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Anatomia do corpo humano
Professora Julita Simone Therezinha Rentschler
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O QUE É ANATOMIA?
O termo anatomia significa “cortar em partes”, e por isso o corpo huma-
no foi dividido externamente de maneira simples em: cabeça, pescoço,
tronco (tórax e abdômen) e membros (superiores e inferiores).
Anatomia é o ramo da biologia no
qual se estudam a estrutura e a
organização dos seres vivos,
tanto externa quanto internamente.
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CÉLULA
As células geralmente apresentam membrana plasmática, citoplas-
ma e núcleo. Esta membrana plasmática protege o conteúdo celular e
controla a entrada e saída de material da célula. É uma membrana semi-
permeável.
A forma das células é muito variável porque cada função específica
exige uma forma adequada.
A célula é a unidade funda-
mental de todo ser vivo,
pois é nela que se realizam as
funções vitais (nutrição, respi-
ração, excreção).
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TECIDO
Conforme os tipos de célula que os formam, os tecidos do corpo humano
são classificados em quatro grupos: tecido epitelial, tecido muscular, te-
cido nervoso e tecido conjuntivo.
ÓRGÃOS E SISTEMAS
Os tecidos se ajustam e se combinam para formar os órgãos. Aqueles ór-
gãos que participam de uma mesma função dentro do corpo formam um
sistema: digestivo, respiratório, urinário, circulatório, imunológico, nervoso,
endócrino, tegumentar, esquelético, muscular e reprodutor.
Internamente o corpo é dividido em
sistemas que são formados por um
conjunto de órgãos.
Um grupo de células seme-
lhantes que realizam uma
mesma função constitui um
tecido.
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SISTEMA DIGESTIVO
A digestão é um conjunto de reações químicas pelas quais as substâncias
são transformadas em outras menores e mais simples, capazes de atra-
vessar a membrana das células e assim serem utilizadas pelo corpo.
Essas reações ocorrem com o auxílio dos sucos digestivos produzidos por
diversas glândulas. Algumas substâncias especiais, chamadas enzimas,
estão presentes nos sucos digestivos e agem sobre os alimentos, auxili-
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ando em sua quebra. Os órgãos do aparelho digestivo são os responsá-
veis pela transformação dos alimentos em substancias aproveitáveis pe-
las células.
A digestão ocorre através de dois tipos de fenômenos: os mecânicos e os
químicos. Os fenômenos mecânicos são a mastigação, a deglutição e
os movimentos peristálticos, que por si só não transformam as substân-
cias. Os fenômenos químicos são a insalivação que ocorre na boca, a
quimificação, que ocorre no estômago e a quilificação, que ocorre no in-
testino delgado.
O processo digestivo inicia-se na boca pela mastigação e ume-
decimento do alimento pela saliva, formando o bolo alimentar. A
mastigação é realizada pelos dentes com auxilio da língua, que movimen-
ta os alimentos facilitando sua trituração e sua mistura com a saliva, pos-
sibilitando também a percepção dos sabores. A saliva produzida pelas
glândulas salivares contém uma enzima chamada ptialina que acelera a
transformação do amido presente nos alimentos.
Ao deglutir, contrações musculares (movimentos peristálticos) impul-
sionam o alimento para o esôfago e estômago, impedindo sua volta
para a boca ou subida para a cavidade nasal ou traqueia.
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No estômago, o bolo alimentar é transformado em uma massa semilí-
quida (quimo) e encaminhado para o intestino delgado, que só o recebe
em quantidades muito pequenas por vez.
No intestino delgado, a acidez do bolo alimentar é neutralizada e rece-
be o nome de quilo. Ocorre a separação dos ingredientes úteis que são
enviados para a corrente sanguínea e os resíduos que são impulsionados
para o intestino grosso e para fora do corpo como fezes.
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SISTEMA TEGUMENTAR
Todo o corpo é revestido por uma camada especial chamada pele, que
serve a vários objetivos. A pele não só reflete como contribui ativamente
para a saúde do corpo. É um órgão tão vital quanto o coração, o fígado
ou os pulmões, e como cada um deles tem suas responsabilidades espe-
ciais:
- É uma barreira que defende o corpo contra agressões do exterior e or-
ganismos causadores de doenças;
- Tem capacidade de se refazer quando sofre ferimento ou lesão;
- Relativamente impermeável;
- Mantém a temperatura do corpo estável;
- Abriga as terminações nervosas que recebem estímulos sensoriais do
meio ambiente.
O tecido tegumentar é formado pela epiderme, pela derme e hi-
poderme.
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SISTEMA RESPIRATÓRIO
Permite a captação de oxigênio e a eliminação de dióxido de car-
bono, propiciando assim a troca de gases.
Sabemos que uma das funções vitais realizadas pela célula é a respira-
ção. A respiração celular é uma reação química entre glicose e o oxigênio
que estão dentro da célula resultando como produtos finais: energia, gás
carbônico e água.
O oxigênio é retirado do ar através do aparelho respiratório e levado
também pelo sangue até as células.
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O sistema respiratório é formado por um conjunto de órgãos capazes de
captar o oxigênio presente no ar atmosférico. Esses órgãos são: fossas
nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos.
Fossas nasais
São duas cavidades localizadas na base do nariz
revestidas internamente pela mucosa nasal onde
existem terminações nervosas (percepção dos
odores) e grande número de vasos sanguíneos
que aquecem o ar que entra no organismo.
Faringe
É uma via comum de passagem do ar para a laringe e do alimen-
to para o esôfago. A separação do ar e do alimento é controlada por
reflexos nervosos: quando o alimento toca a superfície da faringe, as
cordas vocais se fecham simultaneamente e a epiglote fecha a abertura
da traqueia, permitindo que o alimento passe para o esôfago.
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Laringe
É um tubo curto situado no pescoço onde se produzem os sons pelas
cordas vocais quando vibradas pelo ar expirado.
Traqueia
É um canal que se prolonga a partir
da laringe. Na sua parte inferior ela se
divide em dois ramos chamados
brônquios, que penetram nos pul-
mões.
Os brônquios dividem-se em ramos menores e mais finos até chegar a
formarem os bronquíolos. Os bronquíolos terminam em pequenos sa-
cos, os alvéolos pulmonares.
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Pulmões
São dois órgãos situados na caixa torácica um de cada lado, e assenta-
dos sobre um músculo chamado diafragma.
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Os pulmões contem milhões de alvéolos que se expandem na inspiração
e, durante a expiração, o ar é forçado a sair deles. Os alvéolos são reco-
bertos por uma membrana úmida que faz a transformação do oxigênio.
O sangue rico em oxigênio circula pelo corpo liberando-o para todas as
células.
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SISTEMA EXCRETOR
A excreção pode ser definida como a eliminação das substâncias inúteis
ou nocivas ao organismo, resultantes da atividade celular.
Essas substâncias podem ser, por exemplo: o ácido úrico que é eliminado
pela urina, o gás carbônico eliminado pelas vias respiratórias, a água eli-
minada através da respiração, do suor e da urina.
SISTEMA URINÁRIO
O sistema urinário é formado pelos rins e pelas vias urinárias.
Os rins são em número de dois e têm a forma de grão de feijão.
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Cada rim possui néfrons que são responsáveis por limpar do plasma
sanguíneo as substâncias indesejáveis e reter no sangue as substâncias
que são úteis para o corpo.
Cerca de 1% do líquido juntamente com resíduos transforma-se em urina
e é eliminado. A urina vai pelo ureter até a bexiga e quando atinge uma
determinada quantidade, é expulsa para o exterior através da uretra.
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SISTEMA CIRCULATÓRIO
O sangue pode ser chamado de “meio de transporte“ do corpo.
O sangue é um tecido formado por glóbulos brancos, glóbulos ver-
melhos e plaquetas em suspensão numa parte líquida, o plasma.
O sangue circula pelas artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias.
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Suas funções são transportar material nutritivo para as células, transpor-
tar oxigênio quando circula pelos pulmões, distribuir hormônios, trans-
portar agentes que combatem doenças, transportar resíduos para serem
eliminados.
Os glóbulos vermelhos são
também chamados de hemácias
ou eritrócitos, são de coloração
vermelha e especializados no
transporte de O² (oxigênio) dos
pulmões e no retorno trazem CO²
(gás carbônico).
Os glóbulos brancos, chamados de
leucócitos, são em menor número e
são as células de defesa do corpo:
onde os microrganismos ou qualquer
partícula estranha consigam penetrar,
eles se concentram em grande núme-
ro para fagocitá-los e destruí-los.
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As plaquetas desempenham papel
importante na coagulação do san-
gue.
O plasma é uma solução amarelada com 92% de água e os 8% restan-
tes de substâncias indispensáveis como a glicose, as gorduras, aminoáci-
dos, etc. Aproximadamente 55% do sangue é plasma.
O coração e a circulação sanguínea
O coração é um órgão muscular oco que funciona como uma bomba.
Sua cavidade é subdividida em quatro câmaras: dois átrios (direito e
esquerdo) na parte superior e dois ventrículos (direito e esquer-
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do) na parte inferior. Entre eles existem orifícios chamados válvulas ou
valvas.
Enquanto a metade superior realiza um movimento, a metade inferior re-
aliza outro, ou seja, enquanto os átrios se contraem (sístole), os ventrí-
culos relaxam (diástole). Em seguida os movimentos se invertem. Cada
contração do coração corresponde a um batimento cardíaco.
O sangue venoso (rico em gás carbônico) entra no coração e vai para os
pulmões onde há troca de gases (gás carbônico por oxigênio).
Dos pulmões, o sangue volta para o coração para ser encaminhado para
todo o corpo.
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Nas células, o oxigênio e os nutrientes resultantes da digestão dos ali-
mentos são liberados, e o gás carbônico e outras substâncias produzidas
pelas células passam para o sangue.
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SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso junto com o sistema endócrino coordena todas as
funções destinadas à conservação do indivíduo e da espécie.
O cérebro é o principal sistema de controle do corpo humano.
A célula nervosa é o neurônio que se comunica por estímulos eletroquí-
micos e forma grandes redes de comunicação.
O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central, periférico e au-
tônomo.
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Sistema Nervoso Central (SNC)
Compreende o encéfalo (na caixa craniana) e a medula óssea (no ca-
nal ósseo das vértebras).
O encéfalo compreende o cérebro, cerebelo, ponte e bulbo.
O encéfalo é o centro de controle do corpo e é a estrutura mais comple-
xa do SNC. Preenche a parte superior da cabeça e é protegido pelos os-
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sos cranianos. Liga-se ao corpo pela medula espinhal, que se estende no
interior da coluna vertebral.
Função: controla todas as atividades do corpo como percepção do mun-
do exterior, movimento dos ossos, funcionamento do organismo, permite
pensar, lembrar e ter sensações.
Cérebro: é a sede da inteligência e dos atos voluntários;
Cerebelo: garante a harmonia entre os movimentos e mantém o equilí-
brio do corpo;
Ponte: serve de passagem aos estímulos que vão ao cérebro;
Bulbo: controla funções importantes como respiração, circulação san-
guínea, digestão e excreção.
A medula óssea ou espinhal é a continuação do bulbo em forma de
um cordão e ocupa o canal vertebral. Funciona como um centro nervoso
de atos involuntários.
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Sistema Nervoso Periférico
É constituído por nervos distribuídos por todo o corpo e inerva os órgãos
dos sentidos e os músculos esqueléticos.
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Sistema Nervoso Autônomo
Está ligado ao controle das funções corporais involuntárias tais como
batimentos cardíacos, movimentos intestinais, dilatação das pupilas dos
olhos, etc.
Possui dois componentes: o sistema nervoso autônomo simpático e
o parassimpático, que tem ações contrárias.
Sistema sensorial
Para que o sistema nervoso exerça suas funções de integração e coorde-
nação é preciso que cheguem até ele informações provenientes dos mei-
os internos e externos.
Esses estímulos são captados através de células altamente especializa-
das, chamadas de células sensoriais; ou através de simples termina-
ções nervosas dos neurônios.
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Essas células ou terminações nervosas podem ser encontradas espalha-
das pelo corpo e nos órgãos dos sentidos (olfato, paladar, tato, visão e
audição), formando o sistema sensorial.
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SISTEMA ENDÓCRINO
É formado por um conjunto de glândulas que não possuem canal
excretor e lançam seus produtos diretamente no sangue, são as
glândulas endócrinas e suas secreções são os hormônios.
As principais glândulas endócrinas são a hipófise, tireoide, paratireoide,
pâncreas, suprarrenais e gônadas.
Observação: Quando as substâncias produzidas por uma glândula são lançadas para seu ex-
terior por meio de ductos, elas são chamadas de glândulas exócrinas, como por exemplo:
glândulas salivares, sudoríparas, lacrimais, sebáceas. Essas glândulas não fazem parte do
sistema endócrino.
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SISTEMA ESQUELÉTICO
Funções: suportar tecidos adjacentes; proteger órgãos vitais e outros
tecidos moles do corpo; auxiliar no movimento do corpo, fornecendo in-
serção aos músculos e funcionando como alavanca; produzir células san-
guíneas.
Os ossos são muito fortes, mas muito leves devido a sua porosidade.
Camadas do Osso:
Periósteo - Uma membrana dura e resistente que envolve completa-
mente o osso, exceto nas juntas.
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Tecido Ósseo Compacto - Forma uma espécie de capa rígida. Ner-
vos e veias entram nos pequenos furos na superfície.
Tecido Ósseo Esponjoso - Tem numerosas cavidades. Nos ossos
curtos e chatos, este tecido está na zona central. Nos ossos longos, es-
tá na epífise (ponta).
Medula Óssea Vermelha - Com células que fabricam glóbulos ver-
melhos e brancos. Localiza-se na ponta dos ossos longos (epífise).
Medula Óssea Amarela - Também chamada de “tutano”, com célu-
las gordurosas.
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SISTEMA MUSCULAR
A função básica do músculo é a contração. Todas as funções do cor-
po dependem da atividade muscular. Essas funções incluem movimen-
tos esqueléticos, contração cardíaca, contração dos vasos sanguíneos,
movimentos intestinais e muitas outras.
Existem três tipos diferentes de músculos:
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Músculos esqueléticos
Determinam o movimento do esqueleto.
São voluntários e anatomicamente estriados.
A maior parte está ligada aos ossos.
Na parte inferior do peito está o dia-
fragma, que é o principal músculo da
respiração.
Músculos compridos em forma de correia, no
pescoço, mantêm a cabeça ereta.
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Musculatura lisa
Está presente na maioria dos
órgãos internos do corpo e
são involuntários. São chama-
dos viscerais e são encontra-
dos na bexiga, intestinos, ure-
teres, etc.
Músculo cardíaco
O músculo cardíaco é o tipo de tecido muscular que forma a camada
muscular do coração (miocárdio). O músculo cardíaco tem aspecto es-
triado e é capaz de contrair-se ritmicamente. Sua contração é involun-
tária, ou seja, independe da vontade do indivíduo.
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SISTEMA REPRODUTOR
As glândulas sexuais ou gônadas constituem o sistema reprodutor e
sofrem transformações durante o desenvolvimento da criança até atin-
girem sua maturação na puberdade.
Sistema reprodutor feminino Sistema reprodutor masculino
As gônadas femininas são os ovários e as masculinas são os testículos.
Tanto os ovários quanto os testículos produzem células especializadas
para a função reprodutora: são os óvulos na mulher e os espermato-
zoides no homem.