Análise Textual - Aulas 01 à 10

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  • 8/18/2019 Análise Textual - Aulas 01 à 10

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    ANÁLISE TEXTUAL.

    AULA 02.

    - TEXTO - É um entrelaçamento de enunciados oracionais e não oracionais organizados deacordo com a lógica do autor.

    - ENUNCIAO - É a e!"ressão de uma ideia# um sentimento# uma in$ormação ou %ual%ueroutro ti"o de mani$estação $eita "or meio de "ala&ras. O ato de e!"ressar-se ' c(amado deenunciação.

    Ao e!"ressarmos nossas ideias# "odemos organiz)-las em torno de um verbo# criando umenunciado oracional.

    *) o enunciado não oracional ' a e!"ressão %ue se realiza sem o auxílio do verbo.

    +u"on(amos %ue algu'm este,a em uma situação de grande a$lição# necessitando deau!lio imediato. Essa "essoa "ode mani$estar seu "edido de duas $ormas

    / com um enunciado oracional 01Eu "reciso de socorro2345 ou

    / com um enunciado não oracional 01+ocorro234

    Am6os comunicam com 6astante e$ici7ncia a intenção do emissor# certo8

    O6ser&e# "or'm# %ue# no "rimeiro e!em"lo# o "edido se organizou em torno do &er6o 1"recisar35 en%uanto# no segundo# não () &er6o.

    - COE+9O :

    ;4 Coesão re$erencial a in$ormação ' retomada. Nela temos

    a4

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    gr)$icos# cai!as de desta%ue e outros elementos cada &ez mais comuns nos te!tos e6astante "resente como $orma de (i"erlinF4.

    AULA 0.

    Guando $alamos %ue um te!to se caracteriza "or a"resentar uma ideia com"leta# %ueremosdizer %ue as in$ormaçes estão conectadas umas Hs outras coerentemente# ou se,a#

    esta6elece-se relaçes lógicas entre as ideias contidas no te!to.

    A coesão se%uencial %ue garante a te!tualidade ' $acilitada "ela utilização de conecti&os#como "re"osiçes e con,unçes. e,a agora no&os e!em"los de coesão se%uencial a6ai!o

    a4 Adição - Tam6'm# e# ainda# não só# mas tam6'm# al'm disso.

    64 =ro"orção - J medida %ue# %uanto mais# ao "asso %ue# H "ro"orção %ue.

    c4 Con$ormidade - Como# segundo# con$orme# consoante.

    d4 Condição - +e# caso# desde %ue# contanto %ue.e4 Kinalidade - =ara %ue# a $im de %ue# com o o6,eti&o de# com o intuito de.

    Não e!iste uma $orma Lnica de $azer a cone!ão das ideias. Entretanto# dentre as &)rias"ossi6ilidades# ' "ro&)&el %ue (a,a ,unçes inade%uadas. Assim# deduzimos %ue nem todasas cone!es são "oss&eis "ara $ormar uma ideia com"leta# coerente. Isso nos le&a a"erce6er %ue essas ,unçes# %ue "odemos c(amar de articulaçes sint)ticas# de&em serutilizadas "ara encontrar o sentido ade%uado.

    C(egamos# então# a uma im"ortante in$ormação são as ar!icula"#es sin!$!icas %ue

    es!abelecem as rela"#es sem&n!icas.

    - +EMNTICA : Estudo dos signi$icados das "ala&ras.

    - E

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    Incoer7ncia semRntica 1A casa %ue dese,o com"rar ' 6astante ,o&em.3

    Essa $rase ' incoerente %uando le&amos em consideração o signi$icado da "ala&ra ,o&em.Em6ora ten(a o sentido de coisa no&a# o &oc)6ulo ,o&em só ' em"regado "ara caracterizarseres (umanos5 e não seres inanimados# como ' o caso de casa. =ara essa caracterização#a "ala&ra no&a seria mais a"ro"riada# concorda8

    B4 Coer7ncia sint)tica - e$ere-se aos meios sint)ticos usados "ara e!"ressar a coer7nciasemRntica conecti&os# "ronomes etc. Trata da ade%uação entre os elementos %uecom"em a $rase# o %ue inclui tam6'm atenção Hs regras de concordRncia e de reg7ncia.

    Incoer7ncia sint)tica 1As "essoas %ue t7m condiçes "rocuram o ensino "articular#onde () m'todos# e%ui"amentos e at' "ro$essores mel(ores.3

    A"esar de (a&er comunica6ilidade# ,) %ue "oss&el com"reender a in$ormação# a coer7nciadesse "erodo est) inade%uada. Ela "oderia ser resta6elecida se $osse $eita uma alteraçãoa troca do "ronome relati&o onde# es"ec$ico de lugar# "ara no %ual ou em %ue 0ensino

    "articular# no %ual>em %ue () m'todos4.S4 Coer7ncia estilstica - em da utilização de linguagem ade%uada Hs "oss&eis &ariaçesdo conte!to. Na maioria das &ezes# esse ti"o de coer7ncia não c(ega a "ertur6ar ainter"reta6ilidade de um te!to. É uma noção relacionada H mistura de registros lingusticos0$ormal ! in$ormal# "or e!em"lo4. É dese,)&el %ue %uem escre&e ou l7 se manten(a em umestilo relati&amente uni$orme.

    Incoer7ncia estilstica 1O ilustre ad&ogado o6ser&ou %ue sua "etição não "ros"eraria# (a,a&ista seu cliente ter en$iado o "' na ,aca.3

    Imagine iniciar uma $ala# em um conte!to $ormal# com "ala&ras mais 1so$isticadas3 ede"ois misturar com uma $orma de linguagem 6em "o"ular# usando grias. Esta incoer7ncia"oderia "arecer inclusi&e uma 6rincadeira# modi$icando o sentido %ue o autor da $rasedese,a&a.

    4 Coer7ncia "ragm)tica - =odemos dizer %ue esse ti"o de coer7ncia ' &eri$icado atra&'sdo con(ecimento %ue "ossumos da realidade sociocultural# %ue inclui tam6'm umcom"ortamento ade%uado Hs con&ersaçes. e$ere-se ao te!to &isto como uma se%u7nciade atos de $ala. =ara (a&er coer7ncia nesta se%u7ncia# ' "reciso %ue os atos de $ala serealizem de $orma a"ro"riada# isto '# cada interlocutor# na sua &ez de $alar# de&e con,ugar

    o seu discurso ao do seu ou&inte# de $orma a manter a e!"ectati&a de conteLdo de acordocom a situação em %ue o te!to ' usado.

    Incoer7ncia "ragm)tica - e,a esta con&ersa entre amigos

    Maria# sa6e dizer se o ?ni6us "ara o Centro "assa a%ui8

    Eu entendo *oão. o,e $az um ano %ue min(a a&ó $aleceu.

    Note %ue Maria# na &erdade# não res"onde a "ergunta $eita "or *oão# "ois não esta6eleceuuma se%u7ncia na con&ersa. Ela "ro"?s outro assunto# irrele&ante "ara a "ergunta $eita.

    Assim# "erce6emos %ue na se%u7ncia de $alas deste e!em"lo não () coer7ncia.

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    Como &imos na Lltima aula# "ode-se concluir# "or esse moti&o# %ue um te!to coerente 'a%uele %ue ' ca"az de esta6elecer sentido. =or isso# a coer7ncia ' entendida como um"rinc"io de inter"reta6ilidade.

    =ara resumirmos a %uestão do %ue ' esta6elecido como te!to# e %ue caracteriza ate!tualidade# &amos recorrer a uma e!"licação de Qoc( e Tra&aglia# es"ecialistas noassunto

     1Ter te!tualidade ou te!tura ' o %ue $az de uma se%u7ncia lingustica um te!to e não umase%u7ncia ou um amontoado aleatório de $rases ou "ala&ras. A se%u7ncia ' "erce6idacomo te!to %uando a%uele %ue a rece6e ' ca"az de "erce67-la como uma unidadesigni$icati&a glo6al. =ortanto# tendo em &ista o conceito %ue se tem de coer7ncia# "odemosdizer %ue ' ela %ue d) origem H te!tualidade.3

    +egundo Melo# o 1te!to 0do latim te!tum tecido4 ' uma unidade 6)sica de organização etransmissão de ideias# conceitos e in$ormaçes de modo geral. Em sentido am"lo# umaescultura# um %uadro# um sm6olo# um sinal de trRnsito# uma $oto# um $ilme# uma no&ela

    de tele&isão tam6'm são $ormas te!tuais.3 0ME

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    iz res"eito ao grau de "re&isi6ilidade da in$ormação %ue &em no te!to# %ue ser) menosin$ormati&o# se conti&er a"enas in$ormação "re&is&el ou redundante.

    *) se conti&er in$ormação ines"erada ou im"re&is&el# o te!to ter) um grau m)!imo dein$ormati&idade# "odendo# H "rimeira &ista# "arecer at' incoerente "or e!igir do rece"torum grande es$orço de decodi$icação.

    Z4 Kocalização - Constitui-se no "ró"rio $oco do te!to# no assunto a ser tratado. Isso e&ita%ue um te!to com tema da glo6alização "asse a $alar mal dos "ases glo6alizados. O titulodo te!to '# em grande "arte dos casos# res"ons)&el "ela $ocalização. Tam6'm "ode seranalisado como a concentração dos usu)rios 0"rodutor e rece"tor4 em a"enas uma "artede seu con(ecimento.

    [4 Interte!tualidade - É uma interação entre te!tos# sendo um mecanismo im"ortante "arao entendimento de determinadas mensagens. Ocorre %uando um te!to $az alusão a outroste!tos# e!igindo do leitor uma 6usca de in$ormaçes $ora do uni&erso do te!to em %uestão.

    Isso ' comum tanto "ara a $ala colo%uial# em %ue se retomam con&ersas anteriores#%uanto "ara os notici)rios dos ,ornais# "or e!em"lo# %ue e!igem o con(ecimento denotcias ,) di&ulgadas como "onto de "artida.

    ;V4 Intencionalidade e aceita6ilidade - O "rimeiro $ator diz res"eito H intenção do emissor eo segundo re$ere-se H atitude do rece"tor de aceitar a mani$estação lingustica como umte!to coeso e coerente.

    Aula 0(.

    - CONCEITUANO @DNEO+ TEXTUAI+ E TI=O

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    S4 EX=O+I9O - A e!"osição ' um ti"o de te!to %ue a"resenta uma ideia# uma re$le!ão#um con(ecimento# uma e!"licação so6re um o6,eto 0"essoa# $ato# circunstRncia4. Comotraz in$ormaçes es"ec$icas so6re um tema# tam6'm ' c(amada de te!to in$ormati&o.

    4 E+CI9O - A descrição a"resenta um o6,eto do discurso 0"essoa# coisa#circunstRncia# $ato etc.4# realçando suas caractersticas e "ode ser o6,eti&a ou su6,eti&a.

    W4 IN*UN9O - A in,unção ' uma ti"ologia te!tual %ue se caracteriza "or determinar#indicar# orientar como se realiza uma ação.

    - @DNEO+ TEXTUAI+ :

    ;4 =OE+IA :

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    Os elementos do te!to são a"resentados de $orma clara# a $im de %ue o leitor não ten(adi$iculdades em conte!tualizar a situação a"resentada.

    O te!to a"resenta uma situação cotidiana. A narrati&a ' in$ormal e a linguagem utilizada 'colo%uial.

    Na aula anterior# tratamos de alguns te!tos argumentati&os. Te!tos desse ti"o t7m um

    o6,eti&o "rinci"al con&encer o outro de %ue seu "onto de &ista est) correto. Isto "ode ser$eito de &)rias maneiras. =or'm# e!iste um am6iente de e!trema $ormalidade em %ue oautor do te!to "recisa con&encer# "ersuadir o outro a "ensar como ele# "ois# assim# elegan(ar) a causa. Esse ' o am6iente ,urdico. A"resentaremos# a seguir# um te!to t"ico domundo ,urdico a "etição# uma $orma de "edir# de rei&indicar atra&'s da $undamentaçãona lei : E +

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    6A7ILI5A5ES 5E 8ALA  - Tão im"ortante %uanto escre&er com $acilidade em di&ersassituaçes# ' $alar com $acilidade# ter 6oa articulação discursi&a# at' "or%ue# %uando nosa"resentamos# em %ual%uer situação# $azemos isso atra&'s da $ala.

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    Aula 09.

    Js &ezes# na (ora de escre&er# &oc7 $ica com dL&idas# não ' mesmo8 Isso ' mais comumdo %ue &oc7 imagina. =ior ' %uando a dL&ida nem nos alerta so6re a "ossi6ilidade deestarmos escre&endo algo errado e só nos damos conta %uando algu'm nos corrige.

    Essa aula# &ai te au!iliar nessa %uestão# "ois $ar) uma re&isão so6re crase# reg7ncia#

    "ronomes de tratamento# colocação "ronominal e "ontuação. Assuntos %ue sem"re geramdL&idas e nos con$undem na (ora da escrita.

    oc7 "ode "ensar %ue ter) a"enas mais uma aula de gram)tica# mas o conteLdo ser)&oltado "ara a ade%uação desses tó"icos aos conte!tos em"resariais %ue serão muito Lteisna sua &ida "ro$issional a "artir de "r)ticas de leitura e "rodução te!tual.

    3A1Á41A8/  - o grego  paragraphos# %ue %uer dizer 1escre&er ao lado3 ou 1escrito aolado3.

    Ot(on @arcia# $amoso linguista 6rasileiro# a$irma %ue 1o "ar)gra$o ' uma unidade de te!to

    com"osta "or um ou mais de um "erodo# em %ue se desen&ol&e determinada ideia centralou nuclear# a %ue se agregam outras# secund)rias# intimamente relacionadas "elo sentido elogicamente decorrentes dela3. 0@ACIA# Ot(on. Comunicação em "rosa modernaa"rendendo a escre&er# a"rendendo a "ensar. BV. ed. +ão =aulo Kundação @etLlio argas#BVV;.4

    =ar)gra$os são as estruturas $ormadas "or unidades autossu$icientes de um discurso %uecom"em um te!to# a"resentando 6asicamente uma ideia# "ensamento ou "onto "rinci"al%ue o uni$ica.

    Essas unidades são c(amadas de tó"ico $rasal# %ue ' acom"an(ado "or detal(es %ue ocom"lementam.

    A organização do te!to em "ar)gra$os "ermite %ue o leitor detecte as ideias "rinci"ais dote!to e acom"an(e como $oram desen&ol&idas em seus di$erentes est)gios.

    =ara Ot(on @arcia# tó"ico $rasal designa um ou dois "erodos curtos iniciais %ue cont7m aideia-nLcleo do "ar)gra$o em te!to dissertati&o# descriti&o ou narrati&o.

    O tó"ico $rasal ' uma maneira "r)tica e e$iciente de estruturar o "ar)gra$o# "ois ,) de incioe!"e a ideia %ue se %uer "assar# a %ual ' com"ro&ada e re$orçada "elos "erodos

    su6se%uentes.

    3A1Á41A8/S L/N4/S E U1T/S. 

    A e!tensão do "ar)gra$o ' &ariada. E!istem "ar)gra$os de duas lin(as e tam6'm a%ueles%ue ocu"am uma ")gina inteira.

    *) %ue () essa &ariação# o %ue nos $az escre&er um "ar)gra$o curto ou estend7-lo um"ouco mais8 A ideia central %ue o "ar)gra$o a"resenta "ode ser um crit'rio "aradeterminar se este ser) curto ou mais e!tenso.

    @eralmente# "ar)gra$os longos são utilizados "ara manter uma continuidade do raciocnio.Em geral# o6ras cient$icas e acad7micas "ossuem "ar)gra$os mais longos "or duas razes

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    ;.As e!"licaçes são com"le!as e e!igem &)rias ideias e es"eci$icaçes5

    B.Os leitores "ossuem ca"acidade e $?lego "ara acom"an()-los.

    *) os "ar)gra$os curtos# seguindo esta lógica# são ade%uados "ara "e%uenos te!tos# e#geralmente# são escritos "or %uem tem "ouca "r)tica na escrita ou "ensando-se nosleitores %ue "ossuem "ouca "r)tica de leitura.

    oc7 ,) de&e ter re"arado %ue as notcias de ,ornal# "or e!em"lo# "ossuem "ar)gra$oscurtos# distri6udos em colunas estreitas. Ou %ue os te!tos escritos "ara serem lidos "ormeio da internet seguem esse "adrão. Esses te!tos "ossuem essa caracterstica "or causado "er$il dos leitores.

    O %ue &ai determinar a e!tensão do "ar)gra$o# "ortanto# ' a unidade tem)tica# %uanto oautor %uer desen&ol&7-la e o "er$il dos leitores.

    Ti+os de !:+icos mais comuns.

    e,a os ti"os mais comuns de tó"icos $rasais %ue au!iliam na (ora de iniciar um "ar)gra$o

    5eclara"ão inicial O autor declara uma o"inião "or meio de uma $rase a$irmati&a ounegati&a.  +er&e "ara &)rios ti"os de te!to# mas ' usualmente encontrada em te!tosargumentati&os. 

    E!em"lo A &iol7ncia $oi 6analizada "elos meios de comunicação.

    5e;ini"ão Trata-se de um 6om recurso did)tico. e$ine-se algo %uando se delimita o seusigni$icado dentro de um cam"o semRntico.  +er&e "ara &)rios ti"os de te!to# mas 'usualmente encontrada em te!tos dissertati&o-in$ormati&os. 

    E!em"lo O ,ornal ' um meio de comunicação "eriódico constitudo "or notcias#re"ortagens# cr?nicas# entre&istas# anLncios e outro ti"o de in$ormação de interesse"L6lico.

    5ivisão O "ar)gra$o "ode se iniciar di&idindo o assunto# indicando como ser) tratado emseu desen&ol&imento. +er&e "ara &)rios ti"os de te!to. 

    E!em"lo As in$ormaçes tomam dois camin(os "ara atingir o rece"tor o ,ornal im"resso ea tele&isão.

    In!erro*a"ão O autor %uer aguçar a curiosidade do leitor acerca do tratamento dado aum determinado tema# mediante uma "ergunta. +er&e "ara &)rios ti"os de te!to# mas 'usualmente encontrada em te!tos argumentati&os. 

    E!em"lo O crescente uso da internet "ro&ocar) o $im do ,ornal im"resso8

    Alusão

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    oesão se%uencial e a rela"ão com o sen!ido O "ar)gra$o não se limita ao tó"ico#não ' mesmo8 E o te!to %ue se segue ao tó"ico no es"aço do "ar)gra$o c(ama-sedesen&ol&imento. Gue# de $ato# ' o desen&ol&imento da ideia introduzida no tó"ico. Aseguir# a"resentamos alguns deles "ara %ue &oc7 se ins"ire na ela6oração de seus te!tos e"ara %ue $i%ue mais atento# sendo ca"az de "roduzir in$er7ncias# deduçes# %uando esti&erlendo e "roduzindo sentidos com suas leituras.

    Ex+lana"ão da declara"ão inicial O autor esclarece a a$irmação ou negação %ue $ez notó"ico. 

    E!em"lo A &iol7ncia $oi 6analizada "elos meios de comunicação. +omos 6om6ardeadostodo o tem"o "or relatos de agresses# &ia tele&isão# r)dio e ,ornais. =arece at' %ue oo6,eti&o ' tornar normal a 6ar6aridade# re"etindo os $eitos dos 6andidos &ezes sem conta#at' a e!austão.

    Enumera"ão de de!al=es Trata-se de um ti"o de desen&ol&imento muito es"ec$ico#"ois ' 6astante comum em "ar)gra$os descriti&os. Nesse sentido# () uma "reocu"ação em

    a"resentar detal(es da a$irmação %ue $oi $eita# de maneira mais gen'rica# no tó"ico. 

    E!em"lo A &iol7ncia $oi 6analizada "elos meios de comunicação. +endo assim# os ,ornaissó $alam de sangue e trag'dia. A tele&isão# "or sua &ez# "rioriza as mazelas como $orma demanter a audi7ncia. At' a internet# em6ora se,a um meio ,o&em# não se di$erencia dosseus antecessores# "ois ' ela tam6'm meio de "r)tica de crimes de "edo$ilia# "or e!em"lo.

    om+ara"ão ) %uem $aça distinção entre ANAncia Esse desen&ol&imento a"resenta uma relação de causas "ara adeclaração $eita no tó"ico ou dela decorrentes. Em outros casos# "ode a"resentar asconse%u7ncias ou at' mesmo as causas e conse%u7ncias ,untas. 

    E!em"lo A &iol7ncia $oi 6analizada "elos meios de comunicação. Tal uso resulta em umas'rie de distorçes# como a a"resentação de cenas c(ocantes em (or)rios inade%uados natele&isão# "or e!em"lo. Isso gera nos teles"ectadores uma es"'cie de senso comum %ueaceita a &iol7ncia como algo natural.

    Agora %ue ,) estudamos 6astante so6re "ar)gra$o# &amos sa6er %uando realizar uma"ar)$rase "ara "oder rec(ear os seus "ar)gra$os de in$ormaçes.

    Mas "rimeiro res"onda ser) %ue &oc7 ,) $ez uma "ar)$rase8 Analise as duas o"çes a6ai!oe escol(a a %ue mais de ade%ua ao seu "er$il

    •  Eu nunca "recisei "assar uma in$ormação de outra "essoa adiante. i&o numa il(a

    deserta e "or a%ui eu sou o Lnico %ue cria e escuta os discursos.•  i&o em sociedade e regularmente "reciso comunicar algo %ue li ou escutei a outras

    "essoas.

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    Agora &oc7 ,) tem ideia do %ue estamos $alando# certo8 oc7 "ode nem mesmo sa6ere!atamente o %ue ' uma "ar)$rase# mas com certeza ,) $ez uma. Ainda du&ida8

    Kazemos uma "ar)$rase %uando transmitimos uma in$ormação ou&ida ou lida "ara outras"essoas com as nossas "ala&ras. +im"les# não '8 Com certeza &oc7 ,) $ez "ar)$rasesinLmera &ezes. A não ser %ue realmente more numa il(a deserta.

    E &oc7 não ac(a %ue dizer com suas "ala&ras o %ue ,) $oi dito "or outra "essoa &ai ser umasituação muito comum na sua &ida acad7mica e "ro$issional8 Não "recisa&a nem"erguntar# não ' mesmo8

    Essa t'cnica de reescrita ' um ótimo e!erccio "ara am"liarmos nosso &oca6ul)rio#a"er$eiçoando nossa "recisão &oca6ular# e "ara treinarmos a a"resentação da mesma ideiade $ormas di$erentes.

    A "ar)$rase ' muito Ltil %uando temos necessidade de re"roduzir um conteLdo "ara um"L6lico es"ec$ico. Al'm disso# ' um recurso muito utilizado nos te!tos acad7micos# ,) %ue#

    "or meio dela# conseguimos a"resentar as ideias dos autores estudados sem recorrer Hcitação direta ou mesmo %uando a intenção ' a"resentar o "ensamento de um autor de$orma mais o6,eti&a.

    =recisão &oca6ular - Guando conseguimos em"regar o termo certo no lugar certo. Guandoescol(emos a mel(or "ala&ra "ara descre&er o %ue %ueremos dizer estamos e!ercendo a"recisão &oca6ular.

    =or e!em"lo# ' mais "reciso dizer %ue 1&amos consultar o dicion)rio3 do %ue 1&amos usar odicion)rio3# "ois "odemos usar o dicion)rio "ara aumentar a altura do monitor de nossocom"utador. Não ' a sua utilidade# mas ' "oss&el# certo8

    A am6iguidade ' um "ro6lema %ue de&emos considerar e e!ige %ue a"resentemos sem"reuma mensagem clara# um raciocnio linear# e a "recisão &oca6ular nos au!ilia muito nesta%uestão.

    ATEN?@/ =ar)$rase não ' resumo e nem ' "l)gio. É im"ortante destacar %ue a "ar)$rasenão ' um sin?nimo de resumo. 

    esumo como &eremos no decorrer da aula# "ri&ilegia a sntese# isto '# uma redução. *) a"ar)$rase se "ro"e a $azer uma es"'cie de tradução do te!to original# "odendo# inclusi&e#

    ser maior do %ue este.Outra %uestão muito im"ortante ' %ue de&emos sem"re in$ormar a $onte ou o autor %ueestamos "ara$raseando# mesmo %ue com a "ar)$rase não este,amos mais utilizando as"ala&ras de outra "essoa.

    =ar)$rase não ' "l)gio# mas se um te!to $or "ara$raseado e não in$ormar a de&ida $onte setornar) um "l)gio# ainda %ue se,a um ato in&olunt)rio.

    =ara e&itar esse "ro6lema# de&emos sem"re dar cr'dito ao &erdadeiro autor# ao dono daideia %ue estamos "ara$raseando.

    omo ;aer uma +ar$;raseB

    Como &imos# "ara "roduzir uma "ar)$rase ' "reciso seguir as ideias do te!to original#re"roduzindo-as de outra maneira# de $orma resumida ou mesmo am"liando o te!to.

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     amos &er agora algumas dicas %ue o a,udarão na (ora de ela6orar uma "ar)$rase

    5e;inir o ob,e!ivo  - =rimeiramente# &oc7 de&e de$inir o o6,eti&o da "ar)$rase. =or %ue&oc7 "recisa reescre&er o te!to8 =ara ade%u)-lo a no&os leitores ou meio de comunicação8=ara moderniz)-lo8 =ara utiliz)-lo em um tra6al(o acad7mico8 Essa an)lise &ai a,ud)-lo adecidir %ual ser) a linguagem utilizada na "ar)$rase.

    8aer uma lei!ura cuidadosa - oc7 de&er) $azer uma leitura cuidadosa e atenta#destacando e $azendo anotaçes# e# a "artir da# decidir se &ai a"enas rea$irmar a ideiaa"resentada com suas "ala&ras ou se ser) necess)rio esclarecer o tema central do te!toa"resentado# acrescentando as"ectos rele&antes.

    Não dis!orcer a mensa*em  - Em6ora &oc7 &) redigir a "ar)$rase com suas "ala&ras eestilo "ró"rio# de&e seguir "assos do te!to original sem omitir in$ormaçes %ue "ermitamaos seus leitores uma inter"retação $iel do te!to estudado. Tomando sem"re muito cuidado"ara não distorcer a mensagem.

    Unir ideias a;ins - oc7 "ode unir ideias a$ins# de acordo com a identidade e e&olução dote!to-6ase# reorganizando o te!to em 6locos de assunto# "or e!em"lo# mas res"eitando ae&olução dos argumentos do autor.

    Subs!i!uir as +alavras rebuscadas - Consulte o dicion)rio e su6stitua as "ala&ras menosusadas# ou muito re6uscadas# "or "ala&ras %ue se,am de con(ecimento do "L6lico geral#tentando# o6&iamente# se "reocu"ar com a "recisão &oca6ular.

    1eler o seu !ex!o ;inal  - edi,a o te!to 6uscando a sntese das ideias e a clareza.=reocu"e-se com a "ontuação# a coesão e coer7ncia. Não $aça coment)rios ou d7 suao"inião. e"ois# releia a "ar)$rase "ara encontrar "oss&eis erros e corri,a-os.

    1ESUC/ - esumo# di$erente da "ar)$rase %ue estudamos agora# ' uma condensação $ieldas ideias ou dos $atos contidos no te!to.

    +igni$ica reduzi-lo ao %ue ' essencial# mas sem "erder de &ista tr7s elementos

    / Cada uma das "artes essenciais do te!to5

    / A "rogressão em %ue elas acontecem5

    / A correlação %ue o te!to esta6elece entre cada uma dessas "artes.

    Guem resume de&e e!"rimir somente o %ue ' essencial no te!to# "or isso# assim como a"ar)$rase# não se "ode $azer coment)rios ou ,ulgamentos.

    Muitas "essoas ,ulgam %ue resumir ' "roduzir $rases ou "artes do te!to original#construindo uma es"'cie de 1colagem3. =or'm# isso não ' um resumo.

    esumir ' a"resentar# com suas "ró"rias "ala&ras# a"enas os "ontos %ue ,ulgamosrele&antes no te!to# sendo o6rigatoriamente menor do %ue o original.

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    esumo '# "ortanto# uma a"resentação sint'tica e seleti&a das ideias de um te!to#ressaltando a "rogressão e a articulação delas.

    Nele de&em a"arecer as "rinci"ais ideias do autor do te!to e de&em ser omitidas as nossasim"resses e inter"retaçes.

    omo elaborar um resumo A ela6oração de um resumo e!ige mais (a6ilidade de

    leitura do %ue de escrita. =ara $azer um resumo ' essencial com"reender o conte!to geraldo te!to. Inter"ret)-lo. 

    E a%ui &ai uma dica im"ortante

    Não ' "oss&el ir resumindo H medida %ue se &ai $azendo a "rimeira leitura# "ois assim nãosa6emos se o %ue est) sendo lido na%uele momento realmente com"e a "arte maisrele&ante do todo.

    É necess)rio $azer uma leitura "r'&ia de todo o te!to e destacar as "artes %ue ,ulgamosmais im"ortantes "ara de"ois iniciar o resumo.

    É im"rescind&el res"onder a duas "erguntas %uando esti&er ela6orando o resumo

    O %ue o autor "retende demonstrar8

    e %ue trata o te!to8

    Não ten(a dL&ida %ue essas res"ostas te a,udarão a re$letir so6re o te!to e guiarão o seuresumo.

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    / Não () limite de ")ginas# desde %ue se,a menor do %ue o te!to-6ase# mas e!istemalgumas recomendaçes.

    lassi;ica"ão dos 1esumos Os dois "rinci"ais ti"os de resumo são

    1esumo indica!ivo ou ;ic=amen!o O resumo indicati&o ou $ic(amento caracteriza-secomo sum)rio narrati&o %ue elimina dados %ualitati&os e %uantitati&os# mas não dis"ensa a

    leitura do original. É con(ecido tam6'm como descriti&o. e$ere-se Hs "artes maisim"ortantes do te!to. =ode ser usado# "or e!em"lo# "ara adiantar o assunto de um ane!ode e-mail. Indica as "rinci"ais ideias em torno das %uais o te!to $oi ela6orado. Normalmente ' utilizado em "ro"agandas# cat)logos de editoras# li&rarias e distri6uidorasou ainda em 6re&es e!"osiçes de determinadas o6ras.

    1esumo in;orma!ivo O resumo in$ormati&o# tam6'm con(ecido como analtico# "odedis"ensar a leitura do te!to original. A"resenta o o6,eti&o da o6ra# m'todos e t'cnicasem"regados# resultados e concluses. Nele e&itam-se coment)rios "essoais e ,uzos de&alor. A"resenta todas as in$ormaçes# de $orma sint'tica# %ue o autor usou "ara criar o

    te!to. Indis"ensa&elmente de&e conter

    / Assunto5

    / =ro6lema e>ou o o6,eti&o5

    / Metodologia5

    / Ideias "rinci"ais em $orma sint'tica5

    / Concluses.

    3ara a A7NT +egundo a A]NT# () outros dois ti"os de resumo

    1esumo in;orma!ivoindicati&o com6ina os dois ti"osanteriores %ue aca6amos de &er 0esumo indicati&o ou $ic(amento e esumo in$ormati&o4.Este ti"o tam6'm "ode dis"ensar a leitura do te!to original %uanto Hs concluses# mas não%uanto aos demais as"ectos tratados.

    1esumo crí!ico - O resumo crtico# tam6'm denominado recensão ou resen(a# ' redigido"or es"ecialistas e com"reende an)lise e inter"retação de um te!to. Trata-se de umaes"'cie de ,ulgamento. É uma das ati&idades %ue "ode ser solicitada como e!erccio no

    meio acad7mico.=odemos concluir %ue resumo ' uma a"resentação concisa dos elementos maisim"ortantes de um te!to sem "erder a sua ess7ncia. =ortanto# trata-se um "rocedimentode reduzir um te!to sem alterar seu conteLdo.

    Constitui-se# assim# uma $orma "r)tica de estudo %ue "artici"a ati&amente daa"rendizagem# uma &ez %ue $a&orece a retenção de in$ormaçes 6)sicas. Anote a "ara nãoes%uecer as caractersticas de um 6om resumo e# sem"re %ue $izer um# "rocure a"lic)-las.

    •  ]re&idade# "ois só de&e a"resentar as ideias "rinci"ais5•  es"eito "ela se%u7ncia de ideias do te!to5•  Clareza# ,) %ue os $atos a"resentados de&em ser o6,eti&os5•  igor# "ois as ideias "rinci"ais de&em ser re"roduzidas sem erros.

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    EXEC\CIO+

    4. * frase 5* velha geraço est! caminhando para uma ruptura institucional com relaço à nova geraço, que quer ter o

    direito de escolher quem vai cuidar de sua poupança, e no quer ver seus sal!rios usados para as aposentadorias dos outros6

    pode assim ser resumida(

    4% * velha geraço é ego1sta quanto à aposentadoria.

    7% * nova geraço é altru1sta quanto ao financiamento das aposentadorias.8% * nova geraço quer permanecer financiando as aposentadorias dos outros.

    9% * nova geraço no quer financiar as aposentadorias dos outros.

    :% * velha geraço no encontrar! problemas de aposentadoria.

    7. 5;e voc' quer convencer alguém de alguma coisa, o melhor é dei&!-lo chegar à concluso soinho, em ve de voc' impor a

    sua. ;e ele chegar à mesma concluso, voc' ter! um aliado. ;e voc' apresentar a sua concluso, ter! um desconfiado.6

    );tephen esconfiado é aquele que chega à mesma concluso alheia.

    9% =ara termos um desconfiado, devemos dei&ar que ele chegue à concluso soinho.

    :% >evemos fornecer dados para que as pessoas que nos escutam pensem como ns.

    8. 5screver de véspera é escrever li&o na certa. =or isto, nossa imprensa vem piorando cada ve mais, e com a internet nem

    de véspera se escreve mais. ?nternet de conte3do é uma ficço.6 );tephen eve-se faer rascunho de qualquer documento a ser emitido.

    7% #o se deve faer rascunho de nenhum documento a ser emitido.

    8% #ossa imprensa piora cada ve mais porque s escreve li&o.

    9% #ossa imprensa pioraria cada ve mais se escrevesse de véspera.

    :% Os rascunhos devem ser ignorados pelo bom redator.

    9. 5* regra b!sica daqui para frente é a compet'ncia. ompet'ncia profissional, e&peri'ncia pr!tica e no terica,

    habilidades de todos os tipos. >e agora em diante, seu sucesso ser! garantido no por quem o conhece, mas por quem confiaem voc'. stamos entrando numa nova era no +rasil, a era da meritocracia. *queles b/nus milion!rios que um famoso banco

    de ;o =aulo vive distribuindo no so para os filhos do dono, mas para os funcion!rios que demonstraram mérito.6 );tephen

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    :. 52uantas vees no participamos de uma reunio e alguém di @vamos parar de discutirA, no sentido de pensar e tentar

    @verA o problema de outro BnguloC 2uantas vees a gente simplesmente no @en&ergaA a questoC ;e voc' realmente quiser

    ter ideias novas, ser criativo, ser inovador e ter uma opinio independente, aprimore primeiro os seus sentidos. Doc' estar!

    no caminho certo para começar a pensar.6 );tephen

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    +em"re %ue argumentamos# temos o intuito de con&encer algu'm a "ensar como nós. Nomomento da construção te!tual# os argumentos são essenciais# esses serão as "ro&as %uea"resentaremos# com o "ro"ósito de de$ender nossa ideia e con&encer o leitor de %ue essa' a correta. =ara tal# muitas &ezes "recisamos usar a lógica induti&a e>ou deduti&a "ara$ormularmos nossos argumentos# 6em como usar outras estrat'gias.

    Ti+os de ar*umen!o mais comuns

    Ar*umen!o de au!oridade G A conclusão se sustenta "ela citação de uma $ontecon$i)&el# %ue "ode ser um es"ecialista no assunto# dados de uma instituição de "es%uisaou uma $rase dita "or uma autoridade.

    Ar*umen!o +or causa e conse%u>ncia G A tese ' com"ro&ada "or relaçes de causa ee$eito.

    Ar*umen!o da exem+li;ica"ão < ilus!ra"ão G A tese ' de$endida com o relato de ume!em"lo real. Esse recurso ' usado %uando a tese carece de maiores esclarecimentos "or

    ser muito teórica.Ar*umen!o de +rovas concre!as ou senso comum G A tese ' de$endida "or meio dein$ormaçes e!tradas da realidade# tais como dados estatsticos ou $atos de domnio"L6lico.

    A con!raar*umen!a"ão.

    A contra-argumentação nada mais ' %ue uma no&a argumentação em %ue se "rocuradesmontar um raciocnio anteriormente a"resentado. Uma $orma 6astante e$icaz de secontra argumentar ' utilizar o senso comum 0a%uilo %ue as "essoas usam no seu cotidiano5o %ue ' natural e $)cil de entender# o %ue elas "ensam %ue se,am &erdades# geralmente

    "or%ue ou&iram de algu'm# %ue tam6'm ou&iu de algu'm4.

    EXEC\CIO+

    4. Eeia o te&to a seguir(

    F! mais uma questo em que se deve pensar na consideraço das especificidades da modalidade escrita G aargumentaço. H através dela que o locutor defende seu ponto de vista. * argumentaço contribui na criaço de um jogoentre quem escreve o te&to e um poss1vel leitor, j! que aquele discute com este, procurando mostrar-lhe que tipo de ideias olevaram a determinado posicionamento. >ito de outra maneira, ao escrever um te&to o locutor estabelece relaç0es a partirdo tema que se prop/s a discutir e tira conclus0es, procurando convencer o receptor ou conseguir sua adeso ao te&to.

    #o se pode traçar uma distinço absoluta entre coeso e argumentaço( a coeso garante a e&ist'ncia de umarelaço entre as partes do te&to que tomadas como um todo devem constituir um ato de argumentaço. *s duas noç0escontribuem para a constituiço de um conjunto significativo capa de estabelecer uma relaço entre sujeito que escreve eseu virtual interlocutor.

    H prprio da linguagem seu car!ter de interlocuço. * escrita no foge a esse princ1pio, ela também buscaestabelecer uma relaço entre sujeitos. O te&to deve ser suficiente para caracteriar seu produtor enquanto um agente, umsujeito daquela produço, ao mesmo tempo em que confere identidade ao seu interlocutor. O te&to, enquanto umatotalidade revestida de significados, acaba sendo um jogo entre sujeitos, entre locutor e interlocutor.

    om base nos seus conhecimentos sobre o argumento e sua presença em um determinado par!grafo, indique qual é oargumento constante no terceiro par!grafo(

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     4% * escrita no foge a esse princ1pio, ela também busca estabelecer uma relaço entre sujeitos.

    7% H prprio da linguagem seu car!ter de interlocuço.

    8% O te&to, enquanto uma totalidade revestida de significados, acaba sendo um jogo entre sujeitos, entre locutor e

    interlocutor.

    9% O te&to deve ser suficiente para caracteriar seu produtor enquanto agente, sujeito, daquela produço, ao mesmo

    tempo em que confere identidade ao seu interlocutor.

    7. Ainda sobre o texto acima, escolha a opção correta: 

    4% #o segundo par!grafo, o argumento est! compreendido no primeiro per1odo, j! que o segundo per1odo desse mesmo

    par!grafo corresponde a uma e&plicaço do primeiro.

    7% O argumento do terceiro par!grafo é o per1odo "O te&to, enquanto uma totalidade revestida de significados, acaba

    sendo um jogo entre sujeitos, entre locutor e interlocutor", j! que ele é respons!vel por desencadear as ideias contidas nos

    outros per1odos.

    8% #o primeiro par!grafo, quando o autor inicia um per1odo com ">ito de outra maneira", ele est! indicando ao leitor

    qual é o tpico frasal, qual o argumento presente no par!grafo em questo.

    9% O te&to acima é dissertativo, j! que e&p0e um conhecimento sem interesse em convencer o leitor de umadeterminada posiço tomada pelo autor.

    Aula 0H.

    Um +in*o de !eoria... 

    Alguns te!tos necessitam mais de nossos con(ecimentos# "or%ue as "ala&ras não se6astam sozin(as. Então# "ara entendermos a mensagem# necessitamos com6inar Hs"ala&ras mais in$ormaçes# e essas in$ormaçes &7m de nosso con(ecimento de mundo.

    1ecursos +ara a!ribuir e;ei!os de sen!ido me!$;ora e me!onímia

    As inter"retaçes %ue aca6amos de $azer no e!em"lo "assado $oram "oss&eis "or%ueacionamos &)rios mecanismos mentais "ara dar conta do entendimento. Tudo isso ser&e"ara mostrar %ue nem sem"re as mensagens estão e&identes e com"reendidas somentenos elementos le!icais 0nas "ala&ras "resentes no te!to4.

    amos começar a e!"lorar outras "ossi6ilidades de "rodução de sentido $alando de dois"rocessos essenciais na linguagem Metáfora e Metonímia) res"ons)&eis "or uma grande%uantidade de e$eitos de sentido na lngua.

    oncei!uando me!$;ora...

    *os' Carlos de Azeredo# em sua Gramática 0BVVZ# ". Z4 assim conceitua 1Met)$ora ' um"rinc"io oni"resente da linguagem# "ois ' um meio de nomear um conceito de um dadodomnio de con(ecimento "elo em"rego de uma "ala&ra usual em outro domnio. Essa&ersatilidade $az da met)$ora um recurso de economia le!ical# mas com um "otenciale!"ressi&o muitas &ezes sur"reendente3.

    E!em"li$icando o conceito...

    A met)$ora ' o em"rego da "ala&ra $ora do seu sentido normal. Esta cria uma associaçãode sentidos de $orma $igurada# sendo classi$icada como uma $igura de linguagem.

    Ela 6aseia-se na trans$er7ncia 0o grego metaphorá signi$ica trans"orte4 de um termo "ara

    um conte!to %ue não l(e ' "ró"rio. Guando isso ocorre# temos um "rocesso meta$órico de"rodução de sentido.

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    oncei!uando me!onímia...

    *os' Carlos de Azeredo# em sua Gramática  0BVVZ# ". ZW4 assim conceitua 1Metonmiaconsiste na trans$er7ncia de um termo "ara o Rm6ito de um signi$icado %ue não ' o seu#"rocessado "or uma relação cu,a lógica se d)# não na semel(ança# mas na contiguidadedas ideias3.

    Na metonmia# a relação entre os elementos %ue os termos designam não de"ende

    e!clusi&amente do indi&duo# mas da ligação o6,eti&a %ue esses elementos mant7m narealidade.

    ATEN?@/ Na met)$ora a su6stituição de um termo "or outro se d) "or um "rocessointerno# intuiti&o# estritamente de"endente do su,eito %ue realiza a su6stituição. Nametonmia# o "rocesso ' e!terno# "ois a relação entre a%uilo %ue os termos signi$icam '&eri$ic)&el na realidade e!terna ao su,eito %ue esta6elece tal relação.

    A metonmia consiste em em"regar um termo no lugar de outro# (a&endo entre am6osestreita a$inidade ou relação de sentido.

    =ara esta6elecermos uma com"aração# &amos usar como 6ase o te!to de A$rRnio da +il&a

    @arcia# "u6licado no site do Crculo Kluminense de Estudos Kilológicos e

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    oc7 "erce6e %ue# neste te!to# a descrição do com"ortamento do ,o&em não ' muito clara8O leitor "recisa $azer algumas cone!es com a%uilo %ue ,) sa6e so6re os ,o&ens# so6re a"ai!ão# so6re a &ida# "ara entender o +ENTIO das in$ormaçes. O sentido est)# "ortanto#IM=

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    ?. F! presença de meton1mia na passagem "mão que hipnotiza meus olhos intimidados".

    ??. F! presença de met!fora na comparaço entre "mo" e "porcelana".

    ???. F! presença de met!fora em "dedos longos de pianista".

    a% *s afirmativas ? e ??? esto corretas.

    b% *s afirmativas ?? e ??? esto corretas.c% *s afirmativas ? e ?? esto corretas.

    d% ;omente a afirmativa ?? est! correta.

    Aula 0H.

    Como &oc7 de&e sa6er# as "ala&ras de uma lngua "odem "ossuir mais de um sentido emdi$erentes conte!tos de uso. C(amamos esse $en?meno de +olissemia# e são raras as"ala&ras %ue não o a"resentam. Em outros termos# todas as "ala&ras tendem a ser

    "oliss7micas# ,ustamente "ela "ossi6ilidade de se tomar um determinado termo em sentido$igurado 0como na met)$ora e na metonmia4# entre outras causas.

    6omonímia ' outro $en?meno temos "ala&ras %ue "ossuem 1razes3 distintas# mas %uesão id7nticas na maneira de escre&er e de $alar. Nesses casos# $orma-se um (om?nimodois &oc)6ulos %ue "ossuem a mesma con$iguração $onológica e ortogr)$ica.

    Uma das $erramentas discursi&as "ara se e!"lorar o car)ter "oliss7mico das "ala&ras ' odu"lo sentido. =or esse "rinc"io# "odemos de$inir du"lo sentido como a "ro"riedade %uet7m certas "ala&ras e e!"resses da lngua de serem inter"retadas de duas maneiras

    di$erentes em di$erentes conte!tos de utilização da lngua./ du+lo sen!ido ' um es$orço intencional de se e!"lorar dois sentidos distintos da mesma"ala&ra ou e!"ressão. Em outros termos# o autor do te!to intencionalmente a"ela "ara adu"la "ossi6ilidade de inter"retação do leitor e usa tal "ossi6ilidade como $orma deenri%uecer seu te!to.

    i$erentemente do du"lo sentido# a ambi*uidade ' a indeterminação de sentido %uecertas "ala&ras ou e!"resses a"resentam# di$icultando a com"reensão de umadeterminada "assagem do te!to# ou at' dele como um todo.

    Em6ora muitas "essoas considerem du"lo sentido e am6iguidade sin?nimos# eles não são.A am6iguidade não ' intencional# ,) %ue sua ocorr7ncia ' resultado de alguma construçãolingustica "ro6lem)tica.

    Ambi*uidade lexical  : Uso de "ala&ras ou e!"resses cu,os sentidos "odem gerarinter"retação inde&ida. 

    Ambi*uidade lexical : Kal(a na dis"osição de "ala&ras ou e!"resses em um "erodo ouuso inde&ido de re$erente.

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