Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 8 • nº1647

Andréa Maria e a dedicação com a agricultura no semiárido brasileiro

Caruaru

Outubro/2014

A agricultora Andréa Maria de Fátima, 30 anos, reside no Sítio Boqueirão, município de Panelas, no Agreste Central de Pernambuco. Filha de mãe agricultora, Andréa desde criança é apaixonada pela vida no campo. Ela mora com a sua família que é composta por sua mãe Angelina, 77 anos, e mais dois irmãos, Geraldo, 46 anos e André, 25 anos. A propriedade em que vive é de sua mãe, mas hoje toda família contribui com as atividades agrícolas. Foi ajudando a sua mãe e toda a sua família que ela adquiriu as experiências, que carregará consigo por toda vida. Desde o nascimento, Andréa mora com a sua mãe no Sítio Boqueirão , e foi trabalhando dia a dia que ela concretizou o seu sonho, de ter o seu próprio plantio. Antes, sem a cisterna, e os canteiros, a vida era bastante difícil, depois que recebeu as tecnologias, sentiu que a vida na agricultura melhorou, e hoje ela repassa toda a sua experiência para seus vizinhos. ‘‘Antes, eu tinha bastante dificuldade, hoje tenho uma vida completamente diferente, tudo é maravilhoso. Antigamente, era muito difícil, a seca era grande, era muito trabalho, a implantação da cisterna foi maravilhosa, para mim e para toda a minha família’’, comentou Andréa. O maior contratempo era sem dúvidas a grande falta de água. ‘‘Sem água enfrentei grandes problemas, era um sofrimento para todos da família, não tinha planejamento, a Cisterna Calçadão mim serviu muito, trás inúmeras utilidades, cozinho, regos meus canteiros, hoje tenho outra vida’’. Afirma a agricultora.

Residência onde Andréa vive | Fotos: Thaysa Sobral Andréa regando a plantação

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Articulação Semiárido Brasileiro – Pernambuco

Realização Apoio

Andréa ao redor do terreno

Andréa valoriza muito a troca de experiências e as capacitações oferecidas pelo programa, pois, aprende muitas coisas novas. ‘‘Quem faz parte da agricultura aprende muito, e sente o prazer de repassar o que sabe’’, deixa claro Andréa. Andréa cultiva vários tipos de hortaliças em seus canteiros produtivos, a produção de alimentos está agradando bastante, na casa estão todos felizes. Antes a dificuldade maior era a água, mas com o conhecimento adquirido com a capacitação, é possível conviver melhor com o semiárido. Com a água armazenada é possível se manter e ampliar a produção.

Dona Angelina, Mãe de Andréa

Ho je , And réa t em uma ro t i na movimentada na agricultura, e um sistema de produção fortalecido. Ela desfruta de segurança alimentar, faz todas as tarefas domésticas, se dedica a criação de animais, galinhas, perus e bois. Além disso, cuida das plantações de alface, coentro, cebolinha, cenoura, milho, macaxeira e cana, para o consumo dos animais, possibilitando assim uma alimentação saudável para toda família. Todos esses alimentos que Andréa cultiva com a sua família, são produzidos de forma agroecológica, não contém veneno e nem outro tipo de insumo químico. O resultado é uma produção farta e diversificada.

Outro fator importante nessa ação, é a agregação de valor ao produto, pois a família poderá revender o excedente da produção por um preço melhor. ‘‘Tenho uma terra muito boa e tudo que planto colho. Fico bastante feliz em ter conseguido, o plantio das verduras com a água potável. Tudo está bem melhor, pois a água da cisterna, é melhor do que a água que a gente junta no tanque. Hoje não preciso ir na feira comprar verduras ou legumes, eu planto e colho no meu próprio terreno’’, afirma a agricultora. A agricultara reconhece o valor de ter água para sua produção.

‘‘Tudo mudou. Através da capacitação de três dias, e algumas outras reuniões, tudo melhorou. Eu e minha família obtemos conhecimento necessário para a nossa melhoria de vida’’, explicou a agricultora.

Andréa admirando a plantação