º grau seja um pouco mais

trabalhosa, justificando a adoção de um diagrama único, simplificado, idêntico ao de classe A.

Se colocarmos o diagrama proposto pela NBR6118:2007 e o diagrama que utiliza a

curva de 2º grau (Figura 19), perceberemos que há uma pequena discordância. O valor da

deformação para a qual consideramos o início do escoamento (yd) também é diferente para os

dois diagramas (ponto B e C).

Page 51: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

51

Figura 19 – Comparação entre o diagrama real

e o idealizado para aços de classe B

Figura 20 – Valores numéricos para o diagrama

idealizado de aço CA-60

Fonte: NBR6118:2007

Fonte: NBR6118:2007

O leitor pode, a princípio, ficar um pouco preocupado, pois no intervalo mencionado,

assumindo que o diagrama com a curva de 2º grau seja o mais próximo a realidade, uma

determinada deformação s possuiria uma tensão s superior ao valor verdadeiro, o que nos

faz concluir que tal fato vai contra a segurança.

A conclusão obtida no parágrafo anterior é correta, porém vale lembrar que não há

com o que se preocupar, pois o aço de classe B (CA-60) geralmente é utilizado apenas no

projeto de pisos industriais e lajes. Esses elementos têm grande capacidade de redistribuição

plástica e apresentam diversos outros mecanismos resistentes tal que o verdadeiro Estado

Limite Último (ELU) é muito superior ao que realmente obtemos no cálculo, o que faz com

que esse erro de cálculo possa ser negligenciado.

O diagrama que deveria ser adotado, conforme a NBR6118:2007 pode ser visto na

Figura 20. Perceba que com esse tipo de diagrama, a armadura tem possibilidade de

escoamento no trecho comprimido (ponto D), o que é impossível quando utilizamos o

diagrama tensão-deformação que utiliza a formulação com a curva de 2º grau.

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52

Capítulo 4 - Vento Estático

NBR-6123 4.1 Generalidades

No Brasil não há uma norma que estabeleça procedimentos para se obter as forças do

vento em torres de telecomunicação. A norma NBR6123 (1988) apresenta diretrizes para

determinar as forças do vento em edificações dentro de um contexto geral, porém não

estabelece nenhum método específico para o cálculo do vento em torres cilíndricas de seção

vazada como as de interesse deste trabalho.

Portanto, pretende-se a seguir propor um procedimento para o cálculo das forças do

vento em torres de telecomunicação de formato cilíndrico. O capítulo é separado em duas

partes: a primeira refere-se a parâmetros meteorológicos como a velocidade do vento,

rugosidade do terreno e topografia; a segunda refere-se à determinação dos coeficientes de

arrasto médio em torres cilíndricas considerando a presença de antenas, cabos e escadas

marinheiro. O carregamento dinâmico da torre devido às rajadas de vento será estudado no

capítulo 6 deste trabalho.

4.2 Fatores Meorológicos

Os fatores meteorológicos são determinados conforme a norma NBR 6123/1988.

Segundo CARRIL (2000), neste tema, há muito ainda por fazer para aprimorar os dados

existentes, como uma atualização das medidas da velocidade básica (V0) do vento no

território nacional. Esta velocidade é definida com a velocidade de uma rajada de 3 segundos,

com período de retorno de 50 anos, considerada a 10 metros acima do solo em campo aberto e

plano. As isopletas de velocidade básica, apresentadas na Figura 21, são utilizadas para

determinar esta velocidade.

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53

Figura 21 - Isopletas da velocidade básica Vo (m/s)

Fonte: NBR6123:1998

V0: máxima velocidade média sobre 3

s, que pode ser excedida em média uma

vez em 50 anos, a 10 m sobre o nível

do terreno em lugar aberto e plano.

A velocidade característica é determinada por:

Page 54: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

54

e

(Eq. 50)

Onde S1 é o fator topográfico; S2 depende da rugosidade do terreno, dimensões da

edificação e altura sobre o terreno; e o S3 é o fator estatístico que, para o caso de torres de

telecomunicações, é considerado de valor 1,1. Os fatores S1 e S2 são obtidos a partir das

recomendações da NBR6123/1988.

O fator S3 é um fator estatístico com base em conceitos estatísticos, e leva em conta o

grau de segurança e a vida útil desejados da edificação. Os valores mínimos do fator S3 estão

relacionados com a probabilidade de ocorrência da velocidade básica do vento no período de

vida útil de uma edificação destinada a moradias, hotéis, escritórios, etc (usualmente adotado

de 50 anos) e estão indicados na Figura 22.

Figura 22 - Valores mínimos do fator estatístico S3

Fonte: NBR6123:1998

O fator S2 leva em consideração o perfil de velocidade do vento na atmosfera

conforme o tipo de terreno. A norma brasileira separa rugosidade do terreno em 4 categorias:

I (superfícies lisas de grandes dimensões); II (terrenos abertos com poucos obstáculos; III

(terrenos planos ou ondulados com obstáculos); IV (terrenos cobertos por obstáculos

numerosos e pouco espaçados). O fator S2 também considera a duração da rajada para que o

vento englobe toda a estrutura. Nesse caso a norma brasileira fornece três tipos de edificações:

classe A – edificações menores que entre 20 e 50 metros (duração da rajada de 5 segundos); e

classe C – Dimensões da edificação maiores que 50 metros (rajadas de 10 segundos).O fator

S2 para cada categoria, classe de edificação e determinada altura acima do solo pode ser

determinado por:

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55

2 (r) (Eq. 51)

Onde b, p e Fr são fatores os quais dependem das características do terreno, e z é a

altura acima do nível do terreno em metros.

O fator S2 também pode ser obtido diretamente através da tabela apresentada na Figura

23.

Figura 23 – Fator S2

Fonte: NBR6123:1998

O fator topográfico S1 leva em consideração o aumento da velocidade do vento na

presença de morros e taludes, mas não considera a diminuição da turbulência com o aumento

da velocidade do vento. A turbulência é importante para a determinação da resposta dinâmica

de estruturas esbeltas, como o caso de algumas torres de telecomunicações. É determinado do

seguinte modo:

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56

a) Terreno plano ou fracamente acidentado: S1 = 1,0;

b) Taludes e morros:

- Taludes e morros alongados nos quais pode ser admitido um fluxo de ar

bidimensional soprando no sentido indicado na Figura 24;

- No ponto A (morros) e nos A e C (taludes): S1 = 1,0;

- No ponto B: [S1 é uma função S1(z)]

Figura 24 - Fator topográfico

Fonte: NBR6123:1998

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57

4.3 Determinação do coeficiente de arrasto para torres de seção constante

O cálculo segue as recomendações da NBR6123/1988 que determina quais os

coeficientes de arrasto longitudinal devem ser utilizados em torres de seção constante ou

fracamente variável. A norma apresenta uma tabela (Figura 25) com o valor dos coeficientes

de arrasto a serem utilizados de acordo com o tipo de seção da torre, número de Reynolds do

fluxo de vento, relações h/l1 e l1/l2.

Sendo (Vk em m/s; l1 em m)

Estes coeficientes são aplicáveis a corpos de eixo vertical e assentes nos terrenos sobre

uma superfície plana com extensão suficiente (relativamente à seção transversal do corpo)

para originar condições de fluxo semelhante às causados pelo terreno.

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58

Figura 25 - Coeficientes de arrasto, Ca, para corpos de seção constante

Fonte: NBR6123:1998

A força de arrasto no trecho considerado é determinada por:

(Eq. 52)

Onde q é a pressão dinâmica do vento dada por:

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59

(Eq. 53)

Onde A é a área delimitada pela projeção ortogonal da seção transversal da torre ao

longo de sua altura e Ca é o coeficiente de arrasto. Observa-se que q e Vk variam com a

altitude.

Devem ser consideradas também as forças do vento em estruturas adicionais como:

escadas marinheiro; plataformas; tubulações eestruturas de antenas celulares. A norma

brasileira não especifica como determinar essas forças adicionais, apenas fornece o

coeficiente de arrasto para perfis e tubos de comprimento infinito. As forças do vento são

simplesmente adicionadas sem considerar a proteção de elemento sobre o outro.

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60

Capítulo 5 - O Método do

Vento Sintético Segundo Obata (2009) o Método do Vento Sintético se baseia nos conceitos básicos de

estatística e em simulações numéricas, o que atribui a este método umalto grau de

confiabilidade por ser próximo ao vento “real”, por conta disso é utilizado como referência

em trabalhos acadêmicos notáveis como os de Leite (1998), de Carril Junior (2000), de Menin

(2002), de Lazanha (2003) e de outros. Uma aplicação muito conhecida do método é a do

próprio Franco para o cálculo do edifício Centro Empresarial Nações Unidas, localizado na

Marginal do Rio Pinheiros, em São Paulo.

O procedimento aproveita-se da facilidade em utilizar programas de elementos finitos,

como o que foi desenvolvido para esta dissertação e será apresentado noCapítulo 9,

programas esses que permitem a inclusão de séries temporais de carregamento.

A simulação de Monte Carlo no Método do Vento Sintético vale-se da utilização de

uma série de dados retirados de um histórico de vento. Para as pressões flutuantes, executam-

se transformadas, como as de Fourier, para criar amostras representativas do ventobaseado

nassuas propriedades estatísticas. Esse procedimento tem como ponto de partida um espectro

de potência, por exemplo o dado por Davenport (1998), indicado por Franco (1993), do qual

se extrai um espectro reduzido de velocidades e, em seguida, a relação entre a pressão média e

a flutuante é obtida.

Então, a parcela flutuante é decomposta em um número finito de funções harmônicas

proporcionais à frequência natural da estrutura, com ângulos de fase variando aleatoriamente.

Em cada uma dessas parcelas flutuantes é aplicado o esforço do vento, calculado com base no

conceito de correlação espacial, como se cada uma fosse transformada em rajadas

equivalentes atuando em determinado ponto da estrutura. Ou seja, essa aplicação será

realizada ao longo do tempo de duração da rajada e em um ponto desfavorável da estrutura. A

pressão de vento nos demais pontos da estrutura é obtida pelas funções de correlação

horizontal e vertical. Essa lógica parte da ideia de que há partes da torre que não tem

incidência máxima do vento em um determinado instante. Dessas aplicações, obtém-se o

espectro de resposta em que se determinam os valores de deslocamentos máximos de cada

aplicação. Como último passo, a estrutura deve ser solicitada novamente e dessa vez, com a

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61

combinação que gerou a resposta mais próxima ao valor característico, em que se identificam

os valores de esforços ou deslocamentos característicos da estrutura em estudo.

5.1 O Método de Monte Carlo

De acordo com Obata (2009), o Método de Monte Carlo baseia-se na simulação de

variáveis aleatórias para resolução de problemas diversos na engenharia, porém, também é

utilizado na previsão de investimentos e prefixações, sendo a maioria das publicações

relacionadas a este método encontradas nas áreas econômica e financeira.

O Método de Monte Carlo é considerado muito simples e flexível para ser aplicado em

problemas de uma ou de diversas variáveis. No entanto, como depende do número de

simulações para reduzir o erro da estimativa da solução procurada, pode tender, na prática, a

um processo muito lento, mesmo em face dos procedimentos computacionais.

O uso desse método de simulações foi empregado, primeiro em 1942, no

desenvolvimento da bomba atômica, em razão da grande complexidade do problema. No

entanto, foi batizado de Monte Carlo por ser a cidade mais famosa pelos seus cassinos e jogos

de roleta, dispositivos que produzem números aleatórios.

Embora existam muitas aplicações para o método de Monte Carlo, uma das mais

intuitivas é o cálculo da área sob uma função não negativa, como apresentado em Thomas

(2002).

Área sob a curva Área de retângulo ≈ Número de pontos contados sob a curva Número

de pontos aleatórios.

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62

Figura 27 - Pontos aleatórios sob e sobre a curva

Fonte: Obata (2009)

Portanto, quanto mais pontos forem estudados, melhor será a estimativa, mas é preciso

salientar algumas desvantagens no caso de áreas sob curvas, como a falta de um limite de erro

e a própria dificuldade de definir a coordenada máxima (altura do retângulo), mesmo que se

tenha definido o intervalo das abscissas. No entanto, pode se tornar uma estimativa muito

prática para funções de muitas variáveis ou variáveis complexas.

5.2 Espectro do Vento

Conforme descrito no Método do Vento Sintético, o espectro natural de potência do

vento, S(n), a ser utilizado será o de Davenport, descrito pela seguinte expressão:

(Eq. 54)

com,

(Eq. 55)

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63

(Eq. 56)

O espectro de potência S(n) em questão, em escala logarítmica, é mostrado na Figura

26.

Figura 26 –Variação da pressão ao longo de um bocal: dados experimentais

Fonte: Obata (2009)

O valor de X é o proposto por Franco (1993) e também citado por Zhou (2002) como

sendo o valor adotado pela norma canadense NBC-1995, em que se consideraram a facilidade

e a segurança, mas ligeiramente diferente do valor original que tem seu melhor ajuste

experimental na escala de comprimento L igual a 1200, segundo Davenport (1998).

Em relação à velocidade, U0, Franco (1993) estabeleceu uma simplificação, mas nessa

descrição se aplica o procedimento desenvolvido por Carril Junior (2000), em que a

velocidade média do vento varia com a altitude e a categoria do terreno, conforme método

descrito da NBR6123 para cálculo da resposta dinâmica na direção do vento.

Nesse caso, a norma NBR6123/1988 estabelece as pressões flutuantes correspondentes

às rajadas derivadas de medições de velocidades V3, em três segundos e em uma cota z; já a

velocidade média corresponde a medições em 600 segundos, V600. Segundo o método do

“vento sintético”, a razão entre a pressão média (t=600 segundos) e a pressão máxima de

rajada (t = 3 segundos) é:

(Eq. 57)

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64

Portanto:

(Eq. 58)

(Eq. 59)

A velocidade V0 é básica do vento, em três segundos, para a cota igual a z=10m em

terreno aberto de categoria II, assim como os valores de b e p são fornecidos pela norma

brasileira, e é dada pela Figura 24 apresentada no Capítulo 4.

A pressão de máxima amplitude, ou de pico, qp define-se por:

(Eq. 60)

A pressão média, ou estática, é obtida por:

(Eq. 61)

Do valor da pressão média, calcula-se a força estática, Fe, atuante em um ponto da

estrutura pela equação (Eq. 62), a seguir:

(Eq. 62)

Em que:

Ca: Coeficiente de arrasto,

A: Área da projeção vertical que contribui para geração da força no ponto considerado.

A pressão flutuante, então, pode ser calculada como segue em 10, para uma pressão

máxima, e, como expresso em 11, para uma pressão efetiva:

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65

(Eq. 63)

Portanto 48% da força total representa o valor médio e 52% representa o valor

flutuante dado pelas rajadas.

A força da parte flutuante, em razão das rajadas, é decomposta em funções harmônicas

conforme o espectro de potência das rajadas.Toma-se o espectro de potência das velocidades

de vento de Davenport modificado apresentado anteriormente na equação(Eq. 54).

Para uma região pequena da estrutura de área A, onde se pode considerar as

velocidades do vento perfeitamente correlacionadas, o espectro das pressões flutuantes Sp’

devidas ao vento está relacionado com o espectro da velocidade do vento pela fórmula:

(Eq. 64)

onde,

ρ é a densidade do ar;

Ca é o coeficiente aerodinâmico;

Uz é a velocidade média na altura z.

A seguir, divide-se esse espectro em certo número de faixas de frequências. A proposta

de Franco adota 11 divisões, com a quarta delas centrada na frequência do primeiro modo

natural da estrutura. As demais são centradas em valores de frequência que são obtidos

multiplicando essa frequência por 2 elevado a expoentes fracionários ou inteiros (0.125, 0.25,

0.5, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7). A relação entre as áreas de cada uma dessas faixas e a área total do

espectro dá a amplitude relativa dos harmônicos que se poderiam obter desse diagrama. Cada

uma dessas áreas dá:

(Eq. 65)

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66

onde,

Cké a amplitude relativa do harmônico k;

k é o harmônico considerado;

A pressão flutuante total é decomposta em amplitudes para cada harmônico utilizando

as amplitudes calculadas a partir do espectro das velocidades. Sabendo que a amplitude

máxima da pressão flutuante pode ser escrita como uma parcela da pressão total, p'(t) =αp, as

amplitudes dos componentes harmônicos de p’(t) podem ser escritas na forma:

(Eq. 66)

(Eq. 67)

onde,

nré a frequência natural da estrutura em hz;

k é o ângulo de fase correspondente ao harmônico k;

rk é um valor divisor múltiplo de 2 da frequência natural correspondente ao harmônico

k;

A amplitude de cada harmônico de força é dada por:

(Eq. 68)

A construção das séries de carregamentos para a geração dos históricos de carga

baseia-se na superposição dos componentes harmônicos com ângulos de fase indeterminados.

Assim, estes últimos representam a componente aleatória do processo.

Seguindo a correlação de banda estreita com o coeficiente de decaimento C=7, a favor

da segurança, determina-se o comprimento da rajada para cada harmônico:

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67

(Eq. 69)

(Eq. 70)

Para cada frequência do vento adota-se uma correlação espacial representada por dois

triângulos com decaimento de 1 a 0 atuando na altura total por:

(Eq. 71)

Para aplicar o conceito de tamanho de rajada, deve-se determinar para cada harmônico

a posição de seu centro na estrutura. Segundo FRANCO (1993), adota-se, a favor da

segurança, o centro de rajada na posição mais desfavorável da estrutura onde a resposta

desejada seja máxima (deslocamentos ou esforços solicitantes). Além disso, na prática, pode-

se adotar o mesmo centro para todas as rajadas elementares.

Seguindo o método proposto por FRANCO (1993) algumas condições já citadas

anteriormente devem ser observadas, como a seguir listadas.

O número de harmônicos deve ser maior ou igual a 11. Quanto maior for m,

mais preciso é o método;

O período de um dos harmônicos deve coincidir com o período fundamental da

estrutura.

A frequência dos das demais funções harmônicas devem ser múltiplos de nr por

um fator de dois.

Segundo FRANCO (1993), para 11 harmônicos, a contribuição do harmônico

ressonante é superestimada por um fator da ordem de 2. Este fato foi verificado pelo referido

autor aumentando-se significativamente o número de harmônicos nas vizinhanças da

ressonância.

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68

Sendo r o valor de k ressonante, FRANCO, sugere reduzir à metade o valor do

coeficiente cr. Para garantir que a soma de ck seja unitária, FRANCO sugere, também,

aumentar cr/4 no valor dos coeficientes cr+1 e cr-1, ou seja:

(Eq. 72)

(Eq. 73)

(Eq. 74)

A estrutura é então excitada com as várias séries temporais constituídas pelos m

harmônicos com ângulos de fase pseudo-aleatórios (0≤k≤ 2π). Para cada série temporal de

carregamento, os valores máximos da resposta da estrutura nas coordenadas relevantes são

determinados. FRANCO (1993) sugere que sejam geradas ao menos 20 séries temporais de

carregamento. A resposta característica da estrutura na coordenada de interesse é determinada

estatisticamente. Considerando-se a distribuição de extremos tipo 1 (Gumbel), determina-se a

resposta característica, adotando-se 95% de probabilidade de que o valor da resposta seja

menor que o valor característico.

Para se determinar todos os valores característicos dos esforços solicitantes ou dos

deslocamentos da estrutura, adota-se a série temporal cuja resposta mais se aproxima da

resposta característica determinada estatisticamente.No 0 apresenta-se o exemplo numérico da

torre em estudo.

Page 69: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

69

Capítulo 6 - Análise Linear

Estática 6.1 Método dos Elementos Finitos – MEF

A teoria do MEF surgiu em 1955 como aprimoramentoda análise matricial de modelos

reticulados desenvolvida no início da década de 1930 para aindústria aeronáutica britânica,

juntamente com o aumento da disponibilidade de computadores digitais possibilitando

oprojeto de estruturas de modelos contínuos. De acordo com Suzuki (2012),o método foi

concebido a princípio por engenheiros aeronáuticos cuja intenção era realizar análises de

distribuição de tensões em chapas utilizadas naasa de aviões. Em 1962 Gallagher, Padlog e

Bijlaard foram os primeiros a aplicar o MEF em uma análise tridimensional de tensões, nessa

ocasião pode-se passar a considerar também o efeito da temperatura em sólidos de forma

complexa.

Um ano depois Gallagher e Padlog aplicaram o MEF para o cálculo de deslocamento

de vigas e placas considerando o efeito da não linearidade geométrica e a determinação de

cargas críticas.

Até então as primeiras formulações eram feitas de forma direta, pois partia-se de uma

abordagem física e intuitiva e utilizavam-se os princípios dos deslocamentos. Não havia um

critério que garantisse a convergência para a solução exata.

Em 1963 Melosh apresentou o MEF utilizando uma abordagem diferentepartindo da

minimização da grandeza escalar funcional da energia potencial total. Em 1965 Veubuke

apresentou a formulação do método partindo de outras funcionais da mecânica dos sólidos

deformáveis. Porém a base do método já havia sido formulada por Lord Rayleigh em 1870,

Walther Ritz em 1909 e por Richard Courant em 1943, logo percebeu-se então que o MEF é

um caso particular do método de Rayleigh-Ritz. Denominou-se este método como formulação

variacional.

A formulação variacional permitiu a resolução de vários problemas em meios

porosos,de transferência de calor e eletrostáticos, além dos de meio continuo. Em 1967

Zienkiewicz e Cheug publicaram o primeiro livro inteiramente dedicado ao método de

elementos finitos.

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70

Após a formulação variacional de Rayleigh-Ritz verifica-se que o método pode ser

formulado diretamente a partir de equações diferenciais e de condições de contorno de

problema continuo com a aplicação do método de Galerkin que é um dos métodos de resíduos

ponderados. Foi denominado de formulação de resíduos. Portanto, as equações algébricas do

MEF podem ser obtidas através de formulações diretas, variacional ou residual.

Hoje a teoria do MEF é a base da tecnologia CAE (Computer Aided Engineering) que

auxilia no projeto e análises de problemas envolvendo estruturas mecânicas (unidimensional,

bidimensional, tridimensional) lineares ou não lineares, dinâmicas ou estáticas, transferência

de calor, eletromagnéticos, etc.

O método é uma forma econômica para obter resultados e realizar a análise desses

problemas, pois dispensa a construção de modelos em escala e a realização de ensaios

custosos. O Método dos Elementos Finitos (MEF), às vezes chamado de Análise de

Elementos Finitos, segundo Hutton (2004) é uma técnica computacional para obter soluções

aproximadas de problemas de valores de contorno, comumente usado na engenharia. Apesar

de obter uma solução aproximada pode-se considerar exata na engenharia, graças aos avanços

tecnológicos alcançados. Os problemas de valor de contorno são equações diferenciais com

uma ou mais variáveis dependentes, estas variáveis precisam satisfazer certas restrições, as

chamadas condições de contorno. Os problemas de valores de contorno também são

conhecidos como problemas de variável de campo. Variáveis de campo são variáveis

dependentes da equação diferencial. E as condições de contorno são variáveis de campo com

valores específicos. Para cada problema físico existe um tipo de variável de campo, alguns

exemplos são o deslocamento, a temperatura, o fluxo de calor entre outros.

6.2 Discretização da Estrutura

Faremos a discretização da estrutura em elementos finitos lineares (em número que

deverá ser definido pelo usuário) que por sua vez terão suas seções transversais discretizadas

em uma malha de elementos finitos, cuja precisão também deverá ser definida previamente

pelo usuário.

Supõe-se que a barra seja dividida em ‘n’ comprimentos iguais.

Page 71: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

71

Figura 27–Discretização de uma

barra vertical

Fonte: Cherem (2005)

O valor do comprimento L de cada trecho fica sendo

dado pela equação:

L = L/n (Eq. 75)

O número de pontos criados (itotal) é o número de

divisões acrescido de 1, conforme equação:

itotal = n+1 (Eq. 76)

A posição (z) de cada ponto pode ser escrita conforme

a equação:

zi = (i – 1) ∙ L (Eq. 77)

onde, i = 1, 2, 3, 4, .., itotal.

Para esta dissertação, será adotado um valor de n = 6, provocando itotal = 7, ou seja, 7

seções transversais a serem analisadas ao longo do comprimento. De qualquer modo, por se

tratar de integração numérica, quanto mais pontos existirem ao longo do comprimento, mais a

solução melhora e se aproxima da solução real.

6.2.1 Matriz de Rigidez dos Elementos

O calculo matricial é a forma pela qual o MEF trabalha. E por essa razão foi adotado e

popularizou-se no meio computacional. Amatriz de rigidez é a matriz de maior importância

dentro do método. É nela que estão embutidas as principais informações para a solução do

problema, como tipo de elemento finito usado, geometria, propriedade dos materiais, conexão

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72

entre os elementos, ou seja, a matriz de rigidez traduz o comportamento do sistema.

Conformeo estimulo externo atuante sobre o sistema a ser analisado, a matriz de rigidez

mostrará como o sistema reagirá. Os estímulos externos são diversos, para cada tipo de

problema pode ser empregado um ou mais tipo, alguns exemplos são: carregamento, força,

fluxo de calor, etc. O uso do termo rigidez é bem apropriado, pois a matriz mostrará também

o quanto é difícil ou fácil tirar o sistema de seu estado inicial, de forma paralela pode-se

comparar a matriz de rigidez ao módulo de rigidez da mola, quanto maior seu valor mais

difícil é para comprimi-la ou tracioná-la e quanto menor o valor mais fácil é paradeformá-la.

O uso da mola nestas analogias não é uma coincidência, ela é utilizada como forma

comparativa nos estudos mais básicos de MEF e Resistência dos Materiais.

6.2.1.1 Elemento mola Linear

Este é o elemento mais simples e comumente usado para introduzir no estudo do

MEF. A mola linear como um mero dispositivo mecânico é capaz de suportar esforços axiais

somente, e sua deformação, quando submetido a tração ou compressão, é diretamente

proporcional a força aplicada, representada pela equação (Eq. 78).

(Eq. 78)

onde F é a força, k é a constante de proporcionalidade conhecida como constante de

rigidez da mola e δ é a deformação da mola.

Figura 28 - Elemento mola (adaptado de HUTTON 1 st ed. p. 20)

Fonte: Suzuki (2012)

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73

A formulação do elemento mola é feito por meio direto, sem necessidade de

demonstração matemáticas ou cálculos complexos.

Os elementos conectam-se pelos nós i e j estes podem sofrer deslocamento ui e

ujcausadas pelas forças fi e fj respectivamente. Por conveniência é arbitrado a direção do eixo

coordenado x coincidente com a deformação axial do elemento. Por enquanto será tratado

somente o sistema de coordenadas unidimensional.

As equações a seguir descrevem o comportamento do sistema:

(Eq. 79)

Substituindo (Eq. 79) em (Eq. 78):

(Eq. 80)

Para o equilíbrio reescrevendo a equação (Eq. 80) para

termos das forças em cada nó:

(Eq. 81)

(Eq. 82)

As equações (Eq. 81) e (Eq. 82) formam um sistema de equações que escritas na forma

matricial será:

(Eq. 83)

De forma simplificada será como:

(Eq. 84)

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74

onde:

(Eq. 85)

onde [ke] representa a matriz de rigidez do sistema, {u} é o vetor de deslocamentos

nodais e {F} é o vetor com as forças nodais do elemento.

A matriz de rigidez da equação (Eq. 85) é de ordem 2x2 significa que o elemento

possui 2deslocamentos nodais ou 2 graus de liberdade.

Um sistema ou elemento que possui N graus de liberdade corresponderá a uma matriz

de rigidez quadrada de ordem NxN.

Esta foi a representação de um único elemento e para o caso em que é feita a

representação de um elemento isoladamente do resto do sistema são usados os termos

“sistema local” ou “do elemento”. Por exemplo, [ e] é a matriz de rigidez do elemento ou

matriz de rigidez do sistema local, isso ocorre também com o sistema de coordenadas existirá

um sistema de coordenadas local para cada elemento.

A solução do problema reduz-se a um simples calculo matricial do tipo:

(Eq. 86)

O elemento mola formulado isoladamente não possui solução, seria necessário

arestrição do seu movimento em um dos nós ou conectado a outro elemento de um sistema

maior. Ao tentar resolver este sistema matricial será encontrado um sistema linear compatível

indeterminado. E como é necessária uma solução em específico é necessário restringir o

movimento em um ou mais nós. E essas restrições são as chamadas condições de contorno.

Até o momento foi analisado o elemento individualmente do sistema global. Porém para

encontrar a solução do sistema global é necessário relacionar elemento a outro, para isso é

necessário montar o sistema de equações matricial global que será chamado de sistema global.

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75

6.2.1.2 Elemento Barra Elástica

O elemento barra elástica é muito similar à mola, porém possui uma formulação mais

geral, também possui mais aplicações, como estruturas treliçadas, pórticos bidimensionais e

tridimensionais. Para fazer a formulação deste elemento finito é necessário realizar algumas

considerações:

- a barra é reta;

- o material obedece à lei de Hooke;

- barras prismáticas;

- as forças aplicadas ocorrem somente nas suas extremidades;

- sofre somente esforços axiais, momento e flexão;

Considere-se o problema da determinação da solução exata do campo de

deslocamentos e dos esforços solicitantes em uma barra prismática com deslocamentos

impostos nas suas extremidades.

Considere-se, inicialmente, a situação na Figura 29, que também admite a

possibilidade de carregamentos distribuídos aplicados à barra.

(Eq. 87)

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76

Figura 29 - Elemento barra elástica

Fonte: Mazzili, André, Bucalem, Cifú (2010)

Isolando-se um elemento de comprimento infinitesimal e impondo-se equilíbrio entre

esforços solicitantes e carregamentos, tem-se a situação indicada na Figura 30.

Do equilíbrio de forças na direção longitudinal, vem:

(Eq. 88)

Do equilíbrio de forças na direção transversal, vem:

(Eq. 89)

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77

Figura 30 – Equilíbrio de esforços no elemento infinitesimal de barra elástica

Fonte: Mazzili, André, Bucalem, Cifú (2010)

Do equilíbrio de momentos, vem:

(Eq. 90)

Combinando-se (Eq. 89)e (Eq. 90), resulta:

(Eq. 91)

Estuda-se, agora, a relação entre deslocamentos e deformação longitudinal. Tome-se,

para isto, a Figura 31 que indica os deslocamentos (u,w) de um ponto P genérico, da seção S,

que na barra deformada corresponde ao ponto P’, da seção S’, supondo válida a hipótese de

Navier.

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78

Figura 31 – Hipótese de Navier

Fonte: Mazzili, André, Bucalem, Cifú (2010)

Designando por e os deslocamentos do baricentro da seção S, os deslocamentos

do ponto P serão:

(Eq. 92)

(Eq. 93)

Recorda-se a definição de deslocamento longitudinal

(Eq. 94)

Para se escrever, a partir de (Eq. 94), para a deformação de uma fibra infinitesimal em

P:

(Eq. 95)

Esta expressão traduz a Lei de Navier (distribuição plana para ε)

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79

Para elasticidade linear, a Lei de Hooke estabelece a relação entre tensão e

deformação:

(Eq. 96)

Sendo E o módulo de elasticidade longitudinal e a tensão normal. Considerando-se

(Eq. 96) em (Eq. 97), chega-se a:

(Eq. 97)

Que traduz a lei de Bernoulli (distribuição plana de tensões).

Recordando-se, agora, algumas relações entre esforços solicitantes e tensões, e

respeitando-se a convenção clássica de sinais:

(Eq. 98)

(Eq. 99)

Considerando-se (Eq. 98), obtêm-se:

(Eq. 100)

(Eq. 101)

A força cortante pode ser calculada usando-se (Eq. 101) e (Eq. 90):

(Eq. 102)

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80

De (Eq. 88) e (Eq. 100), obtém-se a equação que permite determinar os deslocamentos

longitudinais por integração:

(Eq. 103)

E, de (Eq. 91) e (Eq. 101), a que permite determinar os deslocamentos transversais por

integração:

(Eq. 104)

Note-se que o problema da determinação do campo de deslocamentos é desacoplado.

Para determinar os coeficientes da matriz de rigidez do elemento, tem-se interesse na

solução do problema com deslocamentos impostos nas extremidades da barra, porém sem

carregamentos (qx=0 e qx=0), ou seja:

(Eq. 105)

(Eq. 106)

A solução de (Eq. 105), já impondo respeito às condições de contorno da extremidade,

pode ser escrita na forma:

(Eq. 107)

As funções

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81

(Eq. 108)

(Eq. 109)

Permitem determinar, por interpolação, mas de forma exata, o deslocamento em uma

seção genérica, uma vez conhecidos os deslocamentos nas extremidades e . Note-se que

a força normal também pode ser calculada facilmente a partir de (Eq. 105):

(Eq. 110)

A solução de (Eq. 106), já impondo respeito às condições de extremidade pode ser

escrita na forma:

(Eq. 111)

As funções:

(Eq. 112)

(Eq. 113)

(Eq. 114)

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82

(Eq. 115)

Permitem determinar, por interpolação, mas de forma exata, o deslocamento em

uma seção genérica, uma vez conhecidos os deslocamentos nas extremidades , , e

.

Note-se que o momento fletor e a força cortante também podem ser calculados

facilmente a partir de (Eq. 101) e (Eq. 102). Em particular, nas extremidades, obtêm-se os

valores:

(Eq. 116)

(Eq. 117)

(Eq. 118)

Os coeficientes da matriz de rigidez do elemento de barra são obtidos aplicando-se,

separadamente, deslocamentos unitários nos 3 graus de liberdade de cada um dos do elemento

um de cada vez nas equações de esforços solicitantes acima apresentados. Ou seja:

(Eq. 119)

(Eq. 120)

(Eq. 121)

(Eq. 122)

(Eq. 123)

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83

(Eq. 124)

Utilizando a seguinte correlação entre numeração de graus de liberdade e

deslocamentos nodais:

(Eq. 125)

(Eq. 126)

(Eq. 127)

(Eq. 128)

(Eq. 129)

(Eq. 130)

Figura 32 - Numeração dos graus de liberdade nodais do elemento barra

Fonte: Mazzili, André, Bucalem, Cifú (2010)

Da aplicação de (Eq. 119) temos:

(Eq. 131)

(Eq. 132)

(Eq. 133)

Page 84: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

84

(Eq. 134)

(Eq. 135)

(Eq. 136)

Da aplicação de (Eq. 120) temos:

(Eq. 137)

(Eq. 138)

(Eq. 139)

(Eq. 140)

(Eq. 141)

(Eq. 142)

Da aplicação de (Eq. 121) temos:

(Eq. 143)

(Eq. 144)

(Eq. 145)

(Eq. 146)

(Eq. 147)

(Eq. 148)

Da aplicação de (Eq. 122) temos:

(Eq. 149)

(Eq. 150)

(Eq. 151)

(Eq. 152)

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85

(Eq. 153)

(Eq. 154)

Da aplicação de (Eq. 123) temos:

(Eq. 155)

(Eq. 156)

(Eq. 157)

(Eq. 158)

(Eq. 159)

(Eq. 160)

Da aplicação de(Eq. 124) temos:

(Eq. 161)

(Eq. 162)

(Eq. 163)

(Eq. 164)

(Eq. 165)

(Eq. 166)

Na forma matricial temas a matriz de rigidez [k] de cada elemento é dada por:

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86

6.2.2 Matriz de Rigidez da Estrutura

A matriz de rigidez da estrutura é obtida a partir das matrizes de rigidez das barras que

a compõe.

Considere-se uma parte de uma estrutura de barras qualquer, como esquematizada na

Figura 33para a qual os graus de liberdade, as barras e os nós estão numerados e as barras

orientadas.

Figura 33 - Parte de uma estrutura genérica de barras

Fonte: Mazzili, André, Bucalem, Cifú (2010)

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87

Seja g um nó arbitrariamente escolhido que será utilizado como representativo de um

nó genérico da estrutura. Na Figura 34 apresentam-se as ações internas e externas que devem

ser consideradas para estabelecer-se o equilíbrio do nó g.

Figura 34 - Equilíbrio do nó g

Fonte: Mazzili, André, Bucalem, Cifú (2010)

Impondo-se o equilíbrio do nó g, obtém-se:

(Eq. 167)

(Eq. 168)

(Eq. 169)

As equações (Eq. 167) – (Eq. 169) evidenciam que as forças externas em um nó devem

ser equilibradas pelas forças de extremidade das barras que convergem para o nó.

Com o objetivo de facilitar a contabilidade entre a numeração dos graus de liberdade,

que é local para as barras e global para a estrutura, define-se para uma barra genérica (m) a

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88

matriz coluna {F(m)

}, N x 1, onde N é o número total de graus de liberdade da estrutura. AS

forças nodais são “colocadas” em {F(m)

} nas posições que correspondem à numeração global

dos graus de liberdade da barra (m). As demais posições de {F(m)

} são definidas como sendo

nulas.

Tendo-se definido {F(m)

} para todas as barras da estrutura, pode-se escrever

simultaneamente o equilíbrio de todos os graus de liberdade da estrutura considerando a

equação:

(Eq. 170)

Onde nb é o número total de barras da estrutura. De fato, considerando, por exemplo, o

grau de liberdade i, a equação (Eq. 170) estabelece:

(Eq. 171)

Já que somente as barras (a), (b) e (c) têm entradas não nulas para a posição i. Nota-se

que essas barras são as únicas que possuem graus de liberdade de extremidade que, na

numeração global, correspondem ao grau de liberdade i.

Utilizando a relação entre numeração global e local, conforme indica a Figura 34,

pode-se escrever:

(Eq. 172)

Essas relações acima mostram que a equação (Eq. 171) é idêntica à equação (Eq. 167),

mostrando que, de fato, a equação (Eq. 170) traduz o equilíbrio simultaneamente para todos

os graus de liberdade.

Analogamente à definição de {F(m)

}, seja {U(m)

} a matriz coluna N x 1 que coleciona

os deslocamentos da barra (m) posicionados segundo a numeração global dos graus de

liberdade, sendo as demais posições definidas como nulas. Define-se ainda a matriz [K(m)

], N

x N tal que:

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89

(Eq. 173)

Sendo que as únicas entradas não nulas de [K(m)

] são aquelas associadas aos graus de

liberdade da barra (m). Essas entradas não nulas são definidas de forma a reproduzir a

equação:

(Eq. 174)

Portanto, todas as entradas não nulas de [K(m)

] podem ser obtidas a partir das entradas

de [k(m)

] seguindo-se a correspondência entre numeração local e global dos graus de

liberdade. Por exemplo, para a barra (b):

(Eq. 175)

(Eq. 176)

(Eq. 177)

E assim sucessivamente.

Pode-se agora apresentar a importante dedução que se segue. Substituindo (Eq. 172)

em (Eq. 170) obtém-se

(Eq. 178)

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90

Por compatibilidade, considerando que os deslocamentos nodais da barra (m) são

correspondentes deslocamentos nodais da estrutura, pode-se escrever:

(Eq. 179)

Que substituindo em (Eq. 173) leva à:

(Eq. 180)

E, portanto

(Eq. 181)

Com

(Eq. 182)

Onde [K] é obviamente a matriz de rigidez da estrutura. Observa-se que a equação (Eq.

181) representa simultaneamente, para todos os graus de liberdade, as condições de equilíbrio

e compatibilidade.

A equação (Eq. 182) estabelece formalmente como obter os coeficientes da matriz de

rigidez da estrutura [K] a partir da matriz de barras [K(m)

].

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91

6.3 Método dos Deslocamentos

6.3.1 Equacionamento da Estrutura com o Sistema Completo

De acordo com Mazzil., André, Bucalem, Cifú (2010), o equacionamento da estrutura

por Análise Matricial se divide em duas partes, coerentemente com a subdivisão da matriz de

rigidez. No caso dos graus de liberdade livres terem sido numerados antes, a primeira parte do

equacionamento se refere aos deslocamentos desconhecidos {Ul}, com cargas aplicadas nos

nós como carregamento {Rl}; a segunda parte se refere aos graus de liberdade onde se

conhecem os deslocamentos {Ub} (zero, ou um recalque de apoio), e não se sabe qual é o

carregamento {Rb} (reações de apoio). A primeira parte é um sistema linear; a segunda, uma

expressão mais simples, em que basta efetuar uma multiplicação de uma matriz por um vetor.

(Eq. 183)

A primeira parte do equacionamento, referente aos graus livres, resulta:

(Eq. 184)

A segunda parte, relacionada com os graus bloqueados, fica

(Eq. 185)

6.3.2 Carregamento Fora dos Nós

Os efeitos de carregamentos fora dos nós em uma estrutura, quanto aos deslocamentos

nodais e às reações de apoio, podem ser simulados com a aplicação das reações de

engastamento perfeito nas extremidades das barras, com sinal invertido, em vez dos

carregamentos não-nodais. Estes esforços de engastamento perfeito serão representados pelo

vetor {R}0. A superposição ilustrada na Figura 35 facilita o entendimento desta afirmação.

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92

Figura 35 - Esforços nodais equivalentes a carregamento fora dos nós. O vetor {R}0 representa os esforços

de engastamento perfeito devidos ao carregamento nos vãos

Fonte: Mazzili, André, Bucalem, Cifú (2010)

O vetor {R}0 representa os esforços de engastamento perfeito devidos ao carregamento

nos vãos. Observando a figura, que representa um caso em que a estrutura está solicitada

apenas por carregamentos fora dos nós, fica também fácil entender que os esforços

solicitantes nas barras decorrem da superposição dos dois casos, devendo para seu cálculo

serem aplicados às barras, além dos esforços , calculados pelo Método dos

Deslocamentos (decorrentes da aplicação à estrutura de - {R}0), os esforços de engastamento

perfeito de uma barra decorre da transformação do seu vetor pela relação

(Eq. 186)

, por sua vez, é de muito fácil obtenção através da análise de cada elemento como

viga simples hiperestática.

No caso de serem aplicados à estrutura, além dos esforços não-nodais, também

carregamentos nodais {R}, basta lembrar da superposição de efeitos e adicionar sua influência

na estrutura. São carregamentos neste caso os vetores {R} e - {R}0. O equacionamento da

estrutura, portanto, resulta:

Page 93: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

93

(Eq. 187)

De onde se obtêm os deslocamentos dos nós {U} e, consequentemente, e .

Quanto aos esforços nas extremidades de barra, escreve-se:

(Eq. 188)

Page 94: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

94

Capítulo 7 - Análise NãoLinear

Estática 7.1 Método P-Delta

Anão linearidade geométricaé aquela causada pela mudança da geometria da estrutura,

ou seja, mudança da posição da estrutura no espaço (PINTO, 1997). Quando pontos da

estrutura mudamse deslocam com magnitudes diferentes diz se que esta estruturase deformou,

como é o caso da estruturada Figura 36, em que uma barra vertical engastada na base e livre

no topo, ao estar submetida a uma ação horizontal no topo, muda de configuração, indo para a

posição da linha cheia.

Figura 36 - Barra vertical com mudança de posição no espaço

Fonte: Pinto (1997)

Os efeitos da não linearidade geométrica são observadosquando se analisa o equilíbrio

para a posição deformada, ou seja, quando se realiza a análise com a barra na posição da linha

cheia (Figura 36).

Para que os conceitos da não linearidade geométrica fiquem mais claros, analisa-se a

barra vertical de comprimento le, mostrada na Figura 37, submetida às forças verticais (FV) e

horizontal (FH).

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95

Figura 37 - Barra vertical submetida a ações verticais e horizontais

Fonte: Pinto (1997)

Para que tal estrutura permaneça em equilíbrio na posição indeformada, ou seja, na

posição inicial, surgem reações na base da barra, como mostrado na Figura 38, sendo uma

delas o momento fletor de primeira ordem M1, que recebe este nome (de primeira ordem) pelo

fato de ter sido obtido na análise do equilíbrio da barra na posição indeformada (inicial).

Agora, se o equilíbrio for considerado na posição deformada, ou seja, na posição

deslocada de um valor u devido à ação horizontal, será gerado um acréscimo de momento na

base igual a fazendo com que o valor do momento de primeira ordem M1 aumente,

resultando o momento de 1ª ordem mais 2ª ordem, chamado M2, que pode ser visto na Figura

38.

Page 96: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

96

Figura 38 - Reações na barra vertical deformada

Fonte: Pinto (1997)

O acréscimo de momento é um efeito de segunda ordem, pois foi um esforço que

surgiu com a análise do equilíbrio da estrutura na sua posição deformada. Portanto, somente

se esse esforço for levado em conta na análise é que a não linearidade geométrica da estrutura

estará sendo considerada.

Os esforços de primeira e de segunda ordem global podem ser obtidos por meio do

processo P-Delta. Porém, como ele não é um parâmetro de estabilidade, a avaliação da

estabilidade global é realizada após a análise. O P-Delta nada mais é do que um processo de

análise não linear geométrica.

Segundo Lopes (2005), P-Delta é um efeito que ocorre em qualquer estrutura onde os

elementos estão submetidos a forças axiais, ou seja, forças na direção longitudinal da peça.

Pode-se dizer que é um processo que relaciona a carga axial (P) com o deslocamento

horizontal (∆). Na literatura, há diversos métodos que levam em conta este processo, tais

como: Método de Dois Ciclos Iterativos, Método da Carga Lateral Fictícia, Método da Carga

de Gravidade Iterativa e Método da Rigidez Negativa.

Page 97: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

97

Neste trabalho será dada ênfase apenas ao Método da Carga Lateral Fictícia, por ele ser

o mais conhecido entre todos.

7.1.1 Método da Carga Lateral Fictícia

Segundo Moncayo (2011) este método também pode ser chamado de P-∆ iterativo ou,

em inglês, de “Iterative Method”. Após a análise de primeira ordem, iniciam-se as iterações

até que se chegue numa posição de equilíbrio, como pode ser visto na Figura 39.

Figura 39 - Iterações do processo P-delta

Fonte: Pinto (1997)

A cada iteração obtém-se uma nova força lateral fictícia e, com essa nova força, volta-

se a realizar a mesma análise, até atingir a posição de equilíbrio.

Como foi visto na Figura 39, o processo P-Delta foi mostrado para uma barra simples

na vertical, engastada na base e livre no topo. Porém, esse processo pode ser aplicado a

edifícios de múltiplos andares, como mostra a Figura 40.

Page 98: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

98

Figura 40 - Cargas fictícias (H') em edifícios de múltiplos andares

Fonte: Pinto (1997)

Para quem está estudando o processo P-Delta pela primeira vez, a Figura 40 pode

parecer um pouco confusa. Portanto, para explicar melhor, serão consideradas algumas etapas,

sendo a primeira a de aplicação de carregamento vertical, surgindo, logo após, os esforços

horizontais fictícios (cortante fictícia, V’, e a carga lateral fictícia, H’).

Os esforços cortantes fictícios podem ser obtidos pela seguinte expressão:

(Eq. 189)

Page 99: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

99

E a carga lateral fictícia de um andar (i) pode ser obtida subtraindo-se a cortante

fictícia desse andar (i) do valor relativo ao andar inferior (i – 1), ou seja:

(Eq. 190)

Na Figura 41, pode-se observar a face indeformada do edifício e a facedeformada,

sendo esta representada pela linha mais escura.

Figura 41 - Deslocamentos dos pavimentos

Fonte: Pinto (1997)

Na Figura 42 são indicados os deslocamentos horizontais entre os pavimentos.

Figura 42 - Deslocamentos horizontais entre os pavimentos

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100

Fonte: Pinto (1997)

Com a aplicação das cargas verticais, como mostrado na Figura 43-(a), surgirão

momentos, por causa dos deslocamentos horizontais entre os pavimentos.

Por exemplo, utilizando-se os deslocamentos entre os pavimentos da Figura 42-(b),

ter-se-ia o momento igual a . Dividindo-se cada parcela pela respectiva altura

hi, obtém-se o binário de forças cortantes fictícias, o qual é representado pela expressão (Eq.

189). Subtraindo-se a força cortante de , mostrada na Figura 43-(b), obtém-se a

expressão (Eq. 190), anteriormente mostrada, para a carga lateral fictícia .

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101

Figura 43 - Esquema de forças verticais (a) e horizontais fictícias (b)

Fonte: Pinto (1997)

Vale ressaltar que na Figura 43-(b) ainda estão aplicadas as cargas verticais, que não

foram indicadas, para permitir melhor visualização das cargas horizontais fictícias.

Conforme sugerido por Silva e Brasil (2005)para obtenção do momento final de

segunda ordem considera-se a não linearidade geométrica escrevendo o acréscimo de

momento na posição de equilíbrio deformada, considerando as excentricidades, como pode

ser visto na equação que descreve o método P-Δ (P-delta) a seguir:

i(j) (j) i(j) i(j 1) i(j) i(j 1) l(j) (Eq. 191)

Onde,

Mki é o valor do momento característico no nó i,

Nki é o valor da força normal característica no nó i,

δi é o valor do deslocamento no nó i,

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102

j é a iteração,

7.2 Integração da Linha Elástica

Após a consideração da não linearidade geométrica pelo método P-Delta, haverá

alteração dos esforços solicitantes de cálculo e, se os esforços se alteram, os deslocamentos

também se alterame por sua vez alteram novamente os esforços solicitantes. Uma referência

circular é criada, onde o deslocamento depende do esforço e o esforço depende do

deslocamento.

O método da integração da linha elástica pode ser aplicado para obter os

deslocamentos ao longo da estrutura após determinação dos esforços de 2ª ordem por sua vez

obtidos pela aplicação do método P-delta descrito anteriormente. A equação a seguir ilustra a

equação diferencial da linha elástica para um pilar engastado na base, conforme a Figura 44.

Figura 44 – Pilar engastado na base

Fonte: Silva (2017)

(Eq. 192)

A partir da integração numérica pelo Método de Simpson da equação da linha elástica

ao longo de toda a peça, determinam-se os deslocamentos e parte-se para nova determinação

dos esforços solicitantes de segunda-ordem e novamente calculam-se os deslocamentos de

segunda ordem sucessivamente até atingir tolerância aceitável.

Page 103: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

103

7.3 Determinação da Rigidez Efetiva

Após determinação dos esforços de segunda ordem obtidos da realização das etapas

descritas anteriormente obtêm-se as deformações lineares específicas das seções de cada

segmento da torre conforme Figura 45.

Figura 45 – Deformações mecânicas provenientes dos esforços solicitante na seção

Fonte: Cherem (2005)

A deformação linear específica total, respeitando a hipótese de manutenção da seção

plana fica caracterizada pela seguinte equação:

tot 0 (Eq. 193)

onde,

tot é a deformação linear específica total de uma fibra qualquer,

0 é a deformação linear do centro geométrico da seção transversal,

é a curvatura da seção transversal,

y é a distância do centro geométrico a fibra em análise.

Page 104: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

104

Supõe-se que cada uma das seções transversais, de formato geométrico qualquer, serão

discretizadas em uma malha de elementos retangulares, conforme a Figura 46, na qual se

imagina que cada elemento seja representado por sua deformação mecânica (), definida no

centro geométrico do elemento. As barras de aço são representadas também pela posição de

seu centro geométrico.

Conhecida a deformação de cada elemento, a tensão do mesmo pode ser obtida

facilmente pelas relações constitutivas, sempre observando o comportamento mecânico de

cada um dos materiais e os limites de tensão para concreto e armadura anteriormente

apresentados no 0 e 0 respectivamente.

Figura 46 – Seção Transversal genérica discretizada em elementos de área

Fonte: Cherem (2005)

Os esforços internos solicitantes são calculados, em relação ao centro geométrico da

seção bruta de concreto, pelas seguintes equações:

d

nc

i 1

ci ci

ns

j 1

sj sj (Eq. 194)

d

nc

i 1

ci, ci ci

ns

j 1

sj, sj sj (Eq. 195)

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105

onde,

nc é o número de elementos de concreto da malha discretizada,

ns é o número de barras de aço na seção transversal,

ci é a tensão no elemento “i” de concreto,

sj é a tensão na barra “j” de aço,

Aci é a área do elemento “i’ de concreto,

Asj é a área da barra “j” de aço.

De acordo com Ceccon (2008), a rigidez efetiva (ou rigidez da seção fissurada) da

seção de concreto armado pode ser determinada a partir dos esforços internos e da

configuração de equilíbrio da seção (determinação da linha neutra). Para tantodetermina-se a

inércia de cada seção“s” fissurada(I2s) a partir da somatória das contribuições de momentos de

inércia em relação ao centro geométrico da peça de cada um dos elementos retangulares de de

concreto que resistiram a ação do momento fletor, somandocom os momentos de inércia das

barras de armadura que continuarão contribuindo com a rigidez da seção. Com esta nova

inércia efetiva, obtém-se o produto de rigidez efetivo das seções ao longo da altura da torre e,

portanto, nova matriz de rigidez da estrutura.

Assim,

(Eq. 196)

onde,

é o momento de inércia total da seção “s” considerada após deformação da seção

é o momento de inércia do elemento “i” de concreto não fissurado

é o momento de inércia da barra “j” na seção transversal

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106

Com a rigidez efetiva calculam-se novamente os deslocamentos de segunda ordem e

assim sucessivamente repetem-se as etapas citadas anteriormente gerando uma referência

circular onde a curvatura depende dos esforços, que dependem dos deslocamentos que por sua

vez voltam a depender da curvatura.

A saída para a referência circular criada é fazer iterações sucessivas, quantas vezes

forem necessárias, até que em uma determinada iteração, os deslocamentos δi não se alterem

significativamente (além de um valor definido pelo usuário como tolerância) em relação aos

valores obtidos na iteração anterior, garantindo a convergência da solução. Se após um grande

número de iterações a convergência não for obtida, pode-se estabelecer problema de

equilíbrio, caracterizando instabilidade da peça.

7.3.1 Método do Gradiente Reduzido Generalizado

Após apresentar o método para cálculo da Rigidez Efetiva descrito anteriormente,

pudemos perceber o quão confiável e precisa será nossa solução não linear. No entanto, para

determinar a configuração de equilíbrio anteriormente citada, é necessário encontrar um par

de deformação (0) e curvatura ( ) que cause determinada distribuição de tensões na seção

transversal de tal forma que os esforços internos d e d se igualem aos esforços

solicitantes d e d. Sabemos que este par é único, porém de difícil determinação sem auxílio

de uma ferramenta computacional. Portanto para isso utilizaremos o módulo “Solver”

presente no software Excel.

Este módulo se utiliza de um algoritmo de otimização para alcançar um ou mais

valores objetivo, sujeito a restrições nãolineares, como é o caso que estudamos. Impondo-se

as restrições de deformações máximas do concreto e da armadura além da restrição de igualar

esforços solicitantes com esforços internos, podemos alcançar com suficiente precisão a

posição da linha neutra de nossa seção, e a partir dela extrair valiosas informações como o

momento de inércia da seção fissurada que apresentamos no tópico anterior.

A seguir apresenta-se um pouco das características, descritas por Sacoman (2012),

dessa poderosa ferramenta de otimização presente no módulo “Solver” chamada de “Método

do Gradiente eduzido Generalizado” ou apenas “Método do GRG”.

Considera-se o problema geral de programação não linear escrito sob a seguinte forma:

maximizar f(x) sujeito a

g(x) = 0 e

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107

a ≤ x ≤ b

Definidos como x, a, b ∈Rn, f: R

n→ , g:

n→

m e P = {x | a ≤ x ≤ b} ⊂ R

n .

Esta formulação é geral e pode representar todos os problemas de programação

nãolinear. Isto é possível, porque as restrições de desigualdade sempre podem ser

transformadas em restrições de igualdade pela introdução de variáveis de folga. Além disto,

em problemas de minimização, basta que se utilize a relação mín{f(x)} = -máx{-f(x)}.

O algoritmo, descrito a seguir, é baseado no Método do Gradiente Reduzido

Generalizado e a notação utilizada é apresentada no Tabela 1.

Tabela 1 – Notação utilizada

Nome Notação Básico Não básico

Variáveis

Gradiente

Jacobiano

Direção

x

∂f/∂x

∂g/∂x

d

xB

∂f/∂xB

∂g/∂xB

dB

xN

∂f/∂xN

∂g/∂xN

dN

B: conjunto dos índices das variáveis básicas; |B|=m

N: conjunto dos índices das variáveis não-básicas; |N|=n-m

xk, d

k são os valores de x e d na k-ésima iteração

Passo 1: Encontrar uma primeira solução viável x0 . Considerar x

k a k-ésima solução

encontrada pelo algoritmo.

Passo 2: Calcular o jacobiano ∂g/∂xk no ponto x

k e separar as variáveis em

∈ e

∈ , de forma a satisfazer as hipóteses de não-degenerescência:

H1) xi∈ P, ∀ i ∈ B;

H2) ∂g/∂xBk é não-singular.

Passo 3: Calcular a direção de deslocamento das variáveis não-básicas, como segue:

a) calcular os multiplicadores de Lagrange

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108

b) calcular o gradiente reduzido

c) calcular o gradiente reduzido projetado∀ ∈

Se pN = 0, PARAR; senão, fazer dN = pN.

Passo 4: Considerar a condição de otimalidade g′.d = 0 e calcular a direção de

deslocamento das variáveis básicas. Então,

e, a partir da relação, calcular

dB.

Passo 5: Melhorar a solução, como segue:

a) encontrar um valor positivo θ que maximize f(x+θ.d)

b) deslocar as variáveis, tanto não-básicas como básicas, segundo as direções

calculadas, ou seja, calcular e

, encontrando

que, em geral, não é viável. Então,

c) resolver um sistema de m equações não-lineares a m incógnitas, para modificação

de suas variáveis básicas , aplicando um método pseudo-Newton:

• calcular, iterativamente, a partir de , a solução

• considerar a solução encontrada e o ponto obtido pode

ser tal que:

• se ∈ , mas f(x k+1

) < f(xk), tentar encontrar um novo ponto,

reduzindo θ;

• se ∈ , mas f(x k+1

) > f(xk), tentar encontrar uma solução melhor,

aumentando θ;

• se , efetuar uma troca de base.

Retornar ao Passo 2.

Page 109: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

109

Capítulo 8 - Análise Dinâmica A primeira vista a resposta de vibração de um sistema com n graus de liberdade pode

parecer algo muitocomplexo devido à natureza acoplada do sistema, mas, conhecendo bem a

resposta de vibração livre e os conceitos deum sistema massa-mola-amortecedor, fica mais

simples porque os métodos de solução para o caso de sistemas comn graus de liberdade

caminham no sentido de desacoplar o problema e fazer a análise paracada grau de liberdade

individualmente.

As principais propriedades de um sistema são a massa, inércia, rigidez e

amortecimento. As propriedades de massa, inércia e rigidez podem ser facilmente

determinadas pelo tipo de material e geometria do sistema. O amortecimento é uma grandeza

que só pode ser quantificada.

Utilizando-se as transformadas de Laplace o sistema acoplado pode ser resolvido para

uma coordenada mais simples qualquer e analisado diretamente no domínio da frequência.

A Figura 47 mostra o diagrama da metodologia para a análise de sistemas com n graus

de liberdade utilizando-se os modos normais de vibração para estruturas pouco amortecidas.

Inicialmente são montadas as equações acopladas de movimento e resolvidas para o problema

de autovalor (frequências naturais do sistema) e autovetores (modos de vibração).

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110

Figura 47 - Diagrama da Metodologia

Fonte: Ueta (2015)

Conforme sugere Ueta (2015), para resolver as respostas no domínio da frequência e

do tempo, é necessário transformar o sistema de coordenadas do modelo para um novo

sistema de coordenadas, o sistema modal ou de coordenadas principais (deslocamentos

horizontais no caso deste trabalho), operando nas equações originais com a matriz de

autovetores. As equações acopladas não amortecidas originais de movimento são

transformadas em equações desacopladas não amortecidas para o sistema de coordenadas

modais. Cada equação desacoplada representa o movimento de um sistema com apenas um

grau de liberdade, cuja solução é de relativa facilidade de obtenção.

Apenas na etapa de cálculo da resposta ao carregamento dinâmico é que o

amortecimento proporcional é aplicado. É trivial encontrar as respostas dos modos de

vibração para as equações desacopladas considerando-se as condições de excitação, porque

cada equação é a equação de movimento de um sistema com um único grau de liberdade. As

respostas desejadas são então transformadas novamente para o sistema de coordenadas físicas,

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111

de novo utilizando-se a matriz de autovetores para a conversão, obtendo-se a solução nas

coordenadas físicas originais.

A sequência da análise modal de um sistema complicado é: (1) a transformação para

um sistema de coordenadas mais simples, (2) a resolução de equações neste sistema de

coordenadas, (3) retorno ao sistema de coordenadas original. É análoga à utilização de

transformadas de Laplace para resolver equações diferenciais. Em Laplace a equação

diferencial original (1) é transformada para o domínio "s", (2) a solução algébrica é então

obtida e (3) transformada para o sistema de coordenadas original, usando-se uma

transformada inversa de Laplace.

A vantagem da solução modal é o entendimento dos modos de vibração e como cada

modo contribui para a solução total.

8.1 Sistema com um grau de liberdade – Método da Superposição

8.1.1 Resposta ao Carregamento Dinâmico Geral – Método da

Superposição

Análise através do domínio do tempo

Sistema Não amortecido–Segundo Clough (1995), o procedimento para aproximar a

resposta de uma estrutura SDOF (sistema com um único grau de liberdade) não amortecida a

cargas impulsivas de curta duração pode ser usado como base para desenvolver uma fórmula

para avaliar a resposta a uma carga dinâmica geral. Considere uma carga geral arbitrária p (t)

como ilustrado na

Figura 48 e concentre-se na intensidade de carregamento p (τ) atuando no instante t =

τ. Este carregamento agindo durante o intervalo de tempo dτ representa um impulso de

duração muito curta p (τ) dτ na estrutura, de modo que a (Eq. 199) pode ser usada para avaliar

a resposta resultante. Deve-se notar cuidadosamente que, embora esta equação seja

aproximada para impulsos de duração finita, torna-se exata à medida que a duração do

carregamento se aproxima de zero. Assim, para o intervalo de tempo diferencial dτ, a resposta

produzida pelo impulso p(τ) dτ é exatamente igual a

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112

(Eq. 197)

Nesta expressão, o termo representa a resposta tempo-história ao impulso

diferencial durante todo o tempo t ≥ τ; Não é a mudança de v durante um intervalo de tempo

dt.

Toda a história de carregamento pode ser considerada como constituída por uma

sucessão de impulsos tão curtos, cada um produzindo sua própria resposta diferencial da

forma da (Eq. 197). Para este sistema linearmente elástico, a resposta total pode então ser

obtida somando todas as respostas diferenciais desenvolvidas durante o histórico de

carregamento, ou seja, integrando a (Eq. 197) como se segue:

(Eq. 198)

Esta relação, geralmente conhecida como equação integral de Duhamel, pode ser usada

para avaliar a resposta de um sistema SDOF não amortizado a qualquer forma de carga

dinâmica p(t); No entanto, para cargas arbitrárias a avaliação deve ser realizada

numericamente usando procedimentos descritos posteriormente.

(Eq. 199)

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113

Figura 48- Derivação da Integral de Duhamel (não amortecida)

Fonte: Clough, Penzien (1995)

A equação (Eq. 198) também pode ser expressa na forma integral de convolução geral:

(Eq. 200)

Na qual a função

(Eq. 201)

É conhecida como a função de resposta de impulso unitário porque expressa a resposta

do sistema SDOF a um impulso puro de magnitude unitária aplicado no tempo t = τ. Gerar

resposta usando o Duhamel ou convolução integral é um meio de obter resposta através do

domínio do tempo. É importante notar que esta abordagem pode ser aplicada apenas a

sistemas lineares porque a resposta é obtida por superposição de respostas de impulso

individuais.

Nas Eqs. (Eq. 198) e (Eq. 199)foi tácitamente assumido que o carregamento foi

iniciado no tempo t = 0 e que a estrutura estava em repouso naquele momento. Para quaisquer

outras condições iniciais especificadas e , a resposta de vibração livre

adicional deve ser adicionada a esta solução; Assim, em geral:

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114

(Eq. 202)

Se as condições iniciais não nulas forem produzidas por carga conhecida p (t) para t<0,

a resposta total dada por esta equação também poderia ser encontrada através da (Eq. 199)

alterando o limite inferior da integral de zero para menos infinito.

Sistema com Amortecimento Subcrítico - A derivação da equação integral de

Duhamel que expressa a resposta de um sistema viscosamente amortecido a um carregamento

dinâmico geral é totalmente equivalente ao caso não amortecido, exceto que a resposta de

vibração livre iniciada pelo impulso de carga diferencial P (τ) dτ sofre decadência

exponencial. Expressando a (Eq. 204) em termos de t - τ em vez de t, e substituindo z por

e p(τ) dτ/m para , obtém-se a resposta diferencial amortecida:

(Eq. 203)

(Eq. 204)

Mostrando que o decaimento exponencial começa logo que a carga p(τ) é aplicada.

Somando-se estes termos de resposta diferencial sobre o intervalo de carregamento 0 <τ <t

resulta em

(Eq. 205)

Que é o equivalente à resposta amortecida da (Eq. 198).

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115

Ao expressar a Eq. (Eq. 205) em termos da integral de convolução da (Eq. 201), a

função resposta de impulso unitário amortecido deve ser usada. Se as condições iniciais

e não forem iguais a zero, então a resposta de vibração livre correspondente dada pela

(Eq. 204) deve ser adicionada à (Eq. 205).

(Eq. 206)

Avaliação Numérica da Resposta Integral

Sistema Não Amortecido– Segundo Clugh (1995), se a função de carregamento

aplicado p (τ) é de forma analítica simples, então as integrais nas (Eq. 198) e (Eq. 205) podem

ser avaliadas diretamente. No entanto, isso geralmente não é possível na maioria dos casos

práticos porque o carregamento é conhecido apenas a partir de dados experimentais. As

integrais de resposta devem então ser avaliadas por procedimentos numéricos.

Para desenvolver estes procedimentos, utiliza-se a identidade trigonométrica:

(Eq. 207)

De modo que a (Eq. 198), que assume condições iniciais zero, pode ser escritacomo

(Eq. 208)

ou

(Eq. 209)

onde

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116

(Eq. 210)

(Eq. 211)

Os procedimentos numéricos, que podem ser usados para avaliar A(t) e B(t), serão

agora descritos.

Figura 49 - Formulação do processo de soma númerica da Integral de Duhamel

Fonte: Clough, Penzien (1995)

Considere primeiramente a integração numérica de y(τ) ≡p(τ) cosωτ necessária para

encontrar . Por conveniência de cálculo numérico, a função y(τ) é avaliada em

incrementos de tempo iguais como mostrado na Figura 49, sendo as ordenadas sucessivas

identificadas por índices apropriados. A integral pode agora ser obtida

aproximadamente pela soma dessas ordenadas, após a multiplicação por ponderação de

fatores que dependem do método de integração numérica que será usado, que sãoapresentados

a seguir:

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117

Soma simples:

(Eq. 212)

Regra dos Trapézios:

(Eq. 213)

Regra de Simpson:

(Eq. 214)

Utilizando qualquer uma destas equações, AN pode ser obtido diretamente para

qualquer valor específico de N indicado. No entanto, normalmente é necessário todo o

histórico de tempo de resposta para que se possa avaliar AN para valores sucessivos de N até

que se obtenha o histórico de tempo desejado para a resposta. Para tanto, é mais eficiente usar

essas equações em suas formas recursivas:

Soma simples:

(Eq. 215)

Regra dos Trapézios:

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118

(Eq. 216)

Regra de Simpson:

(Eq. 217)

Tal que

A avaliação de na (Eq. 209) pode ser realizada da mesma maneira, levando a

expressões para tendo exatamente as mesmas formas mostradas pelas expressões(Eq.

215), (Eq. 216) e (Eq. 217); No entanto, ao fazer isso, a definição de deve ser alterada

para consistente com a (Eq. 211). Tendo calculado os valores de e

para valores sucessivos de N, os valores correspondentes de resposta são

obtidos usando:

(Eq. 218)

Sistema com Amortecimento Subcrítico - Para avaliação numérica da resposta de um

sistema amortecido, a (Eq. 205) pode ser escrita de uma forma semelhante à (Eq. 208) como

dado por:

(Eq. 219)

No qual

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119

(Eq. 220)

(Eq. 221)

Essas expressões integrais podem ser avaliadas por um procedimento de soma

incremental equivalente ao usado anteriormente para o sistema não amortecido, mas agora é

preciso explicar o comportamento de decaimento exponencial causado pelo amortecimento.

Para ilustrar, a (Eq. 220) pode ser escrita na forma recursiva aproximada dada por:

Soma simples:

(Eq. 222)

Regra dos Trapézios:

(Eq. 223)

Regra de Simpson:

(Eq. 224)

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120

Que são equivalentes às formas de resposta não amortecida das (Eq. 215), (Eq. 216) e

(Eq. 217), mas com os termos de decaimento exponenciais adicionados para considerar o

amortecimento. Deve-se reconhecer que neste caso amortecido ,

, etc., diferem do caso não amortizado onde foram definidos como

, , etc. No entanto, para pequenos valores de amortecimento

, estes últimos termos geralmente podem ser usados também para o caso amortecido.

As expressões para BN são idênticas em formato àquelas dadas para AN; Entretanto, é

preciso usar , , etc.

Tendo calculado os valores de AN e BN para valores sucessivos de N, as ordenadas

correspondentes de resposta são obtidas usando:

(Eq. 225)

A precisão que se espera de qualquer um dos procedimentos numéricos anteriores

depende, obviamente, da duração do intervalo de tempo . Em geral, esta duração deve ser

seleccionada suficientemente curta para que tanto a carga como as funções trigonométricas

utilizadas na análise sejam bem definidas e, além disso, para proporcionar a precisão de

engenharia normal, também deve satisfazer a condição . Claramente a precisão

eo esforço computacional aumentam com a complexidade do procedimento de integração

numérica. Normalmente, o aumento da precisão obtida com a regra de Simpson, em vez da

simples soma ou regra trapezoidal, justifica seu uso, embora seja mais complexo.

8.1.2 Modos de Vibração – Método “Matrix Iterations”

A fim de obter a resposta dinâmica da estrutura realiza-se inicialmente uma análise da

estrutura submetida a vibrações livres para obtenção dos modos de vibração da mesma. Para

tanto, programa-se uma rotina de cálculo para obtenção das frequências naturais e respectivos

modos de vibração a partir do método “Matrix Iterations” proposto por Clough & Penzien

(1995).

O método utilizado para determinar as frequências naturais para uma estrutura de “n”

graus de liberdade é separado em duas etapas. Primeiro calcula-se o primeiro modo de

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121

vibração da estrutura e sua correspondente frequência natural. Em seguida, parte-se para a

determinação dos demais modos de vibração da estrutura.

A seguir apresentam-se estas etapas e os passos seguidos em cada uma delas:

1ª etapa – obtenção do primeiro modo de vibração e frequência natural

O uso da iteração para avaliar o modo de vibração fundamental de uma estrutura é um

conceito muito antigo que originalmente foi chamado de método Stodola. Agora é

reconhecido como sendo parte de um amplo segmento de mecânica estrutural em que são

usados procedimentos iterativos. O ponto de partida desta formulação é o preceito das

equações de movimento de vibração livre não amortizadas dada pela (Eq. 226):

(Eq. 226)

Esta equação expressa o fato de que em vibrações livres não amortecidas, as forças

inerciais induzidas pelo movimento das massas devem ser equilibradas pelas forças elásticas

resultantes das deformaçõesdo sistema. Este equilíbrio será satisfeito somente se os

deslocamentos vn estiverem na forma do n-ésimo modo de vibração e estiverem variando

harmonicamente no enésimo modo e na frequênciaωn. Expressando as forças inerciais no lado

direito da (Eq. 226) como:

(Eq. 227)

Os deslocamentos resultantes destas forças podem ser calculados resolvendo o

problema de deflexão estática

(Eq. 228)

Ou usando

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122

(Eq. 229)

O produto da matriz nesta expressão resume as propriedades dinâmicas da estrutura.

Este produto é chamado de matriz dinâmica, denotada como:

(Eq. 230)

E quando isso é introduzido, a (Eq. 229) torna-se:

(Eq. 231)

Para iniciar o procedimento de iteração para avaliar a forma do primeiro modo,

assume-se que um vetor de deslocamento experimental v1(0)

é uma estimativa razoável dessa

forma. O superíndice zero indica que esta é a forma inicial usada na seqüência de iteração;

Por conveniência o vetor é normalizado de modo que um elemento de referência selecionado

é de valor unitário. Apresentando isso no lado direito da (Eq. 227) dá uma expressão para as

forças inerciais induzidas pelas massas do sistema que se movem harmonicamente nesta

forma na freqüência de vibração ainda desconhecida

(Eq. 232)

O vetor de deslocamento resultante da aplicação dessas forças na (Eq. 228) é uma

melhor aproximação da forma do primeiro modo do que o vetor inicial, e pode ser expressa

em uma forma equivalente à (Eq. 231) como se segue:

(Eq. 233)

Onde o "um" sobrescrito indica que este é o resultado do primeiro ciclo de iteração.

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123

É evidente que a amplitude deste vetor depende da frequência desconhecida, mas

apenas a forma é necessária no processo de iteração, de modo que a frequência é eliminada da

expressão e a forma melhorada resultante é indicada por uma barra sobre o símbolo de vetor:

(Eq. 234)

Então, o vetor de iteração melhorado é obtido finalmente normalizando esta forma,

dividindo-a por um elemento arbitrário de referência do vetor, ref ( ); portanto,

(Eq. 235)

Que tem o efeito de escalar o elemento de referência do vetor para a unidade. Em

princípio, qualquer elemento do vetor de forma melhorado (exceto para elementos

nulos) poderia ser usado como o fator de referência ou de normalização na (Eq. 235), mas os

melhores resultados geralmente são obtidos por normalização com o maior elemento do vetor,

designado max ( ); Assim, max(

) ≡ ref ( ) é usado como denominador no

procedimento de iteração padrão.

Agora, se assume que o vetor de deslocamento calculado é o mesmo que o vetor

inicialmente assumido (como seria se fosse a forma de modo verdadeira), a (Eq. 233) pode ser

usado para obter um valor aproximado da frequência de vibração. Introduzindo a (Eq. 234) no

lado direito da (Eq. 233) e então assumindo que o novo vetor é aproximadamente igual ao

vetor inicial leva a

(Eq. 236)

Considerando qualquer grau arbitrário de liberdade k no vetor fornece uma expressão

que pode ser resolvida para obter uma aproximação da frequência:

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124

(Eq. 237)

Se a forma assumida fosse uma forma de modo verdadeiro, então a mesma freqüência

seria obtida tomando a razão expressa na(Eq. 237) para qualquer grau de liberdade da

estrutura. Em geral, no entanto, a forma derivada diferirá de

e será obtida uma

frequência diferente para cada coordenada de deslocamento. Neste caso, a verdadeira

frequência de primeiro modo situa-se entre os valores máximos e mínimos obtidos a partir da

(Eq. 237):

(Eq. 238)

Devido a este fato, é evidente que uma melhor aproximação da frequência pode ser

obtida por um processo de média. Muitas vezes, o melhor procedimento de média envolve

incluir a distribuição de massa como um fator de ponderação. Assim, escrevendo o vetor

equivalente da (Eq. 237) e premultiplicando o numerador e denominador por dão:

(Eq. 239)

A equação (Eq. 239) representa a melhor aproximação da freqüência obtida por um

único passo de iteração, em geral, a partir de qualquer forma assumida . No entanto, a

forma derivada é uma melhor aproximação da forma do primeiro modo do que a

suposição original . Assim, se

e sua forma derivada foram usados na (Eq. 237)

ou na(Eq. 239), as aproximações de freqüência resultantes seriam melhores do que as

calculadas a partir da premissa inicial. Repetindo o processo suficientemente, a aproximação

de modo-forma pode ser melhorada para qualquer nível desejado de precisão. Em outras

palavras, após s ciclos a proporcionalidade entre e

pode ser alcançada para

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125

qualquer número especificado de casas decimais; A forma resultante é aceita como a forma de

primeiro modo. Quando o grau de convergência desejado for alcançado, a frequência pode ser

obtida equacionando os deslocamentos de qualquer grau de liberdade selecionado antes e

depois do cálculo de melhoria. No entanto, os resultados mais precisos são obtidos

selecionando o grau de liberdade com o deslocamento máximo, e isso também é uma escolha

conveniente porque o procedimento de normalização que foi adotado confere a este

deslocamento o valor unitário. Assim, a freqüência é expressa por:

(Eq. 240)

(Eq. 241)

Ou em outras palavras, é igual ao recíproco do fator de normalização usado no ciclo de

iteração final. Quando a iteração tiver convergido completamente, não há necessidade de

aplicar o processo de média da (Eq. 239) para melhorar o resultado.

Em resumo percorrem-se as seguintes etapas:

1) Calcula-se a matriz de flexibilidade reduzida [f] da estrutura (apenas considerando-

se os graus de liberdade livres),

2) Multiplica-se a matriz de massa [M] pela matriz de flexibilidade [f] obtendo-se a

matriz dinâmica [D] da estrutura,

3) Obtém-se o vetor de deslocamentos modais { 1} multiplicando-se a matriz

dinâmica [D] pelo vetor de deslocamentos inicial normalizado estimado {v0}

4) Normaliza-se o vetor de deslocamentos modais { 1} obtendo-se {v1}

5) Repetem-se os passos 3 e 4 até se obter boa convergência para o valor dos

deslocamentos modais.

6) Obtém-se a frequência do primeiro modo de vibração da estrutura dividindo-se o

maior valor do vetor de deslocamentos modais da iteração anterior vj-1

pelo

correspondente valor do vetor de deslocamentos modais normalizado da iteração

atual j

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126

2ª etapa – obtenção dos demais modos de vibração e frequências naturais

A prova acima da convergência do procedimento de iteração da matriz para o primeiro

modo de vibração também sugere a maneira pela qual a o método pode ser usado também

para avaliar modos mais elevados. É evidente que se a contribuição do primeiro modo na

forma assumida for zero ( ), então a contribuição dominante será a forma do segundo

modo; Da mesma forma, se ambos e

forem zero, a iteração convergerá para a

forma do terceiro modo, etc. Assim, para calcular o segundo modo, é necessário

meramenteadotar uma forma aproximada que não contém um componente do primeiro

modo. O til sobre o símbolo designa uma forma que foi purificada de qualquer contribuição

de primeiro modo.

O meio de eliminar o componente de primeiro modo de qualquer forma de segundo

modo assumida é fornecido pela condição de ortogonalidade. Considere qualquer hipótese

arbitrária da forma do segundo modo, expressa em termos de seus componentes modais, como

segue:

(Eq. 242)

Premultiplica-se ambos os lados por leva a

(Eq. 243)

Em que o lado direito é reduzido a um termo de primeiro modo apenas devido às

propriedades de ortogonalidade modal. Assim, a (Eq. 243) pode ser resolvida para a

amplitude do componente do primeiro modo em :

(Eq. 244)

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127

Assim, se este componente é removido da forma assumida, o vetor que permanece

pode ser dito purificado:

(Eq. 245)

Este vector de ensaio purificado irá agora convergir para a forma de segundo modo no

processo de iteração. No entanto, os erros de arredondamento são introduzidos nas operações

numéricas que permitem que os componentes do primeiro modo reapareçam no vetor

experimental; Portanto, é necessário repetir esta operação de purificação durante cada ciclo da

solução iterativa para assegurar sua convergência para o segundo modo.

Um meio conveniente de purificar o vetor de ensaio do componente de primeiro modo

é proporcionado por uma matriz de varrimento, a qual pode ser derivada substituindo o valor

de da (Eq. 244) na (Eq. 245), isto é,

(Eq. 246)

onde a matriz de varrimento de primeiro modo S1 é dada por

(Eq. 247)

Como é mostrado pela (Eq. 246), esta matriz tem a propriedade de remover o

componente de primeiro modo de qualquer vetor experimental para o qual é premultiplicado,

deixando apenas a forma purificada.

O procedimento de iteração de matriz pode agora ser formulado com esta matriz de

varredura de modo que converge para o segundo modo de vibração. Neste caso, a (Eq. 234)

pode ser escrito como:

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128

(Eq. 248)

Que afirma que uma forma de ensaio de segundo modo que não contém componente

de primeiro modo irá convergir para o segundo modo. Substituindo a (Eq. 246) na Eq. (Eq.

248) dá:

(Eq. 249)

onde

(Eq. 250)

É uma nova matriz dinâmica que elimina o componente de primeiro modo de qualquer

forma de ensaio e assim automaticamente converge para o segundo modo. Quando é

utilizado, a análise de segundo modo é totalmente equivalente à análise de primeiro modo

discutida acima. Assim, a freqüência pode ser aproximada pelo equivalente da (Eq. 239):

(Eq. 251)

onde

(Eq. 252)

A análise pode ser levada a qualquer nível desejado de convergência. É óbvio que o

primeiro modo deve ser avaliado antes que o segundo modo possa ser determinado por este

método. Além disso, a forma de primeiro modo deve ser determinada com considerável

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129

precisão na avaliação da matriz de varrimento se resultados satisfatórios forem desejados

na análise de segundo modo. Em geral, as ordenadas em forma de segundo modo terão de

uma figura menos significativa do que os valores de primeiro modo.

Deve agora ser evidente que o mesmo processo de varrimento pode ser estendido para

purificar um vetor de ensaio de ambos os componentes de primeiro e segundo modos, com o

resultado de que o procedimento de iteração irá convergir para o terceiro modo. Expressando

a forma experimental de terceiro modo purificada [por analogia com a (Eq. 245)]

(Eq. 253)

E aplicando as condições que seja ortogonal a ambos e ,

(Eq. 254)

(Eq. 255)

Levam a expressões para as amplitudes do primeiro e segundo modo no vetor

experimental .

(Eq. 256)

(Eq. 257)

Que são equivalentes à (Eq. 244). Substituindo estes na (Eq. 253) leva a

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130

(Eq. 258)

ou

(Eq. 259)

A Equação (Eq. 259) mostra que a matriz de varredura S2 que elimina componentes de

primeiro e segundo modos de pode ser obtida simplesmente subtraindo um termo de

segundo modo da matriz de varredura de primeiro modo dada pela (Eq. 247), isto é,

(Eq. 260)

Onde a operação de matriz de varrimento é expressa por

(Eq. 261)

A relação de iteração de matriz para análise do terceiro modo pode agora ser escrita

por analogia com a (Eq. 249):

(Eq. 262)

Por conseguinte, esta matriz dinâmica modificada D3 desempenha a função de varrer

os componentes de primeiro e segundo modos do vector de ensaio e assim produz

convergência para a forma de terceiro modo.

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131

Este mesmo processo, obviamente, pode ser estendido sucessivamente à análise de

modos superiores e superiores do sistema. Por exemplo, para avaliar o quarto modo, a matriz

de varrimento S3 seria calculada da seguinte forma:

(Eq. 263)

Onde executaria a função

(Eq. 264)

A matriz dinâmica correspondente seria

(Eq. 265)

As matrizes adequadas para calcular qualquer modo podem ser obtidas facilmente por

analogia a partir destas; isso é,

(Eq. 266)

Claramente a limitação mais importante deste procedimento é que todas as formas de

modo inferior devem ser calculadas antes que qualquer modo superior possa ser avaliado.

Além disso, é essencial avaliar esses modos mais baixos com grande precisão para que a

matriz de varredura para os modos mais elevados possa ser executada de forma eficaz.

Geralmente este processo é usado diretamente para o cálculo de não mais de quatro ou cinco

modos.

Em resumo percorrem-se as seguintes etapas:

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132

1) Calcula-se o valor da matriz de massa generalizada Mi para cada um dos modos de

vibração,

2) Calcula-se a matriz de transformação do primeiro modo de vibração dada por

[S1] =

,

3) Calcula-se a matriz dinâmica do segundo modo de vibração [D2] multiplicando-se

a matriz de varrimento do primeiro modo de vibração [S1] pela matriz dinâmica do

primeiro modo de vibração [D].

4) Obtém-se o vetor de deslocamentos modais do segundo modo { } multiplicando-

se a matriz dinâmica do segundo modo [D2] pelo vetor de deslocamentos inicial

normalizado estimado para o segundo modo { }

5) Normaliza-se o vetor de deslocamentos modais { } obtendo-se {

}

6) Repetem-se os passos 4 e 5 até se obter boa convergência para o valor dos

deslocamentos modais.

7) Obtém-se a frequência do segundo modo de vibração da estrutura dividindo-se o

maior valor do vetor de deslocamentos modais da iteração anterior vj-1

pelo

correspondente valor do vetor de deslocamentos modais normalizado da iteração

atual j

8) Repetem-se os passos 2 a 7 para os demais modos de vibração.

8.2 Sistema com múltiplos graus de liberdade – Método da Sobreposição

Modal

Na discussão anterior de um sistema linear N-DOF (n graus de liberdade) arbitrário, a

posição deslocada era definida pelos N componentes no vetor v de deslocamentos. Contudo,

para efeitos de análise de resposta dinâmica, é frequentemente vantajoso expressar esta

posição em termos das formas de vibração livre. Estas formas constituem N padrões de

deslocamento independentes, cujas amplitudes podem servir como coordenadas generalizadas

para expressar qualquer conjunto de deslocamentos. As formas de vibração servem assim ao

mesmo propósito que as funções trigonométricas em uma série de Fourier, e são usadas pelas

mesmas razões; Porque: (1) possuem propriedades de ortogonalidade e (2) são eficientes no

sentido em que geralmente podem descrever todos os N deslocamentos com precisão

suficiente empregando apenas algumas formas.

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133

Figura 50 - Representação dos deslocamentos como componentes modais

Fonte: Clough, Penzien (1995)

Considere, por exemplo, a coluna engastada ilustrada na Figura 50, para o qual a forma

defletida é expressa em termos de deslocamentos translacionais em três níveis. Qualquer vetor

de deslocamento (estático ou dinâmico) para esta estrutura pode ser desenvolvido através da

superposição de amplitudes adequadas dos modos normais como mostrado. Para qualquer

componente modal , os deslocamentos são dados pelo produto do vetor de forma e pela

amplitude modal ; assim:

(Eq. 267)

O vector de deslocamento total v é então obtido por soma dos vectores modais

expressos por

(Eq. 268)

Ou, em notação matricial,

(Eq. 269)

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134

Nesta equação, é evidente que a matriz de forma de modo N × N Φ serve para

transformar o vetor de coordenadas generalizado Y para o vector de coordenadas geométricas

v. As componentes generalizadas no vetor Y são chamadas de coordenadas normais da

estrutura.

Como a matriz de forma N vetores modais independentes, é não

singular ela pode ser invertida. Assim, é sempre possível resolver a (Eq. 269) diretamente

para as amplitudes de coordenadas normais em Y que estão associadas a qualquer vetor de

deslocamento dado v. No entanto, não é necessário resolver um conjunto de equações

simultâneas, devido à propriedade de ortogonalidade das formas de modo. Para avaliar

qualquer coordenada normal arbitrária, Yn, por exemplo, basta premultiplicar (Eq. 268) por

para obter:

(Eq. 270)

Devido à propriedade de ortogonalidade em relação à massa, isto é, para

, todos os termos no lado direito desta equação desaparecem, exceto pelo termo

contendo , deixando:

(Eq. 271)

Do qual

(Eq. 272)

Se o vetor v for dependente do tempo, as coordenadas Yn também dependerão do

tempo; Neste caso, tomando a derivada temporal da (Eq. 272)fornece:

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135

(Eq. 273)

8.3 Análise Dinâmica Linear

O Item 9.1 da NBR-6123 (ABNT, 1988) prescreve que em toda estrutura cuja primeira

frequência natural de vibração seja inferior a 1Hz, deve-se proceder uma análise dos efeitos

dinâmicos do vento, conforme equações(Eq. 274) a (Eq. 282) descritas a seguir. Caso esta

frequência seja maior que 1Hz, os valores das flutuações do vento já estão inclusos no fator

S2, e o modelo estático linear pode ser utilizado.

Figura 51 - Típica estrutura de torre de telecomunicações de concreto armado

Fonte: Silva, Brasil e Arora (2008)

A Figura 51 mostra de uma maneira simplificada as características gerais das

estruturas aqui analisadas. De acordo com a NBR-6123 (ABNT, 1988), no j-ésimo grau de

liberdade desta estrutura, quando submetida ao carregamento do vento, age a força total

devida ao vento Xj, a qual é a soma das componentes das forças devidas à velocidade média

do vento e das parcelas flutuantes da velocidade do vento:

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136

jjj XXX ˆ (Eq. 274)

Onde a força média estática é dada por:

p

r

j

jajojz

zACbqX

2

2

(Eq. 275)

Sendo

2613.0 po Vq e

31069.0 SSVVp (Eq. 276)

(qo em N/m2and

pV em m/s)

b e p indicado na Tabela 20 da NBR-6123 (ABNT, 1988); zr é o nível de referência,

igual a 10 metros neste trabalho; pV é a velocidade de projeto do vento, correspondente a 10

minutos de integração, a 10 metros acima do nível do terreno, para um terreno de rugosidade

(S2) igual a Categoria II.

A componente flutuante (dinâmica) da força devida à velocidade do vento jX̂ , é dada

por:

jjHj FX ˆ (Eq. 277)

onde

o

j

jm

m

n

i

ii

n

i

ii

ooH AbqF

1

2

12

p

r

i

o

iaii

z

z

A

AC

(Eq. 278)

Page 137: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

137

Sendo mi, m0, Ai, A0, e Cai, respectivamente, a massa concentrada no i-ésimo grau de

liberdade, uma massa de referência, a área equivalente no i-ésimo grau de liberdade, uma área

de referência, o coeficiente de amplificação dinâmica (Fig. 17 da NBR-6123) e o coeficiente

de arrasto da área Ai.

Observe que = [i] é um determinado modo de vibração natural da estrutura. Para

calcular i e é necessário considerar a massa e a rigidez da estrutura. A massa concentrada

no nó pode ser facilmente calculada somando as massas localizadas na área de influência de

cada nó. O momento de inércia total da seção homogeneizada é dado por:

hom total sc III )1(

sec

hom c

sss

E

EII (Eq. 279)

sendoEs, Ec sec, Is, Is hom, Ic e fck, respectivamente, o módulo de elasticidade do aço, o

modulo de elasticidade secante do concreto calculado de acordo com a NBR-6118, o

momento de inércia do aço, o momento de inércia do aço homogeneizado, o momento de

inércia da seção transversal e a resistência característica do concreto aos 28 dias de idade.

Desde que o modelo é baseado em dinâmica linear, os autores propõem que neste caso seja

considerado para o cômputo da rigidez da estrutura o seguinte valor do momento de inércia:

I = Itotal (Eq. 280)

para a seção transversal de um determinado elemento estrutural. O módulo de

elasticidade a ser considerado na análise estrutural é o módulo de elasticidade secante do

concreto. Se o modelo adotado é elástico linear, nenhum dano na seção transversal deve ser

considerado e, portanto a rigidez considerada no cálculo deve ser a total da seção.

Quando r modos de vibração natural da estrutura são considerados, a combinação

destes modos, para uma dada variável dinâmica Q̂ , é calculado como:

Page 138: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

138

2/1

1

2ˆˆ

r

k

iQQ (Eq. 281)

Em função da variação da direção da velocidade do vento, deve ser calculada a força

na direção perpendicular à do vento, dada por:

ii XY

3

1 (Eq. 282)

Page 139: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

139

Capítulo 9 - Exemplo

Numérico – O Software de

Cálculo 9.1 Dados de Entrada

Um software foi elaborado por meio da linguagem de programação Visual Basic para

resolver toda a questão e fazer comparação com resultados obtidos por softwares comerciais.

Nos itens seguintes, um exemplo numérico é apresentado utilizando todos os conceitos

abordados e os resultados são mostrados de modo a fazer o leitor entender as etapas de

cálculo.

A fim de demonstrar os resultados obtidos, a partir do software de cálculo

desenvolvido realiza-seuma análise de uma torre de concreto armado pré-moldado, composta

por segmentos tubulares de seção tubular de diâmetro variável e paredes de 12 cm de

espessura. A altura total fora do solo considerada é de 40 m, considerada engastada na base.

• Diâmetro externo variando de 1,20 m na base até 0,80 m no topo

• Paredes de 12 cm de espessura

• Altura total fora do solo de 40 m

• Concreto fc = 45 Mpa, γc = 1,3 (pré-moldados), densidade 2500 kg/m³, Ec =

46 GPa

• Aço CA-50, s =1,15, densidade 7800 kg/m³, Es = 210 GPa

• Armadura variável: 30Ø25mm na base até 10Ø25mm no topo

• Coeficiente de amortecimento ζ: 1,5% (adotado como usual para torres de

concreto armado conforme sugerido por Brasil, Pauletti, Carril e Lazanha (2003)

Page 140: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

140

Figura 52 - Coefientes de amortecimento crítico NBR6123

Fonte: NBR6123:1988

• Índice de esbeltez

A pressão de vento para análise estática da estrutura foi determinada conforme propõe

a NBR-6123/1988 – “Forças devido aos Ventos em Edificações”

Foram adotados os seguintes elementos para análise:

- velocidade básica do vento V0= 40m/s

- fator topográfico S1= 1

- categoria do terreno e altura S2= Cat. IV, Classe C, (b=0,84; p=0,135;

Fr=0,95)

- fator estatístico: S3= 1,1

- velocidade característica do vento Vk= V0 S1 S2 S3

- pressão dinâmica do vento q= 0,613 V²k

- coeficiente de arrasto para a torre: C= 0,6

- coeficiente de arrasto para a escada: C= 1,2

- coeficiente de arrasto para a esteira: C=0,8

Page 141: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

141

Tabela 2 – Pressão de vento aplicada sobre a torre (kN/m)

b 0,84

Categoria IV, Classe C

gama f 1 1 1 1 1

p 0,135 C 0,6 1,2 0,8 1,2 -

Fr 0,95 A (m²/m) 0,80 0,05 0,15 6,84 -

Cota Vento Pressao Torre Escada Esteira Total PP

z (m) V0 (m/s) S1 S2 S3 Vk q(z) pk pk pk pk pk

40,0 40 1 0,96 1,1 42,3 1,10 0,53 0,07 0,13 0,73 -7,04

33,3 40 1 0,94 1,1 41,3 1,05 0,54 0,06 0,13 0,73 -7,92

26,7 40 1 0,91 1,1 40,1 0,98 0,55 0,06 0,12 0,73 -8,74

20,0 40 1 0,88 1,1 38,6 0,91 0,55 0,05 0,11 0,71 -9,55

13,3 40 1 0,83 1,1 36,5 0,82 0,52 0,05 0,10 0,67 -10,43

6,7 40 1 0,76 1,1 33,2 0,68 0,46 0,04 0,08 0,58 -11,25

0,0 40 1 0,00 1,1 0,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -12,07

Fonte: Silva (2017)

Tabela 3 – Força do Vento em Antenas e Plataformas

Cota Antenas Celulares Plataformas Antenas RF

Z(m) Fk (kN) Fk (kN) Fk (kN)

40 4,433 3,678 10,063

Fonte: Silva (2017)

Page 142: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

142

Figura 53 – Tela de entrada de dados do programa de análise

Fonte: Silva (2017)

Diâmetro topo (m) 0,80

Diâmetro base (m) 1,20

Espessura (m) 0,120

Altura (m) 40,00

Discretização (nº de divisões) 6,00

E (kN/m²) 3,43E+07

Armadura (cm²) 4,91

Fck (Mpa) 45,00

Fyk (Mpa) 500,00

Cobrimento (cm) 5,00

Ø (mm) 25,00

Quantidade de barras - base 30,00

Quantidade de barras - topo 10,00

Es (kN/m²) 2,10E+08

c 1,30

s 1,15

alfa e 6,13

alfa i 0,91

f3 1,10

Discretização (nº de divisões) 6,00

massa no topo (kN.s²/m) 0,00

Coeficiente de amortecimento (%) 1,50

Número de séries de carregamentos 20,00

Nº de passos da iteração 600,00

Dados da estrutura e materiais

Dados da análise modal

Análise Estática Linear -NBR6123

Inicializacao

Análise Estática NLG -NBR6123

Análise Estática NLFG -NBR6123

Cálculo das Frequências Naturais

Cálculo da Resposta Dinâmica

Análise Dinâmica NLFG -Vento Sintético

Page 143: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

143

Tabela 4 – Dados da Seção transversal da torre em cada nó

Fonte: Silva (2017)

9.2 Cálculos preliminares - Matriz de Rigidez e Vetor de Forças

Para determinação dos esforços solicitantes e deslocamentos da estrutura submetida ao

vento estático calculado de acordo com a NBR6123, conforme tabela apresentada

anteriormente, foram determinadas a matriz de rigidez da estrutura e o vetor de esforços a ser

aplicado para obtenção dos resultados. A seguir apresenta-se a matriz de rigidez da estrutura e

o vetor de forças nodais do exemplo de cálculo apresentado obtidos pelo software de cálculo

desenvolvido.

Nó Altura (m)Diâmetro

ext (m)

Diâmetro

int (m)A (m²) Ix (m4) Is (m4) M_rigidez Massa

Quantidad

eAs (cm²) i λ

1,0 40,0 0,800 0,560 0,282 0,015 0,002 582461,599 0,797 10,00 49,100 1,311 0,686 0,246 27,136

2,0 33,3 0,867 0,627 0,317 0,020 0,003 789056,535 2,128 14,00 68,740 1,730 0,993 0,270 24,729

3,0 26,7 0,933 0,693 0,349 0,026 0,004 1031193,830 2,472 17,00 83,470 2,196 1,346 0,293 22,721

4,0 20,0 1,000 0,760 0,382 0,033 0,006 1318648,762 2,816 20,00 98,200 2,707 1,747 0,317 21,011

5,0 13,3 1,067 0,827 0,417 0,041 0,008 1666753,097 3,160 24,00 117,840 3,266 2,194 0,341 19,530

6,0 6,7 1,133 0,893 0,450 0,050 0,010 2058227,376 3,504 27,00 132,570 3,871 2,687 0,365 18,250

7,0 0,0 1,200 0,960 0,483 0,060 0,013 2506842,394 1,509 30,00 147,300 0,389 0,000

133,377

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

-1,00 -0,80 -0,60 -0,40 -0,20 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00

Perfil da Torre

Raio ext (m)

Raio int (m)

Page 144: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

144

Tabela 5 – Matriz de rigidez da estrutura do exemplo numérico

Fonte: Silva (2017)

[K]

12

34

56

78

910

1112

1314

1516

1718

1920

21

11,

45E+

060,

00E+

000,

00E+

00-1

,45E

+06

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

20,

00E+

002,

78E+

049,

26E+

040,

00E+

00-2

,78E

+04

9,26

E+04

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

30,

00E+

009,

26E+

044,

11E+

050,

00E+

00-9

,26E

+04

2,06

E+05

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

4-1

,45E

+06

0,00

E+00

0,00

E+00

3,08

E+06

0,00

E+00

0,00

E+00

-1,6

3E+0

60,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

00

50,

00E+

00-2

,78E

+04

-9,2

6E+0

40,

00E+

006,

46E+

043,

03E+

040,

00E+

00-3

,69E

+04

1,23

E+05

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

60,

00E+

009,

26E+

042,

06E+

050,

00E+

003,

03E+

049,

58E+

050,

00E+

00-1

,23E

+05

2,73

E+05

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

70,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

00-1

,63E

+06

0,00

E+00

0,00

E+00

3,43

E+06

0,00

E+00

0,00

E+00

-1,8

0E+0

60,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

00

80,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

00-3

,69E

+04

-1,2

3E+0

50,

00E+

008,

44E+

043,

57E+

040,

00E+

00-4

,76E

+04

1,59

E+05

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

90,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

001,

23E+

052,

73E+

050,

00E+

003,

57E+

041,

25E+

060,

00E+

00-1

,59E

+05

3,52

E+05

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

100,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

00-1

,80E

+06

0,00

E+00

0,00

E+00

3,76

E+06

0,00

E+00

0,00

E+00

-1,9

6E+0

60,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

00

110,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

00-4

,76E

+04

-1,5

9E+0

50,

00E+

001,

08E+

054,

29E+

040,

00E+

00-6

,05E

+04

2,02

E+05

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

120,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

001,

59E+

053,

52E+

050,

00E+

004,

29E+

041,

60E+

060,

00E+

00-2

,02E

+05

4,48

E+05

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

130,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

00-1

,96E

+06

0,00

E+00

0,00

E+00

4,11

E+06

0,00

E+00

0,00

E+00

-2,1

5E+0

60,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

00

140,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

00-6

,05E

+04

-2,0

2E+0

50,

00E+

001,

36E+

054,

99E+

040,

00E+

00-7

,54E

+04

2,51

E+05

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

150,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

002,

02E+

054,

48E+

050,

00E+

004,

99E+

042,

01E+

060,

00E+

00-2

,51E

+05

5,59

E+05

0,00

E+00

0,00

E+00

0,00

E+00

160,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

00-2

,15E

+06

0,00

E+00

0,00

E+00

4,46

E+06

0,00

E+00

0,00

E+00

-2,3

1E+0

60,

00E+

000,

00E+

00

170,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

00-7

,54E

+04

-2,5

1E+0

50,

00E+

001,

68E+

055,

67E+

040,

00E+

00-9

,24E

+04

3,08

E+05

180,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

002,

51E+

055,

59E+

050,

00E+

005,

67E+

042,

49E+

060,

00E+

00-3

,08E

+05

6,85

E+05

190,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

00-2

,31E

+06

0,00

E+00

0,00

E+00

2,31

E+06

0,00

E+00

0,00

E+00

200,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

00-9

,24E

+04

-3,0

8E+0

50,

00E+

009,

24E+

04-3

,08E

+05

210,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

000,

00E+

003,

08E+

056,

85E+

050,

00E+

00-3

,08E

+05

1,37

E+06

Page 145: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

145

Tabela 6 – Vetor de forças nodais (kN)

Fonte: Silva (2017)

9.3 Resultados da Análise Não-Linear Estática

A seguir apresentam-se os resultados de deslocamentos e esforços solicitantes de

primeira ordem, segunda ordem, e segunda ordem considerando a não linearidade física,

sendo que nesta etapa foram aplicados48% da parcela de vento calculado pela NBR-6123

como carga estática, de forma a cumprir a metodologia doMétodo do Vento Sintético

proposto FRANCO (1993).

{f} 1

1 -26,394

2 19,334

3 -1,289

4 -58,235

5 3,601

6 0,006

7 -63,682

8 3,535

9 0,032

10 -69,549

11 3,370

12 0,073

13 -74,996

14 3,013

15 0,155

16 -80,443

17 0,932

18 1,036

Page 146: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

146

Tabela 7 – Resultados da análise estática não-linear no exemplo numérico

Fonte: Silva (2017)

Apresenta-se também um exemplo da calculadora dos esforços internos da seção

transversal mais solicitada, esta calculadora foi desenvolvida para determinar a rigidez efetiva

de cada seção submetida aos esforços solicitantes, para posteriormente reavaliar os esforços

de segunda ordem.

Cota

(m)

Des

loc.

line

ar (m

)M

omen

tos

Line

ar

(kN

.m)

Des

loc.

NLG

(m)

Mom

ento

s N

LG

(kN

.m)

Des

loc.

NLF

G (m

)M

omen

tos

NLF

G

(kN

.m)

Curv

atur

aM

_rig

idez

Porc

enta

gem

Nor

mal

(kN

)

40,0

0,27

90,

000

0,29

30,

000

0,40

20,

000

0,00

058

2461

,599

100,

00%

0,00

0

33,3

0,20

312

8,87

70,

213

141,

272

0,29

914

6,28

80,

000

7890

66,4

0610

0,00

%55

,511

26,7

0,13

427

3,33

10,

140

294,

669

0,20

430

3,76

00,

000

1031

199,

003

100,

00%

116,

469

20,0

0,07

843

3,12

60,

081

460,

078

0,12

447

2,16

90,

000

1318

660,

342

100,

00%

183,

085

13,3

0,03

560

7,60

60,

036

637,

294

0,06

065

1,17

50,

000

1666

767,

327

100,

00%

255,

357

6,7

0,00

979

4,64

50,

009

825,

083

0,01

783

9,54

80,

000

1213

377,

880

58,9

5%33

3,07

7

0,0

0,00

098

8,77

90,

000

1019

,217

0,00

010

33,6

810,

000

1484

601,

450

59,2

2%41

3,52

0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

Des

loca

men

tos

Des

loc.

line

ar (m

)

Des

loc.

NLG

(m)

Des

loc.

NLF

G (m

)

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

-200

020

040

060

080

010

0012

00

Mom

ento

s fle

tore

s

Mom

ento

s Li

near

(kN

.m)

Mom

ento

s N

LG (k

N.m

)

Mom

ento

s N

LFG

(kN

.m)

Page 147: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

147

Tabela 8 – Resultados da calculadora de rigidez efetiva da seção transversal

Fonte: Silva (2017)

9.4 Resultados da Análise Dinâmica em Torno da Configuração Não-linear

A seguir apresentam-se as matrizes de rigidez e massa calculadas para obtenção dos

das frequências e modos de vibração da estrutura:

Seçã

o Ex

tern

aSe

ção

Inte

rna

Diâm

etro

ext

120,

0cm

Ângu

lo º

XY

XY

Ângu

lo º

XY

Is (c

m4)

izi

(cm

)al

fa-e

(rad

)al

fa-i

(rad)

bi (c

m)

ei=e

g+p*

zi

(por

mil)

,c

(Mpa

)Fc

i =

*Ac

(kN)

Mci=

Fci*

zi

(kN.

m)

Ic (c

m4)

izi

(cm

)ei

=eg+

p*z

,s

(Mpa

)Fa

(kN)

Ma (

kN.m

)

Raio

ext

60,0

cm0,

0060

,00

0,00

0,00

48,0

00,

000,

006,

0053

,46

5,62

949,

511,

000,

030,

000,

0024

,00

-0,2

00,

000,

000,

000,

001,

005,

62-0

,14

-30,

35-1

4,90

-0,8

4

Diâm

etro

int

96,0

cm2,

0059

,96

2,09

-2,0

947

,97

1,68

-1,6

818

,00

51,1

216

,61

8298

,42

2,00

0,09

0,00

0,00

24,0

0-0

,20

0,00

0,00

0,00

0,01

2,00

16,6

1-0

,03

-6,2

5-3

,07

-0,5

1

Raio

int

48,0

cm4,

0059

,85

4,19

-4,1

947

,88

3,35

-3,3

530

,00

46,5

526

,88

2172

5,54

3,00

0,15

0,00

0,00

24,0

0-0

,20

0,00

0,00

0,00

0,03

3,00

26,8

80,

0816

,26

7,98

2,15

Cobr

imen

to5,

0cm

6,00

59,6

76,

27-6

,27

47,7

45,

02-5

,02

42,0

039

,94

35,9

738

909,

214,

000,

210,

000,

0024

,00

-0,2

00,

000,

000,

000,

064,

0035

,97

0,17

36,2

017

,77

6,39

Barra

25,0

8,00

59,4

28,

35-8

,35

47,5

36,

68-6

,68

54,0

031

,59

43,4

856

878,

205,

000,

270,

000,

0124

,00

-0,2

00,

000,

000,

000,

105,

0043

,48

0,25

52,6

825

,87

11,2

5

Quan

tidad

e30

,010

,00

59,0

910

,42

-10,

4247

,27

8,34

-8,3

466

,00

21,8

649

,10

7252

5,53

6,00

0,33

0,01

0,01

24,0

0-0

,20

0,00

0,00

0,00

0,16

6,00

49,1

00,

3165

,00

31,9

215

,67

Ângu

lo12

,012

,00

58,6

912

,47

-12,

4746

,95

9,98

-9,9

878

,00

11,1

852

,58

8314

5,62

7,00

0,39

0,01

0,01

24,0

0-0

,20

0,00

0,00

0,00

0,22

7,00

52,5

80,

3572

,62

35,6

518

,75

Raio

53,8

14,0

058

,22

14,5

2-1

4,52

46,5

711

,61

-11,

6190

,00

0,00

53,7

586

902,

168,

000,

450,

010,

0124

,00

-0,2

00,

000,

000,

000,

298,

0053

,75

0,36

75,1

936

,92

19,8

4

alfa

i0,

916

,00

57,6

816

,54

-16,

5446

,14

13,2

3-1

3,23

102,

00-1

1,18

52,5

883

145,

629,

000,

510,

010,

0124

,00

-0,2

00,

000,

000,

000,

379,

0052

,58

0,35

72,6

235

,65

18,7

5

18,0

057

,06

18,5

4-1

8,54

45,6

514

,83

-14,

8311

4,00

-21,

8649

,10

7252

5,53

10,0

00,

570,

010,

0124

,00

-0,2

00,

000,

000,

000,

4710

,00

49,1

00,

3165

,00

31,9

215

,67

Nd1

375,

9kN

20,0

056

,38

20,5

2-2

0,52

45,1

116

,42

-16,

4212

6,00

-31,

5943

,48

5687

8,20

11,0

00,

630,

010,

0124

,00

-0,2

00,

000,

000,

000,

5711

,00

43,4

80,

2552

,68

25,8

711

,25

Md1

939,

7kN

.m22

,00

55,6

322

,48

-22,

4844

,50

17,9

8-1

7,98

138,

00-3

9,94

35,9

738

909,

2112

,00

0,69

0,01

0,01

24,0

0-0

,20

0,00

0,00

0,00

0,69

12,0

035

,97

0,17

36,2

017

,77

6,39

24,0

054

,81

24,4

0-2

4,40

43,8

519

,52

-19,

5215

0,00

-46,

5526

,88

2172

5,54

13,0

00,

750,

010,

0224

,00

-0,2

00,

000,

000,

000,

8113

,00

26,8

80,

0816

,26

7,98

2,15

p10,

0104

por m

il/cm

26,0

053

,93

26,3

0-2

6,30

43,1

421

,04

-21,

0416

2,00

-51,

1216

,61

8298

,42

14,0

00,

810,

010,

0224

,00

-0,1

90,

000,

000,

000,

9414

,00

16,6

1-0

,03

-6,2

5-3

,07

-0,5

1

eg1

-0,2

032

por m

il28

,00

52,9

828

,17

-28,

1742

,38

22,5

3-2

2,53

174,

00-5

3,46

5,62

949,

5115

,00

0,87

0,01

0,02

24,0

0-0

,19

0,00

0,00

0,00

1,09

15,0

05,

62-0

,14

-30,

35-1

4,90

-0,8

4

30,0

051

,96

30,0

0-3

0,00

41,5

724

,00

-24,

0018

6,00

-53,

46-5

,62

949,

5116

,00

0,93

0,02

0,02

24,0

0-0

,19

0,00

0,00

0,00

1,25

16,0

0-5

,62

-0,2

6-5

4,99

-27,

001,

52

fck

45,0

Mpa

32,0

050

,88

31,8

0-3

1,80

40,7

125

,44

-25,

4419

8,00

-51,

12-1

6,61

8298

,42

17,0

00,

990,

020,

0224

,00

-0,1

90,

000,

000,

001,

4117

,00

-16,

61-0

,38

-79,

09-3

8,83

6,45

Ecs

3427

8,9

Mpa

34,0

049

,74

33,5

5-3

3,55

39,7

926

,84

-26,

8421

0,00

-46,

55-2

6,88

2172

5,54

18,0

01,

050,

020,

0224

,00

-0,1

90,

000,

000,

001,

5918

,00

-26,

88-0

,48

-101

,59

-49,

8813

,41

c1,

336

,00

48,5

435

,27

-35,

2738

,83

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000,

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00

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000,

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000,

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0,00

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0,00

0,00

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,00

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000,

000,

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546

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-59,

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,17

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0,00

0,00

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0,00

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0

40,0

0

60,0

0

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0

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00-6

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-40,

00-2

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Page 148: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

148

Tabela 9 – Matriz de rigidez reduzida utilizada na análise modal

Fonte: Silva (2017)

Tabela 10 – Matriz de massa reduzida utilizada na análise modal

Fonte: Silva (2017)

Os resultados da análise dinâmica após aplicação de 48% da carga de vento como

carga estática, gerando redução de até 45% do produto de rigidez da estrutura são

apresentados em seguida. A partir da configuração estática não linear obtida, apresentam-se

os resultados da análise dinâmica considerando 52% da carga de vento como parcela dinâmica

aplicando-se o método do Vento Sintético:

[K] 1 2 3 4 5 6

1 7,97E-01 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00

2 0,00E+00 1,86E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00

3 0,00E+00 0,00E+00 2,30E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00

4 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 2,64E+00 0,00E+00 0,00E+00

5 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 2,99E+00 0,00E+00

6 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00 3,33E+00

[M] 1 2 3 4 5 6

1 3,63E+03 -8,35E+03 6,15E+03 -1,86E+03 5,48E+02 -1,57E+02

2 -8,35E+03 2,41E+04 -2,53E+04 1,24E+04 -3,68E+03 1,05E+03

3 6,15E+03 -2,53E+04 4,23E+04 -3,63E+04 1,69E+04 -4,85E+03

4 -1,86E+03 1,24E+04 -3,63E+04 5,56E+04 -4,60E+04 2,08E+04

5 5,48E+02 -3,68E+03 1,69E+04 -4,60E+04 6,67E+04 -5,47E+04

6 -1,57E+02 1,05E+03 -4,85E+03 2,08E+04 -5,47E+04 8,63E+04

Page 149: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

149

Tabela 11 – Análise dos modos a partir da configuração de equilíbrio estática não-linear

Fonte: Silva (2017)

ModoFrequencias

naturais (Hz)Altura Modo 1 Modo 2 Modo 3 Modo 4 Modo 5 Modo 6

1,00 0,734 40,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000

2,00 3,736 33,333 0,766 0,239 -0,343 -0,924 -1,403 -1,748

3,00 9,690 26,667 0,542 -0,323 -0,594 0,068 1,424 2,868

4,00 18,052 20,000 0,339 -0,542 0,078 0,794 -0,458 -3,601

5,00 27,886 13,333 0,171 -0,435 0,586 -0,302 -0,723 3,487

6,00 38,095 6,667 0,050 -0,168 0,380 -0,730 1,274 -2,655

0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

0,000

5,000

10,000

15,000

20,000

25,000

30,000

35,000

40,000

45,000

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000 1,500

Modo 2

0,000

5,000

10,000

15,000

20,000

25,000

30,000

35,000

40,000

45,000

-1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000 1,500

Modo 3

0,000

5,000

10,000

15,000

20,000

25,000

30,000

35,000

40,000

45,000

-1,500 -1,000 -0,500 0,000 0,500 1,000 1,500

Modo 4

0,000

5,000

10,000

15,000

20,000

25,000

30,000

35,000

40,000

45,000

-2,000 -1,000 0,000 1,000 2,000

Modo 5

0,000

5,000

10,000

15,000

20,000

25,000

30,000

35,000

40,000

45,000

-4,000 -2,000 0,000 2,000 4,000

Modo 6

0,000

5,000

10,000

15,000

20,000

25,000

30,000

35,000

40,000

45,000

0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200

Modo 1

Page 150: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

150

Tabela 12 – Resposta dinâmica da estrutura submetida ao vento sintético – Máx. deslocamento =

0,351

Fonte: Silva (2017)

Tem

po (s

)Se

rie1

Seri

e2Se

rie3

Seri

e4Se

rie5

Seri

e6Se

rie7

Seri

e8Se

rie9

Seri

e10

Seri

e11

Seri

e12

Seri

e13

Seri

e14

Seri

e15

Seri

e16

Seri

e17

Seri

e18

Seri

e19

Seri

e20

0,00

0,00

00,

000

0,00

00,

000

0,00

00,

000

0,00

00,

000

0,00

00,

000

0,00

00,

000

0,00

00,

000

0,00

00,

000

0,00

00,

000

0,00

00,

000

1,00

0,00

00,

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0,00

00,

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0,00

00,

000

0,00

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000

0,00

00,

000

0,00

00,

000

0,00

00,

000

0,00

00,

000

0,00

00,

000

0,00

00,

000

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-0,0

290,

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0,14

30,

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0,07

4-0

,092

0,02

00,

087

-0,0

170,

076

0,05

50,

207

0,14

00,

009

-0,0

130,

049

0,01

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3,00

-0,1

26-0

,063

-0,0

290,

064

0,14

30,

121

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087

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076

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207

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009

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130,

049

0,01

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,018

4,00

0,09

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014

0,04

4-0

,080

-0,0

95-0

,040

-0,0

520,

060

0,03

80,

005

0,03

4-0

,048

-0,0

19-0

,140

-0,0

830,

000

0,00

9-0

,040

0,01

60,

048

5,00

0,09

90,

014

0,04

4-0

,080

-0,0

95-0

,040

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520,

060

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005

0,03

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,123

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510,

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570,

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,151

-0,1

110,

016

-0,0

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068

0,12

30,

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0,00

5-0

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0,01

2-0

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0,02

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08-0

,019

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-0,0

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256

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0,12

4-0

,073

0,09

6-0

,066

-0,1

93-0

,023

0,04

8-0

,183

-0,2

50-0

,069

-0,0

43-0

,085

-0,0

83-0

,096

-0,0

250,

003

0,00

2-0

,101

-0,1

14

28,0

0-0

,110

-0,1

600,

039

-0,0

290,

177

0,26

80,

082

-0,1

180,

175

0,28

80,

046

0,10

00,

119

0,24

50,

200

0,02

9-0

,013

0,03

90,

102

0,08

3

29,0

0-0

,110

-0,1

600,

039

-0,0

290,

177

0,26

80,

082

-0,1

180,

175

0,28

80,

046

0,10

00,

119

0,24

50,

200

0,02

9-0

,013

0,03

90,

102

0,08

3

30,0

00,

074

0,09

9-0

,021

0,01

3-0

,115

-0,1

67-0

,053

0,07

6-0

,105

-0,1

76-0

,026

-0,0

65-0

,074

-0,1

59-0

,128

-0,0

170,

008

-0,0

26-0

,061

-0,0

47

31,0

00,

074

0,09

9-0

,021

0,01

3-0

,115

-0,1

67-0

,053

0,07

6-0

,105

-0,1

76-0

,026

-0,0

65-0

,074

-0,1

59-0

,128

-0,0

170,

008

-0,0

26-0

,061

-0,0

47

32,0

0-0

,171

-0,1

24-0

,015

0,05

60,

214

0,22

40,

107

-0,1

390,

085

0,19

6-0

,001

0,11

50,

100

0,30

40,

219

0,02

0-0

,018

0,06

50,

055

0,01

1

33,0

0-0

,171

-0,1

24-0

,015

0,05

60,

214

0,22

40,

107

-0,1

390,

085

0,19

6-0

,001

0,11

50,

100

0,30

40,

219

0,02

0-0

,018

0,06

50,

055

0,01

1

34,0

00,

125

0,05

40,

034

-0,0

71-0

,138

-0,1

07-0

,072

0,08

9-0

,007

-0,0

680,

022

-0,0

72-0

,048

-0,2

00-0

,133

-0,0

070,

012

-0,0

49-0

,010

0,02

7

35,0

00,

125

0,05

40,

034

-0,0

71-0

,138

-0,1

07-0

,072

0,08

9-0

,007

-0,0

680,

022

-0,0

72-0

,048

-0,2

00-0

,133

-0,0

070,

012

-0,0

49-0

,010

0,02

7

36,0

0-0

,211

-0,0

73-0

,068

0,13

50,

223

0,15

10,

119

-0,1

43-0

,016

0,07

8-0

,047

0,11

60,

069

0,32

60,

210

0,00

8-0

,021

0,08

30,

001

-0,0

62

37,0

0-0

,211

-0,0

73-0

,068

0,13

50,

223

0,15

10,

119

-0,1

43-0

,016

0,07

8-0

,047

0,11

60,

069

0,32

60,

210

0,00

8-0

,021

0,08

30,

001

-0,0

62

38,0

00,

152

-0,0

020,

083

-0,1

42-0

,133

-0,0

24-0

,077

0,08

30,

094

0,05

50,

065

-0,0

65-0

,012

-0,2

01-0

,110

0,00

50,

014

-0,0

620,

045

0,09

6

39,0

00,

152

-0,0

020,

083

-0,1

42-0

,133

-0,0

24-0

,077

0,08

30,

094

0,05

50,

065

-0,0

65-0

,012

-0,2

01-0

,110

0,00

50,

014

-0,0

620,

045

0,09

6

40,0

0-0

,224

-0,0

14-0

,111

0,19

50,

205

0,06

10,

115

-0,1

28-0

,112

-0,0

47-0

,086

0,10

10,

030

0,30

50,

175

-0,0

04-0

,021

0,09

0-0

,052

-0,1

26

-0,4

00

-0,3

00

-0,2

00

-0,1

00

0,00

0

0,10

0

0,20

0

0,30

0

0,40

0

0,50

0 0,00

100,

0020

0,00

300,

0040

0,00

500,

0060

0,00Se

rie1

Serie

2

Serie

3

Serie

4

Serie

5

Serie

6

Serie

7

Serie

8

Serie

9

Serie

10

Serie

11

Serie

12

Serie

13

Serie

14

Serie

15

Serie

16

Serie

17

Serie

18

Serie

19

Serie

20

Page 151: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

151

Tabela 13 – Deslocamento total da análise dinâmica em torno da configuração não-linear

Fonte: Silva (2017)

9.5 Resultados Comparativos

A fim de atestar se os resultados obtidos pelo programa desenvolvido foram

devidamente calculados, realizou-se uma análise do mesmo exemplo numérico no software

comercial SAP2000 v14 que é um programa de análise computacional de estruturas

consagrado no mercado.

O SAP2000 v14 trata-se de um programa de elementos finitos capaz de realizar

análises de 1ª e 2ª ordem com não linearidade geométrica em estruturas lineares, porém não

conta com uma calculadora de tensões para a seção transversal, por isso adotam-se métodos

indiretospara verificação dos resultados da análise não linear física.

AlturaDesloc.

Total (m)

40,0 0,753

33,3 0,568

26,7 0,394

20,0 0,243

13,3 0,120

6,7 0,034

0,0 0,000

Page 152: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

152

9.5.1 Análise Linear Estática

A seguir apresentam-se resultados de esforços solicitantes e deslocamentos de primeira

ordem para o mesmo exemplo numérico da estrutura apresentada anteriormente.

Observa-se pequena diferença nos valores dos esforços e deslocamentos quando

comparados aos valores obtidos pelo programa de cálculo desenvolvido.

Figura 54 - Esforço de momento fletor de primeira ordem obtido pelo programa SAP2000

Fonte: Silva (2017)

Page 153: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

153

Figura 55 - Deslocamentos de primeira ordem obtidos pelo programa SAP2000

Fonte: Silva (2017)

Page 154: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

154

9.5.2 Análise Não Linear Estática – Não linearidade Geométrica

A seguir apresentam-se resultados de esforços solicitantes e deslocamentos de segunda

ordem (sem a consideração da não linearidade física) para a mesma estrutura apresentada

anteriormente.

Observa-se pequena diferença nos valores dos esforços e deslocamentos quando

comparados aos valores obtidos pelo programa de cálculo desenvolvido, provavelmente

devido a discretização otimizada adotada pelo programa comercial.

Figura 56 - Esforços de segunda ordem obtidos pelo programa SAP2000

Fonte: Silva (2017)

Page 155: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

155

Figura 57 - Deslocamentos de segunda ordem obtidos pelo programa SAP2000

Fonte: Silva (2017)

Page 156: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

156

9.5.3 Rigidez Efetiva

No trabalho de Brasil e Silva (2006) é apresentada uma formulação para determinação

da rigidez efetiva de seções tubulares circulares de concreto armado submetidas à flexo-

compressão baseada na relação

entre esforços solicitantes (Mk) e esforços últimos

resistentes (Mu) para determinado nível de esforço normal. O autor considera que a partir

desta relação, pode-se estabelecer graficamente uma equação para a variação da rigidez

efetiva

onde,

é o momento de inércia da seção de concreto fissurada, incluindo a contribuição da

seção homogeneizada de aço

é o momento de inércia total da seção não fissurada, incluindo a contribuição da

seção homogeneizada de aço

Tal formulação pôde ser obtida a partir de ensaios em estruturas com características de

material e formato similares a da estrutura apresentada no exemplo numérico deste capítulo.

A partir dos dados e resultados de ensaios de carga em determinada seção de uma torre

de concreto armado real submetida a ações de vento e peso-próprio, Brasil e Silva (2006)

chegaram na seguinte distribuição de pontos e linhas de tendência para a variação do valor do

fator de redução da rigidez (w) conforme a variação da relação

:

Page 157: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

157

Figura 58 – Pontos obtidos da aplicação do ensaio

Fonte: Brasil e Silva (2006)

Aplicando o método dos mínimos quadrados para diversos pontos

e aproximando para a função cúbica chegou-se ao gráfico

de tendências e tabela de parâmetros mostrados a seguir:

Figura 59 - Linhas de tendência obtidas a partir de ensaios

Fonte: Brasil e Silva (2006)

Page 158: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

158

Tabela 14 – Valores para a, b, c e d para seções solicitadas com até 0,8 de Mu

Fonte: Brasil e Silva (2006)

Para efeitos de comparação com nosso exemplo numérico, adotaremos a seguinte

equação para determinação de “w” que contém os parâmetros a, b, c e d compatíveis para a

seção mais solicitada de nosso exemplo numérico:

Page 159: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

159

Utilizando a calculadora da posição de equilíbrio da seção desenvolvida para o

software de cálculo, chegou-se no valor de esforço solicitante último ( ) para a seção mais

solicitada da estrutura do exemplo numérico.

Tabela 15 – Esforço solicitante máximos (Mu)

Fonte: Silva (2017)

Desta forma, temos:

:

Seção Externa Seção Interna

Diâmetro ext 120,0 cm Ângulo º X Y X Y Ângulo º X Y Is (cm4)

Raio ext 60,0 cm 0,00 60,00 0,00 0,00 48,00 0,00 0,00 6,00 53,46 5,62 949,51

Diâmetro int 96,0 cm 2,00 59,96 2,09 -2,09 47,97 1,68 -1,68 18,00 51,12 16,61 8298,42

Raio int 48,0 cm 4,00 59,85 4,19 -4,19 47,88 3,35 -3,35 30,00 46,55 26,88 21725,54

Cobrimento 5,0 cm 6,00 59,67 6,27 -6,27 47,74 5,02 -5,02 42,00 39,94 35,97 38909,21

Barra 25,0 8,00 59,42 8,35 -8,35 47,53 6,68 -6,68 54,00 31,59 43,48 56878,20

Quantidade 30,0 10,00 59,09 10,42 -10,42 47,27 8,34 -8,34 66,00 21,86 49,10 72525,53

Ângulo 12,0 12,00 58,69 12,47 -12,47 46,95 9,98 -9,98 78,00 11,18 52,58 83145,62

Raio 53,8 14,00 58,22 14,52 -14,52 46,57 11,61 -11,61 90,00 0,00 53,75 86902,16

alfa i 0,9 16,00 57,68 16,54 -16,54 46,14 13,23 -13,23 102,00 -11,18 52,58 83145,62

18,00 57,06 18,54 -18,54 45,65 14,83 -14,83 114,00 -21,86 49,10 72525,53

Nd1 375,9 kN 20,00 56,38 20,52 -20,52 45,11 16,42 -16,42 126,00 -31,59 43,48 56878,20

Md1 3150,0 kN.m 22,00 55,63 22,48 -22,48 44,50 17,98 -17,98 138,00 -39,94 35,97 38909,21

24,00 54,81 24,40 -24,40 43,85 19,52 -19,52 150,00 -46,55 26,88 21725,54

p1 0,1104 por mil/cm 26,00 53,93 26,30 -26,30 43,14 21,04 -21,04 162,00 -51,12 16,61 8298,42

eg1 -3,4724 por mil 28,00 52,98 28,17 -28,17 42,38 22,53 -22,53 174,00 -53,46 5,62 949,51

30,00 51,96 30,00 -30,00 41,57 24,00 -24,00 186,00 -53,46 -5,62 949,51

fck 45,0 Mpa 32,00 50,88 31,80 -31,80 40,71 25,44 -25,44 198,00 -51,12 -16,61 8298,42

Ecs 34278,9 Mpa 34,00 49,74 33,55 -33,55 39,79 26,84 -26,84 210,00 -46,55 -26,88 21725,54

c 1,3 36,00 48,54 35,27 -35,27 38,83 28,21 -28,21 222,00 -39,94 -35,97 38909,21

delta h 0,1 cm 38,00 47,28 36,94 -36,94 37,82 29,55 -29,55 234,00 -31,59 -43,48 56878,20

fct 3,8 40,00 45,96 38,57 -38,57 36,77 30,85 -30,85 246,00 -21,86 -49,10 72525,53

A 4,9 cm² 42,00 44,59 40,15 -40,15 35,67 32,12 -32,12 258,00 -11,18 -52,58 83145,62

Es 210000,0 Mpa 44,00 43,16 41,68 -41,68 34,53 33,34 -33,34 270,00 0,00 -53,75 86902,16

fyk 500,0 Mpa 46,00 41,68 43,16 -43,16 33,34 34,53 -34,53 282,00 11,18 -52,58 83145,62

s 1,2 48,00 40,15 44,59 -44,59 32,12 35,67 -35,67 294,00 21,86 -49,10 72525,53

alfa e 6,1 50,00 38,57 45,96 -45,96 30,85 36,77 -36,77 306,00 31,59 -43,48 56878,20

fsd,fad 175,0 Mpa 52,00 36,94 47,28 -47,28 29,55 37,82 -37,82 318,00 39,94 -35,97 38909,21

Mr 836,3 54,00 35,27 48,54 -48,54 28,21 38,83 -38,83 330,00 46,55 -26,88 21725,54

56,00 33,55 49,74 -49,74 26,84 39,79 -39,79 342,00 51,12 -16,61 8298,42

p<e-eg/Re 0,1 58,00 31,80 50,88 -50,88 25,44 40,71 -40,71 354,00 53,46 -5,62 949,51

p>-(e-eg/Re) -0,1 60,00 30,00 51,96 -51,96 24,00 41,57 -41,57 366,00 0,00 0,00 0,00

eg > 2 -2,0 por mil 62,00 28,17 52,98 -52,98 22,53 42,38 -42,38 378,00 0,00 0,00 0,00

eg < 2 2,0 por mil 64,00 26,30 53,93 -53,93 21,04 43,14 -43,14 390,00 0,00 0,00 0,00

Soma Fc + Fa = N 375,9 kN 66,00 24,40 54,81 -54,81 19,52 43,85 -43,85 402,00 0,00 0,00 0,00

Soma Mc + Ma = Md 3150,0 kN.m 68,00 22,48 55,63 -55,63 17,98 44,50 -44,50 414,00 0,00 0,00 0,00

70,00 20,52 56,38 -56,38 16,42 45,11 -45,11 426,00 0,00 0,00 0,00

72,00 18,54 57,06 -57,06 14,83 45,65 -45,65 438,00 0,00 0,00 0,00

0,4*fcd 13,8 Mpa 74,00 16,54 57,68 -57,68 13,23 46,14 -46,14 450,00 0,00 0,00 0,00

sigma,c, max 29,4 Mpa 76,00 14,52 58,22 -58,22 11,61 46,57 -46,57 462,00 0,00 0,00 0,00

sigma,s, max 434,7 Mpa 78,00 12,47 58,69 -58,69 9,98 46,95 -46,95 474,00 0,00 0,00 0,00

ei,c,max (por mil) 3,1 por mil 80,00 10,42 59,09 -59,09 8,34 47,27 -47,27 486,00 0,00 0,00 0,00

ei,s,max (por mil) -9,4 por mil 82,00 8,35 59,42 -59,42 6,68 47,53 -47,53 498,00 0,00 0,00 0,00

84,00 6,27 59,67 -59,67 5,02 47,74 -47,74 510,00 0,00 0,00 0,00

EI,eq- 14293961473,5 kN.cm² 86,00 4,19 59,85 -59,85 3,35 47,88 -47,88 522,00 0,00 0,00 0,00

M/v" 2852528235,4 kN.cm² 88,00 2,09 59,96 -59,96 1,68 47,97 -47,97 534,00 0,00 0,00 0,00

EI 25068423935,2 kN.cm² 90,00 0,00 60,00 -60,00 0,00 48,00 -48,00 546,00 0,00 0,00 0,00

EI,eq/EI 0,6 kN.cm² 92,00 -2,09 59,96 -59,96 -1,68 47,97 -47,97 558,00 0,00 0,00 0,00

Itotal 7313072,4 cm4 94,00 -4,19 59,85 -59,85 -3,35 47,88 -47,88 570,00 0,00 0,00 0,00

I2 4109955,2 cm4 96,00 -6,27 59,67 -59,67 -5,02 47,74 -47,74 582,00 0,00 0,00 0,00

EI,eq - verificado 14088483331,6 kN.cm² 98,00 -8,35 59,42 -59,42 -6,68 47,53 -47,53 594,00 0,00 0,00 0,00

BarrasSeção

Rigidez equivalente

Restrições - Esforços Máximos

Dados dos Materiais

Deformações e Curvaturas

Esforços Máximos

Verificações

-80,00

-60,00

-40,00

-20,00

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

-600,00 -400,00 -200,00 0,00 200,00 400,00 600,00

Tensão (s) x Altura (z) - Esforços Máximos

CONCRETO - Esforços 1 ARMADURA - Esforços 1

-80,00

-60,00

-40,00

-20,00

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

-80,00 -60,00 -40,00 -20,00 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00

SEÇÃO

Seção Externa Seção Externa

Seção Interna Seção Interna

Page 160: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

160

A porcentagem da rigidez efetiva obtida pela calculadora do programa desenvolvido na

seção mais solicitada do exemplo numérico foi de 59,22%. Portanto, obtivemos uma

aproximação satisfatoriamente razoável para a rigidez efetiva quando comparada com a

calculada pela formulação de Brasil e Silva (2006).

9.5.4 Análise Não Linear Estática – Não linearidade Geométrica e Física

A seguir apresentam-se resultados de esforços e deslocamentos de segunda ordem

(com a consideração da não linearidade física aplicando-se um fator de redução no produto de

rigidez nas seções fissuradas) para a mesma estrutura apresentada anteriormente.

Figura 60 - Esforços de segunda ordem obtidos pelo programa SAP2000

Fonte: Silva (2017)

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161

Figura 61 - Deslocamentos de segunda ordem obtidos pelo programa SAP2000

Fonte: Silva (2017)

Page 162: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

162

9.5.5 Análise de Vibrações Livres

A seguir apresentam-se os modos de vibração e frequencias naturais para a mesma

estrutura apresentada anteriormente.

Observa-se diferença significativa nos valores das frequências naturais apenas a partir

do terceiro modo de vibração devido à baixa precisão do método “Matriz Iterations” para

elevados modos de vibração.

Figura 62 - Primeiro modo de vibração - T = 1,79s – f = 0,56 Hz

Fonte: Silva (2017)

Page 163: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

163

Figura 63 – Segundo modo de vibração T = 0,39s – f = 2,56 Hz

Fonte: Silva (2017)

Page 164: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

164

Figura 64 – Segundo modo de vibração T = 0,134s – f = 7,46 Hz

Fonte: Silva (2017)

Page 165: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

165

Figura 65 - Quarto modo de vibração - T = 0,08s – f = 12,5 Hz

Fonte: Silva (2017)

Page 166: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

166

Figura 66 - Quinto modo de vibração - T = 0,04s – f = 25 Hz

Fonte: Silva (2017)

Page 167: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

167

Figura 67 - Sexto modo de vibração - T = 0,03s – f = 33,3 Hz

Fonte: Silva (2017)

Page 168: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

168

1De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT NBR 6023).

Capítulo 10 –Resultados e

Conclusões A partir da análise realizada, pôde-se observar que a análise dinâmica não linear para

estruturas esbeltas, como é o caso das torres de telecomunicação em concreto armado, é

essencial porque leva a deslocamentose, portanto, esforços na estrutura até duas vezesmaiores

do que aqueles obtidos pela simples análise estática linear da estrutura. Esta diferença pode

ser relacionada ao fato de que os deslocamentos e a frequência natural da estrutura isostática

estudada são consideravelmente sensíveis à diminuição do produto de rigidez dos segmentos

inferiores da torre.

De forma a comparar os resultados, apresenta-se uma tabela com os deslocamentos

obtidos nas diferentes análises: 1) linear estática x não linear estática –2) linear dinâmica pelo

método discreto da NBR6132 x não linear dinâmica pelo método do vento sintético. Os

resultados comparam a intensidade do deslocamento do topo da torre para diferentes alturas

de torre simuladas com as mesmas demais características geométricas da torre apresentada no

capítulo anterior:

Tabela 16 – Tabela comparativa de resultados obtidos nas análises estáticas

Características da Torre

Deslocamento do topo (m)

Altura da Torre

(m)

Índice de Esbeltez

(λ)

Análise Estática Linear

Análise Estática

Não-linear Dif (%)

30 107,820 0,129 0,140 9% 40 143,760 0,342 0,632 85% 50 179,700 0,746 1,740 133%

60 215,600 1,432 3,924 174%

Fonte: Silva (2017)

Page 169: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

169

Tabela 17 – Tabela comparativa de resultados obtidos nas análises dinâmicas

Características da Torre Deslocamento do topo (m)

Altura da Torre (m)

Índice de Esbeltez (λ)

Análise Dinâmica Linear (Modelo Discreto da

NBR6123)

Análise Dinâmica Não-linear (Método do Vento Sintético)

Dif (%)

30 107,820 0,142 0,196 38% 40 143,760 0,520 0,753 45% 50 179,700 0,821 2,420 195%

60 215,600 1,562 4,883 213%

Fonte: Silva (2017)

A partir da observação das diferenças encontradas concluímos que a análise não linear

é fundamental em ambos as abordagens, seja dinâmica ou estática, pois leva a resultados até

174% maiores na análise estática e até 213% maiores na análise dinâmica. Estas diferenças

são cada vez mais perceptíveis quanto maior é a esbeltez da torre estudada. Percebe-se

também que o método do vento sintético sempre levou a resultados de deslocamenteo maiores

do que aqueles obtidos pelo método discreto da NBR6123 configurando assim uma

abordagem mais conservadora para o dimensionamento destas torres.

O método do “vento sintético” sugerido pelo Prof. Mário Franco permitiu um enfoque

estocástico coerente com a aleatoriedade dos efeitos do vento.

O presente trabalho apresentou uma metodologia de análise de torres de concreto

armado baseada na aplicação do método do vento sintético considerando restrições

dimensionais da seção da torre e aquelas dadas pelo comportamento não linear do concreto

armado.

Devido ao enfoque dado a análise não linear e na observação do comportamento

dinâmico da torre sob excitação do vento ao longo do tempo foi necessário o estudo dos

conceitos de programação matemática e aplicação de diversos métodos numéricos de

integração.

A verificação de estado limite último da estrutura após obtenção dos deslocamentos da

análise dinâmica, a otimização e a consideração de microfissuras que reduzem a rigidez

efetiva inicial da estrutura ficam como sugestões para trabalhos futuros.

Page 170: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

170

1De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT NBR 6023).

Referência Bibliográfica ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 6118 –

Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento. ABNT. Rio de Janeiro. 2007.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 6123 –

Forças Devido ao Vento em Edificações. ABNT. Rio de Janeiro. 1998.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 7480 – Aço

destinado a armaduras para estruturas de concreto armado - Especificação. ABNT. Rio de

Janeiro. 2007.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 8953 –

Concreto para fins estruturais - Classificação por grupos de resistência. ABNT. Rio de

Janeiro. 1992.

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em Torres Metálicas Treliçadas para Telecomunicações, Tese (Doutorado) – Escola

Politécnica da Universidade de São Paulo, Departamento de Engenharia de Estruturas e

Fundações. São Paulo-SP.

Cherem, M. (2005), Análise de segunda ordem global em edifícios com estrutura de

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Departamento de Engenharia de Estruturas e Fundações. São Paulo-SP.

Ceccon, J. L. (2008) Análise dos efeitos de segunda ordem em pilares solicitados a

flexão oblíqua composta.Tese (Doutorado) – Escola Politécnica da Universidade de São

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CEB-FIP. – COMITE EUROPÉEN DU BETÓN – Fedération Internationale de la

Précontraintre. Model Code 1990 (MC-90). Paris: D’ Information nº 228, 1995.

CLOUGH, R.W.& JOSEPH PENZIEN (1995), Dynamic of Structures. 3ª Edição.

Berkeley, CA 94704. Computers & Structures, Inc. 752 páginas.

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171

1De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT NBR 6023).

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2006.

Franco, M (1993) “Direct along-wind dynamics analysis of tal structures”, Boletim

Técnico da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo BT/PEF/9303, São Paulo, 1993.

HUTTON, D. V. (2004); Fundamentals of Finite Element Analysis. 1st ed. New York

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excitação aleatória de vento. Dissertação (Mestrado)- Escola Politécnica da Universidade de

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comportamento não linear sob vibrações aleatórias devidas ao vento. Tese (Doutorado)-

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo.

LOPES, A. P., SANTOS; G. O.; SOUZA, A. L. A. C. (2005). Estudo sobre diferentes

métodos de análise p-delta. In: Congresso Brasileiro do Concreto,47., Olinda. Anais. Instituto

Brasileiro do Concreto, São Paulo.

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Menin, R. C. G. (2002) Análise estática e dinâmica de torres metálicas estaiadas.

Dissertação (Mestrado)- Universidade de Brasília, Brasília, DF.

Moncayo, W. J. Z. (2010), Análise de segunda ordem global em edifícios com

estrutura de concreto armado. Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos

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Obata, S. H. (2009) Vento sintético e a simulação de Monte Carlo – uma forma de

considerar a característicaaleatória e instável do carregamento dos ventos emestruturas .

Exacta, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 77-85

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PINTO, R. S. (2002). Análise não-linear das estruturas de contraventamento de

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Universidade de SãoPaulo, São Carlos.

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172

1De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT NBR 6023).

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SOLVER E EXCEL, Boletim Técnico da UNESP, Departamento de Computação, Bauru -

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Resultados Experimentais no Estudo da Redução da Rigidez Flexional em Estruturas de

Concreto Armado, Boletim Técnico da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo,

BT/PEF/0401, São Paulo.

Silva, M. A. e Brasil, R. M. L. R. F., (2004b), Nonlinear Dynamic Analysis Based on

Experimental Results of RC Towers for Telecommunication Subjected to Wind Loading, a

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Silva, M. Araújo; BRASIL R.M.L.R.F; ARORA J.S. (2008), FORMULATIOS FOR

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Suzuki M. S. (2012), ANÁLISE ESTRUTURAL DE TRELIÇAS ESPACIAIS NO

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de conclusão do Curso de Graduação – Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade

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ZHOU, Y.; KIJEWSKI, T.; KAREEM, A. (2002) Along-Wind Load Effects on Tall

Buildings: Comparative Study of Major International Codes and Standards. 788, Journal of

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Gobbo, P. H., Medrano, M. L. O. eUehara, F.N (2010), Propriedades Físico-mecanicas

do Elemento de Concreto Centrifugado, Anais do 52º Congresso Brasileiro do Concreto, São

Paulo-SP.

Page 173: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

173

Anexo - Código fonte do

software de cálculo Inicialização das Variáveis e Limpeza de Resultados

Option Base 1

Public ite, erro As Integer

Public ite_max As Integer

Public ite_nlfg As Integer

Public conv, tol As Double

Public conv_nlfg As Double

Public maior_modo As Double

Public i, j, k, m, n, o, p, div_modal, GL, GL_red, cont, cont_elem, serie, opcao As

Integer

Public diam_topo, diam_base, esp, alt, alt_cone, alt_cone_int, h_elem, h_elem_modal,

Es, alfa, gama_c, gama_s, gama_f3, c, fi, q_base, q_topo, E, Arm, At_arm_base,

At_arm_topo, div, resto_m, resto_n, massa_topo, amortecimento, Vento_plataforma As

Double

Public desloc_modal

'variáveis vento-sintetico

Public C_aero As Double

Public d_ar As Double

Public U0 As Double

Public V0 As Double

Public Vk() As Double

Public u As Double

Public F() As Double

Public X() As Double

Public Sv() As Double

Public Sp() As Double

Public ck() As Double

Public cc() As Double

Page 174: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

174

Public soma_cc As Double

'variaveis resposta dinamica

Public amp() As Double

Public T As Double

Public passos As Double

Public incremento_t As Double

Public fase() As Double

Public Ft() As Double

Public pt() As Double

Public q_vento() As Double

Public q_peso() As Double

Public y() As Double

Public w() As Double

Public m1_y As Double

Public m2_y As Double

Public m1_w As Double

Public m2_w As Double

Public An() As Double

Public Bn() As Double

Public A_sen() As Double

Public B_cos() As Double

Public desloc_topo() As Double

Public desloc_topo_fase() As Double

Public desloc_topo_passo() As Double

Public M_p_gen As Variant

Public M_p_gen_amp() As Double

'variaveis deslocamento dinamica

Public desloc_topo_max As Double

Public desloc_dinamica() As Double

Public desloc_dinamica_total() As Double

'variáveis analise modal matrix iteration

Public M_global_flex_modal As Variant

Page 175: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

175

Public M_dinamica As Variant

Public M_dinamica_mutavel As Variant

Public V_modal_normalizado() As Double

Public V_modal_normalizado_mutavel As Variant

Public V_modal() As Double

Public V_modal_mutavel As Variant

Public erro_modal As Double

Public tol_modal As Double

Public f_natural() As Double

Public M_sweeping As Variant

Public V_modo_vibracao As Variant

Public M_modo_vibracao() As Double

Public M_modo_vibracao_trans As Variant

Public V_modo_mutavel As Variant

Public V_modo_mutavel_trans As Variant

Public M_sweeping_auxiliar As Variant

Public M_sweeping_mutavel As Variant

'variáveis analise modal Rayleigh

Public M_global_flex_rayleigh As Variant

Public V_modal_rayleigh() As Double

Public V_forca_inercia As Variant

Public V_modo_vibracao_rayleigh() As Double

Public M_auxiliar_rayleigh As Variant

Public M_auxiliar_rayleigh_div As Variant

Public V_modo_auxiliar As Variant

Public V_modo_normalizado_rayleigh() As Double

Public f_natural_rayleigh() As Double

Public frequencia_natural() As Double

'variaveis matriz de rigidez global modal

Public M_rigidez_modal() As Double

Public M_elem_rig_modal() As Double

Public M_espalha_rig_modal() As Double

Public M_global_rig_modal As Variant

Page 176: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

176

Public M_rig_nao_red() As Double

Public M_rig_T_barra As Variant

Public M_rig_T() As Double

Public M_rig_T_trans As Variant

Public M_rig_ss As Variant

Public M_rig_sp As Variant

Public M_rig_auxiliar As Variant

'variaveis matriz de massa global modal

Public vol_tronco() As Double

Public vol_tronco_int() As Double

Public massa_linear() As Double

Public M_elem_massa() As Double

Public M_espalha_massa() As Double

Public M_global_massa As Variant

Public M_massa_gen() As Double

Public M_massa_con As Variant

Public M_massa_nao_red() As Double

Public M_massa_T_barra As Variant

Public M_massa_T As Variant

Public M_massa_T_trans As Variant

Public M_massa_ss As Variant

Public M_massa_sp As Variant

Public M_massa_auxiliar As Variant

'variaveis matriz global

Public M_elem_eng(1 To 6, 1 To 6) As Double

Public M_elem_liv(1 To 6, 1 To 6) As Double

Public M_elem() As Double

Public M_global() As Double

Public M_rigidez() As Double

Public M_rigidez_elem() As Double

Public M_espalha() As Double

Public Iner_A() As Double

Public Ix() As Double

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177

Public A() As Double

Public diam_var_ext() As Double

Public diam_var_int() As Double

Public At_arm() As Double

Public q_barras() As Double

'variaveis esforcos_2ordem

Public V_esforco_2ordem() As Double

Public deltaM_k() As Double

Public curvatura() As Double

'variaveis deslocamento_2ordem

Public V_desloc_final_2ordem() As Double

Public V_desloc_nlfg() As Double

Public V_rotacao_2ordem() As Double

Public Momento_intermediario() As Double

Public V_transversal_2ordem() As Double

Public Rotacao_intermediario() As Double

'variaveis esforcos_1ordem

Public V_desloc_elem() As Double

Public V_forcas_elem() As Double

Public V_esforco() As Double

Public V_mutavel_desloc() As Double

Public V_mutavel_rig() As Double

Public V_mutavel_reacao() As Double

Public V_mutavel_esforco As Variant

Public V_mutavel_forcas() As Double

Public V_vento_plataforma As Double

'variaveis deslocamento_1ordem

Public V_forcas() As Double

Public V_vento_est() As Double

Public V_peso() As Double

Public V_desloc As Variant

Page 178: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

178

Public V_desloc_final() As Double

Public M_livre_inv As Variant

Public M_livre() As Double

Public Sub A0_inicializacao()

Sheets("Secao Transversal").Select

For k = 1 To 13

For i = 2 To Cells(Rows.Count, k).End(xlUp).Row

Cells(i, k).ClearContents

Next i

Next k

Sheets("Analise Estatica").Select

For k = 1 To Cells(1, Columns.Count).End(xlToLeft).Column

For i = 2 To Cells(Rows.Count, k).End(xlUp).Row

Cells(i, k).ClearContents

Next i

Next k

Sheets("Analise Dinamica").Select

For k = 1 To Cells(1, Columns.Count).End(xlToLeft).Column

For i = 2 To Cells(Rows.Count, k).End(xlUp).Row

Cells(i, k).ClearContents

Next i

Next k

Sheets("Resposta Dinamica").Select

For k = 1 To Cells(1, Columns.Count).End(xlToLeft).Column

For i = 2 To Cells(Rows.Count, k).End(xlUp).Row

Cells(i, k).ClearContents

Next i

Next k

Sheets("Verificacao_M_global").Select

Page 179: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

179

For k = 1 To Cells(1, Columns.Count).End(xlToLeft).Column

For i = 1 To Cells(Rows.Count, k).End(xlUp).Row

Cells(i, k).ClearContents

Next i

Next k

Sheets("M_global_massa").Select

For k = 1 To Cells(1, Columns.Count).End(xlToLeft).Column

For i = 1 To Cells(Rows.Count, k).End(xlUp).Row

Cells(i, k).ClearContents

Next i

Next k

Sheets("M_global_rig_modal").Select

For k = 1 To Cells(1, Columns.Count).End(xlToLeft).Column

For i = 1 To Cells(Rows.Count, k).End(xlUp).Row

Cells(i, k).ClearContents

Next i

Next k

Sheets(1).Select

diam_topo = Range("B2").Value

diam_base = Range("B3").Value

esp = Range("B4").Value

alt = Range("B5").Value

div = Range("B6").Value

E = Range("B7").Value

c = Range("B12").Value

fi = Range("B13").Value

q_base = Range("B14").Value

q_topo = Range("B15").Value

fck = Range("B10").Value

fyk = Range("B11").Value

Es = Range("B16").Value

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180

gama_c = Range("B17").Value

gama_s = Range("B18").Value

gama_f3 = Range("B22").Value

alfa = Range("B20").Value

div_modal = Range("B24").Value

massa_topo = Range("B26").Value

amortecimento = 5 / 100

serie = Range("B28").Value

passos = Range("B29").Value

opcao = Range("J15").Value

Arm = Range("B8").Value

At_arm_topo = q_topo * Arm

At_arm_base = q_base * Arm

h_elem = alt / div

h_elem_modal = alt / div_modal

alt_cone = ((diam_base - diam_topo) / alt * 2) * diam_topo / 2

alt_cone_int = (((diam_base - 2 * esp) - (diam_topo - 2 * esp)) / alt * 2) * (diam_topo -

2 * esp) / 2

ite_max = 10

ite = 1

tol = 0.01

conv = 0.01

erro = 0

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181

Vento_plataforma = 4.433 + 3.678 + 10.063

T = 600

incremento_t = T / passos

GL = 2 * div_modal

GL_red = div_modal

'variáveis vento-sintetico

ReDim Vk(div_modal)

ReDim F(11)

ReDim X(11)

ReDim Sv(11)

ReDim Sp(11)

ReDim ck(11)

ReDim cc(11)

'variaveis resposta dinamica

ReDim amp(11)

ReDim fase(11)

ReDim Ft(div_modal)

ReDim pt(div_modal, 1)

ReDim q_vento(div_modal)

ReDim q_peso(div_modal)

ReDim y(passos, 11, div_modal)

ReDim w(passos, 11, div_modal)

ReDim An(passos, 11, div_modal)

ReDim Bn(passos, 11, div_modal)

ReDim A_sen(passos, 11, div_modal)

ReDim B_cos(passos, 11, div_modal)

ReDim desloc_topo(div_modal, serie, passos)

ReDim desloc_topo_fase(11, serie, passos)

ReDim desloc_topo_passo(passos, serie)

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182

ReDim M_p_gen_amp(GL_red)

'variaveis deslocamento dinamica

ReDim desloc_dinamica(GL_red)

ReDim desloc_dinamica_total(GL_red + 1)

'variáveis análise modal

ReDim M_global_flex_modal(GL_red, GL_red)

ReDim M_dinamica(GL_red, GL_red)

ReDim M_dinamica_mutavel(GL_red, GL_red)

ReDim V_modal_normalizado(GL_red, GL_red, ite_max)

ReDim V_modal_normalizado_mutavel(GL_red, 1)

ReDim V_modal(GL_red, GL_red, ite_max)

ReDim V_modal_mutavel(GL_red, 1)

ReDim f_natural(GL_red)

ReDim M_sweeping(GL_red, GL_red, GL_red)

ReDim V_modo_vibracao(GL_red, GL_red, GL_red)

ReDim M_modo_vibracao(GL_red, GL_red)

ReDim V_modo_mutavel(GL_red, 1)

ReDim V_modo_mutavel_trans(1, GL_red)

ReDim M_sweeping_auxiliar(GL_red, GL_red)

ReDim M_sweeping_mutavel(GL_red, GL_red)

'variáveis analise modal Rayleigh

ReDim M_global_flex_rayleigh(GL_red, GL_red)

ReDim V_modal_rayleigh(GL_red, 1)

ReDim V_modal_rayleigh_trans(1, GL_red)

ReDim V_forca_inercia(GL_red)

ReDim V_modo_vibracao_rayleigh(GL_red, 1)

ReDim V_modo_normalizado_rayleigh(GL_red, 1)

ReDim f_natural_rayleigh(GL_red)

ReDim frequencia_natural(GL_red)

'variaveis rigidez modal

ReDim M_rigidez_modal(GL)

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183

ReDim M_elem_rig_modal(4, 4, div_modal + 1)

ReDim M_espalha_rig_modal(GL, div_modal + 1)

ReDim M_rig_nao_red(GL, GL)

ReDim M_rig_T(GL, GL_red)

ReDim M_rig_ss(GL_red, GL_red)

ReDim M_rig_sp(GL_red, GL_red)

ReDim M_rig_T_barra(GL_red, GL_red)

'variaveis massa modal

ReDim massa_linear(div + 1)

ReDim vol_tronco(div)

ReDim vol_tronco_int(div)

ReDim M_elem_massa(4, 4, div_modal + 1)

ReDim M_espalha_massa(GL, div_modal + 1)

ReDim M_massa_gen(GL_red)

ReDim M_massa_nao_red(GL, GL)

ReDim M_massa_T(GL, GL_red)

ReDim M_massa_T_barra(GL_red, GL_red)

ReDim M_massa_ss(GL_red, GL_red)

ReDim M_massa_sp(GL_red, GL_red)

'variaveis matriz global

ReDim M_global((div + 1) * 3, (div + 1) * 3)

ReDim M_espalha((div + 1) * 3, div)

ReDim M_elem(6, 6, div)

ReDim M_rigidez(div + 1)

ReDim M_rigidez_elem(div)

ReDim Iner_A(div + 1)

ReDim Ix(div + 1)

ReDim A(div + 1)

ReDim At_arm(div + 1)

ReDim A_arm(div + 1)

ReDim diam_var_ext(div + 1)

ReDim diam_var_int(div + 1)

ReDim q_barras(div + 1)

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184

'variaveis esforcos_2ordem

ReDim deltaM_k(div + 1, 1, ite_max)

ReDim V_esforco_2ordem(6, 1, div, ite_max)

ReDim curvatura(div + 1)

'variaveis deslocamento_2ordem

ReDim Rotacao_intermediario(div + 1)

ReDim V_rotacao_2ordem(div + 1, 1)

ReDim Momento_intermediario(div + 1)

ReDim V_transversal_2ordem(div + 1, 1)

ReDim V_desloc_final_2ordem((div + 1) * 3, 1, ite_max)

ReDim V_desloc_nlfg((div + 1) * 3, 1, ite_max)

'variaveis esforcos_1ordem

ReDim V_desloc_elem(6, 1, div)

ReDim V_forcas_elem(6, 1, div)

ReDim V_esforco(6, 1, div)

ReDim V_mutavel_desloc(6, 1)

ReDim V_mutavel_rig(6, 6)

ReDim V_mutavel_forcas(6, 1)

ReDim V_mutavel_esforco(6, 1)

'variaveis deslocamento_1ordem

ReDim V_forcas(div * 3, 1)

ReDim V_desloc(div * 3, 1)

ReDim V_desloc_final((div + 1) * 3, 1)

ReDim V_vento_est(div + 1)

ReDim V_peso(div + 1)

ReDim M_livre(div * 3, div * 3)

'secao variável

Sheets("Secao Transversal").Select

Range("A2").Select

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185

For i = 1 To div + 1

ActiveCell.Value = i

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

Range("B2").Select

For i = 1 To div + 1

ActiveCell.Value = alt - ((i - 1) * h_elem)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

Range("C2").Select

For i = 1 To div + 1

diam_var_ext(i) = ((diam_base - diam_topo) * (i - 1) / div) + diam_topo

ActiveCell.Value = diam_var_ext(i)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

Range("D2").Select

For i = 1 To div + 1

diam_var_int(i) = (((diam_base - diam_topo) * (i - 1) / div) + diam_topo) - 2 * esp

ActiveCell.Value = diam_var_int(i)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

Range("F2").Select

For i = 1 To div + 1

Ix(i) = Application.WorksheetFunction.Pi() * ((diam_var_ext(i) ^ 4) -

(diam_var_int(i) ^ 4)) / 64

ActiveCell.Value = Ix(i)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

'quantidade de barras

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186

Range("J2").Select

For i = 1 To div + 1

q_barras(i) = Application.WorksheetFunction.RoundUp(((q_base - q_topo) * (i - 1)

/ div) + q_topo, 0)

ActiveCell.Value = q_barras(i)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

'área de armadura

Range("K2").Select

For i = 1 To div + 1

At_arm(i) = q_barras(i) * Arm

ActiveCell.Value = At_arm(i)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

'área de concreto

Range("E2").Select

For i = 1 To div + 1

A(i) = ((diam_var_ext(i) ^ 2) * Application.WorksheetFunction.Pi() / 4) -

((diam_var_int(i) ^ 2) * Application.WorksheetFunction.Pi() / 4) + (alfa * At_arm(i) / 10000)

- (At_arm(i) / 10000)

ActiveCell.Value = A(i)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

'corrigindo seção transversal

For i = 1 To div + 1

Sheets("Calculo_ST").Select

Range("B2").Value = diam_var_ext(i) * 100

Range("B4").Value = diam_var_int(i) * 100

Range("B8").Value = q_barras(i)

Iner_A(i) = Range("P131").Value / 100000000

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187

Sheets("Secao Transversal").Select

Range("G2").Select

ActiveCell.Offset(i - 1, 0).Activate

ActiveCell.Value = Iner_A(i)

Next i

Sheets("Secao Transversal").Select

Range("H2").Select

For k = 1 To div + 1

M_rigidez(k) = E * (Ix(k) + Iner_A(k))

ActiveCell.Value = M_rigidez(k)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next k

For k = 1 To div

M_rigidez_elem(k) = (M_rigidez(k) + M_rigidez(k + 1)) / 2

Next k

'volume dos troncos

Range("L2").Select

For i = 1 To div

If alt_cone <> 0 Then

vol_tronco(i) = ((alt_cone + (h_elem * (i))) * Application.WorksheetFunction.Pi()

* (diam_var_ext(i + 1) ^ 2) / (4 * 3)) - ((alt_cone + (h_elem * (i - 1))) *

Application.WorksheetFunction.Pi() * (diam_var_ext(i) ^ 2) / (4 * 3))

ActiveCell.Value = vol_tronco(i)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Else

vol_tronco(i) = ((alt_cone + (h_elem * (i))) * Application.WorksheetFunction.Pi()

* (diam_var_ext(i + 1) ^ 2) / 4) - ((alt_cone + (h_elem * (i - 1))) *

Application.WorksheetFunction.Pi() * (diam_var_ext(i) ^ 2) / 4)

ActiveCell.Value = vol_tronco(i)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

End If

Next i

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188

Range("M2").Select

For i = 1 To div

If alt_cone <> 0 Then

vol_tronco_int(i) = ((alt_cone_int + (h_elem * (i))) *

Application.WorksheetFunction.Pi() * (diam_var_int(i + 1) ^ 2) / (4 * 3)) - ((alt_cone_int +

(h_elem * (i - 1))) * Application.WorksheetFunction.Pi() * (diam_var_int(i) ^ 2) / (4 * 3))

ActiveCell.Value = vol_tronco_int(i)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Else

vol_tronco_int(i) = ((alt_cone_int + (h_elem * (i))) *

Application.WorksheetFunction.Pi() * (diam_var_int(i + 1) ^ 2) / 4) - ((alt_cone_int +

(h_elem * (i - 1))) * Application.WorksheetFunction.Pi() * (diam_var_int(i) ^ 2) / 4)

ActiveCell.Value = vol_tronco_int(i)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

End If

Next i

Range("I2").Select

For k = 1 To div + 1

If k = 1 Then

massa_linear(k) = ((vol_tronco(k) - vol_tronco_int(k)) / 2) * 25 / 9.81

ElseIf k = div + 1 Then

massa_linear(k) = ((vol_tronco(k - 1) - vol_tronco_int(k - 1)) / 2) * 25 / 9.81

Else

massa_linear(k) = (((vol_tronco(k - 1) - vol_tronco_int(k - 1)) + (vol_tronco(k) -

vol_tronco_int(k - 1))) / 2) * 25 / 9.81

End If

ActiveCell.Value = massa_linear(k)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next k

'matriz elemento engastado

M_elem_eng(1, 1) = E / h_elem

M_elem_eng(1, 2) = 0

M_elem_eng(1, 3) = 0

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189

M_elem_eng(1, 4) = -E / h_elem

M_elem_eng(1, 5) = 0

M_elem_eng(1, 6) = 0

M_elem_eng(2, 1) = 0

M_elem_eng(2, 2) = 12 / (h_elem ^ 3)

M_elem_eng(2, 3) = 6 / h_elem ^ 2

M_elem_eng(2, 4) = 0

M_elem_eng(2, 5) = -12 / (h_elem ^ 3)

M_elem_eng(2, 6) = 6 / h_elem ^ 2

M_elem_eng(3, 1) = 0

M_elem_eng(3, 2) = 6 / h_elem ^ 2

M_elem_eng(3, 3) = 4 / h_elem

M_elem_eng(3, 4) = 0

M_elem_eng(3, 5) = -6 / h_elem ^ 2

M_elem_eng(3, 6) = 2 / h_elem

M_elem_eng(4, 1) = -E / h_elem

M_elem_eng(4, 2) = 0

M_elem_eng(4, 3) = 0

M_elem_eng(4, 4) = E / h_elem

M_elem_eng(4, 5) = 0

M_elem_eng(4, 6) = 0

M_elem_eng(5, 1) = 0

M_elem_eng(5, 2) = -12 / (h_elem ^ 3)

M_elem_eng(5, 3) = -6 / h_elem ^ 2

M_elem_eng(5, 4) = 0

M_elem_eng(5, 5) = 12 / (h_elem ^ 3)

M_elem_eng(5, 6) = -6 / h_elem ^ 2

M_elem_eng(6, 1) = 0

M_elem_eng(6, 2) = 6 / h_elem ^ 2

M_elem_eng(6, 3) = 2 / h_elem

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190

M_elem_eng(6, 4) = 0

M_elem_eng(6, 5) = -6 / h_elem ^ 2

M_elem_eng(6, 6) = 4 / h_elem

For k = 1 To div + 1

M_rigidez_modal(k) = E * (Ix(k) + Iner_A(k))

Next k

Call Z_matriz_global.Z_matriz_global

Sheets("Analise Estatica").Select

Range("A2").Select

For i = 1 To div + 1

ActiveCell.Value = alt - ((i - 1) * h_elem)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

Sheets("Analise Dinamica").Select

Range("L2").Select

For i = 1 To GL_red + 1

ActiveCell.Value = alt - ((i - 1) * h_elem_modal)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

Sheets(1).Select

End Sub

Cálculo da Matriz de Rigidez Global

Option Base 1

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191

Public Sub Z_matriz_global()

Sheets("Verificacao_M_global").Select

Range("A1").Select

'matriz_elementos

For k = 1 To div

For j = 1 To 6

For i = 1 To 6

If i = 1 Or i = 4 Then

M_elem(i, j, k) = M_elem_eng(i, j) * A(k)

ElseIf i = 2 Or i = 3 Then

M_elem(i, j, k) = M_elem_eng(i, j) * M_rigidez_elem(k)

ElseIf i = 5 Or i = 6 Then

M_elem(i, j, k) = M_elem_eng(i, j) * M_rigidez_elem(k)

End If

Next i

Next j

Next k

'matriz de espalhamento

cont = 0

cont_elem = 0

For k = 1 To div

For i = 1 To (div + 1) * 3

If i <= cont_elem * 3 Or i > (cont_elem * 3) + 6 Then

M_espalha(i, k) = 0

Else

cont = cont + 1

M_espalha(i, k) = cont

End If

Next i

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192

cont = 0

cont_elem = cont_elem + 1

Next k

'matriz global

For i = 1 To (div + 1) * 3

For j = 1 To (div + 1) * 3

For k = 1 To div

m = M_espalha(i, k)

n = M_espalha(j, k)

If m <> 0 And n <> 0 Then

M_global(i, j) = M_global(i, j) + M_elem(m, n, k)

End If

Next k

'ActiveCell.Value = M_global(i, j)

'ActiveCell.Offset(0, 1).Activate

Next j

'ActiveCell.Offset(1, -j + 1).Activate

Next i

End Sub

Inicialização do Cálculo de Esforços de 1ª Ordem

Option Base 1

Public Sub A1_calculo_linear()

Call Y_deslocamento_1ordem.Y_deslocamento_1ordem

Call X_esforcos_1ordem.X_esforcos_1ordem

Sheets(1).Select

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193

End Sub

Cálculo dos Deslocamentos de 1ª ordem

Option Base 1

Public Sub Y_deslocamento_1ordem()

For i = 1 To (div * 3)

For j = 1 To (div * 3)

M_livre(i, j) = M_global(i, j)

Next j

Next i

M_livre_inv = Application.MInverse(M_livre)

Sheets("Vento Estatico").Select

Range("K6").Select

For i = 1 To div + 1

V_vento_est(i) = ActiveCell.Value

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

Range("L6").Select

For i = 1 To div + 1

V_peso(i) = ActiveCell.Value

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

'parcela do vento

If opcao = 1 Then

For i = 1 To div

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194

If i = 1 Then

V_forcas(2 + ((i - 1) * 3), 1) = (-V_vento_est(i) * h_elem / 2) -

Vento_plataforma

V_forcas(3 + ((i - 1) * 3), 1) = (V_vento_est(i) * h_elem * h_elem / 12)

Else

V_forcas(2 + ((i - 1) * 3), 1) = (-V_vento_est(i) * h_elem / 2) + (-

V_vento_est(i + 1) * h_elem / 2)

V_forcas(3 + ((i - 1) * 3), 1) = (-V_vento_est(i) * h_elem * h_elem / 12) +

(V_vento_est(i + 1) * h_elem * h_elem / 12)

End If

Next i

Else

For i = 1 To div

If i = 1 Then

V_forcas(2 + ((i - 1) * 3), 1) = (-0.48 * V_vento_est(i) * h_elem / 2) -

Vento_plataforma

V_forcas(3 + ((i - 1) * 3), 1) = (0.48 * V_vento_est(i) * h_elem * h_elem / 12)

Else

V_forcas(2 + ((i - 1) * 3), 1) = (-0.48 * V_vento_est(i) * h_elem / 2) + (-

V_vento_est(i + 1) * h_elem / 2)

V_forcas(3 + ((i - 1) * 3), 1) = (-0.48 * V_vento_est(i) * h_elem * h_elem / 12)

+ (V_vento_est(i + 1) * h_elem * h_elem / 12)

End If

Next i

End If

'parcela do peso-proprio

For i = 1 To div

If i = 1 Then

V_forcas(1 + ((i - 1) * 3), 1) = (-V_peso(i + 1) * h_elem / 2)

Else

V_forcas(1 + ((i - 1) * 3), 1) = (-V_peso(i + 1) * h_elem / 2) + (-V_peso(i + 1) *

h_elem / 2)

End If

Next i

For i = 1 To (div * 3)

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195

V_forcas(i, 1) = -V_forcas(i, 1)

Next i

'vetor deslocamentos

V_desloc = Application.MMult(M_livre_inv, V_forcas)

Sheets("Analise Estatica").Select

Range("B2").Select

For i = 1 To (div + 1) * 3

If i <= div * 3 Then

V_desloc_final(i, 1) = V_desloc(i, 1)

Else

V_desloc_final(i, 1) = 0

End If

V_desloc_final_2ordem(i, 1, ite) = 0

V_desloc_final_2ordem(i, 1, ite + 1) = V_desloc_final(i, 1)

Next i

For i = 1 To (div + 1)

ActiveCell.Value = V_desloc_final(2 + ((i - 1) * 3), 1)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

End Sub

Cálculo dos Esforços Solicitantes de 1ª Ordem

Option Base 1

Public Sub X_esforcos_1ordem()

For i = 1 To div

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196

For k = 1 To 6

V_desloc_elem(k, 1, i) = V_desloc_final(k + ((i - 1) * 3), 1)

Next k

Next i

'parcela do vento

If opcao = 1 Then

For k = 1 To div

For i = 1 To 2

V_forcas_elem(2 + ((i - 1) * 3), 1, k) = (-V_vento_est(k) * h_elem / 2)

If (i Mod 2) = 0 Then

V_forcas_elem(3 + ((i - 1) * 3), 1, k) = (-V_vento_est(k) * h_elem * h_elem / 12)

Else

V_forcas_elem(3 + ((i - 1) * 3), 1, k) = (V_vento_est(k) * h_elem * h_elem /

12)

End If

Next i

Next k

Else

For k = 1 To div

For i = 1 To 2

V_forcas_elem(2 + ((i - 1) * 3), 1, k) = (-0.48 * V_vento_est(k) * h_elem / 2)

If (i Mod 2) = 0 Then

V_forcas_elem(3 + ((i - 1) * 3), 1, k) = (-0.48 * V_vento_est(k) * h_elem * h_elem /

12)

Else

V_forcas_elem(3 + ((i - 1) * 3), 1, k) = (0.48 * V_vento_est(k) * h_elem *

h_elem / 12)

End If

Next i

Next k

End If

'parcela do peso-proprio

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197

For k = 1 To div

For i = 1 To 2

V_forcas_elem(1 + ((i - 1) * 3), 1, k) = (-V_peso(k + 1) * h_elem / 2)

Next i

Next k

'calculo dos esforcos

For k = 1 To div

For i = 1 To 6

V_mutavel_desloc(i, 1) = V_desloc_elem(i, 1, k)

V_mutavel_forcas(i, 1) = V_forcas_elem(i, 1, k)

For j = 1 To 6

V_mutavel_rig(i, j) = M_elem(i, j, k)

Next j

Next i

V_mutavel_esforco = Application.MMult(V_mutavel_rig, V_mutavel_desloc)

For m = 1 To 6

V_esforco(m, 1, k) = V_mutavel_esforco(m, 1) + V_mutavel_forcas(m, 1)

V_esforco_2ordem(m, 1, k, ite) = V_esforco(m, 1, k)

Next m

Next k

Sheets("Analise Estatica").Select

Range("C2").Select

For k = 1 To div

ActiveCell.Value = -V_esforco(3, 1, k)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next k

ActiveCell.Value = V_esforco(6, 1, div)

Page 198: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

198

Range("K2").Select

For k = 1 To div

ActiveCell.Value = -V_esforco(1, 1, k)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next k

ActiveCell.Value = V_esforco(4, 1, div)

End Sub

Inicialização do Cálculo de 2ª Ordem

Option Base 1

Public Sub A2_calculo_NLG()

conv = 0.2

ite = 1

Call Y_deslocamento_1ordem.Y_deslocamento_1ordem

Call X_esforcos_1ordem.X_esforcos_1ordem

Do While conv > tol And ite < ite_max

If ite = 1 Then

Call Y_deslocamento_1ordem.Y_deslocamento_1ordem

Else

Call W_esforcos_2ordem.W_esforcos_2ordem

Sheets("Analise Estatica").Select

Range("E2").Select

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199

For i = 1 To div

ActiveCell.Value = -V_esforco_2ordem(3, 1, i, ite)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

ActiveCell.Value = V_esforco_2ordem(6, 1, i - 1, ite)

Call V_deslocamento_2ordem.V_deslocamento_2ordem

Sheets("Analise Estatica").Select

Range("D2").Select

For i = 1 To (div + 1)

ActiveCell.Value = V_desloc_final_2ordem(2 + ((i - 1) * 3), 1, ite + 1)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

End If

If ite > 2 Then

conv = Abs((V_desloc_final_2ordem(2, 1, ite) / V_desloc_final_2ordem(2, 1, (ite

- 1))) - 1)

End If

ite = ite + 1

Loop

If ite > ite_max Then

Page 200: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

200

MsgBox ("numero maximo de iteracoes alcançado")

ElseIf conv < tol Then

MsgBox ("calculado com sucesso")

ElseIf erro = 1 Then

MsgBox ("calculo da ST nao satisfeito")

End If

MsgBox (ite)

Sheets(1).Select

End Sub

Cálculo dos Esforços de 2ª Ordem

Option Base 1

Public Sub W_esforcos_2ordem()

'parcela P-delta

For k = 1 To div + 1

If k = 1 Then

deltaM_k(k, 1, ite) = 0

ElseIf k < div + 1 Then

deltaM_k(k, 1, ite) = deltaM_k(k - 1, 1, ite) + (V_forcas(1 + ((k - 1) * 3), 1) *

(V_desloc_final_2ordem(2 + (k - 1) * 3, 1, ite) - V_desloc_final_2ordem(2 + (k - 1) * 3, 1, ite

- 1)))

Else

deltaM_k(k, 1, ite) = deltaM_k(k - 1, 1, ite) + (V_forcas(1 + ((k - 2) * 3), 1) *

V_desloc_final_2ordem(2 + (k - 1) * 3, 1, ite - 1))

End If

Page 201: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

201

Next k

For k = 1 To div

V_esforco_2ordem(1, 1, k, ite) = V_esforco_2ordem(1, 1, k, ite - 1)

V_esforco_2ordem(2, 1, k, ite) = V_esforco_2ordem(2, 1, k, ite - 1)

V_esforco_2ordem(4, 1, k, ite) = V_esforco_2ordem(4, 1, k, ite - 1)

V_esforco_2ordem(5, 1, k, ite) = V_esforco_2ordem(5, 1, k, ite - 1)

V_esforco_2ordem(3, 1, k, ite) = V_esforco_2ordem(3, 1, k, ite - 1) + deltaM_k(k,

1, ite)

V_esforco_2ordem(6, 1, k, ite) = V_esforco_2ordem(6, 1, k, ite - 1) - deltaM_k(k +

1, 1, ite)

Next k

End Sub

Cálculo dos Deslocamentos de 2ª Ordem

Option Base 1

Public Sub V_deslocamento_2ordem()

k = div + 1

Do While k > 0

If k = div + 1 Then

V_rotacao_2ordem(k, 1) = 0

Else

Momento_intermediario(k) = (deltaM_k(k, 1, ite) + deltaM_k(k + 1, 1, ite)) / 2

V_rotacao_2ordem(k, 1) = V_rotacao_2ordem(k + 1, 1) + (h_elem / 6) *

((deltaM_k(k, 1, ite) / M_rigidez(k)) + (4 * Momento_intermediario(k) / M_rigidez(k)) +

((deltaM_k(k + 1, 1, ite) / M_rigidez(k + 1))))

End If

V_desloc_final_2ordem(3 + (k - 1) * 3, 1, ite + 1) = V_rotacao_2ordem(k, 1)

k = k - 1

Loop

Page 202: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

202

k = div + 1

Do While k > 0

If k = div + 1 Then

V_transversal_2ordem(k, 1) = 0

Else

Rotacao_intermediario(k) = (V_rotacao_2ordem(k + 1, 1) +

V_rotacao_2ordem(k, 1)) / 2

V_transversal_2ordem(k, 1) = V_transversal_2ordem(k + 1, 1) + (h_elem / 6) *

(V_rotacao_2ordem(k, 1) + 4 * Rotacao_intermediario(k) + (V_rotacao_2ordem(k + 1, 1)))

End If

V_desloc_final_2ordem(2 + (k - 1) * 3, 1, ite + 1) = V_desloc_final_2ordem(2 + (k

- 1) * 3, 1, ite) - V_transversal_2ordem(k, 1)

k = k - 1

Loop

For i = 1 To div + 1

V_desloc_final_2ordem(1 + (i - 1) * 3, 1, ite + 1) = V_desloc_final_2ordem(1 + (i - 1)

* 3, 1, ite)

Next i

End Sub

Inicialização do Cálculo de 2ª Ordem – Não linearidade Física

Option Base 1

Public Sub A3_calculo_NLFG()

conv_nlfg = 0.2

ite_nlfg = 1

Do While conv_nlfg > tol And ite_nlfg < ite_max

conv = 0.2

ite = 1

Page 203: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

203

Do While conv > tol And ite < ite_max

If ite = 1 Then

Call Y_deslocamento_1ordem.Y_deslocamento_1ordem

Call X_esforcos_1ordem.X_esforcos_1ordem

Call V1_deslocamento_2ordem_nlfg.V1_deslocamento_2ordem_nlfg

Else

Call W_esforcos_2ordem.W_esforcos_2ordem

Sheets("Analise Estatica").Select

Range("G2").Select

For i = 1 To div

ActiveCell.Value = -V_esforco_2ordem(3, 1, i, ite)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

ActiveCell.Value = V_esforco_2ordem(6, 1, i - 1, ite)

Call V_deslocamento_2ordem.V_deslocamento_2ordem

Sheets("Analise Estatica").Select

Range("F2").Select

For i = 1 To (div + 1)

ActiveCell.Value = V_desloc_final_2ordem(2 + ((i - 1) * 3), 1, ite + 1)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

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204

Next i

End If

If ite > 2 Then

conv = Abs((V_desloc_final_2ordem(2, 1, ite) / V_desloc_final_2ordem(2, 1,

(ite - 1))) - 1)

End If

ite = ite + 1

Loop

V_desloc_nlfg(2, 1, ite_nlfg) = V_desloc_final_2ordem(2, 1, ite - 1)

Call U_naolinear_fisico.U_naolinear_fisico

Sheets("Analise Estatica").Select

Range("H2").Select

For i = 1 To (div + 1)

ActiveCell.Value = curvatura(i)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

Range("I2").Select

For i = 1 To (div + 1)

ActiveCell.Value = M_rigidez(i)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Page 205: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

205

Next i

Range("J2").Select

For i = 1 To (div + 1)

ActiveCell.Value = M_rigidez(i) / (E * (Ix(i) + Iner_A(i)))

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

If ite_nlfg > 2 Then

conv_nlfg = Abs((V_desloc_nlfg(2, 1, ite_nlfg) / V_desloc_nlfg(2, 1, (ite_nlfg

- 1))) - 1)

End If

ite_nlfg = ite_nlfg + 1

If erro = 1 Then

Exit Do

End If

Loop

If ite > ite_max Or ite_nlfg > ite_max Then

MsgBox ("numero maximo de iteracoes alcançado")

ElseIf conv < tol Or conv_nlfg < tol Then

MsgBox ("calculado com sucesso")

ElseIf erro = 1 Then

MsgBox ("calculo da ST nao satisfeito")

End If

MsgBox (ite_nlfg)

Page 206: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

206

Sheets(1).Select

End Sub

Cálculo da Rigidez Efetiva para 2ª Ordem com Não-linearidade física

Option Base 1

Public Sub U_naolinear_fisico()

Dim verif_N As Double

Dim verif_M As Double

Sheets("Calculo_ST").Select

curvatura(1) = 0

For k = 2 To div + 1

Range("B2").Value = diam_var_ext(k) * 100

Range("B4").Value = diam_var_int(k) * 100

Range("B8").Value = q_barras(k)

Range("B55").Value = Ix(k)

Range("B16").Value = 0

Range("B17").Value = 0

If k < div + 1 Then

Range("B13").Value = -V_esforco_2ordem(1, 1, k, ite - 1) / gama_f3

Range("B14").Value = -V_esforco_2ordem(3, 1, k, ite - 1) / gama_f3

Else

Range("B13").Value = V_esforco_2ordem(4, 1, k - 1, ite - 1) / gama_f3

Range("B14").Value = V_esforco_2ordem(6, 1, k - 1, ite - 1) / gama_f3

End If

SolverReset

SolverOptions MaxTime:=100, Iterations:=100, Precision:=0.0001, AssumeLinear _

:=False, StepThru:=False, Estimates:=1, Derivatives:=1, SearchOption:=1, _

IntTolerance:=5, Scaling:=False, Convergence:=0.001, AssumeNonNeg:=False

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207

Solverok maxminval:=1, _

bychange:=Range("B16:B17")

' Add the constraint for the model. The only constraint is that the

' number of parts used does not exceed the parts on hand--

' E3:E7<=B3:B7

SolverAdd CellRef:=Range("B13"), Relation:=2, _

FormulaText:="$B$36"

SolverAdd CellRef:=Range("B14"), Relation:=2, _

FormulaText:="$B$37"

SolverAdd CellRef:=Range("B16"), Relation:=1, _

FormulaText:="$B$32"

SolverAdd CellRef:=Range("B16"), Relation:=3, _

FormulaText:="$B$33"

SolverAdd CellRef:=Range("B17"), Relation:=1, _

FormulaText:="$B$35"

' Do not display the Solver Results dialog box.

SolverSolve userFinish:=True

' Finish and keep the final results.

SolverFinish keepFinal:=1

verif_N = Range("B36").Value

verif_M = Range("B37").Value

If Abs(verif_N) < 0.99 * Abs(Range("B13").Value) Or Abs(verif_M) < 0.99 *

Abs(Range("B14").Value) Then

erro = 1

MsgBox ("erro na ST")

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208

Exit For

Else

M_rigidez(k) = Range("B53").Value / 10000

If k > 1 And k <= div Then

M_rigidez_elem(k - 1) = (M_rigidez(k - 1) + M_rigidez(k)) / 2

End If

M_rigidez_modal(k) = M_rigidez(k)

End If

Next k

End Sub

Cálculo dos Deslocamentos de 2ª Ordem com Não-Linearidade Física

Option Base 1

Public Sub V1_deslocamento_2ordem_nlfg()

k = div + 1

Do While k > 0

If k = div + 1 Then

V_rotacao_2ordem(k, 1) = 0

ElseIf k = div Then

Momento_intermediario(k) = (V_esforco_2ordem(3, 1, k, ite) + (-

V_esforco_2ordem(6, 1, k, ite))) / 2

V_rotacao_2ordem(k, 1) = V_rotacao_2ordem(k + 1, 1) + (h_elem / 6) *

((V_esforco_2ordem(3, 1, k, ite) / M_rigidez(k)) + (4 * Momento_intermediario(k) /

M_rigidez(k)) + ((-V_esforco_2ordem(6, 1, k, ite) / M_rigidez(k + 1))))

Else

Momento_intermediario(k) = (V_esforco_2ordem(3, 1, k, ite) +

V_esforco_2ordem(3, 1, k + 1, ite)) / 2

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209

V_rotacao_2ordem(k, 1) = V_rotacao_2ordem(k + 1, 1) + (h_elem / 6) *

((V_esforco_2ordem(3, 1, k, ite) / M_rigidez(k)) + (4 * Momento_intermediario(k) /

M_rigidez(k)) + ((V_esforco_2ordem(3, 1, k + 1, ite) / M_rigidez(k + 1))))

End If

V_desloc_final_2ordem(3 + (k - 1) * 3, 1, ite + 1) = V_rotacao_2ordem(k, 1)

k = k - 1

Loop

k = div + 1

Do While k > 0

If k = div + 1 Then

V_transversal_2ordem(k, 1) = 0

Else

Rotacao_intermediario(k) = (V_rotacao_2ordem(k + 1, 1) +

V_rotacao_2ordem(k, 1)) / 2

V_transversal_2ordem(k, 1) = V_transversal_2ordem(k + 1, 1) + (h_elem / 6) *

(V_rotacao_2ordem(k, 1) + 4 * Rotacao_intermediario(k) + (V_rotacao_2ordem(k + 1, 1)))

End If

V_desloc_final_2ordem(2 + (k - 1) * 3, 1, ite + 1) = V_desloc_final_2ordem(2 + (k

- 1) * 3, 1, ite) - V_transversal_2ordem(k, 1)

k = k - 1

Loop

For i = 1 To div + 1

V_desloc_final_2ordem(1 + (i - 1) * 3, 1, ite + 1) = V_desloc_final_2ordem(1 + (i - 1)

* 3, 1, ite)

Next i

End Sub

Inicialização do Cálculo das Frequências Naturais

Option Base 1

Page 210: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

210

Public Sub A4_calculo_matrix_iteration()

Call B_matriz_global_massa.B_matriz_global_massa

Call C_matriz_rigidez_modal.C_matriz_rigidez_modal

Call D_matrix_iteration.D_matrix_iteration

Sheets(1).Select

End Sub

Cálculo da Matriz de Rigidez Reduzida para Análise Modal

Option Base 1

Public Sub C_matriz_rigidez_modal()

'matriz elemento engastado

For k = 1 To div_modal + 1

'If k = 1 Then

M_elem_rig_modal(1, 1, k) = 4 * M_rigidez_modal(k) / h_elem_modal

M_elem_rig_modal(1, 2, k) = 2 * M_rigidez_modal(k) / h_elem_modal

M_elem_rig_modal(1, 3, k) = 6 * M_rigidez_modal(k) / (h_elem_modal ^ 2)

M_elem_rig_modal(1, 4, k) = -6 * M_rigidez_modal(k) / (h_elem_modal ^ 2)

M_elem_rig_modal(2, 1, k) = 2 * M_rigidez_modal(k) / h_elem_modal

M_elem_rig_modal(2, 2, k) = 4 * M_rigidez_modal(k) / h_elem_modal

M_elem_rig_modal(2, 3, k) = 6 * M_rigidez_modal(k) / (h_elem_modal ^ 2)

M_elem_rig_modal(2, 4, k) = -6 * M_rigidez_modal(k) / (h_elem_modal ^ 2)

M_elem_rig_modal(3, 1, k) = 6 * M_rigidez_modal(k) / (h_elem_modal ^ 2)

M_elem_rig_modal(3, 2, k) = 6 * M_rigidez_modal(k) / (h_elem_modal ^ 2)

M_elem_rig_modal(3, 3, k) = 12 * M_rigidez_modal(k) / (h_elem_modal ^ 3)

M_elem_rig_modal(3, 4, k) = -12 * M_rigidez_modal(k) / (h_elem_modal ^ 3)

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211

M_elem_rig_modal(4, 1, k) = -6 * M_rigidez_modal(k) / (h_elem_modal ^ 2)

M_elem_rig_modal(4, 2, k) = -6 * M_rigidez_modal(k) / (h_elem_modal ^ 2)

M_elem_rig_modal(4, 3, k) = -12 * M_rigidez_modal(k) / (h_elem_modal ^ 3)

M_elem_rig_modal(4, 4, k) = 12 * M_rigidez_modal(k) / (h_elem_modal ^ 3)

'Else

'M_elem_rig_modal(1, 1, k) = 12 * M_rigidez_modal(k) / (h_elem_modal ^ 3)

'M_elem_rig_modal(1, 2, k) = -12 * M_rigidez_modal(k) / (h_elem_modal ^ 3)

'M_elem_rig_modal(2, 1, k) = -12 * M_rigidez_modal(k) / (h_elem_modal ^ 3)

'M_elem_rig_modal(2, 2, k) = 12 * M_rigidez_modal(k) / (h_elem_modal ^ 3)

'End If

Next k

'matriz de espalhamento

cont = 0

cont_elem = 0

For k = 1 To div_modal + 1

For i = 1 To GL

If cont_elem < div_modal - 1 Then

If i < cont_elem + 3 And i > cont_elem Then

cont = cont + 1

M_espalha_rig_modal(i, k) = cont

ElseIf i > GL / 2 And i < cont_elem + 3 + (GL / 2) And i > (GL / 2) +

cont_elem Then

cont = cont + 1

M_espalha_rig_modal(i, k) = cont

Else

M_espalha_rig_modal(i, k) = 0

End If

Else

If i < cont_elem + 2 And i > cont_elem Then

Page 212: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

212

cont = cont + 1

M_espalha_rig_modal(i, k) = cont

ElseIf i > GL / 2 And i < cont_elem + 2 + (GL / 2) And i > (GL / 2) +

cont_elem Then

cont = cont + 2

M_espalha_rig_modal(i, k) = cont

Else

M_espalha_rig_modal(i, k) = 0

End If

End If

Next i

cont = 0

cont_elem = cont_elem + 1

Next k

'matriz global massa

Sheets("M_global_rig_modal").Select

Range("A1").Select

For i = 1 To GL

For j = 1 To GL

For k = 1 To div_modal

m = M_espalha_rig_modal(i, k)

n = M_espalha_rig_modal(j, k)

If m <> 0 And n <> 0 Then

M_rig_nao_red(i, j) = M_rig_nao_red(i, j) + M_elem_rig_modal(m, n, k)

End If

Next k

'ActiveCell.Value = M_rig_nao_red(i, j)

'ActiveCell.Offset(0, 1).Activate

Next j

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213

'ActiveCell.Offset(1, -j + 1).Activate

Next i

For i = 1 To GL / 2

For j = 1 To GL / 2

M_rig_ss(i, j) = -M_rig_nao_red(i, j)

M_rig_sp(i, j) = M_rig_nao_red(i, j + (GL / 2))

Next j

Next i

M_massa_auxiliar = Application.MInverse(M_rig_ss)

M_rig_T_barra = Application.MMult(M_massa_auxiliar, M_rig_sp)

For i = 1 To GL

For j = 1 To GL / 2

If i <= GL / 2 Then

M_rig_T(i, j) = M_rig_T_barra(i, j)

ElseIf i - (GL / 2) = j Then

M_rig_T(i, j) = 1

Else

M_rig_T(i, j) = 0

End If

Next j

Next i

M_rig_T_trans = Array2DTranspose(M_rig_T)

M_rig_auxiliar = Application.MMult(M_rig_T_trans, M_rig_nao_red)

M_global_rig_modal = Application.MMult(M_rig_auxiliar, M_rig_T)

For i = 1 To GL / 2

For j = 1 To GL / 2

ActiveCell.Value = M_global_rig_modal(i, j)

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214

ActiveCell.Offset(0, 1).Activate

Next j

ActiveCell.Offset(1, -j + 1).Activate

Next i

End Sub

Cálculo da Matriz de Massa Reduzida para Análise Modal

Option Base 1

Public Sub B_matriz_global_massa()

'matriz elemento massa

For k = 1 To div_modal + 1

If k = 1 Then

M_elem_massa(1, 1, k) = 0

M_elem_massa(1, 2, k) = 0

M_elem_massa(1, 3, k) = 0

M_elem_massa(1, 4, k) = 0

M_elem_massa(2, 1, k) = 0

M_elem_massa(2, 2, k) = 0

M_elem_massa(2, 3, k) = 0

M_elem_massa(2, 4, k) = 0

M_elem_massa(3, 1, k) = 0

M_elem_massa(3, 2, k) = 0

M_elem_massa(3, 3, k) = massa_linear(k) + massa_topo

M_elem_massa(3, 4, k) = 0

M_elem_massa(4, 1, k) = 0

M_elem_massa(4, 2, k) = 0

M_elem_massa(4, 3, k) = 0

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215

M_elem_massa(4, 4, k) = massa_linear(k)

ElseIf k = div_modal + 1 Then

M_elem_massa(1, 1, k) = 0

M_elem_massa(1, 2, k) = 0

M_elem_massa(1, 3, k) = 0

M_elem_massa(1, 4, k) = 0

M_elem_massa(2, 1, k) = 0

M_elem_massa(2, 2, k) = 0

M_elem_massa(2, 3, k) = 0

M_elem_massa(2, 4, k) = 0

M_elem_massa(3, 1, k) = 0

M_elem_massa(3, 2, k) = 0

M_elem_massa(3, 3, k) = massa_linear(k)

M_elem_massa(3, 4, k) = 0

M_elem_massa(4, 1, k) = 0

M_elem_massa(4, 2, k) = 0

M_elem_massa(4, 3, k) = 0

M_elem_massa(4, 4, k) = massa_linear(k)

Else

M_elem_massa(1, 1, k) = 0

M_elem_massa(1, 2, k) = 0

M_elem_massa(1, 3, k) = 0

M_elem_massa(1, 4, k) = 0

M_elem_massa(2, 1, k) = 0

M_elem_massa(2, 2, k) = 0

M_elem_massa(2, 3, k) = 0

M_elem_massa(2, 4, k) = 0

M_elem_massa(3, 1, k) = 0

M_elem_massa(3, 2, k) = 0

Page 216: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

216

M_elem_massa(3, 3, k) = massa_linear(k) / 2

M_elem_massa(3, 4, k) = 0

M_elem_massa(4, 1, k) = 0

M_elem_massa(4, 2, k) = 0

M_elem_massa(4, 3, k) = 0

M_elem_massa(4, 4, k) = massa_linear(k) / 2

End If

Next k

'matriz de espalhamento

cont = 0

cont_elem = 0

For k = 1 To div_modal + 1

For i = 1 To GL

If i < cont_elem + 3 And i > cont_elem Then

cont = cont + 1

M_espalha_massa(i, k) = cont

ElseIf i > GL / 2 And i < cont_elem + 3 + (GL / 2) And i > (GL / 2) + cont_elem Then

cont = cont + 1

M_espalha_massa(i, k) = cont

Else

M_espalha_massa(i, k) = 0

End If

Next i

cont = 0

cont_elem = cont_elem + 1

Next k

'matriz global massa

Sheets("M_global_massa").Select

Page 217: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

217

Range("A1").Select

For i = 1 To GL

For j = 1 To GL

For k = 1 To div_modal

m = M_espalha_massa(i, k)

n = M_espalha_massa(j, k)

If m <> 0 And n <> 0 Then

M_massa_nao_red(i, j) = M_massa_nao_red(i, j) + M_elem_massa(m, n, k)

End If

Next k

'ActiveCell.Value = M_massa_nao_red(i, j)

'ActiveCell.Offset(0, 1).Activate

Next j

'ActiveCell.Offset(1, -j + 1).Activate

Next i

For i = 1 To GL / 2

For j = 1 To GL / 2

M_massa_ss(i, j) = -M_massa_nao_red(i, j)

M_massa_sp(i, j) = M_massa_nao_red(i, j + (GL / 2))

Next j

Next i

M_massa_auxiliar = Application.MInverse(M_massa_ss)

M_massa_T_barra = Application.MMult(M_massa_auxiliar, M_massa_sp)

For i = 1 To GL

For j = 1 To GL / 2

If i <= GL / 2 And M_elem_massa(1, 1, 1) <> 0 Then

M_massa_T(i, j) = M_massa_T_barra(i, j)

ElseIf i <= GL / 2 And M_elem_massa(1, 1, 1) <> 0 Then

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218

M_massa_T(i, j) = 0

ElseIf i - (GL / 2) = j Then

M_massa_T(i, j) = 1

Else

M_massa_T(i, j) = 0

End If

Next j

Next i

M_massa_T_trans = Array2DTranspose(M_massa_T)

M_massa_auxiliar = Application.MMult(M_massa_T_trans, M_massa_nao_red)

M_global_massa = Application.MMult(M_massa_auxiliar, M_massa_T)

For i = 1 To GL / 2

For j = 1 To GL / 2

ActiveCell.Value = M_global_massa(i, j)

ActiveCell.Offset(0, 1).Activate

Next j

ActiveCell.Offset(1, -j + 1).Activate

Next i

End Sub

Cálculo das Frequências Naturais

Option Base 1

Public Sub D_matrix_iteration()

M_global_flex_modal = Application.MInverse(M_global_rig_modal)

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219

M_dinamica = Application.MMult(M_global_flex_modal, M_global_massa)

Sheets("Analise Dinamica").Select

'Range("H2").Select

'For i = 1 To GL_red

'For j = 1 To GL_red

' ActiveCell.Value = M_dinamica(i, j)

' ActiveCell.Offset(0, 1).Activate

' Next j

'ActiveCell.Offset(1, -j + 1).Activate

'Next i

k = 1

erro_modal = 1

tol_modal = 0.001

Cells(1, 4).Select

ActiveCell.Value = "Altura"

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

For i = 1 To GL_red + 1

ActiveCell.Value = alt - ((i - 1) * h_elem_modal)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

'Cells(2, 3).Select

For i = 1 To GL_red

V_modal(i, 1, k) = ((alt - (i - 1) * h_elem_modal) ^ 2) / (alt ^ 2)

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220

Next i

Do While erro_modal > tol_modal And k < (ite_max - 1)

For i = 1 To GL_red

V_modal_normalizado(i, 1, k) = V_modal(i, 1, k) / V_modal(1, 1, k)

V_modal_normalizado_mutavel(i, 1) = V_modal_normalizado(i, 1, k)

'ActiveCell.Value = V_modal_normalizado(i, 1, k)

'ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

k = k + 1

V_modal_mutavel = Application.MMult(M_dinamica,

V_modal_normalizado_mutavel)

For i = 1 To GL_red

V_modal(i, 1, k) = V_modal_mutavel(i, 1)

Next i

erro_modal = Abs((V_modal(1, 1, k - 1) / V_modal(1, 1, k)) - 1)

Loop

f_natural(1) = Sqr(V_modal_normalizado(1, 1, k - 1) / V_modal(1, 1, k))

frequencia_natural(1) = f_natural(1) / (2 * Application.WorksheetFunction.Pi())

Cells(2, 1).Value = 1

Page 221: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

221

Cells(2, 2).Value = frequencia_natural(1)

'matriz massa generalizada

For i = 1 To GL_red

V_modo_vibracao(i, 1, 1) = V_modal_normalizado(i, 1, k - 1)

M_massa_gen(1) = M_massa_gen(1) + (M_global_massa(i, i) *

V_modo_vibracao(i, 1, 1) ^ 2)

Next i

For i = 1 To GL_red

For j = 1 To GL_red

If i = j Then

M_sweeping(i, j, 1) = 1

Else

M_sweeping(i, j, 1) = 0

End If

Next j

Next i

Cells(1, 5).Select

ActiveCell.Value = "Modo " & 1

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

For i = 1 To GL_red

ActiveCell.Value = V_modo_vibracao(i, 1, 1)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

ActiveCell.Value = 0

For m = 2 To GL_red

Page 222: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

222

For j = 1 To GL_red

V_modo_mutavel(j, 1) = V_modo_vibracao(j, 1, m - 1)

V_modo_mutavel_trans = Array2DTranspose(V_modo_mutavel)

Next j

'Cells(2, 14).Select

'For i = 1 To GL_red

'ActiveCell.Value = V_modo_mutavel(i, 1)

'ActiveCell.Offset(0, 1).Activate

'Next i

M_sweeping_auxiliar = Application.MMult(V_modo_mutavel,

V_modo_mutavel_trans)

'Cells(9, 14).Select

'For i = 1 To GL_red

'For j = 1 To GL_red

'ActiveCell.Value = M_sweeping_auxiliar(i, j)

'ActiveCell.Offset(0, 1).Activate

'Next j

'ActiveCell.Offset(1, -j + 1).Activate

'Next i

M_sweeping_auxiliar = Application.MMult(M_sweeping_auxiliar,

M_global_massa)

'Cells(16, 14).Select

'For i = 1 To GL_red

'For j = 1 To GL_red

'ActiveCell.Value = M_sweeping_auxiliar(i, j)

'ActiveCell.Offset(0, 1).Activate

'Next j

'ActiveCell.Offset(1, -j + 1).Activate

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223

'Next i

For i = 1 To GL_red

For j = 1 To GL_red

M_sweeping_mutavel(i, j) = M_sweeping(i, j, m - 1) - (M_sweeping_auxiliar(i,

j) / M_massa_gen(m - 1))

Next j

Next i

'Cells(23, 14).Select

'For i = 1 To GL_red

'For j = 1 To GL_red

'ActiveCell.Value = M_sweeping_mutavel(i, j)

'ActiveCell.Offset(0, 1).Activate

'Next j

'ActiveCell.Offset(1, -j + 1).Activate

'Next i

M_dinamica_mutavel = Application.MMult(M_dinamica, M_sweeping_mutavel)

erro_modal = 1

tol_modal = 0.001

k = 1

'Cells(2, m + 2).Select

For i = 1 To GL_red

If i = 1 Then

V_modal(i, m, k) = 1

Else

V_modal(i, m, k) = 1

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224

End If

Next i

Do While erro_modal > tol_modal And k < (ite_max - 1)

For i = 1 To GL_red

V_modal_normalizado(i, m, k) = V_modal(i, m, k) / V_modal(1, m, k)

V_modal_normalizado_mutavel(i, 1) = V_modal_normalizado(i, m, k)

'ActiveCell.Value = V_modal_normalizado(i, m, k)

'ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

k = k + 1

V_modal_mutavel = Application.MMult(M_dinamica_mutavel,

V_modal_normalizado_mutavel)

For i = 1 To GL_red

V_modal(i, m, k) = V_modal_mutavel(i, 1)

Next i

erro_modal = Abs((V_modal(1, m, k - 1) / V_modal(1, m, k)) - 1)

Loop

f_natural(m) = Sqr(V_modal_normalizado(1, m, k - 1) / Abs(V_modal(1, m, k)))

frequencia_natural(m) = f_natural(m) / (2 * Application.WorksheetFunction.Pi())

Page 225: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

225

Cells(m + 1, 1).Value = m

Cells(m + 1, 2).Value = frequencia_natural(m)

For i = 1 To GL_red

For j = 1 To GL_red

M_sweeping(i, j, m) = M_sweeping_mutavel(i, j)

Next j

Next i

'matriz massa generalizada

For i = 1 To GL_red

V_modo_vibracao(i, 1, m) = V_modal_normalizado(i, m, k - 1)

M_massa_gen(m) = M_massa_gen(m) + (M_global_massa(i, i) *

V_modo_vibracao(i, 1, m) ^ 2)

Next i

maior_modo = 0

Cells(1, 4 + m).Select

ActiveCell.Value = "Modo " & m

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

For i = 1 To GL_red

ActiveCell.Value = V_modo_vibracao(i, 1, m)

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

ActiveCell.Value = 0

Next m

For i = 1 To GL_red

For j = 1 To GL_red

Page 226: Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... · Análise dinâmica não linear em torres de concreto armado ... Valores números para o aço CA-50 ... Tabela 10

226

M_modo_vibracao(i, j) = V_modo_vibracao(i, 1, j)

Next j

Next i

M_modo_vibracao_trans = Application.MInverse(M_modo_vibracao)

M_massa_con = Application.MMult(M_modo_vibracao_trans, M_global_massa)

M_massa_con = Application.MMult(M_massa_con, M_modo_vibracao)

End Sub

Inicialização do Cálculo da Resposta Dinâmica

Option Base 1

Public Sub A5_calculo_resposta()

Call E_amplitudes_vento_sintetico.E_amplitudes_vento_sintetico

Call F_resposta_dinamica.F_resposta_dinamica

Sheets(1).Select

End Sub

Cálculo das Amplitudes do Vento Sintético

Option Base 1

Public Sub E_amplitudes_vento_sintetico()

Sheets("Vento Estatico Modal").Select

Range("F6").Select

For i = 1 To GL_red

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227

Vk(i) = ActiveCell.Value

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

'Range("D6").Select

C_aero = 0.6

V0 = 40

s1 = 1

d_ar = 1.225

U0 = 0.69 * V0

u = 0.4 * Vk(1) / (Application.WorksheetFunction.Ln((alt) / 0.03))

For k = 1 To 11

For i = 1 To 3

If i = 1 Then

F(i) = frequencia_natural(1) / (2 ^ (k + 0.5 - 4))

ElseIf i = 2 Then

F(i) = frequencia_natural(1) / (2 ^ (k - 4))

Else

F(i) = frequencia_natural(1) / (2 ^ (k - 0.5 - 4))

End If

X(i) = 1220 * F(i) / U0

Sv(i) = 4 * (X(i) ^ 2) * (u ^ 2) / ((4 * ((1 + (X(i) ^ 2)) ^ (4 / 3))))

Sp(i) = Sv(i) * (d_ar * C_aero * Vk(1)) ^ 2

Next i

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228

ck(k) = Sqr(2 * ((F(3) - F(1)) * (Sp(1) + 4 * Sp(2) + Sp(3)) / 6))

Next k

For k = 1 To 11

If k = 4 Then

cc(k) = ck(k) / 2

soma_cc = soma_cc + cc(k)

ElseIf k = 5 Or k = 3 Then

cc(k) = ck(k) + ck(4) / 4

soma_cc = soma_cc + cc(k)

Else

cc(k) = ck(k)

soma_cc = soma_cc + cc(k)

End If

Next k

End Sub

Cálculo da Resposta ao Carregamento Periódico

Option Base 1

Public Sub F_resposta_dinamica()

Sheets("Vento Estatico Modal").Select

Range("G6").Select

For i = 1 To GL_red

q_vento(i) = ActiveCell.Value

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

Range("L6").Select

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229

For i = 1 To GL_red

q_peso(i) = ActiveCell.Value

ActiveCell.Offset(1, 0).Activate

Next i

For k = 1 To 11

amp(k) = (cc(k) / soma_cc)

'Debug.Print amp(k)

Next k

For i = 1 To GL_red

If i = 1 Then

pt(i, 1) = (q_vento(i) * 0.52 * h_elem_modal * diam_var_ext(i) * C_aero / 2)

Else

pt(i, 1) = (((q_vento(i - 1) / 2) + (q_vento(i) / 2)) * 0.52 * h_elem_modal *

diam_var_ext(i) * C_aero)

End If

'Debug.Print pt(i, 1)

Next i

M_p_gen = Application.MMult(M_modo_vibracao_trans, pt)

For m = 1 To GL_red

'Debug.Print M_p_gen(m, 1)

'Debug.Print M_massa_con(m, m)

Next m

For k = 1 To 11

'Debug.Print amp(k)

Next k

For m = 1 To GL_red

'Debug.Print M_p_gen(m, 1)

Next m

desloc_modal = 0

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230

For m = 1 To serie

For k = 1 To 11

fase(k) = Rnd() * 2 * Application.WorksheetFunction.Pi()

Next k

posicao_t = 0

For j = 1 To passos

posicao_t = (j - 1) * incremento_t

For i = 1 To GL_red

For k = 1 To 11

Ft(i) = incremento_t / (3 * M_massa_con(i, i) * f_natural(i))

Debug.Print Ft(i)

M_p_gen_amp(i) = amp(k) * M_p_gen(i, 1)

Debug.Print pt(i, 1)

y(j, k, i) = M_p_gen_amp(i) * Cos(f_natural(1) * posicao_t - fase(k)) *

Cos(f_natural(i) * posicao_t)

w(j, k, i) = M_p_gen_amp(i) * Cos(f_natural(1) * posicao_t - fase(k)) *

Sin(f_natural(i) * posicao_t)

'Debug.Print y(j)

'Debug.Print w(j)

If j Mod 2 <> 0 And j > 1 Then

m1_y = 4 * Exp(-amortecimento * f_natural(i) * incremento_t) * y(j - 1, k, i)

m2_y = Exp(-2 * amortecimento * f_natural(i) * incremento_t) * (y(j

- 2, k, i) + An(j - 2, k, i))

m1_w = 4 * Exp(-amortecimento * f_natural(i) * incremento_t) * w(j

- 1, k, i)

m2_w = Exp(-2 * amortecimento * f_natural(i) * incremento_t) *

(w(j - 2, k, i) + Bn(j - 2, k, i))

Else

m1_y = 0

m2_y = 0

m1_w = 0

m2_w = 0

End If

An(j, k, i) = (y(j, k, i) + m1_y + m2_y)

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231

Bn(j, k, i) = (w(j, k, i) + m1_w + m2_w)

A_sen(j, k, i) = An(j, k, i) * Sin(f_natural(i) * posicao_t)

B_cos(j, k, i) = Bn(j, k, i) * Cos(f_natural(i) * posicao_t)

desloc_modal = (Ft(i) * (A_sen(j, k, i) - B_cos(j, k, i)))

'Debug.Print desloc_modal

If k > 1 Then

desloc_topo_fase(k, m, j) = desloc_topo_fase(k - 1, m, j) + desloc_modal

Else

desloc_topo_fase(k, m, j) = desloc_modal

End If

'Debug.Print desloc_topo_fase(k, m)

Next k

If i > 1 Then

desloc_topo(i, m, j) = desloc_topo(i - 1, m, j) + (V_modo_vibracao(1,

1, i) * desloc_topo_fase(k - 1, m, j))

Else

desloc_topo(i, m, j) = (V_modo_vibracao(1, 1, i) * desloc_topo_fase(k

- 1, m, j))

End If

'Debug.Print desloc_topo(i, m, j)

Next i

If j > 1 Then

desloc_topo_passo(j, m) = desloc_topo_passo(j - 1, m) + desloc_topo(i - 1,

m, j)

Else

desloc_topo_passo(j, m) = desloc_topo(i - 1, m, j)

End If

'Debug.Print desloc_topo_passo(j, m)

Next j

Next m

Sheets("Resposta Dinamica").Select

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232

Cells(2, 1).Select

For j = 1 To passos

ActiveCell.Value = (j - 1) * incremento_t

ActiveCell.Offset(1, 0).Select

Next j

Cells(2, 2).Select

For m = 1 To serie

For j = 1 To passos

ActiveCell.Value = desloc_topo_passo(j, m)

ActiveCell.Offset(1, 0).Select

Next j

ActiveCell.Offset(-j + 1, 1).Select

Next m

End Sub