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Anatomia e Fisiologia Humana

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Anatomia e Fisiologia Humana (Módulo I)

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Aula 01 – Introdução ao Estudo da Anatomia Humana

Considerações Gerais No seu conceito mais amplo, a Morfologia é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados. Microscopicamente a Morfologia é representada pela ação conjunta da Citologia (estudo da célula), com a Histologia (estudo dos tecidos e como estes se organizam para a formação de órgãos) e ainda pela Embriologia (estudo do desenvolvimento do indivíduo). Especificamente a Anatomia (Ana = em partes; tomein = cortar) é a ciência responsável pelo estudo macroscópico do corpo humano e se utiliza para isso da dissecação de peças previamente fixadas por soluções apropriadas. Esta aula refere-se aos dados anatômicos macroscópicos considerados como referencias fundamentais para o reconhecimento dos órgãos e dos sistemas por eles constituídos visando á melhor compreensão de sua estrutura. Os sistemas que, em conjunto, compõem o organismo do indivíduo são os seguintes:

Sistema tegumentar; Sistema esquelético; Sistema articular; Sistema muscular; Sistema nervoso; Sistema circulatório; Sistema respiratório; Sistema digestório; Sistema urinário; Sistema genital – feminino e masculino; Sistema endócrino; Sistema sensorial.

Alguns sistemas podem ser agrupados formando os aparelhos:

Aparelho locomotor: constituído pelos sistemas esquelético, articular e muscular;

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Aparelho urogenital: constituído pelos sistemas urinário e genital (masculino ou feminino)

Divisão do Corpo Humano Depois de conhecer os níveis de desenvolvimento do corpo humano devemos agora enxerga-lo como um todo. O corpo humano divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros. A cabeça é constituída por um conjunto ósseo chamado crânio que aloja na cavidade craniana parte do sistema nervoso central, e ainda por uma parte visceral denominada face e está unida ao tronco por uma porção estreitada, o pescoço. O tronco compreende o tórax, o abdome e a pelve, anteriormente, com suas respectivas cavidades torácica, abdominal e pélvica; a parte posterior do tronco é chamada de dorso. Os membros são divididos em superiores e inferiores, sendo os membros superiores constituídos por três segmentos: o braço, o antebraço e a mão. Na transição entre o braço e o antebraço há o cotovelo e entre o antebraço e a mão, o punho. Os membros inferiores também são constituídos por três segmentos: a coxa, a perna e o pé, sendo que, entre a coxa e a perna existe o joelho, e entre e perna e o pé, o tornozelo.

Conceito de Variação Anatômica e Normal

As descrições anatômicas obedecem, necessariamente um padrão que já incluem a possibilidade das variações. Este padrão corresponde ao que ocorre na maioria dos casos ao que é mais freqüente; para o anatomista o padrão é normal, numa conceituação, portanto, puramente estatística. Para o médico, normal tem outro sentido; não é o que se representa na maioria dos casos, mas sim o que é sadio, ou com saúde, hígido, não doente. Podemos, então chamar de normal ou padrão anatômico o individuo que apresenta todas as partes que constituem o corpo humano localizadas em local correto. A simples observação de um agrupamento humano evidencia de imediato diferenças morfológicas entre os elementos que compõem o grupo. Estas diferenças morfológicas são denominadas variações anatômicas e podem apresentar-se externamente ou em qualquer dos sistemas do organismo, sem que isso traga prejuízo funcional para o indivíduo

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Daí dizer-se que a variação, em anatomia, é uma constante. Quando examinar peças isoladas ou cadáveres, não se esqueça desse importante conceito. Não espere encontrar sempre no seu material de estudo a reprodução exata de figuras de Atlas ou de livros textos que estiver utilizando. Fatores Gerais de Variação Anatômica.

Idade – notáveis modificações anatômicas ocorrem desde a fase intra-uterina até a fase senil.

Sexo – é o caráter do masculino ou feminino. Raça – cada agrupamento humano possui caracteres físicos comuns, externa e internamente relacionados ás raças branca, negra e amarela.

Biótipo – é o resultado da soma dos caracteres herdados e dos caracteres adquiridos por influência do meio e da sua interrelação. Distinguem-se os grupos chamados de longilíneos, mediolíneos e brevelíneos.

Evolução – sugere o aparecimento de diferenças morfológicas, no decorrer dos tempos.

Anomalia

Quando a modificação do padrão anatômico causa prejuízo funcional mas, permite a continuidade da vida do individuo, diz-se que se trata de uma anomalia e não de uma variação.

Monstruosidade Se a anomalia for acentuada de modo a deformar profundamente a construção do corpo do indivíduo, sendo, em geral, incompatível com a vida, denomina-se monstruosidade. O estudo desse assunto é feito em Teratologia.

Nomenclatura Anatômica Nome que se dá ao conjunto de termos empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes. Ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura atual procura adotar termos que estejam relacionados com a forma; posição ou situação; trajeto; conexões ou interrelações; relação com o esqueleto; função, deixando de lado os epônimos que na antiguidade produziam uma infinidade de termos repetitivos.

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Posição Anatômica Para evitar o uso de termos diferentes nas descrições anatômicas, considerando-se que a posição pode ser variável, optou-se por uma posição padrão, denominada posição de descrição anatômica (posição anatômica): indivíduo em posição ereta (em pé, posição ortostática ou bípede), com a face voltada para frente, o olhar dirigido para o horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas voltadas para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente.

la 01 – Conceitos Gerais

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Aula 02 – Osteologia Introdução

O termo osteologia significa o estudo dos ossos. Apesar de sua aparência simples, o osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico, sendo formado por um conjunto de tecidos distintos e especializados que contribuem para seu arranjo final. Entre eles destacam-se o tecido ósseo, cartilaginoso, epitelial, tecidos formadores de sangue, nervoso e adiposo. Por esta razão, cada osso individual é um órgão. Partindo-se do princípio que um conjunto de órgãos que atuam com o mesmo objetivo funcional constituem um sistema, pode se concluir que o conjunto formado por ossos e cartilagens dará origem ao Sistema Esquelético. O esqueleto humano, como em outros vertebrados, é interno aos músculos com os quais se desenvolveu. Ele é um endoesqueleto constituído por um eixo, dividido em segmentos para dar flexibilidade e de dois pares de membros, superiores e inferiores, também divididos em partes articuladas para locomoção e preensão. O crânio é a extremidade expandida do eixo. No esqueleto do adulto, há 206 ossos distintos como segue: Esqueleto Axial: Esqueleto Apendicular: Coluna Vertebral – 26 Crânio – 22 Membros Superiores – 64 Osso hióide – 1 Membros Inferiores – 62 Costelas e esterno – 25 Ossículos da orelha – 6 Total - 74 Total - 132 A contagem do numero de ossos está relacionada a diferentes critérios:

Idade – o numero de ossos diminui com o passar do tempo, pois com o desenvolvimento alguns deles se soldam tornando-se um único osso. Ex. osso frontal (fig 82; pág 48/1; Sobotta)

Fatores individuais – Em alguns indivíduos ocorre a presença de ossos que se formam onde normalmente não existiriam e são chamados de heterotópicos ou extranumerários, termo que também se refere a ossos que não se fundiram na idade adulta. Funções do Sistema Esquelético

Sustentação e conformidade – Os ossos funcionam como arcabouço estrutural para o corpo, sustentando os tecidos moles e fornecendo um ponto de aderência para os tendões de grande parte dos músculos esqueléticos fazendo com isso com que o corpo ganha forma.

Proteção – O arranjo ósseo determina a proteção de diversos órgão de importância vital.

Por exemplo, os ossos do crânio protegem o encéfalo, as vértebras protegem a medula espinal, e o gradil costal protege as vísceras torácicas como o coração e os pulmões.

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Participação no movimento / alavancagem – O movimento é produzido quando da

tração exercida pelos músculos esqueléticos sobre os ossos no momento de sua contração. Pelo fato de muitos ossos se articularem e esta união óssea permitir movimentos, o esqueleto desempenha um papel importante na determinação do tipo e da amplitude do movimento que o segmento será capaz de fazer, bem como a própria anatomia do osso acaba por limitar movimentos indesejáveis.

Homeostasia mineral – O tecido ósseo armazena vários minerais, especialmente cálcio

e fósforo, que contribuem fortalecer o osso. O osso pode liberar minerais, na corrente sanguínea , para manter os balanços minerais críticos e para distribuir minerais para outros órgãos.

Produção de células sanguíneas – Dentro de certas partes dos ossos, um tecido

conjuntivo, chamado medula óssea vermelha, produz células que vão fazer parte do sangue. Estas células são: os eritrócitos, os leucócitos e as plaquetas, por meio de um processo chamado de hematopoese.

Armazenamento de triglicérideos – No recém nascido, toda a medula óssea e

vermelha e sta envolvida na hematopoese. Entretanto, com o avançar da idade, a produção de células sanguíneas diminui, e a maior parte da medula passa a ser formada por adipócitos e por isso chamada de medula óssea amarela.

Divisão do esqueleto Esqueleto Axial – O esqueleto axial é constituído pelos ossos arranjados ao redor do eixo longitudinal e acomoda o Sistema Nervoso Central sendo então por isso chamado de neuro-eixo. Os ossos que constituem esta divisão do esqueleto são: os ossos do crânio, coluna vertebral, ossículos da orelha, osso hióide, costelas e esterno. Esqueleto Apendicular – O esqueleto apendicular é formado pelos ossos que compõem os membros superiores e inferiores, mais os ossos que formam os cíngulos que conectam os membros ao esqueleto axial. Os ossos que constituem esta divisão do esqueleto são: Membros superiores:

Segmento braço: úmero Segmento antebraço: radio e ulna Segmento mão: ossos carpais (escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme, hamato,

capitato, trapézio e trapezóide), metacarpais e falanges Cíngulo superior: clavícula e escapula

Membros inferiores:

Segmento coxa: fêmur Segmento perna: tíbia e fíbula Patela Segmento pé: ossos tarsais (calcâneo, tálus, navicular, cubóide, cuneiforme medial,

intermédio e lateral), metatarsais e falanges Cíngulo inferior: ossos do quadril

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Aula 03 – Artrologia Conceito: Articulações ou junturas são uniões funcionais entre duas ou mais estruturas rígidas do esqueleto, que podem ou não permitir movimentos. Classificação das articulações quanto ao tecido interposto: De acordo com o tecido que se interpõem entre as estruturas rígidas, classificam-se as articulações em três tipos principais: fibrosas, cartilagíneas e sinoviais. Articulações Fibrosas (sinartroses; articulações imóveis) incluem todas as articulações onde as superfícies dos ossos estão quase em contato direto, reunidas, todavia, por interposição de tecido conjuntivo denso não modelado e nas quais não há movimento. Há três variedades de junturas fibrosas: sindesmose, sutura e gonfose. Articulações Cartilagíneas (anfiartroses; articulação de movimentos limitados) é a forma de articulação na qual as superfícies articulares são unidas por cartilagem: há duas variedades: a sincondrose e a sínfise. Articulações Sinoviais Características Gerais: As articulações sinoviais (diartroses) são especializadas para permitir maior ou menor liberdade de movimento. Seus componentes essenciais são os seguintes: As superfícies articulares dos ossos são revestidas por cartilagem articular, que é do tipo hialina. Os ossos são unidos por uma cápsula articular e por ligamentos. Na cápsula articular é encontrado o líquido sinovial (sinóvia), que ocupa a cavidade articular e lubrifica a juntura. Este tipo de articulação também apresenta componentes chamados de acessórios, ou seja, não estão presentes em todas as articulações sinoviais. Discos e meniscos tendo função de coaptação entre as superfícies articulares auxiliando na redução de impactos mecânicos na articulação. Os lábios ou orlas aumentam a profundidade da cavidade articular permitindo melhor coaptação entre as superfícies que irão se articular. Bolsas sinoviais são estruturas saculares que contem liquido similar ao sinovial situadas entre a pele e o ossos, tendão e osso, músculo e osso e ligamento e osso, cuja função é aliviar o atrito em algumas articulações como joelho e ombro. As bainhas dos tendões são estruturas tubulares que envolvem os tendões nas regiões onde o atrito é maior

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Miologia

Conceito

As células musculares, chamadas de fibras musculares, são especializadas em realizar a contração e o relaxamento. Estas fibras se unem em feixes para formar músculos, os quais acham-se fixados por suas extremidades. Assim, músculos são estruturas que movem os segmentos do corpo por encurtamento da distância que existe entre suas extremidades fixadas, ou seja, por contração. A miologia os estuda. Dentro do aparelho locomotor, os músculos são elementos ativos do movimento. Porém a musculatura não assegura só a dinâmica, mas também a estática do corpo humano. Realmente a musculatura não apenas torna possível o movimento como também mantém unidas as peças ósseas determinando a posição e a postura do esqueleto.

Componentes anatômicos dos músculos estriados esqueléticos

Um músculo esquelético típico possui uma porção média e extremidades. Ventre muscular – é a porção média e carnosa, verme lha no vivente (vulgarmente chamada carne). Nele predominam as fibras musculares, sendo, portanto a parte ativa do músculo, isto é, a parte contrátil. Tendão muscular – são pontos de fixação em forma de fita. Aponeurose – são extremidades que fixam os músculos e apresentam formato laminar. Tanto tendões quanto aponeuroses são esbranquiçadas e brilhantes, muito resistentes e praticamente inextensíveis, constituído por tecido conjuntivo denso, rico em fibras colágenas. Os tendões ou aponeuroses nem sempre se prendem ao esqueleto, podendo fazê-lo em outros elementos; septos intermusculares, derme, (músculos da mímica facial) tendão de outro músculo, etc.Em uns poucos músculos aparecem tendões interpostos a ventre de um mesmo músculo, e esses tendões são chamados de intersecções tendíneas e não servem para fixação no esqueleto. (Ex m. reto do abdome) Fáscia muscular - é uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo. Sua espessura pode variar de acordo com a função desempenhada. Para que os músculos possam exercer eficientemente um trabalho de tração para se contrair, é necessário que eles estejam dentro de uma bainha elástica de contenção, papel executado pela fáscia muscular que também permite o fácil deslizamento dos músculos entre si. Em certos locais, a fáscia muscular pode apresentar-se espessada e dela partem prolongamentos que vão terminar se fixando no osso, sendo denominados septos intermusculares. Estes separam grupos musculares em lojas ou compartimentos e ocorrem freqüentemente nos membros.

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Aula 04 – Sistema Cardiovascular Conceito

É um sistema fechado formado por tubos chamados de vasos por onde circulam os humores corporais. Os humores são o sangue e a linfa que circulam nos vasos sanguíneos e linfáticos, respectivamente. Para que o sangue possa atingir as células levando nutrientes e oxigênio e ao mesmo tempo retirar resíduos metabólicos, deve ser constantemente impulsionado ao longo dos vasos sanguíneos pela contração rítmica do coração.

Divisão do Sistema Cardiovascular

O sistema cardiovascular é dividido em:

Sistema Sanguífero – composto por vasos sanguíneos – artérias, veias e capilares - e pelo coração.

Sistema Linfático – composto por vasos linfáticos – capilares linfáticos, vasos linfáticos e troncos linfáticos - e por órgãos linfóides – linfonodos e tonsilas.

Órgãos Hemocitopoéticos – constituídos pela medula óssea, baço e timo. Não existe o termo (hemopoIese)

Sistema Sanguífero Coração É um órgão fibromuscular que apresenta cavidades internas que são preenchidas pelo sangue. Sua morfologia externa lembra o formato de um cone. Regiões anatômicas : O coração apresenta duas regiões anatômicas distintas; o ápice e a base Localização anatômica do coração O coração está localizado na cavidade torácica em uma região denominada de mediastino médio entre as pleuras na porção inferior dos dois pulmões. O coração relaciona-se anteriormente com o osso esterno e com as extremidades mediais da 3ª a 6ª cartilagens costais. A região apical, que corresponde aos ventrículos cardíacos, esta voltada inferior e anteriormente e ligeiramente para esquerda, em razão da sua adaptação à cúpula diafragmática. A base é formada pelos átrios e está dirigida para direita, ficando superior e posterior em relação ao ápice. Faces do coração É chamada de face, a parede de um órgão voltada ou em contato com outra parede ou outro órgão. Em razão da posição do coração surgem três faces cardíacas:

Face esternocostal – face voltada para o osso esterno e para as cartilagens costais, que compreende o átrio direito e sua aurícula, o ventrículo direito e uma pequena parte do ventrículo esquerdo.

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Face diafragmática – achatada devido ao contato com o m. diafragma compreende os dois ventrículos, sendo a maior parte formada pelo ventrículo esquerdo.

Faces pulmonares – faces voltadas para os dois pulmões. Anatomia externa das câmaras cardíacas O coração do adulto mede cerca de 12 cm de comprimento, por 9 cm de largura e 6 cm de espessura e pesa aproximadamente 310 gramas no homem e 250 gramas nas mulheres. A bomba contrátil propulsora é formada por quatros câmaras cardíacas, sendo duas maiores chamadas de ventrículos com paredes musculares espessas que se localizam ínfero-anteriormente; e duas pequenas, denominadas de átrios que apresentam paredes musculares delgadas e localização mais superior e posterior. Pericárdio É formado por um saco fibroso e uma membrana serosa que revestem e protegem o coração, limitando sua expansão durante o relaxamento muscular e mantendo-o posicionado na região do mediastino. Vasos da base do coração Na região da base do coração, mais especificamente no átrio direito chegam as veias cavas superior e inferior que trazem o sangue venoso drenado de todos os tecidos corpóreos. No átrio esquerdo são as quatro veias pulmonares quem conduzem o sangue arterial que sofreu o processo de hematose (troca gasosa) nos pulmões. A saída do sangue dos ventrículos também se dá na região da base do coração, sendo feita pelo tronco pulmonar que conduz o sangue venoso do ventrículo direito aos pulmões e neste trajeto se ramifica dando origem às a.a pulmonares direita e esquerda. O sangue arterial que sai do ventrículo esquerdo, para irrigar todos os tecidos do corpo, circula pela artéria aorta Anatomia interna do coração Em um corte frontal do coração pode-se observar a existência de três camadas que constituem a parede do coração. A camada externa é o epicardio, a média é o miocárdio e a interna o endocárdio. Internamente podemos observar as quatro câmaras cardíacas, por onde o sangue irá circular, são elas: átrio e ventrículo direito e átrio e ventrículo esquerdo.

Átrio Direito – é maior em relação ao esquerdo e apresenta músculos pectíneos Aurícula Direita – É uma bolsa fechada, associada ao átrio direito que possui em toda a

sua superfície interna presença de músculos pectíneos. Átrio Esquerdo – é menor do que o direito, porém as suas paredes são mais espessas e

totalmente lisas. Entre os átrios existe uma estrutura anatômica que impede o contato entre eles, chamada de septo interatrial.

Aurícula esquerda – ocupa a região que marca o inicio da a. coronária esquerda, sendo esta bolsa um tanto mais estreita do que a do lado direito e internamente também apresenta m.m pectíneos.

Ventrículo Direito – forma a maior parte da superfície anterior do coração. Sua parede tem cerca de um terço da espessura da parede do ventrículo esquerdo. No interior do ventrículo aparecem as seguintes estruturas:

O óstio atrioventricular direito: é uma abertura que comunica o átrio direito com o ventrículo direito, por onde o sangue venoso irá passar. Este óstio está c ircundado por um anel fibroso que constitui o esqueleto cardíaco onde se prendem as três válvulas, em forma de cúspides, a valva atrioventricular direita também chamada de valva tricúspide. A

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mecânica valvar, ou mecanismo involuntário de abertura e fechamento das valvas atrioventriculares é extremamente importante, pois evita com isso o refluxo de sangue dos ventrículos para os átrios. Participam desta ação involuntária as cordas tendíneas que são pequenos filamentos fibrosos que inserem-se nas cúspides valvares por uma de suas extremidades e na porção apical dos músculos papilares pela outra extremidade. Estes músculos papilares são projeções das trabéculas cárneas. As trabéculas cárneas são feixes de fibras musculares que se salientam do assoalho do ventrículo.

Com a contração do miocárdio do ventrículo direito (sístole ventricular), os músculos papilares tracionam as cordas tendíneas, que por estarem fixadas nas cúspides valvares, impedem que estas se abram no sentindo inverso impedindo com isto o refluxo do sangue. Como não reflui, o sangue é lançado na direção dos pulmões atravessando uma abertura chamada de óstio do tronco pulmonar que é guarnecida pela valva do tronco pulmonar. Esta valva arterial é formada por três válvulas cujo formato lembra uma meia lua e por isso são chamadas semilunares. Ventrículo Esquerdo – Em razão do maior trabalho realizado pelo miocárdio ventrículo esquerdo, a camada média desta câmara cardíaca se apresenta hipertrofiada fisiologicamente. Sua extremidade inferior forma o ápice do coração. Na anatomia interna verifica-se a existência de duas aberturas: a atrioventricular e a aórtica que são protegidas pelas valvas atrioventricular esquerda ou mitral e aórtica, respectivamente. O óstio atrioventricular esquerdo é menor em diâmetro que o direito e possui um anel fibroso que apresenta densa parede circundando-o. A valva atrioventricular esquerda, valva bicúspide ou mitral é composta por duas cúspides. As cordas tendíneas são mais espessas, mais fortes e em menor número do que no ventrículo direito. Já as trabéculas cárneas são mais numerosas nesta câmara cardíaca que apresenta, no entanto, apenas dois músculos papilares. A valva aórtica, composta por três válvulas semilunares, protege o óstio aórtico, evitando com isso o refluxo do sangue arterial novamente para o interior do ventrículo esquerdo. Os seios aórticos são dilatações que aparecem entre as válvulas semilunares e a parede da aorta. Em duas destas dilatações aparecem os óstios das artérias coronárias, vasos que irão irrigar o próprio miocárdio. O septo que impede a comunicação entre os ventrículos é denominado septo interventricular que consiste de uma porção muscular e uma membranácea. A porção membranácea é mais cranial, mais fibrosa e separa o átrio direito do ventrículo esquerdo sendo por isso chamada de septo atrioventricular. A maior parte do septo é muscular tendo na grande espessura seu ponto mais característico.. Complexo Estimulante do Coração O complexo estimulante do coração consiste de fibras especializadas na condução de impulsos nervosos que percorrerão todo território cardíaco. A freqüência cardíaca é controlada pelos marcapassos fisiológicos, enquanto o ritmo dos marcapassos é dado por impulsos vindos dos centros vasomotores do tronco encefálico. O sistema de condução de impulsos compreende o nó sinoatrial, o nó atrioventricular e o feixe atrioventricular com seus dois ramos que se ligam as fibras condutoras finais ou de Punkinje que se unem ao músculo cardíaco.

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Aula 05 – Vasos Sangüíneos

O sistema cardiovascular é constituído por um sistema de tubos e por uma bomba percussora que tem como função impulsionar um líquido circulante de cor vermelha por toda a rede vascular. Estes tubos são artérias e veias que servem de passagem ao sangue que é o líquido circulante responsável pela oxigenação e nutrição das células e essa bomba percussora é o coração, músculo responsável pelo bombeamento de sangue. Artérias Conjunto de vasos que saem do coração e se ramificam sucessivamente distribuindo-se para todo o organismo. Do coração saem o tronco pulmonar (relaciona-se com a pequena circulação, ou seja, leva sangue venoso para os pulmões através de sua ramificação, duas artérias pulmonares uma direita e outra esquerda) e a artéria aorta (carrega sangue arterial para todo o organismo através de suas ramificações). Estrutura:

Túnica externa: é composta basicamente por tecido conjuntivo. Nesta túnica encontramos pequenos filetes nervosos e vasculares que são destinados à inervação e a irrigação das artérias. Encontrada nas grandes artérias somente.

Túnica média: é a camada intermediária composta por fibras musculares lisas e pequena quantidade de tecido conjuntivo elástico. Encontrada na maioria das artérias do organismo.

Túnica íntima: forra internamente e sem interrupções as artérias, inclusive capilares. São constituídas por células endoteliais.

Ramificações:

Ramos colaterais: surgem dos troncos principais em ângulo agudo, em ângulo reto ou em ângulo obtuso

Ramos terminais: são os que irrigam com certa exclusividade um determinado território. São os ramos mais ditais.

Relação volumétrica: a soma da área dos lumes dos ramos distais é sempre maior que a área do vaso que lhe deu origem. Relações:

1- Com as veias: a norma geral é que um artéria seja acompanhada por pelo menos uma veia, sendo chamadas veias satélites. Artérias de grosso calibre geralmente são acompanhadas por uma veia e artérias de médio e pequeno calibre são seguidas em seu trajeto por duas veias.

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Com os músculos: certos músculos servem como ponto de reparo às artérias que os acompanham, sendo chamados de músculos satélites, como por exemplo o músculo esternocleidomastóideo que acompanha a artéria carótida comum.

Com as articulações: as artérias sempre passam pela superfície flexora da articulação. Veias

As veias têm como função conduzir o sangue dos capilares para o coração. As veias, também como as artérias, pertencem a grande e a pequena circulação. O circuito que termina no átrio esquerdo através das quatro veias pulmonares trazendo sangue arterial dos pulmões chama-se de pequena circulação ou circulação pulmonar. E o circuito que termina no átrio direito através das veias cavas e do seio coronário retornando com sangue venoso chama-se de grande circulação ou circulação sistêmica. Em relação à forma: é variável quanto mais cheia mais cilíndrica e quanto mais vazia mais achatada. Fortemente distendidas apresentam a forma nodosa devido à presença de válvulas. Quanto ao calibre pode ser grande, médio ou pequeno calibre. Tributárias ou afluentes: sua formação aumenta conforme está chegando mais perto do coração pela confluência das tributárias. O leito venoso é praticamente o dobro do leito arterial. Situação: São classificadas em superficiais e profundas e também podem receber a denominação de viscerais e parietais dependendo de onde estão drenando se é na víscera ou em suas paredes. Válvulas: são pregas membranosas da camada interna da veia que tem forma de bolso.

Sistema Linfático

É um sistema auxiliar de drenagem formado por vasos e órgãos linfóides que tem como objetivo a circulação de linfa (um líquido aquoso, claro que está contido dentro deste sistema). Este sistema auxilia o sistema venoso pois nem todos as moléculas que estão contidas nas células conseguem passar diretamente para os capilares sangüíneos, elas precisam ser recolhidas por capilares especiais, capilares linfáticos, de onde a linfa segue para os vasos linfáticos e destes para os troncos linfáticos que lançam a linfa em veias de médio e grande calibre. Estes vasos linfáticos são muito encontrados na pele e nas mucosas e estes e apresentam válvulas como as veias que asseguram que o fluxo corra em uma só direção, ou seja para o coração. No sistema linfático encontramos estruturas denominadas linfonodos que tem como objetivo servir de barreira ou filtro contra a penetração de toxinas na corrente sangüínea, estes linfonodos encontram-se no trajeto dos vasos linfáticos, e são estrutura de defesa do organismo, e para isso produzem glóbulos brancos principalmente os linfócitos. Muitas vezes os linfonodos estão localizados ao longo de um vaso sangüíneo no pescoço, no tórax, no abdômen e na pelve e em um processo inflamatório estes se tornam doloridos e são chamados de íngua.

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Aula 06 – Avaliação 06

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Aula 07 – Sistema Nervoso Conceito Este sistema é o centro cont rolador de todas as ações voluntárias e involuntárias do corpo humano, e através de seus componentes anatômicos é capaz de perceber estímulos aplicados á superfície do corpo, as vísceras em geral, interpretá-los e desencadear respostas adequadas a estes estímulos. Divisão do Sistema Nervoso Anatomicamente o sistema nervoso é dividido em duas partes fundamentais: o sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico. O sistema nervoso central é uma porção de recepção de estímulos, de comando e desencadeadora de respostas. A porção periférica esta constituída pelas vias que conduzem os estímulos ao sistema nervoso central ou que levam até os órgãos efetuadores as ordens emanadas da porção central. Pode-se dizer que o SNC está constituído por estruturas que se localizam no esqueleto axial (coluna vertebral e crânio): são a medula espinal e o encéfalo. O sistema nervoso periférico compreende os nervos cranianos e espinhais, os gânglios e as terminações nervosas. Meninges O encéfalo e a medula espinhal são envolvidos e protegidos por lâminas (ou membranas) de tecido conjuntivo chamadas, em conjunto, meninges. Estas lâminas são, de fora para dentro: a dura-máter, a aracnóide e a pia-máter. A dura-máter é a mais espessa delas e a pia-máter a mais fina. Esta última está intimamente aplicada ao encéfalo e á medula espinhal. Entre as duas está a aracnóide, da qual partem fibras delicadas que vão ter á pia-máter, constituindo uma rede semelhante a uma teia de aranha. A aracnóide é separada da dura-máter por um espaço capilar denominada espaço subdural e da pia-máter pelo espaço subaracnóide, onde circula o liquido cérebro-espinhal (ou líquor). Partes do Sistema Nervoso Central:

Encéfalo - Cérebro - Cerebelo - Tronco Encefálico

Medula Espinal Partes do Sistema Nervoso Periférico:

Nervos - espinais - cranianos

Gânglios Terminações Nervosas

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Aula 08 – Sistema Respiratório A respiração é uma das características básicas dos seres vivos e consiste na absorção, pelo organismo, de oxigênio, e a eliminação do gás carbônico resultante de oxidações celulares. O sangue é um elemento intermediário entre as células do organismo e o meio, servindo como condutor de gases entre eles. O órgão respiratório por excelência é o pulmão, mas para facilitar a condução do ar desenvolvem-se órgãos especiais que promovem o rápido intercambio entre o ar e sangue. No conjunto estes órgãos constituem o sistema respiratório. Divisão do sistema respiratório Anatomicamente, o sistema respiratório pode ser dividido em duas partes:

Vias aéreas superiores Vias aéreas inferiores

Vias aéreas superiores – constituída por órgãos tubulares cuja principal função é a de

conduzir o ar inspirado, filtrando, aquecendo e umidificando-o para facilitar o processo de troca gasosa, bem como conduzir o ar a ser expirado eliminando assim o dióxido de carbono.

Das vias aéreas superiores, fazem parte, o nariz, cavidade nasal, a faringe, a laringe e os terços superior e médio da traquéia. Além de condutores de ar, a cavidade nasal, a faringe e a laringe cumprem as funções olfatoria, de via de condução de alimento e de fonação, respectivamente.

Vias aéreas inferiores – tem inicio a partir do terço inferior da traquéia estendendo-se

até os alvéolos pulmonares, passando por brônquios principais, lobares e segmentares e bronquíolos terminais, respiratórios e ductos alveolares.

Funcionalmente, o sistema respiratório também pode ser dividido em duas partes:

Zona condutora Zona respiratória

Zona condutora – dessa porção do sistema respiratório fazem parte órgãos tubulares cuja função é a de levar o ar inspirado até a porção respiratória. Estende-se desde o nariz até os bronquíolos terminais. Zona respiratória –É constituída pelos bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos pulmonares onde já acontecem as trocas gasosas (hematose). A partir de agora vamos conhecer os órgãos que compõem o sistema respiratório.

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Nariz É visível externamente no plano mediano da face apresentando três regiões anatômicas: a raiz, o dorso, o ápice e a base onde existem duas aberturas chamadas narinas que funcionam como porta para a entrada do ar. O esqueleto do nariz é osteocartilaginoso, sendo formado pelos ossos nasais e pelos processos frontais da maxila e pelas cartilagens laterais, alares maior e menor Cavidade Nasal Comunica-se com o meio externo através das narinas e com a porção nasal da faringe através dos cóanos. Lateralmente a cavidade nasal é limitada pelas conchas e meatos nasais, superiormente pelos ossos que constituem a fossa craniana anterior e inferiormente pelo processo palatino da maxila e pela lâmina horizontal do osso palatino. O septo nasal também é osteocartilaginoso sendo constituído pela lamina perpendicular do osso etmóide, pelo osso vômer e pela cartilagem septal e divide a cavidade nasal em metade direita e esquerda. Anatomicamente a cavidade nasal é dividida em três partes: Vestíbulo nasal – é a parte anterior da cavidade nasal que vai das narinas até o limiar do nariz. Nessa porção encontram-se as vibrissas que iniciam o processo de filtração do ar. Porção olfatória – compreende a porção da cavidade nasal onde está a concha nasal superior. Porção respiratória – é o local por onde passam dois terços do ar inspirado, compreende a região onde esta a concha nasal media e a concha nasal inferior. As conchas nasais são projeções ósseas revestidas por tecido epitelial e os meatos nasais são depressões localizadas entre as conchas nasais onde desembocam as secreções vindas dos seios paranasais. Seios Paranasais Os ossos são classificados como pneumáticos por possuírem cavidades revestidas por epitélio respiratório e preenchidas por ar. Estas cavidades existentes nos ossos, frontal, etmóide, esfenóide e maxilar são chamadas de seios paranasais. Faringe É um tubo muscular associado a dois sistemas: respiratório e digestório, situando-se posteriormente à cavidade nasal, cavidade da boca e à laringe, o que faz com que ela seja dividida em três partes: parte nasal, parte oral ou bucal e parte laríngea. Na parede lateral da parte nasal da faringe existe uma comunicação deste tubo com a orelha media chamada óstio faríngeo da tuba auditiva que na sua extremidade medial é revestido por uma cartilagem chamada toro tubário que visa minimizar a entrada de corpos estranhos no pavilhão auditivo. Também nesta região pode-se encontrar uma estrutura anatômica cuja função é a de proteção chamada tonsila faríngea que após episódios repetitivos de inflamações se hipertrofia aumentando de tamanho e dificultando a passagem do ar e sendo chamada neste momento de adenóide (carne esponjosa).

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Laringe É um órgão tubular situado no plano mediano e anterior do pescoço que além de via aérea é órgão da fonação ou seja, responsável pela produção do som. Coloca-se anteriormente à faringe e é continuada diretamente pela traquéia. Esqueleto da laringe O esqueleto da laringe é cartilaginoso, sendo a maior das cartilagens a tireóidea, constituída de duas laminas que se unem anteriormente para formar a proeminência laríngea. A cartilagem cricóidea é impar, tem forma de anel e limita inferiormente a laringe. A cartilagem aritenóidea é par e posterior apresentando-se na forma piramidal e articulando-se inferiormente com a cartilagem cricóidea. A cartilagem epiglótica, impar e mediana, funcionalmente é muito importante, pois impede a passagem de líquidos e sólidos para as vias respiratórias. As cartilagens cuneiformes e corniculadas completam o esqueleto da laringe. Na anatomia interna da laringe pode-se observar a presença de uma fenda antero-posterior que leva a uma pequena invaginação, o ventrículo da laringe, que é limitado superiormente pela prega vestibular e inferiormente pela prega vocal. O espaço que vai do adito da laringe (abertura da laringe) até a prega vestibular é chamado de vestíbulo da laringe, já o espaço aéreo compreendido entre as pregas vestibular e vocal é conhecido como glote. As pregas vocais são constituídas pelo ligamento e músculos vocais, e o espaço existente entre elas é denominado rima glótica. As pregas vestibulares possuem função protetora. Traquéia Inicia-se na região cervical, situada anteriormente ao esôfago, descendo em direção ao tórax sendo que no mediastino superior divide-se dando origem aos brônquios principais direito e esquerdo. Ë uma estrutura mediana composta anteriormente por anéis cartilaginosos unidos entre si por ligamentos anulares o que visa impedir um possível colapso do tubo aéreo. Já posteriormente a traquéia possui uma parede membranácea constituída principalmente por músculo liso e tecido fibroelástico. Próximo de sua extremidade inferior a traquéia se desvia para a direita em razão da presença do coração, ocasionando características morfológicas distintas as suas ramificações. Brônquios Principais A traquéia bifurca-se e origina os brônquios principais direito e esquerdo. Neles os anéis cartilaginosos da traquéia são substituídos por placas irregulares de cartilagem. O brônquio principal esquerdo é mais longo, mais horizontalizado e tem menor calibre passando sob o arco aórtico e anteriormente à aorta descendente para alcançar o hilo do pulmão esquerdo. O brônquio principal direito é quase a continuação da direção da traquéia e, portanto, é mais vertical, mais calibroso e também mais curto que o esquerdo. Por esta razão, corpos estranhos que passam pela traquéia penetram no brônquio principal direito mais facilmente. Brônquios Lobares São tubos aéreos que apresentam as mesmas características morfológicas que os brônquios principais tendo como função ventilar os lobos pulmonares. O pulmão direito possui três lobos e conseqüentemente três brônquios lobares, o superior, o médio e o inferior, já o

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pulmão esquerdo possui apenas dois lobos que são ventilados por dois brônquios lobares, o superior e o inferior. Brônquios Segmentares São tubos aéreos que surgem da ramificação dos brônquios lobares e vão ventilar os segmentos broncopulmonares. São nomeados de acordo com o respectivo segmento broncopulmonar em que atuam. Bronquíolos São tubos aéreos que gradualmente apresentam um calibre menor. Bronquíolos Terminais Os bronquíolos se ramificam repetidamente em tubos ainda menores chamados de bronquíolos terminais. É neste tubo aéreo que termina a chamada zona condutora do sistema respiratório. Bronquíolos Respiratórios São tubos aéreos que já apresentam nas suas paredes a presença de alvéolos, portanto, já ocorrem a esta altura as trocas gasosas (hematose). Ductos Alveolares Os bronquíolos respiratórios por sua vez, se subdividem em diversos ductos alveolares. Da traquéia ate chegar aos ductos alveolares, o ar passa por cerca de vinte e cinco divisões. Alvéolos Em torno da circunferência dos ductos alveolares encontram-se numerosos alvéolos e sacos alveolares. O alvéolo é uma evaginação caliciforme revestida por epitélio escamoso simples e sustentada por uma fina membrana basilar elástica; sacos alveolares são dois ou mais alvéolos que compartilham uma abertura comum. Pulmões São órgãos pares, em forma de cone, localizados na cavidade torácica. O pulmão direito é mais curto que o esquerdo em razão da elevação da cúpula diafragmática direita, o que ocorre pela presença do fígado. Em compensação, é mais largo que o esquerdo, porque o coração se desloca para a esquerda. Regiões O pulmão apresenta um ápice que pode ser palpado acima do terço médio da clavícula, pois ultrapassa a abertura superior do tórax e uma base que fica apoiada sobre o m. diafragma e, portanto, é côncavo. Lobos e Fissuras

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Cada pulmão é dividido em lobos por uma ou mais fissuras. O pulmão direito é dividido em três lobos por duas fissuras, obliqua e horizontal. O lobo superior é dividido do lobo médio pela fissura horizontal e do lobo inferior pela fissura obliqua. Por sua vez, o pulmão esquerdo apresenta, apenas dois lobos, o superior e o inferior, separados pela fissura obliqua. A borda anterior do pulmão esquerdo é protusa, formando um prolongamento que é chamado de língula, correspondendo ao lobo médio do pulmão direito. Segmentos Broncopulmonares Podem ser considerados como unidade clínica e cirúrgica do pulmão, pois se um segmento colaba por doença ou é removido cirurgicamente o restante do pulmão se distende para ocupar o espaço deixado. Mediastino

O espaço entre os dois pulmões envolvidos pela pleura é chamado de mediastino. Pleura e Cavidade Pleural Na cavidade torácica os pulmões estão envolvidos por um saco seroso de dupla parede chamado pleura, que apresenta dois folheto em continuidade: a pleura parietal e a pleura pulmonar.

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Aula 09 – Sistema Digestório Conceito: A célula se mantém viva graças ao constante recebimento, através do sangue, de oxigênio e de um grande aporte nutricional. Estes nutrientes provêm do processo de digestão dos alimentos, que sofrem modificações químicas para que sejam absorvidos e assimilados Os órgãos que, no conjunto, compreendem o sistema digestório são especialmente adaptados para que estas exigências sejam cumpridas. Na verdade, existem várias ações conjuntas que possibilitam a chegada dos nutrientes à corrente sanguínea, bem como, a eliminação dos resíduos finais. Estas ações compreendem: a ingestão, a preensão, a mastigação, a deglutição, a peristalse, a digestão química, a absorção dos nutrientes, sais minerais e líquidos e ainda a expulsão dos resíduos, eliminados sob a forma de fezes. Divisão do Sistema Digestório: O sistema digestório é formado por um canal alimentar aberto nas suas duas extremidades (boca e ânus), e estruturas anexas. Este canal apresenta dilatações e estreitamentos, porém, nenhuma interrupção, sendo composto por órgãos situados na cabeça, pescoço, tórax, abdome e pelve. O canal alimentar inicia-se na cavidade bucal, continuando-se na faringe, esôfago, estomago, intestinos (delgado e grosso), para terminar no reto, que se abre no meio externo através do ânus. Entre os anexos incluem-se as os dentes, a língua, glândulas salivares, o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas. Boca e Cavidade Bucal: A boca é a abertura inicial do canal alimentar, limitada pelos lábios superior e inferior que quando se aproximam promovem o aparecimento da rima bucal A partir do momento em que o alimento ultrapassa a boca adentra uma região chamada de cavidade bucal. A cavidade bucal esta limitada, anteriormente pelos lábios superior e inferior, lateralmente pelas bochechas, superiormente pelo palato, inferiormente por músculos que constituem o soalho da boca e posteriormente pelo istmo da garganta. Nesta cavidade fazem saliências as gengivas, os dentes e a língua. Divisão da Cavidade Bucal: A cavidade bucal é dividida em duas porções, sendo os limites superior e inferior comum as duas regiões: Vestíbulo da boca – é o espaço situado entre os lábios, bochechas, dentes e gengivas. Cavidade própria da boca – é o espaço delimitado anteriormente pelos dentes e gengivas, lateralmente pelas bochechas e posteriormente pelo istmo da garganta.

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Palato: O teto da cavidade bucal e constituído pelo palato duro que é anterior e ósseo e pelo palato mole, posterior e muscular. O palato é o limite entre a cavidade nasal da cavidade bucal. A porção do palato mole apresenta uma projeção mediana chamada de úvula palatina. Lateralmente existem duas pregas anteriores denominadas arcos palatoglossos e ainda duas pregas posteriores chamadas de arcos palatofaríngeos originadas por músculos que recebem os mesmos nomes dos arcos. Entre os arcos há um espaço, a fossa tonsilar, ocupado pela tonsila palatina, importante órgão linfóide. Portanto, o istmo da garganta é delimitado lateralmente pelos arcos palatoglossos, inferiormente pela língua, é superiormente pela úvula palatina. Língua: É um órgão muscular importante na preensão do alimento quando da mastigação e no processo da deglutição, atuando também como órgão gustativo e na articulação da palavra. A língua apresenta duas regiões anatômicas distintas, delimitadas pelo sulco terminal. A porção anterior ao sulco é chamada de corpo da língua sendo sua região superficial denominada de dorso, já a região situada posteriormente ao sulco é chamada de raiz. No dorso da língua é possível identificar um série de projeções, as papilas linguais, que são morfologicamente diferentes; as maiores, facilmente identificáveis, dispõem-se junto ao sulco terminal e são denominadas papilas circunvaladas. Ao longo do dorso da língua distribuem-se também as papilas chamadas de foliáceas, fungiformes e filiformes. Algumas delas apresentam receptores gustativos que possibilitam o reconhecimento dos diversos sabores. O frênulo da língua é uma prega da mucosa que limita sua projeção anterior fixando-a ao soalho da boca Dentes: Auxiliam no processo de digestão triturando o alimento. Glândulas Salivares: São as primeiras glândulas anexas que atuam no canal alimentar, produzindo e secretando a saliva, que digere o amido ainda na cavidade da boca e umidece o bolo alimentar facilitando a deglutição. Apesar de numerosas, só estudaremos as que se localizam fora do canal alimentar e utilizam ductos para liberação da secreção no seu interior . Compreendem três pares de glândulas: parótidas, submandibulares e sublinguais.

Glândulas parótidas – Localizadas lateralmente na face e anterior ao lóbulo inferior da orelha externa. O ducto parotideo abre-se no vestíbulo da boca, ao nível do segundo molar superior. A infecção da glândula parótida (parotidite) é conhecida popularmente por caxumba.

Glândulas submandibulares – Localizam-se no terço lateral do corpo da mandíbula

próximo ao ângulo. O ducto submandibular desemboca no soalho da boca, lateralmente ao frênulo da língua.

Glândulas sublinguais – São as menores, localizadas lateral e inferiormente à língua. Sua

secreção é lançada diretamente na cavidade da boca em sua porção mais anterior.

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Faringe: A parte nasal da faringe foi descrita no sistema respiratório. A parte bucal da faringe tem comunicação com a cavidade própria da boca através do istmo da garganta, já a parte laríngea comunica-se anteriormente com o adito da laringe e, posteriormente, é continuada pelo esôfago. Esôfago: É a partir deste órgão que tem inicio o trato gastrintestinal. O esôfago é um tubo muscular que apresenta três porções: a cervical, a torácica e a abdominal, sendo a torácica a maior delas. Nas porções cervical e torácica o esôfago apresenta duas constricções, a cricofaríngea e a broncoaortica, respectivamente. Para atingir o abdome ele atravessa o músculo diafragma, através do hiato esofágico, apresentando nesta região a terceira constricção chamada diafragmática, desembocando quase imediatamente no estomago. Na camada muscular do trato gastrintestinal existem fibras musculares dispostas circular e longitudinalmente, que ao contraírem impulsionam óbolo alimentar em direção ao estomago .Estes movimentos acontecem em todo o restante do trato gastrintestinal e são denominados movimentos peristálticos. Peritônio:

O peritônio é uma membrana serosa de parede dupla que reveste a parede

abdominal.

Estômago: É a primeira dilatação do canal alimentar que se segue ao esôfago e se continua no intestino. Esta situado logo abaixo do diafragma , sendo que sua maior porção esta localizada a esquerda do plano mediano. Apresenta dois óstios: um que o comunica com o esôfago, chamado de óstio cárdico, e outro chamado de óstio pilórico, que o comunica com o duodeno. Na junção gastreosofágica ocorre uma condensação das fibras musculares dispostas tanto circular quanto longitudinalmente, formando nesta região um esfíncter chamado de gastroesofágico, que por sua localização próxima ao coração, também recebe o nome de cárdia. Um esfíncter semelhante também é encontrado ao nível do óstio pilórico, sendo responsável pela abertura e fechamento ativos da comunicação gastroduodenal. Esta estrutura anatômica é conhecida por esfíncter gastroduodenal ou piloro. A morfologia do estomago varia de acordo com a idade, biótipo, dieta nutricional, posição em que se encontra o individuo e o estado fisiológico do órgão.

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Anatomia externa do estômago:

Cardia – corresponde com a junção com o esôfago Piloro – corresponde com a junção com o duodeno Fundo – situado superiormente a um plano horizontal traçado próximo à junção

gastroesofágica Corpo – corresponde à parte média do órgão Região pilorica – porção terminal, continuada pelo duodeno. Curvatura maior – margem situada à esquerda do órgão Curvatura menor – margem situada à direita do órgão

Anatomia interna do estomago:

A mucosa do estomago apresenta numerosas pregas de direção predominantemente

longitudinal que desaparecem com a distensão do órgão. Intestinos: Devido às diferenças morfológicas apresentadas no trato gastrintestinal pode-se dizer que o estomago é continuado pelo intestino delgado e em seguida pelo intestino grosso. Intestino Delgado: Morfologicamente subdivide-se em três segmentos: duodeno, jejuno e íleo. Intestino Grosso: Constitui a porção final do trato gastrintestinal, sendo mais calibroso e mais curto que o intestino delgado. Morfologicamente subdivide-se em:

Ceco – Segmento inicial, em fundo cego, que se continua no colo ascendente. Apresenta uma projeção cilíndrica, o apêndice vermiforme.

Colo ascendente – Continuação do ceco que fica preso à parede posterior do abdome. Superiormente, ao nível do fígado, se dobra à esquerda formando a flexura cólica direita ou hepática.

Colo transverso – É bastante móvel, estendendo-se da flexura cólica direita à flexura cólica esquerda ou esplênica, onde se dobra para continuar no colo descendente.

Colo descendente – É o mais curto dos colos e como o ascendente, está fixo à parede posterior do abdome, iniciando-se na flexura esplênica e terminando na altura da crista ilíaca.

Colo Sigmóide – É a continuação do colo descendente e tem um trajeto que corresponde à letra sigma do alfabeto grego, dirigindo-se para o plano mediano da pelve onde é continuado pelo reto.

Reto - Continua o colo sigmóide e constitui a porção final do trato gastrintestinal. Apresenta um estreitamento em sua parte distal denominado canal anal. Atravessa o conjunto de partes moles que oblitera inferiormente a pelve óssea (períneo) e se abre no exterior através do ânus.

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Anexos do canal alimentar: As glândulas salivares já foram descritas e por esta razão, resta abordar os aspectos morfológicos do fígado e do pâncreas. Fígado: É, depois da pele, o segundo maior órgão do corpo humano. Localizado abaixo do diafragma, em sua maior parte no quadrante superior direito, o fígado também possui uma pequena porção localizada no quadrante esquerdo. Pâncreas: Situa-se posteriormente a curvatura maior do estomago, em posição retroperitoneal, estando portanto fixada á parede abdominal posterior. Na anatomia externa do órgão observam-se três regiões: uma extremidade dilatada que se acomoda na porção descendente do duodeno chamada de cabeça, um corpo disposto transversalmente, e uma calda, extremidade afilada, que continua diretamente o corpo. O pâncreas é uma glândula mista, ou seja, com característica exócrina e endócrina. A secreção endócrina é a insulina e a exócrina sulco pancreático. Este é recolhido por ductos que confluem, quase sempre em dois canais: o ducto pancreático e o ducto pancreático assessório. Na sua terminação o ducto pancreático muitas vezes se une ao ducto colédoco para desembocar na papila duodenal maior, enquanto, o ducto pancreático assessório desemboca na papila duodenal menor.

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Aula 10 – Sistema Urinário Conceito O sistema urinário compreende os órgãos responsáveis pela formação da urina que é um dos veículos de excreção com que conta o organismo. Os órgãos que compõem esse sistema são: os rins, os ureteres, a bexiga urinária e a uretra. Funções do Sistema Urinário

Manutenção do balanço interno (homeostase) através da eliminação ou conservação de água e demais produtos do metabolismo celular, tais como, a uréia, o ácido úrico e a creatinina.

Produção do hormônio eritropoietina que estimula a produção dos eritrócitos do sangue. Regulação da composição e do pH do liquido intersticial, pois por serem seletivos, os rins

impedem a saída de substâncias vitais para o corpo e ainda liberam a saída de substâncias tóxicas, conseguindo com isso a excelência do meio interno o que é considerado ótimo para a sobrevivência das células.

Rim São dois órgãos de localização retroperitoneal, fixados na parede posterior da cavidade abdominal, à direita e a esquerda da coluna vertebral, ocupando o direito uma posição inferior em relação ao esquerdo, em virtude da presença do fígado à direita. Anatomia externa do rim Na anatomia externa dos rins podemos visualizar:

Faces: anterior e posterior

Pólos: superior (glândula supra-renal) e inferior

Bordas: medial e lateral

Camadas de revestimento: cápsula fibrosa, cápsula adiposa e fáscia renal. A borda medial do rim apresenta uma fissura vertical chamada hilo renal, por onde passam o ureter, a artéria e a veia renal, linfáticos e nervos que em conjunto constituem o pedículo renal. Dentro do rim o hilo se expande em uma cavidade central denominada seio renal que funciona como alojamento para a pelve renal que na verdade é a porção dilatada do ureter. Anatomia interna do rim Na anatomia interna do rim pode-se observar mais perifericamente uma região de coloração menos evidente chamada córtex renal e ainda uma região mais escura chamada

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medula renal. O córtex renal se projeta na medula renal separando estruturas chamadas de pirâmides renais. Estas projeções do córtex são chamadas de colunas renais. As pirâmides renais tem os ápices voltados para a pelve renal, enquanto suas bases são envolvidas pelo córtex renal, estando portanto, voltadas para a superfície do órgão. A pelve renal por sua vez, esta dividida em dois ou três tubos curtos e largos, os cálices renais maiores que se subdividem em números variável de cálices renais menores. Cada destes últimos oferecem um encaixe em forma de taca, para receber o ápice das pirâmides renais. Este ápice denomina-se papila renal, região anatômica que apresenta uma área perfurada, área crivosa, por onde goteja o ultrafiltrado que será recebidos nos cálices renais menores. Um exame cuidadoso da medula renal mostra a presença de estriações, os raios medulares. Ureteres São definidos como tubos musculares que unem os rins á bexiga. Partindo da pelve renal, que constitui sua extremidade superior dilatada, o ureter, com trajeto descendente também é retroperitoneal. Em virtude do seu trajeto, distinguem-se duas partes do ureter: abdominal, quando o ureter desce paralela a parede posterior da cavidade abdominal, revestido pelo peritônio e pélvica, quando na altura das cristas ilíacas se dirigem medialmente indo desembocar póstero-lateralmente na bexiga urinária. O tubo muscular é capaz de contrair-se e realizar movimentos peristálticos. Bexiga É uma bolsa de localização infraperitonial, situada posteriormente à sínfise púbica e que funciona como reservatório da urina. O fluxo continuo de urina que chega pelos ureteres é transformado, graças a ela, em emissão periódica (micção). A forma, o tamanho, a situação e as relações da bexiga com órgãos vizinhos variam com suas fases de vacuidade, plenitude ou intermediárias, com as mesmas fases em que se encontram os órgãos vizinhos e ainda com a idade e o sexo. No adulto, vazia, ela se achata contra a sínfise púbica: cheia, toma a forma de um ovóide e faz saliência na cavidade abdominal. É chamado de trígono da bexiga o espaço triangular delimitado pelos óstios ureterais e pelo óstio interno da uretra localizado mais anteriormente. No sexo masculino, o reto coloca-se posteriormente a ela; no sexo feminino, entre o reto e a bexiga, situa-se o útero. Externamente evidenciam-se três regiões anatômicas na bexiga urinaria: o ápice, o corpo e o fundo da bexiga que no sexo masculino aparece associado à próstata. Uretra Constitui o ultimo segmento das vias urinárias. É importante lembrar que ela difere nos dois sexos, mas em ambos é um tubo mediano que estabelece a comunicação entre a bexiga urinaria e o meio exterior. No homem é uma via comum para a micção e a ejaculação, possui cerca de 20 cm de comprimento e termina no óstio externo da uretra localizado na glande do pênis. A uretra masculina é composta por quatro porções:

Intramural - que é circundada por musculatura lisa da bexiga, musculatura esta que apresenta fibras circulares que constituirão o esfíncter interno da uretra. enquanto na mulher, serve apenas á excreção da urina.

Prostática – atravessa longitudinalmente a próstata.

Membranácea – atravessa o diafragma urogenital.

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Esponjosa – vai do diafragma urogenital até o ostio externo da uretra sendo portanto a

maior das porções uretrais. No interior da glande existe a fossa navicular da uretra, que se trata de uma dilatação que diminue a pressão de chegada da urina minimizando a possibilidade de ocorrência de micro lesões nas paredes que se seguem.

No sexo feminino, a uretra é menor, possuindo aproximadamente 4 cm de comprimento. Está localizada anteriormente a vagina e assim como a masculina também atravessa o diafragma urogenital abrindo-se para o meio externo através do ostio externo da uretra que está localizado entre o clitóris e o ostio da vagina. A uretra feminina é composta por apenas duas porções:

Intramural - que é circundada por musculatura lisa da bexiga, musculatura esta que apresenta fibras circulares que constituirão o esfíncter interno da uretra. enquanto na mulher, serve apenas á excreção da urina.

Membranácea – atravessa o diafragma urogenital.

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Aula 11 – Sistema Genitais A importância dos órgãos genitais é produzir e permitir a união dos gametas. Diferente dos outros sistemas eles não são necessários à sobrevivência do indivíduo, mas sim para a perpetuação da espécie por meio da reprodução sexuada.

Sistema genital masculino

Funções do sistema genital masculino:

Produzir gametas - espermatozóides Transferi-los para o sistema genital feminino Produzir e secretar hormônios sexuais

Classificação das estruturas:

Órgãos sexuais primários:

Composto pelas gônadas masculinas (testículos) com funções de espermatogênese e produção de hormônio sexual (testosterona) localizados no escroto (genitália externa).

Órgãos sexuais secundários:

Composto pelas estruturas condutoras do espermatozóide como Epidídimo, Ducto deferente, Ducto ejaculatório e Uretra prostática, membranácea e esponjosa, esta última localizada no órgão da cópula (pênis). Neste trajeto, ao espermatozóide são unidos à secreções das glândulas anexas, como glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais.

Caracteres sexuais secundários:

Aparecimento na idade de maturação sexual, como voz grave, aumento de pêlos nas genitálias externas e pelo corpo todo, etc.

Testículos: Em número de dois, ovóides, facilmente palpáveis, ficam localizados dentro do escroto, onde o esquerdo está em geral, inferior ao direito o que proporciona melhora no retorno venoso e evita o atrito permanente entre eles. Os testículos são formados na cavidade abdominal e durante o desenvolvimento fetal descem na direção do escroto, para ocupá-lo definitivamente, o que ocorre em geral até o 8º mês de vida intra-uterina. Escroto: È o nome dado à bolsa cutânea que aloja os dois testículos. Medianamente é dividida em duas porções laterais pela rafe do escroto, que se prolonga desde a face uretral do pênis, acompanhando a linha mediana do períneo, até o ânus.

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Epidídimo: Em número de dois, é uma estrutura em forma de C, associada a margem posterior do testículo, podendo ser percebido pela palpação. Descrevem-se no epidídimo as seguintes partes: cabeça, corpo e cauda. É neste órgão que os espermatozóides produzidos pelos testículos ficam armazenados para maturação até o momento da ejaculação. Ducto deferente: Em número de dois é a continuação da cauda do epidídimo que conduz os espermatozóides até o ducto ejaculatório. Ele parte do escroto e penetra na cavidade abdominopélvica anterior, lateralmente ao púbis, seguindo lateralmente ao corpo da bexiga, se encontrando com o ducto da glândula seminal posterior e inferiormente na próstata. Devido ao grande trajeto foi divido em partes: escrotal, funicular, inguinal e pélvica. Funículo Espermático: Fáscia muscular que envolve os vasos sanguíneos, linfáticos e nervos que suprem os testículos e ainda o ducto deferente. Estende-se do canal inguinal até os testículos, sendo que o situado a esquerda é maior do que o cordão situado a direita, razão pela qual o testículo esquerdo é inferior ao direito.

Ducto ejaculatório: É formado pela junção do ducto deferente com o ducto da glândula seminal. Das vias condutoras dos espermatozóides, é a porção de menor dimensão e de calibre reduzido. Seu trajeto está situado dentro da próstata, desembocando na parte prostática da uretra por meio de uma saliência denominada colículo seminal.

Glândulas Seminais: Consiste em um tubo enovelado que emite vários divertículos situados na parte póstero-inferior da bexiga. Inferiormente, sua extremidade torna-se estreita e reta para formar o ducto da glândula seminal, que se junta ao correspondente ducto deferente para formar o ducto ejaculatório. Estas glândulas produzem o liquido seminal, substancia com função ativar os espermatozóides e facilitar a progressão dos mesmos através de suas vias de passagem.

Próstata: É um órgão pélvico, ímpar, situado inferiormente à bexiga e atravessado em toda sua extensão pela uretra. O líquido prostático se junta à secreção das glândulas seminais para constituir o sêmen, sendo lançado diretamente na parte prostática da uretra por meio de numerosos dúctulos prostáticos (não visíveis macroscopicamente) e confere odor característico ao sêmen.

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Glândulas bulbouretrais: São duas formações arredondadas, pequenas, situadas nas proximidades da parte membranácea da uretra. Seus ductos desembocam na uretra esponjosa e sua secreção é mucosa com função de alterar o pH da uretra antes da passagem do sêmen.

Pênis: Órgão da cópula, o pênis é normalmente flácido, mas quando seus tecidos eréteis se enchem de sangue, apresenta-se túrgido, rígido e com sensível aumento de volume. Esta modificação morfológica recebe o nome de ereção. O pênis é formado por três cilindros de tecido erétil, sendo os dois dorsais chamados de corpos cavernosos e o ventral de corpo esponjoso. Ambos são envolvidos por fáscias, túnicas fibrosas e externamente por pele fina e extremamente distensível. O pênis é divido em duas partes, uma interna, a raiz (fixa) e uma externa, o corpo (móvel). A raiz do pênis é formada pela junção dos ramos do pênis, nome dado as extremidades posteriores dos corpos cavernosos, e pelo bulbo do pênis que é a dilatação proximal do corpo esponjoso do pênis. O corpo esponjoso apresenta ainda, uma dilatação anterior, a glande do pênis. Como a parte esponjosa da uretra percorre o corpo esponjoso, encontra-se na extremidade da glande uma fenda mediana – é o óstio externo da uretra. A glande está recoberta, em extensão variável, por uma dupla camada de pele – o prepúcio, onde se encontram as glândulas prepuciais que secretam o esmegma, secreção importante na proteção das terminações nervosas situadas superficialmente na glande do pênis. O frênulo do prepúcio é uma prega mediana e inferior que passa de sua camada profunda para as adjacências do óstio externo da uretra.

Assoalho Pélvico: O assoalho pélvico é formado por duas camadas superpostas de músculos que limitam inferiormente a cavidade pélvica. Diafragma Pélvico: Nome dado à camada mais profunda do assoalho pélvico. Os músculos que formam o diafragma pélvico são o m. levantador do ânus e suas partes e o m. coccígeo. M. levantador do ânus e suas partes

o m. pubococcígeo o m. puboretal o m. íliococcígeo

M.coccígeo

Funções do Diafragma Pélvico:

Sustentação das vísceras pélvicas Resistir aos aumentos da pressão intra-abdominal

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Períneo: Constitui a região correspondente à saída da pelve, tendo como limites a sínfise púbica, anteriormente e o osso sacro, posteriormente formando neste espaço uma figura semelhante a um losango. É dividido em regiões urogenital e anal. Clinicamente associa-se o períneo com a região entre o ânus e o bulbo do pênis no homem ou entre o ânus e a vagina na mulher Períneo Masculino: Formado por músculos dispostos em duas camadas, uma profunda e outra superficial.

Camada superficial

M. transverso superficial do períneo - Contrai juntamente com o m. bulbocavernoso para fixar o centro tendíneo do períneo.

M. bulbocavernoso - Esvazia o canal da uretra após a bexiga ter expelido seu conteúdo e

auxilia na ereção do pênis.

M. isquiocavernoso - Comprime a raiz do pênis retardando o retorno do sangue para as veias e auxilia na ereção

Camada profunda – Diafragma urogenital

M. transverso profundo do períneo

M. esfíncter da uretra A ação conjunta e bilateral dos músculos do diafragma urogenital comprime a porção membranácea da uretra após a passagem do líquido, auxiliando na eliminação das últimas gotas. Períneo Feminino: Também formado por músculos dispostos em duas camadas, uma profunda e outra superficial. Camada superficial

M. transverso superficial do períneo - Fixação do centro tendíneo do períneo

M. bulbocavernoso - Diminui o orifício da vagina e contribui para a ereção do clitóris

M. isquiocavernoso - Ereção do clitóris Camada profunda - Diafragma urogenital

M. transverso profundo do períneo

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M. esfincter da uretra Músculos da região anal:

M. corrugador da pele do ânus -Contraindo-se provoca rugas na pele ao redor do ânus.

M. esfíncter externo do ânus - Sempre contraído para manter fechado o orifício e o canal anal auxiliando a na fixação do centro do períneo

(bulbocavernoso) M. esfíncter interno do ânus - Auxiliar do m. esfíncter externo

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Aula 12– Sistema Genital Feminino Tal como no sistema genital masculino, o sistema genital feminino é o conjunto de órgãos encarregados da reprodução na mulher. Funções do sistema genital feminino:

Produzir gametas - ovócito Secretar hormônios sexuais Receber os espermatozóides Fornecer locais para fertilização, implantação e desenvolvimento embrionário e fetal. Oferecer condições para o parto Prover nutrição do feto

O Peritônio e a cavidade pélvica Os ovários, as tubas e o útero estão situados nesta cavidade, entre a bexiga que é anterior e o reto, que é posterior a eles. Após recobrir a face superior da bexiga, o peritônio parte do assoalho e paredes laterais da cavidade pélvica sobre o útero, formando o ligamento largo do útero. Após recobrir quase todo o útero, o peritônio reflete-se sobre o reto. O ligamento largo divide a cavidade pélvica em dois compartimentos, um anterior e outro posterior. No compartimento anterior existe um espaço, revestido por peritônio, delimitado anteriormente pela bexiga urinária e posteriormente pelo útero, chamado de escavação vesicouterina. Já no compartimento posterior o espaço, também revestido pelo peritônio, localizado entre o útero e o reto é chamado de escavação retouterina. O útero, pois, fica envolvido pelo ligamento largo, o mesmo acontecendo com as tubas uterinas, que ficam incluídas em sua borda superior. Já os ovários se prendem à face posterior do ligamento largo por uma prega denominada mesovário e desta forma se projetam na escavação retouterina. Ovários: São responsáveis pela produção dos gametas e hormônios femininos. Localizam-se lateralmente na cavidade pélvica, em depressões denominadas fossas ováricas. Apresenta na porção medial um hilo e a porção lateral fica voltada para tuba uterina. Estão fixados pelo mesovário à face posterior do ligamento largo do útero e pelo ligamento uterovarico ao útero propriamente dito, porém, não são revestidos pelo peritônio. Antes da primeira ovulação o ovário é liso e rosado no vivente, mas depois se torna branco-acinzentado e rugoso devido às cicatrizes deixadas pelas subseqüentes ovulações. Na velhice, diminuem de tamanho.

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Tuba Uterina: Localizam-se na margem superior do ligamento largo do útero. Esta porção do ligamento envolve as tubas permitindo a passagem de vasos sanguíneos, linfáticos e nervos e é chamada de mesosalpinge. As tubas uterinas tem como função a condução dos ovócitos. É um tubo de luz estreita que possui duas extremidades, uma medial e outra lateral. A extremidade medial apresenta uma abertura chamada de óstio uterino da tuba, que a comunica com a cavidade uterina enquanto a extremidade lateral possui o óstio abdominal da tuba comunicando-a com a cavidade peritoneal. O óstio abdominal da tuba permite a comunicação da cavidade uterina com meio exterior (através da tuba, cavidade uterina, vagina e pudendo). A tuba está subdividida em quatro partes, que indo do útero para o ovário, são: intramural ou uterina, istmo, ampola e infundíbulo. O infundíbulo tem forma de funil em cuja base se encontra o óstio abdominal da tuba e é dotado em suas margens de uma série de franjas irregulares – as fímbrias. Útero: É um órgão oco, cuja função é alojar o embrião/feto até que este complete seu desenvolvimento pré-natal. Está localizado na cavidade pélvica, póstero-superiormente à bexiga urinária e anterior ao reto. Sua posição é descrita como em anteversoflexão, formando um ângulo de aproximadamente 90º com a vagina. Externamente, no útero, distinguem-se quatro regiões anatômicas: fundo, corpo, istmo e cérvix ou colo do útero. Internamente apresenta uma abertura mediana chamada de canal uterino que se abre para a vagina através do ostio uterino. O ligamento largo do, juntamente com o ligamento redondo, são os principais meios de fixação do útero. Vagina: As suas funções são: servir como órgão de cópula, canal do parto e via de excreção do fluxo menstrual. Está localizada entre a bexiga urinária, o reto e o canal anal. A cavidade da vagina possui um lúmen estreito, sendo que suas paredes ficam praticamente unidas. A vagina se comunica com o útero por meio do óstio uterino e com o meio externo por meio do óstio da vagina, que abre-se no vestíbulo da vagina. No seu interior há o hímen, prega com finalidade de proteção, que oblitera parcialmente o óstio da vagina, apresentando forma e tamanho variáveis. Quando rompido, restam fragmentos chamados carúnculas himenais. Os órgãos genitais externos em conjunto formam o pudendo feminino ou vulva.

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Vulva ou pudendo feminino:

Monte do púbis - É uma elevação mediana, anterior à sínfise púbica e constituída principalmente de tecido adiposo. Apresenta pêlos espessos chamados de pêlos pubianos, que aparecem na puberdade e com distribuição característica.

Lábios maiores do pudendo - São duas pregas cutâneas, alongadas, que delimitam

entre si uma fenda, a rima do pudendo. Após a puberdade apresentam-se hiperpigmentadas e cobertos de pêlos somente nas suas faces externas, sendo suas faces internas lisas e desprovidas de pêlos.

Lábios menores do pudendo - São duas pequenas pregas cutâneas, localizadas

medialmente aos lábios maiores. É recoberto por pele lisa, úmida e vermelha. Ficam protegidos pelos lábios maiores, exceto nas crianças e na idade avançada, quando os lábios maiores apresentam menor quantidade de tecido adiposo diminuindo assim o seu volume. O espaço entre os lábios menores é o vestíbulo da vagina, onde estão localizados o óstio externo da uretra, o óstio da vagina e os orifícios dos ductos das glândulas vestibulares.

Glândulas vestibulares maiores e menores - As maiores são em número de duas e

as menores em número variável. Estão situadas profundamente no vestíbulo e possuem ductos que se abrem ao redor do ostio vaginal onde liberam um muco lubrificador.

Estruturas eréteis:

Clitóris –

É o homólogo do pênis, ou mais exatamente, dos corpos cavernosos do pênis. Possui duas extremidades fixadas ao ísquio e ao púbis chamadas de ramos do clitóris, que se juntam formando o corpo do clitóris, e este apresenta uma dilatação distal denominada glande do clitóris. Apenas a glande do clitóris é visível e esta ligada à excitabilidade sexual feminina.

Bulbo do vestíbulo: É formado por duas massas pares de tecido erétil, alongadas e dispostas ao redor do óstio da vagina. Não são visíveis na superfície porque estão profundamente situados e recobertos. São os homólogos do bulbo do pênis e porção adjacente do corpo esponjoso. Quando cheios de sangue, dilatam-se e desta forma proporcionam maior contato entre o pênis e o orifício da vagina.

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Aula 13 – Avaliação