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PASSE POR AQUI – SOLUÇÃO EM CONCURSOS PÚBLICOS APOSTILA ENFERMAGEM http://passeporaqui.webs.com Conteúdo desta Apostila 1. CABEÇA E PESCOÇO 1.1 Cavidade Craniana. 1.2. Face e Couro Cabeludo. 1.3. Órbita e Olhos. 1.4. Estrutura do Pescoço. 1.5. Cavidade Nasal. 1.6. Cavidade Oral. 1.7. Laringe e Faringe. 2. TÓRAX 2.1. Cavidades Pleurais. 2.2. Pulmões. 2.3. Traquéia. 2.4. Brônquios. 2.5. Coração. 2.6. Vasos Sangüíneos. 2.7. Mediastino Anterior, Médio e Posterior. 3. ABDOME 3.1. Cavidade Abdominal. 3.2. Estômago e Intestinos. 3.3. Fígado. 3.4. Pâncreas. 3.5. Baço. 3.6. Rins. 3.7. Adrenal e Retroperitônio. 3.8. Vísceras Pélvicas. 3.9. Períneo. ANATOMIA HUMANA Utilize os links em cada conteúdo para transitar melhor pela

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Conteúdo desta Apostila

1. CABEÇA E PESCOÇO 1.1 Cavidade Craniana. 1.2. Face e Couro Cabeludo. 1.3. Órbita e Olhos. 1.4. Estrutura do Pescoço. 1.5. Cavidade Nasal. 1.6. Cavidade Oral. 1.7. Laringe e Faringe.

2. TÓRAX 2.1. Cavidades Pleurais. 2.2. Pulmões. 2.3. Traquéia. 2.4. Brônquios. 2.5. Coração. 2.6. Vasos Sangüíneos. 2.7. Mediastino Anterior, Médio e Posterior.

3. ABDOME 3.1. Cavidade Abdominal. 3.2. Estômago e Intestinos. 3.3. Fígado. 3.4. Pâncreas. 3.5. Baço. 3.6. Rins. 3.7. Adrenal e Retroperitônio. 3.8. Vísceras Pélvicas. 3.9. Períneo.

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Dicas Importantes

1. Organize seus estudos por temas, vá dos mais fáceis aos mais difíceis.2. Procure sempre estudar no mesmo horário, em local calmo e tranquilo.3. Crie roteiros de estudo, dispondo tópicos para cada dia.4. Faça resumos dos assuntos estudados e crie fichas sintéticas.5. Faça um questionário sobre cada assunto estudado.6. Selecione dúvidas num bloco de anotações para apresentá-las ao professor.7. Você pode usar uma música relaxante e em baixo volume durante os estudos.8. Evite o uso de lápis, procure usar canetas. Em caso de erros, risque o assunto, sem apagá-lo.9. Divida seu tempo de forma a concentrar seus estudos onde você tem mais dificuldade.10. Crie grupos de estudos para tirar dúvidas e treinar os assuntos que você domina.11. Faça uma leitura do assunto a ser visto em sala, antes da aula.12. Utilize gravador para ter um arquivo das aulas em sala.13. Pesquise em livros e revistas os assuntos do concurso, não se limite à apostila.14. Estabeleça metas diárias para o que você precisa estudar.15. Cole cartazes em seu quarto sobre os assuntos mais importantes.

Bons Estudos,Equipe Passe Por Aqui.

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1. CABEÇA E PESCOÇO

1.1 Cavidade Craniana.

Cavidade Craniana.

O crânio é uma estrutura óssea que protege o cérebro e forma a face. Ele é formado por 22 ossos separados, o que permite seu crescimento e a manutenção da sua forma. Esses ossos se encontram ao longo de linhas chamadas suturas, que podem ser vistas no crânio de um bebê ou de uma pessoa jovem, mas que desaparecem gradualmente por volta dos 30 anos.

A maioria dos ossos cranianos formam pares, um do lado direito e o outro do lado esquerdo. Para tornar o crânio mais forte, alguns desses pares, como os dos ossos frontais, occipitais e esfenóides, fundem-se num osso único. Os pares de ossos cranianos mais importantes são os parietais, temporais, maxilares, zigomáticos, nasais e palatinos. Os ossos cranianos são finos mas, devido a seu formato curvo, são muito fortes em relação a seu peso - como ocorre com a casca de um ovo ou o capacete de um motociclista.Crânio

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Pescoço

O pescoço é a parte do corpo dos vertebrados que une a cabeça ao tronco. É formado pelas sete vértebras cervicais que articulam com o crânio, com as clavículas e com a porção inferior (ou posterior) da coluna vertebral e é suportado por vários músculos que dão à cabeça os seus movimentos.

No seu interior encontram-se a laringe e a traquéia e, por trás dessas, a parte superior do esôfago; na parte frontal, estas estruturas e, ainda, a glândula tiróide são protegidas, de cima para baixo, pelo osso hióide, a cartilagem tiróide - que, no homem, recebe vulgarmente o nome de “maçã de Adão” - e a cartilagem crinóide. Lateralmente, por baixo da pele, notam-se os músculos esternos-mastóides (esternocleidomastoideu), os dois ramos da artéria carótida e da veia jugular e a glândula submandibular, por baixo da mandíbula.

Apesar destas proteções, o pescoço é um dos pontos fracos dos vertebrados, uma vez que, seccionando-o, o animal perde a vida, não só pela perda de grande quantidade de sangue, como principalmente por deixar de haver comunicação entre o cérebro e o resto do corpo. O enforcamento é outra forma de terminar a vida de um animal, por sufocamento; esta ação também pode ser realizada voluntariamente, como uma forma de suicídio.

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1.2. Face e Couro Cabeludo.

Face e Couro Cabeludo.

Ossos da Face

           A Face é constituída por 14 ossos: dois ímpares e seis paresSendo a mandíbula um osso ímpar e o único móvel. O outro ímpar é o vômer, que juntamente com os 12 ossos restantes formam o bloco superior da calvária.

Os pares são: Maxila                      Zigomático (ou Malar)                      Palatino                      Nasal                      Lacrimal                      Concha nasal inferior Mandíbula (maxilar inferior)                      - corpo                      - dois ramos: direito e esquerdoFunção mastigação * dentes incisivos (I e II), caninos, pré-molares (I e II) e molares (I, II e II) - serotino = molar III

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face é diferente de facies - fisionomia ou aspecto de uma pessoa "inspeção, palpação, percussão, auscultação"É o único osso móvel- cavidades onde estão os dentes: alvéolos / Gonfose                       Acidentes principais da mandíbula                      - côndilo - se articula com o osso temporal                      - chanfratura ou incisura                      - processo coronóide

Articulação temporo-mandibular (ATM)           cavidade glenóide - onde se articula o condilo Espinha de SpixLinha milo-hioidea Forame da mandíbula           origina 3 nervos                       - aurículo-temporal                       - lingual                       - dental inferior ou alveolar -- sai do forame mentoniano

Apófises geni           - duas superiores            - duas inferiores

Maxila (ou Maxilar Direito e Esquerdo)            Formam 80% da aboboda palatina o palato duro           é oco (seio de Ygmore)                      - resistente                       - menos peso                      - ressonância da voz           ajuda a formar a cavidade orbitária

           20% do palato duro é formado pelos ossos palatinos Osso Zigomático ou malar (forma a maçã do osso) não é pneumático, facilmente fraturável, muito visível em pessoas magras

Palatinos            São ossos pequenos, responsáveis por 20% do teto da boca.

Unguis ou Lacrimal            Osso par, pequeno, localizado na cavidade orbitária.

Cornetos ou conchas            São saliências, prateleiras, que se encontram na parede da cavidade nasal.           Temos as conchas: inferiores, Individualizados (próprios da face)                                                                  Médios e Superiores, são parte do osso etmóide

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Vômer (pá de arado)           Osso ímpar, ajuda a formar o septo nasal           - encontra-se com a lâmina perpendicular do etmóide - forma o septo

Músculos da Face Músculos da Mastigação                                                       - profundos - músculos

- Músculo Temporal           Origem: parietal, temporal, frontal, esfenóide           Inserção: processo coronóide da mandíbula            Função: elevar a mandíbula           as fibras posteriores fazem a retração

- Músculo Masseter           Origem: zigomático           Inserção: na face lateral do ramo da mandíbula           Função: elevar a mandíbula

Trismo - quando o Masseter se contrai violentamente. Por exemplo devido ao tétano (fica contraído)

Reflexo Mentual

           É o reflexo de ficar com a boca fechada (quando morremos o perdemos).            Fuso neuro muscular, fibras que estão envoltas por uma cápsula fibrosa o estímulo vai pelo nervo mandibular até a ponte o estimulo eferente e aferente vai pelo mandibular Reflexo - ato involuntário devido ao estímulo de uma estrutura

músculos

- Músculo Pterigoideo Interno           Origem: Processo pterigoideo interno do esfenoide           Inserção: Face medial do ramo da mandíbula            Função: elevar a mandíbula

- Músculo Pterigoideo Externo           Origem: Processo pterigoideo externo do esfenoide           Inserção: Colo da mandíbula           Função: mastigação

Inervação

           São inervados pelo trigêmeo, através da raiz mandibular, que é principalmente sensitiva, mas para os músculos que movimentam a mandíbula é motor. - Movimento de Didução (ruminar) - quando apenas um pterigoideo se contrai- Movimento de Protuzão (mandíbula pra frente) - quando os dois se contraem

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Couro cabeludo

O couro cabeludo é, grosso modo, a pele que reveste o crânio do ser humano e que possui cabelo. É diferente das demais peles por dois motivos: o primeiro é que abaixo desta pele existe uma armação muito vascularizada, formada por uma ramificação enorme de vasos sanguíneos e que é a responsável pelos grandes sangramentos ocorridos em ferimentos neste local.

Este tecido fino, friável e altamente vascularizado é chamado de Gálea.

Os ferimentos neste local devem necessariamente ser suturados para evitar a formação de hematomas. Os ferimentos contusos apresentam grandes hematomas, e muitos recém-nascidos nascem com bossa, ou seja, hematomas abaixo do couro cabeludo e acima da calota craniana que dão ao recém nascido a aparência de um projétil, com a cabeça pontuda.

A segunda diferença é que apresenta cabelos mesmo nos calvos, apesar de ser chamado de couro cabeludo.

1.3. Órbita e Olhos.

O olho humano é o órgão responsável pela visão nos Seres Humanos. Tem diâmetro antero-posterior de aproximadamente 24,15 milímetros, diâmetros horizontal e vertical ao nível do equador de aproximadamente 23,48 milímetros, circunferência ao equador de 75 milímetros, pesa 7,5 gramas e tem volume de 6,5cc.

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Figura mostrando o olho humano em sua órbita.O globo ocular recebe este nome por ter a forma de um globo, que por sua vez fica acondicionado dentro de uma cavidade óssea e protegido pelas pálpebras. Possui em seu exterior seis músculos que são responsáveis pelos movimentos oculares, e também três camadas concêntricas aderidas entre si com a função de visão, nutrição e proteção. A camada externa é constituída pela córnea e a esclera e serve para proteção. A camada média ou vascular é formada pela íris, a coróide, o cório ou uvea, e o corpo ciliar. A camada interna é constituída pela retina que é a parte nervosa.

Existe ainda o humor aquoso que é um líquido incolor e que existe entre a córnea e o cristalino. O humor vítreo é uma substância gelatinosa que preenche todo o espaço interno do globo ocular também entre a córnea e o cristalino. Tudo isso funciona para manter a forma esférica do olho.

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Figura mostrando os músculos da órbita, que movimentam o olho.O cristalino é uma espécie de lente que fica dentro de nossos olhos. Está situado atrás da pupila e orienta a passagem da luz até a retina. A retina é composta de células nervosas que leva a imagem através do nervo óptico para que o cérebro as interprete.

Não importa se o cristalino fica mais delgado ou espesso, estas mudanças ocorrem de modo a desviar a passagem dos raios luminosos na direção da mancha amarela. À medida que os objetos ficam mais próximos o cristalino fica mais espesso, e para objetos a distância fica mais delgado a isso chamamos de acomodação visual.

O olho ainda apresenta as pálpebras, as sobrancelhas, as glândulas lacrimais, os cílios e os músculos oculares. A função dos cílios ou pestanas é impedir a entrada de poeira e o excesso da luz. As sobrancelhas também têm a função de não permitir que o suor da testa entre em contato com os olhos.

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Anatomia do olho humano.

Membrana conjuntiva é uma membrana que reveste internamente duas dobras da pele que são as pálpebras. São responsáveis pela proteção dos olhos e para espalhar o líquido que conhecemos como lágrima.

O líquido que conhecemos como lágrimas são produzidas nas glândulas lacrimais, sua função é espalhar esse líquido através dos movimentos das pálpebras lavando e lubrificando o olho.O ponto cego é o lugar de onde o nervo óptico sai do olho. É assim chamada porque não existem, no local, receptores sensoriais, não havendo, portanto, resposta à estimulação. O ponto cego foi descoberto pelo físico francês Edme Mariotte (1620 - 1684).

1.4. Estrutura do Pescoço.

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O pescoço encontra-se dividido pelo músculo esternocleidomastoideu e pelo feixe vasculo-nervoso do pescoço, em dois espaços.

Estes espaços, embora sejam de forma piramidal, são designados por triângulos posterior e anterior do pescoço.

O triângulo anterior é limitado pela linha média anterior do pescoço (linea alba), pelo bordo inferior da mandíbula e pelo bordo anterior do músculo esternocleidomastoideu. O triângulo anterior é ainda subdividido em triângulos mais pequenos, pelo ventre posterior do músculo digástrico e pelo ventre superior do músculo omohioideu. Assim, é possível descrever os triângulos sub-mentoniano, submandibular, carotídeo e muscular.

O triângulo submentoniano é limitado lateralmente pelo ventre anterior do músculo digástrico, pelo bordo inferior da mandíbula e pelo corpo do osso hióide. O pavimento deste triângulo é formado pelo músculo milohióideu. Este espaço é preenchido essencialmente com gordura e gânglios linfáticos. O triângulo submandibular é limitado pelo bordo inferior da mandíbula e pelos dois ventres do músculo digástrico. O pavimento deste espaço é formado pelo músculo milohióideu, o músculo hioglosso e o músculo constritor médio da faringe. Este espaço é ainda subdividido pelo músculo milohióideu no espaço supramilohióideu, que contém a glândula sublingual, e no espaço infra-milohióideu que contém a glândula submandibular e gânglios linfáticos. Outras estruturas, tais como o nervo lingual, o nervo hipoglosso, a artéria facial e a veia facial atravessam este triângulo.O triângulo carotídeo é limitado pelo ventre posterior do músculo digástrico, pelo bordo anterior do músculo esternocleidomastoideu e pelo ventre superior do músculo omohióideu. A artéria carótida comum, a veia jugular interna, o nervo vago, o tronco simpático, a ansa cervicalis e gânglios linfáticos da cadeia jugular, localizam-se neste espaço.

O triângulo muscular é limitado pelo ventre superior do músculo omohióideu, pelo bordo anterior do músculo esternocleidomastoideu e pela linha cervical média (linea alba). A glândula tiroide, as glândulas paratioroides, a traqueia, o esófago e os músculos infrahióideos estão contidos neste espaço. O triângulo posterior é limitado pelo bordo posterior do músculo esternocleidomastoideu, pelo bordo superior da clavícula e pelo bordo anterior do músculo trapézio.

O pavimento do triângulo posterior é formado pelos músculos escalenos, pelo músculo levantador da escápula e pelo músculo splenius capitis. Este triângulo é ainda subdividido em dois triângulos menores pelo ventre inferior do músculo omohióideu, pelo triângulo occipital em cima e pelo triângulo omoclavicular em baixo.

O triângulo occipital contém o nervo acessório espinhal e vários ramos dos plexos, cervical e braquial.O triângulo subclávio corresponde à fossa supraclavicular e contém estruturas linfáticas, parte do canal toráxico esquerdo e a artéria cervical transversa (a transversa colli).  

Vasos sanguíneos do pescoço Artérias do pescoço

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Artéria carótida comum

A artéria carótida comum localiza-se por baixo do músculo esternocleidomastoideu e é acompanhada pela veia jugular interna e pelo nervo vago, constituindo o feixe vasculo-nervoso do pescoço.A artéria carótida comum ascende no pescoço, no interior da baínha do feixe vasculo-nervoso e é cruzada pelo ventre superior do músculo omo-hióideu e pelas veias tiorideias superior e média. A veia jugular interna localiza-se superficialmente relativamente à artéria. O nervo vago localiza-se no sulco posterior, formado pela veia jugular interna e pela carótida comum.Na sua extremidade superior a artéria carótida apresenta uma dilatação, conhecida como seio carotídeo.

Ao nível da bifurcação da artéria carótida comum, existe um pequno corpusculo, avermelhado, localizado por trás da bifurcação, o corpo carotídeo. O corpo carotídeo é um baroreceptor, sensível a variações da pressão arterial, mas também a pressão directa, exercida durante intervenções cirúrgicas ou até actos clínicos.

A artéria carótida comum termina ao nível do bordo superior da cartilagem tiroideia, bifurcando-se em artéria carótida interna e artéria carótida externa.

Artéria carótida interna

A artéria carótida interna ascende no pescoço, no interior da bainha do feixe vasculo-nervoso do pescoço, desde a sua origem até penetrar na base do crânio no canal carotidiano.À medida que ascende no pescoço, é cruzada pelo nervo hipoglosso, pela artéria occipital e pelo ventre posterior do músculo digástrico e pelos músculos estilo-hióideu, estilo-faríngeo e estilo-glosso.

A artéria carótida externa localiza-se anteriormente e medialmente à carótida interna, ao longo de todo o seu trajecto cervical.

O lobo profundo da glândula parótida fica situado imediatamente por dentro da artéria carótida interna. A veia jugular interna fica situada externamente à artéria, no entanto, à medida que esta ascende no pescoço, a veia passa a ter uma localização posterior. O nervo hipoglosso passa imediatamente acima da bifurcação da artéria carótida comum.

O nervo vago fica por trás da artéria carótida interna. O nervo acessório espinhal passa atrás e lateralmente relativamente à artéria. Passa superficialmente à veia jugular interna mas pode passar profundo relativamente a esta.

Artéria carótida externa

A artéria carótida externa origina-se a partir da bifurcação da artéria carótida comum e localiza-se por for a do feixe vasculo-nervoso do pescoço.

Após a bifurcação passa por trás do ventre posterior do músculo digástrico e dirige-se à glândula

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parótida. Por trás do côndilo da mandíbula divide-se nos seus ramos terminais, a artéria maxilar e a artéria temporal superficial.

Ao longo do seu trajecto a artéria carótida externa origina vários ramos.

A artéria tiroideia superior tem origem imediatamente abaixo do grande corno do osso hióide. A artéria descreve um arco anterior e em seguida desce em direcção ao pólo superior da glândula tiroideia. Entre os ramos que origina descrevemos a artéria laríngea superior que se origina na porção arqueada da artéria tiroideia superior. Após a sua origem a artéria laríngea superior dirige-se para a frente, em direcção ao músculo tiro-hióideu, conjuntamente com a veia laríngea superior e o ramo interno do nervo laríngeo superior, formando-se assim o feixe neurovascular laríngeo que perfura a membrana tiro-hióideia e vasculariza e enerva muitos dos músculos da laringe.A artéria faríngea ascendente é uma pequena artéria que se origina na face posterior da artéria carótida externa. Fornece ramos para a faringe, para os músculos pré-vertebrais, para o ouvido médio e para as meninges.

A artéria lingual origina-se da face anterior da artéria carótida externa, ao nível do grande corno do osso hióide. Passa profundamente ao nervo hipoglosso e ao ventre posterior do músculo digástrico, dirigindo-se em seguida ao músculo hio-glosso.

A artéria facial origina-se na face anterior da artéria carótida externa, imediatamente acima da artéria lingual. Passa profundamente ao ventre posterior do músculo digástrico. Em seguida entra no triângulo submandibular, onde se localiza a glândula submandibular. A artéria facial cruza o bordo inferior da mandíbula e ascende na face percorrendo o bordo anterior do músculo masseter. No seu trajecto origina vários ramos: a artéria palatina ascendente, a artéria tonsilar, vários ramos para a glândula submandibular e a artéria submentoniana.

A artéria occipital tem origem na face posterior da artéria carótida externa. Dirige-se para trás e depois para cima e para trás, ao longo do bordo inferior do ventre posterior do músculo digástrico, em direcção à região occipital, onde termina.

A artéria auricular posterior tem origem na parede posterior da artéria carótida externa, ao nível do bordo superior do ventre posterior do músculo digástrico. Tem um trajecto arqueado, lateralmente e penetra no sulco entre o canal auditivo externo e o processo mastoideu.

  Veias do pescoço

Veia jugular anterior

A veia jugular anterior é formada pela união das veias submental e sublabial. Tem origem por baixo do mento, tem um trajecto descendente, junto alinha média, na fascia superficial. Acima do esterno, as duas veias jugulars anteriores normalmente anastomosam-se através do arco jugular. Imediatamente acima da clavícula as veias jugulars anteriores viram lateralmente, terminando na veia jugular externa. A veia jugular anterior repousa superficialmente ao músculo platisma na sua metade superior e profundamente ao músculo na sua porção inferior.

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 Veia jugular externa

Esta veia tem origem na confluência das veias retromandibular e auricular posterior. Inicia-se no interior da glândula parótida, próximo do ângulo da mandíbula. Após a sua origem dirige-se obliquamente cruzando a superfície externa do músculo esternocleidomastoideu. É acompanhada na porção superior do seu trajecto pelo nervo grande auricular. Repousa superficialmente no pescoço, na camada superficial da fascia cervical e profundamente relativamente ao músculo platisma. A veia jugular externa termina na veia subclávia ou raramente na veia jugular interna.

Veia jugular posterior

Esta veia tem origem na região occipital. Drena a região da nuca e termina a meia altura da veia jugular externa.

 Veia jugular interna

A veia jugular interna é a maior veia do pescoço. Tem origem na base do crânio, na fossa jugular, sendo a continuação do seio sigmóide.

Após a sua origem, a veia jugular interna desce no pescoço recebendo várias veias tributárias. Na sua porção superior, localiza-se em posição postero-lateral relativamente à carótida interna, da qual está separada pelo plexo carotídeo do tronco simpático. À medida que desce no pescoço, passa gradualmente para a face lateral da carótida interna. Ao nível do bordo superior da cartilagem tiroideia, a veia jugular interna coloca-se lateralmente à artéria carótida comum, no interior do feixe vasculo-nervoso do pescoço, conjuntamente com a artéria e com o nervo vago. No interior do feixe vasculo-nervoso do pescoço, cada estrutura está separada da adjacente por um septo fibroso. Na base do pescoço a veia coloca-se anteriormente à artéria.

1.5. Cavidade Nasal.

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É dividida pelo septo nasal em duas camaras simétricas, as fossas nasais que são limitadas anteriormente pelas narinas e posteriormente pela nasofarínge através das Coanas.  Existe uma dilatação, internamente ao orifício das narinas denominada Vestíbulo Nasal, que é limitado anterior e lateralmente pela cartilagem alar maior e é revestido por uma mucosa que contém pelos e glândulas sebáceas.  Cada fossa nasal pode ser dividida em duas regiões:

- a região olfatória: (concha superior) 

- a região respiratória: (restante da cavidade) 

Na parede lateral estão as conchas superior, média, inferior e os meatos correspondentes.  Acima da concha superior existe um região contendo um pequeno recesso, o recesso esfenoetmoidal onde ocorre a abertura do seio esfenoidal.  O meato superior, localizado na metade da borda superior da concha média, possui na porção anterior aberturas das células etmoidais posteriores.  O meato médio, que se continua anteriormente numa região (que é a continuação do Vestíbulo nasal) denominada átrio do meato médio. Na parede lateral, coberto pela concha média, existe uma elevação arredondada denominada Bula Etmoidal que é determinada pela projeção das células etmoidais médias, e antero-inferiormente a ela existe uma fenda em curva fechada denominada Hiato Semilunar que se abre em uma bolsa profunda, o infundíbulo. Este é limitado inferiormente pela borda côncava do processo uncinado do etmóide e superiormente pela bula etmoidal. Na poção anterior do infundíbulo se abrem  as céluals etmoidais anteriores e como continuação do dele ocorre a abertura do ducto frontonasal, principal passagem de ar do seio frontal. No fundo do infundíbulo, escondido pelo extremo inferior do processo uncinado está o óstio maxilar, ou abertura do seio maxilar, que está situada no tecto do seio.  O meato inferior possui a abertura do conduto nasolacrimal.  O teto da cavidade nasal é formado pelos ossos: frontal, etmóide e esfenóide.  O soalho é formado nos 3/4 anteriores pela processo palatino da maxila e nos 1/4 posteriores pelo processo horizontal do osso palatino.  Os seios acessórios do nariz ou sinus paranasales são o frontal, esfenoidal, etmoidal(células aéreas etmoidais) e o esfenoidal. 

As fossas nasais são duas cavidades paralelas que vão das narinas até à faringe e estão separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa, terminando na faringe. Em seu interior existem dobras chamadas cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato.As fossas nasais têm a função de filtrar, umedecer e aquecer o ar que é inspirado.As fossas nasais são duas cavidades localizadas na base do nariz. Elas são revestidas internamente pela mucosa nasal, que possui um grande número de vasos sanguíneos. O calor do sangue nesses vasos aquece o ar e, assim, as demais vias respiratórias e os pulmões recebem ar aquecido.

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A mucosa tem, também, pequenos pêlos e produz uma substância viscosa, levemente amarelada, denominada muco. Além de lubrificar a mucosa, junto com os pêlos, retêm micróbios e partículas de poeira do ar, funcionando como um filtro; serve também para umedecer o ar.

1.6. Cavidade Oral.

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É freqüentemente usado o termo adjetivo oral ou histopatológico. O termo latim oris é um prefixo que indica algo relativo a boca (borda, limite) στομα; estoma, que em grego significa boca ou orifício, refere-se à entrada.

De fato a boca é simplesmente um cavidade, a cavidade oral, porém essa cavidade está rodeada de estruturas dinâmicas que lhe conferem propriedades distintas de outras estruturas do corpo, mais ainda, quando a boca está situada na face, integrando a unidade crânio-facial, que caracteriza um indivíduo, especialmente no relativo a suas funções de relacionamento com o ambiente, constituído, principalmente, por outros indivíduos da mesma espécie humana. Isso significa que a boca cumpre um importante papel na vida de relacionamento, servindo como "posto de fronteira" do organismo em contato com ambientes que sejam capazes de julgar a esse organismo como uma entidade peculiar, que pode representar uma variação do ambiente ecotópico.

Características gerais

Nos animais com sistema digestivo completo, a boca forma a abertura de entrada do referido sistema, e o ânus forma a outra abertura. No desenvolvimento embrionário, tanto o ânus como a boca podem se formar a partir do blastóporo — a abertura inicial da blástula. Caso a boca se forme primeiro e a partir do blastóporo e o ânus se desenvolva mais tarde, temos o grupo de animais protóstomos. Caso o ânus se desenvolva a partir da blástula temos os animais deuteróstomos.

Em muitos animais de sistema digestivo incompleto, como os cnidários, a boca atua tanto como orifício de entrada de alimentos como orifício de saída de excreções.

A boca humana é constituída pelos dentes e pela língua, que misturam e transformam os alimentos em bolo alimentar, ao envolvê-los em saliva. Os dentes não são todos iguais. Conforme a sua função cada dente tem uma forma diferente.

Podemos distinguir os incisivos, cuja missão é cortar os alimentos; os caninos, encarregados de rasgar os alimentos, e os pré-molares e molares, que servem a trituração dos mesmos. Os dentes encontram-se situados nos dois maxilares, constando a dentição permanente de 4 incisivos. 2 caninos. 4 pré-molares e 6 molares em cada maxilar. Vale observar que evolucionariamente esses números vem diminuindo. Ex: A falta cada vez mais freqüente do terceiro molar na dentição do homem moderno.

A língua é o órgão que recebe os estímulos responsáveis pela sensação do sabor dos alimentos. É na língua que se situam a maioria das papilas gustativas.

Ao redor da boca humana existem as glândulas salivares que produzem a saliva. A sua função é de transformar o amido em produtos mais simples. Depois de formado, o bolo alimentar passa para a

Mucosa oral

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A mucosa da boca ou oral possui algumas funções:Protege devidamente contra forças abrasivas. Oferece uma barreira contra microorganismos, toxinas e antígenos através da saliva. As menores glândulas da mucosa oral oferecem lubrificação e seleção de alguns anticorpos.

A mucosa é ricamente enervada fornecendo sensação de tato, dor, e paladar.

A mucosa bucal pode ser mastigatória, de revestimento ou mucosa especializada. A mucosa da boca é dividida em três tipos de mucosa: a mucosa envolvida no processo de mastigação, a mucosa que reveste a boca e uma mucosa especializada.

A mucosa mastigatória é composta por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado, ou paraqueratinizado, umidificado e tecido conjuntivo subjacente.

As partes da cavidade oral expostas a forças de fricção e cisalhamento (gengiva, superfície dorsal da língua e palato duro) são cobertas pela mucosa mastigatória que é constituída de epitélio pavimentoso estratificado geralmente queratinizado e por tecido conjuntivo denso na modelado subjacente.

A mucosa de revestimento é composta por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado superposto a tecido conjuntivo denso não modelado, porém mais frouxo do que o da mucosa mastigatória.

Há ainda uma mucosa especializada para a percepção do gosto, que cobre as regiões da mucosa oral que possuem corpúsculos gustativos (superfície dorsal da língua e áreas do palato mole e da faringe).

A mucosa bem perto da gengiva que recobre o dente é diferente da mucosa da região da bochecha. Quando o indivíduo se alimenta, o material sólido está constantemente batendo na gengiva ou no palato duro, enquanto na bochecha ou na região entre o lábio e o dente não há tanta agressão. Por isso, a mucosa do palato e da gengiva vão precisar de maior resistência, que se reflete num epitélio com mais queratina.

O pirarucu raspa a pedra para se alimentar. Nós utilizamos a língua para trabalhar o alimento. Qual a língua que vai ter mais queratina, a do pirarucu ou a humana. A do pirarucu, pois precisa de mais dureza e resistência para entrar em atrito com as pedras. A língua do pirarucu tem tanta queratina que no Pará é utilizada para raspar côco, pois está adaptada a essa função.

Se dois animais da mesma espécie forem tratados com tipos de alimentação diferentes; uma muito sólida e outra bem pastosa, durante boa parte da vida, o primeiro terá a língua com muito mais queratina.

A submucosa bem desenvolvida ou pouco desenvolvida, lâmina própria rica em colágeno ou pobre em colágeno, epitélio rico em queratina ou pobre em queratina são características das regiões conforme a função da região.O epitélio está preso à lâmina própria, então essa lâmina própria tem que ser rica em fibras colágenas para prender o epitélio.

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Algumas regiões da boca vão ter tecido adiposo na submucosa. Não é o caso do palato, pois ao lançar o alimento o palato se movimentaria para frente e para trás, o que prejudicaria o rendimento da atividade desse palato. Já na bochecha, tem tecido adiposo na submucosa. Em alguns lugares, não tem submucosa, só tem o córion da mucosa. Em alguns lugares a mucosa se continua pelo osso: é o caso da gengiva, onde há epitélio e a lâmina própria se amarra ao periósteo.

Sobre o epitélio está a camada queratinizada. A camada queratinizada varia entre os diversos animais e nós humanos. Alguns animais possuem essa camada muito mais espessa.

Nenhum de nós tem queratina na bochecha, ou no lábio por dentro. Mais há vários animais que tem queratina na bochecha: o boi corta com a língua o capim, mastiga aquilo, e trabalha e joga o alimento no estômago. O alimento é associado ao ácido clorídrico e o estômago joga de volta esse bolo alimentar ácido à boca. Se a mucosa oral da bochecha do boi não tivesse queratina, estaria danificada. O ruminante tem queratina na bochecha.

O epitélio da mucosa oral possui as seguintes camadas: a camada basal, camada de células espinhosas, camada granular ou intermediária e camada superficial, que pode ou não ser queratinizada.

As células que estão na base, ou a camada germinativa, do epitélio da mucosa oral originam as demais camadas até a última, que é uma camada que descama. A mucosa bucal é descamativa. Em alguns lugares, acima da camada que descama, tem queratina.

Na camada germinativa, se formam muitas mitoses. A camada que sofre multiplicação ou mitose é a camada basal, também chamada germinativa.

A camada espinhosa tem esse nome porque no início do século, cientistas viam essa camada ao microscópio e achavam que passavam espinhos de uma célula para outra . Depois descobriram que na verdade, esses espinhos eram desmossomos. A camada espinhosa é então rica em desmossomos. O desmossomo segura uma célula à outra, temos então que estas células da camada espinhosa estejam muito juntas umas das outras. A riqueza de desmossomos então confere resistência a esse epitélio. Se não houvesse tanto desmossoma portanto, essa mucosa seria facilmente arrancada. Porém graças aos desmossomos não é possível com uma agressão simples na boca arrebentar as células espinhosas, porque a riqueza desmossômica é tão grande que elas ficam presas umas as outras.

A camada granulosa tem esse nome porque é cheia de grânulos que correspondem querato-hialina. A célula vai se enchendo de grânulos de querato-hialina e esses grânulos vão substituindo a célula. No lugar de ribossomos, mitocôndrias, etc., vão aparecer grânulos de querato-hialina. Vai chegar um momento em que essa célula está tão cheia de grânulo de querato-hialinaque essa célula baixa sua qualidade funcional e descama. Em alguns lugares, a quantidade de querato-hialina é tanta, que a célula mesmo morta apresenta-se cheia de querato-hialina. Querato-hialina compactada dá queratina.Em alguns setores a camada granulosa tem muito mais grânulos. Em outros setores, tem menos. Em alguns lugares, a camada granulosa se continua pela camada queratinizada. Em outros, essa granulosa é a última camada.

Estruturação dinâmica

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A cavidade oral está constituída por elementos funcionais extraordinariamente dinâmicos que lhe conferem a sua identidade fisiológica. Daí, torna-se indispensável entender bem quais são esses elementos constitutivos, como funcionam e, especialmente como eles se inter-relacionam com o intuito de estruturar uma entidade sui generis: a boca, propriamente dita.

Dentro desses elementos estruturais, devem ser diferenciados dois grandes grupos:

Elementos ativos

Quando se especifica elementos da boca, se está referindo àqueles que, de algum modo na sua função, gastam energia: isto é, precisam formar ATP e logo, que será utilizada na efetuação de uma atividade específica da boca.

Os elementos orais de caráter ativo são:

os nervos, os músculos esqueléticos da boca e as glândulas de secreção exócrina, fundamentalmente, e também, de acordo com achados mais recentes, de natura hormonal.

Deve-se destacar que os elementos ativos, em particular músculos e nervos, exibem a propriedades da excitabilidade, gerando potenciais de ação que podem ser propagados para outras estruturas.

Elementos passivos

Os elementos orais de caráter passivo, não requerem a liberação de energia para a realização imediata da sua função: contudo estas estruturas como qualquer orgânica, precisam de metabolismo energético para manter suas características biológicas. Entre os elementos passivos devem ser considerados:

os dentes,

os ossos maxilo-mandíbulares e faciais,

os tendões e

ligamentos, a articulação têmporo-mandibular,

a mucosa ou epitélio de revestimento da cavidade bucal, como também os vasos sangüíneos que irrigam os elementos bucais. Deve-se agregar aos elementos mencionados, as estruturas correspondentes ao sistema imune.Não há diferença quanto à relevância, porque um grupo pode ser tão importante quanto o outro, porque eles trabalham de forma conjunta e estruturais.

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1.7. Laringe e Faringe.

Laringe

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A laringe é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas. É uma câmara oca onde a voz é produzida. Encontra-se na parte superior da traquéia, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, que aparece como uma saliência na parte anterior do pescoço, logo abaixo do queixo, é uma das peças cartilaginosas da laringe. A entrada da laringe é chamada glote. Acima dela existe uma espécie de "lingüeta" de cartilagem, denominada epiglote, que funciona como uma válvula. Quando engolimos, a laringe sobe, e sua entrada é fechada pela epiglote de modo a impedir que o alimento engolido penetre nas vias respiratórias. A laringe é unida por meio de ligamentos ao osso hióide, situado na base da língua.

O revestimento interno da laringe apresenta pregas, denominadas cordas vocais. A laringe tem um par de cordas vocais, formadas por tecido conjuntivo elástico, coberto por pregas de membrana mucosa. A vibração que o ar procedente dos pulmões provoca neste par de cordas a formação de sons, amplificados pela natureza ressonante da laringe. Os sons produzidos na laringe são modificados pela ação da faringe, da boca, da língua e do nariz, o que nos permite articular palavras e diversos outros sons.

Esquema da Laringe

Faringe

A faringe é um canal músculo-membranoso comum aos sistemas digestivo e respiratório e se comunica com a boca e com as fossas nasais. Se estende da base do crânio à borda inferior da cartilagem cricóide, continuando pelo esôfago. A faringe (ou garganta) é ladeada pelos grandes

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vasos sanguíneos do pescoço e pelos nervos glossofaríngeos, pneumogástrico ou vago, e hipoglosso. Divide-se em três partes: faringe superior (nasofaringe ou rinofaringe); faringe bucal (orofaringe); faringe inferior (hipofaringe, laringofaringe ou faringe esofagiana).

O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, que o conduz até a laringe. Constitui a passagem dos alimentos em direção ao esôfago.Esquema da Faringe (ou Garganta)

2. TÓRAX 2.1. Cavidades Pleurais.

Cavidade Torácica

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Formada por 12 vértebras torácicas , 12 pares de costelas e suas cartilagens costais e o esterno .As costelas se dirigem para baixo e para frente , e formam um ângulo posterior que diminui conforme for mais baixa a costela , sendo a sétima costela a mais longa .

A cabeça das costelas articulam-se posteriormente com as hemifacetas dos corpos vertebrais torácicos numericamente igual e daquela uma acima e disco intervertebral interposto , formando uma articulação sinovial plana .

A primeira , a décima ,a décima primeira e a décima segunda costelas são atípicas , e articulam-se com apenas um corpo vertebral .

Anteriormente as primeiras sete costelas articulam-se com o esterno através de cartilagens costais , sendo chamadas de costelas verdadeiras. A cartilagem costal da primeira costela esta unida diretamente ao esterno, formando uma sincondrose , enquanto que as outra seis costelas formam articulações sinoviais com o esterno .A oitava , nona e décima costelas articulam-se a cartilagem costal da costela superior , e são chamadas de costelas falsas .

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As duas últimas costelas são livres e cobertos por cartilagem costal , e são denominadas costelas flutuantes .

O esterno apresenta três partes: o manúbrio , corpo do esterno e processo xifóide , a primeira cartilagem costal articula-se com o manúbrio , a segunda cartilagem costal articula-se no ângulo esternal que é facilmente palpável na pele , como se fosse uma crista , sendo ponto de referência para contagem das costelas .

Entre as costelas existem os espaços intercostais , que são preenchidos pelos músculos intercostais , que estão dispostos em três camadas , a contração desses músculos realiza movimento nas costelas e previne aspiração do espaço intercostal.

A cavidade torácica esta separada da cavidade abdominal pelo músculo diafragma .Quando o diafragma esta relaxado o seu ponto mais alto se eleva ao nível de quinta e sexta costela , sendo mais alto a direita do que na esquerda .

A cavidade torácica esta dividida em três partes : cavidade pleural direita cavidade pleural esquerda e mediastino .

Vias respiratórias

Fazem parte das vias respiratórias , segundo a Nomina Anatômica do comitê internacional de nomenclatura anatômica , os seguintes órgãos : nariz , cavidade nasal , faringe , laringe , traquéia e brônquios com suas divisões .

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Nariz e cavidade nasal

O nariz esta dividido em 2 partes pelo septo nasal , formado por osso(vômer e etmóide) e cartilagem , o assoalho é formado pelo palato duro e o teto pela lâmina crivosa do osso etmóide , as paredes laterais são formadas por 3 conchas.

As cavidades nasais e os seios nasais são forrados de epitélio colunar ciliado.

Posteriormente cada cavidade nasal abre-se para a faringe , a essa abertura se dá o nome de coana e mede aproximadamente 2,5 cm por 1,25.

A pleura é uma fina capa membranosa formada por dois folhetos:

Pleura parietal que recobre internamente a parede costal da cavidade, sendo subdividida em quatro partes:

A pleura costal que cobre as faces internas da parede torácica.

A pleura mediastinal que cobre as faces laterais do mediastino.

A pleura diafragmática que cobre a face superior do diafragma.

A cúpula pleural que recobre a o ápice pulmonar.

Pleura visceral que recobre os pulmões.

A pleura é, portanto, uma membrana envoltória intra-torácica, que no seu interior tem um espaço laminar (espaço pleural), também denominado de cavidade pleural.

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2.2. Pulmões.

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Características

O pulmão é um órgão esponjoso que executa a respiração. Tem aproximadamente 25 cm de comprimento e 700 g de peso, situado na cavidade torácica. O pulmão direito é ligeiramente maior que o esquerdo e está dividido em três lóbulos; já o pulmão esquerdo tem apenas dois lóbulos. Na face interna de ambos os pulmões, existe uma abertura por onde passam os brônquios, as artérias pulmonares e as veias pulmonares.

O ar inalado passa, através da traquéia, que se divide em dois tubos, denominados brônquios; cada brônquio leva a um pulmão. Dentro dos pulmões, os brônquios se subdividem em bronquíolos e estes terminam em uns saquinhos chamados alvéolos.Pulmões

Pleuras

O pulmão tem a forma mais ou menos cônica e são envoltos por duas membranas, denominadas pleuras. A pleura interna está aderida a superfície pulmonar, enquanto a pleura externa está aderida a parede da caixa torácica. Entre as pleuras há um estreito espaço, preenchido por líquido. A tensão superficial deste líquido mantém unidas as duas pleuras, mas permite que elas deslizem uma sobre a outra, durante os movimentos respiratórios.

O ar inalado

Na respiração, o oxigênio do ar inalado entra no sangue e o dióxido de carbono é exalado para a atmosfera. O intercâmbio destes gases ocorre quando o ar chega aos alvéolos, que é a parte funcional do pulmão. É aí que o sangue venoso se transforma em sangue arterial, fenômeno conhecido por hematose.

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Pulmões de pessoas jovens tem coloração rosada, escurecendo com a idade, devido ao acúmulo de impurezas presentes no ar e que não foram removidas pelos mecanismos de limpeza do sistema respiratório.

Alvéolos

2.3. Traquéia.

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A traquéia é uma parte do aparelho respiratório, localizada no pescoço, que se estende à laringe e aos brônquios. É um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro e 10 cm de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Podem-se sentir os reforços cartilaginosos da traquéia tocando com os dedos a região anterior da garganta, logo abaixo do pomo-de-adão.

Na região superior do peito a traquéia se bifurca, dando origem aos brônquios. Estes são dois tubos curtos, também reforçados por anéis de cartilagem, que conduzem o ar aos pulmões.

Tanto a traquéia quanto os brônquios são internamente revestidos por um epitélio ciliado, rica em células produtoras de muco. Partículas de poeira e bactérias em suspensão no ar inalado aderem ao muco, sendo "varridas" em direção à garganta graças ao batimento dos cílios. Ao chegar à faringe, o muco e as partículas aderidas são engolidas com a saliva.

Esquema da Traquéia

2.4. Brônquios.

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Nos mamíferos, os brônquios são os tubos que levam o ar aos pulmões. A traquéia divide-se em dois brônquios (direito e esquerdo). Estes apresentam estrutura muito semelhante à da traquéia e são denominados brônquios de primeira ordem.

Cada brônquio principal dá origem a pequenos brônquios lobares ou de segunda ordem, que ventilam os lobos pulmonares. Estes, por sua vez, dividem-se em brônquios segmentares ou de terceira ordem, que vão ter os segmentos bronco-pulmonares.

Os brônquios, por sua vez, se ramificam várias vezes até se transformarem em bronquíolos, um para cada alvéolo pulmonar. Os brônquios têm a parede revestida internamente por um epitélio ciliado e externamente encontra-se reforçada por anéis de cartilagem, irregulares que, nas ramificações se manifestam como pequenas placas ou ilhas. A parede dos brônquios e bronquíolos é formada por músculo liso.

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2.5. Coração.

No homem, a circulação é feita através de um sistema fechado de vasos sanguíneos, cujo centro funcional é o coração.

O coração é um órgão musculoso oco, o miocárdio, com fibras estriadas, revestido externamente pelo pericárdio (serosa). O coração é do tamanho aproximado de um punho fechado e com peso em média de 400 g, tem cerca de 12 cm de comprimento por 8 a 9 cm de largura. O coração quase sempre continua a crescer em massa e tamanho até um período avançado da vida; este aumento pode ser patológico.

Localização e funcionamento

O coração se localiza no meio do peito, sob o osso esterno, ligeiramente deslocado para a esquerda. Ocupa no tórax, a região conhecida como mediastino médio. O coração funciona como uma bomba, recebendo o sangue das veias e impulsionando-o para as artérias.

Divisão do coração

O coração é dividido por um septo vertical em duas metades. Cada metade é formada de duas câmaras; uma aurícula superior e um ventrículo inferior. Entre cada câmara há uma válvula, a tricúspide do lado direito, e a bicúspide do lado esquerdo. Estas válvulas abrem-se em direção dos ventrículos, durante a contração das aurículas. Na aurícula direita chegam as veias cava superior e inferior, e na aurícula esquerda, as quatro veias pulmonares. Do ventrículo direito sai a artéria pulmonar e do ventrículo esquerdo sai a artéria aorta.

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Estrutura e funções

A atividade do coração consiste na alternância da contração (sístole) e do relaxamento (diástole) das paredes musculares das aurículas e ventrículos. Durante o período de relaxamento, o sangue flui das veias para as duas aurículas, dilatando-as de forma gradual. Ao final deste período, suas paredes se contraem e impulsionam todo o seu conteúdo para os ventrículos.

A sístole ventricular segue-se imediatamente a sístole auricular. A contração ventricular é mais lenta e mais energética. As cavidades ventriculares se esvaziam quase que por completo com cada sístole, depois, o coração fica em um completo repouso durante um breve espaço de tempo. A freqüência cardíaca normal é de 72 batimentos por minuto, em situação de repouso.

Para evitar que o sangue, impulsionado dos ventrículos durante a sístole, reflua durante a diástole, há válvulas localizadas junto aos orifícios de abertura da artéria aorta e da artéria pulmonar, chamadas válvulas semilunares. Outras válvulas que impedem o refluxo do sangue são a válvula tricúspide, situada entre a aurícula e o ventrículo direito, e a válvula bicúspide ou mitral, entre a aurícula e o ventrículo esquerdo.

A freqüência das batidas do coração é controlada pelo sistema nervoso vegetativo, de modo que o simpático acelera e o sistema parassimpático a retarda.

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2.6. Vasos Sangüíneos.

Os vasos sanguíneos são tubos pelo qual o sangue circula. Há três tipos principais: as artérias, que levam sangue do coração ao corpo; as veias, que o reconduzem ao coração; e os capilares, que ligam artérias e veias. Num circulo completo, o sangue passa pelo coração duas vezes: primeiro rumo ao corpo; depois rumo aos pulmões.

Coração (o centro funcional)

O aparelho circulatório é formado por um sistema fechado de vasos sanguíneos, cujo centro funcional é o coração. O coração bombeia sangue para todo o corpo através de uma rede de vasos. O sangue transporta oxigênio e substâncias essenciais para todos os tecidos e remove produtos residuais desses tecidos.

O coração é formado por quatro cavidades; as aurículas direita e esquerda e os ventrículos direito e esquerdo. O lado direito do coração bombeia sangue carente de oxigênio, procedente dos tecidos, para os pulmões, onde este é oxigenado. O lado esquerdo do coração recebe o sangue oxigenado dos pulmões, impulsionando-os, através das artérias, para todos os tecidos do organismo.

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Circulação pulmonar

O sangue procedente de todo o organismo chega à aurícula direita através de duas veias principais; a veia cava superior e a veia cava inferior. Quando a aurícula direita se contrai, impulsiona o sangue através de um orifício até o ventrículo direito. A contração deste ventrículo conduz o sangue para os pulmões, onde é oxigenado. Depois, ele regressa ao coração na aurícula esquerda. Quando esta cavidade se contrai, o sangue passa para o ventrículo esquerdo e dali, para a aorta, graças à contração ventricular.Sistema Circulatório

Ramificações

As artérias menores dividem-se em uma fina rede de vasos ainda menores, os chamados capilares. Deste modo, o sangue entra em contato estreito com os líquidos e os tecidos do organismo. Nos vasos capilares, o sangue desempenha três funções; libera o oxigênio para os tecidos, proporciona os nutrientes às células do organismo, e capta os produtos residuais dos tecidos. Depois, os capilares se unem para formar veias pequenas. Por sua vez, as veias se unem para formar veias maiores, até que por último, o sangue se reúne na veia cava superior e inferior e conflui para o coração, completando o circuito.

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Circulação portal

A circulação portal é um sistema auxiliar do sistema nervoso. Um certo volume de sangue procedente do intestino é transportado para o fígado, onde ocorrem mudanças importantes no sangue, incorporando-o à circulação geral até a aurícula direita.

2.7. Mediastino Anterior, Médio e Posterior.

Na cavidade torácica, as duas regiões pleuropulmonares são divididas pelo mediastino. O mediastino estende-se do esterno e cartilagens costais à coluna vertebral (faces anteriores das vértebras torácicas), e da raiz do pescoço ao diafragma. Abrange todas as vísceras torácicas, exceto pulmões e pleuras que estão alojadas em uma expansão da fáscia serosa do tórax. No cadáver, o mediastino, devido ao efeito de endurecimento dos líquidos de preservação é uma estrutura fixa e inflexível. No indivíduo vivo é muito móvel, os pulmões, o coração e grandes artérias estão em pulsação rítmica, e o esôfago distende-se na medida em que o bolo alimentar passa através dele.          Em vivo, o mediastino varia de comprimento com o nível do diafragma e a tração do coração ao inclinar-se para um lado e outro, como o leve deslocamento do choque produzido pela ponta do coração.

É dividido em superior e inferior por um plano imaginário que passa anteriormente pelo ângulo esternal e posteriormente pela margem inferior da IV vértebra torácica. O mediastino superior é delimitado anteriormente pelo manúbrio esternal e posteriormente pelas 4 primeiras vértebras torácicas, localizando-se acima do pericárdio. O mediastino inferior é limitado anteriormente pelo corpo do esterno e posteriormente pelas 8 últimas vértebras torácicas, podendo ser dividido em anterior (entre o pericárdio e o esterno), médio e posterior (entre o pericárdio e a coluna vertebral). Certas estruturas atravessam o mediastino e por isso aparecem em mais de um compartimento.           Um tecido conjuntivo frouxo, geralmente infiltrado de gordura, invade o mediastino envolvendo e sustentando os órgãos mediastinais. Este tecido torna-se mais fibroso e rígido com a idade diminuindo a mobilidade das estruturas por ele envolvidas. Este tecido é contínuo com o da raiz do pescoço, assim é possível que uma infecção profunda do pescoço possa espalhar-se rapidamente dentro do tórax produzindo uma mediastinite.

Se ocorrer entrada de ar na cavidade pleural (pneumotórax), o pulmão daquele lado se colapsaria imediatamente e o mediastino seria deslocado para o lado oposto. Esta condição se reverteria, por si própria, pela dispnéia do paciente e pelo estado de choque, e durante o exame a traquéia e o coração estarão deslocados para o lado oposto.  

        Devido ao fato de muitas estruturas vitais estarem comprimidas em conjunto no mediastino, suas funções podem sofrer interferência de um órgão ou tumor que aumente de tamanho. Um tumor no pulmão esquerdo pode espalhar-se rapidamente e envolver os linfonodos mediastinais que, por alargamento podem comprimir o nervo laríngeo recorrente esquerdo, produzindo paralisia da corda

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vocal esquerda. Um tumor de cisto em extensão pode ocluir parcialmente a veia cava superior causando severa congestão das veias da parte superior do corpo. Outros efeitos da pressão podem ser observados sobre os troncos simpáticos, nervos frênicos e algumas vezes, sobre a traquéia, brônquios fontes e esôfago.      MEDIASTINO SUPERIOR           O mediastino superior é dividido do mediastino inferior por um plano imaginário que passa anteriormente pelo ângulo esternal, que esta localizado entre o manúbrio e o corpo esternal e posteriormente encontra-se limitado pela margem do corpo da vértebra torácica 4, tendo portanto como limites:   - inferior - plano imaginário - superior - abertura superior do tórax - laterais - pleuras parietais dos pulmões esquerdo e direito - posterior - as vértebras de T1 a T4 - anterior - manúbrio do esterno   ESTRUTURAS LOCALIZADAS NESTA REGIÃO   TIMO - É uma massa de tecido linfóide que apresenta-se proeminente no mediastino superior no início da infância, possui estrutura lobulada (2 lobos) e achatada com aspecto róseo nos primeiros anos de vida, podendo em recém-nascidos estender-se superiormente através da abertura torácica superior até a raiz do pescoço, na frente dos grandes vasos. Durante a segunda infância, sobretudo na puberdade, o timo começa a diminuir de tamanho, ou seja, sofre involução. Na idade adulta, em geral, o que se encontra são poucos nódulos tímicos no tecido conectivo frouxo, dispostos irregularmente na porção anterior do mediastino superior.

VEIAS BRAQUIOCEFÁLICAS - Localizam-se no mediastino superior e são formadas pela união da veia jugular interna e subclávia. A nível da margem inferior da primeira cartilagem costal direita as veias braquiocefálicas unem-se para formar a veia cava superior. Cada veia braquiocefálica ainda recebe as veias vertebral, torácica interna, tireoidea inferior e eventualmente pode receber as primeiras intercostais supremas. A veia braquiocefálica esquerda é mais longa e mais oblíqua que a direita. Na união da veia jugular interna direita com a veia subclávia direita desemboca o ducto linfático direito.Já na união da veia jugular interna esquerda com a veia subclávia esquerda desemboca o ducto torácico.   VEIA CAVA SUPERIOR -É formada pela união da veia braquiocefálica direita e esquerda atrás da primeira cartilagem costal e segue para baixo até o nível da cartilagem costa 3 onde entra no átrio direito. Esta veia recebe o sangre da maioria das estruturas acima do diafragma ( como cabeça, pescoço e membros superiores). Esta localizada no lado direito do mediastino superior, ântero-lateral à traquéia e póstero lateral à aorta ascendente. O nervo frênico direito está entre a veia cava superior e a pleura parietal mediastinal.   ARCO DA AORTA - É a continuação curvada da parte ascendente da aorta. Começa na metade direita do ângulo esternal, curva-se para cima e para trás com inclinação e convexidade para a esquerda. O arco da aorta passa pela esquerda da traquéia e do esôfago, deslocando a traquéia para a

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direita, o que deixa o brônquio principal direito quase alinhado com a traquéia. A aorta continua-se pelo mediastino posterior após o 4 disco intervertebral no lado esquerdo. Anteriormente a aorta relaciona-se com o timo ou seus remanescentes. A face côncava inferior do arco da aorta curva-se sobre as estruturas que seguem para a raiz do pulmão esquerdo, a bifurcação do tronco pulmonar, a artéria pulmonar esquerda e o brônquio esquerdo. O ligamento arterioso segue da raiz da artéria pulmonar esquerda para a face côncava inferior do arco de aorta. Este ligamento é remanescente do ducto arterioso, um vaso embrionário que desviava o sangue da artéria pulmonar esquerda para a aorta a fim de evitar os pulmões que na vida intra uterina ainda não são funcionais.

RAMOS DA AORTA (ARCO):  Tronco braquiocefálico - É o primeiro ramo, origina-se do aorta na altura do centro do manúbrio, o tronco braquiocefálico segue supero-lateralmente e ao atingir o lado direito da traquéia, na altura da articulação esterno clavicular direita divide-se em artérias carótica comum direita e subclávia direita. Carótida comum esquerda - Nasce do arco da aorta, atrás e à esquerda do tronco braquiocefálico, segue da frente para a esquerda da traquéia e passa atrás da articulação esternoclavicular esquerda quando atinge o pescoço.

Subclávia esquerda - Ascende pelo mediastino superior repousando sobre a pleura parietal esquerda, formando num cadáver um sulco nítido, passa pela articulação estenoclavicular esquerda quando deixa o tórax e entra na raiz do pescoço  

Traquéia  A traquéia é um tubo que começa no pescoço como continuação da extremidade inferior da laringe e no mediastino superior está situada à frente do esôfago, um pouco à direita da linha média, A face posterior da traquéia que se justapõe ao esôfago e pleura. A traquéia se mantém rígida graças as cartilagens em forma de “C”. A traquéia , a nível de ângulo esternal, se bifurca em brônquios principais direito e esquerdo.

Relaciona-se com o arco da aorta e ainda dom o tronco braquiocefálico arterial, carótida comum esquerda estes 2 últimos vasos separam no do veia braquiocefálica esquerda. Relaciona-se também com nervos recorrentes laríngeos que enviam ramos para a traquéia e esôfago.  

Esôfago - O esôfago se estende da extremidade inferior da cartilagem cricóide (7 vértebra cervical) até o óstio cárdico do estômago ( 11 vértebra torácica). O esôfago ganha o mediastino superior entre a traquéia e a coluna vertebral, passando atrás do brônquio principal esquerdo. No mediastino superior relaciona-se anteriormente com a traquéia e nervo recorrente laríngeo esquerdo, posteriormente com os corpos vertebrais de T1 a T4, o ducto torácico, a veia ázigos em pequena porção e algumas intercostais direitas. O lado direito do esôfago está próximo à pleura mediastinal exceto onde é cruzado pela veia ázigos. O lado esquerdo do esôfago está próxima à pleura mediastinal esquerdo acima do arco da aorta ( mediastino superior) exceto quando interposto pelo ducto torácico.  

Ducto torácico - Atravessa o mediastino superior atrás do esôfago deslocado para a esquerda e segue em direção à junção da veia jugular interna esquerda e subclávia esquerda onde desemboca. Ainda atravessam esta região os nervos vago, laríngeo recorrente e frênico.  

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MEDIASTINO ANTERIOR          É a menor das divisões do mediastino. Ele contém poucas estruturas. é, sua maior parte é constituído de tecido areolar frouxo, aliás é a parte do mediastino mais rica nesse tipo de tecido. Ele também contém: gordura pré-pericárdia, vasos linfáticos, 2 ou 3 linfonodos, ligamentos esterno-pericárdicos, as artérias e veias torácicas internas juntamente com seus ramos e a lingula do pulmão esquerdo. Em casos de lactentes e crianças, pode ter a parte inferior do timo, que em casos incomuns pode ir até a altura das quartas cartilagens costais. Nesse período, a imagem radiográfica do timo tem uma largura igual ou maior que a do coração. As patologia do mediastino anterior são muitas, porém as mais importantes são as chamadas de 4 Ts. Elas estão diretamente ligadas ao mediastino anterior (pois os órgãos afetados não se encontram nesta divisão do mediastino) mas refletem alargamento tanto do mediastino superior como o anterior. OS 4 Ts são:

Timoma - já explicado quando se tratou de mediastino superior.

Bócio da Tireóide - causado pelo aumento do tecido tireoidiano. Não é de origem inflamatória nem neoplásica. O bócio pode causar sintomas de compressão dos órgãos do mediastino superior tais como dispnéia, disfagia ou rouquidão.

Teratoma - é uma neoplasia composta de múltiplos tecidos estranhos à região na qual ele se encontra. Os predominantemente sólidos possuem uma estrutura complexa e podem conter elementos de dentes, ossos, cartilagem, músculo, timo etc...

Terrível Linfoma - é um tumor dos linfonodos. Apenas 5% dos tumores dos pacientes que tem linfoma estão no mediastino. Nesses casos, geralmente o linfoma está no mediastino anterior mas pode estar no médio ou no posterior.   MEDIASTINO MÉDIO

        O mediastino médio é caracterizado pelo saco fibroso do pericárdio e o coração, com os nervos frênicos e seus vasos associados (este nervo com origem no ;plexo cervical C3 - C4 -C5 desce em direção ao diafragma). Além do coração e pericárdio no mediastino médio encontramos a parte ascendente da aorta e o tronco pulmonar.

Tronco Pulmonar - estende-se do cone arterial do ventrículo direito cavidade do arco da aorta ascendente. Após um trajeto de 5 cm ele se divide em artérias pulmonares direita e esquerda O trajeto do tronco pulmonar pode ser indicado por uma linha traçada a partir do centro do porção cranial da silhueta cardíaca até o extremo do ângulo esternal logo atrás da 2 cartilagem costal esquerda. O tronco forma a margem esquerda da imagem vascular visualizada nas radiografias anteriores abaixo do botão aórtico.

Aorta Ascendente - estende-se da raiz da aorta para cima e ligeiramente para direita até a altura do ângulo esternal. É revestida pelo pericárdio fibroso e compartilha de uma reflexão serosa com o tronco pulmonar. Tem cerca de 3 cm de diâmetro e 5 cm de comprimento.

Em sua origem a aorta ascendente está relacionada ventralmente com o tronco pulmonar e o cone arterial, enquanto que o átrio esquerdo e o seio transverso do pericárdio situam-se dorsalmentre. Seu

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segmento mais cranial é recoberto pelo pulmão direito e pela pleura direita, situando-se na frente da artéria pulmonar direita e do brônquio principal direito. Os ramos da aorta ascendente são as artérias coronárias direita e esquerda. São as únicas artérias do corpo humano que recebem sangue na fase de relaxamento do coração ( diástole ).

3. ABDOME 3.1. Cavidade Abdominal.

Cavidade Abdominal.

Como no pulmão, temos a pleura, no coração temos o pericárdio, que são membranas que protegem estas vísceras, no abdômen temos também uma membrana que vai revestir e proteger as vísceras abdominais e a parede abdominal, que é o peritôneo.

O peritôneo vai revestir os músculos da parede ântero-lateral, que são os vastos do abdômen, vai revestir a parede superior, o diafragma, desce também e vai até a pelve. Ele também vai revestir superiormente todos os órgãos da parede pélvica. Ele é chamado ai de peritôneo parietal, pois está revestindo a parede desta cavidade toda abdômen e pelve.

Este mesmo peritôneo vai internamente se refletir e revestir também os órgãos peritoniais do abdômen o tubo digestivo, intestino grosso delgado e também os rins, os vasos, a aorta, todas as estruturas que estão na cavidade abdominal.

O peritôneo apresenta um delimite, pois temos a cavidade abdominal e a cavidade peritoneal. Na realidade a cavidade abdominal como um todo está revestida pelo peritôneo, então vamos chamar esse espaço interno de cavidade peritoneal. Na realidade, não existe porque a cavidade peritoneal é virtual. O peritôneo parietal está em íntimo contato com o peritôneo visceral, que reveste as vísceras. Por isso todas as vísceras ai localizadas são revestidas pelo peritôneo.

Na cavidade peritoneal possui uma pequena película líquida que faz com que o atrito que faz com que o atrito entre essas estruturas intra-abdominais seja mínimo. O atrito de dentro.

O peritôneo tem algumas funções, não só de revestir, mas também diminuir o atrito dos órgãos intra-abdominais, como também defesa, pois o peritôneo também produz anticorpos que auxiliam na defesa orgânica.

Em algumas regiões o peritôneo tem como função o acúmulo de gordura, como no omento maior. O mento nada mais é do que uma dupla prega de peritôneo. O peritôneo que passa anteriormente vai descer e vai passar voltando e revestindo o próprio perit6oneo anterior, entre essas duas camadas peritoneais, acumula-se gordura, que é a chamada gordura amarela. Então , o peritôneo tem também a função de armazenar gordura. O peritôneo tem também a função de se deslocar em determinadas vezes e ir de encontro a uma infecção. Por exemplo quando se tem um apêndice inflamado, o omento maior que está cobrindo

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todo o intestino delgado e também o grosso, esse omento maior vai acompanhar a infecção, no caso apendicite, sofre um deslocamento e vai envelopar, protegendo o restante da cavidade abdominal do apêndice inflamado. Impede que o apêndice elimine pus para dentro da cavidade abdominal.

Para visualizarmos o abdômen temos de rebater o omento maior, levantá-lo. A origem e inserção do omento maior é a curvatura maior do estômago e cólon transverso. Ele é preso inferiormente tanto na parte anterior do cólon transverso e na curvatura maior do estômago.

O intestino delgado é representado pelas alças intestinais e possui uma posição central dentro do abdômen. Ele está localizado numa região mediana, enquanto que o intestino grosso forma um arco ao intestino delgado. A princípio o intestino grosso se localiza perifericamente ao intestino delgado, que está centralmente localizado no abdômen.

O peritôneo que vai revestir os órgãos acaba dividindo os órgão em três tipos em relação à localização do peritôneo, pois este vai revestir as vísceras de maneira diferente.

Alguns órgãos abdominais são revestidos apenas em uma das suas superfícies, por exemplo, a bexiga, que fica abaixo da cavidade revestida pelo peritôneo, ela só é coberta pelo peritôneo na sua superfície no peritôneo, ela fica jogada então, para baixo desta cavidade como um todo que é a cavidade peritoneal. O pâncreas também só tem um revestimento anterior feito pelo peritôneo. Esses órgãos são chamados de órgãos retro-peritoneais: pâncreas, duodeno, o reto, a bexiga. A bexiga não seria retro, porque na verdade ela está abaixo, mas como um todo nós chamamos estes órgãos que são jogados contra a parede de retro-peritoneais. A veia cava inferior também está incluída nesta lista de órgãos.

Outro tipo de revestimento feito pelo peritôneo é aquele em que o peritôneo reveste quase que completamente o órgão envolvido. É o caso de uma alça intestinal, uma alça ileal por exemplo, onde o peritôneo veio revestindo através de uma artéria chamada de mesentérica, ele começa a envolver a alça, envolve-a quase que completamente e volta na forma de ligamento. Se observássemos essa alça diríamos que esta era uma alça intra-peritoneal, pois está envolvida completamente pelo peritôneo, diferentemente destas outras partes dos órgãos abdominais citadas acima. Na verdade, existe uma pequena parte da alça que não é revestida pelo peritôneo, justamente onde o peritôneo faz a inserção na alça, esses órgãos não são considerados intra-peritoneais, são órgãos peritonizados. O esst6omago também é peritonizado. Ele tem um revestimento na parede anterior e um revestimento na parede posterior, não é completamente revestido pelo peritôneo, vai existir um par de linhas sem peritôneo O fígado é um órgão peritonizado. Intra-peritoneal nós consideramos o ovário, na mulher, que é IP principalmente peo seu desenvolvimento embriológico.

O omento que se forma entre o fígado e o estômago, e também entre o fígado e o duodeno um pouco adiante é chamado omento menor.

A cavidade peritoneal é dividida em duas porções. Uma cavidade peritoneal maior e uma cavidade peritoneal menor, através da divisão feita pelo omento menor. Atrás do omento menor e também do estômago encontramos um recesso que é a chamada bolsa omental, ou cavidade peritoneal menor. Ela é separada do restante da cavidade peritoneal, que é a cavidade peritoneal maior, pelo forame

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epiplóico ou forame de Winston ou forame omental, a cavidade peritoneal maior seria a cavidade peritoneal propriamente dita.

Este forame é retro-peritoneal. Os órgãos RPs são menos moles que os peritonizados. O pâncreas, duodeno, são jogados contra a parede posterior do abdômen e não se mobilizam tanto quanto as estruturas peritonizadas, as alças intestinais, que se movem muito dentro da cavidade, tem uma facilidade muito grande para se contorcerem ai dentro da cavidade.

Essa diferença entre os órgãos P e os órgãos RP, os P são mais moles que os RP.

O intestino delgado é formado pelo duodeno, jejuno e pelo íleo. O intestino delgado se diferencia no intestino grosso, que é formado pelo ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, sigmóide. O duodeno continua a partir do estômago após o piloro, que separa o duodeno do estômago. O duodeno possui quatro porções: a porção superior, porção descendente, porção inferior ou horizontal e porção ascendente. O duodeno é um órgão RP, ou pelo menos a segunda, a terceira e a quarta porção dele são RP. A primeira porção dele é peritonizada, é continuação ainda do estômago, o estômago é peritonizado.

O duodeno se relaciona superiormente com o fígado, principalmente a primeira porção dele. Posteriormente ele se relaciona com o pâncreas, com os ductos colédonos, inferiormente se relaciona com a cabeça do pâncreas, e anteriormente com o cólon transverso, com o jejuno e com o íleo. A primeira porção do duodeno é lisa diferentemente da segunda, terceira e quarta porção dele, ela não tem pregas como as outras 3 porções.

Em corte sagital do duodeno observamos como este órgão é retro-peritoneal. A primeira porção do duodeno, penetrando no espaço peritoneal vai formar um arco que vai sair na quarta porção, ainda revestido anteriormente pelo peritôneo.

A primeira porção do duodeno tem sua origem mais ou menos a nível de L II e desce até L III ou L IV, desce anteriormente aos rins, à artéria renal e veia renal, pela frente passa o ureter, lateralmente à segunda porção vamos encontrar a fissura cólica direita que a fissura entre o cólon transverso e o cólon ascendente. Medialmente à segunda porção vamos encontrar a cabeça do pâncreas, há uma relação muito íntima entre a concavidade duodeno e a cabeça do pâncreas. Por isso que as cirurgias desta região são muito complicadas, porque a irrigação arterial vai ser única entre a cabeça do pâncreas e a curvatura do duodeno.

A segunda porção desce até mais ou menos L IV e vai formar uma curvatura para a esquerda e então se transforma em terceira porção duodenal ou porção horizontal ou porção inferior. Ela corre pela esquerda, cruza o ureter direito, cruzar os vasos gonadais, cruza a veia cava inferior, a aorta, a coluna vertebral mais interiormente, sofre uma curvatura para cima, e vai se continuar com quarta porção do duodeno, que vai subir um ou dois espaços vertebrais e vai se transformar em jejuno após a alça de duodeno terminal, que é flexura superior no final do duodeno.

A musculatura duodenal, como a maior parte do tubo digestivo, o duodeno também é composto por duas camadas musculares, a circular interna e a longitudinal externa. Ainda temos outras duas camadas que é a serosa, externamente, que é o próprio peritôneo. E internamente temos a submucosa e a mucosa. A mucosa do duodeno é formada por várias pregas, são pregas circulares, as pregas duodenais, que envolvem completamente o duodeno, exceto na primeira porção.

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A primeira porção é aquela que não é RP é P, é mais mole, ela é lisa. Ela é a porção que recebe o suco gástrico ácido, e vai promover o aumento do pH através de enzimas digestivas que ai se encontram.

A terceira e quarta porções são idênticas, possuem pregas circulares.

Sem dúvida alguma a porção mais importante do duodeno é a segunda porção, pois nela encontramos duas aberturas, que são as chamadas papilas duodenais: a papila duodenal maior e a papila duodenal menor. Nestas papilas chegam ductos vindos do pâncreas, do fígado e da vesícula biliar, que vão eliminar suas secreções nesta porção do tubo digestivo, que é a segunda porção do duodeno. Então, conforme o duodeno se enche de alimento as secreções destes três locais são estimuladas.

O fígado e a vesícula biliar desembocam na papila maior da segunda porção do duodeno, enquanto que o pâncreas desemboca nas duas papilas.

A papila maior do duodeno está localizada a 7 ou 9 cm do piloro, tem uma localização póstero-medial da concavidade do duodeno. Chegam à papila maior do duodeno o ducto colédono, o ducto pancreático principal.

A papila menor do duodeno fica a 2 cm anteriormente a papila maior, 2 cm proximais, ou acima da papila maior, também é uma localização póstero-medial. Nela chega a terminação do ducto pancreático acessório.

O ducto pancreático principal drena todo o pâncreas, cauda, corpo e cabeça. O ducto acessório drena somente a porção superior da cabeça. Ele pode até estar ausente às vezes.

O duodeno é uma região que é sede freqüentemente de úlceras. Por problemas da estimulação da produção do ácido gástrico, que pode “corroer” a parede do duodeno. Então o pH cai muito e a parede não agüenta. Normalmente a parede gástrica é protegida deste pH ácido pelas próprias células mucosas, que produzem o muco, protegendo a parede. O duodeno não tem uma secreção de muco tão eficaz quanto o estômago. Então as úlceras desta região podem ser devido a excesso de ácido ou ineficácia da proteção mucosa.

3.2. Estômago e Intestinos.

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Estômago

Características do Estômago

O estômago é uma bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo abaixo do abdome, logo abaixo das últimas costelas. É um órgão muscular que liga o esôfago ao intestino delgado. Sua função principal é a decomposição dos alimentos. Um músculo circular, que existe na parte inferior, permite ao estômago guardar quase um litro e meio de comida, possibilitando que não se tenha que ingerir alimento de pouco em pouco tempo. Quando está vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por ângulos agudos.

Segmento superior

O segmento superior é o mais volumoso, chamado "porção vertical". Este, compreende, por sua vez, duas partes superpostas; a grande tuberosidade, no alto, e o corpo do estômago, abaixo, que termina pela pequena tuberosidade.

Segmento inferior

O segmento inferior é denominado "porção horizontal", está separado do duodeno pelo piloro, que é um esfíncter. A borda direita, côncava, é chamada pequena curvatura; a borda esquerda, convexa, é dita grande curvatura. O orifício esofagiano do estômago é o cárdia.

As túnicas do estômago

O estômago compõe-se de quatro túnicas; serosa (o peritônio), muscular (muito desenvolvida), submucosa (tecido conjuntivo) e mucosa (que secreta o suco gástrico). Quando está cheio de alimento, o estômago torna-se ovóide ou arredondado. O estômago tem movimentos peristálticos que asseguram sua homogeneização.

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Suco gástrico

O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente ácido, que contêm ácido clorídrico, muco e várias enzimas, como a pepsina, a renina e a lipase. A pepsina, na presença de ácido clorídrico, quebra as moléculas de proteínas em moléculas menores. A renina coagula o leite, e a lipase age sobre alguns tipos de gordura. A mucosa gástrica produz também o fator intrínseco, necessário à absorção da vitamina B12.

Doenças do estômago

As doenças e problemas gástricos do estômago são numerosos: úlcera, câncer, a dispepsia (indigestão gástrica), tumores malignos e benignos (raros), gastrite, afecções decorrentes das cicatrizes das úlceras curadas, etc.

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O Intestinos

Os intestinos formam o órgão de maior comprimento do corpo humano. Pertencentes ao sistema digestivo, anatomicamente eles são decomponíveis em duas zonas que, embora contíguas, apresentam funções distintas: o intestino delgado e o intestino grosso.

O intestino delgado situa-se entre o estômago e o intestino grosso, desempenhando funções digestivas, de absorção de nutrientes e de condução de material não digerido para o intestino grosso. A sua porção inicial é denominada de duodeno, sendo este o local que recebe o quimo, proveniente do estômago e onde o canal colédoco liberta o seu conteúdo - suco pancreático e bílis -, importante na simplificação molecular dos alimentos. Ao duodeno segue-se o jejuno-íleo, onde continuam os processos de absorção e de digestão química e mecânica dos alimentos.

A parede interna do intestino delgado apresenta um aspecto ondulado, com várias pregas, denominadas de válvulas coniventes. Cada uma destas válvulas apresenta-se recoberta por inúmeras projecções em forma de dedos de luva, as vilosidades intestinais, as quais permitem aumentar enormemente a superfície total do intestino delgado (cerca de 300 m2), facilitando e acelerando a absorção dos nutrientes. No interior de cada vilosidade, existe um vaso linfático - o vaso quilífero - e vasos capilares sanguíneos, para o interior dos quais são absorvidos os nutrientes. Por acção do suco intestinal, o quimo é transformado em quilo, completando-se a digestão química por acção das enzimas nele contidas.

O intestino grosso situa-se entre o intestino delgado e o ânus, tendo um diâmetro médio superior à porção anterior do intestino. As suas funções estão relacionadas com a absorção de água e sais minerais, bem como com a preparação e armazenamento das fezes antes da defecação. O intestino grosso inicia-se pelo cego - zona de ligação à porção delgada -, onde se situa o apêndice, seguindo-se o cólon (porção ascendente, transversa e descendente), que termina no recto, abrindo este no exterior através do ânus.

A flora intestinal, formada por bactérias que vivem, normalmente, em simbiose com o organismo, é de grande importância para o Homem, já que sintetiza algumas vitaminas essenciais, como a K e algumas do complexo B.

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3.3. Fígado.

Características

O fígado é o maior órgão interno, e é ainda um dos mais importantes. É a mais volumosa de todas as víceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto e na mulher adulta, entre 1,2 e 1,4 kg, tem a cor vermelha-amarronzada, é friável e frágil, tem a superfície lisa, recoberta por uma cápsula própria. Está situado no quadrante superior direito da cavidade abdominal.

Fígado e Vesícula Biliar

Funções do Fígado

 Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando, assim, a ação da lipase;

 Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar glicogênio, que é armazenado; nos momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose, que são relançadas na circulação; 

 Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células;

 Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de coagulação e de substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras;

 Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na desintoxicação do organismo;

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 Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, transformando sua hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente na bile.

 Tecido Hepático

É possível perder cerca de 75% deste tecido (por doença ou intervenção cirúrgica), sem que ele pare de funcionar. O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o nome de lobos, compostos por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos quais passa a bílis segregada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para formar o ducto hepático que, junto com o ducto procedente da vesícula biliar, forma o ducto comum da bílis, que descarrega seu conteúdo no duodeno.

As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias nutritivas e a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como esteróides, estrógenos e outros hormônios.O fígado é um órgão muito versátil. Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz carboidratos a partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas outras substâncias, como as enzimas. O termo hepatite é usado para definir qualquer inflamação no fígado, como a cirrose.

Esquema do Fígado

  As doenças do fígado consistem em: Afecções inflamatórias agudas: difusas (hepatite) ou circunscritas (abscesso); Afecções caracterizadas principalmente por esclerose (cirroses); Afecções tumoriais (câncer do fígado, primitivo ou secundário); Comprometimentos hepáticos no decorrer de afecções cardiovasculares (fígado cardíaco); Localizações hepáticas de diversas doenças gerais (cisto hidático).

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3.4. Pâncreas.

Características

O pâncreas é uma glândula digestiva de secreção interna e externa, de mais ou menos 15 cm de comprimento e de formato triangular, localizada transversalmente sobre a parede posterior do abdome, na alça formada pelo duodeno, sob o estômago. O pâncreas é formado por uma cabeça que se encaixa no quadro duodenal, de um corpo e de uma cauda afilada. A secreção externa dele é dirigida para o duodeno pelos canais de Wirsung e de Santorini. O canal de Wirsung desemboca ao lado do canal colédoco na ampola de Vater. O pâncreas comporta dois órgão estreitamente imbricados: pâncreas exócrino e o endócrino.

Esquema do Pâncreas

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Pâncreas Exócrino

O pâncreas exócrino secreta enzimas digestivas, reunidas em estruturas denominadas ácinos. Os ácinos pancreáticos estão ligados através de finos condutos, por onde sua secreção é levada até um condutor maior, que desemboca no duodeno, durante a digestão.

Pâncreas Endócrino

Secreta os hormônios insulina (quando não é produzida em quantidade suficiente, dá origem a diabetes) e glucagon (hormônio com a regulação dos níveis de açúcar no sangue), reunidas em estruturas denominadas Ilhotas de Langerhans, cujas células beta secretam a insulina e as células alfa secretam o glucagon. Os hormônios produzidos nas ilhotas de Langerhans caem diretamente nos vasos sangüíneos pancreáticos.

Doenças

O pâncreas pode ser atingido por inflamação (pancreatite), por tumores, cálculos, cistos e pseudocistos (bolsas líquidas, geralmente conseqüentes a traumatismo); algumas dessas alterações desempenham importante papel na gênese do diabete.

3.5. Baço.

Características

O baço é um órgão linfóide situado no hipocôndrio esquerdo, abaixo do diafragma, atrás do estômago. Pesa em média 200 g, e tem cor vermelho-escuro. Tem forma ovóide alongada e cabe na palma da mão, tem 12 cm de comprimento e 8 cm de largura.

Devido ao seu tecido linfóide, ou polpa branca, e ao seu tecido vascular, ou polpa vermelha, ele tem função hematopoética até o último mês da vida fetal e função hemolítico-fisiológica, que se torna às vezes patológica.

O baço influi na composição do sangue que irriga nosso corpo e ele controla a quantidade desse líquido vital em nossas veias e artérias. A atividade do baço está relacionada com o aparelho circulatório. Acha-se envolvido por uma cápsula fibrosa, que o divide em lóbulos, por meio de tabiques - os septos conectivos -, que formam uma estrutura de sustentação, e nos quais existem fibras musculares lisas, responsáveis pela contração e pela distensão do órgão.

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Esquema do baço

Polpas Branca e Vermelha

Em seu interior encontra-se um material de consistência mole, chamado polpa. Distingue-se a polpa branca e a polpa vermelha. A primeira é formada por nódulos linfáticos (Corpúsculos de Malpighi - semelhantes aos gânglios linfáticos). A segunda, constituída de glóbulos vermelhos e brancos, relaciona-se ainda com as veias de nosso organismo; e a polpa branca, por sua vez, com as artérias.Funcionamento

Quando o baço aumenta, está acumulando sangue como um "banco". Esse sangue traz glóbulos vermelhos jovens e velhos, ou seja, uns podem fixar o oxigênio de que precisamos e outros não podem mais. Então, o baço faz sua seleção e retém alguns dos glóbulos vermelhos velhos, destruindo-os. A hemoglobina desse é, posteriormente, transformada em bilirrubina, pigmento da bile, restando o ferro. O ferro é outra vez utilizado pela medula óssea na formação de nova hemoglobina, preparando-se, por esse processo, o caminho para a produção de novos glóbulos vermelhos. Estes só são produzidos no baço durante a fase embrionária, sendo depois formados na medula óssea.

A função de reter os glóbulos vermelhos é realizada por macrófagos existentes no baço, que englobam e destroem as hemácias velhas e parasitas (processo chamado de fagocitose), evitando assim, um grande número de doenças.

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O baço também produz glóbulos brancos e regula o volume de sangue em circulação nas artérias e veias. No caso de sofrer um corte ou hemorragia, o baço bombeia imediatamente mais líquido para o aparelho circulatório, restabelecendo aos poucos, o equilíbrio.

Arrancando o baço

O baço não é um órgão essencial, embora muito importante. Se o arrancarmos, sofreremos uma anemia, mas com o tempo, recuperaremos as forças (pois há outras partes do organismo com condições de assumir as funções que ele desempenha).

3.6. Rins.

Localização e características

Os rins situam-se na parte dorsal do abdome, logo abaixo do diafragma, um de cada lado da coluna vertebral, nessa posição estão protegidos pelas últimas costelas e também por uma camada de gordura. Cada rim tem cerca de 11,25 cm de comprimento, 5 a 7,5 cm de largura e um pouco mais de 2,5 cm de espessura. A massa do rim no homem adulto varia entre 125 e 170 g; na mulher adulta, entre 115 e 155 g. Tem cor vermelho-escuro e a forma de um grão de feijão enorme.

São órgãos excretores. Possui uma cápsula fibrosa, que protege o córtex (cor amarelada) mais externo, e a medula (avermelhada) mais interna. O ureter é um tubo que conduz a urina até a bexiga. Cada rim é formado de tecido conjuntivo, que sustenta e dá forma ao órgão, e por milhares ou milhões de unidades filtradoras, os néfrons, localizados na região renal.

Néfrons

O néfrom é uma longa estrutura tubular microscópica que possui, em uma das extremidades, uma expansão em forma de taça, denominada cápsula de Bowman, que se conecta com o túbulo contorcido proximal, que continua pela alça de Henle e pelo tubo contornado distal, este desemboca em um tubo coletor. São responsáveis pela filtração do sangue e remoção das excreções.

Em cada rim, a borda interna côncava constitui o hilo renal. Pelo hilo renal passam a artéria renal, a veia renal e o início do ureter, canal de escoamento da urina. Na porção renal mais interna localizam-se tubos coletores de urina. O tipo de néfrom e a localização dos rins variam.

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Função

A função dos rins é filtrar o sangue, removendo os resíduos nitrogenados produzidos pelas células, sais e outras substâncias em excesso. Além dessa função excretora, os rins também são responsáveis pela osmorregulação em nosso organismo. Controlando a eliminação de água e sais da urina, esses órgãos mantêm a tonicidade do sangue adequada às necessidades de nossas células.

Funcionamento

O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica muito no interior do órgão, originando grande número de arteríolas aferentes, onde cada uma ramifica-se no interior da cápsula de Bowman do néfrom, formando um enovelado de capilares denominado glomérulo de Malpighi.

Os capilares do glomérulo deixam extravasar diversas substâncias presentes no sangue (água, uréia, glicose, aminoácidos, sais e diversas moléculas de tamanho pequeno), através de suas finas paredes. Essas substâncias extravasadas passam entre as células da parede da cápsula de Bowman e atingem o túbulo contorcido proximal, onde constituem o filtrado glomerular (urina inicial). O filtrado glomerular é semelhente, em composição química, ao plasma sanguíneo, com a diferença de que não possui proteínas, incapazes de atravessar os capilares glomerulares.

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Urina

Diariamente passam pelos rins, quase 2 mil litros de filtrado glomerular. A urina inicial caminha sucessivamente pelo túbulo contorcido proximal, pela alça de Henle e pelo túbulo contornado distal, de onde é lançada em duto coletor. Durante o percurso, as paredes dos túbulos renais reabsorvem glicose, vitaminas, hormônios, parte dos sais e a maior parte da água que compunham a urina inicial. As substâncias reabsorvidas passam para o sangue dos capilares que envolvem o néfrom. Esses capilares originam-se da ramificação da arteríola eferente, pela qual o sangue deixa a cápsula de Bowman. A uréia, por não ser reabsorvida pelas paredes do néfrom, é a principal constituinte da urina.

3.7. Adrenal e Retroperitônio.

Nos mamíferos, a glândula supra-renal ou adrenal é uma glândula endócrina com formato triangular, envolvida por uma cápsula fibrosa e localizada acima do rim. A sua principal função é estimular a conversão de proteínas e de gorduras em glicose, ao mesmo tempo que diminuem a captação de glicose pelas células, aumentando, assim, a utilização de gorduras, e consiste na síntese e libertação de hormonas corticosteróides e de catecolaminas, como o cortisol e a adrenalina.

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Anatomia e histologia

As glândulas supra-renais, que têm um comprimento de cerca de 5 centímetros, estão localizadas na cavidade abdominal, Antero superiormente aos rins. Encontram-se ao nível da 12ª vértebra torácica, e são irrigadas pelas artérias supra-renais.

Cada glândula é composta por duas regiões histologicamente distintas, que recebem aferências moduladoras do sistema nervoso.

Córtex - Parte externa da glândula, com cor amarelada devido a grande quantidade de colesterol aí encontrada. Tem origem embrionária na mesoderme. Subdivide-se em três regiões, devido à diferença de aspecto histológico:

Zona glomerulosa, mais exterior. Apresenta cordões celulares dispostos em arcos.

Zona fasciculada, de localização intermédia. As células dispõem-se em cordões paralelos entre si, e perpendiculares à cápsula da glândula.

Zona reticulada, mais interna. Apresenta cordões de células arranjadas em forma de rede, e é ricamente vascularizada.

Medula - Parte interna, de cor vermelho escuro ou cinza. Deriva da crista neural. As suas células secretoras são poliédricas e dispostas em rede.

Funções das glândulas supra-renais

A glândula supra-renal é essencial à vida humana, um fato constatado por Thomas Addison em 1855, tendo descrito um síndrome que atualmente tem o seu nome: Síndrome de Addison.

Córtex adrenal

As várias zonas do córtex diferem nas substâncias que sintetizam. Assim:Zona glomerulosa: sintetiza mineralocorticóides (aldosterona). Zona fasciculada e zona reticulada: secretam glicocorticóides, sendo o mais importante o cortisol. Secretam igualmente esteróides sexuais, dos quais o principal é a testosterona.

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Medula

A crista neural está intimamente relacionada com o desenvolvimento do sistema nervoso, assim como da medula supra-renal. Esta origem semelhante explica a função da medula, que consiste na síntese e libertação de neuromediadores, sobretudo a adrenalina e noradrenalina.

O retroperitônio (adj. retroperitonial) é um espaço anatômico atrás (retro) da cavidade abdominal. Ele não possui estruturas anatômicas específicas delimitando-o.

3.8. Vísceras Pélvicas.

A anatomia pélvica pode ser compreendida pelo conjunto de ossos, músculos, ligamentos que formam o assoalho pélvico e seus órgãos, a bexiga, vagina e útero e o reto, determinam a função normal do assoalho pélvico.

        Ao redor da uretra e do reto, existem bandas circulares de músculos especializados, os chamados esfíncteres. Estes funcionam como válvulas, que permanecem fechadas na maioria do tempo. Ao urinar ou defecar, a musculatura momentaneamente relaxa, e os esfíncteres abrem. Logo após, eles novamente se contraem, fechando novamente os canais. A musculatura do assoalho pélvico (MAP) auxilia na função dos esfínteres, de manter estes canais fechados evitando a perda indesejável de urina, fezes flatos.

        Além de serem responsáveis pela função sexual e por regular a excreção de fezes e urina, a MAP é responsável por auxiliar os ligamentos pélvicos na sustenção das vísceras pélvicas. Como fortes elásticos, os ligamentos unem os órgãos aos ossos da pelve, sustentando-os como cordas em suas posições normais, especialmente quando a mulher está em pé (já que o fundo da pelve óssea é aberto - não é fechado por osso). Mas os ligamentos não podem resistir a muito tempo de sobrecarga. Assim, cada vez que algo força os órgãos para baixo (ao tossir, rir ou fazer algum outro esforço físico), a MAP precisa contrair-se vigorosamente para empurrar os órgãos para cima e ajudar os ligamentos a sustentar as vísceras, evitando assim que estes "elásticos" sejam sobrecarregados e lesionados.

     As diferentes estruturas que compõe o assoalho pélvico têm importante papel na manutenção da continência urinária e fecal, suporte de órgãos pélvicos e desempenho sexual. A deterioração anatômica ou funcional desses componentes pode ocasionar incontinência urinária, queda de algum órgão pélvico (bexiga, útero, uretra e reto) e disfunções

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3.9. Períneo.

Períneo é a região do corpo humano que começa, para as mulheres na parte de baixo da vulva e estende-se até o ânus. No homem, localiza-se entre o saco escrotal e o ânus.

O períneo compreende um conjunto de músculos e aponevroses que encerram o estreito inferior da escavação pélvica, sendo atravessada pelo reto, atrás, e pela uretra e órgãos genitais adiante. O períneo tem a forma de um losango.

O períneo é a parte mais inferior do tronco do corpo humano. Nos homens e mulheres corresponde à região que vai do ânus à genitália externa. Além dos órgãos genitais externos e do ânus, o períneo contém, abaixo da pele, os músculos que revestem a parte inferior do osso da bacia, um grande osso do esqueleto humano que se encontra no quadril. Estes músculos são chamados, em conjunto, de músculos do assoalho pélvico e possuem vários componentes como, por exemplo, músculo bulbo cavernoso músculo elevador do ânus, diafragma urogenital, etc. Nas mulheres, em decorrência de lesões produzidas principalmente pelos partos, é comum o mau funcionamento (disfunção) destes músculos.

Estas disfunções causam problemas diversos como perda de urina (incontinência urinária) e de fezes (incontinência fecal), abaulamentos na vagina (protuberâncias anormais de órgãos internos) e disfunções sexuais. De acordo com o grau de lesão existente, o tratamento das disfunções do assoalho pélvico pode ser feito com cirurgia ou com fisioterapia de reabilitação do períneo. Portanto, a reabilitação do períneo é um conjunto de tratamentos utilizado para restaurar as funções dos músculos do assoalho pélvico feminino.