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“Anamnese das cefaléias”
Henrique Carneiro -Hospital Mater Dei – BH
Simpósio da Sociedade Mineira de Cefaléia
Fundação da Liga Acadêmica de Cefaléia e Dor de Barbacena
Anamnese das cefaléias Henrique Carneiro
Doutor, me ajude por favor. Já não agüento mais conviver
com esta dor !!!
Anamnese das cefaléias
Está entre as 20 causas mais freqüentes de atendimento ambulatorial- hospitalar
4ª causa de procura aos atendimentos de urgência
LyN. Advance data from vital ad health statistics;2001;321:1-28.
Anamnese das cefaléias
Anamnese das cefaléias
“A cefaléia tão frequentemente considerada como irmã feia da especialidade
(neurológica), ambígua, mal entendida e sempre chata na clínica, recebeu um
up grade, e deixou que revelássemos alguns de seus segredos que vieram a enriquecer
nossa prática e melhorar a qualidade de vida de seus sofredores...”
Peter Goadsby
Anamnese das cefaléias
Anamnese = relembrar, trazer a novamente à memória, recordar.
Direcionamento sem mecanicismo
O que está causando isto e como posso ajudar ?
Anamnese das cefaléias
Pré requisitos básicos:
1. Conhecimento para saber o que procura
2. Inteligência para interpretar o que encontra
3. Paciência para cativar e obter a colaboração do doente
4. Atenção para captar todos os detalhes
5. TEMPO, para melhorar a acurácia
Anamnese das cefaléias
A anamnese:
Passo 1: Adquirir confiança e empatia Inicie a conversa com temas cotidianos até que se
conheçam melhor Mostre-se solidário Acredite na queixa Não existe protocolo:
pacientes diferentes = abordagens diferentes
Anamnese das cefaléias
A anamnese:
Passo 2: Saber o que abordar
1.1. InícioInício2.2. FrequênciaFrequência
3.3. DuraçãoDuração
4.4. Local Local
5.5. Qualidade Qualidade
6.6. QuantidadeQuantidade
7.7. Fatores associadosFatores associados
8.8. DesencadeantesDesencadeantes
9.9. AgravantesAgravantes
10.10. Fatores de alívioFatores de alívio
11.11. PercepçãoPercepção
12.12. TratamentosTratamentos PréviosPrévios
Há quanto tempo tem dor de cabeça ?
Cefaléias primárias X secundárias Períodos assintomáticos Piora recente
Anamnese das cefaléias
1.1. InícioInício
2.2. FrequênciaFrequência3.3. DuraçãoDuração
4.4. Local Local
5.5. Qualidade Qualidade
6.6. QuantidadeQuantidade
7.7. Fatores associadosFatores associados
8.8. DesencadeantesDesencadeantes
9.9. AgravantesAgravantes
10.10. Fatores de alívioFatores de alívio
11.11. PercepçãoPercepção
12.12. TratamentosTratamentos PréviosPrévios
Com que freqüência suas dores ocorrem ?
Diferenciação entre as várias causas de cefaléias primárias
Anamnese das cefaléias
1.1. InícioInício
2.2. FrequênciaFrequência
3.3. DuraçãoDuração4.4. Local Local
5.5. Qualidade Qualidade
6.6. QuantidadeQuantidade
7.7. Fatores associadosFatores associados
8.8. DesencadeantesDesencadeantes
9.9. AgravantesAgravantes
10.10. Fatores de alívioFatores de alívio
11.11. PercepçãoPercepção
12.12. TratamentosTratamentos PréviosPrévios
Quando a dor começa, quanto tempo dura ?
Você dorme já dormiu e acordou com a dor?
Há oscilações durante a dor ?
Anamnese das cefaléias
1.1. InícioInício
2.2. FrequênciaFrequência
3.3. DuraçãoDuração
4.4. Local Local 5.5. Qualidade Qualidade
6.6. QuantidadeQuantidade
7.7. Fatores associadosFatores associados
8.8. DesencadeantesDesencadeantes
9.9. AgravantesAgravantes
10.10. Fatores de alívioFatores de alívio
11.11. PercepçãoPercepção
12.12. TratamentosTratamentos PréviosPrévios
Aonde da cabeça que doi ?
Aonde começa ? Aponte com o dedo o trajeto da dor
(irradiações)
Anamnese das cefaléias
1.1. InícioInício
2.2. FrequênciaFrequência
3.3. DuraçãoDuração
4.4. Local Local
5.5. QualidadeQualidade
6.6. QuantidadeQuantidade
7.7. Fatores associadosFatores associados
8.8. DesencadeantesDesencadeantes
9.9. AgravantesAgravantes
10.10. Fatores de alívioFatores de alívio
11.11. PercepçãoPercepção
12.12. TratamentosTratamentos PréviosPrévios
Tente descrever como é sua dor.
Ajude se necessário, sem induzir (aperta, queima, lateja, fura)
Aceite que alguns pacientes não conseguem definir.
Anamnese das cefaléias
1.1. InícioInício
2.2. FrequênciaFrequência
3.3. DuraçãoDuração
4.4. Local Local
5.5. Qualidade Qualidade
6.6. QuantidadeQuantidade7.7. Fatores associadosFatores associados
8.8. DesencadeantesDesencadeantes
9.9. AgravantesAgravantes
10.10. Fatores de alívioFatores de alívio
11.11. PercepçãoPercepção
12.12. TratamentosTratamentos PréviosPrévios
Qual a intensidade da dor ? Escala visual (0 – 10)
Interferência nas atividades de vida diária: Leve = não interfere Moderada = interfere Forte = Impossibilita
Anamnese das cefaléias
1.1. InícioInício
2.2. FrequênciaFrequência
3.3. DuraçãoDuração
4.4. Local Local
5.5. Qualidade Qualidade
6.6. QuantidadeQuantidade
7.7. Fatores associadosFatores associados8.8. DesencadeantesDesencadeantes
9.9. AgravantesAgravantes
10.10. Fatores de alívioFatores de alívio
11.11. PercepçãoPercepção
12.12. TratamentosTratamentos Prévios Prévios
Quando a dor vem o que mais você sente ?
Deixe que o paciente fale espontâneamente
Pergunte após sobre aversão a cheiros
Barulho, luz. Presença de aura visual e parestésica.
O que você costuma fazer quando está com dor?
Anamnese das cefaléias
1.1. InícioInício
2.2. FrequênciaFrequência
3.3. DuraçãoDuração
4.4. Local Local
5.5. Qualidade Qualidade
6.6. QuantidadeQuantidade
7.7. Fatores associadosFatores associados
8.8. DesencadeantesDesencadeantes9.9. AgravantesAgravantes
10.10. Fatores de alívioFatores de alívio
11.11. PercepçãoPercepção
12.12. TratamentosTratamentos Prévios Prévios
O que causa sua dor ?
Alimentos, estresse, sono, jejum, ciclos menstruais, exercícios físicos, álcool, medicações, traumas prévios.
Anamnese das cefaléias
1.1. InícioInício
2.2. FrequênciaFrequência
3.3. DuraçãoDuração
4.4. Local Local
5.5. Qualidade Qualidade
6.6. QuantidadeQuantidade
7.7. Fatores associadosFatores associados
8.8. DesencadeantesDesencadeantes
9.9. AgravantesAgravantes10.10. Fatores de alívioFatores de alívio
11.11. PercepçãoPercepção
12.12. TratamentosTratamentos PréviosPrévios
O que você sabe que piora sua dor?
Exercícios, luz, barulho, odores, ansiedade
Anamnese das cefaléias
1.1. InícioInício
2.2. FrequênciaFrequência
3.3. DuraçãoDuração
4.4. Local Local
5.5. Qualidade Qualidade
6.6. QuantidadeQuantidade
7.7. Fatores associadosFatores associados
8.8. DesencadeantesDesencadeantes
9.9. AgravantesAgravantes
10.10. Fatores de Fatores de alívioalívio
11.11. PercepçãoPercepção
12.12. TratamentosTratamentos PréviosPrévios
O que você faz para melhorar quando está com dor ?
Gelo, massagens, acupuntura, relaxamento, tenta esquecer.
Anamnese das cefaléias
1.1. InícioInício
2.2. FrequênciaFrequência
3.3. DuraçãoDuração
4.4. Local Local
5.5. Qualidade Qualidade
6.6. QuantidadeQuantidade
7.7. Fatores associadosFatores associados
8.8. DesencadeantesDesencadeantes
9.9. AgravantesAgravantes
10.10. Fatores de alívioFatores de alívio
11.11. PercepçãoPercepção12.12. TratamentosTratamentos
PréviosPrévios
O que você acha que pode estar causando sua dor?
Reconhecer os medos, incertezas, inseguranças para poder informar e esclarecer.
Anamnese das cefaléias
1.1. InícioInício
2.2. FrequênciaFrequência
3.3. DuraçãoDuração
4.4. Local Local
5.5. Qualidade Qualidade
6.6. QuantidadeQuantidade
7.7. Fatores associadosFatores associados
8.8. DesencadeantesDesencadeantes
9.9. AgravantesAgravantes
10.10. Fatores de alívioFatores de alívio
11.11. PercepçãoPercepção
12.12. TratamentosTratamentos PréviosPrévios
Você costuma tomar quais remédios para dor ? Já fez algum tratamento preventivo com o uso de medicações diariamente ?
Anotar detalhadamente Esclarecer sobre posologias e início de
ação Perguntar sobre comorbidades
Anamnese das cefaléias
Anamnese das cefaléias
A anamnese:
Passo 3: Algumas dicas úteis
Mais vale a pena reformular uma pergunta, do que repeti-la em tom mais alto
Deixe o paciente falar, no início não o interrompa
Paciência e tempo são pré requisitos básicos
Anamnese das cefaléias
A anamnese:
Passo 3: Algumas dicas úteis
Informe sempre sobre perspectivas e expectativas reais do tratamento
O fim da anamnese e consulta é uma decisão mútua
Nem sempre tudo é tão evidente quanto parece
OBRIGADO !
Diagnosticar sempre com humildade e duvidando o tempo todo da sua pretensa
certeza e infalibilidade, pois, em Medicina, a certeza não existe e infalível ninguém é.