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ANDRÉ SANTOS DE OLIVEIRA SEQUÊNCIAS DE ENSINO TRANSPOSTAS DIDATICAMENTE AO ENSINO FUNDAMENTAL UTILIZANDO EXPERIMENTOS ÓPTICOS DE BAIXO CUSTO JUAZEIRO DO NORTE / CE 2018

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ANDRÉ SANTOS DE OLIVEIRA

SEQUÊNCIAS DE ENSINO TRANSPOSTAS DIDATICAMENTE AO ENSINO

FUNDAMENTAL UTILIZANDO EXPERIMENTOS ÓPTICOS DE BAIXO CUSTO

JUAZEIRO DO NORTE / CE

2018

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ANDRÉ SANTOS DE OLIVEIRA

SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS SOBRE EXPERIMENTOS ÓPTICOS DE BAIXO CUSTO

TRANSPOSTAS DIDATICAMENTE AO ENSINO FUNDAMENTAL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física - Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física, ofertado pela Sociedade Brasileira de Física em parceria com a Universidade Regional do Cariri como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em ensino de Física. Orientador: Prof. Dr. Francisco Eduardo de Sousa Filho.

JUAZEIRO DO NORTE / CE

2018

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Catalogação na fonte

Cícero Antônio Gomes Silva – CRB-3 n° /1385

O48s

Oliveira, André Santos de. Sequências de Ensino Transpostas Didaticamente ao Ensino Fundamental Utilizando Experimentos Ópticos de Baixo Custo. / André Santos de Oliveira – Crato-Ce, 2018,

208 f.: il.;30cm.

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Universidade Regional do Cariri– URCA / Mestrado Nacional profissional do ensino de Física

Orientadora: Profo. Doutor. Francisco Eduardo de Sousa Filho

1. Sequência didática . 2. Experimentos ópticos 3. Ensino fundamental I. Título

CDD:930

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DEDICATÓRIA

A Deus,

Ao meu pai, Rildo Costa de Oliveira.

À minha mãe, Rosangela Santos de Oliveira.

À minha esposa, Luziane Carmo da Silva.

Ao meu filho, Arthur Silva de Oliveira.

À minha irmã, Cristiane Santos de Oliveira.

E aos demais familiares e amigos de

Pernambuco, Juazeiro-CE e Manicoré-AM.

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v

AGRADECIMENTOS

Aos professores do mestrado Dr. Francisco Eduardo de Sousa Filho, Dr. Carlos Emídio

Sampaio Nogueira, Dr. Wilson Hugo Cavalcante Freire e Dr. George Pimentel Fernandes, pelos

ensinamentos.

Aos amigos de turma do mestrado Edigleudo Freitas de Oliveira, Francisco Clécio de Lima,

Josniel Pires da Silva, Francisco Laurindo de Souza, Cícero Jackson Pinheiro Beserra, Romeu

de Oliveira Felizardo, Jardeanne Alencar Sampaio, Marcos Antônio de Souza Silva, Pedro

Ernesto Veras, Romário Nunes Braz e Samuel dos Santos Feitosa, pela parceria nos estudos.

Aos alunos que participaram da intervenção pedagógica, pela participação.

Ao amigo Angelus Amadeus de Andrade Souza, pela confiança e incentivo de sempre.

Ao Ms. Francisco Adeil Gomes de Araújo, professor da minha formação superior em

Licenciatura em Física na Universidade Federal do Ceará, pela motivação.

Aos órgãos Sociedade Brasileira de Física, pela possibilidade de existência deste curso; à

CAPES por ter fomentado o curso; ao Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física,

pela oportunidade; à Universidade Regional da Cariri, pelo espaço disponibilizado para as

aulas.

Aos membros da banca Dr. Fernando Martins de Paiva e Dr. Antônio Carlos Alonge Ramos,

pelas melhorias neste trabalho enquanto membros da banca durante a defesa deste mestrado.

Ao Dr. Francisco Augusto Silva Nobre, vice-coordenador do POLO-31, pela força.

Ao Dr. Cláudio Rejane da Silva Dantas, coordenador do POLO-31, pelo apoio.

Ao Dr. Francisco Eduardo de Sousa Filho, pela excelente orientação.

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"Quando achamos a matemática e a física teórica muito difíceis, voltamo-nos para o misticismo." (Stephen Hawking)

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vii

RESUMO

Este trabalho foi desenvolvido como uma solução que possibilita professores ministrarem aulas

diferenciadas utilizando experimentos ópticos, dispensando a necessidade de altos

investimentos financeiros para montar laboratórios sofisticados, pois são utilizados materiais

de baixo custo que contribuem para a conservação do meio ambiente. Fundamentações teóricas

principalmente alicerçadas na aprendizagem significativa de David Ausubel e aprofundada por

Marco Antônio Moreira, bem como citações de autores como: Dolz, Schneuwly, Delizoicov,

Tissander, Michel Verret e Yves Chevallard. Fundamentações físicas baseadas em livros dos

autores: Grigory Samuiluich Landsberg, David Halliday, Robert Resnick, Raymond Serway,

John Jewett, Hugh Young, Roger Freedman e Kenneth Krane. Metodologia é uma sequência

de ensino, comum aos experimentos do produto educacional vinculado a este, transposta

didaticamente ao ensino fundamental, que orienta professores como: questionar os alunos com

pergunta motivadora, apresentar os experimentos aos alunos, contextualizar, utilizar os

materiais, montar os experimentos, fundamentar, avaliar o aprendizado do aluno e estimular

que os alunos pesquisem mais sobre o assunto. Resultados muito satisfatórios tanto para alunos

como para professores. Produto educacional abordando 25 experimentos ópticos: propagação

da luz; reversibilidade da luz; independência dos raios da luz; fontes primárias e secundárias;

sombra e penumbra; meios transparentes, translúcidos e opacos; câmara escura; incidência e

reflexão; fibra óptica; levitação; holograma caseiro; refração num aquário; efeito monga;

espelho do susto; decalcar desenhos; número de imagens formadas; caleidoscópio; periscópio;

imagem no infinito; microscópio caseiro; projetor caseiro; espelhos esféricos caseiros; disco de

Newton; reflexo das cores e luz branca.

Palavras-chave: Sequência didática. Experimentos ópticos. Ensino fundamental.

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viii

ABSTRACT

This work was developed as a solution that allows teachers to teach different classes using

optical experiments, avoiding the need for high financial investments to set up sophisticated

laboratories, since low cost materials are used that contribute to the conservation of the

environment. Theoretical fundamentals mainly based on the significant learning of David

Ausubel and deepened by Marco Antônio Moreira, as well as quotations from authors such as:

Dolz, Schneuwly, Delizoicov, Tissander, Michel Verret and Yves Chevallard. Physical

foundations based on the authors' books: Grigory Samuiluich Landsberg, David Halliday,

Robert Resnick, Raymond Serway, John Jewett, Hugh Young, Roger Freedman and Kenneth

Krane. Methodology is a sequence of teaching, common to the experiments of the educational

product linked to it, transposed to basic teaching, teaching teachers such as: questioning the

students with a motivating question, presenting the experiments to the students, contextualizing,

using the materials, , to base, to evaluate the student's learning and to encourage students to

research more about the subject. Very satisfactory results for both students and teachers.

Educational product addressing 25 optical experiments: light propagation; reversibility of light;

independence of the rays of light; primary and secondary sources; shadow and penumbra;

transparent, translucent and opaque media; dark chamber; incidence and reflection; optical

fiber; levitation; home hologram; refraction in an aquarium; monga effect; scare mirror;

drawings; number of images formed; kaleidoscope; periscope; image in infinity; home

microscope; home projector; home spherical mirrors; Newton's disc; reflection of colors and

white light.

Keywords: Following teaching. Optical experiments. Elementary School.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01 – Três frentes de onda deslocando-se ...................................................................... 36

Figura 02 - Novas frente de onda .............................................................................................. 36

Figura 03 - Frentes secundárias gerando envoltórias ............................................................... 37

Figura 04 – Verificação dos pontos A e B’ .............................................................................. 37

Figura 05 – Análise do dos triângulos ABB’ e BAA’ .............................................................. 37

Figura 06 – Verificar igualdade dos ângulos ............................................................................ 38

Figura 07 – Raio refletindo no ponto B .................................................................................... 38

Figura 08 - Distâncias entre os ângulos .................................................................................... 38

Figura 09 – Análise da geometria dos triângulos .................................................................... 40

Figura 10 – Três frentes de onda sucessivas.............................................................................. 43

Figura 11 – Análise do ângulo de incidência ............................................................................ 43

Figura 12 – Análise uma frente de onda ................................................................................... 43

Figura 13 – Analisando o tempo de deslocamento da frente de onda ...................................... 44

Figura 14 - Refração no ponto C ............................................................................................... 44

Figura 15 - Análise das velocidades ......................................................................................... 44

Figura 16 – Análise da trigonometria dos triângulos ................................................................ 45

Figura 17 – Raio incidente e refratado ...................................................................................... 46

Figura 18 – Distância percorrida pelo raio incidente e refratado .............................................. 46

Figura 19 – Análise do cateto oposto ao ângulo Ɵr .................................................................. 46

Figura 20 - Análise do Li e Lr .................................................................................................. 47

Figura 21 - Análise de x sendo cateto oposto ao ângulo Ɵi ..................................................... 48

Figura 22 – Experimento Propagação da Luz ........................................................................... 57

Figura 23 – Experimento Reversibilidade da Luz .................................................................... 57

Figura 24 – Experimento Independência dos Raios da Luz ..................................................... 58

Figura 25 – Experimento Fontes Primárias e Secundárias ....................................................... 58

Figura 26 - Experimento Sombra e Penumbra .......................................................................... 59

Figura 27 - Experimento Meios Transparentes, Translúcidos e Opacos .................................. 59

Figura 28 – Experimento Câmara Escura ................................................................................. 60

Figura 29 – Experimento Incidência e Reflexão ....................................................................... 61

Figura 30 – Experimento Fibra Óptica ..................................................................................... 62

Figura 31 – Experimento Levitação ......................................................................................... 63

Figura 32 - Experimento Holograma Caseiro ........................................................................... 64

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x

Figura 33 - Experimento Aquário e Laser ................................................................................ 65

Figura 34 – Experimento Efeito Monga ................................................................................... 66

Figura 35 – Experimento Espelho do Susto .............................................................................. 68

Figura 36 – Experimento Decalcar Desenhos ........................................................................... 69

Figura 37 – Experimento Imagens Formadas ........................................................................... 70

Figura 38 - Experimento caleidoscópio .................................................................................... 71

Figura 39 - Experimento Periscópio ......................................................................................... 72

Figura 40 – Experimento Imagem no Infinito .......................................................................... 73

Figura 41 – Experimento Microscópio Caseiro ........................................................................ 74

Figura 42 – Experimento projetor caseiro ................................................................................ 75

Figura 43 – Espelhos esféricos caseiros ................................................................................. 76

Figura 44 - Experimento disco de Newton ............................................................................... 78

Figura 45 - Experimento reflexo das Cores .............................................................................. 79

Figura 46 – Experimento Luz Branca ....................................................................................... 80

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Respostas obtidas no questionário inicial sobre propagação da luz ..................... 82

Tabela 02 – Respostas obtidas no questionário inicial sobre reversibilidade da luz ............... 82

Tabela 03 – Respostas obtidas no questionário inicial sobre independência dos raios da luz . 83

Tabela 04 – Respostas obtidas no questionário inicial sobre fontes primárias e secundárias .. 83

Tabela 05 – Respostas obtidas no questionário inicial sobre câmara escura ............................ 83

Tabela 06 – Respostas obtidas no questionário inicial sobre reflexão ..................................... 83

Tabela 07 – Respostas sobre ter entendido melhor através de cada experimento .................... 84

Tabela 08 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre propagação da luz .......... 85

Tabela 09 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre reversibilidade da luz ..... 86

Tabela 10 – Respostas no questionário interm. sobre independência dos raios da luz ............. 86

Tabela 11 – Respostas no questionário interm. sobre fontes primárias e secundárias ............. 87

Tabela 12 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre sombra e penumbra ....... 87

Tabela 13 – Respostas no quest. interm. sobre meios transparentes, translúcidos e opacos .... 88

Tabela 14 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre câmara escura ................ 89

Tabela 15 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre reflexão .......................... 89

Tabela 16 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre incidência e reflexão ...... 90

Tabela 17 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre fibra óptica ..................... 90

Tabela 18 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre levitação ......................... 91

Tabela 19 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre refração .......................... 91

Tabela 20 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre holograma caseiro .......... 92

Tabela 21 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre aquário e laser ................ 92

Tabela 22 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre efeito monga .................. 93

Tabela 23 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre espelho do susto ............. 93

Tabela 24 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre decalcar desenhos .......... 94

Tabela 25 – Respostas do questionário intermediário sobre associação de espelhos planos ... 95

Tabela 26 – Respostas do questionário intermediário sobre número de imagens formadas .... 95

Tabela 27 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre caleidoscópio ................. 96

Tabela 28 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre periscópio ...................... 96

Tabela 29 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre imagem no infinito ........ 97

Tabela 30 – Respostas no questionário intermediário sobre lentes e espelhos esféricos ......... 97

Tabela 31 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre microscópio caseiro ....... 98

Tabela 32 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre projetor caseiro .............. 98

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Tabela 33 – Respostas no questionário intermediário sobre espelhos esféricos caseiros ......... 99

Tabela 34 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre dispersão da luz ............. 99

Tabela 35 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre disco de Newton ........... 100

Tabela 36 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre reflexo das cores ........... 100

Tabela 37 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre luz branca ..................... 101

Tabela 38 – Análises de desempenho individual dos alunos ................................................... 111

Tabela 39 – Respostas da primeira pergunta do questionário final ......................................... 112

Tabela 40 – Respostas da segunda pergunta do questionário final ......................................... 113

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xiii

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 – Comparativo sobre propagação da luz ............................................................. 102

Gráfico 02 – Comparativo sobre reversibilidade da luz ....................................................... 103

Gráfico 03 – Comparativo sobre independência dos raios da luz ......................................... 103

Gráfico 04 – Comparativo sobre fontes primárias e secundárias .......................................... 104

Gráfico 05 – Comparativo sobre sombra e penumbra .......................................................... 104

Gráfico 06 – Comparativo sobre meios transparentes, translúcidos e opacos ...................... 105

Gráfico 07 – Comparativo sobre câmara escura ................................................................... 105

Gráfico 08 – Comparativo sobre reflexão ............................................................................. 106

Gráfico 09 – Respostas relacionadas aos experimentos de reflexão ..................................... 106

Gráfico 10 – Comparativo sobre refração ............................................................................. 107

Gráfico 11 – Respostas relacionadas aos experimentos de refração ..................................... 107

Gráfico 12 – Comparativo sobre associação de espelhos planos .......................................... 108

Gráfico 13 – Respostas relacionadas aos experimentos de associação de espelhos planos .. 108

Gráfico 14 – Comparativo sobre lentes e espelhos esféricos ................................................ 109

Gráfico 15 – Respostas relacionadas aos experimentos de lentes e espelhos esféricos ........ 109

Gráfico 16 – Comparativo sobre dispersão da luz ................................................................ 110

Gráfico 17 – Respostas relacionadas aos experimentos de dispersão da luz ........................ 110

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xiv

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 19

2 FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS ................................................................................... 22

2.1 Sequências de ensino ............................................................................................. 22

2.2 Utilização de experimentos em sala de aula .......................................................... 23

2.3 Laboratórios de baixo custo .................................................................................. 25

2.4 Transposição didática ............................................................................................ 26

2.5 Aprendizagem significativa ................................................................................... 28

2.6 Parâmetros Curriculares Nacionais ....................................................................... 30

2.7 Diretrizes Curriculares Nacionais .......................................................................... 31

3 FUNDAMENTAÇÕES FÍSICAS ........................................................................................ 32

3.1 Introdução – fundamentações ................................................................................ 32

3.1.1 Propagação da luz................................................................................... 32

3.1.2 Reversibilidade da luz............................................................................. 33

3.1.3 Independência dos raios da luz............................................................... 33

3.1.4 Fontes primárias e secundárias.............................................................. 34

3.1.5 Sombra e penumbra................................................................................ 34

3.1.6 Meios transparentes, translúcidos e opacos.......................................... 34

3.1.7 Câmara escura....................................................................................... 35

3.2 Reflexão ............................................................................................................... 35

3.2.1 Incidência e reflexão.............................................................................. 40

3.2.2 Fibra óptica........................................................................................... 41

3.2.3 Levitação................................................................................................ 41

3.3 Refração ............................................................................................................... 42

3.3.1 Holograma caseiro................................................................................. 48

3.3.2 Aquário e laser ...................................................................................... 48

3.3.3 Efeito monga.......................................................................................... 49

3.3.4 Espelho do susto.................................................................................... 49

3.3.5 Decalcar desenhos................................................................................. 50

3.4 Associação de espelhos planos............................................................................. 50

3.4.1 Número de imagens formadas............................................................... 51

3.4.2 Caleidoscópio........................................................................................ 51

3.4.3 Periscópio.............................................................................................. 52

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xv

3.4.4 Imagem no infinito................................................................................... 52

3.5 Lentes e espelhos esféricos.................................................................................... 52

3.5.1 Microscópio caseiro................................................................................ 53

3.5.2 Projetor caseiro....................................................................................... 53

3.5.3 Espelhos esféricos caseiros..................................................................... 54

3.6 Dispersão da luz .................................................................................................... 54

3.6.1 Disco de Newton...................................................................................... 55

3.6.2 Reflexo das cores..................................................................................... 55

3.6.3 Luz branca............................................................................................... 55

4 METODOLOGIA ................................................................................................................ 56

4.1 Introdução............................................................................................................... 57

4.1.1 Propagação da luz................................................................................... 57

4.1.2 Reversibilidade da luz............................................................................. 57

4.1.3 Independência dos raios da luz............................................................... 58

4.1.4 Fontes primárias e secundárias.............................................................. 58

4.1.5 Sombra e penumbra................................................................................. 59

4.1.6 Meios transparentes, translúcidos e opacos........................................... 59

4.1.7 Câmara escura........................................................................................ 60

4.2 Reflexão ................................................................................................................ 61

4.2.1 Incidência e reflexão............................................................................... 61

4.2.2 Fibra óptica............................................................................................. 62

4.2.3 Levitação................................................................................................. 63

4.3 Refração................................................................................................................. 64

4.3.1 Holograma caseiro.................................................................................. 64

4.3.2 Aquário e laser ....................................................................................... 65

4.3.3 Efeito monga............................................................................................ 66

4.3.4 Espelho do susto...................................................................................... 68

4.3.5 Decalcar desenhos................................................................................... 69

4.4 Associação de espelhos planos............................................................................... 70

4.4.1 Número de imagens formadas................................................................. 70

4.4.2 Caleidoscópio.......................................................................................... 71

4.4.3 Periscópio................................................................................................ 72

4.4.4 Imagem no infinito................................................................................... 73

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xvi

4.5 Lentes e espelhos esféricos.................................................................................... 74

4.5.1 Microscópio caseiro................................................................................ 74

4.5.2 Projetor caseiro....................................................................................... 75

4.5.3 Espelhos esféricos caseiros..................................................................... 76

4.6 Dispersão da luz .................................................................................................... 78

4.6.1 Disco de Newton...................................................................................... 78

4.6.2 Reflexo das cores..................................................................................... 79

4.6.3 Luz branca............................................................................................... 80

5 ANÁLISE DE RESULTADOS ........................................................................................... 81

5.1 Questionário inicial................................................................................................ 82

5.1.1 Introdução .............................................................................................. 82

5.1.1.1 Propagação da luz ................................................................... 82

5.1.1.2 Reversibilidade da luz .............................................................. 82

5.1.1.3 Independência dos raios da luz ............................................... 83

5.1.1.4 Fontes primárias e secundárias ............................................... 83

5.1.1.5 Sombra e penumbra ................................................................. 83

5.1.1.6 Meios transparentes, translúcidos e opacos ............................ 83

5.1.1.7 Câmara escura ......................................................................... 83

5.1.2 Reflexão .................................................................................................. 83

5.1.3 Refração ................................................................................................. 84

5.1.4 Associação de espelhos planos ............................................................... 84

5.1.5 Lentes e espelhos esféricos ..................................................................... 84

5.1.6 Dispersão da luz ..................................................................................... 80

5.2 Análise das respostas sobre ter entendido melhor através de cada experimento .. 84

5.3 Questionário intermediário – citar algo após ter sido aplicado experimento ........ 85

5.3.1 Introdução .............................................................................................. 85

5.3.1.1 Propagação da luz ................................................................... 85

5.3.1.2 Reversibilidade da luz .............................................................. 86

5.3.1.3 Independência dos raios da luz ............................................... 86

5.3.1.4 Fontes primárias e secundárias ............................................... 87

5.3.1.5 Sombra e penumbra ................................................................. 87

5.3.1.6 Meios transparentes, translúcidos e opacos ............................ 88

5.3.1.7 Câmara escura ......................................................................... 89

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xvii

5.3.2 Reflexão .................................................................................................. 89

5.3.2.1 Incidência e reflexão ................................................................ 90

5.3.2.2 Fibra óptica ............................................................................. 90

5.3.2.3 Levitação .................................................................................. 91

5.3.3 Refração ................................................................................................. 91

5.3.3.1 Holograma caseiro .................................................................. 92

5.3.3.2 Aquário e laser ........................................................................ 92

5.3.3.3 Efeito monga ............................................................................ 93

5.3.3.4 Espelho do susto ...................................................................... 93

5.3.3.5 Decalcar desenhos ................................................................... 94

5.3.4 Associação de espelhos planos ............................................................... 95

5.3.4.1 Número de imagens formadas ................................................. 95

5.3.4.2 Caleidoscópio .......................................................................... 96

5.3.4.3 Periscópio ................................................................................ 96

5.3.4.4 Imagem no infinito ................................................................... 97

5.3.5 Lentes e espelhos esféricos ..................................................................... 97

5.3.5.1 Microscópio caseiro ................................................................ 98

5.3.5.2 Projetor caseiro ....................................................................... 98

5.3.5.3 Espelhos esféricos caseiros ..................................................... 99

5.3.6 Dispersão da luz ..................................................................................... 99

5.3.6.1 Disco de Newton .................................................................... 100

5.3.6.2 Reflexo das cores ................................................................... 100

5.3.6.3 Luz branca ............................................................................. 101

5.4 Comparativos entre os questionários inicial e intermediário .............................. 102

5.4.1.1 Propagação da luz ................................................................. 102

5.4.1.2 Reversibilidade da luz ............................................................ 103

5.4.1.3 Independência dos raios da luz ............................................. 103

5.4.1.4 Fontes primárias e secundárias ............................................. 104

5.4.1.5 Sombra e penumbra ............................................................... 104

5.4.1.6 Meios transparentes, translúcidos e opacos .......................... 105

5.4.1.7 Câmara escura ....................................................................... 105

5.4.2 Reflexão .................................................................................... 106

5.4.3 Refração ............................................................................................... 107

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xviii

5.4.4 Associação de espelhos planos ............................................................. 108

5.4.5 Lentes e espelhos esféricos ................................................................... 109

5.4.6 Dispersão da luz ................................................................................... 110

5.5 Análise das respostas individuais obtidas no questionário intermediário ........... 111

5.6 Análise das respostas obtidas no questionário final ............................................ 112

5.6.1 A primeira pergunta do questionário ................................................... 112

5.6.2 A segunda pergunta do questionário .................................................... 113

5.7 Análise dos resultados de acordo com a teoria da aprendizagem

significativa de Ausubel ............................................................................................ 114

5.7.1 Material potencialmente significativo .................................................. 114

5.7.2 Disponibilidade de subsunçor .............................................................. 114

5.7.3 Predisposição a aprender ..................................................................... 115

6 CONCLUSÕES ................................................................................................................. 116

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 116

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO INICIAL ..................................................................... 122

APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO INTERMEDIÁRIO ..................................................... 123

APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO FINAL.......................................................................... 131

APÊNDICE D – PRODUTO EDUCACIONAL .................................................................. 132

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INTRODUÇÃO

Sequências didáticas sobre experimentos ópticos de baixo custo transpostas

didaticamente ao ensino fundamental, surgiu como uma solução excelente para tornar o ensino

de Física mais interessante, tanto para os alunos como também para os alunos, como também

para os professores, demonstrando de forma prática fenômenos e conceitos de óptica

geométrica, com uma linguagem possível de ser aplicada já no ensino fundamental, com a

finalidade de construir um conhecimento significativo, através de exemplos contextualizados

que possibilitam verificar que a Física tem aplicação direta no cotidiano do aluno, estimulando

assim que ela seja estudada com a importância que merece.

A proposta de serem desenvolvidos experimentos de baixo custo é fenomenal por

diversos aspectos: não dependente de altos investimentos financeiros para montar laboratórios

sofisticados, estimula a participação dos alunos em sala de aula, estimular a organização dos

alunos trabalharem em grupo, possibilitar o reaproveitamento de materiais recicláveis, ajudar

na conservação do meio ambiente. No produto educacional deste trabalho, só foram utilizados

materiais de baixo custo e a grande maioria desses materiais é reciclável, viabilizando assim a

aplicação de aulas diferenciadas.

O objetivo geral é despertar o interesse dos alunos pela disciplina de Física o quanto

antes, com atividades práticas que possibilitem ser abordados conceitos físicos já no Ensino

Fundamental, construindo assim um conhecimento de qualidade, para quando os alunos

ingressarem no Ensino Médio já terem conceitos físicos obtidos através de experimentos reais

e corrigidas possíveis conclusões equivocadas que os alunos possam ter tido durante a prática

e sempre que possível contextualizando os experimentos com exemplos do cotidiano dos

alunos, provando que a Física tem aplicabilidade direta na vida dos alunos, despertando o

encanto e orgulho de estudar Física.

Os objetivos específicos são: estimular a participação dos alunos em sala de aula;

estimular o desenvolvimento cognitivo dos alunos; desenvolver senso de organização de

trabalho em equipe dos alunos; tornar as aulas mais interessantes aos alunos e professores;

estimular o aproveitamento de materiais recicláveis, contribuindo assim para a conservação do

meio ambiente; promover as interações em sala de aula entre professores e alunos; possibilitar

aulas experimentais sem a necessidade da escola dispor ou investir em laboratórios e

equipamentos sofisticados.

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20

As fundamentações teóricas tem como principal referência a aprendizagem significativa

proposta por David Ausubel e aprofundamento dado por Marco Antônio Moreira.

Fundamentando sobre sequências de ensino, tendo como referência Dolz (2004), Schneuwly

(2004), Noverraz (2004) e Zabala (1998). Sobre utilização de experimentos em sala de aula,

tendo como referência Nélio Bizzo (2002), Gaspar (2009), Araujo (2003), Amaral (1997),

Delizoicov (1991), Grandini (2004), Borges (2002). Sobre laboratórios de baixo custo, tendo

como referência Tissander (1893) e White (1996). Sobre transposição didática, tendo como

referência Verret (1975), Chevallard (1991), Alves (2002). Sobre aprendizagem significativa,

tendo como referência David Ausubel e Marco Antônio Moreira. E citações dos Parâmetros

Curriculares Nacionais.

As fundamentações físicas foram elaboradas de forma a conter explicações físicas

detalhadas e a nível do ensino superior, sendo consultados seis livros: Princípios de Física, dos

autores Raymond Serway e John Jewett; Física IV, dos autores Hugh Young e Roger Freedman;

Física 4, dos autores David Halliday, Robert Resnick e Kenneth Krane; Óptica, do autor russo

Grigory Samuiluich Landsberg; Física, dos autores José Sampaio e Sérgio Calçada. Com essas

ótimas fontes de pesquisa, foram desenvolvidas explicações físicas sobre os cinco conceitos de

óptica geométrica e cada um dos 27 experimentos deste trabalho.

A metodologia consiste em seguir 9 etapas da sequência de ensino criada neste trabalho

para aplicar 25 experimentos em sala de aula. Esta sequência é uma metodologia completa de

aulas que professores devem utilizar para ministrarem aulas práticas de óptica geométrica para

turmas do ensino fundamental. Para isso, foi elaborada uma única sequência didática comum a

todos os experimentos abordados na seguinte ordem: pergunta motivadora (sempre um

questionamento simples para analisar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o que será

abordado), contextualizar (exemplos de aplicação daquele conceito no dia a dia dos alunos),

descrever o experimento (descrição resumida sobre a proposta do experimento), citar materiais

utilizados (lista dos materiais que foram utilizados para confeccionar os experimentos),

confeccionar o experimento (passo a passo com fotos e orientações em forma de texto para cada

experimento), aplicar o experimento (orientações de como aplicar o experimento em sala de

aula), fundamentar (sugestões de explicações físicas adaptadas à linguagem que alunos do

ensino fundamental possam entender o conceito de cada experimento), avaliar o aprendizado

(avaliação se os alunos aprenderam o assunto) e estimular o conhecimento (sugestões de como

motivar os alunos a pesquisarem mais sobre o assunto e aprenderem cada vez mais).

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A partir da aplicação do produto educacional para turmas do ensino fundamental em

uma escola pública da cidade de Juazeiro do Norte/CE, foram obtidos resultados desse trabalho.

E objetivando obter conclusões mais abrangentes sobre a aplicação do produto, o mesmo foi

aplicado em diversas situações diferentes e para públicos variados como: Semana de Física da

Universidade Regional do Cariri (público em geral da universidade e de escolas públicas e

particulares), aula numa escola particular em Juazeiro do Norte/CE (para turma regular do 9º

ano do ensino fundamental), palestra para mais de 150 pessoas no Instituto Federal de

Salgueiro/PE (apresentação do livro e demonstrações dos experimentos descritos no livro;

público em geral, alunos e professores do instituto em questão), feira de ciências numa escola

pública do estado do Ceará (turmas do ensino fundamental) e aula no laboratório de Física da

Universidade Regional do Cariri a convite do meu orientador ministrou a disciplina de

experimental, pelo Mestrado Nacional Profissional no Ensino de Física).

As análises de resultados foram feitas de forma quantitativa, através da comparação de

número de respostas corretas obtidas no questionário inicial, aplicado antes de iniciar a

sequência de ensino, e no questionário intermediário, após seguidos todos os passos do livro,

bem como a aplicação dos experimentos; e qualitativa, mediante respostas objetivas sobre a

opinião dos alunos sobre a sequência de ensino proposta neste trabalho e sobre a aplicação de

experimentos em sala de aula.

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22

2 FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS

Conforme o título do produto educacional “Sequencias de ensino sobre experimentos

ópticos de baixo custo transpostos didaticamente ao ensino fundamental”, seguirão

fundamentos teóricos relativos à utilização de experimentos em sala de aula, laboratórios de

baixo custo, transposição didática. Tendo David Ausubel como principal teórico, seguirão

fundamentos relativos à aprendizagem potencialmente significativa.

2.1 Sequências de ensino

A sequência de ensino do produto educacional deste trabalho foi organizada em 9 passos

padrão a aplicado nos 25 experimentos abordados. Neste contexto, Dolz e Schneuwly (2004,

p.97) descrevem sequência didática como “[...] uma sequência de módulos de ensino,

organizados para melhorar determinada prática de linguagem [...]” e complementa que tem

como objetivo “[...] confrontar os alunos com práticas de linguagem historicamente construídas,

os gêneros textuais, para lhes dar a possibilidade de reconstruí-las e delas se apropriarem”.

Objetivando desenvolver uma sequência de ensino facilmente aplicável em sala de aula,

foram organizados pontos importantes a serem abordados em aulas práticas de forma a criar

uma sequência lógica em que todas as fases da sequência estivessem interligadas, conforme cita

Oliveira (2013, p.39) “[...] conjunto de atividades conectadas entre si, e prescinde de um

planejamento para delimitação de cada etapa e/ou atividade para trabalhar os conteúdos

disciplinares de forma integrada para uma melhor dinâmica no processo ensino aprendizagem”.

A sequência deste trabalho inicia com uma pergunta motivadora, com o objetivo de

analisar os conhecimentos prévios dos alunos e finaliza com algum tipo de estímulo para que

os mesmos pesquisem mais sobre o assunto, pois é importante que na sequência didática esteja

claro o início e o fim do método a ser aplicado em sala de aula, conforme Zabala (1998, p. 18)

cita: “[...] um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de

certos objetivos educacionais, que têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelos

professores como pelos alunos”.

É interessante que as sequências didáticas sejam elaboradas de forma a explorar diversos

meios de trabalhar conceitos com os alunos, por isso foram abordados vários experimentos

sobre cada um dos conceitos de óptica geométrica abordado. E, apesar da sequência de ensino

ser a mesma para todos os experimentos, cada capítulo tem orientações diferenciadas para

professores utilizarem em sala de aula, conforme Zabala (1998, p.54) destaca a importância de

“[...] introduzir nas diferentes formas de intervenção aquelas atividades que possibilitem uma

melhora de nossa atuação nas aulas [...]”.

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A estrutura de uma sequência didática, ela é composta por apresentação da situação,

produção inicial; módulos de atividades e produção final (Dolz, Noverraz, Schneuwly, 2004, p.

98). Fazendo um paralelismo com as sequências de ensino deste trabalho, a fase de apresentação

da situação, é feita com um uma pergunta motivadora simples; a fase de produção inicial, é feita

com a contextualização e descrição do experimento; a fase de módulos, são feitas por citações

dos materiais utilizados para confeccionar os experimentos, orientações de como aplicar os

experimentos em sala de aula e abordar com os alunos as fundamentações relativas a cada

experimento; e a produção final, é feita com avaliação do aprendizado do aluno após serem

aplicados os experimentos e obtidas as devidas explicações físicas e com estímulo para os

discentes continuarem pesquisando sobre os assuntos abordados.

A última fase da sequência de ensino, que orienta professores a estimular o

conhecimento dos alunos, propondo atividades diversas para que os alunos façam, conforme

Brasil (2012, p. 21) “Ao organizar a sequência didática, o professor poderá incluir atividades

diversas como leitura, pesquisa individual ou coletiva, aula dialogada, produções textuais, aulas

práticas [...]”.

2.2 Utilização de experimentos em sala de aula

Mesmo o experimento sendo muito bem elaborado, o papel do professor é de extrema

importância para acompanhar se o experimento está sendo desenvolvido de forma correta, se

precisa de alguma correção por conclusões erradas por parte dos alunos e, se necessário, prestar

explicações ou até mesmo propor um novo experimento que seja mais fácil de o aluno entender

o conceito que pretende ser transmitido, conforme Bizzo (2002, p. 74) afirma “[...] o

experimento, por si só não garante a aprendizagem, pois não é suficiente para modificar a forma

de pensar dos alunos, o que exige acompanhamento constante do professor [...]”.

Já durante a aplicação de experimentos, é possível analisar se os alunos estão

assimilando os conceitos propostos, dependendo da reação deles e de suas opiniões sobre o que

está acontecendo durante a prática. Esta interação do aluno com os experimentos gera respostas

mais fieis em relação ao aprendizado do aluno sobre o assunto, pois ele fala o que vem em

mente no momento em que está observando o acontecimento.

O simples fato de aplicar experimentos em sala de aula para demonstrar conceitos físicos

possibilita que os alunos tirem suas próprias conclusões, pois é possível observar o o resultado

de cada experimento, conforme Gaspar (2009, p. 25) destaca vantagens de aulas experimentais:

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“A primeira vantagem que se dá no decorrer de uma atividade experimental é o fato de o aluno

conseguir interpretar melhor as informações”.

Atividades experimentais tornam a aula mais interessante, não somente para os alunos,

mas também para os professores e, quando aplicadas ao ensino de Física, a resposta é ainda

mais positiva, conforme Araújo e Adib (2003, p. 02) “[...] o uso de atividades experimentais

como estratégia de ensino de Física tem sido apontado por professores e alunos como uma das

maneiras mais frutíferas de se minimizar as dificuldades de aprender e de se ensinar Física de

modo significativo e consistente”.

A observação de fenômenos durante a execução de um experimento faz com que os

alunos confrontem seus conhecimentos prévios com o que eles estão observando acontecer,

estimulando conflitos cognitivos no que diz respeito ao que os alunos achavam sobre tal

fenômeno e o que realmente acontece na prática, conforme Amaral (1997, p. 14) cita “[...] criar

situações que agucem os conflitos cognitivos no aluno, colocando em questão suas formas

prévias de compreensão dos fenômenos estudados; representar, sempre que possível”.

Demonstrações experimentais iniciadas no ensino fundamental, são muito interessantes,

pois, geralmente, os conceitos apresentados aos alunos ainda é algo novo e que tentarão associar

com algum conhecimento já visto por eles no dia a dia, podendo verificar que os conceitos que

são possíveis de serem observados através dos experimentos tem aplicação real em suas vidas,

conforme Gaspar e Monteiro (2005, p.232): “A atividade de demonstração experimental em

sala de aula, particularmente quando relacionada a conteúdos de Física, apesar de fundamentar-

se em conceitos científicos, formais e abstratos, tem por singularidade própria a ênfase no

elemento real, no que é diretamente observável [...]”.

Professores geralmente deparam-se diante de uma situação em que precisa explicar

algum conceito aos alunos e citam exemplos práticos do dia a dia dos mesmos para obter uma

melhor compreensão dos conteúdos. E se esse exemplo prático ao invés de apenas ser citado

verbalmente, ocorrer a demonstração através de algum experimento, é um ótimo recurso que

pode ser utilizado em sala de aula, conforme Delizoicov & Angotti (1991) citam que “[...] a

atividade experimental poderá ser solicitada para configurar os conhecimentos prévios dos

estudantes, para gerar conflitos de interpretação acerca de uma dada situação ou ainda como

decorrência de uma problematização inicial”.

É interessante que o professor, ao aplicar experimentos em sala de aula, adote uma

cultura de valorização dos conhecimentos prévios dos alunos e que possibilite estes construírem

seu próprio conhecimento, tirando suas próprias conclusões, corrigindo sempre que necessário.

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25

Sobre essa postura de valorizar o conhecimento prévio do aluno, Amaral (1997, p. 13) destaca

“[...] o respeito às características do pensamento do aluno e às suas concepções prévias; o

oferecimento de condições para que o aluno elabore o seu próprio conhecimento”.

Por mais novo que determinado conhecimento possa parecer, sempre acrescentará algo

novo, Piaget (1974 apud MARTIN, 2007) destaca-se: “A aprendizagem não parte nunca do

zero, a formação de um novo hábito se diferencia a partir de esquemas anteriores que é função

de todo o passado desses esquemas, onde o conhecimento adquirido por aprendizagem nunca é

puro registro [...]”.

Aulas experimentais possibilitam que os alunos participem mais ativamente tendo um

contato mais direto com os fenômenos abordados, estimulando a curiosidade de testar novas

possibilidades de aplicar os experimentos, além de verificar os resultados de forma real,

conflitando com o que foi aprendido na teoria, conforme Grandini (2004, p. 252), cita: O

laboratório didático propicia aos alunos uma vivência e manuseio de instrumentais, que lhes

permitem conhecer diversos tipos de atividades, podendo estimular-lhes a curiosidade e a

vontade em aprender a vivenciar ciência.

Ainda nesse contexto de novas possibilidades de aplicar os experimentos estimula nos

alunos o poder de solucionar problemas buscando novos caminhos, realizando os experimentos

de forma diferente e verificando se influenciou no resultado final, ampliando assim seu

horizonte no que diz respeito à criatividade e estratégias de soluções de problemas, conforme

Alves (2002, p. 4), cita: “[...] Diferentes exercícios e diferentes caminhos para solução

oferecerão condições ao estudante no desenvolvimento de táticas e estratégias que possam ser

utilizadas em outras situações”.

É notória a ligação forte entre conhecimentos adquiridos através da aplicação de

experimentos e conhecimentos adquiridos de forma teórica, estudando textos. Logo, é papel do

professor criar meios de demonstrar aos alunos que essa relação tem ligação direta. Para isso, é

preciso buscar, sempre que possível, demonstrar aplicações práticas dos conceitos teóricos,

conforme Borges (2002, p. 298), cita “[...] é necessário que procuremos criar oportunidades

para que o ensino experimental e o ensino teórico se efetuem em concordância, permitindo ao

estudante integrar conhecimento prático e conhecimento teórico”.

2.3 Laboratórios de baixo custo

Diversos pontos positivos podem ser destacados sobre a utilização de experimentos em

sala de aula, como: baixo investimento financeiro para confeccionar os experimentos; despertar

o interesse dos alunos; tornar a aula mais interessante para alunos e professores; estimular o

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lado cognitivo dos alunos; demonstrar conceitos de situações do cotidiano do aluno; possibilitar

reciclar materiais; estimular a conservação do meio ambiente; estimular a interação entre aluno

e professores; e estimular a participação dos alunos nas atividades.

Há algumas décadas, experimentos de baixo curso são utilizados no ensino de Física,

não sendo necessário o uso de equipamentos sofisticados e com baixo custo de aquisição, dando

preferência por utilizar materiais de fácil aceso e de uso comum, destaca-se: “Os experimentos

didáticos denominados de “baixo custo” vêm, há tempos, sendo uma linha de desenvolvimento

de aparelhos e experimentos didáticos muito empregada no ensino de Física”. (TISSANDER,

1893 apud LABURÚ; SILVA; BARROS, 2008, p. 169).

A proposta de serem utilizados materiais de baixo custo para confecção de experimentos

supera diversas dificuldades como a escola necessitar de dispor de sala de aula ampla e com

equipamentos sofisticados, dificuldades financeiras para comprar esses equipamentos, entre

outros motivos. Como solução para este problema, os experimentos de baixo custo, como o

próprio nome induz, não necessita de altos investimentos financeiros para sua aquisição,

conforme White (1996, p. 761) cita “[...] ao imperativo dos laboratórios serem bem equipados,

terem alto custo de aquisição e manutenção, serem obrigados a recorrer a assistentes

especialistas, à necessidade de haver espaço próprio para realização de experimentos”.

2.4 Transposição didática

O termo transposição didática foi utilizado pela primeira vez por Michel Verret, filósofo

e sociólogo francês, nascido em 06 de novembro de 1927 e falecido em 28 de novembro de

2017. Em 1975, Verret introduziu o termo na sua tese de doutorado “Le temps des Études”.

Nesta obra é abordada principalmente a distribuição do tempo destinado às atividades na escola,

ou seja, o tempo dedicado à didática escolar.

Para Verret, transposição didática é a transmissão de um saber que foi adquirido

anteriormente por uma pessoa que ainda não sabe sobre determinado assunto. E esse saber

adquirido passa por transformações antes de ser transmitido a outras pessoas no processo de

transposição didática, como “Transmissão de quem sabe para quem ainda não sabe. De quem

aprendeu para aqueles que aprendem” (Verret, 1975, p.139, tradução nossa).

Verret defendia que a didática era dividida em prática do saber e prática do transmitir e

que, apesar de fazer essa divisão, elas estavam diretamente interligadas entre si, pois uma

dependia da outra. Ele também dividia o saber em duas modificações: os saberes escolares (a

forma de ensinar nas escolas) e não escolares (a forma científica). E também defendia que os

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saberes escolares deveriam haver uma divisão da teoria em ramificações específicas,

originando: “[...] em cada prática deverá ter a separação do saber e da pessoa, isto é, a

despersonalização do saber; a programação de aprendizagens e de controles segundo sequências

fundamentadas que admitam a aquisição progressiva dos saberes [...]”.

Já os saberes não escolares, o autor subdivide em duas ramificações: social e

gnoseolóficos. Verret classifica os saberes sociais não escolares como “os saberes reservados

(saberes esotéricos, saberes iniciáticos) que escapariam da publicidade; os saberes aristocráticos

que escapariam de um controle social publicamente seguindo normas universais que excluem

todo o privilégio setorial” (Verret, 1975, p.147, tradução nossa). E classifica os saberes

gnoseologicamente não escolares como: “Os saberes totais ou com pretensão de totalidade, que

se opõe aos procedimentos analíticos, com suas aprendizagens que resistiriam também as

programações organizadas de forma sequencial [...]”.

Em 1980, o matemático francês Yves Chevallard retoma os estudos sobre a transposição

didática citada inicialmente por Verret, porém de forma mais específica, direcionando seus

estudos para o conceito matemático de distância, transformando o saber sábio em saber

ensinado, através de seu livro “La Transposition Didactique: du Savior Au Savior Enseigné”

que, hoje em dia, é aplicável às demais disciplinas.

Para Chevallard, o saber pode ser classificado em: saber sábio, saber a ser ensinado e

saber ensinado. Cada uma das três classificações do saber tem um público diferente ao qual é

destinado e esse processo de transformação dos saberes é a própria transposição didática

adaptando o modo com o qual determinados conteúdos são transmitidos a depender do público

ao qual está em contexto.

Sobre a transposição didática, Golçalves (2004) cita Chevallard: “[...] O trabalho que

transforma um objeto do saber a ser ensinado em um objeto de ensino, é denominado de

transposição didática” (CHEVALLARD,1991, p. 45, grifo do autor - tradução nossa).

O saber a ensinar é o fruto de uma transposição didática sofrida pelo saber sábio, com o

objetivo de adaptar a linguagem contida nos livros acadêmicos para livros que serão aplicados

em sala de aula de modo que os alunos entendam os conteúdos. No produto vinculado a este

trabalho aconteceu justamente desta forma, as fundamentações físicas foram interpretadas a

partir de livros do ensino superior e passadas para o produto de forma que professores que dão

aulas em turmas do ensino fundamental possam aplicar em sala de aula.

A terceira fase da transformação do saber é o saber ensinado, que é como o

conhecimento deve ser passado aos alunos de forma que eles entendam mais facilmente, porém

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sem fugir muito do saber a ser ensinado que consta nos livros didáticos. Objetivando transmitir

o conhecimento em sala de aula da melhor forma, a construção do saber ensinado é fruto da

contribuição de professores, alunos instituições sociais, econômicas políticas e educacionais,

constituindo um sistema de ensino.

2.5 Aprendizagem significativa

David Paul Ausubel, nascido em Nova Iorque dia 25 de outubro de 1918 e falecido dia

09 de julho de 2008, foi médico, psiquiatra, professor, escritor e defendia o cognitivismo que

analisa mecanismos internos da mente humana relacionados com o aprendizado, valorizando o

conhecimento prévio do aluno.

Ausubel em 1963 publicou “The Psychology of Maningful Verbal Learing”, em 1968 o

livro “Educacional Psychology: a cognitive view”, em 2000 publicou “The Acquisition and

Retention of Knowledgs: a Cognitive View”, sempre defendendo a Teoria da Apredizagem

Significativa e valorização do cognitivismo.

Para Ausubel, a aprendizagem significativa ocorre quando uma nova informação tem

relação com algum conhecimento prévio da pessoa. Essa interação entre conhecimento prévio

e nova informação, configura o conceito de subsunçor que cada pessoa possui. Moreira (2012,

p. 6) sintetiza com excelência o conceito de subsunçor “[...] é o nome que se dá a um

conhecimento específico, existente na estrutura de conhecimentos do indivíduo, que permite

dar significado a um novo conhecimento que lhe é apresentado ou por ele descoberto”.

Esta é a grande importância de se formar um conhecimento de qualidade nos alunos

desde o ensino fundamental, pois desde a criação nos primeiros conceitos corretos. Sobre a

formação inicial dos subsunçores, Ausubel (20013) cita que “[...] a aprendizagem mecânica é

sempre necessária quando um indivíduo adquire informações em uma área de conhecimento

completamente nova para ele [...]”.

Ainda sobre a aprendizagem significativa já enquanto formação do conhecimento

prévio, Moreira (2011) cita que é “[...] o processo através do qual uma nova informação (um

novo conhecimento) se relaciona de maneira não arbitrária e substantiva (não-liberal) à

estrutura cognitiva do aprendiz”. Para Moreira, o aluno detém informações em sua estrutura

cognitiva, constituindo seu conhecimento prévio sobre determinados assuntos que são somados

a informações novas, resultando num aprendizado significativo dessa nova informação.

Segundo Moreira (2011, p.161), a aprendizagem significativa: “É um processo por meio do

qual uma nova informação relaciona-se com um aspecto especificamente relevante da estrutura

de conhecimento do indivíduo [...]”.

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Moreira define que essa maneira não-arbitrária de relacionar conhecimento prévio

relevantes com novos conhecimentos que são adquiridos são incorporados à estrutura cognitiva

é a substância de novas ideias configurando uma aprendizagem significativa. Moreira (1997,

p.2) define não-arbitrariedade: “[...] quer dizer que o material potencialmente significativo se

relaciona de maneira não-arbitrária com o conhecimento já existente na estrutura cognitiva do

aprendiz”. E substantividade como “[...] o que é incorporado à estrutura cognitiva é a substância

do novo conhecimento” (Moreira, 1997, p. 2).

Ausubel classifica a aprendizagem significativa em três tipos: aprendizagem

representacional, que é a atribuição de conceitos a partir de símbolos ou palavras, configurando

uma associação simbólica primária; aprendizagem de conceito, que é uma extensão da

aprendizagem representacional, porém com sentido mais elaborado dos símbolos e seus

significados; e aprendizagem proposicional, que por sua vez é uma extensão da aprendizagem

de conceitos, pois não se limita apenas a conceitos isolados de palavras separadas, mas sim, do

contexto da proposição da frase que a compõe.

Segundo Ausubel, a aprendizagem também pode ser classificada, hierarquicamente, em

três tipos, dependendo da subordinação de um novo conhecimento em relação ao conhecimento

prévio: a aprendizagem subordinada, é quando conceitos significativos ficam subordinados a

conceitos mais gerais; aprendizagem derivativa, é quando um conceito novo é apenas uma

variação de um conhecimento já existente; aprendizagem correlativa, é quando um conceito

novo é apenas extensão ou quantificação de conceitos aprendidos anteriormente.

Ausubel define também a aprendizagem superordenada, como não sendo subordinada,

pois acontece quando um novo conceito é mais abrangente que possa se sobrepor às preposições

já existentes, destacando a unificação e reconciliação integradora desses conceitos. E define

também uma aprendizagem que não é subordinada nem superordenada, mas sim significativa

combinatória, pois os novos conhecimentos nem são subordináveis, nem são capazes de

subordinar a conhecimentos prévios, são fruto da combinação de conhecimentos independentes.

Uma vez incorporado um novo conhecimento, este passa por uma modificação na mente

da pessoa. Ausubel classifica esse processo de mudança por: diferenciação progressiva,

acontece na aprendizagem significativa subordinada, pois inicialmente um novo conhecimento

é apresentado e depois são assimilados progressivamente novos conceitos diferentes;

reconciliação integrativa, acontece na aprendizagem superordenada ou na combinatória, pois,

novos conhecimentos podem ser reconhecidos e ser relacionados com conhecimentos prévios,

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havendo discrepância entre esses conhecimentos, são analisados similaridades e diferenças e

então reconciliadas num novo conhecimento significativo.

2.6 Parâmetros Curriculares Nacionais

É cada vez mais importante que o ensino acompanhe a evolução da sociedade

contemporânea, necessitando uma maior contextualização dos assuntos e possibilitando assim

lidar com as disciplinas estudas na escola, tenha aplicação no dia a dia dos alunos, conforme os

Parâmetros Curriculares Nacional: “[...] Os objetivos do Ensino Médio em cada área do

conhecimento devem envolver, de forma combinada, o desenvolvimento de conhecimentos práticos,

contextualizados, que respondam às necessidades da vida contemporânea” (BRASIL, 2000).

A proposta de serem utilizados experimentos em sala de aula é muito interessante pois

incentiva a participação dos alunos, tanto acompanhando um roteiro a ser seguido para

aplicação do experimento, como também na observação do desenvolvimento e conclusões

obtidas através dos resultados obtidos.

Mesmo que o roteiro a ser seguido pelos professores para desenvolver os experimentos

seja algo bem definido, conforme consta no PCN “Frequentemente, o experimento é trabalhado

como uma atividade em que o professor, acompanhando um protocolo ou guia de experimento,

procede à demonstração de um fenômeno” (BRASIL, 2000). Por isso, é importante incentivar

que os alunos participem ativamente da aula, manuseando os materiais, interagindo com os

demais colegas para a utilização correta dos materiais, conferindo se o resultado foi satisfatório.

E mesmo que o resultado não seja satisfatório, o experimento tem sua contribuição por

estimular os alunos a analisarem o motivo pelo qual o resultado não foi conforme esperado, se

aconteceu algum erro, se o experimento foi montado de forma incorreta, se foi manuseado de

forma errada, ou quais fatores podem ter influenciado no resultado, conforme consta no PCN

“Não existe experimento que não dê certo. Quando os resultados diferem do esperado,

estabelecido pelo protocolo ou pela suposição do aluno, deve-se investigar a atuação de alguma

variável, de algum aspecto ou fator que não foi considerado em princípio [...]” (BRASIL, 2000).

A participação dos alunos na elaboração dos roteiros de experimento é muito importante

pois são eles que utilizarão de forma mais ativa os experimentos. E como os roteiros são

destinados aos alunos, sua participação é importante como forma de analisar se o roteiro está

bem feito, se o experimento é montado e aplicado de forma mais satisfatória para um bom

entendimento do assunto proposto.

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2.7 Diretrizes Curriculares Nacionais

Em novembro de 2018, foi aprovada a atualização das Diretrizes Curriculares Nacionais

para o Ensino Médio, observadas as alterações introduzidas na LDB pela Lei nº 13.415/2017.

Com a intelecção dessa clara orientação da LDB, esta Câmara de Educação Básica do Conselho

Nacional de Educação definiu as primeiras Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino

Médio, pela Resolução CNE/CEB nº 3/1998.

De acordo com o artigo 4º da resolução CNE/CEB nº 3/1998, define propostas

pedagógicas a serem implementadas no ensino médio estabelecidas por lei. No contexto de

utilização de experimentos em sala de aula, destaca-se o item IV deste:

Domínio dos princípios e fundamentos científico-tecnológicos que presidem a produção moderna de bens, serviços e conhecimentos, tanto em seus produtos como em seus processos, de modo a ser capaz de relacionar a teoria com a prática e o desenvolvimento da flexibilidade para novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores.

No artigo 5º desta mesma resolução, são determinados alguns pontos que as escolas

precisam adotar na organização de seus currículos, para cumprir as finalidades do ensino médio

previstas em lei. Então destaca-se o item III: “ Adotar metodologias de ensino diversificadas,

que estimulem a reconstrução do conhecimento e mobilizem o raciocínio, a experimentação, a

solução de problemas e outras competências cognitivas superiores”.

Uma evidência que este trabalho está em congruência com as novas diretrizes, destaca-

se o item I do artigo 9º define sobre transposição didática e utilização de experimentos: “ Na

situação de ensino e aprendizagem, o conhecimento é transposto da situação em que foi criado,

inventado ou produzido, e por causa desta transposição didática deve ser relacionado com a

prática ou a experiência do aluno a fim de adquirir significado”.

Sobre a proposta pedagógica das unidades escolares que ofertam o ensino médio, o item

VI do artigo 27 destaca: “articulação entre teoria e prática, vinculando o trabalho intelectual às

atividades práticas ou experimentais”.

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3 FUNDAMENTAÇÕES FÍSICAS

Neste capítulo, serão apresentadas explicações físicas sobre cada experimento

desenvolvido no produto educacional “Experimentos ópticos de baixo custo transpostos

didaticamente ao ensino fundamental”.

A óptica geométrica é muito interessante de ser abordada logo no ensino fundamental

pois é possível confeccionar diversos experimentos utilizando materiais de baixo custo, além

de abordar conceitos fundamentais para outros assuntos mais complexos da Física.

A grande contribuição de James Clerk Maxwell foi mostrar que um raio luminoso é uma

onda progressiva de campos elétricos e magnéticos – uma onda eletromagnética – e que a

óptica, o estudo da luz visível, é um ramo do eletromagnetismo. (HALLIDAY; RESNICK;

WALKER, 2009, p. 02). Até a época de Isaac Newton, a maioria dos cientistas imaginava que

a luz fosse constituída por um feixe de minúsculas partículas (chamadas de corpúsculos)

emitidas por fontes de luz. (YOUNG; FREEDMAN. 2009, p. 01)

Em 1678, Christiaan Huygens, mostrou que o modelo ondulatório da luz também pode

explicar as leis da reflexão e da refração. A primeira demonstração da natureza ondulatória da

luz foi fornecida em 1801 por Thomas Young, que mostrou que, sob circunstâncias apropriadas,

a luz apresenta o comportamento de interferência. Muitos anos depois, um físico francês,

Augustin Fresnel, realizou várias experiências sobre interferência. Em 1850, Jean Foucault

forneceu uma evidência adicional. Outros desenvolvimentos durante o século XIX conduziram

à aceitação geral do modelo ondulatório da luz. O mais impressionante desses experimentos foi

o efeito fotoelétrico, descoberto por Hertz, no qual os elétrons são emitidos de um metal quando

sua superfície é exposta à luz. (RAYMOND; JOHN. 2004, p. 983)

Um raio é uma linha reta traçada ao longo da direção de propagação de uma única onda,

mostrando a trajetória da onda enquanto ela se propaga no espaço. (RAYMOND; JOHN. 2004,

p. 984). O ramo da óptica em que a abordagem por meio de raios é mais adequada denomina-

se óptica geométrica. (YOUNG; FREEDMAN, 2009, p. 04). A óptica geométrica trabalha com

o conceito de raios luminosos isolados que se submetem às conhecidas leis de refração e

reflexão e que são independentes entre si. (LANDSBERG. 1976, p. 288)

3.1 Introdução

3.1.1 Propagação da luz

De acordo com a lei da propagação retilínea da luz, tem-se que em um meio homogêneo

e transparente, a luz propaga em linha reta. Objetivando demonstrar este conceito, foram

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utilizados alguns materiais planos, homogêneos e transparente sendo apontado feixe de raio

laser, possibilitando verificar que o feixe de luz se propaga de forma retilínea.

Este fenômeno ocorre num meio ordinário, que, por sua vez é transparente (permite a

passagem da luz em trajetórias bem definidas), homogêneo (apresenta as mesmas

características em todos os elementos que o compõe) e isotrópico (a velocidade de propagação

da luz e as demais propriedades ópticas independem da direção em que é realizada a medida),

situações necessárias para o feixe de luz seja propagado retilineamente.

Este conceito já era bem conhecido antigamente, como Landsberg cita que esta lei já se

encontra em uma obra sobre óptica, que se atribui a Euclides (300 anos antes de Cristo) e

possivelmente era conhecida e utilizada muito antes. (LANDSBERG. 1976, p. 01)

3.1.2 Reversibilidade da luz

É possível evidenciar este fenômeno quando a pessoa está no banco do motorista de um

carro e conversa com algum passageiro que está sentado no banco atrás que seja possível um

enxergar o outro. Da mesma forma que a luz é refletida dos olhos do passageiro que está atrás,

reflete no espelho e chefa aos olhos do motorista, a luz refletida dos olhos do motorista, reflete

no espelho e chega aos olhos do passageiro.

Outra maneira de demonstrar este conceito é sendo utilizados dois lasers pointers,

fazendo com que o raio incidente produzido por um laser pointer coincida com o raio refletido

do outro laser pointer. É possível verificar que da mesma forma que um raio de luz pode partir

de um ponto A, chegando a um ponto B, passando por um ponto C, um raio também pode partir

de um ponto C, chegando a um ponto A, passando por um ponto C.

Landsberg (1976) cita a lei da independência dos raios luminosos. Um feixe luminoso

pode decompor-se em vários raios de luz separados. A ação de cada um desses raios luminosos

resulta ser independente, ou seja, o efeito produzido por um deles não depende de sua ação

simultânea de outros raios. (LANDSBERG. 1976, p. 10). O raio se propaga a partir do lado

esquerdo superior, reflete-se no espelho e desloca-se, então para o ponto na parte superior

direita, seguiria a mesma trajetória para alcançar o mesmo ponto na parte superior à esquerda.

(RAYMOND; JOHN. 2004, p. 987)

3.1.3 Independência dos raios da luz

Este experimento é bem simples de ser demonstrado, para isso, foram utilizados lasers

pointers de cores diferentes para facilitar a visualização de que, após os raios dos lasers tiverem

suas trajetórias cruzadas, os raios continuam suas trajetórias independentes uma da outra. De

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acordo como o princípio da independência dos raios, tem-se que quando os raios de luz se

cruzam, estes seguem suas trajetórias independentes uns dos outros. Isto acontece pelo fato de

que os fótons de luz não interagem entre si.

3.1.4 Fontes primárias e secundárias

Para demonstrar esses conceitos, foi utilizado um laser pointer como uma fonte de luz

primária, pois é dela que partem os feixes de luz e o objeto para o qual foram direcionados esses

feixes é uma fonte secundária de luz. Outros exemplos interessantes são o Sol e as estrelas, pois

eles têm luz própria, logo, são fontes primárias de luz. A Lua, ela é uma fonte secundária de

luz, pois apenas reflete a luz transmitida pelo Sol. Definem fontes primárias como corpos

luminosos que produzem a luz que enviam, como o sol, a chama de uma vela ou filamento de

uma lâmpada incandescente acesa e fontes secundárias como corpos iluminados que não

produzem luz, eles enviam para os nossos olhos a luz que recebem de um corpo luminoso.

(SAMPAIO; CALÇADA, 2004, p. 272)

3.1.5 Sombra e penumbra

Estes conceitos podem ser demonstrados de forma prática utilizando uma lanterna,

algum objeto que sirva como obstáculo para a luz e algum anteparo para que a sombra e a

penumbra sejam projetadas sobre ele. Os feixes de luz partindo de uma fonte pontual,

interceptando um objeto opaco, originará sombra após este objeto e sobre o anteparo. Já os

feixes de luz partindo de uma fonte extensa, originarão sombra e penumbra.

Outra evidência da propagação retilínea da luz é a formação de sombras. Por causa da

propagação retilínea da luz, entre a esfera e a placa há uma região que não recebe a luz originada

a partir de um ponto puntiforme, formando-se uma sombra projetada no anteparo. E quando a

fonte de luz é extensa, entre uma esfera e o anteparo teremos duas regiões: uma em que não há

luz proveniente da fonte – a sombra – e a outra que recebe apenas uma parte da luz vinda da

fonte – a penumbra. (SAMPAIO; CALÇADA, 2004, p. 274)

3.1.6 Meios transparentes, translúcidos e opacos

Conceitos que podem ser facilmente demonstrados utilizando três tipos de prato: um

transparente, sendo possível visualizar perfeitamente a régua atrás dele; um translúcido, sendo

possível perceber a silhueta da régua, porém sem riqueza de detalhes; e um prato totalmente

opaco, que não permite visualizar a régua. Meio transparente quando permitem a passagem da

luz de modo que podemos ver claramente os objetos através dele; meios translúcidos quando

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permitem a passagem de parte da luz, através dele percebemos certa luminosidade e, às vezes,

até a silhueta dos objetos, mas não os enxergamos com nitidez; meios opacos quando não

permitem que a luz se propague através dele. (SAMPAIO; CALÇADA, 2004, p. 273)

3.1.7 Câmara escura

Este experimento tem como objetivo demonstrar a formação de imagens. De acordo

com o princípio da propagação retilínea da luz, os raios luminosos que atingem o objeto e

passem pelo orifício da câmara sejam projetados no anteparo fotossensível paralelo ao orifício.

Trata-se de uma caixa de paredes opacas com um pequeno orifício em uma das paredes.

Um objeto AB de altura y é colocado em frente ao orifício. Tomemos um ponto qualquer desse

objeto. Esse ponto emite luz em todas as direções, mas um feixe estreito passa pelo orifício,

atingindo a parede oposta e formando uma minúscula área luminosa, com a mesma forma do

orifício, em torno do ponto A´. O mesmo ocorre com o ponto B e com todos os outros pontos

do objeto, de modo que obteremos nessa parede uma figura semelhante ao objeto, chamada

imagem. A qual é invertida em relação ao objeto. (SAMPAIO; CALÇADA, 2004, p. 275)

A relação entre o objeto, imagem projeta e suas respectivas distâncias referentes ao

orifício, é da seguinte forma: [(altura da imagem)/(altura do objeto)] = [(distância entre o

orifício e a imagem)/(distância entre o orifício e o objeto)]. Sobre o experimento da câmara

escura, Landsberg (1976) cita que “A lei da propagação retilínea da luz pode-se considerar

solidamente estabelecida neste experimento”. Quando o autor cita sobre o experimento da

câmara escura. (LANDSBERG, 1976, p. 10)

3.2 Reflexão

Objetivando demonstrar na prática conceitos relacionados com a reflexão da luz, foram

desenvolvidos 3 experimentos interessantes: incidência e reflexão; fibra óptica e levitação.

Conforme Landberg (1976) “o raio incidente, a reta normal à superfície refletora e o raio

refletido se encontram em um mesmo plano, com a particularidade de que os ângulos entre os

raios e a reta normal são iguais entre si: o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão”.

(LANDSBERG. 1976, p. 11)

Lei da reflexão: o raio refletido está no plano de incidência tem um ângulo de reflexão

igual ao ângulo de incidência. (HALLIDAY; RESNICK; WALKER. 2009, p. 14). O ângulo de

reflexão é igual ao ângulo de incidência para todos os comprimentos de onda e para qualquer

par de materiais (YOUNG; FREEDMAN, 2009, p. 06). Quando a superfície de separação entre

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os dois meios é plana e muito lisa, um feixe de raios paralelos reflete-se de modo que os raios

refletidos são também paralelos. É a chamada reflexão regular, que ocorre, por exemplo,

quando a luz incide num objeto metálico bem polido. No caso em que a superfície é áspera, os

raios refletidos não paralelos e há um espalhamento da luz refletida em todas as direções.

Dizemos então que a reflexão é difusa, e é graças a ela que enxergamos os objetos. (SAMPAIO;

CALÇADA, 2004, p. 277)

Deduzindo a Lei da reflexão a partir do princípio de Huygens, que pode ser enunciado

da seguinte forma: todos os pontos em uma frente de onda podem ser considerados como fontes

pontuais para a produção de ondas esféricas secundárias. Após um tempo t, a nova posição de

uma frente de onda é a superfície tangente a essas ondas esféricas secundárias. Provando que o

princípio de Huygens é aplicado à Lei da reflexão, inicialmente é proposto que seja analisado

uma situação com que três frentes de onda em uma onda plana deslocam-se até atingir um

espelho, conforme representado na figura 01.

Figura 01 – Três frentes de onda deslocando-se

Fonte: próprio autor

Conforme mostrado, é possível evidenciar que o ângulo Ɵ1 que o raio de incidência faz

com o espelho é igual ao ângulo que o raio incidente faz com a reta perpendicular ao espelho,

também chamada de reta normal. À medida que essa frente de onda incidente percorre sua

trajetória e intercepta a superfície do espelho, a tendência dessa frente de onda é de ser refletida

pela superfície do espelho, expandindo-se como uma onda esférica de Huygens. Porém, essa

expansão esférica não é possível, pois as ondas são refletidas pela superfície do espelho,

formando novas frente de onda que tangenciam outras frentes de onda, conforme figura 02.

Figura 02 – Novas frente de onda

Fonte: próprio autor

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Essas frentes de onda secundárias geram envoltórias da seguinte forma:

Figura 03 – Frentes secundárias gerando envoltórias

Fonte: próprio autor

Ampliando a figura, temos:

Figura 04 – Verificação dos pontos A e B’

Fonte: próprio autor

Após um certo instante, temos que a frente de onda centrada no ponto A’ chega ao ponto B’,

originando uma nova frente de onda BB’. Analisando geometricamente, temos que os triângulos

ABB’ e BAA’, ambos tem ângulos retos com uma mesma hipotenusa em comum A’B, logo

estes triângulos são congruentes entre si. Conforme figura 05.

Figura 05 – Análise do dos triângulos ABB’ e BAA’

Fonte: próprio autor

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Por consequência, temos que os ângulos de incidência e de reflexão são iguais, provando

assim que a Lei da reflexão também obedece ao princípio de Huygens, conforme figura 06.

Figura 06 – Verificar igualdade dos ângulos

Fonte: próprio autor

Deduzindo a Lei da reflexão a partir do princípio de Fermat, enunciado da seguinte

forma: um raio de luz que se propaga de um ponto fixo para outro ponto fixo, segue uma

trajetória tal que, comparada com trajetórias próximas, o tempo necessário é um mínimo, um

máximo ou permanece inalterado. Tomando como ponto de partida uma situação em que um

raio parte de um ponto A, reflete num ponto B e chega a um ponto C, conforme figura 07.

Figura 07 – Raio refletindo no ponto B

Fonte: próprio autor

Analisando as distâncias entre os pontos e os ângulos de incidência e de reflexão

envolvidos nesta questão, temos:

Figura 08 – Distâncias entre os ângulos

Fonte: próprio autor

O comprimento total percorrido pela luz do ponto A, refletido no ponto B e chegando

ao ponto C, é igual a soma dos comprimentos entre os pontos A e B, somados ao comprimento

entre os pontos B e C. Nomeando de L esse comprimento total, temos:

L = AB + BC

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Analisando o triangulo ABD, temos que a reta AB é a hipotenusa deste triangulo. Logo, pode ser calculada da seguinte forma:

�� = �(��)� + (�)�

Como: AD = a e DB = x

Temos: �� = ��� + �

Da mesma forma, analisando o triângulo CED, temos que a reta BC é a hipotenusa deste

triangulo. Logo, pode ser calculada da seguinte forma:

�� = �(��)� + (��)�

Como: BE = (d – x) e CE = b

Temos: �� = �(� − )� + ��

Logo: L = AB + BC

Como: �� = ��� + � e �� = ��� + (� − )�

Temos: � = ��� + � + ��� + (� − )�

De acordo com o princípio de Fermat, o ponto B terá uma posição tal que o intervalo de

tempo (t = L/c) do percurso da luz deve ser um mínimo, um máximo ou inalterado. E isso ocorre

quando (dt/dx) = 0. Derivando os dois lados, temos:

dtdx

=1c

dLdx

Como: � = ��� + � + ��� + (� − )�

Temos: ����

= ��

�(��2+ 2+��2+(�− )2)

��

dtdx

=1

2c(�2 + 2)

−12. 2 +

12c

[�2 + (d − )2]−

12. 2. (� − ). (−1) = 0

(�2 + 2)−

12 . 2

2c =

[�2 + (d − )2]−

12. 2. (� − )

2c

Simplificando, temos:

(�� + �)$�� = [�� + (d − )�]$�

�. (� − )

��2 + 2 =

(� − )

��2 + (� − )2

Como: �� = ��� + � e �� = ��� + (� − )�

Temos:

%& =

(�− )

&'

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Analisando a geometria deste problema, temos que o triângulo ABD, tem como cateto

oposto ao ângulo ƟA a reta DB representada por x e como hipotenusa a reta AB; e que o triângulo

CDE, tem como cateto oposto ao ângulo Ɵc a reta BE representada por (d-x) e como hipotenusa

a reta BC, sendo possível verificar que o senƟA = x/AB e que senƟc = (d-x)/BC, conforme

demonstrado na figura 09.

Figura 09 – Análise da geometria dos triângulos

Fonte: próprio autor

Temos:

%& =

(�− )

&'

Como: senƟA = -�� e senƟc =

(.$-)

��

Temos: senƟA = senƟc

Logo: ƟA = Ɵc

Como ƟA é representado como o ângulo de incidência e ƟC como o ângulo de reflexão,

temos que o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão, provando a Lei da reflexão a

partir do princípio de Fermat.

3.2.1 Incidência e reflexão

Através deste experimento, é possível verificar, conceitos básicos sobre reflexão de

feixes de luz que incidem numa superfície espelhada e objetivando ilustrar a terceira lei, que

diz respeito à reflexão da luz, verificar que o raio incidente, a reta normal à superfície refletiva

e o raio refletido encontram-se num mesmo plano, neste caso, representado pela folha de papel.

De acordo com as leis da reflexão, seja um raio de luz que incide num espelho. Para um

raio de luz que incide nesta superfície refletora, existe uma reta normal. Forma-se um ângulo

entre o raio incidente e a reta normal, denominado de ângulo de incidência. O raio refletido pela

superfície refletora forma um ângulo com a reta normal, chamado de ângulo de reflexão. O raio

incidente, a normal e o raio refletido estão situados num mesmo plano. O ângulo de incidência

e o ângulo de reflexão tem o mesmo valor.

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3.2.2 Fibra óptica

Este experimento tem o objetivo de ilustrar o caminho que a luz faz dentro de uma fibra

óptica, possibilitando visualizar as sucessivas reflexões totais que a luz realiza no percurso do

fluxo da água mesmo em trajetos curvos.

A reflexão interna tem muitas aplicações tecnológicas, por exemplo: os médicos podem

examinar o estômago dos pacientes introduzindo dois feixes de fibras ópticas através do

esôfago. A luz aplicada à extremidade de um dos feixes sofre reflexões internas totais ao longo

do percurso de modo que, apesar das fibras seguirem um trajeto curvo, a maior parte da luz

chefa à outra extremidade e ilumina o interior do estômago. Parte da luz refletida pelas paredes

do estômago penetra no outro feixe e segue o caminho inverso, sendo detectada e transformada

em uma imagem em um monitor. (HALLIDAY; RESNICK; WALKER. 2009, p. 18)

A fibra consiste em um número central que muda suavemente até uma acama de

revestimento externo de um material de índice de refração menor. Somente aqueles raios que

são internamente refletidos podem se propagar ao longo da fibra. (HALLIDAY; RESNICK;

KRANE. 2004, p. 17). A luz fica limitada a se propagar dentro da fibra, mesmo ao redor de

curvas suaves, como resultado de sucessivas reflexões internas. Um tubo de luz assim pode ser

flexível se forem usadas fibras finas em vez de fibras grossas – estas são chamadas fibras

ópticas. (RAYMOND; JOHN. 2004, p. 1002)

À medida que o ângulo de incidência é aumentado, chegamos a uma situação para a

qual o raio refratado aponta ao longo da superfície, com o ângulo de refração sendo igual a 90º.

Para ângulos de incidência maiores do que este ângulo crítico, não existe um raio refratado.

(HALLIDAY; RESNICK; KRANE. 2004, p. 16). Dispositivos feitos com fibras ópticas são

amplamente aplicados na medicina em instrumentos chamados de endoscópios, que podem ser

introduzidos em tubos do organismo e são usados para examinar diretamente os brônquios, a

bexiga, o cólon e outros órgãos. (YOUNG; FREEDMAN, 2009, p. 11). As fibras ópticas

também são aplicadas em sistemas de comunicação, nos quais são usadas para transmitir feixe

de laser modulado. (YOUNG; FREEDMAN, 2009, p. 11)

3.2.3 Levitação

Este experimento tem como objetivo despertar o interesse dos alunos pela física através

de um efeito de ilusão de óptica no qual dá impressão de que a pessoa está levitando e, após

realizada a demonstração deste, questionar aos alunos explicações sobre este fenômeno. Trata-

se de reflexo de um objeto, no caso, a perna de quem esteja apresentando o experimento, dando

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a ilusão de que a imagem formada a partir do reflexo da perna em que está de frente à superfície

reflexiva do espelho seria a perna que está atrás do espelho.

Este é um exemplo de ilusão de óptica, usado por mágicos, com a utilização de um

espelho. A caixa é uma estrutura cúbica que contém um espelho plano vertical através de um

plano diagonal da caixa. O pé que você vê está em frente ao espelho e o outro (que parece estar

apoiado no chão) está atrás dele, e você não consegue vê-lo. Quando levanta o pé em frente ao

espelho, seu reflexo também se levanta, fazendo com que a pessoa pareça estar flutuando no ar.

(RAYMOND; JOHN. 2004, p. 1017)

3.3 Refração

Objetivando demonstrar conceitos de refração, foram desenvolvidos 5 experimentos:

holograma caseiro; aquário e laser; efeito monga; espelho do susto e decalcar desenhos.

Para a luz monocromática e um dado par de materiais a e b, separados pela interface, a

razão entre o seno dos ângulos Ɵa e Ɵb, onde esses ângulos são medidos a partir da normal à

superfície, é igual ao inverso da razão entre os dois índices de refração: ƞa.sen Ɵa = ƞb.sen Ɵb

(lei da refração). O resultado experimental, juntamente com a observação de que o raio

incidente, o raio refletido, o raio refratado e a normal à superfície estão sobre o mesmo plano,

constitui a chamada lei da refração ou lei de Snell, em homenagem ao cientista holandês

Willebrord Snell. (YOUNG; FREEDMAN, 2009, p. 06). O ângulo de refração Ɵ2.v1 = senƟ2.v2

= constante, onde v1 é a velocidade da luz no meio 1 e v2 a velocidade da luz no meio 2. A

descoberta experimental dessa relação é creditada geralmente a Willbrord Snell. (RAYMOND;

JOHN. 2004, p. 989)

Lei de refração: o raio está no plano de incidência e tem um ângulo de refração Ɵ2 que

está relacionado com o ângulo de incidência Ɵ1 através da equação n1.senƟ1 = n2.senƟ2, onde

n1 e n2 são constantes adimensionais, denominadas índices de refração, que dependem do meio

onde a luz está se propagando. (HALLIDAY; RESNICK; WALKER. 2009, pag. 14)

Quando a transmissão da luz de um meio para o outro é acompanhado de mudança de

velocidade, dizemos que houve refração da luz. A primeira lei da refração afirma que o raio

incidente, o raio refratado e a normal, no ponto de incidência, estão contidos num mesmo plano

obedecendo a expressão na.sen Ɵa = nb.sen Ɵb. A segunda lei da refração é conhecida pelo nome

Lei de Snell-Descartes podendo ser escrita como vb.senƟa = v1a.senƟb. (SAMPAIO;

CALÇADA, 2004, p. 299).

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Deduzindo a Lei da Refração a partir do princípio de Huygens, temos que analisar três

frentes de onda sucessivas em uma onda plana passando de um meio composto de ar atingindo

uma superfície de vidro, conforme a figura 10.

Figura 10 – Três frentes de onda sucessivas

Fonte: próprio autor

Analisando o ângulo de incidência Ɵ1, pode ser representado desta forma, conforme

provado anteriormente na dedução da Lei da Reflexão, como:

Figura 11 – Análise do ângulo de incidência

Fonte: próprio autor

Analisando uma frente de onda em que no ponto A, esta frente de onda desloca-se até o

ponto B, interceptando a superfície de vidro, representados na figura 12.

Figura 12 – Análise uma frente de onda

Fonte: próprio autor

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Considerando como t1, o tempo necessário para que esta frente de onda parta do ponto

A para o ponto B, pode ser representado na figura 13.

Figura 13 – Analisando o tempo de deslocamento da frente de onda

Fonte: próprio autor

Analisando esta mesma frente de onda, porém num ponto em que propaga-se através do

vidro, sendo refratado no ponto C, representado na figura 14

Figura 14 – Refração no ponto C

Fonte: próprio autor

Esta frente de onda passando de um meio menos refringente para um meio mais

refringente, é possível afirmar que V1 é maior do que V2, conforme a figura 15.

Figura 15 – Análise das velocidades

Fonte: próprio autor

Como v = λ.f e a frequência de onda no ar e no vidro são iguais, durante este intervalo

de tempo analisado, é possível afirmar a seguinte relação:

λ2

V2=

λ1

V1

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Logo:

λ2 = λ1.V2

V1

Analisando a trigonometria dos triângulos ABC e BCD da figura 16.

Figura 16 – Análise da trigonometria dos triângulos

Fonte: próprio autor

É possível afirmar que: senƟ1 = 1�2 e senƟ2 = 1�

2

Então: senƟ1

senƟ2= λ1/X

λ2/5

Simplificando X, temos: senƟ1

senƟ2= λ1

λ2

Temos: senƟ1

senƟ2= V1

V2

Organizando os termos: senƟ1

V1= senƟ2

V2

Multiplicando os dois lados por c e organizando, temos:

6

V1. senƟ1 =

6V2

. senƟ2

Como o índice de refração “n” de um meio é a razão entre a velocidade da luz (c) no

vácuo e a velocidade da luz v naquele meio, conforme:

7 =c

V

Temos que: 71 = c

V1 e 72 = c

V2

Substituindo na expressão: 6

V1. senƟ1 = 8

V2. senƟ2

Temos: 71. senƟ1 = 72. senƟ2

Provando a Lei da Refração a partir do princípio de Huygens.

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Agora deduzindo a Lei da Refração a partir do princípio de Fermet, precisamos

considerar dois pontos fixos A e B em meios diferentes e o ponto C como o ponto em que o

raio incidente refrata para o meio em que se encontra o ponto B, conforme figura.

Figura17 – Raio incidente e refratado

Fonte: próprio autor

Analisando o ângulo de incidência Ɵi, ângulo de refração Ɵr, distância percorrida pelo

raio incidente Li (AC), distância percorrida pelo raio refratado Lr (CB), conforme a figura 18.

Figura 18 – Distância percorrida pelo raio incidente e refratado

Fonte: próprio autor

Considerando d como sendo a distância horizontal entre os pontos A e B e chamando

de x o comprimento do cateto oposto ao ângulo Ɵi. Por consequência, o cateto oposto ao ângulo

Ɵr, é (d - x), conforme figura 19.

Figura 19 – Análise do cateto oposto ao ângulo Ɵr

Fonte: próprio autor

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A distância percorrida pelo raio que se propaga do ponto A, passa pelo ponto C e chega

ao ponto B, pode ser calculado da seguinte forma:

Como a velocidade do raio incidente (Vi) é diferente da velocidade do raio refratado

(Vr), é possível calcular o tempo (t) necessário para este deslocamento:

9 =LiVi

+ LrVr

Como: < = �=

Substituindo: 9 = >?�/@?

+ >A�/@A

= @?.>?�

+ @A.>A�

= @?.>?B@A.>A�

Temos: >�

= @?.>?B@A.>A�

Simplificando: L = ni. Li + nr. Lr

Analisando a geometria do problema, temos a relação �C = ��� + �D�E =

��� + (d − )� . conforme a figura 20.

Figura 20 – Análise do Li e Lr

Fonte: próprio autor

Como: �C = ��� + �D�E = ��� + (d − )�

Temos: � = 7C. ��� + � + 7E. ��� + (d − )�

Como: 9 = >�

Temos: 9 = =F.�GHB-HB=I.�JHB(�$-)H

Como o princípio de Fermat define que o tempo necessário para a luz percorrer o

deslocamento que parte do ponto A, intercepta o ponto C e chega ao ponto B, deve ser um

mínimo (um máximo ou permanecer inalterado).

Temos: @?.��

���GHB-H = @A.�(�$�)

���JHB(�$-)H

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Simplificando, temos: @?.�

�GHB-H = @A.(�$�)

�JHB(�$-)H

Organizando, temos: 7C. ��GHB-H = 7E. �$�

�JHB(�$-)H

Analisando a geometria dos triângulos ACD e BCE, é possível verificar que x é o cateto

oposto ao ângulo Ɵi e que Li é a hipotenusa do triângulo ACD. Da mesma forma, é possível

verificar que (d – x) é o cateto oposto ao ângulo Ɵr e que Lr é a hipotenusa do triângulo BCE,

conforme figura 21.

Figura 21 – Análise de x sendo cateto oposto ao ângulo Ɵi

Fonte: próprio autor

Como: �C = ��� + � e �E = ��� + (d − )�

Temos: senƟi =�

�GHB-H e senƟr =�$�

�JHB(�$-)H

Substituindo, temos: 7C. senƟi = 7E. senƟr

Sendo provada a Lei da refração a partir do princípio de Fermat.

3.3.1 Holograma caseiro

Este experimento tem como objetivo proporcionar a impressão de imagem holográfica

de forma caseira, criando uma ilusão de que se forma uma imagem holográfica, porém,

posteriormente explicado que a imagem que vemos é consequência da imagem ser refletida

para quem esteja de frente ao experimento e refratada através do experimento, dando a

impressão de que formou-se uma imagem holográfica.

3.3.2 Aquário e laser

Este experimento tem como objetivo demonstrar que o trajeto que o raio de luz faz ao

ser refratado de um meio para o outro com índices de refração diferentes, como no caso deste

experimento, o raio de luz partindo do meio composto por ar para o meio que é composto por

água. Para isso, foram utilizados apenas um aquário simples com água e um laser pointer.

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Ao direcionarmos o apontador de laser para superfície da água, é possível observarmos

diversos aspectos. Se direcionarmos perpendicularmente em relação à superfície da água,

praticamente não observamos desvios desse feixe de luz. Ao inclinarmos o apontador, é

possível observar que parte da luz é refletida (intercepta a superfície da água e rebate de volta

à superfície) e outra parte é refratada (atravessa a superfície da água). Pelo fato da água ser um

meio mais refringente do que o ar, o raio refratado sofre maior desvio do que o raio refletido.

3.3.3 Efeito monga

Este experimento tem como objetivo demonstrar o que acontece no espetáculo de circo

no qual uma bailarina se transforma em gorila, possibilitar visualizar fenômenos de reflexão e

refração da luz. Para obter o efeito proposto neste experimento, é necessário utilizar algum

material plano e transparente de modo a permitir que parte dos feixes de luz atravessem e outra

parte seja refletido. Foi verificado que, estrategicamente, o material transparente é colocado a

45º tanto de cada um dos dois personagens, como também do observador.

Inicialmente, sem iluminar o personagem do monstro e ao iluminar o personagem

feminino, parte da luz é refletida pelo personagem feminino. Parte da luz que é propagada em

direção ao plástico, chega ao plástico com angulação de 45º em relação à reta normal do

plástico. E então, parte dessa luz é refratada e outra parte da luz é refletida também com

angulação de 45º, propagando-se em direção ao observador.

Aos poucos, diminui-se a iluminação incidente no personagem feminino e passa a

iluminar o personagem do monstro. Ao iluminar o personagem do monstro, parte da luz é

refletida por ele em direção ao plástico que, por sua vez, parte dessa luz é refletida para o

ambiente em que o personagem do monstro encontra-se e a outra parte refrata através do

plástico chegando aos outros do observador.

3.3.4 Espelho do susto

Este experimento possibilita, de forma divertida, visualizar conceitos de reflexão e

refração da luz. O plástico utilizado neste experimento é transparente, ou seja, permite que a

luz seja propagada através dele, e com isso, possibilitando que essa luz chegue aos olhos do

observador. Ao ser aplicada película espelhada nesse plástico, parte dessa luz que se propagaria

através dele é refletida pela superfície espelhada e parte é refratada, vindo a se propagar aos

olhos do observador.

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Ao ser ligada a luz interna, a luz emitida pelos LEDs é propagada para todos os lados.

Parte da luz é propagada diretamente em direção ao plástico, outra parte em direção às paredes

do experimento e outra parte em direção ao objeto que foi utilizado para ser observado ao ser

ligada a luz. Os feixes de luz que incidem no objeto a ser observado se propagam também para

todos os lados, parte dessa luz é absorvida pelo objeto e parte é refletida. Os feixes refletidos

pelo objeto também se propagam para todos os lados. Parte desses feixes de luz que são

refletidos pelo objeto incidem na superfície do plástico que, por sua vez, feixes são refletidos

para a parte interna do experimento e parte é refratada. Esses feixes refratados que chegam aos

olhos do observador é que possibilitam enxergar o objeto a ser observado.

3.3.5 Decalcar desenhos

Este experimento tem como objetivo, além demonstrações sobre refração, uma

alternativa muito interessante de decalcar desenhos com bastante detalhes, mesmo para quem

não sabe desenhar bem. Nos espelhos planos que, a luz proveniente do objeto a ser observado

é propagada e ao incidir no espelho plano é refletida que, por sua vez, é propagada aos olhos

do observador, possibilitando assim visualizar a imagem formada. A relação entre o objeto e a

imagem formada sendo utilizado espelho plano é que a imagem é virtual, de mesmo tamanho e

direita. E a distância entre o objeto e o espelho é a mesma entre o espelho e a imagem formada.

Assim como no caso do espelho plano, é numa superfície transparente, sendo que no

caso do espelho, não é possível enxergar através do mesmo. Já no caso da superfície

transparente, permite a passagem da luz através desta, possibilitando observar também o que

está do outro lado desta superfície transparente.

Neste experimento foi utilizado um plástico transparente e colocado um objeto, fins

obter uma imagem refletida. Neste caso, o objeto foi uma imagem impressa num papel e

colocado outro papel do outro lado do plástico fins obter a projeção da imagem impressa sobre

o papel em branco. É possível observar que cada ponto da imagem impressa é projetado

exatamente equidistante em relação ao plástico sobre o papel em branco, possibilitando assim

desenhar com boa qualidade de detalhes.

3.4 Associação de espelhos planos

Associando espelhos planos, é possível obter efeitos que podem despertar o interesse

dos alunos, então foram desenvolvidos 4 experimentos: número de imagens formadas,

caleidoscópio, periscópio e imagem no infinito.

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O espelho é uma superfície que reflete um raio luminoso em uma direção definida em

vez de absorvê-lo ou espalhá-lo em todas as direções. (HALLIDAY; RESNICK; WALKER.

2009, p. 28). Quando um objeto é colocado entre dois espelhos paralelos, formam-se infinitas

imagens, pois cada imagem, em relação a um espelho, torna-se objeto para outro espelho.

(SAMPAIO; CALÇADA, 2004, p. 288)

3.4.1 Número de imagens formadas

Este experimento tem como objetivo demonstrar formação de imagens posicionando

espelhos planos em diversos ângulos entre si. É possível comparar o resultado obtido através

de fórmulas e com o número de imagens que se formam. A quantidade de imagens formadas

por um objeto colocado entre dois espelhos planos pode ser obtido dividindo 360º pelo ângulo,

expresso em graus, formado entre os dois espelhos utilizados neste experimento e subtraído o

número 1. Pode-se demonstrar que, sendo Ɵº o ângulo entre dois espelhos planos, e sendo o

quociente 360º/ Ɵ um número inteiro, o número n de imagens formadas nos espelhos é dado

por n = (360º/ Ɵ) – 1 obedecendo às condições: se 360º/ Ɵ for par, a fórmula vale para qualquer

posição do objeto entre os espelhos e se for ímpar, a fórmula é confiável se o objeto estiver no

plano bissetor do ângulo entre os espelhos. (SAMPAIO; CALÇADA, 2004, p. 286)

3.4.2 Caleidoscópio

Este experimento tem como objetivo demonstrar formação de imagens formadas através

da associação de 3 espelhos planos. De acordo com as leis da reflexão, seja um raio de luz que

incide num espelho ou em outra superfície plana que seja possível refletir raios de luz. Para um

raio de luz que incide nesta superfície refletora, existe uma reta normal. Forma-se um ângulo

entre o raio incidente e a reta normal, denominado de ângulo de incidência. O raio refletido pela

superfície refletora forma um ângulo com a reta normal, chamado de ângulo de reflexão. O raio

incidente, a normal e o raio refletido estão situados num mesmo plano. O ângulo de incidência

e o ângulo de reflexão tem o mesmo valor.

A quantidade de imagens formadas por um objeto colocado entre dois espelhos planos

pode ser obtido dividindo 360º pelo ângulo, expresso em graus, formado entre os dois espelhos

utilizados neste experimento e subtraído o número 1. Ao aproximar os 3 espelhos de mesmo

tamanho, é formado um triângulo equilátero, logo, formando 3 ângulos internos de 60º cada.

Utilizando a fórmula, é possível verificar que 360º dividido por 60º é igual a 6, subtraído por 1,

é igual a 5.

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3.4.3 Periscópio

Este experimento tem como objetivo demonstrar o periscópio, utilizado em submarinos,

basicamente composto por associação de espelhos planos paralelos entre si, e a 45º do

observador e do objeto que pretende-se observar. Para um raio de luz que incide nesta superfície

refletora, existe uma reta normal. Forma-se um ângulo entre o raio incidente e a reta normal,

denominado de ângulo de incidência.

O raio refletido pela superfície refletora forma um ângulo com a reta normal, chamado

de ângulo de reflexão. O raio incidente, a normal e o raio refletido estão situados num mesmo

plano. O ângulo de incidência e o ângulo de reflexão tem o mesmo valor. Visto isto, o periscópio

é feito de forma que dois espelhos fiquem posicionados paralelos entre si. A luz sai do objeto

chegando ao espelho da parte superior do experimento, por sua vez, direcionado para onde o

observador quer visualizar. A imagem chega ao espelho com o ângulo de 45º e reflete também

com o ângulo de 45º, percorrendo até chegar no espelho inferior. O espelho por onde o

observador visualiza, fica a 45º em relação ao observador. Assim a imagem chega ao espelho

com o ângulo de 45º e reflete também com o ângulo de 45º chegando aos olhos do observador.

3.4.4 Imagem no infinito

Este experimento tem como objetivo demonstrar a formação de imagens entre dois

espelhos planos. Porém, para que seja possível enxergar através de um desses dois espelhos, é

preciso que um deles seja translucido e, para isso, foi utilizado película espelhada aplicada em

um plástico de mesmo tamanho do espelho.

Neste experimento foram utilizadas duas superfícies espelhadas posicionadas

paralelamente entre si, objetivando obter infinitos reflexos das imagens. Para comprovar isso,

sabemos que a quantidade imagens formadas decorrentes de uma associação de espelhos

obedece a seguinte razão: o número de imagens formadas é igual a 360º dividido pelo ângulo

entre os espelhos em graus, subtraído do número 1.

3.5 Lentes e espelhos esféricos

Objetivando demonstrar na prática conceitos de raios luminosos incidentes e em lentes

e espelhos esféricos, foram desenvolvidos 3 experimentos: microscópio caseiro, projetor

caseiro e espelhos esféricos caseiros. Os espelhos esféricos são calotas esféricas polidas cuja

superfície refletora pode ser a côncava ou a convexa. A vantagem dos espelhos convexos em

relação aos planos é que seu campo visual é maior, porém, num espelho convexo, a imagem é

sempre menor do que o objeto. (SAMPAIO; CALÇADA, 2004, p. 288)

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No caso do espelho côncavo, quando o objeto está bem próximo ao espelho. A imagem

é direita e maior do que o objeto, e quando o objeto está distante do espelho, a imagem é

invertida. (SAMPAIO; CALÇADA, 2004, p. 288).

O espelho côncavo (significando um oco, como uma cava) em relação à localização do

objeto. Em comparação com o espelho plano, a imagem é ampliada e localizada a uma distância

maior, atrás do espelho. (HALLIDAY; RESNICK; KRANE. 2004, p. 37). O espelho convexo

em relação à localização do objeto. A imagem é reduzida no tamanho e mais próxima do

espelho, comparada com a imagem no espelho plano. (HALLIDAY; RESNICK; KRANE.

2004, p. 38)

Em instrumentos como binóculos, telescópios e câmeras, as imagens são formadas por

uma combinação de várias lentes ou espelhos. Para analisar a formação de imagens em sistemas

de duas lentes, devemos considerar uma lente de cada vez, como se a outra não existisse, usando

a imagem formada por uma lente como objeto para a seguinte. (HALLIDAY; RESNICK;

KRANE. 2004, p. 47)

3.5.1 Microscópio caseiro

Este experimento objetiva proporcionar a visualização pequenos micro-organismos

contidos numa gota d’água, sendo possível ampliar a imagem em até 1.000 vezes. Ao apontar

um laser da cor verde para uma gota suspensa por uma seringa, esta gota funciona como uma

lente esférica. A gota d’água comporta-se como lente biconvexa, pois possui as duas faces

convexas. Sabendo que o índice de refração da água em média 1,33 e a do ar é praticamente 1,

é possível afirmar que a gota d’água no ar comporta-se como uma lente convergente, ampliando

a imagem e a invertendo. Este experimento é muito interessante, pois possibilita que o ano

visualize com bastante nitidez, algumas bactérias contidas na água.

3.5.2 Projetor caseiro

Este experimento tem como objetivo demonstrar princípios físicos de uma câmara

escura, projeção de imagem, lentes bicovexas, imagem projetada através de uma lupa. Neste

experimento, a lupa é responsável pela ampliação da imagem exibida no celular e projetada em

um anteparo. A lupa é constituída por uma lente convergente. Foram utilizadas duas caixas de

papelão justamente para possibilitar o ajuste da distância focal. Foi pintado com tinta da cor

preta para evitar que a luz seja refletida ao incidir nas paredes do experimento, aumentando

assim a qualidade da imagem projetada.

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Um projetor de slides funciona de modo bastante semelhante a uma máquina fotográfica

ao contrário. Em um projetor de filmes, uma lâmpada ilumina o filme, que age como um objeto

para a lente de projeção. A lente forma uma imagem real, maior e invertida do filme sobre a

tela de projeção. (YOUNG; FREEDMAN, 2009, p. 62)

3.5.3 Espelhos esféricos caseiros

Este experimento tem por objetivo construir espelhos côncavos e convexos, bem como

observar como os raios de luz se comportam quando são refletidos por ele. Espelhos esféricos:

é uma superfície refletora que tem um formato esférico, no qual pode ter uma face côncava e/ou

uma face convexa. Espelho côncavo: a superfície refletora é na parte interna ao espelho curvo.

Se o objeto real observado afastado acima da distância do raio de curvatura deste espelho, a

imagem é real, invertida e menor do que o objeto observado. Se o objeto estiver entre o centro

e o foco deste espelho, a imagem é real, invertida e maior que o objeto observado. Espelho

convexo: a superfície refletora é na parte externa ao espelho curvo. Independente da distância

entre o objeto observado e o espelho, a imagem será sempre virtual, menor e direita.

3.6 Dispersão da luz

Objetivando possibilitar melhor visualizações de conceitos básicos da natureza da luz

como a dispersão da luz, foram desenvolvidos 3 experimentos: disco de Newton, reflexo das

cores e luz branca. A dependência do índice de refração com o comprimento de onda, que

resulta da dependência da velocidade da onda com o comprimento de onda, é chamada

dispersão.

A lei de Snell indica que o ângulo de refração quando a luz penetra um material depende

do comprimento de onda da luz. (RAYMOND; JOHN. 2004, p. 994). A dispersão da luz em

um espectro é demonstrada de maneira mais vívida na natureza pela formação de um arco-íris,

visto frequentemente por um observador posicionado entre o sol e a chuva.

Cores diferentes são refratadas a ângulos diferentes do comprimento de onda. A luz

violeta é a que mais se desvia e a luz vermelha é a que menos se desvia. (RAYMOND; JOHN.

2004, p. 995)

Os raios de luz que vão das gotas responsáveis pelo arco-íris até o observador fazem um

ângulo de aproximadamente 42º com o prolongamento da reta que liga o sol ao observador. Em

condições normais, tudo que se consegue ver é uma pequena parte do arco-íris, mas, em locais

elevados e em condições especiais, é possível observar um anel completo. (HALLIDAY;

RESNICK; WALKER. 2009, p. 16)

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3.6.1 Disco de Newton

Este experimento tem como objetivo refazer uma experiência conhecida como Disco de

Newton e testar discos pintados com diversas cores diferentes e observar a cor que será

originada durante a rotação desses discos.

3.6.2 Reflexo das cores

Este experimento tem como objetivo demonstrar que as cores que enxergamos é

basicamente reflexo da luz que incide no objeto e reflete em nossos olhos. As cores dos objetos

que enxergamos é proveniente da luz que intercepta esse objeto e reflete em nossos olhos. Essa

reflexão da luz depende do material que é composto esse objeto e da cor que ilumina esse objeto.

Neste experimento será possível observar a cor que é refletida das cartolinas de diversas cores

sendo iluminadas por diversas cores. Quando a luz incide sobre um campo opaco, parte dela

poderá ser refletida e outra parte absorvida. Quanto será refletida e quanto será absorvida

dependem de dois fatores: a cor da luz incidente e o material de que o corpo é feito. (SAMPAIO;

CALÇADA, 2004, p. 279)

3.6.3 Luz branca

Este experimento tem como objetivo demonstrar a desfragmentação da luz branca,

possibilitando enxergar as cores que a compõe, emitida por diferentes fontes de luz.

Neste experimento, o DVD é utilizado por possuir diversos orifícios em sua superfície

que permitem a passagem de luz. É possível observar através do DVD a luz que determinadas

lâmpadas emitem. Lembra muito um experimento de Isaac Newton, no qual ele utilizou um

prisma para observar que a luz branca que passava por um orifício e originou as cores do arco-

íris, sendo que neste experimento não é utilizado prisma algum, apenas utilizado o mecanismo

de passar luz por um pequeno orifício.

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4 METODOLOGIA

Foi desenvolvida uma metodologia que contempla diversos aspectos importantes sobre

o conteúdo abordado, com sugestões de como aplicar os experimentos em sala de aula, de forma

estimulante, tanto para o aluno, como também para os professores, objetivando despertar o

interesse do aluno pela Física.

Pensando nisto, foi criada uma sequência de ensino composta por 9 passos comuns aos

25 experimentos abordados neste material:

Primeiro passo: pergunta motivadora. Objetivando estimular o aluno a pensar sobre o

assunto e a participar da aula, bem como o professor analisar os conhecimentos prévios dos

alunos sobre o assunto. Iniciando a aula com uma pergunta simples, porém interessante o

bastante para que o aluno se sinta estimulado a pensar sobre o assunto e expressar sua opinião.

Segundo passo: contextualizar. Para que o aluno tenha interesse pela aula, é importante

que o assunto tenha aplicabilidade em seu dia a dia. Então, nesta etapa, são citados exemplos

práticos do cotidiano do aluno em que se aplica o conceito proposto pelo experimento abordado.

Terceiro passo: descrever o experimento. Apresentação detalhada do que se trata o

experimento, qual é o conceito que objetiva demonstrar e informações importantes que os

alunos precisam observar durante a prática.

Quarto passo: citar materiais utilizados. Descrição dos materiais utilizados para

confeccionar o experimento, para que o aluno tenha conhecimento do que foi utilizado, caso

ele queira construir o material em casa.

Quinto passo: confeccionar o experimento. Roteiro detalhado de como montar o

experimento, com fotos de cada etapa da confecção do material e, ao lado de cada imagem, é

descrito em forma de texto, orientações do que é preciso fazer em cada etapa.

Sexto passo: aplicar o experimento. Sugestões de como aplicar o experimento, fazer as

demonstrações e orientar os alunos a utilizarem o material. Esta fase estimula a participação

dos alunos nas aulas, pois possibilita que eles tirem suas próprias conclusões do que estão

observando de forma prática.

Sétimo passo: fundamentar. Orientações de como prestar explicações físicas que cada

experimento aborda. Sempre de forma simples, para que alunos do ensino fundamental

entendam com facilidade, porém interessante o bastante para estimulá-los a aprender.

Oitavo passo: avaliar o aprendizado. Dicas de como avaliar de alguma forma o

aprendizado dos alunos, seja com perguntas objetivas, atividades, questionários, ou até mesmo

observar se os alunos estão prestando atenção à aula.

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Nono passo: estimular o conhecimento. Aproveitando o entusiasmo dos alunos com a

prática e estimulá-los de alguma forma a pesquisar mais sobre o assunto abordado, seja

indicando alguma outra fonte de pesquisa ou questionando outros exemplos que eles

observaram que o conceito abordado também é aplicado.

4.1 Introdução

Orientações sobre como aplicar os experimentos Propagação da luz;

Reversibilidade da luz; Independência dos raios da luz; Fontes primárias e secundárias; Sombra

e penumbra; Meios transparentes; translúcidos e opados; e Câmara escura.

4.1.1 Propagação da luz

Orientações sobre como aplicar o experimento Propagação da Luz, conforme figura 22.

Figura 22 – Experimento Propagação da Luz

Fonte: próprio autor

Demonstrar o experimento aos alunos e informar que, nos meios homogêneos e

transparentes, a propagação da luz é em linha reta. Quando um raio incide numa superfície que

separa dois meios distintos, obtêm-se reflexão e refração.

4.1.2 Reversibilidade da luz

Orientações sobre aplicação do experimento reversibilidade da Luz, conforme figura 23.

Figura 23 – Experimento Reversibilidade da Luz

Fonte: próprio autor

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Demonstrar o experimento aos alunos e informar que, se um raio de luz se propaga em

uma direção e sentido arbitrários, outro poderá propagar-se na mesma direção e em sentido

oposto, pois para os fótons, qualquer sentido de trajetória de um raio luminoso é possível.

4.1.3 Independência dos raios da luz

Aplicação do experimento independência dos raios da luz, conforme figura 24.

Figura 24 - Experimento Independência dos Raios da Luz

Fonte: próprio autor

Demonstrar o experimento aos alunos e informar que, se dois ou mais raios de luz vindos

de fontes diferentes se cruzam, eles seguem suas trajetórias independentemente, pois fótons de

cada uma das fontes não interagem entre si, podendo tendo interceptação durante suas

trajetórias, sem que modificação no seu percurso.

4.1.4 Fontes primárias e secundárias

Aplicar o experimento Fontes Primárias e Secundárias, conforme figura 25.

Figura 25 - Experimento Fontes Primárias e Secundárias

Fonte: próprio autor

Demonstrar o experimento aos alunos e informar que, fontes primárias emitem luz

própria, citando como exemplo o Sol e que fontes secundárias refletem ou absorvem,

parcialmente ou totalmente, os feixes de luz, citando como exemplo a Lua.

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4.1.5 Sombra e penumbra

Orientações sobre aplicação do experimento Sombra e Penumbra, conforme figura 26.

Figura 26 - Experimento Sombra e Penumbra

Fonte: próprio autor

Demonstrar o experimento aos alunos e informar que, sombra é a região que não recebe

a luz direta da fonte e que penumbra é a região que recebe apenas parte da luz direta da fonte.

4.1.6 Meios transparentes, translúcidos e opacos

Orientações sobre como aplicar o experimento Meios Transparentes, Translúcidos e

Opacos, conforme figura 27.

Figura 27 - Experimento Meios Transparentes, Translúcidos e Opacos

Fonte: próprio autor

Demonstrar o experimento aos alunos e informar que, os meios transparentes são os que

permitem que os feixes de luz atravessem em trajetória regular, permitindo observar os objetos

perfeitamente, citando como exemplo o vidro liso; os meios translúcidos que permitem que os

feixes de luz atravessem parcialmente e de forma irregular, citando como exemplo o vidro

fosco; os meios opacos são os que não permitem a passagem dos feixes de luz, citando como

exemplos a madeira.

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4.1.7 Câmara escura

Orientações sobre como aplicar o experimento Câmara Escura, conforme figura 28.

Figura 28 - Experimento Câmara Escura

Fonte: próprio autor

Primeiro passo: pergunta motivadora. Iniciar fazendo a seguinte pergunta: Como são

formadas as imagens que enxergamos?

Segundo passo: contextualizar. Citar que Aristóteles já utilizava o princípio da câmara

escura para observar eclipses. Euclides, já pressupunha que a câmara escura demonstrava que

a luz se desloca em linha reta. Leonardo da Vinci utilizou para auxiliar em seus desenhos.

Terceiro passo: descrever o experimento. Demonstrar a formação de imagens fazendo

associação com formação de imagem num globo ocular.

Quarto passo: citar materiais utilizados. Informar que foram utilizados: lata, fita adesiva,

cartolina preta, tesoura, papel vegetal, vela e fósforo.

Quinto passo: confeccionar o experimento. Fazer um furo na lata. Utilizar fita adesiva

para ficar o papel vegetal para fechar o lado aberto da lata e para fixar uma das metades da

cartolina, envolvendo completamente a lateral da lata

Sexto passo: aplicar o experimento. Direcionar o lado do experimento que fica a lata

para uma vela acesa e observar a formação da imagem através do lado oposto do experimento.

Sétimo passo: fundamentar teoricamente. Informar que, de acordo com o princípio da

propagação retilínea da luz, os raios luminosos que atingem o objeto e passem pelo orifício da

câmara sejam projetados no anteparo na parede paralela ao orifício.

Oitavo passo: avaliar o aprendizado. Solicitar que os alunos a direcionem o experimento

para um objeto que seja possível observar a projeção de sua imagem no papel vegetal.

Nono: estimular o conhecimento. Incentivar os alunos a fazerem este experimento em

casa, utilizando caixa de papelão grande. Solicitar que comparem os resultados obtidos através

do uso da fórmula e das medidas obtidas estão corretos.

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4.2 Reflexão

Orientações sobre como aplicar os experimentos Incidência e Reflexão; Fibra óptica e

Levitação, relativos ao conceito de Reflexão.

4.2.1 Incidência e reflexão

Orientações sobre aplicação do experimento Incidência e Reflexão, conforme figura 29.

Figura 29 - Experimento Incidência e Reflexão

Fonte: próprio autor

Primeiro passo: pergunta motivadora. Questionar como a luz é refletida pelo espelho?

Segundo passo: contextualizar. Exemplos em que são utilizados os conceitos de reflexão

da luz quando utilizado espelho plano, é o periscópio, no qual são utilizados dois espelhos

paralelos entre si e com ângulo de 45º em relação ao observador e em relação ao objeto a ser

observado. É possível observar que o ângulo de incidência é igual ao ângulo refratado.

Terceiro passo: descrever o experimento. Informar que é uma demonstração de que o

ângulo de inserção é igual ao ângulo de reflexão em relação à reta normal.

Quarto passo: citar materiais utilizados. Informar que foram utilizados: cartolina, laser

verde, pente, régua, transferidor, tesoura e espelho.

Quinto passo: confeccionar o experimento. Utilizar régua e caneta para desenhar uma

reta numa cartolina. Utilizar um transferidor, marcar ângulos de inserção igual ao ângulo

refletido em relação à reta normal.

Sexto passo: aplicar o experimento. Utilizar apontador de laser verde para demonstrar

que o ângulo de inserção é igual ao ângulo de reflexão.

Sétimo passo: fundamentar teoricamente. Informar que, de acordo com as leis da

reflexão, para um raio de luz que incide nesta superfície refletora, existe uma reta normal.

Forma-se um ângulo entre o raio incidente e a reta normal, denominado de ângulo de incidência.

O raio refletido pela superfície refletora forma um ângulo com a reta normal, chamado de

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ângulo de reflexão. O raio incidente, a normal e o raio refletido estão situados num mesmo

plano. O ângulo de incidência e o ângulo de reflexão tem o mesmo valor.

Oitavo: avaliar o aprendizado. Solicitar que os alunos façam demonstrações deste

experimento, porém explicando seu funcionamento.

Nono: estimular o conhecimento. Solicitar que os alunos outros ângulos para

verificarem a equivalência entre os ângulos de incidência e de reflexão em relação à reta normal.

4.2.2 Fibra óptica

Orientações sobre como aplicar o experimento Fibra Óptica, conforme figura 30.

Figura 30 - Experimento Fibra Óptica

Fonte: próprio autor

Primeiro passo: pergunta motivadora. Questionar: a luz faz curva?

Segundo passo: contextualizar. Citar que este experimento foi produzido em 1870, o

físico inglês John Tyndall, utilizou este experimento objetivando demonstrar o princípio de

guiamento da luz. Informar que este conceito é utilizado nos cabos de fibra óptica.

Terceiro passo: descrever o experimento. Informar que este experimento tem o objetivo

de ilustrar o caminho que a luz faz dentro de uma fibra óptica.

Quarto passo: citar materiais utilizados. Informar que foram utilizados: cartolina preta,

garrafa plástica, laser verde e um recipiente.

Quinto passo: confeccionar o experimento. Utilize uma garrafa plástica e uma tesoura.

Utilizar a tesoura para fazer um furo na parte inferior lateral da garrafa de plástico.

Sexto passo: aplicar o experimento. Direcionar o apontador de laser verde ao lado oposto

do furo feito na garrafa de modo que o feixe de luz atravesse a garrafa, percorra o trajeto do

fluxo da água e chegue ao recipiente que receberá esse fluxo de água.

Sétimo passo: fundamentar teoricamente. Informar que a luz entra na fibra pelo núcleo

e tenta escapar pela lateral, através da casca. Mas, como o núcleo é mais refringente que a casca,

ou seja, nN > nc, se o angulo de incidência do raio de luz dentro da fibra superar o ângulo limite

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(i > L), o raio será refletido de volta para o núcleo onde fica confinado e é guiado após

sucessivos rebatimentos até atingir o outro extremo da fibra por onde pode então escapar.

Oitavo passo: avaliar o aprendizado. Solicitar que os alunos observem uma fibra óptica.

Solicitar que os alunos citem exemplos de aplicação de reflexão total da luz.

Nono passo: estimular o conhecimento. Solicitar que os alunos pesquisem na internet

sobre quais outras aplicações de reflexão total da luz e da utilização da fibra óptica.

4.2.3 Levitação

Orientações sobre como aplicar o experimento Levitação, conforme figura 31.

Figura 31 - Experimento Levitação

Fonte: próprio autor

Primeiro passo: pergunta motivadora. Questionar: é possível uma pessoa levitar?

Segundo passo: contextualizar. Citar que este experimento pode ser utilizado em

apresentações de mágica, dando a impressão de que o mágico está levitando.

Terceiro passo: descrever o experimento. Informar que este experimento tem como

objetivo despertar o interesse dos alunos pela física através de um efeito de ilusão de óptica

Quarto passo: aplicar o experimento. Entrar no experimento, posicionando-se de forma

a parecer que o reflexo de um pé seja o pé que está do outro lado do espelho. Ficar de ponta de

pé com a perna que está do outro lado do espelho.

Quinto passo: citar materiais utilizados. Informar que foram utilizados: ripas de madeira,

pregos, martelo, tinta preta, espelho, trena, caixa de papelão e tesoura.

Sexto passo: confeccionar o experimento. Utilizar ripas de madeira para criar um cubo

com diagonais, na horizontal o tamanho lateral de 60 centímetros e na vertical o tamanho lateral

de 50 centímetros. Utilizar espelho na diagonal do cubo.

Sétimo passo: fundamentar teoricamente. Informar que trata-se de uma simples ilusão

de óptica e que ocorre o reflexo de uma das pernas.

Oitavo passo: avaliar o aprendizado. Avaliar o nível de interesse do aluno pelo

experimento. Avaliar se o aluno demonstra interesse em participar da atividade.

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Nono passo: estimular o conhecimento. Possibilitar que os alunos utilizem o

experimento, como se fosse numa apresentação de mágica e faça vídeo para que eles divulguem

aos colegas e aos familiares, demonstrando que a física também é divertida.

4.3 Refração

Orientações sobre como aplicar os experimentos Holograma caseiro; Aquário e laser;

Efeito monga; espelho do susto; e decalcar desenhos, relativos ao conceito de Refração.

4.3.1 Holograma caseiro

Orientações sobre como aplicar o experimento Holograma Caseiro, conforme figura 32.

Figura 32 - Experimento Holograma Caseiro

Fonte: próprio autor

Primeiro passo: pergunta motivadora. Questionar: o que é um holograma?

Segundo passo: contextualizar. Citar que Gabor, concebeu teoricamente em 1948,

executou pela primeira vez nos anos 60 e ganhou Prêmio Nobel de Física em 1971.

Terceiro passo: descrever o experimento. Informar que este experimento tem como

objetivo proporcionar a impressão de imagem holográfica.

Quarto passo: citar materiais utilizados. Informar que foram utilizados: cartolina preta,

plástico plano, fita adesiva, tesoura, régua, papel, caneta e celular

Quinto passo: confeccionar o experimento. Para desenhar o molde, seguem as medidas

da pirâmide: 6 centímetros de base inferior, 1 centímetro de base superior e altura de 3,5

centímetros. São necessárias 4 pirâmides iguais. Utilizar fita adesiva para unir as 4 faces do

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experimento. Utilizando celular, acesse um site de vídeos e pesquise pelo termo “holograma

3d”. Posicionar o celular de forma a refletir as 4 imagens do vídeo.

Sexto passo: aplicar o experimento. Expor aos alunos o efeito gerado através do

experimento. Inicialmente, com imagens diversas, para despertar a curiosidade por parte dos

alunos. Pelo fato de ser um experimento apenas de demonstração, fique à vontade para fazer

algum comentário interessante relacionado com este experimento.

Sétimo passo: fundamentar teoricamente. Informar que neste experimento, o princípio

físico utilizado é reflexão devido a superfície transparente posicionada a 45º em relação ao

objeto que pretende-se projetar.

Oitavo: avaliar o aprendizado. Observar o comportamento dos alunos e o nível de

interesse pelo experimento. Solicitar que os alunos expliquem, do modo que entenderam, o

processo de formação das imagens deste experimento.

Nono passo: estimular o conhecimento. Desafiar os alunos a reproduzirem o

experimento em casa. Solicitar que os alunos acessem diversos vídeos.

4.3.2 Aquário e laser

Orientações sobre como aplicar o experimento Aquário e Laser, conforme figura 33.

Figura 33 - Experimento Aquário e Laser

Fonte: próprio autor

Primeiro passo: pergunta motivadora. Questionar: O que refração total da luz?

Segundo passo: contextualizar. Citar como exemplo prático ligado aos princípios de

reflexão e de refração a situação de reflexão total que acontece na fibra óptica.

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Terceiro passo: descrever o experimento. Informar que este experimento tem como

objetivo possibilitar que os alunos visualizem o trajeto que o raio de luz faz ao ser refletido pela

superfície interna do fluxo da água, acompanhando seu trajeto.

Quarto passo: citar materiais utilizados. Foram utilizados: laser verde, água e aquário.

Quinto passo: confeccionar o experimento. Utilizar um aquário e preenchê-lo com água.

Utilizar o apontador de laser verde de forma que seja possível observar o feixe de luz.

Sexto passo: aplicar o experimento. Direcionar o apontador de raio laser

perpendicularmente em relação à superfície da água, demonstrando que o feixe de luz coincide

com a reta normal. Direcionar de modo a inclinar um pouco, demonstrando que há diferença

do ângulo que o raio incidente e que o raio refratado faze em relação à normal. Direcionar de

modo que o feixe de luz seja totalmente refletido, demonstrando a reflexão total da luz.

Sétimo passo: fundamentar teoricamente. Direcionar o laser perpendicularmente em

relação à superfície da água, praticamente não serão observados desvios desse feixe de luz. Ao

inclinar o apontador, observar que parte da luz é refletida e outra parte é refratada.

Oitavo passo: avaliar o aprendizado. Solicitar que os alunos manipulem o experimento

para eles mesmos fazerem as observações, direcionando o apontador de laser de forma a

demonstrar que o feixe de luz sofre desvios e demonstrar a reflexão total da luz.

Nono passo: estimular o conhecimento. Solicitar os alunos pesquisem sobre quais outras

aplicações dos conceitos expostos através deste experimento.

4.3.3 Efeito monga

Orientações sobre como aplicar o experimento Efeito Monga, conforme figura 34.

Figura 34 - Experimento Efeito Monga

Fonte: próprio autor

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Primeiro passo: pergunta motivadora. Iniciar fazendo a seguinte pergunta: Qual o

segredo do efeito da bailarina virar um gorila?

Segundo passo: contextualizar. Citar que em 1964, o cineasta italiano Marco Ferreri,

dirigiu o filme “La Donna Scimmia”, conhecido no Brasil como “A Mulher-Macaco”. Em 1967,

Romeu Del Duque, ficou conhecido como o “Pai da Monga” e entre os anos de 1974 e 1986,

promoveu eventos em circos utilizando a versão mais primata da mulher-macaco.

Terceiro passo: descrever o experimento. Informar que o objetivo é demonstrar o que

acontece no espetáculo de circo no qual uma bailarina se transforma em gorila.

Quarto passo: citar materiais utilizados. Informar que foram utilizados: capas de DVD,

fita adesiva, cartolina preta, plástico plano, cola quente, 2 brinquedos e lanterna.

Quinto passo: confeccionar o experimento. Utilizar quatro capas de DVD para montar

a base deste experimento. As capas de DVD foram posicionadas e fixadas com cola quente.

Utilize dois brinquedos de mesmo tamanho e que caibam no experimento. Utilizar uma lanterna

para iluminar apenas um dos brinquedos posicione a capa de DVD de forma a refletir a imagem.

Posicionar a lanterna iluminando apenas o segundo brinquedo.

Sexto passo: aplicar o experimento. Organizar a sala de forma que os alunos possam

visualizar o experimento de frente, de modo a verem através do espaço frontal aberto no

experimento. Explicar aos alunos que esse é um projeto simples do que era utilizado

antigamente em circos, num espetáculo chamado de Monga. Direcionar a lanterna de modo a

iluminar apenas a boneca. Direcionar a lanterna de modo a iluminar também o boneco, dando

a impressão de que a boneca se transformou em homem das cavernas.

Sétimo passo: fundamentar teoricamente. Informar que, , sem iluminar o personagem

do monstro e ao iluminar o personagem feminino, parte da luz é refletida pelo personagem

feminino. Parte da luz que é propagada em direção ao plástico, chega ao plástico com angulação

de 45º em relação à reta normal do plástico. E então, parte dessa luz é refratada e outra parte da

luz é refletida também com angulação de 45º, propagando-se em direção ao observador. Ao

iluminar o personagem do monstro, parte da luz é refletida por ele em direção ao plástico que,

por sua vez, parte dessa luz é refletida para o ambiente em que o personagem do monstro

encontra-se e a outra parte refrata através do plástico chegando ao observador.

Oitavo: avaliar o aprendizado. Solicitar que os alunos expliquem sobre o percurso que

a luz faz para possibilitar que as duas imagens sejam observadas neste experimento.

Nono: estimular o conhecimento. Solicitar aos alunos que pesquisem sobre mais

situações em que são utilizados o efeito proposto neste experimento.

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4.3.4 Espelho do susto

Orientações sobre como aplicar o experimento Espelho do Susto, conforme figura 35.

Figura 35 - Experimento Espelho do Susto

Fonte: próprio autor

Primeiro passo: pergunta motivadora. Iniciar fazendo a seguinte pergunta: Como

assustar seus amigos utilizando um espelho?

Segundo passo: contextualizar. Citar que para o observador que está na parte interna do

carro, é possível verificar que a luz do ambiente externo, quando bem iluminado, é refratada,

chegando aos olhos do observador.

Terceiro passo: descrever o experimento. Informar que um experimento interessante

para demonstrar conceitos de reflexão e refração da luz.

Quarto passo: citar materiais utilizados. Informar que foram utilizados: caixa com

espelho de banheiro, fita adesiva, tesoura, plástico, película espelha e máscara. Utilizar a fita

de LED entre o plástico com película espelhada e o espelho.

Quinto passo: confeccionar o experimento. Utilizar armário de plástico para banheiros.

Desmontar e separar o espelho dos demais componentes. Utilizar o plástico com película na

parte externa da caixa de espelho de banheiro e na parte interna utilize espelho.

Sexto passo: aplicar o experimento. Solicitar que os alunos observem que antes de ligar

na tomada, parece ser um espelho comum. Questionar aos alunos sobre qual efeito eles acham

que deve acontecer ao ligar a fone na tomada. Plugar a fonte na tomada e demonstrar que a luz

interna é refratada através do plástico que foi aplicada a película espelhada.

Sétimo passo: fundamentar teoricamente. Informar que o plástico utilizado neste

experimento permite que a luz seja propagada através dele. Ao ser aplicada película espelhada

nesse plástico, parte dessa luz que se propagaria através dele é refletida pela superfície

espelhada e parte é refratada, vindo a se propagar aos olhos do observador.

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Oitavo passo: avaliar o aprendizado. Solicitar que os alunos expliquem novamente o

comportamento da luz neste experimento.

Nono passo: estimular o conhecimento. Questionar aos alunos mais exemplos de

utilidade de aplicação de película espelhada e quais os objetivos de sua utilização.

4.3.5 Decalcar desenhos

Orientações sobre como aplicar o experimento Decalcar Desenhos, conforme figura 36.

Figura 36: Experimento Decalcar Desenhos

Fonte: próprio autor

Primeiro passo: pergunta motivadora. Iniciar fazendo a seguinte pergunta: Como

decalcar com qualidade utilizando a física?

Segundo passo: contextualizar. Citar que este experimento é feito para fazer desenhos

com maior qualidade. Existem brinquedos infantis que utilizam desses princípios físicos.

Terceiro passo: descrever o experimento. Informar que este experimento tem como

objetivo, além demonstrações físicas sobre óptica, uma alternativa muito interessante de

decalcar desenhos com bastante detalhes, mesmo para quem não sabe desenhar bem.

Quarto passo: citar materiais utilizados. Informar que foram utilizados: 1 pedaço de

vidro ou plástico, fita adesiva, lanterna, tesoura, cartolina preta, régua, transferidor, imagens

impressas e cartolina preta.

Quinto passo: confeccionar o experimento. Utilizar a base transparente como molde

para confeccionar a base opaca. Utilize fica adesiva para unir as duas partes. Posicionar a

imagem que deseja decalcar do lado de fora do experimento e o papel no qual deseja decalcar

do lado de dentro. Utilizar uma fonte de luz para iluminar o desenho que desejar decalcar.

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Sexto passo: aplicar o experimento. Solicitar que os alunos observem a imagem refletida

a partir de ângulos diferentes para ver se interfere na posição da imagem.

Sétimo passo: fundamentar teoricamente. Informar que é possível observar que cada

ponto da imagem impressa é projetado exatamente equidistante em relação ao plástico sobre o

papel em branco, possibilitando assim desenhar com boa qualidade de detalhes.

Oitavo passo: avaliar o aprendizado. Solicitar que eles expliquem com suas próprias

palavras sobre como é formada a imagem sobre o papel em branco do outro lado do plástico.

Nono passo: estimular o conhecimento. Solicitar que os alunos refaçam este

experimento, utilizando outras imagens.

4.4 Associação de espelhos planos

Orientações sobre como aplicar os experimentos: número de imagens formadas,

caleidoscópio, periscópio e imagem no infinito.

4.4.1 Número de imagens formadas

Aplicação do experimento número de imagens formadas, conforme figura 37.

Figura 37 - Experimento Imagens Formadas

Fonte: próprio autor

Primeiro passo: pergunta motivadora. Iniciar fazendo a seguinte pergunta: Quantas

imagens são formadas entre 2 espelhos?

Segundo passo: contextualizar. Citar como exemplo, o leitor fixo de código de barras.

É possível observar que o laser vermelho é refratado diversas vezes por associações de espelhos.

Terceiro passo: descrever o experimento. Informar que este experimento tem como

objetivo comparar o resultado obtido através de fórmulas com o número de imagens observadas.

Quarto passo: citar materiais utilizados. Informar que foram utilizados: cartolina preta,

2 espelhos planos, fita adesiva, caneta, cartolina, esquadro e um objeto a ser refletido

Quinto passo: confeccionar o experimento. Posicionar 2 espelhos entre um objeto de

forma que formem reflexos deste objeto.

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Sexto passo: aplicar o experimento. Posicionar os espelhos sobre a marcação de 180º.

Demonstrar que é formada apenas uma imagem e que utilizando a fórmula também é obtido

como resultado o número 1 referente ao número de imagens formadas. Da mesma forma utilize

ângulos de 120º, obtendo 2 imagens; 90º, obtendo 3 imagens e assim por diante.

Sétimo passo: fundamentar teoricamente. Informar que a quantidade de imagens

formadas por um objeto colocado entre dois espelhos planos pode ser obtido dividindo 360º

pelo ângulo, expresso em graus, formado entre os dois espelhos e subtraído o número 1.

Oitavo e último passo: avaliar o aprendizado. Solicitar que os alunos façam o

procedimento inverso ao sugerido nesta sequência e que comparem os resultados obtidos.

Nono e último passo: estimular o conhecimento. Desafiar os alunos a confeccionarem

este experimento em casa e utilizar diversos ângulos, medindo o ângulo entre os espelhos e

confrontando com o resultado obtido através da fórmula

4.4.2 Caleidoscópio

Orientações sobre como aplicar o experimento Caleidoscópio, conforme figura 38.

Figura 38 - Experimento caleidoscópio

Fonte: próprio autor

Primeiro passo: pergunta motivadora. Iniciar fazendo a seguinte pergunta: Quantas

imagens são formadas entre 3 espelhos planos?

Segundo passo: contextualizar. Citar que em 1817, o físico escocês Dawid Brewster,

inventou o caleidoscópio, composto por fragmentos de vidro colorido e três espelhos.

Terceiro passo: descrever o experimento. Informar que este experimento tem como

objetivo demonstrar formação de imagens formadas através da associação de 3 espelhos planos.

Quarto passo: citar materiais utilizados. Informar que foram utilizados: fita adesiva, 2

réguas transparentes, cartolina preta, tesoura, vela, fósforo e cartolina preta.

Quinto passo: confeccionar o experimento. Utilizar fita adesiva para fixar os 3 espelhos

de modo a formar uma pirâmide.

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Sexto passo: aplicar o experimento. Colocar objetos entre os três espelhos e observar

que são formadas diversas imagens. Utilizar laser verde para gerar diversas imagens refletidas.

Sétimo passo: fundamentar teoricamente. Informar que a quantidade de imagens

formadas por um objeto colocado entre dois espelhos planos pode ser obtido dividindo 360º

pelo ângulo, expresso em graus e subtraído o número 1.

Oitavo passo: avaliar o aprendizado. Questionar os alunos sobre quantas imagens são

formadas num caleidoscópio com mais de três espelhos.

Nono passo: estimular o conhecimento. Solicitar que os alunos a utilizem mais espelhos

para confeccionar um caleidoscópio e verificar quantas imagens são formadas.

4.4.3 Periscópio

Orientações sobre como aplicar o experimento Periscópio, conforme figura 39.

Figura 39 - Experimento Periscópio

Fonte: próprio autor

Primeiro passo: pergunta motivadora. Questionar: como é feito um periscópio?

Segundo passo: contextualizar. Citar que um exemplo de utilização de periscópio bem

conhecida é nos submarinos. O periscópio é utilizado para possibilitar enxergar o que está acima

da superfície da água, mesmo estando debaixo da água.

Terceiro passo: descrever o experimento. Informar que este experimento tem como

objetivo criar um equipamento conhecido como periscópio, utilizado em submarinos,

basicamente composto por associação de espelhos planos paralelos entre si, e a 45º do

observador e do objeto que pretende-se observar.

Quarto passo: citar materiais utilizados. Informar que foram utilizados: tesoura, 2

espelhos planos comuns, régua, tesoura, laser verde, caneta e fita adesiva.

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Quinto passo: confeccionar o experimento. Utilizar um estilete para remover dois

espelhos planos simples de suas respectivas molduras. Utilizar fita adesiva para fixar o espelho

à caixa e utilize tesoura para cortar a parte superior das caixas. Utilizar um estilete para fazer

um furo que possibilite observar o espelho. Utilizar fita adesiva para fixar o espelho à caixa.

Utilizar a segunda caixa para fazer a segunda parte deste experimento.

Sexto passo: aplicar o experimento. Utilizar o experimento na configuração de

possibilitar visualizar o que está à frente.

Sétimo passo: fundamentar teoricamente. Informar que o periscópio, geralmente

formado por prismas de base triangular. A luz sai do objeto chegando ao espelho da parte

superior do experimento direcionado para onde o observador quer visualizar. A imagem chega

ao espelho com o ângulo de 45º e reflete também com o ângulo de 45º, percorrendo até chegar

no espelho inferior que também está a 45º em relação ao observador, assim a imagem chega

aos olhos do observador.

Oitavo passo: avaliar o aprendizado. Solicitar que os alunos utilizem o experimento de

diversas formas. Sugerir que os alunos expliquem o funcionamento deste experimento.

Nono passo: estimular o conhecimento. Solicitar que os alunos invertam a posição da

parte superior do experimento, direcionando os dos espelhos para um mesmo sentido.

4.4.4 Imagem no infinito

Orientações sobre como aplicar o experimento Imagem no Infinito, conforme figura 40.

Figura 40 - Experimento Imagem no Infinito

Fonte: próprio autor

Primeiro passo: pergunta motivadora. Iniciar fazendo a seguinte pergunta: Como é que

se entende e podemos obter o efeito de imagem no infinito?

Segundo passo: contextualizar. Citar que é possível observar este efeito no caso em que

um cabeleireiro posiciona um segundo espelho para que possamos enxergar como ficou o

procedimento feito atrás da nossa cabeça.

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Terceiro passo: descrever o experimento. Informar que este experimento tem como

objetivo demonstrar a formação de imagens entre dois espelhos planos.

Quarto passo: citar materiais utilizados. Informar que foram utilizados: caixa com

espelho de banheiro, fita de LED, fita isolante, tesoura, plástico e película espelhada automotiva

Quinto passo: confeccionar o experimento. Utilizar armário de plástico para banheiros.

Utilizar plástico plano do mesmo tamanho do espelho e aplique película espelhada automotiva.

Fechar a tampa do experimento e ligar o LED.

Sexto passo: aplicar o experimento. Solicitar que os alunos observem que antes de ligar

na tomada, parece ser um espelho comum. Ligar o LED e demonstrar que são formados diversos

reflexos utilizando apenas uma volta de fita de LED.

Sétimo passo: fundamentar teoricamente. Informar que a quantidade imagens formadas

obedece a seguinte razão: o número de imagens formadas é igual a 360º dividido pelo ângulo

entre os espelhos em graus, subtraído do número 1.

Oitavo passo: avaliar o aprendizado. Solicitar que os alunos expliquem com suas

próprias palavras o motivo de serem formadas diversas neste experimento.

Nono passo: estimular o conhecimento. Solicitar que os alunos verifiquem a formação

de infinitas imagens, utilizando um espelho simples de maquiagem e um espelho do banheiro.

4.5 Lentes e espelhos esféricos

Orientações sobre como aplicar os experimentos Microscópio caseiro, Projetor caseiro

e Espelhos esféricos caseiros, relativos ao conceito de Lentes e espelhos esféricos.

4.5.1 Microscópio caseiro

Orientações sobre aplicação do experimento Microscópio Caseiro, conforme figura 41.

Figura 41 - Experimento Microscópio Caseiro

Fonte: próprio autor

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Primeiro passo: pergunta motivadora. Iniciar fazendo a seguinte pergunta: Como

confeccionar um microscópio de baixo custo?

Segundo passo: contextualizar. Citar que há relatos de que 721 a.C de que um cristal de

rocha com propriedades de ampliação. Por volta de 1280, foram utilizadas as primeiras lentes.

Terceiro passo: descrever o experimento. Informar que este experimento objetiva

proporcionar a visualização pequenos micro-organismos contidos numa gota d’água, ao apontar

um laser para uma gota suspensa por uma seringa, esta funciona como uma lente biconvexa.

Quarto passo: citar materiais utilizados. Informar que foram utilizados: laser verde, 2

Copos, seringa, massa de modelar, água suja e fita adesiva.

Quinto passo: confeccionar o experimento. Coletar água suja, possibilitando projetar a

imagem de algum microorganismo contido nesta água. Utilizar a seringa para coletar um pouco

da água suja. Pressionar o êmbolo de forma que fique suspensa apenas uma gota d’água.

Sexto passo: aplicar o experimento. Direcionar o feixe de luz de forma que intercepte a

gota d’água e projetando a imagem na parede.

Sétimo passo: fundamentar teoricamente. Informar que a gota d’água comporta-se

aproximadamente como lente biconvexa. Sabendo que o índice de refração da água em média

1,33 e a do ar é praticamente 1, é possível afirmar que a gota d’água no ar comporta-se como

uma lente convergente, ampliando a imagem e a invertendo.

Oitavo passo: avaliar o aprendizado. Solicitar que os alunos esbocem um desenho de

como eles entenderam que acontece desde o feixe de luz do LED, passando pela gota d’água e

chegando ao anteparo de forma ampliada.

Nono passo: estimular o conhecimento. Desafiar os alunos a observarem em casa se eles

reconhecem a existência de lentes biconvexas no seu cotidiano.

4.5.2 Projetor caseiro

Orientações sobre como aplicar o experimento Projetor caseiro, conforme figura 42.

Figura 42 - Experimento projetor caseiro

Fonte: próprio autor

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Primeiro passo: pergunta motivadora. Iniciar fazendo a seguinte pergunta: Como

confeccionar projetor caseiro de baixo custo?

Segundo passo: contextualizar. Citar que relatos do historiador Plínio (23-79 d.C.)

apresentam lentes usadas para iniciar o fogo, com auxílio da luz solar.

Terceiro passo: descrever o experimento. Informar que este experimento tem como

objetivo demonstrar princípios físicos de uma câmara escura, projeção de imagem, lentes

bicovexas, imagem projetada através de uma lupa, sendo utilizados materiais de baixo custo.

Quarto passo: citar materiais utilizados. Informar que foram utilizados: celular, lupa,

caixa de sapatos, apoio para o celular, Fita adesiva preta, tesoura, pincel e tinta preta.

Quinto passo: confeccionar o experimento. Retirar a parte de vidro da lupa e utilizar o

molde para cortar uma das caixas de papelão. Utilizar tinta preta para pintar a parte interna das

caixas. Faça uma base de apoio para o celular. Exibir uma imagem invertida no celular e o apoie

sobre a base. Posicionar o experimento de modo a projetar a imagem numa superfície branca.

Sexto passo: aplicar o experimento. Questionar os alunos sobre a necessidade que, para

obtermos uma imagem no sentido normal, é necessário inverter a imagem que transmite.

Sétimo passo: fundamentar teoricamente. Informar que neste experimento, a lupa é

responsável pela ampliação da imagem exibida no celular e projetada em um anteparo. Foi

pintado com tinta da cor preta para evitar que a luz seja refletida ao incidir nas paredes do

experimento, aumentando assim a qualidade da imagem projetada.

Oitavo passo: avaliar o aprendizado. Solicitar que os alunos utilizem o experimento para

projetar imagem uma parede brilhosa, depois numa parede fosca e compararem a qualidade.

Nono e último passo: estimular o conhecimento. Desafiar os alunos a reproduzirem este

experimento em casa e pesquisarem sobre experimentos relacionados à projeção de imagens.

4.5.3 Espelhos esféricos caseiros

Aplicação do experimento espelhos esféricos caseiros, conforme figura 43.

Figura 43 - Espelhos esféricos caseiros

Fonte: próprio autor

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Primeiro passo: pergunta motivadora. Iniciar fazendo a seguinte pergunta: O que são

espelhos côncavos e convexos?

Segundo passo: contextualizar. Citar que espelhos curvos, sejam eles côncavos ou

convexos, podem ser encontrados em telescópios, materiais utilizados pelos dentistas para

ampliar a imagem a ser refletida, retrovisores com ampliação da imagem refletida, espelhos

utilizados para segurança patrimonial pois ampliam a imagem refletida, etc.

Terceiro passo: descrever o experimento. Informar que este experimento tem por

objetivo construir espelhos côncavos e convexos, bem como observar como os raios de luz se

comportam quando são refletidos por ele.

Quarto passo: citar materiais utilizados. Foram utilizados: garrafa plástica, colher,

película espelhada, rolo de papel higiênico, fita adesiva, impressos, papel e caneta.

Quinto passo: confeccionar o experimento. Utilizar o rolo de fita adesiva para fazer duas

superfícies curvas. Cortar ao meio o rolo de fita adesiva. Aplicar película espelhada automotiva.

Utilizar uma tesoura para cortar a parte lisa de uma garrafa plástica de refrigerante e aplicar

película espelhada automotiva dos dois lados. Utilizar uma colher

Sexto passo: aplicar o experimento. Utilizar experimento feito de o rolo de fita adesiva,

o feito da parte lisa da garrafa plástica e a colher para demonstrar superfícies côncavas e

convexas. Utilizar o experimento feito com garrafa plástica cheia de água, posicionar de forma

a ser possível enxergar a inversão da imagem refletida. Utilizar o experimento feito imagens

impressas e rolo de papel higiênico, posicionando as imagens impressas ou o rolo de modo a

possibilitar que sejam formadas as imagens no rolo.

Sétimo passo: fundamentar teoricamente. Informar que o espelho côncavo tem a

superfície refletora é na parte interna ao espelho curvo. Informar que quando o objeto observado

afastado acima da distância do raio de curvatura deste espelho, a imagem é real, invertida e

menor do que o objeto observado. Se o objeto estiver entre o centro e o foco deste espelho, a

imagem é real, invertida e maior que o objeto observado. Espelho convexo: a superfície

refletora é na parte externa ao espelho curvo. Independente da distância entre o objeto

observado e o espelho, a imagem será sempre virtual, menor e direita.

Oitavo e último passo: avaliar o aprendizado. Solicitar aos alunos que eles citem mais

exemplos de espelhos curvos que eles conhecem.

Nono e último passo: estimular o conhecimento. Solicitar que os alunos pesquisem mais

exemplos de utilização de espelhos curvos. Solicitar que os alunos procurem espelhos curvos

para verificarem se são côncavos ou convexos.

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4.6 Dispersão da luz

Orientações sobre como aplicar os experimentos Disco de Newton, Reflexo das cores e

Luz branca, relativos ao conceito de Dispersão da luz.

4.6.1 Disco de Newton

Orientações sobre como aplicar o experimento Disco de Newton, conforme figura 44.

Figura 44 - Experimento disco de Newton

Fonte: próprio autor

Primeiro passo: pergunta motivadora. Questionar: como fazer um disco de newton?

Segundo passo: contextualizar. Informar que o experimento Disco de Newton, ficou

conhecido desta forma pelo fato do Isaac Newton ter descoberto que a luz branca do Sol é a

composição das cores do arco-íris.

Terceiro passo: descrever o experimento. Informar da mesma forma que a luz branca

origina as cores do arco-íris, é possível demonstrar, através do disco de Newton, que as cores

do arco-íris podem formar a cor branca.

Quarto passo: citar materiais utilizados. Informar que foram utilizados: cartolina branca,

lápis de cor, tesoura, alicate, fósforo, cola quente, DVD, vinil, moeda e fita adesiva.

Quinto passo: confeccionar o experimento. Utilizando um disco de vinil, fazer um

molde, recortar, pintar com as cores do arco-íris e colar no vinil. Utilizando um DVD, fazer um

molde de papel, pintar com as cores do arco-íris e colar sobre o DVD. Então, fixar uma moeda

no centro do DVD, de modo que seja possível rotacionar o DVD facilmente. Utilizando um

ventilador, colar na hélice do ventilador um papel com as cores do arco-íris. Utilizar outras

combinações de cores para fazer outras demonstrações, como por exemplo combinações de

cores primárias resultando em cores secundárias.

Sexto passo: aplicar o experimento. Para aplicar o disco de Newton feito com vinil, com

DVD e com barbante: questionar aos alunos o que acontecerá quando for rotacionado cada

experimento. Para aplicar o disco de Newton feito com o ventilador: utilizar os moldes com

cores primárias. Questionar aos alunos qual cor surgirá da rotação das cores primárias e então

questionar qual cor surgirá da rotação das cores do arco-íris.

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Sétimo passo: fundamentar teoricamente. Informar que através deste experimento, é

possível refazer uma experiência conhecida como Disco de Newton.

Oitavo: avaliar o aprendizado. Avaliar se o aluno entendeu sobre a formação da cor

branca através do experimento de disco de Newton.

Nono: estimular o conhecimento. Solicitar que os alunos citem exemplos práticos do dia

a dia que eles acham semelhantes ao experimento demonstrado.

4.6.2 Reflexo das cores

Orientações sobre como aplicar o experimento Reflexo das Cores, conforme figura 45.

Figura 45 - Experimento reflexo das Cores

Fonte: próprio autor

Primeiro passo: pergunta motivadora. Questionar: Como enxergamos as cores?

Segundo passo: contextualizar. Citar os objetos absorvem todas as cores que estão na

luz branca e refletem apenas a cor que enxergamos.

Terceiro passo: descrever o experimento. Informar que este experimento tem como

objetivo demonstrar que as cores que enxergamos é basicamente reflexo da luz.

Quarto passo: citar materiais utilizados. Informar que foram utilizados: cartolina preta,

holofote colorido ou fonte de luz de diversas cores e cartolinas coloridas.

Quinto passo: confeccionar o experimento. Utilizar cartolinas coloridas e escrever o

nome da cor de cada cartolina sobre a cartolina correspondente. Foi utilizado um refletor do

tipo LED que possui controle remoto, facilitando a escolha de diversas cores.

Sexto passo: aplicar o experimento. Posicionar todas as cartolinas feitas. Ligar a luz

branca e observar as cores das cartolinas. Utilizar diversas cores.

Sétimo passo: fundamentar teoricamente. Informar que as cores dos objetos que

enxergamos é proveniente da luz que intercepta esse objeto e reflete em nossos olhos.

Oitavo passo: avaliar o aprendizado. Questionar os alunos sobre a situação de, ao invés

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de serem utilizadas diversas cores do holofote, fosse utilizada uma lâmpada de luz negra, qual

cor seria possível enxergar para as cores de cartolinas utilizadas neste experimento.

Nono passo: estimular o conhecimento. Solicitar que os alunos citem exemplos práticos

do dia a dia que eles acham semelhantes ao experimento demonstrado.

4.6.3 Luz branca

Orientações sobre como aplicar o experimento Luz Branca, conforme figura 56.

Figura 46 - Experimento Luz Branca

Fonte: próprio autor

Primeiro passo: Questionar: como se formam as cores do arco-íris?

Segundo passo: contextualizar. Citar que dependendo da fonte que a luz branca é

originada, é possível obter diferentes intensidades e riquezas de cores.

Terceiro passo: descrever o experimento. Informar que este experimento tem como

objetivo demonstrar a desfragmentação da luz branca, possibilitando enxergar as cores que a

compõe, emitida por diferentes fontes de luz.

Quarto passo: citar materiais utilizados. Informar que foram utilizados: cartolina preta,

DVD, fita adesiva, tesoura, luminária de mesa, vela, fósforo e lâmpadas.

Quinto passo: confeccionar o experimento. Utilizar a tesoura para cortar o DVD de

modo a separar em 2 partes. Utilizar apenas a parte da cor roxa, retirando com cuidado algumas

partes prateadas que possam ficar grudadas ao DVD.

Sexto passo: aplicar o experimento. Utilizar lâmpada de luz negra e verificar que só

reflete os objetos da cor branca. Utilizar lâmpada incandescente e fluorescente para observar a

intensidade das cores formadas. Utilizar uma fonte primária, como a vela.

Sétimo passo: fundamentar teoricamente. Informar que neste experimento, o DVD é

utilizado por possuir diversos orifícios em sua superfície que permitem a passagem de luz. É

possível observar através do DVD a luz que determinadas lâmpadas emitem.

Oitavo passo: avaliar o aprendizado. Questionar os alunos sobre qual fonte de luz tem

maior intensidade de cores neste experimento.

Nono passo: estimular o conhecimento. Solicitar que os alunos citem exemplos práticos

do dia a dia que eles acham semelhantes ao experimento demonstrado.

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5 ANÁLISE DE RESULTADOS

Esta análise foi feita de forma quantitativa no que diz respeito ao estudo estatístico do

número de respostas corretas obtidas nos questionários inicial (antes de aplicar o experimento)

e intermediário (após aplicação da sequência de ensino). Então, de posse dos questionários

respondidos pelos alunos, foram geradas tabelas com as imagens das respostas e gráficos

comparativos dos resultados obtidos no questionário inicial e intermediário.

A pesquisa também é de caráter qualitativo, pois, apesar de não haver tempo hábil para

analisar se houve evolução dos conhecimentos dos alunos que participaram deste trabalho ao

longo dos anos de estudo deles, foi possível obter suas opiniões sobre a sequência de ensino

proposta e sobre aulas experimentais.

No primeiro momento, foi aplicado um questionário inicial, contendo 12 perguntas

simples, para sondar conhecimentos prévios dos alunos, solicitando que citem o que eles

possuem de conhecimento sobre conceitos como: propagação da luz; reversibilidade da luz;

independência dos raios da luz; fontes primárias e secundárias; sombra e penumbra; meios

transparentes, translúcidos e opacos; câmara escura; reflexão; refração; associação de espelhos;

lentes e espelhos esféricos e dispersão da luz.

No segundo momento, foi aplicada a sequência de ensino deste trabalho, seguindo a

seguintes etapas: pergunta motivadora; contextualizar; descrever o experimento; citar materiais

utilizados; confeccionar o experimento; aplicar o experimento (os alunos têm a oportunidade

de observar o funcionamento do experimento, estimulando-os a pensar sobre os conceitos

físicos relacionados); fundamentar (os discentes obtêm explicações físicas do professor);

avaliar o aprendizado e estimular o conhecimento.

No terceiro momento, objetivando analisar melhorias no aprendizado dos alunos após a

aplicação da sequência de ensino, foi aplicado um questionário intermediário, investigando se

os alunos entenderam melhor sobre o conceito proposto por cada experimento e solicitado que

eles citem com suas próprias palavras, explicações físicas sobre cada conceito abordado.

No quarto momento, objetivando obter a opinião dos alunos quanto à sequência de

ensino e sobre a utilização de experimentos, foi aplicado um questionário final, contendo as

perguntas: “Qual sua opinião sobre esta sequência didática adaptada ao ensino fundamental

abordando conceitos de Física?” e “Qual sua opinião sobre aulas sendo utilizados

experimentos?”.

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5.1 Questionário inicial

Apresentadas 12 questões solicitando que os alunos citem algo sobre cada conceito.

5.1.1 Introdução

Nesta seção foram abordados conceitos de propagação da luz; independência dos raios

da luz; fontes primárias e secundárias; sombra e penumbra; meios transparentes, translúcidos e

opacos; câmara escura.

5.1.1.1 Propagação da luz

Apenas 13 alunos responderam, 31,7% desta amostra, conforme tabela 01.

Tabela 01 – Respostas obtidas no questionário inicial sobre propagação da luz Respostas dos alunos

Aluno 02

Aluno 06

Aluno 08

Aluno 11 Aluno 13

Aluno 14

Aluno 20

Aluno 21 Aluno 24 Aluno 27 Aluno 29 Aluno 33

Aluno 39

Fonte: próprio autor

5.1.1.2 Reversibilidade da luz

Apenas 10 alunos responderam, 24,39% desta amostra, conforme tabela 02.

Tabela 02 – Respostas obtidas no questionário inicial sobre reversibilidade da luz Respostas dos alunos Aluno 02 Aluno 03 Aluno 08 Aluno 11 Aluno 13 Aluno 14 Aluno 20 Aluno 21 Aluno 24 Aluno 39

Fonte: próprio autor

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5.1.1.3 Independência dos raios da luz

Apenas 02 alunos responderam, 4,87% desta amostra, conforme tabela 03.

Tabela 03 – Respostas obtidas no questionário inicial sobre independência dos raios da luz Resposta do aluno Aluno 06

Aluno 14

Fonte: próprio autor

5.1.1.4 Fontes primárias e secundárias

Apenas 01 aluno respondeu, 2,43% desta amostra, conforme tabela 04.

Tabela 04 – Respostas obtidas no questionário inicial sobre fontes primárias e secundárias Resposta do aluno Aluno 14

Fonte: próprio autor

5.1.1.5 Sombra e penumbra

Nenhum dos 41 alunos respondeu este item.

5.1.1.6 Meios transparentes, translúcidos e opacos – análise de resultados

Nenhum dos 41 alunos respondeu este item.

5.1.1.7 Câmara escura

Apenas 02 responderam, 4,87% desta amostra, conforme tabela 05.

Tabela 05 – Respostas obtidas no questionário inicial sobre câmara escura Respostas dos alunos Aluno 07

Aluno 14

Fonte: próprio autor

5.1.2 Reflexão

Apenas 01 respondeu, 2,43% desta amostra, conforme tabela 06.

Tabela 06 – Respostas obtidas no questionário inicial sobre reflexão Resposta do aluno Aluno 06

Fonte: próprio autor

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5.1.3 Refração

Nenhum dos 41 alunos respondeu este item.

5.1.4 Associação de espelhos planos

Nenhum dos 41 alunos respondeu este item.

5.1.5 Lentes e espelhos esféricos

Nenhum dos 41 alunos respondeu este item.

5.1.6 Dispersão da luz

Nenhum dos 41 alunos respondeu este item.

5.2 Análise das respostas sobre ter entendido melhor através de cada experimento

Objetivando coletar dados sobre a opinião dos alunos, conforme tabela 07.

Tabela 07 – Respostas sobre ter entendido melhor através de cada experimento

Experimentos Respostas

Sim Não Em branco Propagação da luz 39 02 00 Reversibilidade da luz 35 02 04 Independência dos raios da luz 41 00 00 Fontes primárias e secundárias 39 00 02 Sombra e penumbra 38 03 00 Meios transparentes, translúcidos e opacos 37 01 03 Câmara escura 34 06 01 Incidência e reflexão 38 00 03 Fibra óptica 38 01 02 Levitação 40 00 01 Holograma caseiro 39 01 01 Aquário e laser 41 00 00 Efeito monga 41 00 00 Espelho do susto 40 00 01 Decalcar desenhos 39 00 02 Número de imagens formadas 39 00 02 Caleidoscópio 36 00 05 Periscópio 41 00 00 Imagem no infinito 40 00 01 Microscópio caseiro 40 00 01 Projetor caseiro 31 08 02 Espelhos esféricos caseiros 41 00 00 Disco de Newton 41 00 00 Reflexo das cores 40 00 01

Luz branca 37 00 04

Fonte: próprio autor

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5.3 Questionário intermediário – citar algo após ter sido aplicado experimento

5.3.1 Introdução

Analisar o que os alunos aprenderam após ser aplicado cada experimento.

5.3.1.1 Propagação da luz

Após ser aplicado o experimento, 31 alunos responderam, 76,6% desta amostra,

conforme tabela 08.

Tabela 08 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre propagação da luz Respostas dos alunos Aluno 01 Aluno 02 Aluno 04

Aluno 05 Aluno 06 Aluno 07 Aluno 09 Aluno 10 Aluno 11 Aluno 12 Aluno 13 Aluno 14

Aluno 16 Aluno 20

Aluno 21 Aluno 22

Aluno 23 Aluno 24

Aluno 25 Aluno 26

Aluno 28 Aluno 29

Aluno 31 Aluno 33

Aluno 34

Aluno 35 Aluno 36 Aluno 38

Aluno 39

Aluno 40

Aluno 41

Fonte: próprio autor

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5.3.1.2 Reversibilidade da luz

Obtido como resposta “a luz se propaga de um lado para o outro” por 15 dos 23 alunos

que responderam, destacadas as demais respostas conforme tabela 09.

Tabela 09 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre reversibilidade da luz Respostas dos alunos Aluno 06

Aluno 13

Aluno 23

Aluno 24

Aluno 34

Aluno 38

Aluno 39

Aluno 41

Fonte: próprio autor

5.3.1.3 Independência dos raios da luz

Após ser aplicado o experimento, 28 alunos responderam, 68,29% desta amostra,

seguem algumas respostas, conforme tabela 10.

Tabela 10 – Respostas no questionário interm. sobre independência dos raios da luz Respostas dos alunos Aluno 01

Aluno 09

Aluno 11

Aluno 12

Aluno 14

Aluno 16

Aluno 20

Aluno 23

Aluno 24

Aluno 28

Aluno 34 Aluno 36

Aluno 40

Fonte: próprio autor

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5.3.1.4 Fontes primárias e secundárias

Após ser aplicado o experimento, 24 alunos responderam, 58,54% desta amostra,

seguem algumas respostas, conforme tabela 11.

Tabela 11 – Respostas no questionário interm. sobre fontes primárias e secundárias Respostas dos alunos Aluno 11

Aluno 13

Aluno 14

Aluno 21

Aluno 22

Aluno 23

Aluno 24

Aluno 39 Aluno 41

Fonte: próprio autor

5.3.1.5 Sombra e penumbra

Após ser aplicado o experimento, 27 alunos responderam, 65,85% desta amostra,

seguem algumas respostas, conforme tabela 12.

Tabela 12 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre sombra e penumbra Respostas dos alunos Aluno 01

Aluno 04

Aluno 09

Aluno 12

Aluno 13

Aluno 21

Aluno 22

Aluno 23

Aluno 24

Aluno 28

Aluno 36

Aluno 40

Fonte: próprio autor

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88

5.3.1.6 Meios transparentes, translúcidos e opacos

Após ser aplicado o experimento, 23 alunos responderam, 56,1% desta amostra,

conforme tabela 13.

Tabela 13 – Respostas no quest. interm. sobre meios transparentes, translúcidos e opacos Respostas dos alunos Aluno 02

Aluno 04

Aluno 05

Aluno 06

Aluno 09

Aluno 10

Aluno 11

Aluno 12

Aluno 14

Aluno 20

Aluno 21

Aluno 22

Aluno 23

Aluno 24

Aluno 25

Aluno 28

Aluno 31

Aluno 33

Aluno 35

Aluno 36

Aluno 38

Aluno 39

Aluno 40

Fonte: próprio autor

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89

5.3.1.7 Câmara escura

Após ser aplicado o experimento, 17 alunos responderam, 41,46% desta amostra,

conforme tabela 14.

Tabela 14 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre câmara escura Respostas dos alunos Aluno 01

Aluno 02 Aluno 07

Aluno 10

Aluno 11

Aluno 12

Aluno 16

Aluno 20

Aluno 21 Aluno 22 Aluno 23

Aluno 25

Aluno 28

Aluno 31 Aluno 35 Aluno 38

Aluno 40

Fonte: próprio autor

5.3.2 Reflexão

Após ser aplicado o experimento, 12 alunos responderam, 29,27% desta amostra,

conforme tabela 15.

Tabela 15 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre reflexão Respostas dos alunos Aluno 05 Aluno 06 Aluno 08

Aluno 09

Aluno 10 Aluno 12 Aluno 22 Aluno 26

Aluno 37 Aluno 38

Aluno 39

Aluno 40

Fonte: próprio autor

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90

5.3.2.1 Incidência e reflexão

Após ser aplicado o experimento, 31 alunos responderam, 75,61% desta amostra,

seguem algumas respostas, conforme tabela 16.

Tabela 16 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre incidência e reflexão Respostas dos alunos Aluno 11

Aluno 12

Aluno 14

Aluno 15

Aluno 17

Aluno 24

Aluno 27

Aluno 36 Aluno 37 Aluno 38 Aluno 39 Aluno 40 Aluno 41

Fonte: próprio autor

5.3.2.2 Fibra óptica

Após ser aplicado o experimento, 33 alunos responderam, 80,49% desta amostra,

seguem algumas respostas, conforme tabela 17.

Tabela 17 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre fibra óptica Respostas dos alunos Aluno 08

Aluno 11

Aluno 15

Aluno 18

Aluno 21

Aluno 23 Aluno 24

Aluno 27

Aluno 28

Aluno 31

Aluno 34

Aluno 37

Aluno 40

Aluno 41

Fonte: próprio autor

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91

5.3.2.3 Levitação

Após ser aplicado o experimento, 38 alunos responderam, 95,12% desta amostra,

seguem algumas respostas, conforme tabela 18.

Tabela 18 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre levitação Respostas dos alunos Aluno 02

Aluno 11 Aluno 12

Aluno 15

Aluno 19 Aluno 20 Aluno 21 Aluno 22

Aluno 27 Aluno 29

Aluno 31 Aluno 39 Aluno 40 Aluno 41

Fonte: próprio autor

5.3.3 Refração

Após ser aplicado o experimento, 14 alunos responderam, 34,15% desta amostra,

seguem algumas respostas, conforme tabela 19.

Tabela 19 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre refração Respostas dos alunos Aluno 03

Aluno 07

Aluno 17

Aluno 18

Aluno 19

Aluno 23

Aluno 27

Aluno 28

Aluno 34

Fonte: próprio autor

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92

5.3.3.1 Holograma caseiro

Após ser aplicado o experimento, 34 alunos responderam, 82,93% desta amostra,

seguem algumas respostas, conforme tabela 20.

Tabela 20 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre holograma caseiro Respostas dos alunos Aluno 10

Aluno 11

Aluno 12

Aluno 20 Aluno 21

Aluno 22 Aluno 28

Aluno 29

Aluno 37

Aluno 40

Aluno 41

Fonte: próprio autor

5.3.3.2 Aquário e laser

Após ser aplicado o experimento, 34 alunos responderam, 82,93% desta amostra,

seguem algumas respostas, conforme tabela 21.

Tabela 21 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre aquário e laser Respostas dos alunos Aluno 02

Aluno 05

Aluno 06

Aluno 09

Aluno 11

Aluno 12

Aluno 22

Aluno 23

Aluno 24

Aluno 28

Aluno 31 Aluno 32

Aluno 36 Aluno 37

Fonte: próprio autor

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93

5.3.3.3 Efeito monga

Após ser aplicado o experimento, 34 alunos responderam, 82,93% desta amostra,

seguem algumas respostas, conforme tabela 22.

Tabela 22 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre efeito monga Respostas dos alunos Aluno 02

Aluno 03 Aluno 05

Aluno 06 Aluno 07

Aluno 08

Aluno 09

Aluno 10

Aluno 11

Aluno 12

Aluno 23

Aluno 27 Aluno 31 Aluno 36

Aluno 40

Fonte: próprio autor

5.3.3.4 Espelho do susto

Após ser aplicado o experimento, 30 alunos responderam, 73,17% desta amostra,

seguem algumas respostas, conforme tabela 23.

Tabela 23 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre espelho do susto Respostas dos alunos Aluno 01

Aluno 03

Aluno 04

Aluno 05

Aluno 12 Aluno 13 Aluno 17

Aluno 23

Aluno 31 Aluno 36

Aluno 40

Fonte: próprio autor

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94

5.3.3.5 Decalcar desenhos

Após ser aplicado o experimento, 32 alunos responderam, 78,05% desta amostra,

seguem algumas respostas, conforme tabela 24.

Tabela 24 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre decalcar desenhos Respostas dos alunos Aluno 01 Aluno 02 Aluno 03

Aluno 04

Aluno 05

Aluno 06

Aluno09

Aluno 10 Aluno 11 Aluno 12

Aluno 13

Aluno 14 Aluno 17

Aluno 18

Aluno 19

Aluno 20 Aluno 21 Aluno 22

Aluno 23 Aluno 24

Aluno 26

Aluno 28 Aluno 30 Aluno 31

Aluno 32 Aluno 33

Aluno 34 Aluno 35

Aluno 36

Aluno 37 Aluno 38

Aluno 40

Fonte: próprio autor

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95

5.3.4 Associação de espelhos planos

Após ser aplicado o experimento, 13 alunos responderam, 31,7% desta amostra,

conforme tabela 25.

Tabela 25 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre associação de espelhos planos Respostas dos alunos Aluno 07 Aluno 08 Aluno 12 Aluno 18 Aluno 22 Aluno 23 Aluno 26 Aluno 28

Aluno 32 Aluno 34 Aluno 36 Aluno 37 Aluno 38

Fonte: próprio autor

5.3.4.1 Número de imagens formadas

Após ser aplicado o experimento, 18 alunos responderam, 43,9% desta amostra,

conforme tabela 26.

Tabela 26 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre número de imagens formadas Respostas dos alunos Aluno 01 Aluno 03 Aluno 04 Aluno 07 Aluno 09 Aluno 10 Aluno 12 Aluno 16 Aluno 17 Aluno 22 Aluno 23 Aluno 26 Aluno 28 Aluno 30 Aluno 32 Aluno 33 Aluno 34 Aluno 40

Fonte: próprio autor

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96

5.3.4.2 Caleidoscópio

Após ser aplicado o experimento, 12 alunos responderam, conforme tabela 27.

Tabela 27 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre caleidoscópio Respostas dos alunos Aluno 01 Aluno 03 Aluno 04 Aluno 08 Aluno 10 Aluno 16 Aluno 17 Aluno 23 Aluno 28

Aluno 31 Aluno 32 Aluno 38

Fonte: próprio autor

5.3.4.3 Periscópio

Após ser aplicado o experimento, 20 alunos responderam, conforme tabela 28.

Tabela 28 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre periscópio Respostas dos alunos Aluno 01

Aluno 03 Aluno 04

Aluno 07 Aluno 08

Aluno 10 Aluno 15 Aluno 16

Aluno 18 Aluno 19 Aluno 23 Aluno 26 Aluno 27 Aluno 28

Aluno 30 Aluno 31 Aluno 32 Aluno 34

Aluno 37 Aluno 38

Fonte: próprio autor

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97

5.3.4.4 Imagem no infinito

Após ser aplicado o experimento, 22 alunos responderam, 53,66% desta amostra,

conforme tabela 29.

Tabela 29 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre imagem no infinito Respostas dos alunos Aluno 01

Aluno 03

Aluno 04

Aluno 07

Aluno 08

Aluno 10 Aluno 15

Aluno 16

Aluno 18

Aluno 19 Aluno 23

Aluno 26

Aluno 27

Aluno 28

Aluno 30

Aluno 31

Aluno 32 Aluno 33

Aluno 34

Aluno 35

Aluno 37

Aluno 38

Fonte: próprio autor

5.3.5 Lentes e espelhos esféricos

Após ser aplicado o experimento, 02 alunos responderam, 4,88% desta amostra,

conforme tabela 30.

Tabela 30 – Respostas no questionário intermediário sobre lentes e espelhos esféricos Respostas dos alunos Aluno 19

Aluno 33

Fonte: próprio autor

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98

5.3.5.1 Microscópio caseiro

Após ser aplicado o experimento, 21 alunos responderam, 51,22% desta amostra,

conforme tabela 31.

Tabela 31 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre microscópio caseiro Respostas dos alunos Aluno 01

Aluno 04

Aluno 07 Aluno 09

Aluno 10

Aluno 12

Aluno 14

Aluno 16 Aluno 18

Aluno 22 Aluno 23 Aluno 26 Aluno 28

Aluno 30 Aluno 31 Aluno 33 Aluno 34 Aluno 35 Aluno 38 Aluno 40 Aluno 41

Fonte: próprio autor

5.3.5.2 Projetor caseiro

Após ser aplicado o experimento, 07 alunos responderam, 17,07% desta amostra,

conforme tabela 32.

Tabela 32 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre projetor caseiro Respostas dos alunos Aluno 09 Aluno 12 Aluno 18

Aluno 23

Aluno 33

Aluno 35 Aluno 40

Fonte: próprio autor

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99

5.3.5.3 Espelhos esféricos caseiros

Após ser aplicado o experimento, 05 alunos responderam, 12,2% desta amostra,

conforme tabela 33.

Tabela 33 – Respostas no questionário intermediário sobre espelhos esféricos caseiros Respostas dos alunos Aluno 09

Aluno 12

Aluno 18

Aluno 23

Aluno 35

Fonte: próprio autor

5.3.6 Dispersão da luz

Após ser aplicado o experimento, 07 alunos responderam, 17,07% desta amostra,

conforme tabela 34.

Tabela 34 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre dispersão da luz Respostas dos alunos Aluno 04

Aluno 09

Aluno 12

Aluno 14

Aluno 21

Aluno 36

Aluno 40

Fonte: próprio autor

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100

5.3.6.1 Disco de Newton

Após ser aplicado o experimento, 30 alunos responderam, 73,17% desta amostra,

seguem algumas respostas, conforme tabela 35.

Tabela 35 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre disco de Newton Respostas dos alunos Aluno 12

Aluno 13

Aluno 22

Aluno 23

Aluno 24

Aluno 26

Aluno 27

Aluno 28

Aluno 36

Aluno 37 Aluno 40

Fonte: próprio autor

5.3.6.2 Reflexo das cores

Após ser aplicado o experimento, 30 alunos responderam, 73,17% desta amostra,

seguem algumas respostas, conforme tabela 36.

Tabela 36 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre reflexo das cores Respostas dos alunos Aluno 11

Aluno 14

Aluno 17

Aluno 21 Aluno 22

Aluno 23

Aluno 26

Aluno 29 Aluno 30

Aluno 31

Aluno 32 Aluno 36

Aluno 40

Aluno 41

Fonte: próprio autor

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101

5.3.6.3 Luz branca

Após ser aplicado o experimento, 26 alunos responderam, 63,41% desta amostra,

conforme tabela 37.

Tabela 37 – Respostas obtidas no questionário intermediário sobre luz branca Respostas dos alunos Aluno 04

Aluno 08

Aluno 09

Aluno 10

Aluno 12

Aluno 13

Aluno 14

Aluno 15

Aluno 16

Aluno 17

Aluno 18

Aluno 22

Aluno 23

Aluno 26

Aluno 27

Aluno 28

Aluno 30

Aluno 31

Aluno 32

Aluno 33

Aluno 34

Aluno 35

Aluno 36

Aluno 37

Aluno 38

Aluno 40

Fonte: próprio autor

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102

5.4 Comparativos entre os questionários inicial e intermediário

Comparativos entre respostas obtidas nos questionários inicial e intermediário, sendo

analisados os conceitos principais: propagação da luz; reversibilidade da luz; independência

dos raios da luz; fontes primárias e secundárias; sombra e penumbra; meios transparentes,

translúcidos e opacos; câmara escura; reflexão; refração; associação de espelhos planos;

espelhos e lentes esféricas; e dispersão da luz. Também foram analisadas as respostas obtidas

mediante realização de experimentos sobre estes conceitos, como: incidência e reflexão; fibra

óptica; levitação; holograma caseiro; aquário e laser; espelho do susto; decalcar desenhos;

número de imagens formadas; caleidoscópio; periscópio; imagem no infinito; microscópio

caseiro; projetor caseiro; espelhos esféricos caseiros; disco de Newton; reflexo das cores e luz

branca.

Para melhor visualização dos resultados, foram gerados gráficos comparativos dos

resultados dos principais conceitos e da quantidade de respostas satisfatórias obtidas através de

cada um dos experimentos.

5.4.1.1 Propagação da luz

No questionário inicial, conforme citado no item 5.1.1.1, 13 responderam algo sobre

propagação da luz. E no questionário intermediário, conforme citado no item 5.3.1.1, 31

responderam algo satisfatoriamente, conforme gráfico 01.

Gráfico 01 – Comparativo sobre propagação da luz

Fonte: próprio autor

13141516171819202122232425262728293031

Questionário inicial Questionário intermediário

me

ro d

e a

lun

os

Comparativo entre questionário inicial e

intermediário

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103

5.4.1.2 Reversibilidade da luz

No questionário inicial, conforme citado no item 5.1.1.2, 10 responderam algo sobre

reversibilidade da luz. E no questionário intermediário, conforme citado no item 5.3.1.2, 23

responderam algo satisfatoriamente, conforme gráfico 02.

Gráfico 02 – Comparativo sobre reversibilidade da luz

Fonte: próprio autor

5.4.1.3 Independência dos raios da luz

No questionário inicial, conforme citado no item 5.1.1.3, 02 responderam algo sobre

independência dos raios da luz. E no questionário intermediário, conforme citado no item

5.3.1.3, 28 responderam algo satisfatoriamente, conforme gráfico 03.

Gráfico 03 – Comparativo sobre independência dos raios da luz

Fonte: próprio autor

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

Questionário inicial Questionário intermediário

me

ro d

e a

lun

os

Comparativo entre questionário inicial e intermediário

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

Questionário inicial Questionário intermediário

me

ro d

e a

lun

os

Comparativo entre questionário inicial e

intermediário

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5.4.1.4 Fontes primárias e secundárias

No questionário inicial, conforme citado no item 5.1.1.4, 01 respondeu algo sobre fontes

primárias e secundárias. E no questionário intermediário, conforme citado no item 5.3.1.4, 24

responderam algo satisfatoriamente, conforme gráfico 04.

Gráfico 04 – Comparativo sobre fontes primárias e secundárias

Fonte: próprio autor

5.4.1.5 Sombra e penumbra

No questionário inicial, conforme citado no item 5.1.1.5, nenhum aluno respondeu algo

sobre sombra e penumbra. E no questionário intermediário, conforme citado no item 5.3.1.5,

27 responderam algo satisfatoriamente, conforme gráfico 05.

Gráfico 05 – Comparativo sobre sombra e penumbra

Fonte: próprio autor

123456789

101112131415161718192021222324

Questionário inicial Questionário intermediário

me

ro d

e a

lun

os

Comparativo entre questionário inicial e

intermediário

0123456789

101112131415161718192021222324252627

Questionário inicial Questionário intermediário

me

ro d

e a

lun

os

Comparativo entre questionário inicial e

intermediário

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105

5.4.1.6 Meios transparentes, translúcidos e opacos

No questionário inicial, conforme citado no item 5.1.1.6, nenhum aluno respondeu algo

sobre meios transparentes, translúcidos e opacos. E no questionário intermediário, conforme

citado no item 5.3.1.6, 23 responderam algo satisfatoriamente, conforme gráfico 06.

Gráfico 06 – Comparativo sobre meios transparentes, translúcidos e opacos

Fonte: próprio autor

5.4.1.7 Câmara escura

No questionário inicial, conforme citado no item 5.1.1.7, 02 responderam algo sobre

câmara escura. E no questionário intermediário, conforme citado no item 5.3.1.7, 17

responderam algo satisfatoriamente, conforme gráfico 07.

Gráfico 07 – Comparativo sobre câmara escura

Fonte: próprio autor

0123456789

1011121314151617181920212223

Questionário inicial Questionário intermediário

me

ro d

e a

lun

os

Comparativo entre questionário inicial e intermediário

23456789

1011121314151617

Questionário inicial Questionário intermediário

me

ro d

e a

lun

os

Comparativo entre questionário inicial e intermediário

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106

5.4.2 Reflexão

No questionário inicial, conforme citado no item 5.1.2, 01 respondeu algo sobre

reflexão. E no questionário intermediário, conforme citado no item 5.3.2, 12 responderam algo

satisfatoriamente, conforme gráfico 08.

Gráfico 08 – Comparativo sobre reflexão

Fonte: próprio autor

Analisando o número de respostas obtidas após a aplicação dos experimentos:

incidência e reflexão (31 respostas); fibra óptica (33 respostas); e levitação (39 respostas).

Conforme gráfico 09.

Gráfico 09 – Respostas relacionadas aos experimentos de reflexão

Fonte: próprio autor

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

Questionário inicial Questionário intermediário

me

ro d

e a

lun

os

Comparativo entre questionário inicial e intermediário

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Incidência e reflexão Fibra óptica Levitação

Experimentos sobre reflexão

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107

5.4.3 Refração

No questionário inicial, conforme citado no item 5.1.3, nenhum aluno respondeu algo

sobre refração. E no questionário intermediário, conforme citado no item 5.3.3, 14 responderam

corretamente, conforme gráfico 10.

Gráfico 10 – Comparativo sobre refração

Fonte: próprio autor

Analisando o número de respostas obtidas após a aplicação dos experimentos:

holograma caseiro (34 respostas); aquário e laser (34 respostas); efeito monga (34 respostas);

espelho do susto (30 respostas); e decalcar desenhos (32 respostas). Conforme gráfico 11.

Gráfico 11 – Respostas relacionadas aos experimentos de refração

Fonte: próprio autor

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

Questionário inicial Questionário intermediário

me

ro d

e a

lun

os

Comparativo entre questionário inicial e intermediário

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Holograma caseiro Laser e aquário Efeito monga Espelho do susto Decalcar desenhos

Experimentos sobre refração

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108

5.4.4 Associação de espelhos planos

No questionário inicial, conforme citado no item 5.1.4, nenhum aluno respondeu algo

sobre associação de espelhos planos. E no questionário intermediário, conforme citado no item

5.3.4, 13 responderam algo satisfatoriamente, conforme gráfico 12.

Gráfico 12 – Comparativo sobre associação de espelhos planos

Fonte: próprio autor

Analisando o número de respostas obtidas após a aplicação dos experimentos: número

de imagens formadas (23 respostas), caleidoscópio (12 respostas); periscópio (21 respostas); e

imagem no infinito (22 respostas). Conforme gráfico 13.

Gráfico 13 – Respostas relacionadas aos experimentos de associação de espelhos planos

Fonte: próprio autor

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

Questionário inicial Questionário intermediário

me

ro d

e a

lun

os

Comparativo entre questionário inicial e intermediário

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Número de imagens

formadas

Caleidoscópio Periscópio Imagem no infinito

me

ro d

e a

lun

os

Título do Eixo

Experimentos sobre refração

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5.4.5 Lentes e espelhos esféricos

No questionário inicial, conforme citado no item 5.1.5, nenhum aluno respondeu algo

sobre lentes e espelhos esféricos. E no questionário intermediário, conforme citado no item

5.3.5, 02 responderam algo satisfatoriamente, conforme gráfico 14.

Gráfico 14 – Comparativo sobre lentes e espelhos esféricos

Fonte: próprio autor

Analisando o número de respostas obtidas após a aplicação dos experimentos:

microscópio caseiro (21 respostas); projetor caseiro (07 respostas); e espelhos esféricos caseiros

(05 respostas). Conforme gráfico 15.

Gráfico 15 – Respostas relacionadas aos experimentos de lentes e espelhos esféricos

Fonte: próprio autor

0

1

2

Questionário inicial Questionário intermediário

me

ro d

e a

lun

os

Comparativo entre questionário inicial e intermediário

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Microscópio caseiro Projetor caseiro Espelhos esféricos caseiros

me

ro d

e a

lun

os

Experimentos sobre lentes e espelhos esféricos

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110

5.4.6 Dispersão da luz

No questionário inicial, conforme citado no item 5.1.6, nenhum aluno respondeu algo

sobre dispersão da luz. E no questionário intermediário, conforme citado no item 5.3.6, 07

responderam algo satisfatoriamente, conforme gráfico 16.

Gráfico 16 – Comparativo sobre dispersão da luz

Fonte: próprio autor

Analisando o número de respostas obtidas após a aplicação dos experimentos: disco de

Newton (30 respostas); reflexo das cores (30 respostas); e luz branca (26 respostas). Conforme

gráfico 17.

Gráfico 17 – Respostas relacionadas aos experimentos de dispersão da luz

Fonte: próprio autor

0

1

2

3

4

5

6

7

Questionário inicial Questionário intermediário

me

ro d

e a

lun

os

Comparativo entre questionário inicial e intermediário

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Disco de Newton Reflexo das cores Luz branca

me

ro d

e a

lun

os

Título do Eixo

Experimentos sobre lentes e espelhos esféricos

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111

5.5 Análise das respostas individuais obtidas no questionário intermediário

Comparando resultados individuais entre o total das respostas obtidas no questionário inicial e o questionário intermediário. O desempenho individual no questionário intermediário (somando o número de respostas dos conceitos principais e respostas sobre cada experimento relacionados com estes conceitos principais), conforme as informações descritas neste parágrafo foram apresentados na tabela 38.

Tabela 38 – Análises de desempenho individual dos alunos

Total de respostas do questionário inicial

Total de respostas dos conceitos no questionário intermediário

Total de respostas sobre experimentos

Total de respostas no questionário intermediário

Aluno 01 00 04 15 19 Aluno 02 02 06 08 14 Aluno 03 01 01 11 12 Aluno 04 00 05 13 18 Aluno 05 00 08 08 16 Aluno 06 03 07 07 14 Aluno 07 01 04 12 16 Aluno 08 02 02 10 12 Aluno 09 00 08 14 22 Aluno 10 00 08 15 23 Aluno 11 02 06 09 15 Aluno 12 00 10 14 24 Aluno 13 02 05 06 11 Aluno 14 05 06 12 18 Aluno 15 00 02 11 13 Aluno 16 00 03 13 16 Aluno 17 00 01 12 13 Aluno 18 00 02 15 17 Aluno 19 00 02 08 10 Aluno 20 02 07 04 11 Aluno 21 02 08 07 15 Aluno 22 00 09 13 22 Aluno 23 00 09 17 26 Aluno 24 02 06 09 15 Aluno 25 00 07 01 07 Aluno 26 00 04 14 18 Aluno 27 01 01 10 11 Aluno 28 00 07 15 22 Aluno 29 01 04 04 08 Aluno 30 00 00 15 15 Aluno 31 00 03 15 18 Aluno 32 00 01 14 15 Aluno 33 01 06 14 20 Aluno 34 00 05 14 19 Aluno 35 00 07 11 18 Aluno 36 00 06 12 18 Aluno 37 00 02 13 15 Aluno 38 00 09 14 23 Aluno 39 02 06 02 08 Aluno 40 00 08 12 20 Aluno 41 00 03 09 12

Fonte: próprio autor

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112

5.6 Análise das respostas obtidas no questionário final

5.6.1 A primeira pergunta do questionário

Para a pergunta: “Qual sua opinião sobre esta sequência didática adaptada ao ensino

fundamental abordando conceitos de Física?”. Dos 41 alunos, 20 responderam, conforme tabela

39.

Tabela 39 – Respostas da primeira pergunta do questionário final Respostas dos alunos Aluno 01

Aluno 02

Aluno 08

Aluno 09

Aluno 10

Aluno 11

Aluno 12

Aluno 13

Aluno 14

Aluno 20

Aluno 21

Aluno 22

Aluno 23

Aluno 33

Aluno 35

Aluno 36

Aluno 37

Aluno 38

Aluno 40

Aluno 41

Fonte: próprio autor

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113

5.6.2 A segunda pergunta do questionário

Para a pergunta: “Qual sua opinião sobre aulas sendo utilizados experimentos?”, dos 41

alunos, 22 responderam, conforme tabela 40.

Tabela 40 – Respostas da segunda pergunta do questionário final Respostas dos alunos Aluno 01

Aluno 02

Aluno 08

Aluno 09

Aluno 10

Aluno 11

Aluno 12

Aluno 13

Aluno 14

Aluno 20

Aluno 21

Aluno 22

Aluno 23

Aluno 24

Aluno 29

Aluno 33

Aluno 35

Aluno 36

Aluno 37

Aluno 38

Aluno 40

Aluno 41

Fonte: próprio autor

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114

5.7 Análise dos resultados de acordo com a teoria da aprendizagem significativa de Ausubel

Ausubel cita três condições para a aprendizagem significativa: material potencialmente

significativo, o material precisa ser apresentado aos alunos de forma interessante atrativa e,

organizada sequencialmente, de modo a facilitarem o aprendizado; disponibilidade de

subsunçores adequados, que é o professor identificar os conhecimentos prévios dos alunos antes

de aprofundarem novos conhecimentos, ou seja, é interessante que o professor teste o nível de

conhecimento dos alunos sobre os assuntos que serão ministrados; predisposição a aprender

que caracteriza-se como a vontade do aluno em aprender novos conhecimentos, pois, sem

motivação, os alunos apenas memorizam os assuntos de forma mecânica e eles estando

motivados a aprender, conseguem aprender mais facilmente o conteúdo abordado.

5.7.1 Material potencialmente significativo

Evidenciando que esta sequência é um material potencialmente significativo, no item

5.6.1, com respostas para o questionamento “Qual sua opinião sobre esta sequência didática

adaptada ao ensino fundamental abordando conceitos de Física?”: "achei super legal, devia ter

mais vezes", "acho legal, facilita o aluno a entrar no ensino médio sabendo o básico", "muito

bom", "amei, melhor aula", "muito legal e eficiente", "excelente", "experimentos muito

interessantes, que prende nossa atenção", "dá para entender bem mais", "amei, quero mais por

favor", "amei, a melhor aula, excelente", "amei, maravilhoso", "super interessante, e como

estamos indo rumo ao ensino médio, nos serviu como estímulo ao aprendizado sobre Física".

5.7.2 Disponibilidade de subsunçor

Analisando os resultados obtidos através da comparação das respostas nos questionários

inicial e intermediário, foi muito satisfatório em todos os conceitos e experimentos abordados

neste trabalho, destacando que inicialmente foi analisado os conhecimentos prévios dos alunos

e analisado o aprendizado dos alunos durante a aplicação da sequência de ensino deste trabalho,

constando incorporação de novos conceitos e melhorias no aprendizado, conforme melhorias

na quantidade de respostas satisfatórias obtidas sobre cada item: propagação da luz (13 para

31), reversibilidade da luz (10 para 23), independência dos raios da luz (de 02 para 28), fontes

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primárias e secundárias (de 01 para 24), sombra e penumbra (de nenhum para 27), meios

transparentes, translúcidos e opacos (de nenhum para 23), câmara escura (de 02 para 17),

reflexão (de 01 para 12 e 31 respostas satisfatórias para o experimento incidência e reflexão, 33

para fibra óptica e 39 para levitação; refração (de nenhum para 14 e 34 respostas satisfatórias

para o experimento holograma caseiro, 34 para aquário e laser, 34 para efeito monga, 30 para

espelho do susto e 32 para decalcar desenhos; associação de espelhos planos (de nenhum para

13 e 23 respostas satisfatórias para o experimento número de imagens formadas, 12 para

caleidoscópio, 21 para periscópio e 22 para imagem no infinito; lentes e espelhos esféricos (de

nenhum para 02 e 21 respostas satisfatórias para o experimento microscópio caseiro, 07 para

projetor caseiro e 05 para espelhos esféricos caseiros; dispersão da luz (de nenhum para 07 e

30 respostas satisfatórias para o experimento disco de Newton, 30 para reflexo das cores e 26

para luz branca;

5.7.3 Predisposição a aprender

Evidenciando maior motivação nos alunos em aprender, no item 5.6.2, com respostas

para o questionamento “Qual sua opinião sobre aulas sendo utilizados experimentos?”: "bem

legal", "acho divertido e causa boa impressão sobre as aulas", "legal, massa, parabéns", "muito

boa, torna a aula mais interessante", "a gente aprende mais utilizando experimentos", "muito

bem explicada e ajudou muito", "tornando a aula divertida e interessante", "uma ótima ideia,

aulas assim são bem mais interessantes", "dá para aprender melhor", "amei demais, quero mais,

foram aulas bem proveitosas", "ótima aula, precisamos de mais", "muito legal, mostra várias

teorias, sendo utilizados na prática, precisamos de mais aulas assim", "ótimo, se torna bem mais

compreensível e inovador, pois além de aprender, você pode presenciar", "excelente", "melhor

forma de fixar o conhecimento"

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6 CONCLUSÕES

Inicialmente foi aplicado um questionário inicial, com o objetivo de analisar os

conhecimentos prévios dos alunos, então foi solicitado que os alunos citassem o que eles

entendiam sobre: propagação da luz; reversibilidade da luz; independência dos raios da luz;

fontes primárias e secundárias; sombra e penumbra; meios transparentes, translúcidos e opacos;

câmara escura; reflexão; refração; associação de espelhos planos; lentes e espelhos esféricos; e

dispersão da luz. Considerando que participaram 41 alunos e que neste questionário inicial

foram 12 perguntas, foram 492 perguntas ao todo e somente foram obtidas 29 respostas ao todo,

ou seja, responderam apenas 5,89% das perguntas.

Após ser aplicado o questionário inicial, foram aplicados 25 experimentos: propagação

da luz; reversibilidade da luz; independência dos raios da luz; fontes primárias e secundárias;

sombra e penumbra; meios transparentes, translúcidos e opacos; câmara escura; incidência e

reflexão; fibra óptica; levitação; holograma caseiro; aquário e laser; efeito monga; espelho do

susto; decalcar desenhos; número de imagens formadas; caleidoscópio; periscópio; imagem no

infinito; microscópio caseiro; projetor caseiro; espelhos esféricos caseiros; disco de Newton;

reflexo das cores; e luz branca. Então, considerando que as mesmas 12 perguntas feitas no

questionário inicial foram reaplicadas no questionário intermediário aos 41 alunos, totalizando

492 perguntas, foram obtidas 208 respostas. Logo, passou de 29 respostas obtidas no

questionário inicial para 208 respostas no questionário intermediário, ou seja, melhoria de

717,24%, ou seja, mais de 7 vezes maior o desempenho da turma.

E este resultado é ainda mais surpreendente, se for levado em conta todas as perguntas

do questionário intermediário que, além de conter as mesmas 12 perguntas do questionário

inicial, solicita também que os alunos citem com suas próprias palavras o que eles entenderam

sobre cada um dos 18 experimentos aplicados, totalizando assim 30 perguntas para cada 1 dos

41 alunos, gerando um total de 1230 perguntas. Os alunos responderam 659 satisfatoriamente,

das 1230 perguntas do questionário intermediário, resultando em aproximadamente 53,58% das

perguntas foram respondidas.

Comparando o resultado das porcentagens de respostas obtidas no questionário inicial e

no questionário intermediário, a porcentagem aumento de 5,89% obtidos no questionário inicial

para 53,58% no questionário intermediário, representando aproximadamente numa melhoria de

909,68%, ou seja, mais de 9 vezes maior o desempenho da turma.

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117

Após ser aplicado o questionário intermediário, foi aplicado o questionário final, com

apenas 2 perguntas simples e foram obtidas respostas muito satisfatórias e gratificantes. Dos 41

alunos, 20 alunos responderam a primeira pergunta e 22 a segunda pergunta.

A primeira pergunta do questionário final foi: “Qual sua opinião sobre esta sequência

didática adaptada ao ensino fundamental abordando conceitos de Física?”. Com o objetivo de

saber a opinião dos alunos sobre a sequência didática proposta no produto educacional

vinculado a este trabalho, após ter explicado aos alunos cada fase da sequência didática:

pergunta motivadora, contextualizar, descrever o experimento, citar os materiais utilizados,

confeccionar o experimento, aplicar o experimento, fundamentar, avaliar o aprendizado e

estimular o conhecimento.

Oralmente, de um modo em geral, os alunos elogiaram muito o fato de ter criado um

material para auxiliar outros professores a aplicarem aulas diferenciadas, com explicações bem

detalhadas, contendo fotos explicativas, já aplicando a Física no Ensino Fundamental. Para esta

pergunta foram obtidas respostas como: “super legal, deveria ter mais vezes”, “facilita o aluno

a entrar no ensino médio sabendo”, “amei, melhor aula”, “muito legal e eficiente”, “excelente”,

“experimentos muito interessantes que prendem nossa atenção”, “dá para entender bem mais”,

“amei, quero mais, por favor”, “amei, a melhor aula”, “é interessante para dar uma ideia de

Física para uma melhor compreensão para o ensino médio”, “é bem importante e ao mesmo

tempo interessante para os alunos”, “amei, maravilhoso”, “é muito educativo”, “amei, melhor

aula, excelente” e “superinteressante, e como estamos indo em rumo ao ensino médio, nos

serviu como estímulo ao aprendizado sobre Física”, entre outras respostas.

A segunda pergunta do questionário final foi: “Qual sua opinião sobre aulas sendo

utilizados experimentos?”. Com o objetivo de saber a opinião dos alunos sobre aulas com

experimentos, possibilitando que os alunos vejam os resultados propostos por cada

experimento, tirar suas próprias conclusões.

Foram obtidas respostas como: “bem legal”, “acho divertido e causa boas impressões

sobre as aulas”, “legal, massa, massa, parabéns”, “muito boa, torna a aula mais interessante”,

“a gente aprende mais utilizando experimentos”, “muito bem explicada e ajudou muito”,

“tornando a aula divertida e interessante”, “uma ótima ideia, aulas assim são bem mais

interessantes”, “dá para entender melhor”, “amei demais, quero mais, forram aulas bem

proveitosas”, “ótima aula, precisamos de mais”, “muito legal, mostra várias teorias sendo

utilizadas na prática, precisamos de mais aulas assim”, “ótimo, se torna bem mais

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compreensível e inovador, pois além de aprender, você pode presenciar”, “é muito

interessante”, “muito importante para os alunos, pois eles ficaram interessados em participar

das aulas e interagir”, “quero mais, gostei muito”, “excelente”, “tornando a aula divertida e

interessante”, “melhor forma de fixar o conhecimento”

Oficialmente, pelo mestrado, o produto educacional vinculado a este trabalho foi

aplicado em 2 turmas regulares de uma escola municipal da cidade de Juazeiro do Norte-CE,

para 41 alunos no turno da tarde. E foram obtidos resultados surpreendentes. Porém, este

produto foi aplicado em diversas situações para analisar se seria aplicável também em turmas

que não são regulares do ensino fundamental. Para isto, foi aplicado em uma escola particular,

em uma turma de mestrandos, em forma de palestra num auditório, em forma de exposição e

em forma de feira de ciências.

Numa turma regular de uma escola particular da cidade de Juazeiro do Norte, foi

aplicado em uma turma de 25 alunos do 9º ano do ensino. Foi possível aplicar todos os

experimentos em apenas 2 aulas seguidas de 50 minutos cada, pois foi testado apresentar cada

experimento e suas explicações físicas. A professora que observou a aula e os alunos fizeram

muitos elogios ao trabalho e ficaram surpresos com a quantidade de experimentos que é possível

confeccionar utilizando materiais de baixo custo para ministrar aulas diferenciadas.

Apresentação do produto educacional a alunos do Mestrado Nacional Profissional em

Ensino de Física da Universidade Regional do Cariri. Foi uma oportunidade incrível, pois tive

oportunidade de mostrar aos meus colegas mais sobre meu produto educacional, enfatizando a

importância de quem escolher como tema a Física experimental, que faça um manual bem

explicativo que dê condições de professores montarem os experimentos e aplicarem em sala de

aula sem dificuldades. O resultado foi muito satisfatório, obtendo elogios de todos os colegas.

Palestra de 150 pessoas, no evento “I Workshop de Inovação Tecnológica do Sertão de

Pernambuco” durante a “X Semana Nacional de Ciências e Tecnologia”, ministrada palestra no

Instituto Federal de Salgueiro, no estado de Pernambuco, onde foi mostrado cada página do

livro para explicar cada passo a passo da sequência didática e montado sobre a mesa do

auditório o experimento. A palestra durou cerca de 1 hora e meia e deu para apresentar todos

os experimentos. Este evento recebeu alunos e professores do Instituto Federal de Salgueiro.

Muitos professores solicitaram acesso ao livro, pois já queriam aplicar a sequência em sala de

aula, porém, ficou acertado que será divulgado o material gratuitamente assim que defendido

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119

oficialmente ao mestrado em questão. Os professores gostaram muito de saber que terão acesso

ao material de forma totalmente gratuita.

Exposição, no evento “V Semana de Física da URCA” e “II Encontro de Ensino de

Física do Cariri – ENEFC”, sendo montados os experimentos sobre mesas e, atrás de cada

experimento, foi disponibilizado um resumo da sequência de ensino relativo àquele

experimento, objetivando montar uma exposição em que os visitantes obtivessem explicações

ao ler o material e observar os experimentos. Neste evento o púbico foi bastante variado,

participando alunos do ensino fundamental e médio de escolas públicas e particulares de

algumas cidades próximas, assim como alunos e professores de universitários, tanto da

Universidade Regional do Cariri, como também de outras universidades.

Feira de ciências, numa escola pública da cidade de Juazeiro do Norte-CE, montados

todos os experimentos e recebendo grupos de alunos de várias escolas públicas e particulares,

do ensino fundamental e médio juntamente com seus professores, sendo explicado cada um dos

25 experimentos montados sobre uma bancada do laboratório de ciências desta escola. Foi

bastante satisfatório, pois o público foi bastante variado.

Contudo, o produto educacional “Sequências de ensino transpostas didaticamente ao

ensino fundamental utilizando experimentos ópticos de baixo custo” pode ser aplicado

satisfatoriamente em diversos formatos: aula para turmas regulares, palestra, exposição ou feira

de ciências; e para diversos públicos: ensino fundamental, ensino médio, universitários e

professores.

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120

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GRANDINI, N. A.; GRANDINI, C. R. Os objetivos do laboratório didático na visão dos alunos do curso de licenciatura em física da unesp-bauru. Revista Brasileira de Ensino de Física. v.

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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO INICIAL

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APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO INTERMEDIÁRIO

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APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO FINAL