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ANATOMIA PATOLÓGICAGASTRO-INTESTINAL E
GLÂNDULAS ANEXAS
Alessandra Martins
Diego Alves
Fabiane Caldas
Greyce Medeiros
Milena Aguiar
Caso clínico
IDENTIFICAÇÃO:Paciente: M. J. O.Idade: 53 anos. Cor: branca. Sexo: masculino.Estado civil: casado.Nacionalidade: brasileira.Naturalidade: Santa Terezinha de Goiás – GOProcedência: Guaraí-TO
QUEIXA PRINCIPAL (QP):“Dor na região epigástrica e icterícia”.
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HDA): Apresenta dor funda e constante na região epigástrica,
que se exarcebou nos dois últimos meses, coincidindo com o aparecimento de icterícia; a icterícia vem aumentando, bem assim a intolerância alimentar.
ANTECEDENTES PESSOAIS:Fisiológicos: Desenvolvimento somato-psíquico normal.Familiares: Pais vivos e saudáveis, segundo filho de uma prole de cinco, todos vivos e gozando de plena saúde.Hábitos de vida: Alimentação qualitativa e quantitativamente adequada; etilista contumaz (habitual), leve, consumindo duas cervejas à noite; nunca fumou.Patológicos: Nega cirurgias e doenças prévias.
INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO:Relata emagrecimento de 6kg nos últimos quatro
meses.Há mais de um ano vem sentindo intolerância alimentar, principalmente aos alimentos gordurosos, o que foi seguido de dor funda e constante na região epigástrica, por vezes exacerbando-se com a alimentação. A par disto, as fezes tornaram-se fétidas, espumosas, “boiando na água do vaso sanitário”.EXAME FÍSICO:
Altura: 170cm (1m e 70cm); 58kg; PA: 115/80mmHg; TA 36.2ºC.
Ictérico: 2+/4+, sem sinais de ascite e de hepatomegalia; borda hepática normal
Vesícula biliar: palpável e tensa.Membros inferiores e superiores: Ausência de flebite e de eritema nodoso.
EXAMES COMPLEMENTARES:
Eritrograma e leucograma: Leve anemia hipocrômica e normocítica e ausência de leucocitose.Bilirrubinemia: elevada, notadamente às expensas da bilirrubina conjugada.Fosfatase alcalina: elevada.Glicemia: 80mg/100ml.Amilasemia: 350UI/l (Referência: ≤ 220UI/l).Lipasemia: 280UI/L (Referência: ≤ 200UI/l).Antígeno carcinoembrionário: elevado.Ultra-sonografia (ecografia): Lesão hipoecogênica na cabeça do pâncreas, sem reforço e nem sombra posterior, tampouco com áreas anecóicas, de contorno irregular, com 2,5cm no maior eixo.
EXAMES COMPLEMENTARES:Foi realizado punção-biópsia com agulha fina, orientada pela ultra-sonografia, obtendo-se material que foi colocado em meio de transporte para a Citopatologia em meio líquido e disperso sobre lâminas de microscopia (esfregaços habituais), sendo que dois foram fixados com álcool para a coloração de Papanicolaou (atenção, grafia: aou) e duas secas ao ar, para outros métodos, inclusive imunocitoquímica.O paciente foi submetido à cirurgia de Whipple (Allen O. Whiplle, 1881-1963, cirurgião americano) e a peça obtida foi imediatamente imersa em formol a 10%.
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS:
Litíase biliar.
Pancreatite crônica.
Neoplasia pancreática.
Carcinoma de vias biliares.
Carcinoma gástrico.
Litíase biliar
Presença de cálculos biliares: - Colelitíase (vesícula biliar) - Coledocolitíase (vias biliares)
Anatomia e função da vesícula biliar
- Armazenar bile produzida pelo fígado
Macroscopia (anatomia patológica)
- Mais de 80% dos cálculos biliares é silenciosa;
- Maioria dos indivíduos fica livre da dor biliar ou complicações dos cálculos;
- Cálculos biliares: cálculos de colesterol e cálculos pigmentares.
Patogênese dos cálculos de colesterol
• Colesterol + Sais biliares hidrossolúveisLecitinas hidroinsolúveis =
Solúvel na bile
• Supersaturação de colesterol
=Formação de cristais sólidos de monoidrato de colesterol
• Formação de cálculos de colesterol
- Bile supersaturada com colesterol- Hipomotilidade da vesícula biliar promove nucleação- Nucleação do colesterol na bile é acelerada- Hipersecreção de muco na vesícula biliar
• Supersaturação da bile com coleterol = hipersecreção hepatocelular de colesteol; Defeito primário; Colesterol livre abundante é tóxico para vesícula biliar.
• Hipomotilidade da vesícula biliar = estase muscular provoca dismotilidade neuromuscular e diminuição da responsividade muscular à colescistocinina; contração da vesícula biliar; Altera composição das proteínas na bile;
• Nucleação acelerada dos cristais de colesterol = presença de microprecipitações de sais de cálcio inorgânicos e orgânicos.
• Hipersecreção de muco da vesícula biliar = cristais de colesterol são aprisionados durante períodos sustentados, capacitando seu crescimento para concreções macroscópicas.
Patogênese dos cálculos de pigmento
• Mistura = Sais de cálcio insolúveis anormaisde bilirrubina não-conjugada
+Sais inorgânicos de cálcio
• Bilirrubina não-conjugadaa umenta quando a infecção do trato biliar leva à liberação de beta-glicuronidades microbianas;
• Escherichia coli, Ascaris lumbricoides, Opistorchis sinensis;
• Formação de cálculos de pigmento.
MicroscopiaMorfologia dos cálculos de colesterol
• Origem e composição: vesícula biliar; 100% puro a 50%.
• Cálculos de colesterol puro = amarelo-claros, redondos a ovóides, superfície externa dura e granular;
• O aumento de carbonato de cálcio, fosfatos e bilirrubina altera a cor de branco-acinzentado a negros;
• Maior frequência = múltiplos cálculos arredondados;
• Cálculos radiotransparentes.
Morfologia dos cálculos de pigmento
• Classificação: negros e castanhos;
Cálculos de pigmento negro
• bile vesicular estéril;• contém polímeros dos sais de cálcio de bilirrubina não-
conjugada; • pouco carbonato e fosfato de cálcio, glicoproteína de
mucina, cristais de colesterol monoidratado;• menores que 1,5cm de diâmetro, presentes em grande
número;• esmigalha –se ao toque; contorno espiculados;• radiopacos (50 a 75% - carbonatos e fosfatos de cálcio).
• Ductos intra-hepáticos ou extra-hepáticos infectados;
• Sais de cálcio puros de bilirrubina não – conjugada, glicoproteínas de mucina, colesterol e sais de cálcio;
• Laminados, moles, consistência semelhante a sabão ou graxa;
• Radiotransparentes ( sabões de cálcio);
Cálculos de pigmento castanho
Etiologia e fatores de risco
• Étnico-geográficos/Idade e sexo/ Fatores do ambiente/ Transtornos adquiridos/ Fatores hereditários
• Cálculos de pigmento
- Demografia: mais em asiáticos que ocidentais, mais em rurais do que urbanos;
- Infeçção biliar;
- Doenças gastrointestinais: doença ileal, ressecção ou desvio ileal, fibrose cística com insuficiência pancreática
• Cálculos de colesterol
- Demografia: Europa, América do norte e do sul, nativos americanos, méxico-americanos;
- Idade avançando
- Hormônios sexuais femininos (sexo feminino, anticoncepcionais orais, gravidez);
- Obesidade, Redução rápida de peso;
- Estase da vesícula biliar;
- Erros inatos do metabolismo dos ácidos biliares;Síndromes de hiperlipidemia
Aspectos clínicos
• 70 – 80 % assintomáticos durante toda vida• Sintomáticos: dor biliar (excruciante e constante ou em
“cólica” espasmódica;• Obstrução dos cálculos biliares na árvore biliar e na
vesícula;• Complicações : empiemas, perfuração de fístulas,
inflamação da árvore biliar (colangite) e colestase obstrutiva ou pancreatite;
• Cálculos perigosos: muito pequenos ou em “areia”.
Argumentos
• A obstrução do colédoco pode ser calculosa ou neoplásica. Raramente, a obstrução coledociana por cálculo causa distensão da vesícula biliar a ponto de torná – la palpável.
• A presença de uma vesícula biliar palpável em paciente ictérico é sugestiva de neoplasia maligna na cabeça do pâncreas. (Sinal de Courvoisier).
• Colelitíase a vesícula não é palpável, no entanto o paciente acusa dor a compressão sob a reborda costal direita (sinal de Murphy).
• Não podem ser atribuídos à litíase biliar as “más-digestões” com as gorduras, azia, aumento do gás intestinal, enjoos, vômitos ou dores de cabeça.
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS:
Litíase biliar.
Pancreatite crônica.
Neoplasia pancreática.
Carcinoma de vias biliares.
Carcinoma gástrico.
Carcinoma de Vias Biliares
Vias biliares
Conjunto de canais encarregados de transportar a bile até a vesícula biliar e, depois até o duodeno.
Composto pelos ductos biliares intra-hepáticos e ductos
biliares extra-hepáticos.
Epidemiologia
Acomete pessoas com idades entre 50-70 anos. Mais comum em homens. Incidência de 1 a cada 100.000 pessoas por ano nos
EUA. Representa entre 15 e 20% dos carcinomas de fígado. Tumores raros. 95% são adenocarcinomas (colangiocarcinoma). Os outros 5% abrangem um grande número de tumores,
descritos como, papiloma, adenomioma, cistoadenoma, fibroma e tumor de células granulosas.
Colangiocarcinoma
Tumores primários mais importantes dos ductos biliares intra e extra hepáticos.
Classificação:
- Periféricos: originados em ductos intra-
hepáticos.
- Hilar: originados em ductos extra-hepáticos:
Proximais: ducto hepático direito e esquerdo, a confluência dos mesmos (tumor de Klatskin) 50%
Mediais: ducto hepático comum entre o
cístico e o pâncreas 20%
Distais: região periampular 20%
-Distribuição difusa 10%
Patologia
Adenocarcinoma secretor de muco,com epitélio colunar e estroma fibroso abundante.
Histologicamente: adenocarcinomas bem diferenciados e desmoplásico, sendo estruturas glandulares discretamente atípicas em meio a grande quantidade de colágeno.
Apresentam crescimento difuso ao redor da parede e ao longo dos ductos biliares, não constituindo nódulos ou massas.
Quadro Clínico
Relacionado principalmente a obstrução do ducto biliar:
-Icterícia
-Prurido
-Esteatorréia
-Dor epigástrica leve
-Anorexia
-Perda de peso
-Vesícula biliar palpável nas lesões distais ao ducto cístico.
Icterícia obstrutiva
Ocorrem quando há algum obstáculo ao livre fluxo de bile entre o sítio produtor (hepatócito) e o duodeno.
Sinais e sintomas: colúria, acolia fecal, prurido cutâneo intenso, dor na região epigástrica, perda de peso, febre, vesícula biliar palpável, etc.
Causas de icterícia obstrutiva
Obstrução de um ducto biliar
Fatores de risco
História familiar de fibrose congênita Infestações parasitárias ( Clonorchis sinenses ) Colelitíase Cálculos biliares Colangite esclerosante primária Retocolite ulcerativa idiopática Materias tóxicos (dióxido de tório) Drogas (anticoncepcionais orais,metildopa, isoniazida,
bifenil, policlorados e asbestos.) Cirrose biliar
Diagnóstico
Achados do exame físico (icterícia, palpação da vesícula biliar).
Alterações nos exames laboratoriais:
-Fosfatase alcalina elevada.
-Bilirrubina elevada.(bilirrubina conjugada)
-GGT elevada. Níveis de antígeno cárcino-embrionário(CEA)
aumentados.
Diagnóstico
Ultra-sonografia abdominal e tomografia computadorizada: podem demonstrar dilatação das vias biliares e a presença de cálculos. Não ajudam muito no delineamento proximal do tumor.
Ultra-sonografia endoscópica melhor para avaliação desses tumores.
Colangiografia: determina a localização da obstrução e a extensão do envolvimento dos ductos biliares. É o método mais completo e detalhado de demonstração anatômica da via biliar.
Diagnóstico
Métodos utilizados para biópsia:
-biópsia de aspiração percutânea com agulha fina;
-escovado por cateteres trans-hepáticos;
-citologia da bile obtida por punção percutânea ou
endoscópica; Os critérios citológicos para diagnóstico são:
irregularidades do contorno nuclear, cromatina densa e aumento da relação núcleo-citoplasma.
Tratamento
Controlar icterícia, prurido, sepse e insuficiência hepática. Melhor tratamento: ressecção cirúrgica, que tem como
principal objetivo a descompressão das vias biliares. Não se realiza cirurgia nas seguintes situações:
-paciente sem condição de ser submetido;
-presença de metástase regional ou à distância;
-lesão irressecável; Drenagem percutânea ou endoscópica e procedimentos de
derivações intra e extra-hepáticas com uma alça intestinal. Quimioterapia e Radioterapia: pouco eficazes.
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS:
Litíase biliar.
Pancreatite crônica.
Neoplasia pancreática.
Carcinoma de vias biliares.
Carcinoma gástrico.
CARCINOMA GÁSTRICO
Epidemiologia
Dos tumores malignos do estômago é o mais comum 2º tumor mais comum no mundo Mais comum em países como Japão,
Chile,China,Colômbia,etc. Mais comum em homens
Classificação de Laurén
1. Morfologia intestinal Formam tumores
volumosos Desenvolvem a partir
de lesões precursoras 55anos Relação H/M 2:1 Mais comum Apenas neste tipo
houve queda de incidência
2. Difuso Crescimento infiltrativo
com células pouco diferenciadas e pouco coesas
Não possui lesões precursoras identificáveis
48 anos
Classificação da OMS
1. Tumores epiteliais Adenocarcinoma
Adenocarcinoma papilar
Adenocarcinoma tubular
Adenocarcinoma mucinoso
Carcinoma com céluas em anel de sinete
Carcinoma indiferenciado
Carcinoma adenoescamoso Carcinoma de pequenas
células Tumor cacinóide
2. Tumores não epiteliais Leiomioma Swanoma Tumores de células
granulares Leiomiossarcoma Tumor estromal
gastrointestinal Sarcoma de Kaposi outros
3.Linfoma maligno
Patogenia
1. Infecção por H. pylori Aumenta o desenvolvimento do carcinoma em 5 a 6
vezes Infecção gastrite crônica atrofia metaplasia
intestinal displasia carcinoma
2. Ambientais
3. Hospedeiro
4. Outros fatores de risco
Morfologia
Localização○ Piloro e antro 50% a 60%○ Cárdia 25%○ Corpo e fundo o restante
Na curvatura menor 40% região antro-pilóricaNa curvatura maior 12%
Morfologia
O carcinoma se classifica;Profundidade da invasãoPadrão de crescimento macroscópicoSubtipo histológico
Achados clínicos
Assintomático Perda de peso Dor abdominal Anorexia Vômitos Alterações dos hábitos intestinais Disfagia Anemia
Hemorragia
Tratamento Cirúrgico através das gastrectomias associada a retirada dos
linfonodos Quimioterapia e radioterapia
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS:
Litíase biliar.
Pancreatite crônica.
Neoplasia pancreática.
Carcinoma de vias biliares.
Carcinoma gástrico.
Pancreatite crônica
Ducto colédoco
Ducto de santorini
Ducto wirsung
Papila duodenal maiorduodeno
cabeçacorpo cauda
Anatomia
Histologia e funções
Duodeno Membrana mucosa Celulas absortivas; caliciforme; paneth e M Digestão ; absorção e secreção
Ducto colédoco Membrana mucosa Epitelio colunar simples Lâmina delgada circundada por m. liso esfíncter de oddi Secreção da bile
Histologia e funções
Ducto de santorini e wirsung Epitelio colunar Células serosas Secreção enzimática (lipase)
Papila duodenal maior Túnica mucosa do duodeno Túnica muscular do duodeno M. esfincter do ducto Secreçào do ducto colédoco e wirsung
Pancreatite crônica
ClassificaçãoPancreatite: - Aguda
Marselha - 1984
- Crônica
DefiniçãoPancreatite crônica (PC) ou pancreatite aguda recorrente
representa destruição gradual ou total do parênquima pancreático, incluindo células acinares e estruturas ductais, bem como as ilhotas endócrinas.
Pancreatite crônica
DefiniçãoEssa destruição seja por necrose ou cicatrização e atrofia,
pode levar a insuficiência pancreática e ao Diabetes mellitus.As alterações morfológicas observadas podem ser focais,
segmentares ou difusas.Essas lesões são consideradas irreversíveis e progressivas,
exceto na PC obstrutiva.PC caracteriza-se pela presença de dor abdominal recorrente e
persistente. O subseqüente desenvolvimento de insuficiência pancreática, endócrina ou exócrina, pode ocorrer em alguns pacientes.
Antes que ocorram sintomas de insuficiência pancreática é necessária uma diminuição considerável da sua função devido a grande capacidade de reserva do pâncreas exócrino.
Pancreatite crônica
Álcool
Evolui assintomática ou surtos de PA leve
1-10% dos alcoolistas
17- 45% das necropsias de uso abusivo
Causa mais comum de Pancreatite Crônica
Evolução em torno de 6 - 8 anos de uso
Pancreatite crônica
Sintomatologia
Dor abdominal
Emagrecimento
Má absorção
Diabete
Características clínicasDor 93%Emagrecimento 91%Má absorção 33%Diabetes 16%
Pancreatite crônica
DOR: abdomen superior com duração de 1-3 dias associado à abuso alimentar (gorduras) ingestão alcoólica. Pode ter períodos de acalmia variando até anos.
EMAGRECIMENTO: anorexia nas crises dolorosas, receio de nova alimentação.
MÁ ABSORÇÃO: substituição do tecido exócrino por fibrose.DIABETES: substituição do tecido endócrino por fibrose.
Pancreatite crônica
COMPLICAÇÃO CLÍNICAS
Ocorrem entre 20-30%
Obstrução biliar Cistos Obstrução duodenal Fistula pancreática Ascite pancreática
Pancreatite crônica
DIAGNÓSTICO Suspeita clínica (etilismo) associado á
confirmação - laboratório, imagem (Rx, Ecografia, TC de abdômen, RNM, endoscópicos).
Enzimas pancreáticas tem pequeno valor uma vez que podem não estar elevados quando já foi consumidos tecido pancreático.
Hemograma – alterações associadas ao álcool, hemorragias, abscessos...
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS:
Litíase biliar.
Pancreatite crônica.
Neoplasia pancreática.
Carcinoma de vias biliares.
Carcinoma gástrico.
Diabete mellitus
Ultra-sonografia (ecografia): Lesão hiperecogênica
NEOPLASIA PANCREÁTICA
Neoplasmas endócrinos
“Tumores da céls das ilhotas” 2% das neoplasias pancreáticas + comuns adultos Benignos, malignos (metástases p/ linfonodos e
fígado) INSULINOMA ; GASTRINOMAS; outros
Neoplasmas Exócrinos
CísticosSerososMucinososIntraductais
Sólidos90% adenocarcinomasComportamento agressivo
Neoplasmas Císticos
Cistoadenomas serosos
Benignos Cels cubóides baixas, ricas
em glicogênio, rodeando pequenos cistos que contêm líq. claro, fino cor de palha
25% dos NC 2xM ; > 70anos Sintomas inespecíficos( dor
abdominal); massas palpáveis Ressecção cirúrgica
Neoplasmas císticos mucinosos
Mulheres Benignos; fronteiriços malignos; malignos Corpo ou cauda do PA Massa indolores de lento cresc. Espaços císticos cheios de mucina espessa,
viscosa; e os cistos revestidos por epitélio mucinoso colunar com um estroma denso
Cistoadenoma x Cistoadenocarcinoma – avaliação histopatológica
Benignos: sem atipia citológica ou arquitetural
Fronteiriços: com atipia mas sem invasão tecidual
Malignos: com invasão
Neoplasmas Císticos
Neoplasmas mucinosos papilares intraductais (NMPIs)
Homens Produzem cisto com mucina Benignos; fronteiriços
malignos; malignos Cabeça do PA Distinguem-se dos n.
císticos mucinosos – não possuem etroma “ovariano” denso; originam-se nos ductos panc. principais
Tumor sólido pseudopapilar
Incomum Ppal meninas adolescentes
e mulheres jovens Grandes massas bem
circunscritas com zonas sólidas e císticas (cheias de detritos hemorrágicos e céls neoplásicas crescem como proj. papilares)
Dor abdominal; cura com ressecção
Pancreatoblastoma
Neoplasmas raros Crianças: 1 a 15 anos Microscopia distinta: ilhas escamosas misturadas com
céls. indiferenciadas Malignos Melhor sobrevida que os adenocarcinomas ductais do
PA
Carcinoma de pâncreas
Epidemiologia Adenocarcinoma – 90% 4ª ppal causa de morte EUA Alta taxa de mortalidade Taxa de sobrevida de 6 meses Idade: pico entre 60 e 70 anos; raro antes dos 30 anos Predominância masculina 2:1 + comum em negros; descendência judia 60% cabeça – 15% corpo – 5% cauda – 20% toda a gld.
Obs.: União Internacional Contra o Câncer (UICC) as taxas de incidência aumentam bastante com o avanço da idade, sendo de 10/100.000 casos entre 40 e 50 anos, 40/100.000 aos 60 anos e 116/100.000 aos 80-85 anos
Diagnóstico tardioComportamento agressivo
Etiologia
Desconhecida
Fatores de risco:
Fumo (aumenta o risco: 2 a 3 x) Dieta rica em gorduras e proteínas Exposição a compostos químicos,
como solventes e petróleo, durante longo tempo Pancreatite crônica e DM , cirurgia de úlcera no
estômago ou duodeno, retirada da vesícula biliar Agregação familial
Patogênese
Precursores do câncer pancreático:
Epitélio não-neoplásico lesões não invasivas hist. bem definidas carcinoma invasivo
Sequência NIPs carcinoma-invasivo:○ Distribuição paralela○ NIPs no parênquima pa. ○ Alterações genéticas semelhantes○ Encurtamento dos telômeros – acúmulo de alter. cromos.-
carcinoma
Patogênese Carcinogênese Molecular:
Doença genética (mutações herdadas e adquiridas) Múltiplos genes estão alterados em um único CA de PA
○ K-ras (80 a 90%)○ p16 (95%)○ p53 (50 a 70%)○ SMAD4 (55%)○ Anormalidades de metilação○ Expressão de genes - hiperexpressos
Anatomia Patológica
Provoca intensa reação não-neoplásica do hospedeiro fibroblastos ; linfócitos e MEC- resposta desmoplástica
Altamente invasivo Massas duras,
estreladas, branco-acinzentadas, pouco definidas
Obstrução do ducto colédoco – distensão da árvore biliar - icterícia
Carcinomas de corpo e cauda – NÃO acometem trato biliar
Espaço retroperitoneal – nervos adjacentes
Linfonodos (peripancreáticos, gástricos, mesent. , omentais e porta-hepáticos)
Metástases (fígado/ pulmões/ ossos)
Histopatologia
Não há diferença (cabeça, corpo e cauda) Estruturas tubulares abortivas ou agregados celulares Crescimento agressivo (infiltrante) Fibrose estromal densa Invasão perineural Glds. malignas:
Atípicas Irregulares Pequenas Bizarras
ILHOTAS
PÂNCREAS.
DUTOS E ÁCINOS
Características Clínicas
Dor epigástrica - desconforto abdominal vesícula distendida
Icterícia obstrutiva Perda de peso, anorexia, mal-estar e fraqueza
generalizados Intolerância alimentar Tromboflebite migratória (10%) Evolução breve e progressiva Exames laboratoriais:
Concentrações séricas de enzimas elevadas Marcadores tumorais Fezes espumosas
Diagnóstico
Precoce: difícil Exames laboratoriais:
Bilirrubina FAL Amilase e Lipase CEA
Suspeita de adenocarcinoma: TC e US abdominal Pancreatografia retrógrada endoscópica Confirmação: biópsia do pâncreas (exame microscópico)
ELEVADOS
Ultra-Sonografia
Tratamento
Ressecção cirúrgica Cirurgia de Whipple (duodenopancreactectomia)
Critérios de irressecabilidade Invasões vasculares Metástases à distância Condições clínicas inadequadas
Colocação de endo-prótese Radioterapia e quimioterapia – alívio dos sintomas
ESTÔMAGODUODENOCABEÇA DO PADUCTO COLÉDOCO
OBRIGADO!