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UniSALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Ciências Contábeis Bruna Costa Silva Bruna Florindo Vieira de Souza Natália Gomes Camargo Ribeiro ANÁLISE FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Advanced Iteam Soluções e Serviços de Tecnologia da Informação LTDA Lins - SP LINS SP 2017

ANÁLISE FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS · ANÁLISE FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES ... Mestre em Administração pela CNEC - FACECA – MG. ... Mestra em Contabilidade

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UniSALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Ciências Contábeis

Bruna Costa Silva

Bruna Florindo Vieira de Souza

Natália Gomes Camargo Ribeiro

ANÁLISE FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES

CONTÁBEIS

Advanced Iteam Soluções e Serviços de Tecnologia da

Informação LTDA

Lins - SP

LINS – SP

2017

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BRUNA COSTA SILVA

BRUNA FLORINDO VIEIRA DE SOUZA

NATÁLIA GOMES CAMARGO RIBEIRO

ANÁLISE FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Ciências Contábeis, sob a orientação do Prof. Me. Irso Tófoli e orientação técnica da Profª Esp. Érica Cristiane dos Santos Campaner.

LINS – SP

2017

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Silva, Bruna Costa; Souza, Bruna Florindo Vieira de; Ribeiro, Natália Gomes Camargo

Análise financeira das demonstrações contábeis: Advanced Iteam Soluções e Serviços de Tecnologia da Informação LTDA / Bruna Costa Silva; Bruna Florindo Vieira de Souza; Natália Gomes Camargo Ribeiro. – – Lins, 2017.

80p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Ciências Contábeis, 2017.

Orientadores: Irso Tófoli; Érica Cristiane dos Santos Campaner

1. Análise Financeira. 2. Demonstrações Contábeis. 3. Tomada de decisão. I Título.

CDU 657

S578a

a

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BRUNA COSTA SILVA

BRUNA FLORINDO VIEIRA DE SOUZA

NATÁLIA GOMES CAMARGO RIBEIRO

ANÁLISE FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Monografia apresentado ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovada em: 29 / 11 / 2017

Banca Examinadora:

Profº Orientador: Me. Irso Tófoli

Titulação: Mestre em Administração pela CNEC - FACECA – MG.

Assinatura:______________________________________________________

1ª Profª. Ma. Rosiane Cristina Sozzo Gouvêa

Titulação: Mestra em Contabilidade Avançada pela Universidade de Marília -

UNIMAR - Marília - SP

Assinatura: ______________________________________________________

2º Profº: Me. Ricardo Yoshio Horita

Titulação: Mestre em Ciências da Computação pela Universidade Federal de

São Carlos – UFSCAR, São Carlos - SP

Assinatura: ______________________________________________________

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Dedico primeiramente a Deus, pois dEle provém toda sabedoria.

Também dedico aos meus pais Roseli e Paulo, por terem investido em mim,

me incentivando a cada dia, com dedicação e esforço. Obrigada pelo apoio e

amor.

As minhas companheiras de monografia, Bruna Costa e Natália, por

conseguirmos alcançar nossos objetivos através de muito trabalho.

Aos meus amigos, obrigada pelo apoio e incentivo durante todo esse

ano.

Bruna Florindo

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Dedico este trabalho, primeiramente a Deus, pois sem Ele não somos

nada. A minha família e amigos, pelo total apoio. Destacando minha mãe

Gigleisse Sousa Costa e meu pai Alexsandro Pereira da Silva, pelos

ensinamentos e apoio em sempre estudar, permanecer firme em minha

caminhada. As minhas companheiras de TCC Bruna Florindo e Natalia Gomes,

foi de suma importância, a amizade no decorrer do trabalho. Aos professores

do curso Ciências Contábeis, pelos ensinamentos adquiridos ao longo do

curso, foram sem sobra de dúvidas essenciais, para a base da formação, em

especial ao nosso orientador Profº. Irso Tófoli, alguém que tive o privilégio de

ter conhecido e ter aproveitado um pouco de sua imensa sabedoria, contribuiu

de forma significante em minha formação. Muito obrigada a todos!

Bruna Costa

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Dedico este trabalho a Deus, pois sem Ele nada em minha vida seria

possível. Ao meu marido Marcos, por seu amor, dedicação, compreensão,

apoio e paciência nesses quatro longos anos. A minha filha Sara, pois sua

ajuda foi crucial nesta minha trajetória. Aos meus outros filhos, Lucas, Ashlley e

Nathaly, pela total compreensão e por entenderem que a distância da mãe

nestes anos era para um futuro melhor para nossa família.

Natália Camargo

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AGRADECIMENTOS

A Deus

Agradecemos a Deus pela vida que nos deu, por ter nos concedido

sabedoria e persistência nessa etapa de nossa vida. Somos gratas por nos

permitir estudar e concluir com sucesso.

Aos orientadores

Agradecemos pelo apoio, ajuda, paciência e dedicação. Irso e Érica,

vocês foram extraordinários na orientação. Agradecemos imensamente.

À empresa

Agradecemos pelo profissionalismo e colaboração, especialmente ao

diretor Luiz Henrique, que sempre se propôs a ajudar no que precisávamos.

Que Deus abençoe o trabalho ali desempenhado.

Aos mestres

Agradecemos pelos anos que compartilharam experiências e

ensinamentos com cada uma de nós.

Bruna Costa, Bruna Florindo e Natália Camargo

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RESUMO

Com o intuito de analisar os resultados das organizações, a análise financeira torna-se de suma importância, pois apresenta as condições atuais e permite uma visão futura dos seus resultados econômicos e financeiros. A análise financeira através dos índices é uma ferramenta eficiente e que auxilia as organizações, pois viabiliza a confrontação de valores atuais com anteriores e a relação destes valores. Através de variados índices é possível ter um auxílio para o processo de tomada de decisão, permitindo um acompanhamento contínuo do desempenho da organização e fornecendo um caminho para que a empresa atinja seus objetivos. Uma análise detalhada propicia às empresas de qualquer ramo, identificar seus pontos positivos e negativos de todo desempenho operacional, detectar falhas de gestão e definir planejamentos estratégicos. Foram analisadas as demonstrações contábeis da empresa Advanced Iteam, através do uso das três técnicas de análise - a análise tradicional, a análise pelo capital de giro e do valor econômico agregado, o que possibilitou informações necessárias para avaliar sua saúde financeira, direcionando para tomada de decisões mais assertivas. Palavras - chave: Análise financeira. Demonstrações contábeis. Tomada de decisão.

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ABSTRACT

In order to analyze the outcomes of the organizations, the financial analysis becomes of utmost importance, since it shows the current conditions and allows a future vision of the economic and financial outcomes of them. The financial analysis through the indexes is an effective tool which supports the organizations, due to it enables the comparison of current values to previous versions and the relation in both. Through several indexes it is possible to have a support for decision-making, allowing continuous attendance of the organization’s performance and providing a way for the company to get the goals. A detailed analysis supports companies of any branch to identify their positives and negatives of all the operational performance, to detect management failures and to define the strategic plans. The accounting statements were analysed of the company ‘Advanced Iteam’, by the use of three analysis techniques - the traditional analysis, analysis by working capital and the economic value added, which allows the necessary information to evaluate its financial health, leading to more assertive decision-making. Keywords: Financial analysis. Accounting statements. Decision-making.

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LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Escritório da Matriz em Lins ............................................................. 18

Figura 2 - Escritório da Filial em São Paulo ...................................................... 18

Figura 3 - Organograma ................................................................................... 20

Figura 4 - Principais clientes da fábrica de software ......................................... 22

Figura 5: Clientes da fábrica de soluções ......................................................... 23

Figura 6 - Clientes do Helpdesk ........................................................................ 23

Figura 7 - Clientes de AMS ............................................................................... 24

Figura 8 - Índices de Liquidez ........................................................................... 48

Figura 9 - Índices de endividamento ................................................................. 49

Figura 10 - Índice de participação de capital de terceiros ................................. 50

Figura 11 - Índices de Rentabilidade ................................................................ 51

Figura 12 - Retorno sobre o Patrimônio Líquido e Ativo Total .......................... 51

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Demonstração do Resultado do Exercício ...................................... 32

Quadro 2 - Necessidade de capital de giro ....................................................... 53

Quadro 3 - Capital de Giro versus Necessidade de capital de giro................... 54

Quadro 4 - Valor Econômico Agregado ............................................................ 54

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AC: Ativo Circulante

ACO: Ativo Circulante Operacional

BP: Balanço Patrimonial

CGL: Capital de Giro Líquido

CPC: Comitê de Pronunciamento Contábil

CSP: Custo do Serviço Prestado

CMV: Custo das Mercadorias Vendidas

ELP: Exigível a Longo Prazo

ERPs: Enterprise Resource Planning

DRE: Demonstração do Resultado do Exercício

IECP: Índice de Endividamento de Curto Prazo

IEG: Índice de Endividamento Geral

IPCT: Índice de Participação de Capital de Terceiros

ILC: Índice de Liquidez Corrente

ILI: Índice de Liquidez Imediata

ILS: Índice de Liquidez Seca

ILG: Índice de Liquidez Geral

LADJIR: Lucro antes dos juros e depois do imposto de renda e contribuição

social

LAJIR: Lucro antes de juros e imposto de renda

LB: Lucro Bruto

LL: Lucro Líquido

MB: Margem Bruta

ML: Margem Líquida

MOp: Margem Operacional

NOPAT: Lucro Operacional líquido depois dos impostos

NCG: Necessidade de Capital de Giro

PC: Passivo Circulante

PCO: Passivo Circulante Operacional

PJ: Pessoa Jurídica

PNC: Passivo Não Circulante

PL: Patrimônio Líquido

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ROA: Retorno sobre o Ativo Total

RLP: Realizável a Longo Prazo

RPL: Retorno sobre o Patrimônio Líquido

TC: Total do Capital Investido

VEA: Valor Econômico Agregado

VL: Vendas Líquidas

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 15

CAPÍTULO I - ADVANCED ITEAM SOLUÇÕES E SERVIÇOS DE

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO LTDA 17

1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EMPRESA 17

1.1 Missão ................................................................................................. 19

1.2 Visão .................................................................................................... 19

1.3 Valores ................................................................................................. 19

1.4 Estrutura organizacional ...................................................................... 19

1.5 SAP...................................................................................................... 20

1.6 Serviços ............................................................................................... 21

1.6.1 Fábrica de Software ............................................................................. 21

1.6.2 Fábrica de soluções ............................................................................. 22

1.6.3 Helpdesk .............................................................................................. 23

1.6.4 AMS ..................................................................................................... 23

1.6.5 Integração ............................................................................................ 24

1.6.6 Projetos SAP ........................................................................................ 24

1.6.7 SAP Success Factors ........................................................................... 25

1.7 Clientes ................................................................................................ 25

1.8 Mercado ............................................................................................... 25

1.9 Expansão dos negócios ....................................................................... 25

1.10 Objetivos e perspectiva........................................................................ 26

CAPÍTULO II - ANÁLISE FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES

CONTÁBEIS 27

1 CONCEITO DE ANÁLISE FINANCEIRA 27

1.2 Usuários da análise financeira ............................................................. 29

1.3 Estrutura das demonstrações contábeis .............................................. 31

1.3.1 Balanço Patrimonial ............................................................................. 31

1.3.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE ................................. 32

1.3.3 CPC 26 ................................................................................................. 33

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1.4 Técnicas de análise ............................................................................. 33

1.4.1 Análise Horizontal ................................................................................ 34

1.4.2 Análise Vertical .................................................................................... 34

1.5 Indicadores econômicos ...................................................................... 35

1.5.1 Índices de Liquidez............................................................................... 35

1.5.2 Índices de Endividamento .................................................................... 37

1.5.2.1 Índice de participação de capital de terceiros ...................................... 38

1.5.2.2 Índice de Endividamento Geral ............................................................ 38

1.5.2.3 Índice de Endividamento a Longo Prazo ............................................. 39

1.5.2.4 Índice de Endividamento a Curto Prazo............................................... 39

1.5.3 Índice de Rentabilidade ....................................................................... 39

1.5.3.1 Margem Bruta ...................................................................................... 39

1.5.3.2 Margem Operacional ........................................................................... 40

1.5.3.3 Margem Líquida ................................................................................... 40

1.5.3.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido ................................................... 40

1.5.3.5 Rentabilidade sobre o ativo total .......................................................... 41

1.5.3.6 Rentabilidade sobre o investimento ..................................................... 41

1.6 Capital de Giro ..................................................................................... 41

1.7 Necessidade de Capital de Giro .......................................................... 42

1.7.1 Necessidade de Capital de Giro com base no ciclo financeiro ............. 42

1.7.2 Necessidade de Capital de Giro com base nos demonstrativos

contábeis .......................................................................................................... 42

1.8 Valor econômico agregado (VEA) ....................................................... 43

1.9 Considerações ..................................................................................... 44

CAPÍTULO III - ANÁLISE FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES

CONTÁBEIS JUNTAMENTE DA NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO

(NCG) E O VALOR ECONÔMICO AGREGADO (VEA) 45

1 INTRODUÇÃO 45

1.1 Demonstrações financeiras ................................................................. 46

1.2 Análise dos índices .............................................................................. 47

1.2.1 Liquidez ................................................................................................ 47

1.2.2 Endividamento ..................................................................................... 49

1.2.3 Rentabilidade ....................................................................................... 50

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1.3 Margem e Giro ..................................................................................... 52

1.4 Capital de giro ...................................................................................... 52

1.4.1 Necessidade de capital de giro ............................................................ 53

1.5 Valor econômico agregado (VEA) ....................................................... 54

1.6 Parecer final ......................................................................................... 54

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO 56

CONCLUSÃO 57

REFERÊNCIAS 59

APÊNDICES 61

ANEXOS 74

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15

INTRODUÇÃO

Para toda situação da existência humana é necessária a busca de

informações precisas para o processo de tomada de decisão. Partindo deste

princípio, as organizações que almejam alcançar sucesso em seus

empreendimentos devem buscar um profundo conhecimento sobre o mercado,

a concorrência, situação econômica, e principalmente conhecer sua própria

condição econômico-financeira. Através deste conhecimento é possível projetar

situações que a empresa possa vivenciar futuramente.

Uma ferramenta de grande utilidade para conhecimento econômico-

financeiro é a análise de balanço. Através de seus indicadores é possível

demonstrar a real situação da empresa, fornecendo dados que, quando bem

verificados, possibilitam grandes retornos financeiros, apresentando suas

deficiências e qualidades.

Além da análise tradicional, é conveniente que as organizações

trabalhem com a análise da necessidade de capital de giro e o valor econômico

agregado. A junção destes índices fornece um conhecimento amplo sobre a

situação da empresa diante do mercado, oferecendo informações para que a

mesma trabalhe na direção correta, possibilitando um crescimento da

organização diante da economia.

Conhecendo a importância desses elementos, estabeleceu-se como

objetivo verificar a importância da análise financeira nas empresas,

especificamente na Advanced Iteam, uma organização do setor de TI, ramo

que vem se destacando ano após ano.

No decorrer da pesquisa exploratória surgiu o seguinte questionamento:

a utilização da análise conjunta das demonstrações contábeis direciona para

tomada de decisão mais assertiva?

Em resposta a tal questionamento surgiu à seguinte hipótese: a análise

conjunta das demonstrações contábeis direciona para a tomada de decisão

assertiva, pois contempla a análise de indicadores tradicionais, a necessidade

de capital de giro e a correspondente agregação ou não de valor à empresa.

Para demonstrar, na prática, a veracidade da hipótese, foi realizada uma

pesquisa na empresa Advanced Iteam Soluções e Serviços de Tecnologia da

Informação LTDA, durante o período de fevereiro a outubro de 2017.

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16

Os métodos e técnicas utilizados na pesquisa de campo estão descritos

no Capítulo III da pesquisa.

O trabalho está estruturado da seguinte maneira:

Capítulo I aborda a evolução histórica da empresa analisada.

Capítulo II através de uma pesquisa bibliográfica descreve os conceitos

das demonstrações contábeis, a análise financeira, seus indicadores,

juntamente com a análise da necessidade de capital de giro e o conceito de

valor econômico agregado.

Capítulo III relata os resultados obtidos através da análise financeira

efetuada na organização, analisando os três últimos anos por meio das três

técnicas, mostrando seus resultados, e a importância destas nos processos de

tomada de decisão.

Por fim, encerra-se com a proposta de intervenção e conclusão.

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17

CAPÍTULO I

ADVANCED ITEAM SOLUÇÕES E SERVIÇOS DE TECNOLOGIA DA

INFORMAÇÃO LTDA

1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EMPRESA

A Advanced Iteam é uma empresa prestadora de serviços, atuante no

mercado de TI. Seu objetivo é prestar suporte às empresas do país que

trabalham coma tecnologia SAP, a empresa líder de venda de software

empresarial. A Iteam é uma parceira SAP, que desenvolve, amplia e

personaliza as plataformas tecnológicas, através de soluções inovadoras e que

estejam de acordo com as necessidades dos clientes.

A Iteam foi constituída em 2004, com a união dos sócios: Luiz Henrique

Teixeira, Carlos Eduardo Moraes e Celso Oliveira. O proprietário Luiz Henrique

percorreu algumas empresas antes de decidir investir nesse setor. Iniciou sua

carreira no escritório Lupa, posteriormente na Equipav, Garavelo e por fim na

Basf. No final da década de 90, as empresas começaram a utilizar softwares

comprados, Enterprise Resource Planning, os chamados ERPs, em vez dos

considerados caseiros. Nesse período, a Basf trouxe para a América do Sul, o

SAP. Nessa fase de adequação, o Luiz foi convidado a participar do

treinamento de implementação deste novo software. Com o treinamento

realizado, a vida deste sofre uma mudança grandiosa, mudando radicalmente a

ideia de software de gestão que o mesmo até então possuía.

No ano de 2000, iniciou uma onda de terceirização, onde a Basf, que até

então era seu local de serviço, resolveu terceirizar a área de TI. Nesse

momento, é que ele tem a ideia de investir nessa área, e construir seu próprio

negócio empresarial. Conhecendo então os outros dois sócios, Carlos Eduardo

e Celso, que trabalhavam em uma empresa de consultoria, e nutriam o desejo

de abrir o próprio negócio, os três se uniram e fundaram a Advanced Iteam.

Inicialmente, a empresa foi fundada de forma fiscal em Lins, sendo esta

a matriz, e o escritório em São Caetano do Sul, como filial. Após quatro anos,

mudaram o escritório da cidade de São Caetano para a grande São Paulo, e

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18

apenas em 2010, inauguraram fisicamente o escritório em Lins. Atualmente, a

matriz se encontra na Rua Paulo Aparecido Giraldi, 274, no Centro de Lins.

Figura 1 - Escritório da Matriz em Lins

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

Figura 2 - Escritório da Filial em São Paulo

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

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19

1.1 Missão

Garantir a excelência dos serviços prestados com rigor técnico através

de uma equipe constituída por profissionais experientes e capacitados,

comprometida com a satisfação dos clientes.

1.2 Visão

Ser uma das empresas líderes do mercado, reunindo talentos humanos

e incrementando continuamente produtividade e qualidade aos serviços

prestados.

1.3 Valores

Foco e compromisso com o cliente, integridade, transparência,

metodologia para melhorar sempre e compromisso social.

1.4 Estrutura organizacional

Os proprietários atuais da empresa são os sócios Raul Hallak, que

ingressou na organização em meados de 2016, e Carlos Eduardo Moraes Luiz.

Celso Oliveira e Luiz Henrique Teixeira, atualmente trabalham como diretores

da mesma, no entanto não mais como sócios.

Cada diretor ficou responsável por uma área dentro da organização,

sendo que a parte administrativo-financeira, recursos humanos, contábil,

jurídico e fiscal ficou sob responsabilidade do sócio Raul Hallak. As partes de

marketing, relacionamento com a SAP e parcerias com outras empresas ficou

sob os cuidados do sócio Carlos Eduardo. E os diretores Luiz Henrique e Celso

Oliveira ficaram responsáveis pela parte de vendas, projetos, fábrica de

software e soluções, tudo voltado à parte de prestação de serviço da empresa.

A empresa atualmente conta com 25 funcionários entre matriz e filial,

além dos prestadores de serviços, pessoas jurídicas (PJs), ou seja,

profissionais autônomos que atendem a Iteam de acordo com a necessidade

da organização. Esses profissionais autônomos são selecionados através do

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20

Linkedin, grupos de currículos, ou seja, todas as redes sociais de negócios

aptas para captação de profissionais dessa área de TI.

Figura 3 - Organograma

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017

1.5 SAP

A SAP atualmente é líder de mercado no ramo de softwares

empresariais, auxiliando as organizações se desenvolverem e se manterem a

frente da concorrência. Ela é responsável por uma ferramenta eficaz, um

software de gestão que leva o mesmo nome da empresa, cujo principal objetivo

é transformar um sistema usual em um sistema integrado. SAP significa:

Sistemas, Aplicativos e Produtos para processamento de dados.

A empresa fundada em 1972 é de origem alemã, fundada por ex-

funcionários da IBM, que decidiram criar sua própria organização de

desenvolvimento de sistemas, com a intenção de desenvolver um software

para processos de negócios em tempo real.

ITEAM

Luiz

Gestão de projetos

Fábrica de Software, Soluções e Heklpdesk

Celso

Pré- Vendas

Time &Material -Clientes

Raul

Administrativo

Financeiro

Contábil/Fiscal

RH

Eduardo

MKT/CRM

Relacionamentos SAP

Success Factors

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21

A visão da organização é auxiliar seus clientes, através de uma

execução simples de sistema que conecte as pessoas e a tecnologia de

maneira perfeita e em tempo real.

A SAP Brasil está entre as mais importantes subsidiárias da empresa em

todo o mundo. Possui cerca de 3.700 clientes. A companhia atua em todo o

território nacional apoiada por uma rede de mais de 200 parceiros de negócios.

Presente há 19 anos no país, a SAP desenvolve soluções para simplificar os

processos das empresas, tornando-as mais eficientes e produtivas.

A empresa cresce continuamente, e atualmente é impulsionada pela

plataforma SAP HANA (ela permite atuação rápida em tempo real). Esta faz

com que a análise de dados rápida seja uma realidade. O SAP HANA é uma

plataforma de computação que permite acelerar processos de negócios,

oferecer mais inteligência de negócios e simplificar o ambiente de TI.

Toda a inovação da empresa e suas estratégias fazem desta uma

organização líder em redes de computação em nuvem e negócios de comércio

eletrônico.

1.6 Serviços

O escritório em Lins trabalha com a parte de fábrica de Software e

Fábrica de Soluções e a parte administrativa. E na filial em São Paulo,

encontram-se os departamentos comercial, administrativo e de coordenação

geral.

1.6.1 Fábrica de Software

A Fábrica de Software garante ao cliente padronização de códigos e

processos, assegurando qualidade nos serviços prestados. É garantida

adaptação aos padrões dos clientes, determinadas regras para aprovação de

programas, documentos de especificação e seus devidos testes. Os clientes

sempre são informados pelo gerente da fábrica qual a evolução do trabalho

desempenhado. Com isso, há maior controle e administração das prioridades,

flexibilidade quanto ao dimensionamento da equipe de acordo com a

necessidade do projeto e um custo mais baixo com equipe e infraestrutura.

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22

Figura 4 - Principais clientes da fábrica de software

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

1.6.2 Fábrica de soluções

É um serviço de TI que busca a análise de processos, desenvolvimento

de softwares e testes, atendendo pequenas e médias melhorias, ou novos

desenvolvimentos em modelo de outsourcing, que traduzindo seria o mesmo

que terceirização, com custo inferior e alta qualidade. O conceito de Fábrica de

Soluções está baseado na ideia de ter uma linha de produção de sistemas a

partir de requisitos levantados e especificados por um cliente da fábrica. Este

processo é totalmente direcionado às necessidades do cliente, de acordo com

um escopo, cronogramas e padrões pré-estabelecidos de qualidade e de

projeto.

A fábrica possibilita que cada integrante do projeto de software tenha

uma visão geral do processo de desenvolvimento e se especialize em sua

área, buscando a solução correta conforme a necessidade especificada e

entendimento do cliente. A Iteam lida com a fábrica de soluções fundamentado

no ambiente de desenvolvimento de software da plataforma SAP ERP, SUP,

NW e BW.

A figura 5 indica alguns dos clientes da fábrica de soluções, como

Bombril, Raízen, entre outros.

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23

Figura 5 - Clientes da fábrica de soluções

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

1.6.3 Helpdesk

Helpdeské um termo em inglês que retrata serviço de atendimento ao

cliente que visa encontrar soluções e esclarecimentos sobre determinados

problemas técnicos. A Iteam possui uma equipe especializada nesse tipo de

atendimento a fim de promover redução no tempo de chamados, custos

operacionais e solução de problemas mais rapidamente através de acesso

remoto.

Figura 6 - Clientes do Helpdesk

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

1.6.4 AMS

O serviço de AMS, que em inglês é definido como Aplication

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Management Service, ou seja, serviço de gerenciamento de aplicações, é um

tipo de serviço prestado pela empresa que visa identificar e corrigir erros em

ambientes produtivos, com certa agilidade e eficiência.Dentro do processo de

atendimento e diretamente ligado ao serviço encontra-se à fábrica de soluções.

Figura 7 - Clientes de AMS

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017.

1.6.5 Integração

A Iteam tem vasta experiência na integração do SAP R/3 com outras

aplicações, outros ambientes e outras tecnologias.A equipe da organização é

especialista em utilizar e desenvolver soluções de comunicação e utilização do

SAP PI, NET Connector, Bussiness Connector, Java Connector e Biztalk,

fazendo com que o SAP ECC e as aplicações desenvolvidas em outras

linguagens sejam integradas de forma segura como se fosse um único

ambiente.

1.6.6 Projetos SAP

A Iteam possui vasta experiência em projetos de implementação de

soluções SAP e seus componentes individuais, componentes muitas vezes

implementados em ondas seguintes a implementação do ERP. Muitas

organizações contratam a empresa para projetos denominados fechados, ou

seja, a Iteam trabalha em qualquer dificuldade que o cliente possuir com o

sistema.

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25

1.6.7 SAP Success Factors

O Success Factors é um software de recursos humanos, que possui

soluções para todos os principais processos de áreas de recrutamento, gestão

de desempenho, gestão de metas, compensação, aprendizagem, planejamento

de sucessão e desenvolvimento. O software auxilia os executivos de recursos

humanos a melhorar o engajamento dos funcionários e os resultados do

negócio para atrair, desenvolver e reter o talento certo, além de ajudar a

simplificar a gestão de talentos para que os profissionais de RH possam

facilmente medir e comunicar claramente os resultados de talento e impacto

nos negócios.

1.7 Clientes

Os principais clientes da Iteam atualmente são: Alpargatas, Basf,

Bombril, Brasil Kirin, Dori, CBA, Eldorado, Fibria, JSL, Lanxess, Raízen, Solvi,

Viarondon, Votorantim Cimentos, Votorantim Metais, Votorantim Industrial,

entre outros.

1.8 Mercado

O mercado de TI atualmente é muito vasto, com várias vertentes como

infraestrutura, software, jogos digitais, entre outros. Nesse momento econômico

dentro da área de TI, o setor mais aquecido é o de jogos, e dentro do ramo

empresarial isso vem se destacando como uma possibilidade, onde essa área

de jogos ingressará para as organizações. A Iteam atua especificamente na

área de software de gestão, mas não descarta mudanças devido às alterações

no próprio SAP, que com o passar do tempo alterou suas formas de atuação.

Atualmente, o SAP está em sua quarta fase de software, chamado de

4SAP HANA.As fases do SAP foram o R/1, R2, R/3 e agora o HANA.

1.9 Expansão dos negócios

O primeiro ponto de expansão da empresa foi com a entrada do sócio

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Raul Hallak, que já atuante nessa área de TI, ingressou com o intuito de

alavancar os serviços prestados pela empresa para mais clientes e parceiros

de negócios.

A Iteam tem planos para venda de licenças SAP, o que até então não

ocorre, pois a empresa apenas trabalha com a parte de atendimento e suporte

as necessidades dos clientes que já possuem o sistema do SAP. A

organização planeja a partir de 2018 investir além do SAP, passando assim a

trabalhar com plataformas como JAVA, entre outros. Essa ideia surgiu devido a

pedidos de alguns clientes que além do SAP trabalham com outras plataformas

digitais.

1.10 Objetivos e perspectiva

Hoje, a empresa conta como um de seus principais objetivos, ser uma

das melhores empresas nessa área SAP e ser reconhecida como tal. Além

disso, como toda organização, faturar cada dia mais e estar sempre à frente,

conhecendo todas as novidades do mercado tecnológico e principalmente

atender seus clientes de uma forma cada vez melhor e mais produtiva.

Outro objetivo da empresa é investir mais na área de marketing, para

consequentemente alavancar mais clientes. Atualmente, a empresa não possui

um setor específico para isso, mas está pensando seriamente nessa parte para

que a empresa seja mais reconhecida no mercado e assim mais serviços

sejam vendidos pela Iteam.

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CAPÍTULO II

ANÁLISE FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

1 CONCEITO DE ANÁLISE FINANCEIRA

Conforme Iudícibus (2008), a necessidade da análise das

demonstrações contábeis é bem antiga, provavelmente desde os primórdios da

contabilidade já existia uma preocupação em anotar as suas variações, sejam

de ordem quantitativa quanto qualitativa.

O autor ainda relata que recentemente, a importância de se analisar

balanços é notada com mais ênfase, principalmente em relação aos

banqueiros, que antes de concederem empréstimos, analisam a relação entre

os valores a receber e os a pagar das empresas. Em relação aos investidores,

eles avaliam os resultados financeiros das organizações, antes de investirem

em compra de ações. Lógico que estes utilizam mais ferramentas para suas

análises, mas nada é feito antes de um bom estudo sobre os resultados dos

balanços das mesmas.

Franco (1992) afirma que, análise de balanço, é uma forma de analisar

de forma detalhada o patrimônio de determinada empresa e suas variações. O

próprio autor confirma que “analisar uma demonstração é decompô-la nas

partes que a formam para melhor interpretação de seus componentes”.

(FRANCO, 1992, p.93)

Para Tófoli (2012), a análise de balanços é realizada com os dados do

balanço patrimonial juntamente com a demonstração de resultados do

exercício, sendo que através dos resultados gerados, é possível conhecer a

empresa de forma mais detalhada.

Para Silva (2008), a análise financeira, consiste num exame detalhado

dos dados financeiros que a empresa apresenta, como também das condições

exógenas e endógenas que afetam a empresa. As exógenas são os fatores de

ordem política e econômica, a concorrência, entre outros. Podem-se citar como

endógenas, a estrutura organizacional, a capacidade da gerência e o nível

tecnológico da organização.

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Percebe-se que todo o processo de análise financeira, vai além dos

dados contábeis apresentados, é imprescindível como afirma Silva (2008),

buscar explicações, que vão além dos dados contábeis, é preciso conhecer o

mercado, a demanda, a economia local, nacional ou internacional, dependendo

do porte da organização, entre outros fatores que influenciam nos resultados.

Iudícibus (2008) define análise de balanços como uma arte, pois apesar

de existirem muitos cálculos já formalizados, não existe uma única maneira

eficaz comprovada para relacionar os índices e obter um resultado preciso.

Poderiam ser obtidas variadas conclusões por diversos analistas, mesmo

utilizando as mesmas informações. No entanto, é provável, que dois analistas

que tenham muito conhecimento sobre o ramo de atividade da organização,

cheguem a conclusões bem parecidas, mas nunca idênticas, sobre a situação

da empresa, mas sempre apontando tendências diferentes.

Para Franco (1992) somente analisar não é o bastante, é preciso correta

interpretação dos dados disponibilizados pela análise. Sabe-se que a

interpretação, decorre da comparação entre os elementos do conjunto

avaliados. Ainda segundo o autor, a análise e sua devida interpretação, além

de apresentarem a situação da empresa naquele momento, pode também

determinar a potencialidade e as perspectivas futuras da organização.

Segundo Matarazzo (2010), a análise permite que se extraiam

informações das demonstrações financeiras para a tomada de decisões.

O acompanhamento das tendências e do desempenho financeiro e de rentabilidade da concorrência é essencial para nossa empresa ‘situar-se’ no mercado, saber em que ponto da curva se encontra e, o fundamental, decidir se está satisfeita com a posição ocupada ou se pretende desempenho mais ambicioso. (IUDÍCIBUS, 2008, p. 04)

De acordo com Assaf Neto (2007), a análise de balanço, pretende expor,

de acordo com as demonstrações contábeis da organização, a sua devida

posição tanto econômica quanto financeira, as causas que determinaram sua

evolução ou não, e suas tendências futuras. Ou seja, são extraídas

informações sobre a posição passada, presente e futura da empresa. Não

existe uma forma criteriosa de como se fazer análise, a maneira com que os

indicadores serão avaliados vai depender de quem a faz. É importante a união

de experiência, conhecimento e intuição do analista em questão.

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A contabilidade é a linguagem dos negócios e as demonstrações contábeis são os canais de comunicação que nos fornecem dados e informações para diagnosticarmos o desempenho e a saúde financeira da empresa. Uma análise desenvolvida com base em dados contábeis confiáveis reduz o grau de incerteza decorrente da ausência de referenciais quantitativos.Nossas percepções subjetivas baseadas apenas em nossa intuição, experiência, desconfiança ou capacidade de adivinhação não são suficientes para orientar decisões que envolvam expectativas de risco e de retorno. Adicionalmente, sabemos que a análise financeira ultrapassa a fronteira das demonstrações contábeis. Nesse sentido, necessitamos de uma visão completa dos negócios. (SILVA, 2008, p.4)

Através de uma visão completa da real situação de determinada

organização, é possível identificar os pontos assertivos, mas também as falhas

que a organização apresenta, possibilitando uma melhor orientação para o

processo de tomada de decisão.

Para Padoveze (2006), a finalidade da análise financeira é identificar os

pontos fortes e fracos da companhia no sentido operacional e financeiro, com a

intenção de sugerir mudanças quando necessário. O autor destaca que,

análise quando feita de forma estática, ou seja, de apenas um período, pouco

valor trará para a área gerencial da mesma. É importante que a análise seja um

instrumento que permita comparações entre períodos ou setores por exemplo.

Assaf Neto (2007) destaca alguns pontos de extrema importância dentro

de uma análise financeira de balanços. Ele afirma que o primeiro passo é

analisar a empresa e o mercado, pois toda análise torna-se mais consistente

quando seus dados são interpretados dentro do seu setor de atividade. E em

relação ao mercado, é preciso avaliar os potenciais atuais e futuros do

mercado consumidor, a concorrência, os fornecedores e a política de preços do

setor.

1.2 Usuários da análise financeira

Conforme Padoveze e Benedicto (2007), as informações obtidas através

da análise financeira podem atender diversos objetivos e interesses de seus

envolvidos. Em todo este processo, cada usuário procura detalhes específicos

para suas necessidades.

Os principais interessados nas análises de balanços são: fornecedores,

empresas clientes, intermediários financeiros, acionistas, concorrentes,

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governo e os próprios administradores.

Em relação a cada um desses, Assaf Neto (2007), aborda sobre quais

são os principais interesses de cada grupo. Em relação aos fornecedores,

sabe-se que a principal preocupação desses é em relação à capacidade de

pagamento da empresa, ou seja, sua liquidez e também o nível de

endividamento.

A importância da análise para as empresas clientes, diz respeito à

relevância que existe em se conhecer a capacidade de tal empresa fornecer os

produtos suficientes e no tempo adequado para tal consumidor. Nesse ponto, é

importante o conhecimento acerca dos níveis de investimento da empresa,

suas condições econômicas e financeiras a curto e longo prazo, sua

capacidade física para produção, entre outros aspectos.

Considerados uns dos principais usuários da análise de balanços, os

intermediários financeiros, são basicamente os bancos comerciais e os de

investimento. Para esses, o que interessa é conhecer sobre o grau de

endividamento, solvência, rentabilidade e a relação com o curto e longo prazo

que a empresa trabalha.

Os acionistas buscam informações capazes de identificar o retorno de

seus investimentos na organização, ou seja, a capacidade de gerar lucros e

reembolsá-los.

Em relação aos concorrentes, é interessante conhecer as empresas que

lutam diariamente no mesmo ramo que a organização em questão. Estudar a

rentabilidade, liquidez, crescimento de vendas, auxiliam no crescimento das

empresas.

O governo também é tido como um dos principais interessados, poisem

casos de concorrência pública, uma análise bem avaliada desempenha papel

importante para selecionar as melhores empresas, de forma a facilitar as

escolhas do governo.

E por fim, os próprios administradores têm interesse em conhecer os

resultados de sua empresa de forma mais clara e detalhada. Através dessas

análises, há uma facilidade em se acompanhar os resultados e auxiliar nas

tomadas de decisões.

Iudícibus (2008) afirma que, se uma boa análise de balanços é

importante para banqueiros e investidores, para as gerências é ainda mais. O

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que os diferencia é o enfoque dos detalhes de cada análise. Através delas,

pode-se construir uma série de indicadores financeiros e avaliar o progresso ou

declínio em espaços de tempos menores.

A análise das demonstrações contábeis é essencial para os usuários do sistema de informações atenderem seus interesses específicos tais como saber através dos relatórios contábeis se a empresa analisada tem condições de ser financiada e por quanto tempo; se esses usuários são os seus credores; se vale a pena comprar ações da empresa ou investir na empresa; se o usuário é o investidor; se o desempenho da direção e da gerência da empresa é satisfatório e os resultados são favoráveis; se o usuário é o acionista controlador; enfim, como anda a saúde econômica e financeira da empresa, utilizando-se do processo de análise. (BEGALLI; PEREZ JR., 2009, p. 239)

1.3 Estrutura das demonstrações contábeis

As demonstrações financeiras mais relevantes de qualquer tipo de

empresa são: Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração do Resultado do

exercício (DRE).

1.3.1 Balanço Patrimonial

Para Ribeiro (2013), o Balanço Patrimonial é a demonstração financeira

que apresenta de forma resumida, o patrimônio da organização de forma

quantitativa e qualitativa. Complementando, Iudícibus (2008), afirma que o

balanço reflete a posição do patrimônio da empresa em determinado momento,

geralmente no fim do ano ou de um período já estabelecido. Begalli e Perez

Junior (2009) afirmam que, o objetivo básico do balanço patrimonial é

apresentar o patrimônio da organização.

O balanço é formado pelo Ativo e pelo Passivo mais o Patrimônio

Líquido, em que obedecem a uma equação, onde o ativo total é igual à soma

do passivo com o Patrimônio Líquido.

Para Iudícibus (2008), o ativo são todos os bens e direitos da empresa,

avaliados em dinheiro e representantes de benefícios presentes ou futuros para

a mesma. Assaf Neto (2007) complementa ao afirmar que esses componentes,

dividem-se em ativos circulantes, quando apresentarem alta rotação, como, por

exemplo, os valores em caixa. O ativo não circulante, é composto pelo ativo

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realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.

Em relação ao passivo, Ribeiro (2013), afirma que este grupo representa

a origem dos recursos que foram aplicados no ativo. Iudícibus (2008) simplifica,

ao indicar que o passivo representa toda obrigação da empresa com terceiros,

como contas a pagar, fornecedores, impostos a pagar, financiamento, entre

outros.

Juntamente com o passivo, encontra-se o Patrimônio Líquido, que

representa os recursos próprios da empresa. Iudícibus (2008) acrescenta que

este representa os investimentos dos proprietários mais o lucro acumulado no

decorrer dos anos, que não são distribuídos. É composto pelo capital, reservas

de capital e o lucro ou prejuízo acumulado.

1.3.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

Em relação à DRE, demonstração do resultado do exercício, Assaf Neto

(2007), afirma que esta visa fornecer, de forma prática, os resultados da

empresa, sejam eles lucros ou prejuízos, que foram obtidos pela empresa em

certo período, os quais são transferidos para o patrimônio líquido.

Para Tófoli (2012), a DRE é composta pelas receitas e despesas

incorridas no exercício social, que são ordenadas de forma harmoniosa.

Quadro 1 - Demonstração do Resultado do Exercício Receitas Brutas de Vendas ou Serviços

(-) Deduções da Receita Bruta

(-) Impostos sobre vendas

(+) Receitas Líquidas

(-) Custo da Mercadoria Vendida ou Custo do Serviço Prestado

(=) Lucro Bruto

(-) Despesas com vendas

(-) Despesas Gerais e Administrativas

(-) Outras despesas

(+) Outras receitas

(=) Resultado antes das despesas e receitas financeiras

(+-) Despesas Financeiras Líquidas (deduzidas as Receitas Financeiras)

(=) Resultado antes dos tributos sobre o lucro

(-) Provisão para o Imposto de Renda e Contribuição Social

(=) Resultado Líquido das operações continuadas

(-) Resultado líquido das operações descontinuadas

(=) Lucro Líquido do Período

Fonte: Tófoli, 2012, p. 30

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De acordo com Padoveze e Benedicto (2007), o Balanço Patrimonial e a

DRE são os principais demonstrativos para análise financeira, mas existem

outros relatórios que os complementam, sendo eles os inventários,

demonstração de mutações do patrimônio líquido, demonstração do fluxo de

caixa, notas explicativas, parecer dos auditores, entre outros.

1.3.3 CPC 26

Conforme o Comitê de Pronunciamento Contábil (CPC) 26, as

demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição

patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. O objetivo das

demonstrações contábeis é o de proporcionar informação acerca da posição

patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que

seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de

decisões econômicas. As demonstrações contábeis também objetivam

apresentar os resultados da atuação da administração na gestão da entidade e

sua capacitação na prestação de contas quanto aos recursos que lhe foram

confiados.

As demonstrações contábeis devem representar apropriadamente a

posição financeira e patrimonial, o desempenho e os fluxos de caixa da

entidade. Para apresentação adequada, é necessária a representação

confiável dos efeitos das transações, outros eventos e condições de acordo

com as definições e critérios de reconhecimento para ativos, passivos, receitas

e despesas como estabelecidos na estrutura conceitual para a elaboração e

apresentação das demonstrações contábeis.

1.4 Técnicas de análise

As principais técnicas de análise de balanços conforme Assaf Neto

(2007) são:

a) Análise Horizontal: identifica a evolução dos elementos patrimoniais

e de resultado ao longo de certo tempo.

b) Análise Vertical: de igual modo ao da análise horizontal, verifica as

tendências da organização. A diferença está na situação que a

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análise vertical estuda a participação relativa de cada elemento.

c) Indicadores econômico-financeiros: relacionam elementos em

comum das demonstrações contábeis, de maneira a extrair

informações mais claras e precisas sobre a situação da organização.

Existem diversos índices classificados nos grupos de liquidez,

rentabilidade e endividamento.

1.4.1 Análise Horizontal

Destacando a visão de Tófoli (2012), em relação à análise horizontal, ele

aborda que é feita a partir de um conjunto de resultados consecutivos. A

fórmula é a seguinte: Ano base está para 100%, assim como o analisado está

para X% , menos 100%, ou ano anterior está para 100%, assim como o ano

analisado está para X%, menos 100%.

“O propósito da análise horizontal é permitir o exame da evolução

histórica de cada uma das contas que compõem as demonstrações contábeis”.

(SILVA, 2008, p. 210)

Para Marion (2012), quando se compara os indicadores de vários

períodos, é avaliada a tendência desses índices, e é definido como análise

horizontal. Padoveze e Benedicto (2007) definem como avaliação do aumento

ou diminuição dos valores indicados nas demonstrações contábeis, mediante

confrontação.

A análise horizontal enfatiza as modificações ou evoluções em cada conta das demonstrações financeiras em relação a uma demonstração básica, geralmente a mais antiga da série, a fim de caracterizar tendências. (BEGALLI; PEREZ JR., 2009, p. 247)

1.4.2 Análise Vertical

Em relação à análise vertical, Tófoli (2012) afirma que é um estudo

sobre as alterações dos principais conjuntos de contas, ao longo de um

período. Ao se analisar dessa maneira, observam-se indicadores que facilitam

a avaliação estrutural do Ativo e Passivo. Resumindo, o ativo total ou passivo

total está para 100% e a conta analisada está para X%.

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“O primeiro propósito da análise vertical é mostrar a participação relativa

de cada item de uma demonstração contábil em relação a determinado

referencial”. (SILVA, 2008, p. 204)

Essa análise em períodos sucessivos pode fornecer uma base para projeção de uma demonstração de resultados. Porém, essa projeção apresenta algumas limitações, principalmente porque não leva em conta as mudanças no processo tecnológico e/ou nos custos dos insumos e/ou nos preços de venda. Qualquer projeção baseada em dados históricos requer muito cuidado. (BEGALLI; PEREZ JR., 2009, p. 244)

Padoveze e Benedicto (2007) afirmam que para o balanço patrimonial,

usa-se como 100% o total do ativo e do passivo e para a DRE como100% a

receita operacional líquida.

1.5 Indicadores econômicos

Em relação aos indicadores econômicos - financeiros, existe uma

parcela grande de índices que fazem parte da análise de balanços e possuem

a função de auxiliar o crescimento das organizações com as informações

provenientes. Padoveze (2006) afirma que estes são elementos

representativos da análise do balanço. São cálculos realizados através das

informações do Balanço Patrimonial e DRE, em busca de valores que deixem

claro a situação financeira, patrimonial e rentável da organização.

O objetivo é mostrar a situação da empresa e fornecer uma ideia sobre o

que pode acontecer futuramente com a mesma.

1.5.1 Índices de Liquidez

Os índices de liquidez servem para avaliar a capacidade de pagamento

da organização. Para Tófoli (2012), quanto maior o resultado dos índices,

melhor, pois assim maior apresenta sua folga financeira. Iudícibus (2008)

salienta que, a análise da liquidez e rentabilidade se complementam, pois o

índice de rentabilidade influencia o de liquidez.

“Os indicadores de liquidez evidenciam a situação financeira de uma

empresa frente a seus diversos compromissos financeiros”. (ASSAF NETO,

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2007, p. 189)

“No geral, a liquidez decorre da capacidade de a empresa ser lucrativa,

da administração de seu ciclo financeiro e de suas decisões estratégicas de

investimento e financiamento”. (SILVA, 2008, p. 283)

1.5.1.1 Liquidez Geral

Conforme Tófoli (2012), esse índice indica a saúde financeira da

organização em longo prazo. Para Silva (2008) indica o quanto à empresa

possui de recursos a curto e longo prazo para fazer face às suas dívidas totais.

ILG = (AC + RLP) / (PC + PNC) x 100

Para Silva (2008), a interpretação do índice de liquidez geral, é do tipo

quanto maior, melhor. Marion (2012) afirma que como os demais índices, o ILG

não deve ser estudado de forma isolada, pois talvez em determinado momento,

a empresa adquira um determinado financiamento e o invista totalmente em

seu ativo permanente, sendo assim haverá uma redução do índice, pois

aumentará seu exigível a longo prazo, mas não aumentará o AC e o RLP. No

entanto, após um momento, seu permanente irá gerar receita, aumentando seu

AC e assim consequentemente melhorará sua capacidade de pagamento.

1.5.1.2 Índice de liquidez corrente

Conforme Tófoli (2012), esse índice mostra a relação direta entre bens e

direitos de curto prazo e as obrigações de curto prazo.

Assaf Neto (2007) afirma que, a liquidez corrente representa quanto

existe de ativo circulante para cada R$1,00 de dívida a curto prazo.

ILC = AC / PC x 100

Se o ILC for superior a 1 (> 100%) indica a existência de capital de giro líquido positivo; se igual a 1, inexistência de CGL e se inferior a 1 (<100%) a existência de capital de giro líquido negativo. Em princípio, quanto maior, melhor. (TÓFOLI, 2012, p. 67)

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1.5.1.3 Índice de liquidez seca

Tófoli (2012) afirma que, esse índice mede a capacidade da organização

pagar seus compromissos de curto prazo, sem levar em conta a venda de

estoques e os valores destinados para despesas antecipadas. Essa exclusão

do estoque se deve ao fato de que na maioria das vezes, para transformar o

estoque em dinheiro, é um processo mais demorado. E em relação às

despesas antecipadas, é uma conta excluída, pois esses valores não se

converterão em numerários.

O índice de liquidez seca indica quanto a empresa possui em disponibilidades (dinheiro, depósitos bancários a vista e aplicações financeiras de liquidez imediata), aplicações financeiras a curto prazo e duplicatas a receber, para fazer face a seu passivo circulante. (SILVA, 2008, p. 289)

ILS = AC – Estoques - Despesas Antecipadas / PC x 100

1.5.1.4 Índice de liquidez imediata

Marion (2012), afirma que o índice de liquidez imediata está relacionado

à capacidade da empresa em saldar suas dívidas de curto prazo com o

disponível no momento. Tófoli (2012) complementa ao afirmar que, este

representa quanto das dívidas de curto prazo podem ser quitadas

imediatamente.

ILI = Disponível / PC x 100

Geralmente é um índice baixo, pois as organizações não se interessam

tanto em manter valores em caixa.

1.5.2 Índices de Endividamento

Os índices de endividamento são considerados também como índices de

estrutura de capital. Silva (2008), afirma que a estrutura de capital de uma

organização abrange a procedência de seus financiamentos. Todos os fundos

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aplicados em ativos são decorrentes dos proprietários da organização ou de

terceiros. Iudícibus (2008) complementa afirmando que esses índices retratam

a posição do capital próprio da empresa em relação ao capital de terceiros, ou

seja, denotam o índice de endividamento da empresa.

Conforme Marion (2012), os indicadores de endividamento informam se

a empresa utiliza mais recursos de terceiros ou próprios. Através dos índices, é

possível obter informações se os recursos de terceiros tem seu vencimento a

longo ou curto prazo.

1.5.2.1 Índice de participação de capital de terceiros

Esse índice, conforme Tófoli (2012) representa quanto à empresa usou

de capital de terceiro para cada unidade do capital próprio. É um índice que

quanto menor, melhor. Conforme Iudícibus (2008), o índice representa qual a

porcentagem do ativo total financiada com recursos de terceiros

IPCT = Capital de terceiros/ Patrimônio Líquido x 100 ou

IPCT = Exigível total/ Patrimônio Líquido x 100

.

Do ponto de vista estritamente financeiro, quanto maior a relação dos capitais de terceiros com o patrimônio líquido, menor a liberdade de decisões financeiras da empresa ou maior a dependência a esses terceiros. Do ponto de vista da obtenção do lucro, pode ser vantajoso para a empresa trabalhar com capitais de terceiros se a remuneração paga a esses recursos for menos que o lucro conseguido com sua aplicação no negócio. (TÓFOLI, 2012, p. 63)

1.5.2.2 Índice de Endividamento Geral

O enfoque do índice de endividamento geral é avaliar se a empresa está

operando com dívidas de terceiros em excesso, e o risco do negócio. Para

Tófoli (2012) indica a dependência dos recursos de terceiros para

financiamento do ativo.

Para Padoveze e Benedicto (2007), esse índice verifica qual a

possibilidade de no futuro, caso a organização interrompa suas operações,

desta garantir todas as suas dívidas com os próprios recursos.

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IEG = (Passivo Circulante + Passivo não circulante) / Ativo Total x100

1.5.2.3 Índice de Endividamento a Longo Prazo

Esse índice tem como objetivo, avaliar se suas dívidas a longo prazo

não são excessivas.

ELP = Passivo exigível a longo prazo / Ativo Total x 100

1.5.2.4 Índice de Endividamento a Curto Prazo

Conforme Tófoli (2012), esse índice mostra a dependência de recursos

de terceiros de curto prazo para financiar o ativo da organização. Quanto

menor, melhor.

Ele avalia a quantidade de dívidas a curto prazo que a empresa está

tomando para si, pois apesar de geralmente serem menos onerosas, devem

ser pagas a curto prazo, o que se torna na maioria das vezes, um

inconveniente para a organização.

IECP = Passivo Circulante / Ativo Total x 100

1.5.3 Índice de Rentabilidade

Os índices de rentabilidade demonstram o que os investimentos

realizados pela empresa, renderam. Segundo Matarazzo (2003), os índices de

rentabilidade mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos. Conforme

Tófoli (2012) lembra, toda empresa tem como um de seus objetivos, aumentar

o valor atual da riqueza de seus sócios, portanto, faz se necessário existir

rentabilidade.

“É uma avaliação econômica do desempenho da empresa,

dimensionando o retorno sobre os investimentos realizados e a lucratividade

apresentada pelas vendas”. (ASSAF NETO, 2007, p. 59)

1.5.3.1 Margem Bruta

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40

Conforme Tófoli (2012) representa qual o percentual de lucro bruto em

comparação às vendas líquidas. Begalli e Perez Junior (2009) complementam

afirmando, que a margem bruta é a diferença entre a receita líquida de vendas

e o custo das vendas.

MB = LB/ VL x 100

1.5.3.2 Margem Operacional

De acordo com Tófoli (2012), indica qual a porcentagem de lucro antes

das despesas financeiras e impostos sobre as vendas líquidas, ou como

afirmam Begalli e Perez Junior (2009), é o percentual que o lucro operacional

corresponde das vendas líquidas.

MOp = LAJIR/ VL x 100

1.5.3.3 Margem Líquida

Segundo Tófoli (2012) é a representação do lucro líquido sobre as

vendas líquidas em determinado período. Begalli e Perez Junior (2009)

descrevem que esse índice indica a capacidade da organização gerar lucro

comparando à receita líquida de vendas. Tradicionalmente é o índice mais

utilizado e de maior interesse dos proprietários.

ML = LL / VL x 100

1.5.3.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido

Conforme Tófoli (2012) indica o retorno dos recursos aplicados na

organização pelos seus acionistas, ou seja, o percentual de lucro adquiridos

pelos sócios. De uma forma mais clara, representa o rendimento de cada real

investido na empresa.

RPL = LL / PL x 100

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41

1.5.3.5 Rentabilidade sobre o ativo total

Tófoli (2012) afirma que, esse índice representa o retorno obtido pelas

atividades realizadas pela empresa em seus ativos. Conforme Begalli e Perez

Junior (2009) quanto maior esse índice, melhor. Ele indica o rendimento de

cada real investido na organização.

ROA = LL/ Ativo Total

1.5.3.6 Rentabilidade sobre o investimento

De acordo com Tófoli (2012), este indicador é referente ao retorno sobre

os recursos levantados pela empresa e aplicados em seus negócios. O

investimento corresponde aos recursos onerosos, ou seja, empréstimos e

financiamentos, mais os recursos próprios da empresa.

ROI = LADJIR / Investimento

LADJIR = Lucro antes dos juros e depois do imposto de renda e contribuição

social.

1.6 Capital de Giro

Para Tófoli (2012), administrar o capital de giro é gerenciar as contas do

ativo e passivo circulante e suas inter-relações. Ou seja, é a forma de buscar o

equilíbrio entre rentabilidade e liquidez, sendo que rentabilidade é o resultado

obtido pelo capital investido, e a liquidez é a capacidade da organização de

saldar seus compromissos de curto prazo através de seus ativos circulantes.

Existem alguns fatores que influenciam a definição do volume de capital

de giro a ser preservado numa empresa, sendo eles: volume de vendas no

período; sazonalidade do negócio; economia; tecnologia e políticas de negócio.

Normalmente, o capital de giro é representado pelos valores do ativo circulante (disponível, valores a receber e estoques). São os valores que compõem o ativo circulante operacional que permitem o funcionamento normal da empresa. (TÓFOLI, 2012, p.173)

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42

Assaf Neto (2007) afirma que, o capital de giro é o fundamento básico do

equilíbrio financeiro de uma organização. O autor ressalta que o capital de giro

é dinâmico, exigindo modelos eficientes de avaliação financeira.

1.7 Necessidade de Capital de Giro

Para Tófoli (2012), a necessidade de capital de giro é a quantia de

recursos que a organização necessita para financiar suas operações, ou seja, o

quanto necessita para saldar seus compromissos na data correta e no valor

total, dispondo de um excedente para sua segurança. Estas necessidades,

geralmente são cobertas pelo patrimônio líquido e passivo não circulante. Pode

ser feito de duas formas a estimativa da necessidade de capital de giro, sendo

através do ciclo financeiro ou através dos demonstrativos contábeis.

1.7.1 Necessidade de Capital de Giro com base no ciclo financeiro

Segundo Tófoli (2012), este método também conhecido como

necessidade de capital de giro com base no ciclo de caixa, representa o

mínimo de capital de giro que uma organização necessita a um determinado

volume de vendas. Sua fórmula é a seguinte: NCG = Ciclo de caixa x vendas

diárias. O melhor é que este capital de giro mínimo seja proveniente de fontes

de financiamento de longo prazo.

O Ciclo de Caixa conforme Tófoli (2012) é o tempo entre o pagamento

de seus fornecedores e o momento de recebimento de seus clientes. É o

intervalo de tempo em que a organização financia suas atividades sem a

participação dos fornecedores. Quanto maior, pior, pois indica que existem

recursos próprios e de terceiros sendo aplicados nas operações, o que provoca

custos financeiros e afeta a rentabilidade da organização.

1.7.2 Necessidade de Capital de Giro com base nos demonstrativos contábeis

Conforme Tófoli (2012), para cálculo do capital de giro bruto (AC) e

capital de giro líquido (AC-PC) é importante salientar que tanto o AC como PC

possuem algumas contas que são categorizadas como transitórias. Portanto,

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43

para uma análise de capital de giro correta, é necessária a reclassificação do

Balanço Patrimonial.

A fórmula para cálculo da necessidade de capital de giro é:

NCG = Ativo circulante operacional – Passivo circulante operacional

(ACO – PCO).

Essa fórmula representa os valores que a própria organização financia

menos o que foi financiado por capital de terceiro de curto prazo.

Conforme Matarazzo (2010), quando o ativo circulante operacional é

maior que o passivo circulante operacional, sendo esta a situação mais comum

das empresas, representa que existe uma necessidade de capital de giro para

qual a empresa deve encontrar fontes propícias de financiamento. Quando o

ACO é igual ao PCO, a empresa não tem necessidade de financiamento para o

giro e por fim quando o ACO é menor que o PCO, representa que a

organização possui mais financiamentos do que investimentos.

Tófoli (2012) destaca alguns elementos que afetam a necessidade de

capital de giro. A NCG aumenta quando (TÓFOLI, 2012, p. 183-184):

a) as vendas aumentam;

b) são concedidos maiores prazos aos clientes;

c) quando os estoques aumentam;

d) quando o prazo dos fornecedores diminui;

e) pagamento de fornecedores;

f) inadimplência;

A NCG diminui quando:

a) as vendas diminuem;

b) são concedidos menores prazos aos clientes;

c) quando os estoques diminuem e

d) quando os prazos dos fornecedores aumentam.

Vale ressaltar que a necessidade do capital de giro é dinâmica. Varia de

acordo com as novas situações apresentadas nas vendas, por exemplo.

1.8 Valor econômico agregado (VEA)

Conforme Silva (2008), o VEA trouxe sua contribuição para a análise

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44

financeira, pois considera o custo de oportunidade do capital próprio. Iudícibus

(2008) afirma que o conceito do VEA, é que toda organização além do lucro

operacional, deve possuir lucro suficiente para pelo menos remunerar seus

acionistas, pois uma empresa que não consegue nem remunerar seus

investidores é uma organização que fatalmente destrói valor.

Como o objetivo enunciado de qualquer empresa é promover, em suas decisões financeiras, um retorno que remunere as expectativas de rendimentos de seus proprietários de capital, a comparação do ROI com o custo total de capital (CMPC) permite identificar se a empresa está agregando ou destruindo valor econômico. (ASSAF NETO, 2007, p. 269)

VEA = NOPAT – (C% x TC)

NOPAT = Lucro operacional líquido depois dos impostos

C% = Percentual do custo do capital investido

TC = Total do capital investido

Conforme afirma Hoji (2017), o VEA indica a verdadeira lucratividade

das atividades organizacionais, pois evidencia o valor adicionado ao patrimônio

líquido em determinado período.

Assaf Neto (2008) indica que, a principal finalidade do VEA é indicar se a

companhia está conseguindo gerar um retorno que atinja as expectativas de

ganhos de seus proprietários. Quanto mais alto, maior é a riqueza gerada pela

empresa no período, consequentemente, seu preço de mercado é valorizado.

1.9 Considerações

A análise financeira tradicional juntamente com a análise da

necessidade de capital de giro e do VEA propiciam um conhecimento mais

profundo sobre a real situação da organização. Cada um desses estudos

permite um conhecimento mais adequado e real da empresa analisada. A

junção desses três conhecimentos pode ser considerada como uma arte, pois

fornecem dados pertinentes e importantes para qualquer pessoa interessada

em determinada organização.

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45

CAPÍTULO III

ANÁLISE FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

JUNTAMENTE DA NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO (NCG) E O

VALOR ECONÔMICO AGREGADO (VEA)

1 INTRODUÇÃO

Atualmente é de grande relevância que as organizações tenham controle

sobre a situação da organização frente ao mercado. A análise financeira é uma

forma de controle muito apropriada, pois vai além de simples números, fornece

informações dos índices extraídos.

Com a finalidade de averiguar a importância da análise financeira

tradicional, juntamente com a NCG e o VEA nas organizações, foi realizada

uma pesquisa de campo na empresa Advanced Iteam, no período de fevereiro

a outubro de 2017.

Para a realização da pesquisa utilizou-se dos métodos:

No método de estudo de caso foi observada a relevância de uma análise

completa dos resultados contábeis da organização e seu impacto para a

organização.

Para o desenvolvimento do método de observação sistemática foram

observados, analisados e acompanhados os procedimentos aplicados à análise

financeira das demonstrações contábeis como suporte para desenvolvimento

do estudo de caso.

No método histórico foram observados os dados e evolução da história

da empresa Advanced Iteam, no aspecto voltado a análise financeira, como

suporte para desenvolvimento do Estudo de Caso.

As técnicas utilizadas foram: Balanço Patrimonial (Apêndice A),

Demonstração do resultado do exercício (Apêndice B), Margem e Giro

(Apêndice C), Indicadores financeiros (Apêndice D), Roteiro de Estudo de Caso

(Apêndice E), Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice F), Roteiro do

Histórico da Advanced Iteam (Apêndice G), Roteiro de entrevista para o

proprietário da empresa (Apêndice H), Roteiro de entrevista para o contador da

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46

empresa (Apêndice I).

Assim, foram analisados os resultados da empresa Advanced Iteam

Soluções e Serviços de Tecnologia da Informação LTDA, utilizando o Balanço

Patrimonial e o DRE dos anos de 2014, 2015 e 2016, que permitiram examinar

diversos índices tanto da análise tradicional, quanto do NCG e VEA.

1.1 Demonstrações financeiras

Nos apêndices A e B são apresentados o Balanço Patrimonial e as

Demonstrações de Resultado da empresa dos últimos três anos, com a análise

vertical e horizontal, em uma planilha estruturada e concedida pelas autoras

Fernanda Furio Crivellaro e Fernanda Teixeira de Souza, ex-alunas do curso

de Administração, do UniSALESIANO.

Com a estruturação dos valores contábeis fornecidos pela empresa,

percebe-se que o Ativo Circulante do primeiro para o segundo ano aumentou

em 20,81%, e no terceiro ano reduziu em (15,17%). As contas que mais

influenciaram este resultado foram Duplicatas a Receber, Caixa, Bancos e

Aplicações Financeiras e Impostos a Compensar. O ativo imobilizado reduziu

em (29,38%) no primeiro ano e em 2016 tornou a crescer, aumentando

14,91%.

O Passivo Circulante do primeiro para o segundo ano sofreu uma queda

substancial de (60,32%), mas no terceiro ano cresceu 14,49%, em relação ao

anterior. Esta variação é decorrente do aumento em 101,69% da conta: Outras

Contas a Pagar. A queda significativa de 2014 para 2015 decorreu

especialmente da redução em (89,98%) da conta Tributos a Recolher e

(61,35%) de Outras Contas a Pagar, mesmo com a conta de Obrigações

Trabalhistas ampliando em 149,19%.O Passivo não Circulante foi constituído

em 2015, sofrendo uma pequena queda de 2015 para 2016 em (1,33%).

O total do Patrimônio Líquido (PL) variou de 2014 para 2015 em

(87,46%) e (72,82%) de 2015 para 2016, mudança esta decorrente da queda

de R$ 1.461.309,00 de lucros acumulados em 2014 para R$ 749.577,00 em

2015, se modificando para prejuízos acumulados em 2016 no valor de

(R$380.956,00).

Analisando o faturamento da empresa, observa-se um crescimento do

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47

primeiro para o segundo ano de 6,07%, e no ano seguinte decaiu em (20,07%).

Em relação ao Custo do Serviço Prestado (CSP), na planilha identificado

como CMV, é notória a minimização em (2,51%) do primeiro para o segundo

ano e no ano de 2016, redução de (6,26%), porém, destaca-se que sua

participação nos valores das receitas líquidas (análise vertical) foi de 88,3% no

primeiro ano, 81,16% no segundo ano, subindo para 95,8% no último ano,

reduzindo significativamente o lucro bruto. A margem bruta passa de 18,8%

para 4,8%.

Desta forma, nota-se a alteração do valor de lucro bruto. O ano de 2016

encerrou com R$511.769,00, uma diferença de (79,55%) comparado com

2015, onde o valor foi de R$2.502.462,00.

Observa-se também que, a empresa passou de lucro líquido no ano de

2014, para prejuízo em 2015, devido ao aumento das Despesas

Administrativas na ordem de 35,78% e no aumento excessivo de despesas

tributárias (na planilha, apresenta-se como outras despesas), sendo este

702,56%. No ano de 2016, o lucro líquido continuou no saldo negativo, porém

inferior a 2015. A conta Despesas Administrativas reduziu em (34,53%), no

entanto houve a inclusão de Despesas Comerciais. Some-se a isso, os valores

despendidos com Despesas Financeiras, nos dois exercícios finais.

1.2 Análise dos índices

Os índices financeiros permitem analisar de forma mais adequada à

situação da empresa. São apresentados no apêndice D, os resultados dos

demonstrativos contábeis da Advanced Iteam.

1.2.1 Liquidez

Verificando o índice de liquidez geral (ILG), nota-se uma decaída de

2014 para 2015 de 187,85% para 104,76%, e em 2016 seu indicador

apresentava 100,76%. Portanto, ao analisar este índice, nota-se a saúde

financeira da empresa em curto e em longo prazo, afirmando que a empresa

tem capacidade de pagamento em 2016 de 100,76% de suas obrigações do

Passivo Circulante (PC) e Passivo Não Circulante (PNC), em relação ao Ativo

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Circulante (AC) e Realizável a Longo Prazo (RPL).

No tocante ao índice de liquidez corrente (ILC), verifica-se que em 2014

a empresa demonstrava um índice estável de 187,85%, pois pagaria todas

suas obrigações de curto prazo, utilizando seu ativo circulante e ainda

sobejaria dinheiro. No entanto comparada aos outros anos, 2015 e 2016, este

índice teve uma melhora significativa passando de 2014 para 2015 de 187,85%

para 571,99%, e em 2016 para 423,80%. Esta melhora significativa ocorreu

devido à redução do Passivo Circulante, nas seguintes contas: Fornecedores,

sofreu uma redução de (42,34%) em 2015 e (81,61%) em 2016, Tributos a

Recolher (89,98%) no ano de 2015 e (24,64%) em 2016, e Outras Contas a

Pagar (61,35%) em 2015, no ano de 2016 esta conta sofreu um aumento

excessivo de 101,69%. Levando em conta a redução destas principais contas,

o ILC foi influenciado, logo aumentando a capacidade da empresa em suprir

suas obrigações e ainda permanecer com um saldo positivo em caixa.

Portanto, analisando o último resultado afirma-se que para cada um real de

obrigações do PC, a empresa disponibiliza aproximadamente R$ 4,00 em bens

e direitos também de curto prazo.

Os Índices de Liquidez Seca (ILS) da empresa, em virtude desta não

dispor de estoques, apresentam-se semelhantes aos da liquidez corrente, com

variações mínimas relacionadas às Despesas do Exercício Seguinte.

Analisando o Índice de liquidez imediata (ILI) da organização, obtivemos

um resultado em 2014, de 88,53%, passando para 157,17% em 2015 e

mantendo a mesma faixa de porcentagem em 2016, sendo 157,69%. Esse

índice indica quanto à empresa consegue saldar de suas dívidas de curto prazo

com o disponível no momento.

Figura 8 - Índices de Liquidez

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017

0,00%

200,00%

400,00%

600,00%

2014 2015 2016

ILG

ILC

ILS

ILI

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49

1.2.2 Endividamento

O índice de participação de capital de terceiros (IPCT) apontou-se com

os valores de 112,19% em 2014, 1.938,82% em 2015 e 7.244,31% em 2016.

Esse índice representa quanto a empresa usou de capital de terceiros para

cada unidade de capital próprio. É um índice que quanto menor melhor,

mostrando então que a organização não apresenta um IPCT adequado, ou

seja, a empresa recorre ao capital externo, em grandes volumes. O índice de

endividamento geral (IEG) na organização apresentou os seguintes valores,

52,87% em 2014, 95,10% em 2015 e 98,64% em 2016. Esse aumento é

decorrente de uma dívida com tributos, que foram devidamente parcelados.

O índice de endividamento a longo prazo (ELP) tem como objetivo,

avaliar se suas dívidas a longo prazo não são excessivas.Em 2015, o índice da

empresa era de 78%, ou seja, para cada R$1,00 da empresa, R$0,78 era de

dívida de longo prazo. Em 2016o resultado apresentou-se da mesma forma.

O índice de endividamento a curto prazo (IECP), mostra a dependência

de recursos de terceiros de curto prazo para financiar o ativo da organização,

lembrando que quanto menor, melhor. Na Iteam, observou-se no primeiro ano

52,87%, no segundo ano 17,42% e no terceiro ano 20,36%.

A figura 9 apresenta uma comparação nos três anos analisados, dos

índices de endividamento geral, de curto e longo prazo.

Figura 9 - Índices de endividamento

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

80,00%

90,00%

100,00%

2014 2015 2016

IEG

IECP

ELP

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Figura 10 - Índice de participação de capital de terceiros

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017

1.2.3 Rentabilidade

Estes índices demonstram a capacidade da empresa em gerar lucro,

através de suas vendas, ou do seu capital investido. A margem bruta mostra a

rentabilidade da empresa, isto é, a porcentagem de lucro, através das vendas

líquidas. No ano de 2014 foi de 11,70%, em 2015, 18,84%, e 2016 apresentou

4,82%. A margem líquida retrata quanto foi o percentual de lucro líquido sobre

as vendas líquidas. No ano de 2014 foi de 6,70% passando para 2015 com o

percentual negativo (8,51%). Em 2016, a margem continuou de forma negativa,

com o percentual de (1,81%). A margem operacional, que representa o lucro

antes das despesas financeiras e impostos sobre as vendas líquidas,

apresentou-se em 2014 no percentual de 8,93%, em 2015, 10,27%, baixando

para (5,22%) em 2016.

A taxa de Retorno sobre o Ativo Total (ROA) aponta o retorno das

atividades realizadas pela empresa sobre seus ativos disponíveis, quanto maior

o rendimento pela empresa sobre o total dos ativos, melhor. A empresa

apresentou em 2014, 18,76%, em 2015 (21,00%) resultado do prejuízo no

período, e em 2016 foi de (3,65%).A taxa de Retorno sobre o Patrimônio

Líquido (RPL) indica o retorno do capital obtido com o investimento do capital

próprio, recursos aplicados pelos sócios, medindo seu percentual investido. Em

0,00%

1000,00%

2000,00%

3000,00%

4000,00%

5000,00%

6000,00%

7000,00%

8000,00%

2014 2015 2016

IPCT

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2014 foi de 39,81%, passando em 2015 para (428,16%) e 2016 (267,89%),

indicando resultado negativo perante os recursos aplicados nas empresas

pelos sócios.

Figura 11 - Índices de Rentabilidade

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017

Figura 12 - Retorno sobre o Patrimônio Líquido e Ativo Total

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017

-10,00%

-5,00%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

2014 2015 2016

MB

MOP

ML

-450,00%

-400,00%

-350,00%

-300,00%

-250,00%

-200,00%

-150,00%

-100,00%

-50,00%

0,00%

50,00%

2014 2015 2016

ROA

RPL

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1.3 Margem e Giro

Verificando a planilha de Margem e Giro no apêndice C, observa-se que

a venda líquida cresceu 6,07% de 2014 para 2015, no entanto sofre uma queda

de (15,21%) no ano de 2016. O custo total passou de 23,36% em 2015 para

(7,48%), que resultou no ano de 2015 em um prejuízo de (234,82%) e em 2016

repete o prejuízo (122,93%). Nos anos de 2015 e 2016, o custo foi maior que

suas vendas, em consequência apresentou margem negativa, de (227,10%)

em 2015 e (127,04%) em 2016. O giro do ativo passou de (11,94) vezes em

2015 para (28,11) vezes em 2016, devido ao aumento de seu ativo imobilizado.

A variação da taxa de retorno apresentada pela empresa foi de

(211,93%) e (119,44%) nos anos de 2015 e 2016 respectivamente. Esses

indicadores mostram que a empresa não conseguiu atingir lucro necessário

para cada unidade monetária investida.

Como o desempenho das Vendas Líquidas foi negativo, apresentou-se

em queda, os custos deveriam acompanhar e apresentam queda superior, o

que não aconteceu com a conta Custos dos Serviços Prestados, Despesas

Administrativas, Despesas Comerciais e Despesas Financeiras, pelo lado da

margem, confirmando as análises citadas no item 1.1

Por parte do giro dos ativos, comprometem o resultado as rubricas de

Duplicatas a Receber e Ativo Imobilizado.

1.4 Capital de giro

Para Tófoli (2012), administrar o capital de giro é gerenciar as contas do

ativo e passivo circulante e suas inter-relações. Ou seja, é a forma de buscar o

equilíbrio entre rentabilidade e liquidez, sendo que rentabilidade é o resultado

obtido pelo capital investido, e a liquidez é a capacidade da organização de

saldar seus compromissos de curto prazo através de seus ativos circulantes.

Normalmente, o capital de giro é representado pelos valores do ativo circulante (disponível, valores a receber e estoques). São os valores que compõem o ativo circulante operacional que permitem o funcionamento normal da empresa. (TÓFOLI, 2012, p.173)

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53

Nesta análise, percebe-se que a empresa tem capital de giro suficiente,

isto é, valores superiores às suas necessidades, conforme Quadro 3.

1.4.1 Necessidade de capital de giro

Para Tófoli (2012), a necessidade de capital de giro é a quantia de

recursos que a organização necessita para financiar suas operações, ou seja, o

quanto necessita para saldar seus compromissos na data correta e no valor

total, tendo um excedente para sua segurança. A fórmula é:NCG= Ativo

circulante operacional (ACO) – Passivo circulante operacional (PCO).

Essa fórmula representa os valores que necessitam de financiamento

menos o que foi financiado por capital de terceiros de curto prazo.

O quadro 2 apresenta os valores do ativo operacional da organização

nos três anos analisados, menos, os valores do passivo operacional,

resultando na necessidade de capital de giro.

Quadro 2– Necessidade de capital de giro

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017

Ano Ativo Circ. Operacional Valores Passivo Circ. Operacional Valores NCG

Duplicatas a receber 1.711.414,00 Fornecedores 55.134,00

outros créditos 2.406,00 Tributos a recolher 1.414.993,00

imp a receber 627.369,00 Outras contas a pagar 721.750,00

Despesas antecipadas 6011 Obrigações trabalhistas 171.249,00

Total do ACO 2.347.200,00 Total do PCO 2.363.126,00

Ano Ativo Circ. Operacional Valores Passivo Circ. Operacional Valores

Duplicatas a receber 3.170.316,00 Fornecedores 31.792,00

outros créditos 3.500,00 Tributos a recolher 141.842,00

imp a receber 711.796,00 Outras contas a pagar 337.245,00

Despesas antecipadas 3.740,00 Obrigações trabalhistas 426.731,00

Total do ACO 3.889.352,00 Total do PCO 937.610,00

Ano Ativo Circ. Operacional Valores Passivo Circ. Operacional Valores

Duplicatas a receber 2.199.645,00 Fornecedores 5.846,00

outros créditos - Tributos a recolher 106.895,00

imp a receber 648.709,00 Outras contas a pagar 620.818,00

Despesas antecipadas 8.142,00 Obrigações trabalhistas 339.866,00

Total do ACO 2.856.496,00 Total do PCO 1.073.425,00

-

2016

-

-

2015

2014=

=

=

15.926,00-

2.951.742,00

1.783.071,00

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54

Estes resultados indicam o quanto à empresa necessita para financiar

suas operações.

Quadro 3 - Capital de Giro versus Necessidade de capital de giro

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017

1.5 Valor econômico agregado (VEA)

O VEA é a forma de verificação de criação de valor para uma

organização. Através deste índice é possível conhecer se a empresa consegue

remunerar seus sócios, ou seja, se esta atingiu lucro e também deu retorno aos

seus investidores.A cifra que exceder essa remuneração representa o valor

que foi agregado. Não conseguindo remunerar, estará desagregando valor.

Considerando a dificuldade de estabelecer-se um valor adequado do

custo de oportunidade da empresa, e pela ausência de uma rentabilidade do

patrimônio líquido, dado os prejuízos, decidiu-se escolher a taxa de 7,5%,

baseando-se na média nacional de todos os setores empresariais, apresentada

na Revista Exame de 2017. Em 2014 a empresa agregou valor na ordem de

R$680.599,83, passando para desagregação de valor da empresa nas cifras de

R$1.150.337,30 e R$875.564,90 para os anos de 2015 e 2016,

respectivamente.

Quadro 4 - Valor Econômico Agregado

VALOR ECONÔMICO AGREGADO 2014 2015 2016

R$ 680.599,83 -R$ 1.150.337,30 -R$ 875.564,90 Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017

1.6 Parecer final

Avaliando as três técnicas de análise, percebe-se que os resultados

foram variados, o que mostrou a importância da utilização de várias técnicas de

análise.

Capital de Giro 2.076.081,00 4.425.427,00 3.475.787,00

Necessidade de capital de giro -15.926,00 2.951.742,00 1.783.071,00

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55

Através da análise tradicional, a empresa apresentou um resultado

positivo quanto à liquidez, no entanto no quesito endividamento, apresenta uma

taxa elevada e perigosa. A sua taxa de retorno, apresentou-se negativa,

indicando que a empresa não obteve lucro nos anos de 2015 e 2016.

Já na análise da Necessidade de Capital de Giro, a empresa apresenta

um valor positivo, pois seu capital de giro líquido em todos os anos analisados

é maior do que sua necessidade para financiar suas operações, justificado pelo

alto valor de capital de terceiros de longo prazo. Convém observar que a

origem dessa fonte de longo prazo sustenta-se em parcelamento de tributos.

Na análise do VEA, apresentou um resultado negativo, indicando que a

empresa está desagregando valor nos dois últimos exercícios.

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56

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Após análise dos demonstrativos contábeis da organização, sustentada

pelo conhecimento resultante da pesquisa em bibliografias específicas e o

aprendizado em sala de aula, através das três técnicas de análise, sugere-

seque a organização passe a avaliar suas demonstrações financeiras utilizando

as três técnicas, pois foi notória a percepção da atual situação da organização

e a necessidade de um cuidado todo especial para que a empresa continue

dentro do mercado de forma sustentável e adequada.

Assim, propõe-se que a empresa realize, no mínimo anualmente, a

análise do resultado de suas operações, aplicando:

a) a Análise Tradicional;

b) a análise do Capital de Giro e da Necessidade de Capital de Giro;

c) a análise do Valor Econômico Agregado e,

d) proceda um comparativo entre elas, para ter a percepção clara da

situação, em caso de encerramento das atividades, na Análise

Tradicional, no caso de continuidade das atividades, na análise do

Capital de Giro e sua Necessidade e, por fim, avaliar se houve

agregação ou desagregação de valor da empresa.

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57

CONCLUSÃO

A análise das demonstrações contábeis tem como finalidade

diagnosticar a real situação da organização, e por fim, auxiliar no processo de

tomada de decisão. É uma forma de avaliar o passado, seu presente e prever o

futuro da organização e através das informações levantadas, ajustar o que for

necessário para melhoria da empresa.

Além da análise tradicional existem outras técnicas que foram avaliadas

neste trabalho, sendo elas, a Necessidade de Capital de Giro e o Valor

Econômico Agregado. O principal motivo para unir essas três técnicas é o de

apresentar à empresa e demais interessados, que muitas vezes, ao realizar

apenas um tipo de análise, a organização pode apresentar-se economicamente

bem estruturada, no entanto, ao estudar-se outro ponto de vista, acaba-se

percebendo que a empresa não está tão bem quanto se imaginava, ou seja,

existem aspectos a serem corrigidos e melhorados. Com o Balanço Patrimonial

e Demonstração do Resultado do Exercício dos anos de 2014, 2015 e 2016, foi

possível avaliar as três técnicas de análise.

A análise proporciona a identificação dos pontos fortes e fracos de todos

os processos da organização, o que possibilita a identificação de soluções para

mudanças.

Diante do estudo realizado na empresa, observou-se através da análise

financeira que a empresa aumentou suas vendas de 2014 para 2015, no

entanto de 2015 para 2016, houve uma redução bem significativa.

Em relação ao Índice de Liquidez Geral (ILG), a empresa houve uma

redução durante os 3 anos, chegando em 2016 com um índice de 100,76%.

Em compensação os Índices de Liquidez Corrente (ILC) e Índice de Liquidez

Seca evoluíram de 2014 para 2016.

Em relação ao Índice de endividamento, notou-se que a empresa se

endividou de 2014 para 2016, passando de 52,87% para 98,64% no tocante a

endividamento geral. No quesito endividamento a curto prazo, notou-se o

contrário da situação anterior, o índice diminui ano após ano, chegando em

2016 com um índice de 20,36%.

Em relação aos índices de rentabilidade e lucratividade, no tocante a

margem bruta e margem operacional, a empresa decaiu durante os três anos,

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levando, consequentemente, a resultados finais negativos, com a margem

líquida, o retorno sobre o ativo e o retorno sobre o patrimônio líquido, com

indicadores negativos

Na análise da Necessidade de Capital de Giro (NCG), notou-se a

necessidade R$1.783.071,00 em 2016. Valor um pouco melhor quando

comparado ao ano de 2015, onde sua necessidade era de R$2.951.742,00.

Nesta comparação a empresa apresenta-se com situação tranquila, já que

apresente capital de giro superior às suas necessidades, nos três exercícios

contábeis, valores estes oriundos dos compromissos de longo prazo.

Há também que se atentar para o fato de que esse capital de giro

excedente se justifica pelo financiamento, em longo prazo, de tributos não

recolhidos na época correta.

O Valor Econômico Agregado (VEA) mostrou que a empresa

desagregou valor nos últimos dois anos.

O presente estudo comprovou a necessidade do uso das três técnicas

de análise, pois permitiram uma avaliação mais adequada da real posição da

empresa no mercado atualmente. Sendo assim, considera-se respondida a

pergunta problema da pesquisa, que uma análise conjunta das demonstrações

contábeis direciona para tomada de decisão mais assertiva.

O presente trabalho não esgotou todo o assunto, podendo ser base para

outras pesquisas. Acredita-se ser válida para toda e qualquer empresa a

utilização de vários métodos, para que seja possível comparações entre elas.

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REFERÊNCIAS

ASSAF NETO, A. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2007. ______. Finanças corporativas e valor. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2008. BEGALLI, G. A.; PEREZ JR., J. H. Elaboração e análise das demonstrações contábeis .4. ed. São Paulo: Atlas, 2009. COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento CPC 26 (R1) – apresentação das demonstrações contábeis. CPC.Org – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, Brasília-DF, 02 dez. 2011. Disponível em: < http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=57>Acesso em: 07 maio. 2017. FRANCO, H. Estrutura, análise e interpretação de balanços. 15. ed. São Paulo: Atlas, 1992. HOJI, M. Administração financeira e orçamentária. 12 ed. São Paulo: Atlas, 2017. IUDÍCIBUS, S. Análise de balanços. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2008. MARION, J. C. Análise das demonstrações contábeis. 7. ed. São Paulo, 2012. MATARAZZO, D. C. Análise financeira de balanços. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2003. ______. Análise financeira de balanços. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2010. MELHORES & maiores. Exame. São Paulo: agosto, ed. Especial, p. 373, ago. 2017. PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

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60

PADOVEZE, C. L.; BENEDICTO, G. C. Análise das demonstrações financeiras. 2 ed. São Paulo: Thomson Learning, 2007. RIBEIRO, O. M. Contabilidade básica fácil. 29 ed. São Paulo: Saraiva, 2013. SAP. SAP. [s.l], 2017. Disponível em <https: //www.sap.com >. Acesso em 09 abr. 2017. SILVA, J. P. Análise financeira das empresas. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2008. TÓFOLI, I. Administração financeira empresarial. Lins: Raízes gráfica e editora, 2012.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Balanço Patrimonial

(continua)

Empresa: Advanced Iteam

Contas Ano 1 AV % Ano 2 AV % AH % Ano 3 AV % AHa %

Caixa, Bancos e Aplic Financ 2.092.007,00 46,81 1.473.685,00 27,37 -29,56 1.692.716,00 32,11 14,86

Duplicatas a receber 1.711.414,00 38,29 3.170.316,00 58,89 85,25 2.199.645,00 41,73 -30,62

(Duplicatas descontadas)

(Prov. Cred. Liq Duvidosa) 0,00 0,00 - 0,00 -

Estoques 0,00 0,00 - 0,00 -

Despesas antecipadas 6.011,00 0,13 3.740,00 0,07 -37,78 8.142,00 0,15 117,70

outros créditos 2.406,00 0,05 3.500,00 0,07 45,47 0,00 -100,00

imp a receber 627.369,00 14,04 711.796,00 13,22 13,46 648.709,00 12,31 -8,86

Total do AC 4.439.207,00 99,32 5.363.037,00 99,62 20,81 4.549.212,00 86,30 -15,17

Diversos 0,00 0,00 - 677.912,00 12,86 -

Outros 0,00 0,00 - 12.037,00 0,23 -

Total do RLP - 0,00 - 0,00 - 689.949,00 13,09 -

Investimentos 0,00 0,00 - 0,00 -

Prédios 0,00 0,00 - 0,00 -

Máquinas e equipamentos 0,00 0,00 - 0,00 -

Móveis e utensilios 0,00 0,00 - 0,00 -

Veículos 0,00 0,00 - 0,00 -

Computadores e Periféricos 136.741,00 3,06 96.560,00 1,79 -29,38 110.960,00 2,11 14,91

0,00 0,00 - 0,00 -

Outros 0,00 0,00 - 0,00 -

(-) Depreciações -106.512,00 -2,38 -76.209,00 -1,42 -28,45 -78.962,00 -1,50 3,61

Total ativos: Int. Imob. Invest 30.229,00 0,68 20.351,00 0,38 -32,68 31.998,00 0,61 57,23

Ativo não circulante 30.229,00 0,68 20.351,00 0,38 -32,68 721.947,00 13,70 3447,48

TOTAL DO ATIVO 4.469.436,00 100,00 5.383.388,00 100,00 20,45 5.271.159,00 100,00 -2,08

ATIVO

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(conclusão)

Contas Ano 1 AV % Ano 2 AV % AH % Ano 3 AV % AHa %

Empréstimos - 0,00 0,00 - 0,00 -

Duplicatas Descontadas

Fornecedores 55.134,00 1,23 31.792,00 0,59 -42,34 5.846,00 0,11 -81,61

Salários a pagar 0,00 0,00 - 0,00 -

Tributos a recolher 1.414.993,00 31,66 141.842,00 2,63 -89,98 106.895,00 2,03 -24,64

Outras contas a pagar 721.750,00 16,15 278.958,00 5,18 -61,35 562.631,00 10,67 101,69

Adiantamento de clientes 0,00 58.287,00 1,08 - 58.187,00 1,10 -0,17

Obrigações trabalhistas 171.249,00 3,83 426.731,00 7,93 149,19 339.866,00 6,45 -20,36

Total do PC 2.363.126,00 52,87 937.610,00 17,42 -60,32 1.073.425,00 20,36 14,49

Financ BNDES 0,00 0,00 - 0,00 -

Outras dívidas 0,00 4.181.735,00 77,68 - 4.125.963,00 78,27 -1,33

Total do ELP - 0,00 4.181.735,00 77,68 - 4.125.963,00 78,27 -1,33

Passivo não circulante - 0,00 4.181.735,00 77,68 - 4.125.963,00 78,27 -1,33

Capital 645.000,00 14,43 645.000,00 11,98 0,00 645.000,00 12,24 0,00

Reservas 0,00 0,00 - 0,00 -

Reservas 0,00 0,00 - 0,00 -

Prejuizo Acum. 1.461.309,00 32,70 749.577,00 13,92 -48,71 380.956,00- -7,23 -150,82

Saldo a disposição da AGO 0,00 0,00 - 0,00 -

Resultado do período 0,00 1.130.534,00- -21,00 - 192.272,00- -3,65 -82,99

0,00 0,00 - 0,00 -

Total do PL 2.106.309,00 47,13 264.043,00 4,90 -87,46 71.772,00 1,36 -72,82

TOTAL DO PASSIVO 4.469.435,00 100,00 5.383.388,00 100,00 20,45 5.271.160,00 100,00 -2,08

PASSIVO

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APÊNDICE B – Demonstração do Resultado do Exercício

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APÊNDICE C – Margem e Giro

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APÊNDICE D – Indicadores Financeiros

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APÊNDICE E – Roteiro de Estudo de Caso

1 INTRODUÇÃO

Será realizado um levantamento de dados sobre as demonstrações

contábeis do período do período de três anos da Advanced Iteam, e verificar

através de índices a real situação da empresa, e como ela está diante do

mercado atual.

1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado

As informações serão coletadas através de entrevistas para o diretor da

empresa, contador e as demonstrações contábeis apresentadas.

1.2 Discussão

Através da pesquisa será realizado confronto entre teoria e prática,

através de referencial teórico estudado.

1.3 Parecer Final

Parecer final sobre o caso e sugestões sobre a necessidade da empresa

em realizar anualmente a análise financeira para tomada de decisões mais

assertivas.

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APÊNDICE F – Roteiro de Observação Sistemática

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Cidade: Estado:

Atividade:

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 Evolução da visão e missão da empresa

2 Processo de levantamento de dados para tomada de decisão

3 Balanço Patrimonial e DRE

4 Uso dos dados financeiros elaborados pela contabilidade

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APÊNDICE G – Roteiro do Histórico da Empresa

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Cidade: Estado:

Atividade:

Data da Fundação:

II ASPECTOS HISTÓRICO DA EMPRESA ADVANCED ITEAM

1 Surgimento

2 Missão, Visão, Valores

3 Evolução

4 Serviços Prestados

5 SAP

6 Concorrentes

7 Clientes

8 Balanço Patrimonial

9 DRE

10 Perspectivas

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APÊNDICE H – Roteiro de entrevista para o Proprietário da Empresa

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Cargo:

Escolaridade:

Experiências Profissionais:

Outras Experiências:

Residência / Local:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1. Quais os principais serviços oferecidos pela empresa? _______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

2. A empresa utiliza análise financeira para verificar seus resultados. Se

sim, qual a periodicidade?

_______________________________________________________________

____________________________________________________________

3. Quais os tipos de análise financeira aplica-se na empresa?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

4 Para você, qual o nível de importância e quais os benefícios de uma

análise das demonstrações contábeis para o processo de tomada de decisão?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

5. Qual a abrangência da Iteam no mercado, e como funciona o papel da

contabilidade dentro da organização?

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_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

6. Quais dados contábeis vocês utilizam atualmente no processo de

tomada de decisão?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

7. Quais controles financeiros são praticados na empresa?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

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APÊNDICE I – Roteiro de entrevista para o Contador da Empresa

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Escolaridade:

Experiências Profissionais:

Tempo de atuação na área:

Local do escritório:

Tempo de serviço para a Empresa:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1. Qual a necessidade, em sua opinião, da análise financeira das

demonstrações contábeis?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

______________________________________________________________

2. Atualmente vocês realizam essa análise, ou apenas quando existe a

necessidade e solicitação do cliente?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

3. Vocês consideram relevante esse tipo de estudo do balanço e DRE para as

organizações? Se sim ou não, qual a razão?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

4. Pelo conhecimento na área, vocês consideram importante que a análise das

demonstrações seja realizada em qual periodicidade?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

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5. Quais os principais indicadores considerados nas análises financeiras

praticadas?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

6. Diante do mercado, e da crise que o país está enfrentando, como vocês

enxergam o futuro da empresa?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

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ANEXOS

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ANEXO A – Balanço Patrimonial 2014/2015/2016

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ANEXO B – DRE 2014/2015/2016

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