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O objeto da pesquisa, é resgatar e sistematizar o D.C. no Brasil no Período de 1950/70, especificamente em São Paulo do Potengi/RN, Brasil. A reflexão crítica daquele momento em que o Serviço Social influenciado pela Política Nacional Desenvolvimentista e pela alaprogressista da Igreja Católica, atuava c omo dinamizar do desenvolvimento comunitário, favorecerá o desvendamento das novas dimensões e possibilidades para o D.C. na atualidade, para os novos sujeitos que aparecem no cenário brasileiro e buscam alternativas para o enfrentamento da “Questão Social” que se coloca como desafio no 3o milênio, bem como para o Serviço Social, que tenta responder as novas demandas sociais que surgem para a profissão no contexto da Globalização.Autores: Márcia Maria de Sá Rocha e Cléa Nadja R. de Castro
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ANÁLISE DOS PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO (D.C.)
E DA INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL 1950/70
SÃO PAULO DO POTENGI/RN, BRASIL
Autores: Márcia Maria de Sá Rocha
Cléa Nadja R. de Castro
Eixo temático: Formación e Identidad Professional
Sub-eixo temático: nuevos actores y nuevos escenaios: redefinición del papel social del
trabajador social
Palavras chaves: Movimento da Igreja, Práticas Comunitárias, Serviço Social e Questão
Social
RESUMO:
O objeto da pesquisa, é resgatar e sistematizar o D.C. no Brasil no Período de 1950/70,
especificamente em São Paulo do Potengi/RN, Brasil. A reflexão crítica daquele momento em
que o Serviço Social influenciado pela Política Nacional Desenvolvimentista e pela ala
progressista da Igreja Católica, atuava como dinamizar do desenvolvimento comunitário,
favorecerá o desvendamento das novas dimensões e possibilidades para o D.C. na atualidade,
para os novos sujeitos que aparecem no cenário brasileiro e buscam alternativas para o
enfrentamento da “Questão Social” que se coloca como desafio no 3º milênio, bem como para
o Serviço Social, que tenta responder as novas demandas sociais que surgem para a profissão
no contexto da Globalização.
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TÍTULO: ANÁLISE DOS PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
(D.C.) E DA INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL 1990/1970. SÃO PAULO
DO POTENGI/RN, BRASIL
AUTORES: Márcia Maria de Sá Rocha
Cléa Nadja R. de Castro
Os estudos voltados para campo nos levou a optar pela percepção e compreensão da
organização cotidiana dos trabalhadores rurais, ou mais precisamente incentivou-nos a
enfrentar o desafio profissional de elegermos esta categoria como nossos aliados nas nossas
intervenções no âmbito rural. Buscamos nas atividades da docência acadêmica além do
estímulo, uma referência fundamental de partilha dessa caminhada iniciada com estagiários e
profissionais das áreas trabalhadas a partir de 1980, numa perspectiva reestruturação do
processo de organização dos trabalhadores rurais. Com a nossa integração na Base de
Pesquisa – Educação, História e Práticas Culturais, esse esforço tem se expressado de maneira
mais concreta onde tivemos a oportunidade de iniciar em 1994, um processo investigatório
voltado para Análise das práticas comunitárias desenvolvidas pela Igreja Católica no Estado,
especificamente no município de São Paulo do Potengi, onde o Movimento de Natal marcou
sua presença juntamente com a intervenção do Serviço Social, no período de 1950/70. Dessa
forma, nosso propósito foi perambular a história do seu cotidiano comunitário, bem como dos
seus arquivos documentário, visando desmistificar as tensões que envolvem a compreensão
desse processo de construção de novas práticas. Percorremos um período que vai dos anos
1950/1970. O porque da escolha deste tema se expressa por razões que consideramos
significativos: O movimento da Igreja Católica de Natal teve um peso significativo no
processo de organização dos trabalhadores rurais no Rio Grande do Norte, bem como, na
região Nordeste do Brasil, pelo seu papel pioneiro ao iniciar programas de cooperativismo,
artesanato, colonização, orientação as migrações internas, treinamentos de lideranças
comunitárias, politização rural e educação pelo rádio. O resgate dessas práticas comunitárias,
vem se constituir nossa fonte maior de intenções, numa perspectiva não só de compreendê- las,
situando-as no contexto histórico no qual se efetivaram, bem como, pela contribuição que
buscamos prestar no sentido de apontar os novos rumos que os processos comunitários
possam redefinir no atual contexto social brasileiro, mais especificamente numa tentativa de
responder as demandas da região Nordeste. Nesta perspectiva trabalhamos com uma
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variedade de registros que nos permitiram a compreensão não somente enquanto necessidade
histórica, mas sobretudo, como capacidade de desejo, memória e invenção. Assim, ao
situarmos no município de São Paulo do Potengi, como objeto de condensação simbólica,
buscamos ao mesmo tempo construir uma possibilidade de leitura, onde caminhamos
operando alguns cortes seletivos no tratamento desse espaço. Cabe-nos, ainda, considerar que
este estudo partiu principalmente de uma proposta pedagógica, cujo interesse maior é
estabelecer junto aos sujeitos deste estudo, uma visão menos esteriotipada das sus relações
direcionadas para suas práticas sociais e as suas produções intelectuais. A organização dos
trabalhadores rurais do Rio Grande do Norte, enquanto nosso objeto de estudo e reflexões,
nos levou a considerar a região Nordeste nosso cenário referencial, onde buscamos evidenciar
os traços culturais dessa realidade como verdadeiros desafios em nível dos governos, dos
partidos políticos e das instituições públicas e privadas. Ao nos determos aos aspectos
culturais da região estaremos buscando compreender a sua marca que se expressa nas suas
formas de organizações dos trabalhadores rurais, o que significa a adoção da estratégia do
desvio, que desloca constantemente nosso olhar das formas de organização dos trabalhadores
rurais para os aspectos regionais onde selecionamos mais especificamente o município de São
Paulo do Potengir no RN, como referência comparativa, através de estudos e reflexões que
apontam o “Movimento de Natal” demonstrando a prevalência de valores e práticas culturais
como instrumentos de intervenção. Nesse sentido, nossas preocupações voltam-se para
compreensão dessas práticas culturais que iam se efetivando, buscando redefinir o campo
organizacional desses trabalhadores rurais, estabelecendo com a modernidade uma relação
peculiar, de conformidade com as condições da região e a sua influência no país. Novos
questionamentos passam portanto, pela tentativa de compreensão de quais os efeitos
produzidos a partir dessa relação sobre o movimento organizacional dos trabalhadores rurais?
Por outro lado, também é importante destacar quais as respostas que a organização dos
trabalhadores rurais geravam face aos desafios que enfrentaram? Assim, buscamos
inicialmente perceber o movimento da “Igreja Católica de Natal” no contexto da sociedade
brasileira, quando se efetiva todo um processo de mobilização da classe operária, cuja
dimensão contribui significativamente para o debate da “Questão Social”, numa perspectiva
de encontrar em nível do Estado, das frações dominantes e da Igreja, posicionamentos que
procuraram responder as demandas provocadas pelo capitalismo monopolista adotado no país.
A Igreja busca o seu fortalecimento através da organização e qualificação dos quadros
intelectuais laicos para uma ação missionária evangelizadora, visando, sobretudo, recuperar
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espaços de influência e privilégios perdidos. É importante destacar os trabalhos assistenciais
desenvolvidos em princípio no meio urbano, tendo posteriormente a partir de uma percepção
mais ampla sobre as causas dos problemas de desorganização da cidade, que poderiam ser
uma conseqüência de própria estrutura agrária do campo. As reflexões que se procedem nas
reuniões do clero iniciadas em 1948, ainda informalmente, onde havia a representação de
vigários do interior, onde destacamos o Monsenhor Expedido Sobral de Medeiros, hoje com
80 anos, cujo a vida sacerdotal tem se dedicado ao município de São Paulo do Potengi no Rio
Grande do Norte, onde já comemorou 50 anos de caminhada evangelizadora. O “Movimento
de Natal” contribuiu de forma significativa para o fortalecimento das discussões e reflexões
sobre o meio rural, criando a partir de 1949 o Serviço de Assistência Rural – SAR – órgão da
juventude masculina católica, destinado a atender o meio rural. E foi nesse ritmo que a partir
da década de 50, o SAR inicia a realização de atividades, encontros, cursos, etc., procurando
ensinar o homem do campo a empregar novos métodos de trabalho, na medida em que, esse
processo demandava toda uma etapa de estruturação, como a própria definição de objetivos,
programas, projetos, planejamento de ação de recursos e de pessoal. Só a partir de 1958, o
ritmo do Movimento acelera, assumindo perspectiva de mudança social. Nesse mesmo ano,
inicia-se as primeiras Escolas Radiofônicas no Estado, posteriormente, em 1960, são
transformadas num movimento nacional: o Movimento de Educação de Base. Neste mesmo
ano, no município de São Paulo do Potengi, o Centro Social colocou 62 rádios cativos em
capelas e fazendas da Paróquia de São Paulo do Potengi, onde atingiu a marca de 700 alunos
matriculados. Já em 1961, o número de rádios é ampliado para 121, com a instalação de novos
aparelhos receptores em outras regiões. Com o passar dos anos, esse projeto de alfabetização
pelo rádio foi substituído gradativamente pelas aulas de TV Universitária de Natal. Em 1961,
a diocese de Natal começa a empreender seu trabalho de maior significado: a sindicalização
rural. Na época, a Igreja não encontrou oposição em relação ao Governo Federal, sendo uma
das vozes que participava do diálogo brasileiro sobre “reformas de base”. A oposição mais
acirrada no poder local rural: os coronéis do interior, os proprietários rurais e alguns
deputados. Já no ano de 1963, existia no RN 31.107 trabalhadores rurais sindicalizados. No
município de São Paulo do Potengi, o sindicato foi fundado no dia 20/11/60. No começo foi
difícil enfrentar a mentalidade dominante na época, especificamente por parte dos
proprietários de terra mais poderosos que não admitiam essa organização, ameaçando seus
trabalhadores rurais de dispensa, caso aderis sem ao movimento. A presença da Igreja, em
favor do movimento não agradou a muitos, mas no dia 13/05/62 finalmente o Sindicato foi
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reconhecido pelo Ministério do Trabalho. No rápido histórico do “Movimento de Natal”,
percebemos o poder da Igreja Católica em nosso Estado. Fica claro que a mesma contou com
a ajuda de algumas entidades, principalmente as assistenciais, como é o caso da LBA e do
Serviço Social de Caso para por em prática as atividades planejadas pela cúpula da
Arquidiocese Natalense e por le igos ligados basicamente a Escola de Serviço Social e a
Juventude Masculina/Feminina Católica. Assim, destacamos a grande importância desse
Movimento que acarretou num conhecimento mundial do município de São Paulo do Potengi,
das suas práticas comunitárias que buscavam diminuir o número de analfabetos (adultos) no
campo, evitar o êxodo rural, e principalmente, ensinar ao homem do campo formas de atingir
um desenvolvimento econômico auto-sustentável. Outro grande ponto de atuação da Igreja
Católica natalense foi o campo da construção dos Centros Sociais. Em São Paulo do Potengi,
a construção do Centro Social foi iniciada com um trabalho de motivação da comunidade, ora
atendendo profissionalmente as pessoas, ora ministrando palestras sobre assuntos específicos.
A equipe contava com o vigário, um médico, um dentista, um agrônomo e uma assistente
social, buscando despertar o povo para a realidade e que o mesmo fosse capaz de construir,
com união e participação, o processo tão almejado por todos. Nesse sentido, o movimento
aponta uma perspectiva que vai além do assistencialismo, chegando a se constituir um
instrumento de mudança social, quando afeta significativamente as relações de poder, as
ideologias e os padrões de comportamento. Surge assim, no processo de modernização, como
um desafio para as funções tradicionais da Igreja, como, para os profissionais do Serviço
Social que assumiam tal posição. A compreensão do “Movimento de Natal” está diretamente
relacionada as transformações da sociedade brasileira, em especial na região Nordeste onde o
movimento se insere no processo social mais amplo. Na realidade a região Nordeste
enfrentava nesse período os impactos da concorrência industrial paulista que refletia
decisivamente do comportamento do emprego industrial no Nordeste com relação ao urbano
que caiu de 38% alcançado em 1950, para 33% no ano de 1960. O Nordeste registrou nesse
período uma perda de um milhão de pessoas. Esse período foi profundamente marcado por
invasões da população flagelada no sertão que saqueavam as feiras para matar a fome.
Registrava-se também a organização das ligas camponesas, que ganhavam o apoio de grupos
de esquerda, constituindo-se a maior força capaz de apoiar um processo revolucionário na
região. Escolhemos o município de São Paulo do Potengi, para o nosso estudo de campo por
considerarmos o fato de ser pioneiro na implantação dos programas, onde o sindicalismo
ganhou grande avanço a nível da organização local, expandindo-se para outros municípios e
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até mesmo Estados da Região Nordeste. Os nossos contatos iniciais com o pároco do
município, Monsenhor Expedido Sobral de Medeiros, que foi o coordenador do “Movimento
de Natal” ao nível da localidade, encontrando-se com 80 anos de idade, conhecedor profundo
da história desse movimento, cujas experiências são conhecidas a nível nacional e
internacional de acordo com os dados arquivados na paróquia da cidade. De acordo com os
dados do município, e a documentação existente no SAR – Serviço de Assistência Rural, da
Arquidiocese de Natal, foram levantados os seguintes programas que se efetivaram através
dos Centros Sociais e das organizações sindicalistas. Dentre as programações destacamos
projetos para construção de casas populares, educação rural através da alfabetização de
adultos, cooperativas, cursos de treinamentos, encontros de lideranças dos diversos
municípios, todos esses programas foram desenvolvidos durante o período 1950/1970, onde
se registrava a participação e compromisso popular. Com referência ao Sindicato dos
Trabalhadores Rurais de São Paulo do Potengi, podemos afirmar suas peculiaridades diante
dos outros, pelo fato de ter sido pioneiro no Rio Grande do Norte. O trabalho de comunidade
se destaca com maior relevância na medida em que atuou como grande incentivadora da
Igreja Católica, desenvolvendo-se da Igreja Católica, desenvolvendo-se com o apoio dos
primeiros Assistentes Sociais que faziam parte da equipe técnica multiprofissionais do SAR,
cujas práticas voltavam-se para o desenvolvimento de comunidade. A partir dos anos 50 a
influência da Igreja teve o suporte da CNBB quando definiu novas relações e deu novas
orientações para mudança social. Na realidade brasileira é importante observar que a
transformação da Igreja se opera através de fatores políticos e natureza da sua influência é
determinada pela viabilidade do poder. Com relação a intervenção do Serviço Social neste
período verifica-se o seu surgimento articulado a doutrina social da Igreja, que lhe confere
uma prática legitimada na sociedade. E o aparecimento das grandes instituições – Legião
Brasileira de Assistência – 1940; o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – 1942; o
Serviço Social do Comércio, dentre outras, que vem institucionalizar a profissão, integrando-a
nos mecanismos de educação das políticas sociais do Estado e dos setores empresariais,
enquanto forma de enfrentamento da “Questão Social”. No decorrer do nosso estudo, maior
reflexões iam se envolvendo no sentido de contribuir de forma significativa para uma maior
compreensão do nosso objeto de estudo, apontando resultados que pudessem subsidiar as
discussões da academia, bem como fornecer aos sujeitos desta investigação – os trabalhadores
rurais do RN – oportunidade de resgatar a complexidade das suas práticas enquanto processo
de construção de uma nova cultura. Foram, portanto, questionamentos nas nossas reflexões:
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Qual o significado desse processo de organização dos Trabalhadores rurais do RN? Como o
Movimento da Igreja Católica influencia através das suas práticas pedagógicas no cotidiano
desses trabalhadores? Como as experiências sindicalistas eram impulsionadas num município
de pouca expressividade, como no caso de São Paulo do Potengi no Estado do Rio Grande do
Norte? A apreensão do processo de Organização dos Trabalhadores Rurais do RN, e o
movimento da Igreja Católica de Natal, buscando, refletir os desafios da construção de novas
práticas culturais nos permitiu buscar na História Cultural os fundamentos teóricos-
metodológicos que nos apropriamos nesta caminhada. A reconstrução dessas práticas culturais
vivenciadas pelos trabalhadores rurais enfocando as experiências acumuladas cujo cenário
histórico apresenta como atores os trabalhadores rurais do município de São Paulo do Potengi,
suas famílias, os agentes sociais ligados ao Movimento da Igreja Católica, as lideranças, seu
cotidiano (expressões e manifestações culturais0 e formas de organização social, percepção
do Estado, Sociedade e lutas de classes. Neste processo de investigação adotaremos
trabalhamos o conceito de representação a partir da concepção de Chartier (1990) que
compreende as classificações e exclusões que constituem as configurações sociais conceituais
próprias de uma determinada época, ou espaço, produzidas pelas práticas políticas, sociais e
discursivas. É importante ainda observar o conceito de Cultura formulado por Geetz (1989).
“Como algo que denota um padrão transmitido historicamente – de significados corporizados em símbolos; um sistema de concepções herdadas, por meio das quais os homens comunicam, perpetuam e desenvolvem o seu conhecimento e as atitudes, perante a vida, em idéias, valores, atos e até mesmo emoções”.
Nesse sentido o processo de Organização dos Trabalhadores Rurais do RN e o
Movimento da Igreja Católica de Natal, não foram analisados de forma isolados, mas
inseridos no contexto da estrutura social que os produziu. O contexto nacional que alcança o
período de 1950/1970, situando o município de São Paulo do Potengi, Estado do Rio Grande
do Norte, em plena influência dos desafios da modernidade. Neste estudo, optamos ainda
pelo pensamento de Gramsci, onde esta questão é tratada sobre diferentes óticas, onde
priorizamos a ótica da reforma intelectual e moral a mais destacada para nossas reflexões.
Para Gramsci, o nível de consciência popular, implica necessariamente na capacidade das
classes subalternas da cidade e do campo de se constituírem em uma alternativa de
reorganização social e política da sociedade. Partindo dessa perspectiva de construção de
uma nova cultura, a reforma intelectual e moral é um processo que se realiza na prática e é um
“terreno para um ulterior desenvolvimento da vontade coletiva nacional popular, no sentido
de realização de uma forma superior e total de civilização (Gramsci, 1984:8-9). Partindo desta
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compreensão buscarems percorrer a trajetória de luta dos trabalhadores rurais do Rio Grande
do Norte no período 1975/1995, que podemos qualificar de contemporâneo, destacando o seu
processo de constituição como sujeito histórico e político. Trata-se de um período que contém
a emergência do novo sindicalismo em 1978/88 e a criação do Partido dos Trabalhadores na
base desse movimento, em 1980, como forma organizacional de maior expressão de
consciência das classes subalternas. O populismo dos setores dominantes gerara seu antídoto,
isto é o fortalecimento progressivo dos setores populares com intensa mobilização política de
vários setores da Sociedade Civil. Os setores populares reivindicam maior participação na
política econômica e salarial, na luta pelas reformas de base. O campo é sacudido pela ação
das ligas camponesas e dos Sindicatos Rurais, os Sindicato Urbanos realizam graves
consoantes, o movimento Estudantil se politizava na discussão dos temas nacionais e se
organizava com ressonâncias amplas no cenário político, a campanha anti- imperialista
encontrava respaldo numa política externa independente... (Wanderley, 1984:41). Nesse
cenário aparece outro sujeito que se destaca, são as Igrejas, principalmente a Católica – cuja
presença foi ativa nos vários movimentos de cunho sócio-político (de modo especial o
Movimento de Educação de Base – MEB, através da atuação de militantes cristãos junto aos
movimentos populares. Ainda em relação à questão da organização política das classes sociais
em situação de dominação, Iranildes Pereira, reflete sobre como a população se coloca na
relação com o Estado afirmando “que as classes populares gradativamente vão alcançando
uma consciência política baseada na própria luta pelo atendimento às suas necessidades
básicas”. Nessa luta, a referida autora ressalta que a Educação Popular pode ser entendida
como uma educação produzida pelas classes sociais populares no seu esforço de
sobrevivência, organização e resistência contra as ações do Estado na luta por seus interesses,
enfim gestando a hegemonia das classes populares. De acordo com a autora, trata-se de uma
educação política, visto que traz em si o antagonismo de classe próprio da sociedade
capitalista, onde as classes populares não tem permanecido inertes às condições de
pauperismo em que vivem, mas está reagindo tanto individual, quanto coletivamente para
garantir a conquista dos seus direitos. De acordo com Marilda Iamamoto, quando se refere a
denominação classes subalternas, diz que as mesmas, historicamente, sofreram tanto a
repressão centralizadora do quanto o arbítrio dos chefes políticos regionais, tendo a sua
participação impedida e negada o reconhecimento à sua cidadania. No entanto, a autora
entende a participação política não efetiva unicamente através dos partidos, sindicatos, mas no
protesto tem “sido muitas vezes canalizadas para esfera das práticas culturais das classes
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trabalhadoras, como locais privilegiados da resistência da prefiguração de formas de vida que
fogem aos parâmetros da sociedade oficial”. Isto posto o que se evidencia, na história das
classes subalternas, no Brasil, é o seu constante afastamento das negociações que se
estabelecem entre os detentores do poder. Esta situação é vista com clareza no período da
ditadura militar, quando o autoritarismo reina na sociedade, intensificando-se os mecanismos
de controle e repressão, o que se verificou, foi que os trabalhadores foram construindo novos
espaço de manifestações, espaços alternativos de discussão e troca de experiências,
culminando com a rearticulação dos movimentos populares da sociedade civil. No que se
refere ao processo metodológico a ser utilizado nesta pesquisa, tentou-se – trabalhar em
princípio a partir de: - Leitura exploratória geral da produção desenvolvida no Brasil, no
âmbito da Educação e do Serviço Social, mais precisamente as produções divulgadas
nacionalmente nos últimos 20 anos (1975-1995), através dos programas de Pós-graduação,
mais precisamente voltados para a questão dos trabalhadores rurais do RN e da Região
Nordeste; - Nesse sentido, para análise do conteúdo, o material analisado com profundidade
visou sobretudo resgatar três eixos previamente definidos para este estudo, a saber: a)
identificação do suporte teórico de fundamento do projeto em questão, buscando a
identificação das categorias básicas: classes sociais e classes populares; Estado e Instituição,
O Movimento da Igreja Católica de Natal e Educação; b) resgate histórico do movimento de
organização dos trabalhadores rurais do RN, na perspectiva de compreender sua natureza e
seus desdobramentos, principalmente no que se relaciona à construção de alternativas de
novas práticas culturais; c) identificação de propostas de ação do Movimento da Igreja
Católica de Natal, no sentido de operacionalizar o processo de Educação de Base no meio
rural, mais especificamente no município de São Paulo do Potengi, área relacionada para o
nosso estudo de campo. Cabe ressaltar que, com referência aos estudos realizados no
município de São Paulo do Potengi, nosso cenário analítico foi sua inserção no Estado do Rio
Grande do Norte e no Nordeste do país. Trabalhamos com uma variedade de registros que
apresentam não somente uma necessidade histórica, mas também como capacidade de desejo,
memória e invenção. Buscamos captar a especificidade da organização dos trabalhadores
rurais e da Ação do Movimento da Igreja Católica dentro da cultura rural, numa tentativa de
construção de uma fundamentação para a sua compreensão, revisitando “o passado enquanto
possibilidade de germinação, de inauguração de um novo começo”. A partir do levantamento
do conteúdo, e sistematização do processo de análise, onde tentamos estabelecer uma
articulação entre o pensamento dos autores estudados e as concepções das experiências
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acumuladas a partir do processo de organização dos trabalhadores rurais do RN e através de
Ação da Igreja Católica de Natal. Nesse sentido utilizamos neste estudo a aplicação de
entrevistas, a partir de questionários aplicados junto as lideranças comunitárias, bem como
aos profissionais que atuaram junto ao Movimento da Igreja Católica, através do SAR –
Serviço de Ação Rural, no sentido de obter dados significativos para posterior análise.
Adotamos ainda a entrevista informal, através de depoimentos espontâneos que retratam a
histórica da vida de pessoas que puderam acompanhar o processo de organização dos
Trabalhadores Rurais no Estado do Rio Grande do Norte e que de um certo modo, apontam
elementos para novas reflexões. Trabalhamos ainda, com dados institucionais e informes
gerais do município no sentido de resgatar sua história, sua memória, seus avanços em
determinados momentos. Para tratamento dos dados (organização da empiria) e sua
sistematização para interpretação percorremos à análise qualitativa de conteúdo. Partimos de
autores clássicos nessa técnica investigadora com objetivos de apreender criticamente o
discurso e suas significações. A trajetória percorrida levou-nos à certamente a estabelecer um
movimento constante, entre a compreensão da empiria e sua análise, indo e voltando inúmeras
vezes à produção do nosso estudo.
APROXIMAÇÕES CONCLUSIVAS:
Com base no estudo documental até então realizado, foi possível tecer algumas
conclusões sobre “A análise dos Programas de D.C. no RN e da intervenção do Serviço Social
no período de 1950/70 em São Paulo do Potengi” com a preocupação de não formular
conclusões fechadas, mas apontar rumos para posteriores análises e aprofundamentos
possíveis, tendo em vista que a sequência desses estudos poderá contribuir para a caminhada
do processo de trabalho do profissional de Serviço Social. Quanto aos programas
implementados no município no período 1950/70: representa experiências concretas e
satisfatórias de Desenvolvimento Comunitário, que contou com a atuação de vários
profissionais comprometidos com os interesses da comunidade, possibilitando a ampliação da
sua estrutura de serviços (saúde, educação, lazer, assistência...). Entretanto o que podemos
perceber é que prevaleceu nesses programas um caráter conservador de cunho assistencialista,
impulsionado pela política governamental dos anos 50/60; Compreendemos que apesar da
grande contribuição da Campanha Nacional de Educação Rural, durante aquele período para
o desenvolvimento do meio rural, esta escamoteava as verdadeiras causas da questão rural,
deslocando-a ao nível dos indivíduos (analfabetismo, doença, atraso cultural e tecnológico) ao
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invés de percebê- la em um contexto social mais abrangente, sendo entendida como um
aspecto dos problemas sociais relacionados à exploração da força de trabalho agrícola,
concentração de terra, o que dessa forma, contribuía para preservar as estruturas favoráveis à
consolidação do Capitalismo Monopolista no Brasil; Sobre as Missões Rurais: a educação de
base e o s métodos de organização e D.C. “não eram suficientes para incorporar à estrutura
econômica, social e política da Nação a maioria da população que vivia no campo. Nem
possuía instrumentos necessários para provocar “a tão almejada mudança social, que não se
pode efetuar por ações isoladas tais como educação, a organizações das estruturas e do modo
de produção do país” (AMMANN, 1991:55); Num rápido histórico do Movimento de Natal,
percebemos o poder da Igreja Católica em nosso Estado. Fica claro que a mesma contou com
a ajuda de algumas entidades, principalmente as assistenciais, como é o caso da LBA e do
Serviço Social para por em prática as atividades planejadas pela cúpula da Arquidiocese de
Natal e por leigos ligados a Escola de Serviço Social e a Juventude Feminina/Masculina
Católica. Assim, destacamos a grande importância desse movimento que acarretou num
conhecimento em nível mundial do município de São Paulo do Potengi, das suas práticas
comunitárias que buscavam diminuir o número de analfabetos no campo, evitar o êxodo rural
e principalmente, ensinar ao homem do campo formas de atingir um desenvolvimento
econômico auto-sustentável. Nesse sentido, o movimento aponta uma perspectiva que vai
além do assistencialismo, chegando a se constituir um instrumento de mudança social, quando
afeta significativamente as relações de poder, as ideologias e os padrões de comportamento.
Surge assim, no processo de modernização, como um desafio tanto para as funções
tradicionais da igreja, quanto para os profissionais de Serviço Social que assumiam tal
posição. É importante observar a estratégia do Movimento de Natal que se distingue como
ação do tipo comunitário e de mudança social. Cabe destacar que este rejeitava explicitamente
as soluções que implicassem na aceitação de uma política filantrópica e a adesão de uma
estratégia revolucionária. Essa operação se justificava pelo fato de considerá-la como
reforçadora do paternalismo, portanto de dependência. Com relação a rejeição da concepção
revolucionária apresentava as seguintes razões: 1) Por achar viável a realização de mudanças
graduais; 2 – Pela relativa tolerância e mesmo apoio dos centros nacionais de poder e
regionais, as soluções reformistas que ao promover mudanças nas áreas tradicionais, não
favorecem a organização social divergente das que predominam nas áreas mais
desenvolvidas. 3 – Finalmente, pela coerência dessa posição com a doutrina predominante da
Igreja Católica e com o pensamento das entidades que deram apoio moral e auxílio
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econômico ao movimento. A importância dada por nós ao Centro Social do município, está
no fato de que a partir de sua instalação a cidade vivenciou todo um processo de organização
comunitária através da implantação dos programas de D.C. com a participação de toda a
comunidade. A equipe multiprofissional que ali atuou, foi salutar uma vez que buscava
despertar o povo para os problemas que o atingia e dessa forma, encontrar soluções através do
esforço coletivo; Uma outra observação interessante sobre os Centros Sociais é que os
modelos que se proliferam no Brasil, eram importados dos países industrializados, o que
contribuía para a não satisfação em muitos casos dos problemas fundamentais dos países
insuficientemente desenvolvidos, uma vez que não possuíam o objetivo de introduzir
mudanças sociais necessitando dessa forma de objetivos e programas que pudessem se
adaptar àquela realidade local e assim absorver as suas reais necessidades; Em relação a
Organização Sindical podemos constatar que o sindicato do município possui uma
característica que o destingue dos outros: foi o primeiro Sindicato dos Trabalhadores Rurais
do Estado do RN, sendo até hoje ponto de referência às demais associações da região; Às
Escolas Radiofônicas, damos destaque ao seu método audiovisual que privilegiava situações
do cotidiano do homem no campo (método Paulo Freire). Entretanto, sabemos que a criação
do programa de educação pela rádio nas regiões rurais conformavam os interesses do governo
desenvolvimentista vigente na época, que tinha o intuito de diminuir o analfabetismo no
campo considerado empecilho o axpansão do modo de produção capitalista e intensificar a
exploração pelo aumento de sua produtividade e modernização de suas técnicas; Todo o
trabalho de comunidade desenvolvido na cidade teve como grande incentivadora a Igreja
Católica que preocupada em garantir sua influência no meio rural, alia-se àquela população,
com uma perspectiva pedagógica fundamentada nos princípios de evangelização, organização
comunitária e contrária a exploração do homem rural. Fica claro que a sua preocupação em
fundar sindicatos, erradicar o analfabetismo tinha como base a propaganda da religião, tendo
em vista que os partidos de esquerda propagavam a época a ideologia comunista e a religião
protestante expandida cada vez mais o seu número de adeptos, dessa forma, seus interesses
eram de cunho não só religioso, mas econômico e político; Com relação a Intervenção do
Serviço Social no período analisado, verificou-se o surgimento da Escola de Serviço Social
articulado a Doutrina Social da Igreja Católica, que lhe confere uma prática legitimada na
sociedade. E o aparecimento de grandes instituições – Legião Brasileira de Assistência
(1940); Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (1942); Serviço Social do Comércio,
dentre outras, que vêm institucionalizar a profissão, integrando-a nos mecanismos de
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educação presentes a partir das Políticas Sociais do Estado e dos setores empresariais,
enquanto forum de enfrentamento da “Questão Social”; A elaboração de um diagnóstico
preliminar do município, se revestiu de importância porque representou uma oportunidade de
conhecer uma experiência concreta e satisfatória em processo comunitários desenvolvida no
município de São Paulo do Potengi - RN. Esse conhecimento permitiu a reflexão crítica dos
envolvidos no trabalho, acerca das questões que se colocam na realidade social atual,
contribuindo dessa forma tanto para a busca de alternativas para os problemas no município
quanto para a melhoria da qualidade de vida da população. Atualmente consideramos de
suma importância a descentralização política, o estímulo a participação da população nos
conselhos, associações e sindicatos para que esta possa defender seus direitos através de
reivindicações criando uma maior articulação entre a comunidade e o poder local, o que
contribui tanto para uma melhor atuação do executivo, quanto para a deliberações da tomada
de decisão e a valorização das potencialidades da população com vistas a emancipação social,
política, econômica e cultural do município; O que é válido ressaltar é que a presença
permanente de um profissional de Serviço Social no município se faz necessária uma vez que
este contribui para propiciar a participação popular nos conselhos implantados, através da
socialização de informações, do esclarecimento desenvolvendo assim a capacitação desses
cidadãos enquanto pessoa conscientes de seus direitos e deveres e capaz de contribuir para o
progresso de seu município; Um outro aspecto que constatamos é que a municipalização dos
serviços deveria ser o eixo principal da atual administração, voltada para a conq uista da
cidadania, isto porque somente a partir da efetivação deste processo é que os recursos serão
alocados para os setores básicos da assistência (Saúde, Educação, Habitação e Assistência
Social), visando a implementação de políticas públicas (Programas, Projetos) coerentes com a
realidade social do Município. Tais políticas contribuirão para amenizar as desigualdades
sociais, buscando soluções para a Questão Social; Em relação ao desenvolvimento
econômico, uma das alternativas segundo a administração local para a área é a implantação do
turismo regional (Barragem Campo Grande) para dinamizar o setor, contando também com o
sistema de parceria (consórcio de serviços). No entanto, o que consideramos é que apenas a
desenvolvimento do setor econômico não é suficiente para o desenvolvimento global do
município: há que se destacar também o desenvolvimento social concomitantemente,
ampliando o acesso aos Serviços Sociais, gerando emprego e renda, baseando-se nas
necessidades da comunidade a ser atendida, com fins de obter um nível de vida cada vez mais
elevado; Quanto as representações culturais podemos perceber um número elevado de grupos
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culturais (teatro, folclore, capoeira, dança) que além de manter viva a cultura da região, deixa
claro que a representação artística é também uma forma de denúncia da realidade vivenciada
pela população. Através da música, do teatro, da dança estes grupos expressam a vida
cotidiana, as lutas, o sofrimento, a sobrevivência do povo no campo, despertando-os dessa
forma, para os seus problemas e através da conscientização, do trabalho educativo procurar
agir no enfrentamento destas questões.
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