and NICOLE Common Position Paper COMMON FORUM … · soluções de remediação ponderados os impactes e a efeitos das diferentes medidas de remediação para além de um incremento

NICOLENetwork for Industrially Contaminated Land in Europe

FotografiasCortesia da WSP e da National Grid

O Common Forum on Contaminated Land é uma rede constituída por decisores e consultores da área dos solos contaminados de ministérios nacionais dos estados membros da União Europeia e dos países da Associação Europeia de Comércio Livre, constituída em 1994. Os objetivos do Common Forum são o desenvolvimento de estratégias para a gestão e tratamento de locais contaminados e para a reciclagem do “solo” respeitando a “proteção sustentável dos recursos” para solos e águas subterrâneas contaminados.

www.commonforum.eu

NICOLE é uma rede que visa a promoção,

disseminação e partilha de conhecimento sobre

todos os aspetos de contaminação de solos, com

origem em atividades industriais. Os seus 125

membros de 15 países europeus provêm da indústria

e organizações comerciais (detentores do problema),

prestadores de serviços ambientais/empresas de

desenvolvimento de tecnologias de remediação,

universidades e instituições independentes de

investigação (prestadores de soluções para o

problema) e entidades governamentais (decisores).

A rede foi constituída em fevereiro de 1996, na

sequência de uma ação concertada no âmbito do 4º

Programa-Quadro da Comunidade Europeia. Desde

fevereiro de 1999, que a rede NICOLE é auto-

suficiente, sendo suportada financeiramente pelas

quotas dos seus membros.

www.nicole.irg


COMMON FORUM and NICOLE

Common Position Paper On Innovative Technologies

07 Juni 2013 Common Forum





©2013 NICOLE & COMMON FORUM


Declaração Conjunta

9 de Junho de 2013

NICOLE e COMMON FORUM

Conhecimento do risco e remediação sustentável









Por toda a Europa, a nossa herança industrial origi-

nou áreas industriais abandonadas e locais onde a

contaminação representa um risco potencial para o

ser humano, para os recursos hídricos, para o solo

e para os ecossistemas. Atualmente, são gastos

anualmente cerca de 17 milhares de milhões de

euros nesta região (EC, 2006) na remediação des-

tes locais, recuperando-os de modo a que estejam

adequados ao seu uso corrente ou para reutiliza-

ção. No entanto, a gestão de risco destes locais

pode causar impactes acrescidos para o ambiente

ou para habitantes vizinhos.

Como sociedade, importa garantir que as verbas

disponíveis são eficazmente aplicadas na remedia-

ção dos locais contaminados, e que os benefícios

alcançados com a remediação se sobrepõem aos

impactes causados pela contaminação existente.

Todas as partes interessadas devem ser envolvi-

das, e os seus interesses ponderados no processo

de tomada de decisão. Importa ainda considerar

quando, como e de que modo as soluções de

remediação acautelam também os interesses da

sociedade em geral. Este documento apresenta a

Declaração Conjunta do Common Forum e da rede

NICOLE sobre Remediação Sustentável de solos,

sedimentos e águas subterrâneas contaminados. A

Remediação Sustentável é fundada nos princípios

da Risk Based Land Management - Gestão de

Solos Baseada no Risco (CLARINET, 2002): o con-

ceito aplicado à gestão de solos contaminados tem

sido usado como a base da evolução de algumas

políticas nacionais. O desenvolvimento e a reuti-

lização de áreas industriais abandonadas foram

implementados com base neste conceito da rede

CLARINET e originou uma abordagem complementar

de reabilitação sustentável (CABERNET, 2006).

Nesta declaração nada deve ser considerado em

desacordo com a expetativa de que, numa pri-

meira instância, sejam implementados os esforços

apropriados para prevenir a poluição, nem com o

princípio do “poluidor-pagador”, que permanecem

princípios basilares importantes.

O Common Forum e a rede NICOLE, na sequência do enunciado:

O Common Forum e a rede NICOLE, na sequência do enunciado:1. Estão de acordo quanto à necessidade de pro-

teger as populações e o ambiente contra os meios

contaminados e de mitigar riscos significativos sobre

os mesmos.

2. Compreendem que a remediação sustentável de

solos, de sedimentos e de água subterrânea envolve

a avaliação e gestão de riscos significativos para a

saúde humana e para o ambiente, enquanto identifica

os impactes, positivos e negativos, ambientais, soci-

ais e económicos de estratégias e alternativas de re-

mediação, procurando a maximização dos benefícios

globais através de um processo de tomada de decisão

equilibrado, transparente e baseado na evidência.

3. Reconhecem que os princípios da remediação

sustentável integram:

• a importância de contribuir para o desenvolvimen-

to sustentável, como por exemplo, através de um

uso mais sustentável dos recursos naturais, ou

do cumprimento das metas globais da UE para as

alterações climáticas e energia;

• a convicção de que as tomadas de decisão as-

sentes nos princípios de sustentabilidade podem

conduzir a um uso mais eficiente dos recursos

ambientais, sociais e económicos, a melhores

soluções de remediação ponderados os impactes

e a efeitos das diferentes medidas de remediação

para além de um incremento da gestão do solo a

longo prazo;

• a perceção de que a sustentabilidade não pode ser

quantificada em termos absolutos. Consequente-

mente, um compromisso de todas as partes inter-

essadas é crucial para assegurar que a avaliação

da sustentabilidade minimiza as incertezas rela-

tivas às questões específicas de cada projeto, e

permite que as partes interessadas apresentem

as suas perspetivas relativamente ao balanço en-

tre os impactes potenciais e os benefícios. Adi-

cionalmente, o controlo, ou feedback, é essencial

para assegurar as melhores decisões de gestão

dos solos.

• a compreensão de que a avaliação da sustenta-

bilidade tem como objetivo a integração dos três

elementos base da sustentabilidade (ambiental,

social e económico) assim como os efeitos inte-

grados mais amplos de um modo equilibrado e

proporcional, tendo em consideração os contextos

legal e políticos específicos. Preferencialmente,

isto ocorre na fase inicial do projeto de remedi-

ação, na fase de planeamento ou de conceção de

projeto, quando os objetivos da remediação são

definidos e o ganho potencial de sustentabilidade

é maior, mas também ao longo de todo o projeto,

incluindo as fases de seleção da abordagem téc-

nica e de implementação da remediação.

• o conceito de “remediação sustentável”, result-

ante do trabalho da rede CLARINET, como de-

scrito no SuRF-UK Framework for Assessing the

Sustainability of Soil and Groundwater Remedia-

tion - Quadro de Avaliação da Sustentabilidade da

Remediação de Solos e Águas Subterrâneas do

SuRF-UK (CL:AIRE, 2010);

• a definição do guião para a Remediação Susten-

tável da rede NICOLE (NICOLE, 2010). As aborda-

gens para a avaliação da remediação sustentável

descrita nestes documentos são consideradas

boas práticas, consistentes com a gestão de

solos contaminados baseada no conhecimento

do risco e são recomendadas como base para a

gestão futura de casos de contaminação de so-

los, sedimentos e águas subterrâneas na Europa.

ReferênciasCLARINET (Contaminated Land Rehabilitation Net-

work for Environmental Technologies in Europe) -

2002 - Sustainable management of Contaminated

Land: an overview.

Consultável em: http://www.commonforum.eu/Doc-

uments/DOC/Clarinet/rblm_report.pdf.

CABERNET 2006 - Sustainable Brownfield Regenera-

tion: CABERNET Network Report.

Consultável em: http://www.cabernet.org.uk/re-

sourcefs/427.pdf

CL:AIRE 2010. A framework for assessing the sus-

tainability of soil and groundwater remediation. SuRF-

UK report, March 2010. CL:AIRE, London.

Consultável em: www.claire.co.uk/surfuk.

European Commission 2006 - Impact Assessment

study of the thematic Strategy on soil protection.

SEC(2006)620.NICOLE, 2010. NICOLE Sustainable

remediation roadmap.

Consultável em: http://www.nicole.org/documents/

DocumentList.aspx?w=SR

Documents

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