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ANÁLISE E ESTUDO GEOMORFOLOGICO NO CÓRREGO CACHOEIRINHA NO MUNICÍPIO DE ITUIUTABA – MG
Kátia Gisele de Oliveira Pereira – Curso de Geografia - Profa. Doutoranda – UFU Campus Pontal [email protected]
Diego Dias Martins - Curso de Geografia- Graduando – UFU Campus Pontal [email protected]
Emerson Jhammes Francisco Alves – Curso de Geografia- Graduando – UFU Campus Pontal [email protected]
RESUMO
Este trabalho foi desenvolvido no município de Ituiutaba-MG, e tem como objetivo a analise da micro
bacia do Córrego Cachoeirinha, sendo estudados todos os elementos que interferem na bacia, bem como área de
plantio, erosão na nascente do córrego, ainda elementos que contribui para a modificação da paisagem no que
tange a microbacia em estudo. A bacia do Córrego Cachoeirinha está localizada no Triângulo Mineiro entre as
coordenadas geográficas 18°40’ e 19°47’ S e 47°53’ a 50°13’ W compreendendo parte do município de
Ituiutaba-MG. O objetivo do trabalho é realizar uma análise geomorfológica da microbacia empregando a
metodologia proposta por Ab’Saber (1969). Por meio de pesquisa bibliográfica e metodológicos propostos por
Ab’Saber (1996). Reunir argumentos, fotos e observações de campo para explicar: A forma quem tem
acontecido a evolução da bacia hidrográfica. Considerando os níveis de tratamento propostos por Ab’Saber, com
fisiologia da paisagem e processos erosivo. Os dados sobre a geomorfologia, a geologia, os tipos de solos e o
uso e ocupação da microbacia do Córrego Cachoeirinha foram realizados por meio de consultas à carta
topográfica de Ituiutaba, e do (RADAM BRASIL), ao Google Earth, além de pesquisas de campo em toda a
área da microbacia, desde a nascente do córrego até a sua foz com o rio Tijuco. Com tudo, constatamos conflitos
entre a dinâmica natural e a ocupação antrópoca, presente na área de ocupação da bacia. Foram identificados
processo derivados da ausência da mata ciliar em alguns pontos do curso do córrego e a instabilidade
principalmente, na nascente contendo estágio agravado de erosão, poluição do solo e das águas por produtos
tóxicos utilizados na área de plantio próximo a nascente. Foi constatado no mesmo local, solo exposto e falta de
um controle ambiental para melhoramento de uso e ocupação da área, uma vez que, a água do córrego esta
sofrendo grande poluição devido a elementos químicos conseqüentes da concentração dos fluxos fluviais, e
erosão avançada próximo a nascente, assim, intensificando os processos erosivos e de poluição do córrego.
Palavras-chave: Córrego Cachoeirinha, Solo, Erosão, Poluição.
ABSTRACT
ANALYSIS AND GEOMORPHOLOGICAL STUDY IN THE CACHOEIRINHA STREAM IN THE CITY OF ITUIUTABA-MG
Kátia Gisele de Oliveira Pereira – Curso de Geografia - Profa. Doutoranda – UFU Campus Pontal [email protected]
Diego Dias Martins - Curso de Geografia- Graduando – UFU Campus Pontal [email protected]
Emerson Jhammes Francisco Alves – Curso de Geografia- Graduando – UFU Campus Pontal [email protected]
This work was developed in the municipality of Ituiutaba-MG, and aims to examine the basin
of the stream of Cachoeirinha, studying all the elements that interfere in the basin and area of planting,
erosion in the headwaters of the stream, even elements that contribute to change the landscape with
respect to micro - basin in study. The basin of the stream of Cachoeirinha is located in the Triângulo
Mineiro between geographical coordinates 18 ° 40 'and 19 ° 47' S and 47 ° 53 'to 50 ° 13' W
comprising the municipality of Ituiutaba-MG. The objective is to achieve a geomorphological analysis
of micro - basin using the methodology proposed by Ab 'Saber (1969). Through literature search and
field work were applied to 3 levels of methodological treatment proposed by Ab'Saber (1996), said by
Casseti (2006). Collect arguments, photos and observations from field to explain: In what ways has
been the evolution of the basin. Considering the levels of treatment proposed by Ab'Saber with
emphasis on the level 3 - physiology of the landscape and erosive processes. Data about
geomorphology, the geology, soil types and the use and occupation of micro - basin of the stream of
Cachoeirinha been made through consultations of topographic charts of Ituiutaba of (RADAM
BRAZIL), to Google Earth, and research the field throughout the area of micro - basin from the
headwaters of the stream to its mouth with the river Tijuco. However, conflicts were detected between
the natural dynamics and human occupation, present on the occupation area of the basin. Process were
identified from the lack of riparian vegetation in some areas of the course of the stream and instability
mainly, in the source containing increased level of erosion, pollution of soil and water by toxic
products used in the plantation area near the source. Was found in the same place, exposed soil and a
lack of environmental control to improve the use and occupancy of the area, since the water of the
stream is suffering with high pollution from chemical elements came from the concentration of river
flows, and advanced erosion near the source, thus intensifying the erosions processes and pollution of
the stream.
Key-words: Cachoeirinha Stream, Soil, Erosion, Pollution.
1. 0. INTRODUÇÃO.
O trabalho proposto, tem por objetivo compreender o estudo teórico da disciplina de geomorfologia II,
correlacionados teoria e prática, neste sentido elaborou-se um projeto de análise e estudo de um córrego do
município de Ituiutaba (MG), cujo córrego escolhido para a elaboração do trabalho foi o Córrego Cachoeirinha,
que se encontra na zona rural do município em questão, que está localizado a 700 metros de altitude na
nascente, com localização de S 18° 58’ 53’. 6” w 49°C 23’ 41.4”. A microbacia do Córrego Cachoeirinha faz
parte da bacia do Rio Tijuco que nasce no município de Uberaba (MG), o Rio de Tejuco é um dos afluentes que
deságua no Rio Paranaíba. A bacia do Rio Tejuco está localizada no Triângulo Mineiro entre as coordenadas
geográficas 18°40’ e 19°47’ S e 47°53’ a 50°13’ W compreendendo parte dos municípios de Uberlândia,
Uberaba, Veríssimo, Ituiutaba, Campina Verde. Área inserida nos chapadões tropicais do Brasil central, com
veredas ao fundo de vales. Segundo (SANTOS e BACARRO, 2004), o Rio Tijuco nasce na cota altimétrica de
950 m e tem foz na cota de 526 m. Ocupa uma área de aproximadamente de 27% do Triângulo Mineiro,
chegando a um total de 14.249.05 Km² tendo o principal afluente o Babilônia, Douradinho, entre outros
Este trabalho se desenvolveu através de etapas desde a escolha do córrego a ser estudado até o trabalho
de campo, que resultou na pesquisa e na elaboração do conteúdo apresentado, o trabalho pode – se dizer que é
de grande enriquecimento de aprendizagem, pois podemos acrescentar a construção do conhecimento, o
embasamento teórico relacionado com o campo demonstra relação teoria e prática. A metodologia aplicada foi
de embasamento para demonstração e conhecimento da área apresentada Córrego Cachoeirinha. O objetivo do
trabalho é realizar uma análise geomorfológica da microbacia empregando a metodologia proposta por
Ab’Saber (1969). Por meio de pesquisa bibliográfica e metodológicos propostos por Ab’Saber (1969). Reunir
argumentos, fotos e observações de campo para explicar: A forma quem tem acontecido à evolução da bacia
hidrográfica. Considerando os níveis de tratamento propostos por Ab’Saber, como fisiologia da paisagem e os
processos erosivo.
2. 0. A CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DO CÓRREGO DA CACHOERINHA.
A caracterização física do município de Ituiutaba – MG, com destaque especial para o Córrego
Cachoeirinha está distante, a 25 km da cidade de Ituiutaba - MG. As áreas de preservação entorno da bacia do
Rio Tijuco estão comprometidas devido ao uso e ocupação do solo, existe várias culturas agropecuária na
região, em que grande parte da microbacia está sobre o cultivo de cana – de- açúcar. Áreas ambientais estão
comprometidas, sendo que apenas o limite mínimo destas áreas de preservação ambiental está sendo preservado.
Agricultura de Cana – de - açúcar está crescendo principalmente na região de Ituiutaba MG. A Elevação por
volta de 750 metros na nascente e chegando a 450 metros nas partes mais baixa da microbacia do Córrego
Cachoeirinha, confirmando essa dinâmica altimétrica, que a elaboração de três perfis topográficos, onde que
cada um representa uma região da microbacia.
A realização desta pesquisa é positiva, pois possibilitou a real concretização da teoria, partido do
principio que total responsabilidade do trabalho dos discentes, porque compreendemos a dinâmica apurada do
real problema da microbacia do Córrego Cachoeirinha.
3. 0. METODOLOGIA.
A metodologia proposta para a realização deste trabalho consiste na divisão de etapas, no intuito de
averiguar a região da microbacia escolhida; a partir de uma visão geomorfológica. Nesse sentido, os métodos
utilizados para o desenvolvimento do trabalho seguiram essa seqüência: Escolha de um córrego dentro dos
limites geográficos do município de Ituiutaba – MG..
1º Passo: Revisão bibliográfica de processos geomorfológicos,
2º Passo: Pesquisas em artigos bibliográficos e pesquisa nos mapas temáticos, com a carta SE – 22 – Z –
B – IV, escala 1: 100 00 (RADAM BRASIL, 1983).
3° Passo: Delimitação da sub-bacia hidrográfica do Córrego Cachoeirinha.
4°Passo: O calculo de coordenada da área, construção de perfis topomorfogeológico do alto, médio e
baixo curso.
5° Passo: Estudo da área a partir da metodologia de Ab’Saber (1969) contendo a compartimentação
morfológica, estrutura superficial e a fisiologia da paisagem.
O trabalho de campo consiste em uma importante ferramenta para comprovação e avaliação da dinâmica
dos processos geomorfológicos observados em cada estágio metodológico. Nele, se efetiva as relações teóricas
mediante suas aplicações na prática. Neste sentido, pode-se compreender a influência antropomórfica na
degradação das vertentes. Segundo Ab’ Saber (1969) a realização de pesquisas sobre Características física,
geológica, vegetal, geomorfologia, hidrográfica do córrego e da bacia do Cachoeirinha, realização de um
trabalho de campo, na área em estudo, fotos, observações da vegetação, geologia, geomorfologia, hidrografia,
elaboração do trabalho escrito com todos os resultados obtidos através deste estudo. Os três níveis
metodológicos propostos por Ab’Saber (1969): compartimentação topográfica; estrutura superficial, fisiologia
da paisagem permite compreender a dinâmica geomorfológica, entendendo o relevo não como uma paisagem
imutável, mas como objeto que se renova em determinada dimensão temporal (dias, meses, anos, milhões de
anos, etc.) e espacial (micro, meso e macroescala).
Este trabalho tem como objetivo, entender os processos morfoclimáticos, não entendendo a paisagem
como imutável, mas que suas mudanças são constantes. A compartimentação está diretamente relacionada às
questões da estrutura geológica no que refere – se à geomorfologia da região estudada. A estrutura superficial
está condicionada nos processos de estruturação da paisagem, os processos de erosão e suas modificações
estruturais, que estão modificadas relacionado com tempo e as condições estruturais da microbacia. A fisiologia
está relacionada com todos os fatores citados anterior mente, a estrutura demonstra a paisagem na sua forma
estrutural e dinâmica. A fisiologia consta toda a dinâmica e seus processos evolutivos morfodinâmicos. Segundo
Ab'Sáber (1969), intensifica-se necessariamente o controle de campo, obrigando ao tratamento do
problema numa escala cada vez maior. É natural que ao se compartimentar a morfologia de uma
determinada área, a correlação de níveis altimétricos numa escala regional se constitui num dos
parâmetros metodológicos, o que pode ser feito através de cartas-base, tornando-se indispensável um
controle de campo tão sistemático como o exigido nos níveis subseqüentes.
Todo o processo de desenvolvimento da pesquisa foi marcado por diferentes cenários, dentre os quais
se destacam os pontos visitados, os Laboratórios de Geotecnologias (LAGEOTEC) e de Geografia Humana e
Ensino (LAGHEN) da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal, localizado na cidade de Ituiutaba MG,
campus da Universidade Federal de Uberlândia.
4. 0. RESULTADOS.
Podemos observar que o maior problema desta sub-bacia seria o uso e ocupação do solo, que desde o
principio apresenta como forte predomínio da pecuária e plantio, que levou a intensa devastação da vegetação
natural. As frentes erosivas acontecem em dígitos, impulsionados pelo acumulo da água pluvial nas curvas de
nível, formando escoamento superficial que aceleram o efeito erosivo. Consideramos também que o solo desta
sub-bacia e região possui um alto teor de areia fina e argila. Existe presença de solo desnudo na bacia do
Cachoeirinha devido a plantio e uso extensivo do solo para pasto para gado.
4. 1. COMPARTIMENTAÇÃO.
A compartimentação consiste na abordagem de um dos três níveis de abordagem proposto por
Ab’Saber,. A compartimentação se caracteriza pela no que refere - se à morfologia de uma determinada área, a
correlação de níveis altimétricos numa escala regional. Se constituindo em parâmetros metodológicos, o que
pode ser feito através de cartas-base, tornando-se indispensável um controle de campo sistemático como o
exigido nos níveis subseqüentes.
Geologicamente o Córrego Cachoeirinha faz parte da Bacia Sedimentar Rio Tijuco Na região de
Ituiutaba é encontrado rochas sedimentares, sobre posta em camadas. O município é formado por rochas de três
unidades geológicas, distribuídas em faixas contínuas e regulares. Na porção noroeste, da Bacia Sedimentar
ocupando as áreas do vale do Rio Paranaíba, ocorre rochas basálticas em duas outras faixas: na porção central
do município, coma a direção sudeste-noroeste, acompanhando o vale do Rio Tijuco, e a outra, com a mesma
direção, encontrada ao longo do vale do Rio da Prata, até o Rio Tijuco. Ocupando o noroeste, norte, sudeste e
extremo sudoeste do município ocorrem às rochas da Formação Bauru, rochas silicosas e calcárias, datadas do
Cretáceo Superior.
A cartografia da área estudada apresenta média elevação sendo que sua altitude está entre 750 a 450
metros. A bacia esta condicionada na porção media do Rio Tijuco. A nascente esta na altitude entre 750 metros,
mostrando uma elevação acentuada na sua porção. A parte média do córrego esta entre 550 metros, sua elevação
é pouco acentuada e com erosão ao longo das margens do córrego. Na porção baixa junto na foz com o rio
Tijuco sua elevação chega à altura de 450 metros, sendo que o Córrego Cachoeirinha é um dos principais
afluentes do Tijuco.
4. 2. ESTRUTURA SUPERFICIAL.
Segundo nível de abordagem, o da estrutura superficial, é necessário as observações dos depósitos
correlativos (perfis), para o tratamento de amostras e correlações. A área de levantamento ou observação torna-
se mais restrita, correspondendo a pontos ou trechos no interior de cada compartimento, considerando a
expressividade das seqüências disponíveis.
Ao se apresentar um estudo integral do relevo, deve-se levar em consideração os três níveis de
abordagem sistematizados por Ab'Saber (1969), e que individualizam o campo de estudo da
geomorfologia: a compartimentação morfológica, o levantamento da estrutura superficial e o estudo da
fisiologia da paisagem. A compartimentação morfológica inclui observações relativas aos diferentes níveis
topográficos e características do relevo, que apresentam uma importância direta no processo de
ocupação. Nesse aspecto a geomorfologia assume importância ao definir os diferentes graus de risco
que uma área possui, oferecendo subsídios ou recomendações quanto à forma de ocupação e uso. A
estrutura superficial, ou depósitos correlativos se constitui importante elemento na definição do grau de
fragilidade do terreno, sendo responsável pelo entendimento histórico da sua evolução, como se pode
comprovar através dos paleopavimentos. Sabendo das características específicas dos diferentes tipos
de depósitos que ocorrem em diferentes condições climáticas, torna-se possível compreender a
dinâmica evolutiva comandada pelos elementos do clima considerando sua posição em relação aos
níveis de base atuais, vinculados ou não a ajustamentos tectônicos.
4. 3. FISIOLOGIA DA PAISAGEM.
Fisiologia da paisagem exige controle de campo, como o emprego de controle de erosão, associadas as
observações pluvioerosivas que podem ser relacionadas com a duração de intensidade das chuvas. Segundo
BACCARO (1990), na região do Triângulo Mineiro existe uma diversificação de compartimentos
geomorfológicos que são herança das ações morfogenéticas do Terciário e Quaternário, presentes nos
topos aplainados, nas camadas lateríticas, nos solos hidromorficos, nas lagoas e rampas côncavas
coluviais. As variações climáticas deste período demonstraram que houve uma alternância de um clima
úmido e um clima seco, que favoreceu o rebaixamento generalizado do relevo, constituindo as formas
denominadas mesas e tabuleiros. É preciso, ainda o conhecimento dos fatores intrínsecos, como a disposição (forma) e constituição
(conteúdo) da vertente, e dos fatores extrínsecos, na forma de uso e ocupação do relevo, dentre outros aspectos
considerados importantes. Assim, a fisiologia da paisagem exige uma restrição quanto maior de dimensão
espacial, havendo necessidade de se selecionar “alvos” no interior de cada compartimento em função do
controle previsto. Através dos processos morfodinâmicos entendem-se as transformações evidenciadas no
relevo, considerando a intensidade dos processos.
A região da microbacia do Córrego Cachoeirinha apresenta floresta Semidecidual constituindo de
vegetação típica do bioma mata atlântica, estando condicionada pela dupla estacionalidade climática, perdendo
parte das folhas (20 a 50%) nos períodos secos. É constituída por fanerófitos com gemas foliares protegidas da
seca por escamas (catáfilos ou pêlos), tendo folhas adultas esclerófilas ou membranáceas deciduais. A vegetação
da área do córrego apresenta árvores de médio porte ate pequeno porte suas formas são tortas e com cascas
grossas deixando sua aparência rústica. Solo argiloso próximo a nascente, sua coloração a cinzenta e com
grande potencial de plasticidade. Solos são basicamente ácidos que permeiam de árvores com deficiência de
minerais, essas árvores tem raízes radiculares que ajudam na percolação e retirada de minerais e água. A
vegetação esta sendo desmatada para o plantio e pastagem. O pisoteio do gado no solo ajuda na problematizarão
da área, sendo que o solo fica compactado, deixando o solo com menor infiltração.
Estes processos relacionados condicionam a paisagem as questões de modificações na estrutura,
relacionado à micro bacia estudada cada fator adquire dinâmica de modificação da paisagem. A
compartimentação esta nas partes mais altas do relevo, está sobre rochas areníticas e basálticas. Esta
característica esta presente em áreas de plantio de culturas perenes. Onde se encontra grande concentração de
criação de gado. A estrutura superficial está condicionada a questão de modificação das áreas pela agricultura
extensiva, localizada próximas às áreas de preservação ambiental na parte média da microbacia. A fisiologia da
paisagem adquiri importância na parte baixa da microbacia. Sua estrutura trata de todas as questões relacionadas
à estruturação e modificações da paisagem. A abrangente área do Córrego Cachoeirinha na porção de proteção
ambiental ao fundo dos vales depositando todo o material erodido nas partes baixas do relevo.
Segundo Ab’ Saber (1982), destaca que os níveis de terraços, que são verdadeiras planícies aluvionares
suspensas e retrabalhadas pelo rio e seus afluentes, através de ligeiras fases de erosão e deposição fluvial,
podem ser tomadas como testemunhos dessas variações climáticas e hidrológicas ocorridas nas derradeiras
épocas do Quaternário.
De acordo com Barcelos (1984), constataram que os relevos residuais nessa região foram descritos
corretamente como pertencente à Formação Marília, enquanto que as áreas mais planas e topograficamente mais
baixas foram mapeadas como pertencente à Formação Adamantina.
Foto 1. Descrição da micro bacia do Córrego da Cachoeirinha.
Fonte: Google Earth.
Org.: ALVES, E.J.F, MARTINS, D.D; 2008.
Campo foto 1 demonstra a micro bacia do Córrego Cachoeirinha na estrutura geológica. A cartografia da
área estudada apresenta elevação acentuada com altitude entre 750 a 450 metros, o uso e ocupação do solo para
a “criação” de pastagens. A nascente esta na altitude entre 750 metros, mostrando uma elevação pouco
acentuada na sua porção A bacia está condicionada na porção média do rio Tijuco, está média porção está
relacionado a culturas de plantio extensivo e perene. A parte baixa do córrego esta entre 500 a 450 metros, sua
elevação é pouco acentuada e com algumas erosões ao longo das margens do córrego. Na porção baixa junto à
foz com o Rio Tijuco sua elevação chega à altura de 450 metros. Está parte da área consiste na porção de área de
preservação ambiental.
A área da microbacia do Córrego Cachoeirinha sua caracterização geomorfológica e física, relacionadas
as questões ambientais. A área está situada sobre as rochas basálticas e sedimentares, com formas de
aplainamento, relacionado com a fisiologia da paisagem, processo de morfogênese na paisagem. Devido à
erosão pelos diversos agentes erosivos, parte dos rios da bacia do Rio Tijuco está sobre o basalto, incluindo o
Córrego Cachoeirinha. A estrutura da microbacia está sendo modelada devido a fatores climático e pedológicos.
Segundo Ab´Sáber (1969), São detritos superficiais ligados a determinadas formas de transportes, em
condições morfogenéticas específicas. É também denominada de depósito de cobertura elaborado por agentes
morfogenéticos sob uma determinada condição climática, presente nos diferentes compartimentos topográficos.
O termo estrutura superficial refere-se à forma de jazimento dos depósitos correlativos em superfície, diferindo
do conceito de estrutura geológica, cujos depósitos originários foram litificados ao longo do tempo.
A paisagem na região do Córrego Cachoeirinha passa por processo histórico de erosão relacionado a
processos históricos. A área esta sobre deposito de rochas sedimentar arenitos intercalações de camadas
basálticas e uma cobertura terciária. O município é formado por rochas de três unidades geológicas, distribuídas
em faixas contínuas e regulares, que se alternam em toda sua extensão. As erosões são balanceadas e fazem
parte da dinâmica da geologia da região e características dos solos da microbacia do Córrego Cachoeirinha.
A caracterização de solo da área em estudo de acordo com (RADAM BRASIL 1983), destaca que tem
ocorrência de um Latossolo Roxo Distrófico é estrófico respectivamente a proeminente chernozêmico, ou
horizonte (A), eles não são sinônimos do horizonte pedogênico, estão separados entre si geralmente em função
de algum aspecto morfológico de textura argilosa e muito argilosa, e que se caracteriza próximo onde o córrego
se deságua no rio. Outro tipo de solo que apresenta na área estudada é próximo a nascente do Córrego
Cachoeirinha que é o Latossolo Vermelho-Escuro Álico que é um solo distrófico de textura média mais áreas
quartzosas álicas, solos mais solos hidromorficos Gleizado.
Foto 2. Vista parcial do solo na nascente do Córrego Cachoeirinha no Município de Ituiutaba-MG.
Fonte: ALVES, E. J.F, MARTINS, D.D; 07/12/2008.
Org.: ALVES, E.J.F, MARTINS, D.D; 2008.
A evolução da paisagem poderá ocorre a partir do rebaixamento do relevo, pela ação da água que poderá
rebaixar ao longo dos anos. O relevo está levemente com declínio, o manejo do solo na região poderá contribui
para está evolução da paisagem. Está bem visível que toda a área esta sendo rebaixada pela o arrastamento de
material sedimentar. Podemos observar que a paisagem se modifica e está evidentemente relacionada com a
relação do homem com a natureza e sua forma de interferência na paisagem.
4. 4 . FISIOLOGIA DA PAISAGEM.
Em aspectos físicos de acordo com a região do Córrego Cachoeirinha predomina uma forma de
agricultura denominada de Culturas Cíclica, ou, Cultivo Perenes, o melhor exemplo de "cultura Perene" é a
cana-de-açúcar, que tem um número de cortes pré - determinado, ou seja, uma "mesma" planta (na verdade
depois de cortada, a cana rebrota) podendo produzir por anos.
As características dos impactos ambientais da área são gerados a partir de produtos químicos lançados
ao solo, para controle de pragas na plantação. Sua área de manjo está próxima a nascente do córrego, isso faz
com que a contaminação possa acontecer ocorrendo à poluição da água do córrego. Futuramente a nascente do
córrego poderá ser poluída, conseqüentemente suas águas poderão ser contaminadas. E o principal mecanismo
deste processo esta interligado com a relação homem natureza, suas formas de uso e ocupação do solo. Observa
- se que na foto 3 em que 80 % da vegetação já foi retirada para plantio extensivo de cana – de – açúcar .
Restando poucas árvores de grande ou meio porte, sua vegetação esta diminuída deixando apenas 20% da área
para preservação ambiental as margens do córrego.
O clima está dentre os principais agentes modificadores da paisagem e seus condicionantes das
alterações na estrutura geomorfológica. O clima da região está condicionado a clima tropical com temperaturas
que variam constantemente. As variações climáticas fazem com que a paisagem modifique constantemente,
como chuvas torrenciais freqüentemente aos finais de tarde, essas chuvas são agentes de arrastamento por parte
do escoamento superficial, são “pancadas” de chuvas concentradas que podem arrasta grande parte dos
gradientes do solo. Este tipo de clima esta no viés que permite interações de vários fatores que modificação a
estruturas e o ambiente.
Foto 3: Vista parcial de Manejo do uso e ocupação da terra na propriedade da nascente do córrego
cachoeirinha e ao fundo uma floresta que também é a mata ciliar.
Fonte: ALVES,E.J.F, MARTINS, D.D; 07/12/2008.
Org.: ALVES,E.J.F, MARTINS, D.D; 2008.
Campo foto 3, demonstra os impactos ambientais na região do alto curso, presença de latossolo
vermelho férrico, nas áreas de pastagem, como é observado na foto 1. A forma de ocupação e manejo do solo
esta devastando a mata ciliar a ocupação pelo homem as margens do córrego demonstra que a relação entre
homem esta sendo de devastar a natureza e criar novas áreas de plantio extensivo.
Futuramente a paisagem estará modificada sendo que poderá ocorrer perda da mata ciliar. O Córrego da
Cachoeirinha poderá esta com seu curso de águas modificado, deixando que o córrego siga seu curso normal. A
poluição das águas do córrego poderá ocorre futuramente, sendo que o uso abusivo de defensivos químicos no
solo está sendo arrastado para o rio com o escoamento superficial.
As futuras formas de amenizar os impactos ambientais poderão regularizar a questão ambiental na área
do córrego. Relação entre homem e natureza esta sendo intensificada na região, podemos observar na foto 3 que
está relação modificou a paisagem de modo que poderá a ter impactos que possam influência todo o espaço
geográfico. Estas formas de impactos poderão ocorrer de forma, lentas e rápidas modificando a paisagem em
seu aspecto físico e ambiental. As formas lentas ocorrem de processos que demoram vários anos para ser
consolidadas são modificações nas estruturas que modelam a paisagem. É importante salientar que o plantio de
árvores que ajudam na manutenção da área, essas árvores ajudam no escoamento e na retenção da água alem de
proteger o solo de exposto “solo nu”. O uso da vegetação na forma de amenizar os impactos na paisagem, e o
homem como modificador da paisagem, na relação homem natureza.
Segundo (SANTOS e BACARRO, 2004), é uma região de floresta Semidecidual constituída de
vegetação típica do bioma mata atlântica, estando condicionada pela dupla estacionalidade climática, perdendo
parte das folhas (20 a 50%) nos períodos secos. É constituída por fanerófitos com gemas foliares protegidas da
seca por escamas (catáfilos ou pêlos), tendo folhas adultas esclerófilas ou membranáceas deciduais. A vegetação
da área do córrego apresenta árvores de médion e pequeno porte, suas formas são tortas e com cascas grossas
deixando sua aparência rústica. Solo argiloso próximo a nascente, sua coloração a cinzenta e com grande
potencial de plasticidade. Solos são basicamente ácidos que permeiam de árvores com deficiência de minerais,
essas árvores tem raízes radiculares que ajudam na percolação e retirada de minerais e água. A vegetação está
sendo desmatada para o plantio de cana – de - açúcar e criação de bovina. O pisoteio do gado no solo ajuda na
problematizarão da área, sendo que o solo fica compactado, deixando o com menor infiltração.
Foto 4 Vista parcial da erosão da nascente do Córrego Cachoeirinha, com destaque para a densa mata Ciliar.
Fonte: ALVES, E. J.F, MARTINS, D.D; 07/12/2008.
Org.: ALVES, E.J.F, MARTINS, D.D; 2008.
Campo foto 4 demonstra o tipo de solo que constituiu a margem do córrego, a mata ciliar ainda
existente. Nesse aspecto a geomorfologia assume importância ao definir os diferentes conceitos da área,
possuindo forma de estruturação. A estrutura superficial, ou depósitos correlativos se constitui importante
elemento na definição do grau de fragilidade do terreno, sendo responsável pelo entendimento histórico da sua
evolução, como se pode comprovar através dos paleopavimentos, relacionados a questão da morfogênese.
Sabendo das características específicas dos diferentes tipos de depósitos que ocorrem em diferentes
condições climáticas, torna-se possível compreender a dinâmica evolutiva comandada pelos elementos do clima,
considerando sua posição em relação aos níveis de base atuais, vinculados a ajustamentos tectônicos. Segundo
Ab'Sáber (1969) para compreender as dinâmicas da área devemos atentar para o entender dos processos
morfoclimáticos e pedogênicos atuais. Refere-se, portanto, ao estudo da situação do relevo atual, fruto das
relações morfodinâmicas resultantes da consonância entre os fatores intrínsecos,ou seja, inerentes ao próprio
relevo, e os fatores extrínsecos, dando ênfase ao uso e ocupação do modelado enquanto interface das forças
antagônicas. Partindo do princípio de que praticamente toda superfície tenha sido apropriada de alguma forma
pelo homem, o referido nível necessariamente incorpora as transformações produzidas e conseqüentes
intervenções nos mecanismos morfodinâmicos, como alteração na intensidade do fluxo dos solos, refletindo
diretamente no comportamento do relevo. Estas relações esta no viés que demonstra as modificações da
paisagem ao longo dos anos. Os fatores intra-estruturais da região ao longo dos anos modificando suas
compartimentação.
6. 0. CONSIDERAÇÕES.
Percebe-se que o Córrego da Cachoeirinha está poluído, ainda que de intensidade diferentes nos três
diferentes pontos vivenciados, em decorrência de vários fatores: Primeira conscientização da população da
região, o uso dos produtos químicos desordenadamente; Segundo a presenças de manejo do solo facilitam o
fluxo de produtos de qualquer origem principalmente os tóxicos para o curso do córrego; Terceiro ausência de
um planejamento rural mais consciente. Embora esse estudo tenha se pautado na observação da paisagem
geográfica, valorizou-se também a vivência do pesquisador com o lugar, ou seja, considerando o
desenvolvimento geomorfológico no município de Ituiutaba (MG), especificamente, na zona rural. Além disso,
durante este trabalho objetivaram-se demonstrar os principais os problemas ambientais e sociais, incluindo
também propostas mitigadoras para abrandar os mesmos.
Sendo assim o objetivo desde trabalho é relatar as questões ambientais sendo que possamos entender as
relações entre o homem natureza e suas limitações diante das modificações do espaço geográfico. As relações de
uso e ocupação, dirigindo com a geomorfologia da área. A realização desta pesquisa são positivos, pois
possibilitou a real concretização da relação entre a teoria e prática, podemos fazer uma leitura apurada do que é
o real problema da sub-bacia do Córrego Cachoeirinha
Contudo, o trabalho está embasado nos métodos de pesquisa e na metodologia de Ab’Saber , no viés das
ações interdisciplinares para ampliar noções sobre os estudos geomorfológicos em escalas locais e regionais por
conseguinte, buscando amplificar os níveis de análise (regional, nacional, global).
Por fim, agradecemos a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG),
pelo apoio financeiro ao referido trabalho.
7. 0. REFERÊNCIAS.
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SIQUEIRA, C. A; ROSA, R. Mapeamento Digital dos Aspectos Físicos da Mesorregião do Triângulo
Mineiro através dos Softwares Autocadr12 e Grass 4.0. Sociedade e Natureza, Uberlândia, n.19,
jan./jun. 1998.