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INSPEÇÕES TÉCNICAS OS DIFERENTES TIPOS DE INSPEÇÕES TÉCNICAS A VEÍCULOS E DEFICIÊNCIAS O condutor português, que sempre foi marquista e motivado pela qualidade da reparação, conseguiu aliar este critério com o critério preço. GUIAR UM CARRO EM TEMPOS DE CRISE EXISTE UM “NOVO CONDUTOR”? N 299 2012 Pessoa Colectiva de Utilidade Pública ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DO COMÉRCIO E REPARAÇÃO AUTOMÓVEL ANDREA TASCHINI Director Unidade de Negócios Aſtermarket Sogefi Filtraon ÂNGELO COSTA Diretor Geral Prorácio “ACREDITO NO DESENVOLVIMENTO POSITIVO DO AM” “HÁ GRANDES ORGANIZAÇÕES COM SUCESSO PORQUE O EXEMPLO VEM DE CIMA” AFTERMARKET APOSTA NO EDIÇÃO PORTUGUESA CONFIRMA

Anecra Revista Nº 299 2012

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Revista Mensal da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel

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INSPEÇÕES TÉCNICAS OS DIFERENTES

TIPOS DE INSPEÇÕES TÉCNICAS A VEÍCULOS

E DEFICIÊNCIASO condutor português, que sempre foi marquista e motivado pela qualidade da reparação, conseguiu aliar este critério com o critério preço.

GUIAR UM CARRO EM TEMPOS DE CRISE

EXISTE UM “NOVO CONDUTOR”?

N 299 2012Pessoa Colectiva de Utilidade PúblicaassOciaçãO naciOnal das empresas dO cOmérciO e reparaçãO autOmóvel

ANDREATASCHINI

Director Unidade de NegóciosAftermarket Sogefi Filtration

ÂNGELO COSTA

Diretor Geral Prorácio

“acreditO nO desenvOlvimentO pOsitivO dO am”

“HÁ Grandes OrGaniZaçÕes cOm sucessO pOrQue O eXemplO vem de cima”

AFTERMARKETAPOSTA NOEDIÇÃO PORTUGUESA

CONFIRMA

FIA WTCC

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ANECRAAssociação Nacional das Empre-sas do Comércio e da Reparação AutomóvelPessoa Colectiva de Utilidade PúblicaAv. Almirante Gago Coutinho Nº 100 - 1749-124 LisboaTels. 21 392 90 30 – Fax 21 397 85 04e-mail: [email protected] PORTOAv. da Boavista, 2450 - 4100-118 PortoTel. 22 618 98 43 Fax 22 618 98 64e-mail: [email protected] LEIRIAAv. Marquês de Pombal, Lote 25, 1º C 2400-152 Leiria Tel. 244 8146 86Fax 244 81 47 19e-mail: [email protected]

Director: António ChícharoDirector Adjunto: Jorge R. Neves da SilvaDirecção Financeira: José Luís Veríssimo

Colaboração Técnica: Augusto Bernardo, Isabel Figueira, João Patrício, Patrícia Paz

Publicidade: José Fernando, Joaquín Vicén, Joaquim Alves Pereira

Administração, Redacção e Publicidade: Av. Almirante Gago Coutinho Nº 1001749-124 LisboaTels. 21 392 90 30Fax 21 397 85 04

Concepção e Realização:

[email protected]

Design e concepção gráfica: [email protected]

Tiragem: 7.500 exemplares Preço: 2,50 €

Reprodução de Artigos:É permitida em Portugal a reprodução dos artigos publicados na Revista ANECRA, desde que a origem seja assinalada de forma inequívoca e informados os nossos serviços. Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores.

Inscrição na ICS: 110781 – Depósito Legal nº 17107/87

Membros Activos:C.C.P. – Confederação do Comércio e Serviços de Portugal; E.T.O. – European Tuning Organization;C.E.C.R.A. – Comité Europeu do Comércio e da Reparação Automóvel

Isenta ao abrigo do nº.1 da al. a) do artigo 12º do D.R. nº 8/99 de 09.06

http: www.anecra.pt

EM FOCO

28 CARROÇARIAPoliuretanos para fixação de vidros no automóvel: Boa flexibilidade e resistência.

38 AmbIenteRolando para um novo recorde europeu com pneus Continental.

36 legIslAÇãONovo Regime Jurídico da Concorrência: Resposta à evolução verificada na legislação.

.com

O desrespeito pelas regras básicas de segurança rodoviária em dias de grandes encontros desportivos pode originar acidentes muito graves. As conclusões são de um teste de colisão realizado pela Allianz no seu Centro de Tecnologia, em Munique, visando demonstrar aos adeptos quais os riscos dos festejos ao volante. Todos os anos, mais de 1 milhão de pessoas morrem em acidentes de viação em todo o mundo. As principais causas desta tragédia são não apenas o excesso de velocidade e a condução sob o efeito do álcool, mas também em grande parte os comportamentos incorretos na estrada.

Não subestime os perigos da baixa velocidade! Segundo o Relatório Global de 2009 da Organização Mundial de Saúde sobre segurança rodoviária, 1,27 milhões de pessoas morrem

por ano em resultado de aciden-tes de viação, e 20 a 50 milhões ficam gravemente feridas. A noção de que apenas a condução a alta velocidade tem consequên-cias fatais é uma ideia falsa. “Pelo contrário, velocidades bastante moderadas podem ser igualmente perigosas, uma vez que as pessoas tendem a subestimar os respetivos perigos. A uma velocidade de 40 km/h, não ter o cinto de segurança apertado e pendurar-se nas janelas dos carros, como muitos adeptos fa-zem durante os festejos, pode levar a ferimentos muito graves em caso de acidente”, explica Christoph Lauterwasser, responsável pelo Centro de Tecnologia da Allianz.

Celebre, mas em Segurança! Com este teste de colisão, os pe-ritos do Centro de Tecnologia da Allianz recrearam uma situação de festejos ao volante, simulan-do um acidente equivalente ao embate de um carro com outro à

velocidade de 40 km/h. Dos três bonecos colocados na viatura, apenas o condutor seguia corretamente sentado e com cinto de seguran-ça. Os outros dois, pendurados na janela e no teto de abrir, teriam sofrido ferimentos graves no crânio e no peito bem como em vários órgãos internos.

“Num caso destes, os adeptos não estariam protegidos pelo salvador de vidas nº 1, o cinto de segurança. O nosso boneco de teste que estava pendurado na janela caiu e emba-teu no pavimento, o que aumenta dramaticamente as possibilidades de uma fatalidade”, esclarece Christoph Lauterwasser. “Apertar o cinto é importantíssimo! Mesmo quando se está a celebrar e num ambiente de festa! Queremos que todas as pessoas celebrem as vitórias das suas equipas, mas a segurança deve ser sempre a primeira priori-dade.”

Sumário

Teste de colisão demonstra riscos de festejos dos adeptos ao volante

ADEPToS Ao VoLANTE: APErTE o CiNTo PArA FESTEJAr!

RePORtAgemEncontro Empresarial do Sector Automóvel da Beira Alta promovido pela ANECRA.

entReVIstAPedro Pinheiro, Managing Director Safetykleen Iberia : “Os resíduos, economicamente falando, têm valor”.

18RePORtAgemIBIS 2012 reuniu 371 delegados de todo o mundo em Barcelona para conferência de reparação de colisão.

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ando corpo à nossa preocupação associativa de estarmos cada vez mais próximos dos nossos associados, por forma a que possamos sentir, directa e

correctamente, as suas necessidades, os seus problemas e as suas expectativas, descen-tralizando as nossas actividades, a ANECRA deu continuidade à implementação do Pla-no de Dinamização Associativa para 2012, com a realização do Encontro Empresarial do Sector Automóvel da Beira Alta, que teve lugar em Viseu, no Auditório da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV), lo-calizado no Edifício Expobeiras, no Parque Industrial de Coimbrões, no passado dia 19 de Maio. Tomando por base um saber de experiên-cia feita, definimos um formato para este Encontro, destacando duas partes. A pri-meira, identificou-se com a retoma da bem sucedida prática do atendimento directo e personalizado, de todos os que quise-

ram dar-nos a honra de estar presentes, correspondendo assim, a inúmeros pedidos formulados pelos nossos associados, neste sentido. A segunda, consistiu na promoção de uma Sessão Plenária onde, privilegiando o debate, procurámos apresentar e discutir os Dossiers que se encontram em curso na Associação, tendo em vista a defesa dos in-teresses dos nossos associados e do sector automóvel, em Portugal. Esta sessão plenária abriu com a intervenção do Secre-tário-Geral, Dr. Jorge Neves da Silva, que abordou algumas temáticas do momento relati-vamente às áreas do comércio e da reparação automóvel. No ano de 2011, a venda de veí-culos ligeiros de passageiros novos em Portugal registou uma forte quebra de 31,1% face ao ano anterior, obtendo desta forma, o pior registo dos

DO SECTOR AUTOMÓVEL DA BEIRA ALTAENCONTRO EMPRESARIAL

reportagem

D A situAção irá piorAr Até Ao finAl do Ano, em todos os segmentos do mercAdo - dr. Jorge neves dA silvA.

Discutir os Dossiers que se encontram em curso na associação, tenDo em vista a Defesa Dos interesses Dos associaDos e Do sector automóvel, em Portugal.

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últimos 24 anos. Nos dois primeiros meses de 2012, registou-se uma quebras de vendas no mercado global de veículos automóveis de cerca de 50%, face ao período homólogo de 2011. O Dr. Jorge Neves da Silva lançou a questão: será que as medidas de austeridade implementadas para combater o deficit público, quer em termos de aumentos de impostos diretos e indiretos, quer em ter-mos da redução do rendimento disponível das famílias, vão ter impactos positivos no Sector Automóvel? Ao mesmo tempo deixou a resposta: não, antes pelo contrário, a situação irá piorar até ao final do ano, em todos os segmentos do mercado.O comércio de usados foi aqui também abordado. O Secretário-Geral apresentou algumas imagens captadas na cidade de Viseu, dos ditos “stands trata”. A concorrên-cia desleal na área do comércio de usados é uma constante em todo país, e Viseu não é excepção. A intervenção seguinte foi feita pelo Eng.º João Patrício, do Gabinete Técnico da ANECRA, onde destacou a pro-

blemática do cumprimento das obrigações ambientais. Depois de identificado as obri-gações mais prementes em matéria ambien-tal, fez algumas considerações sobre o que se tinha passado com o SIRAPA em 2012, e apresentou algumas das novas formas de apoio, que a ANECRA tem disponíveis para os seus associados nesta matéria. Destacam--se os novos cursos de Ar Condicionado, cuja obrigatoriedade é um dos pontos mais recentes do quadro legal do ambiente.As intervenções seguintes contaram com a participação de representantes de organis-mos da Administração Pública Central. A Autoridade para as Condições do Trabalho foi representada pelo Dr. José Luís Monteiro que destacou a importância das alterações ao Código do Trabalho para a reestrutura-ção das empresas e para a flexibilização das relações de trabalho no Sector Automóvel. Em representação da ASAE, esteve o nosso muito conhecido, Dr. Fernando Alves Pinto, da ASAE, que tentou dar resposta a muitas das questões suscitadas no dia-a-dia associativo, designadamente na área do

Licenciamento das Oficinas e da Econo-mia Paralela. As empresas do sector são frequentemente alvos de acções de fiscali-zação, em especial as ligadas à reparação e manutenção automóvel. Foram abordadas as exigências colocadas a essas empresas em termos de Licenciamento, e a forma de as cumprir. A última apresentação foi feita pelo Eng.º Filipe Teixeira, dedicada ao tema “É possível o sucesso no sector automóvel em tempo de crise”, e serviu fundamentalmente para que os participantes pudessem reflectir sobre o seu negócio. “Como vencer a crise?”, “Quem vai sobreviver?”, “Como fazer a diferença e porque é essencial?”, “O que pode fazer pela sua empresa, visando o sucesso?”, foram algumas das perguntas levantadas. Durante o encerramento, este encontro contou com a presença do Sr. Vereador Her-mínio Magalhães, em representação do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Viseu.

João PatrícioANECRA  - Gabinete Técnico

A concorrênciA desleAl nA áreA do comércio de usAdos é umA constAnte em todo pAís, e Viseu não é excepção.

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entrevista

Ângelo Costa, Diretor geral Da ProrÁCio - Consultoria e gestão, emPresa Com a ParCeria mais antiga Da aneCra, DefenDe que a Crise não DarÁ tréguas às emPresas Durante os Próximos CinCo anos. Porém, sublinha que um CorreCto DiagnóstiCo oPeraCional e estratégiCo efetuaDo no temPo Certo aos Pontos fortes e fraCos Da emPresa, PoDe salvar o negóCio Do insuCesso e De Caminhar Para a insolvênCia.

m que medida o encerramento de empresas do setor automóvel tem a ver com a falta de organização e rigor financeiro das mesmas?Esta pergunta é pertinente,

levar-nos-ia a conhecer a história de muitas empresas do ramo automóvel, pois todas tiveram um percurso – início da actividade, crescimento, apogeu e queda. Este trabalho seria interessante e permitia conhecer a história das empresas do sector automóvel.Como sabemos e por diferentes vicissitudes económicas, o mercado automóvel esteve contingentado até 1987, e é a partir daqui e com a entrada de Portugal na CEE, que o parque circulante começa a crescer e dá um salto significativo, com a reformulação das redes de concessionários de todas as marcas.Este crescimento acelerado, leva a que as novas estruturas societárias das empresas, sejam compostas por pessoas oriundas do sector – comerciantes, mecânicos e outros, que tinham conhecimento do dia-a-dia na sua área de trabalho, mas com pouca apetência e conhecimento de organização empresarial e rigor financeiro.No entanto, devemos realçar, que estes no-vos empresários, deram um inquestionável tributo ao sector, pois criaram-se estruturas novas e extremamente bem apetrechadas, novos postos de trabalho. Para este incre-mento, também contribuíram os fundos comunitários disponíveis para o comércio – SAMEC, SIR, PROCOM, POE, SIPIE e MODCOM, programas que ajudaram o sec-tor automóvel a crescer e a modernizar-se.Não podemos esquecer o PROCOM ESPECIAL ANECRA AMBIENTE, progra-ma liderado pela ANECRA e desenvolvido e implementado pela PRORÁCIO, o qual

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Ângelo Costa, Diretor Geral da PRORÁCIO - Consultoria e Gestão

“HÁ GRANDES ORGANIZAÇÕES COM SUCESSO PORQUE O EXEMPLO VEM DE CIMA”

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abrangeu 200 empresas do sector e foi considerado pelas entidades gestoras, como um sucesso.No entanto, a maioria destas empresas, sempre teve um grande deficit de organiza-ção, de rigor financeiro, mas principalmente de estratégia e princípios de gestão, daí que muitas delas e nos últimos 10 anos, tenham vindo a sentir grandes dificuldades e a perder protagonismo: umas por dimen-sionamento excessivo, outras por perda de vendas, outras porque a sucessão não foi devidamente assegurada, outras porque não conseguiram fazer frente aos encargos assumidos, etc…Constatamos, que a falta de estratégia, de rigor organizacional e financeiro, conduzi-ram muitas empresas para o estado em que se encontram.Principalmente, e a partir de 2008, com a crise financeira instalada e as dificuldades de acesso ao crédito, aliadas a um controlo de gestão e financeiro, como referimos, tecnicamente pouco exigente, conduziram, infelizmente, à queda de muitas empresas, umas por insolvência direta, outras os bancos a tentarem resgatar por intermédio de fundos criados e outras a tentarem sobre-viver ao dia.A actual conjuntura veio agravar a gestão rigorosa necessária às empresas?Como têm conhecimento, a nossa ligação ao setor automóvel, já tem umas décadas, desde termos laborado em multinacionais, até sermos o parceiro mais antigo da Ane-cra, vai fazer em 2013 - 20 anos de ligação. Sempre temos pugnado nos colóquios e palestras em que participamos, por defender uma organização – circuitos de documen-tos, metodologias de trabalho e controlo de gestão – económica, financeira e de explo-ração, extremamente rigorosa e em todas as suas vertentes. Sucede e infelizmente para as empresas, que a atual conjuntura, veio “por a nu”, a falta de rigor que tem existido na esmagadora maioria das empresas do setor, o que as coloca numa situação extre-mamente débil, perante a banca, fornecedo-res e principalmente o mercado.Os empresários como donos das empre-sas, são os responsáveis pela sua gestão, mas constatamos e ao longo do País, que a esmagadora maioria das empresas que dão o apoio contabilístico, não sabem trabalhar com base numa contabilidade de exploração ligada ao setor automóvel, dividida por: au-tomóveis novos, automóveis usados, peças e acessórios, serviço assistencial – mecânica, chaparia e pintura, montar este sistema dá bastante trabalho mas acaba por ter os seus proveitos, pois as decisões que se tomam, são racionais e não empíricas. Esta é uma área que gostamos de trabalhar e de ver os seus resultados.

No actual contexto económico o lema deve ser “aguentar o barco” e esquecer o lucro imediato?A situação atual está a mudar o setor auto-móvel, uma das consequências é o surgimen-to de grandes grupos, pelo que aqueles que conseguirem sobreviver sem se deixarem “engolir” devem tentar aguentar o barco e esquecer as margens de lucro do passado a fim de chegarem a bom porto.Hoje em dia as margens são muito diminutas e deve-se sobretudo aguentar a situação para não se sucumbir perante a conjuntura do mercado e da crise financeira.Na sustentabilidade organizacional das em-presas, foram criadas situações irreversíveis com a crise?Sim, nomeadamente em empresas que fizeram investimentos elevadíssimos em instalações dois ou três anos antes de a crise se instalar e que recorreram ao excessivo endividamento bancário para desenvolver o seu negócio. Entretanto, da banca e empresas financeiras de apoio ao comércio automóvel, começaram a surgir bastantes créditos não aprovados e o sucedido conduziu a situações de empresas com viaturas vendidas, mas que na prática não as conseguiram transacionar, por falta de financiamento ao cliente. Isto está a acontecer na venda de carros mas

também na parte assistencial, porque muitas pessoas já se dirigem às oficinas a pedir orçamentos para reparações e por vezes só fazem metade da reparação ou pedem para pagar em três ou quatro vezes, o que obriga as empresas e para não perderem o trabalho, a ter um fundo de maneio próprio, o que hoje em dia, infelizmente não sucede. Esta situação é irreversível e as empresas que não tenham uma gestão financeira equilibrada, vão ter grandes dificuldades em manter-se no mercado. Não sabemos ao certo o que vai acontecer, mas o impacto é para já negativo, daí a quantidade de empresas a encerrar as suas portas, de Norte a Sul do País.Quais os maiores erros que ainda se praticam nas empresas face à conjuntura que vivemos?Um dos maiores problemas com que as empresas se deparam, é, infelizmente, não saberem ao certo “a quantas andam”. Se per-guntar às empresas de topo, todas têm uma gestão controlada nas diversas vertentes. Se formos a empresas médias ou a micro – menos de 10 colaboradores, os chamados sub-concessionários ou oficinas multimar-ca, se lhes perguntarem, não sabem qual a margem bruta correta nas peças e acessórios, nem no serviço assistencial – mecânica, chapa ou pintura, ou qual é o seu índice de absorção de serviço, é tudo mais ou menos.

Um dos maiores problemas com qUe as empresas se deparam, é, infelizmente, não saberem ao certo “a qUantas andam”.

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É necessário um trabalho de fundo para que estes erros sejam evitados. Os gestores ou donos das empresas por vezes têm de tomar decisões de investimento ou de racionaliza-ção de recursos humanos e não conseguem agir com base em números reais, é um pouco por empirismo que o fazem, e às vezes as medidas tomadas são extremamente tardias. O que aconselhamos às empresas, e como já referimos, é efetuar um diagnóstico opera-cional e estratégico à sua organização para que todas as medidas que tenham de tomar, de reestruturação da própria empresa, sejam efetuadas numa base real. Tomar a opção correta em tempo útil evita danos maiores, conduzindo a empresa a bom porto.O factor decisivo para o sucesso nas empre-sas é a qualidade dos seus recursos humanos?Isso é inequívoco, os recursos humanos têm o maior peso em qualquer estrutura, sem

recursos humanos adequados em qualquer empresa não se consegue atingir os objetivos que se pretende. Podemos ter equipamentos tecnologicamente evoluídos mas se não tivermos quem saiba trabalhar com eles, não conseguimos chegar a lado nenhum. Hoje em dia, com o desenvolvimento da tecnolo-gia as empresas têm de trabalhar, cada vez mais, a vertente dos recursos humanos.Por outro lado, em todas as estruturas, e estamos a falar de microempresas com menos de 10 trabalhadores e pequenas em-presas com mais de 10, onde se conhecem os responsáveis da estrutura, defendemos, que o exemplo tem de vir sempre de cima. Quem comanda tem de dar o exemplo a quem é comandado, caso contrário dificilmente terá sucesso. Se repararmos há grandes organi-zações com sucesso porque o exemplo veio sempre de cima, a chamada cultura empre-sarial, e o que se aplica às grandes empresas, aplica-se também às pequenas empresas, estas ainda com maior acuidade.Em geral, os empresários das empresas do setor automóvel, estão à altura dos desafios que têm pela frente?Nesta altura, a maioria dos empresários foram apanhados pela crise e a maior parte deles, viveu a época do apogeu automóvel, ou seja a chamada época de ouro, e talvez não se tivessem preparado para a situação que estão a atravessar, que é uma situação extrema-mente complexa e totalmente diferente das crises anteriores. Se olharmos para o plano macroeconómico, não sabemos o que vai acontecer nos próximos um, dois, três anos, o que é preocupante, vivemos praticamente o dia-a-dia. Muitos empresários poderão não ter a capacidade e vontade para dar a volta, pois como tivemos oportunidade de referir, os contornos desta crise, são totalmente diferentes das crises anteriores e a sua com-plexidade, também.As empresas terão de se habituar ao longo período de dificuldades que aí vem, nada será como já foi. Infelizmente, nesta altura a rentabilidade das empresas ligadas ao setor é muito baixa e em muitos casos negativa.No entanto, acreditamos que os empresários, quer aqueles que possuem bastantes anos de experiência como os que chegaram há

entrevista

Curriculum VitaeÂngelo Costa, director geral da PRORÁCIO - Consultoria e Gestão, Lda. desde 1992, é licenciado em Gestão de Empresas. Um percurso profissional ligado à Fiat Auto Portuguesa, à Renault Gest e à Michelin Portugal, na qual assegurou a representação na ACAP, onde assumiu a função de presidente da mesa dos grossistas de pneus e por inerência, de membro da Direcção da ACAP. Esta experiência acumulada, foi enriquecida com a ligação à rede de concessionários da Fiat e da Renault e aos princi-pais agentes da rede Michelin, o que permitiu obter uma visão aglutinadora do sector automóvel.

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Constatamos que a falta de estratégia, de rigor organizaCional e finanCeiro, Conduziram muitas empresas para o estado em que se enContram.

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poucos anos ao mercado, vão conseguir dar a volta ao texto.Quais as principais atribuições da PRORÁ-CIO?Dado o nosso historial de ligação ao setor automóvel, quer pessoal quer empresarial, conseguimos prestar um serviço bastante abrangente às empresas do ramo. Elaboramos para as empresas que nos solicitam, um Diagnóstico Operacional e Estratégico da empresa, ou seja, tirar uma fotografia à empresa e a toda a sua envol-vente, abordando as diferentes vertentes operacionais e funcionais da mesma. Isto é, avaliar a estrutura organizacional da empresa, avaliar os seus pontos fortes e fracos e a partir daí, traçar um Plano de Ação, com base num cronograma de implementação, a fim de minimizar os pontos fracos e maximizar os pontos fortes, como também, levar a que a estrutura organizacional, esteja toda imbuída numa mudança de paradigma.O setor automóvel, possui quatro grandes áreas operacionais: automóveis novos, auto-móveis usados, peças e acessórios e serviço assistencial – mecânica, chapa e pintura. Tem de haver um conhecimento muito grande por parte do empresário para saber a rentabilidade de cada área operativa, ou seja, aconselhamos à criação de um relatório de exploração, que aborde os principais rácios de análise. Por exemplo, as empresas raramente controlam as horas que foram vendidas e as que foram perdidas por parte do trabalhador, em relação às horas de presença pagas, o gestor / empresário, necessita de saber o que se passa relativamente a todos os aspetos da sua empresa, ao nível da organização, parte económica, área financeira, rentabilidades sectoriais e indicadores de exploração, a fim de poder tomar decisões em tempo útil.Prestamos serviços de assistência contabilís-tica e consultoria, tendo por base o que foi referido, a fim de que as mesmas se possam organizar internamente e assim possam continuar a operar no mercadoOutra área que gostamos de laborar, é a recu-peração de empresas. Por vezes, os empresá-rios assinam acordos de pagamento com os bancos e fornecedores, sem fazer uma análise do que podem ou não cumprir, é preferível, fazer um acordo, com base na realidade da empresa e que seja exequível o seu cumpri-mento. Temos trabalhado bastante nesta área dos planos de recuperação, a fim de evitar que as empresas entrem em incumprimento e mais tarde em insolvência, que acaba por ter sempre um grande desgaste emocional.Acreditamos, que as empresas que partam para uma gestão correta e baseada em dados reais, mantendo uma postura séria no mercado, podem assim, ultrapassar com um grau de dificuldade menor, as adversidades do seu mercado operativo.

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Veículos ligeiros de PassageirosNo mês de abril de 2012 as vendas de automóveis ligeiros de passa-geiros cifraram-se em apenas 8.400 unidades, menos 6.018 unidades que no mesmo mês do ano passado, correspondendo a uma eleva-díssima quebra de 41,7%.No que toca ao acumulado, de janeiro a abril de 2012 venderam-se 31.932 veículos ligeiros de passageiros, equivalendo a um decréscimo de 46,8% (-28.063 unidades), face a igual período do ano transato.Ranking/Quota de mercado (jan.-abr.): 1º Renault (10,7%); 2º Volkswagen (9,9%); 3º Peugeot (8,7%); 4º BMW (6,6%); 5º Audi (6,3%).

Veículos comerciais ligeirosQuanto ao mercado de veículos comerciais ligeiros, no mês de abril de 2012 verificou-se uma quebra de 63,1%, face a igual mês do ano anterior, tendo sido comercializadas 1.029 unidades (-1.762). Em termos acumulados, nos primeiros quatro meses do ano de 2012, as vendas de veículos neste segmento não ultrapassaram os 5.167 veículos, ou seja, menos 6.340 unidades vendidas face ao ano antecedente (-55,1%).Ranking/Quota de mercado (jan.-abr.): 1º Citroën (14,3%); 2º Peu-geot (13,6%); 3º Renault (12,5%); 4º Volkswagen (9,4%); 5º Fiat (8,6%).

Veículos PesadosO comércio de veículos pesados em abril de 2012 caiu 69,6%, face a abril de 2011, traduzindo-se em menos 252 veículos transacionados. Em relação ao período de janeiro a abril de 2012, venderam-se em Portugal 689 veículos pesados, menos 719 unidades que em igual período do ano passado, correspondendo a um decréscimo de 51,1%.Ranking/Quota de Mercado (jan.-abr.): 1º MAN (17,4%); 2º Renault (16,1%); 3º Mercedes-Benz (16%); 3º Volvo (13,1%); 5º Iveco (10,3%).

mercado totalEm abril de 2012, a venda de veículos novos em Portugal (Mercado Total) atingiu as 9.539 unidades, baixando 45,7%, face ao mesmo mês do ano precedente. Já no que respeita a valores acumulados, de janeiro a abril de 2012 registou-se uma contração de 48,2%, face ao período homólogo do ano anterior, totalizando 37.788 viaturas comercializadas. Assim, nos primeiros quatro meses de 2012 venderam-se menos 35.122 veículos em Portugal, em comparação com o mesmo período do ano de 2011.Ranking/Quota de Mercado (jan.-abr.): 1º Renault (11%); 2º Volkswagen (9,7%); 3º Peugeot (9,2%); 4º Citroën (6,1%); 5º Opel (6%).

A RETER:- O mês de abril de 2012 foi o pior mês de março desde 1993, no que toca a vendas de veículos ligeiros de passageiros, comerciais ligeiros, pesados e mercado total. O mesmo aconteceu em relação ao acumu-lado de janeiro a abril deste ano.- Em abril de 2012, as vendas de ligeiros de passageiros caíram 41,7%, face a igual mês do ano anterior, enquanto que as vendas de veículos comerciais ligeiros e pesados caíram 63,1% e 69,6%, respetivamente.- Mercado de pesados de mercadorias desceu 75,8% em abril de 2012, face ao mês homólogo do ano transato. - As 20 marcas que mais automóveis ligeiros de passageiros ven-deram de janeiro a abril de 2012, registaram taxas de crescimento negativas, face a igual período do ano de 2011.

Augusto BernardoGabinete de Estudos Económicos

aBril: mercado automÓVel coNtiNua com registos muito NegatiVos

mercado

SECTOR AUTOMÓVEL / PORTUGAL - VENDAS

ABRIL JANEIRO - ABRIL

UNIDADES DIFERENÇAS UNIDADES DIFERENÇAS

2011 2012 UNID. % 2011 2012 UNID. %

* LIGEIROS PASSAGEIROS 14.418 8.400 -6.018 -41,7 59.995 31.932 -28.063 -46,8

COMERCIAIS LIGEIROS 2.791 1.029 -1.762 -63,1 11.507 5.167 -6.340 -55,1

PESADOS MERCADORIAS 330 80 -250 -75,8 1.241 548 -693 -55,8

PESADOS PASSAGEIROS 32 30 -2 -6,3 167 141 -26 -15,6

TOTAL DE PESADOS 362 110 -252 -69,6 1.408 689 -719 -51,1

TOTAIS 17.571 9.539 -8.032 -45,7 72.910 37.788 -35.122 -48,2

Fonte: Gabinete de Estudos Económicos da ANECRA

* Inclui os veículos de todo o terreno

1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 20120

20000

40000

60000

80000

100000

120000

87.273

78.471

70.261

77.09974.549

80.625

110.376106.421

92.856

81.164

64.83466.94369.90669.035

65.728

73.678

43.974

69.958

59.995

31.932

VENDAS LIGEIROS DE PASSAGEIROS* - JAN.-ABR.

1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 20120

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

45000

26.14827.449

19.738

22.959

29.867

33.53233.857

38.246

27.060

30.853

23.02124.320

22.67021.835

22.812

18.737

11.504

13.769

11.507

5.167

VENDAS COMERCIAIS LIGEIROS - JAN.-ABR.

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

0

20000

40000

60000

80000

100000

120000

140000

160000

117.303109.756

93.093

104.831109.919

120.619

147.021147.778

122.963

114.211

89.34593.05194.34693.57890.554

94.852

56.905

84.718

72.910

37.788

VENDAS MERCADO TOTAL - JAN.-ABR.

Page 11: Anecra Revista Nº 299 2012

formação em Cor.

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Page 12: Anecra Revista Nº 299 2012

12 Anecra 2012

O carro tornou-se faz já muitos anos uma “mobília” na vida de grande parte da população, fazendo parte dos hábitos diários dos condutores, que constituem uma grande percentagem dos portugueses (ver figura 1). Mas nem sempre a atitude dos condutores tem sido a mesma perante o carro, evoluindo os hábitos culturais

com mais rapidez que sobre outros bens familiares, por exemplo a casa. Não se pretende analisar neste artigo a evolução histórica, mas sim se nestes últimos 4 anos, em que temos uma crise euro-peia a agravar a “nossa” crise estrutural, os comportamentos dos condutores terão sido alterados em consequência desta situação envolvente.

Importará analisar este comportamento perante 3 aspetos impor-tantes da nossa relação com os carros : COMPRA, UTILIZAÇÃO E MANUTENÇÃO/REPARAÇÃO.

Os nOvOs hábitOs de cOmpra de carrOsNeste aspeto não se pode negar a incidência da dupla crise : desde um patamar de cerca de 300 mil carros novos a entrarem no mercado em fins dos 90/início da década anterior, caímos a um valor médio de 200 mil carros no período 03-08 (pela vigência da “nossa” crise), para uma previsão de 100 mil carros em 2.012, em consequência da “dupla” crise, e sem indicação de se (tal como em outros sectores), teremos “tocado o fundo” ou se continuaremos neste patamar durante mais alguns anos (ver figura 2). Importa destacar que o comportamento dos portugueses foi dos mais

Mercado

O

GUIAR UM CARRO EM TEMPOS DE CRISE: EXISTE UM “NOVO CONDUTOR”??O cOndutOr pOrtuguês, que sempre fOi marquista e mOtivadO pela qualidade da reparaçãO, cOnseguiu aliar este critériO cOm O critériO preçO.

Por: Guillermo de LleraCountry Manager GiPA (www.gipa.eu)Socio-Gerente da IF4 Processamento de Informações

Page 13: Anecra Revista Nº 299 2012

agressivos dos países europeus, aplicando a prática automobilísti-ca de “travão no fundo” (ver figura 3).

Esta altEração quantitativa tEm altErado alguns comportamEntos?? analisEmos alguns aspEtos :-Relativamente às marcas, o condutor reagiu aceitando as propos-tas de diversificação da oferta (em muitos casos, propiciada por se-gundas marcas dos principais fabricantes). As 6 primeiras marcas tinham uma quota de mercado de 63% em 2.002, 59% em 2.007 e 55% em 2.011. A evolução por nacionalidade se ilustra na figura 4, em que se pode conferir o avanço das “outras marcas”.-Sobre a posse do carro, tem-se alargado o tempo de permanência do carro nas mãos do mesmo comprador, atualmente estimada em 5,7 anos (7 para os carros novos e 4,5 para os carros de segunda mão). A proporção de novos/usados inverteu-se de 55/45 faz 10 anos, para os 45/55 atuais (isto é 55% dos carros circulantes já não são conduzidos pelo comprador inicial).-E o condutor português é sensível as evoluções tecnológicas : está a acelerar a mudança de gasolina para gasóleo e 10% dos condu-tores acha que o seu novo veículo será híbrido ou elétrico. O que indica que é sensível aos custos dos consumos e às implicações ambientais.

Evolução na utilização dos carrosDurante o período da “crise nacional” (2.001-2.008), os condutores em Portugal continuaram a aumentar a quilometragem media realizada anualmente, até a situarem nos valores médios de outros países de Europa, onde os carros circulam uma media de 13 mil Km por ano. Mas nestes últimos 4 anos, a tendência inverteu-se, diminuindo anualmente os Kms realizados, embora de forma moderada. Os gráficos 5 e 6 ilustram esta evolução, dispensando mais comentários.Mas convém explicar que a maior proporção de carros diesel no Parque se traduz numa diminuição da quilometragem media realizada pelos condutores diesel, já que a utilização deste tipo de

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Em 62% dos 4 milhões de lares portugueses há pelo menos um ligeiro de passageiros.

Estimativa do parque circulante

Veículos ligeiros de passageiros circulando a 1-1-2012

Número de lares4,0 milhões(Censo 2011)

Nº médio de carrospor lar equipado

1,52

Parque circulante3,8 milhões

(ligeiros de passageiros)

% de lares que têm pelo

menos um carro62%

Fonte: INE (Nº de lares, famílias clássicas)Não incluídos os comerciais ligeiros de uso privado

153.486 novos ligeiros de passageiros matriculados em 2011.

26

7.1

70

29

7.6

70

29

5.4

90

26

0.3

16

22

8.5

74

19

2.3

08

20

0.2

41

20

6.4

88

19

4.7

02

22

3.4

64

15

3.4

86

16

1.0

13

20

1.8

16

21

3.3

89

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Novas matriculações (Fonte: ACAP)

Fuente: ACAP

Evolução da matriculação

-51.7%

9.0%

-0.6%

19.4%

0.8%

5.5%

-2.0%

10.2%

-50.0%

-24.0%

-30.0%

-14.1%

-65.1%

-19.2%

6.8%

-2.8%

EU (15)

Portugal

Grécia

Espanha

Itália

Reino Unido

França

Luxemburgo

Irlanda

Bélgica

Suécia

Áustria

Alemanha

Dinamarca

Finlândia

Holland

Fuente: ACEA / GiPA

1.7%

4.5%

5.4%

8.4%

8.8%

10.3%

14.3%

15.1%

0.3%

-2.1%

-4.4%

-31.0%

-1.7%

-10.9%

-31.4%

-17.7%

EU (15)

Portugal

Grécia

Espanha

Itália

Reino Unido

França

Luxemburgo

Irlanda

Bélgica

Suécia

Áustria

Alemanha

Dinamarca

Finlândia

Holanda

Evolução 2011 vs. 2010

Em 2011, Portugal matriculou 31,4% menos que em 2010. Respeito a 2007, foi 24,0% inferior.

Evolução 2011 vs. 2007

Evolução inter-anual da matriculação. Comparativa EU

Importa destacar que o comportamento dos portugueses foI dos maIs agressIvos dos países europeus, aplIcando a prátIca automobIlístIca de “travão no fundo”.

figura 1

figura 2

figura 3

Page 14: Anecra Revista Nº 299 2012

14 Anecra 2012

combustível foi generalizada aos utilizadores “moderados” dos carros, não sendo exclusiva dos “grandes roladores”.Por motivos de ter-se atingido a maturidade na utilização junto com o aumento da consciência ecológica e do sentimento de poupança, não é previsível que a quilometragem media volte a aumentar.

Novos critérios Na maNuteNção do carroO condutor em Portugal é o que declara maior valor do seu carro (mais de 8 mil €, em valor médio), comparativamente a outros países na Europa e apesar de ser o possuidor de Parque Automóvel com maior idade media. Isto é consequência do maior valor da compra (o famigerado Imposto Automóvel!!), mas também da consciência da necessidade de investir no carro atual, perante a pouca previsibilidade de adquirir em breve um carro novo.

mas esta realidade se traduz em 3 comporta-meNtos apareNtemeNte coNtraditórios:- Abandono progressivo do canal “Oficinas Autorizadas”, em con-sequência fundamentalmente da imagem de preços elevados deste circuito. A excelente imagem que os diversos canais de oficinas independentes tem em Portugal, mesmo relativamente ao critério qualidade, explica a aparente contradição entre o abandono do circuito de reparação mais focado na qualidade (as autorizadas) quando se pretende investir na manutenção dos carros.- Aumento muito leve da taxa de do-it-yourself, que em Portugal se situa em 7,5% das operações (excetuando as operações simples, como encher líquidos,…). Os condutores preferem pagar os servi-ços profissionais, para não arriscar na manutenção do carro.-E concentram mais as idas aos reparadores : estimamos que de 9 milhões de entradas de carros nas oficinas em 2.002, estamos atualmente em 7,5 milhões. Mas sem ter diminuído o valor médio da manutenção anual, o que quer dizer que os condutores concen-tram varias operações numa única ida à oficina.Estas aparentes contradições tem uma explicação simples : o condutor português, que sempre foi marquista e motivado pela qualidade da reparação, conseguiu aliar este critério com o critério preço. Impossível?? Não : o milagre está no “profissionalismo” como comprador de serviços e na dedicação ao tema. Alguns dados a confirmarem esta opinião :- A utilização da internet : não unicamente para se informar das novidades, mas para procurar peças, preços, locais de reparação. 84% dos condutores utiliza internet, e são cada vez mais os que o fazem para estes serviços.- A análise dos custos da reparação : são já mais de 10% as opera-ções de reparação que são realizadas após o condutor ter solicitado mais de um orçamento. O que permite não só ajustar os preços, mas também garantir as operações a realizar.- A força dos circuitos especializados, em particular as oficinas de

Mercado

Parque segundo nacionalidade da marca do carro

Nacionalidade da marca 2008 2009 2010 2011 2012Alemãs 40,1% 40,3% 40,3% 40,1% 40,1%Francesas 27,1% 26,9% 26,8% 26,8% 26,7%Japonesas 11,3% 11,4% 11,6% 11,8% 11,8%Italianas 9,9% 9,3% 9,0% 8,5% 8,2%Outras 11,6% 12,0% 12,4% 12,9% 13,2%Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Nacionalidade da marca 2008 2009 2010 2011 2012Alemãs 1.505.598 1.530.407 1.528.003 1.535.519 1.534.128Francesas 1.018.816 1.023.647 1.018.258 1.024.661 1.019.379Japonesas 423.587 435.044 439.924 450.232 449.682Italianas 370.611 353.969 339.769 326.677 314.012Outras 436.339 456.730 469.589 492.523 505.161Total 3.754.951 3.799.797 3.795.543 3.829.612 3.822.362

Evolução do Consumo de Combustiveis

100104 105 106

104100 100

91

979797

106

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

ÍNDICE BASE 100 = 2000

Fonte: Direção Geral de Energia e Geologia

Divisão de Planeamento e Estatística* O dado: consumo de gasolina inclui turismo e moto. * O dado: consumo de gasóleo inclui turismo e veículo industrial.

Crescimento do consumo entre 2000 e 2004 e queda a partir desse ano.

Evolução inter-anual do consumo de gasóleo e gasolina

Fonte: Direção Geral de Energia e Geologia

Divisão de Planeamento e Estatística* O dado: consumo de gasolina inclui turismo e moto. * O dado: consumo de gasóleo inclui turismo e veículo industrial.

-1,4%-1,8%

-2,9%

-1,7%

-2,6%-2,1%

-1,2%-0,9%

-0,4%

-0,4%

0,1%0,5% 0,8%

0,9%

1,5%

0,8%

1,5% 1,7% 1,4%

0,8%

1,1%

1,0%

0,6%

0,8%

0,8%

1,2% 1,1%

0,6%

-0,2%

-0,6%-1,0%

-1,5%

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-2,8%

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-5,4%-5,7%

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-4,2%

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-2,6%-2,3%-1,5%

-1,8%

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-2,0%

-1,9%-2,4%

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0%

Evolução interanual gasoleo Evolução interanual gasolina

0%

A gasolina acumula maiores descidas no consumo que o gasóleo, em consequência fundamentalmente do aumento da proporção do parque diesel.

Evolução inter-anual do consumo de gasóleo e gasolina

Fonte: Direção Geral de Energia e Geologia

Divisão de Planeamento e Estatística* O dado: consumo de gasolina inclui turismo e moto. * O dado: consumo de gasóleo inclui turismo e veículo industrial.

-1,4%-1,8%

-2,9%

-1,7%

-2,6%-2,1%

-1,2%-0,9%

-0,4%

-0,4%

0,1%0,5% 0,8%

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1,5%

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1,5% 1,7% 1,4%

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0,8%

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1,2% 1,1%

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Evolução interanual gasoleo Evolução interanual gasolina

0%

A gasolina acumula maiores descidas no consumo que o gasóleo, em consequência fundamentalmente do aumento da proporção do parque diesel.

figura 4

gráfico 5

gráfico 6

Page 15: Anecra Revista Nº 299 2012

Pub

pneus, muitas delas agrupadas em redes, que apresentam uma relação preço/qualidade imbatível. Portugal é o País onde este circuito tem maior penetração.- O dinamismo e transparência dos novos atores, em particular os Auto-Centros e Serviços Rápidos, que em particular têm intro-duzido níveis de serviços muito elevados, em particular horários alargados, disponibilidade de informações de preços em internet, informação técnica para os condutores, preços fechados por opera-ções,….E finalmente o aparecimento no setor de práticas comerciais, muito utilizadas em outros setores, mas que neste nunca chega-vam aos consumidores finais : os condutores. Estou a falar das Promoções, que sempre existiram na reparação, mas unicamente no circuito de  Distribuição (das marcas para os distribuidores),

mas que raramente chagavam aos Reparadores e quase jamais ao condutor. Atualmente são uma prática generalizada pelos canais mais dinâmicos do mercado que não só lhes permitem ganhar quota a outros circuitos, mas também atrair clientes que sem essa ferramenta adiariam (ou nunca realizariam) algumas operações. Esta realidade que está a revolucionar o mercado de reparação e as quotas dos diversos circuitos, nos tem levado a lançar em Portugal o nosso serviço MAP-Monitoring Advertising & Promotions, em que fazemos um seguimento contínuo das promoções lançadas no mercado pelos diversos canais de Reparação. Uma análise detalhada destes documentos permite aos profissionais encontrar explicações da evolução do comportamento dos condutores e das variações das quotas de mercado que se verificam nestes momentos no cambian-te mercado português da Reparação automóvel.

Sobre a poSSe do carro, tem-Se alargado o tempo de permanência do carro naS mãoS do meSmo comprador, atualmente eStimada em 5,7 anoS.

Page 16: Anecra Revista Nº 299 2012

reportagem

IBIS 2012 reunIu 371 delegadoS de todo o mundo em Barcelona para uma conferêncIa de trêS dIaS SoBre oS temaS maIS quenteS da reparação de colISão. com o tema “relaçõeS VencedoraS”, a conferêncIa focalIzou o eStaBelecImento de relaçõeS duradouraS e mutuamente proVeItoSaS.

IBIS 2012RelaçõeS VencedoRaS

16 Anecra 2012

onstruir “relações Vencedoras”A oradora principal, Kelly McDonald, presidente da McDonald Marketing, falou sobre o estabelecimento de

relações vencedoras. Destacou as mudanças dramáticas na maneira como fazemos negó-cios na “era das parcerias”, onde as relações entre marcas e empresas são fundamentais para o sucesso. Apontou oito características das “Relações Vencedoras”: “autenticidade, partilha de valores, colaboração, confiança / transparência, responsabilidade / dependência, focalização na parceria, crescimento e rentabi-lidade”. Kelly deu alguns exemplos: a empresa de fast-food, Chicken Fillet, uma empresa que por motivos religiosos permanece fechada aos domingos, apesar de isto “ir contra a tradição 24/7 das empresas deste sector alimentar”. Destacou também a Ben & Jerry (gelados) que

desenvolve parcerias ambientalmente sus-tentáveis e a parceria entre o Cirque de Soleil e a Xerox, que partilham valores de inovação, criatividade e excelência. Numa era em que todos têm acesso à tecnologia e informação, os relacionamentos fazem a diferença. “As empresas precisam de ganhar confiança”, disse Kelly, “e os funcionários são embaixadores de confiança. As parcerias são criadas entre as pessoas, não empresas. “

tecnologia – o impacto nas parceriasDepois foi a vez de Andrew Marsh da Auto Industry Consulting fornecer uma perspectiva técnica e futurologista deste sector ao longo dos próximos 10 anos. Os fenómenos das “mega” cidades (metrópoles com mais de 10 milhões de habitantes) e os jovens anti-carro estão a obrigar a um desenvolvimento de novas viaturas e soluções mais rápido do que nunca. Sua mensagem aos participantes IBIS

foi “construir um mercado global”, ilustrada com exemplos de alianças entre Renault / Nissan, Fiat / Chrysler e Ford / Volvo, além de um vislumbre da plataforma “amiga da repara-ção” MQB da Volkswagen. “A colaboração é o futuro”, disse Andrew.

Fazer de modo diFerenteMatthew Whittall do Innovation Group e Paul McDermott da Ford apresentaram a sua parceria única e inovadora entre um fabricante e uma gestora de sinistros. Explicaram o papel que cada um desempenha no programa de Gestão de Acidentes Ford (FAM), no Reino Unido. Este programa no ano passado evitou a perda total de 1.200 veículos e prevê salvar 2.000 este ano. “Ou, dito de outra forma, nós colocamos todas essas reparações nos repa-radores autorizados.” A marca concentra os ganhos nas peças fornecidas e nas viaturas de substituição, em vez de na gestão do programa.

C

Page 17: Anecra Revista Nº 299 2012

www.anecra.pt

17

SuceSSo duplo: como um modelo de negócio familiar no reino unido foi uSado para criar uma rede de oficinaS na auStráliaHouve uma recepção calorosa para Andy Ho-pkins da Gemini. Na sua entrevista com David Lingham revelou um mercado de reparação australiano cheio de oportunidades em que as oficinas estão preparadas para invadir as ruas e, literalmente, bloquear Sydney em protesto contra as políticas de uma seguradora. Depois do sucesso da Gemini no Reino Unido, Andy e irmão gémeo Tim Hopkins levaram o modelo de negócio para a Austrália e agora gerem a maior e primeira rede nacional de oficinas nesse país, empregando 360 funcionários com vendas acima de AUS $ 80 milhões. “Há 5.652 oficinas na Austrália - que é cerca de uma oficina para cada 1.000 pessoas”, calculou Andy, em comparação a uma para 28.000 no Reino Unido “. Destacando uma relação única reparador / seguradora, Andy falou sobre o negócio da Gemini com a NRMA - uma seguradora da IAG. “Em termos simples, a parceria fornece o que as seguradoras querem das oficinas: adaptabilidade à mudança, sustentabilidade e procura de novas soluções e o que os reparadores desejam: volume regular de trabalho e relações estáveis com as seguradoras o que lhes permite concentrar-se no que eles fazem melhor - reparar automóveis”.

Roy Briggs da NRMA disse: ‘O caminho é o desenvolvimento de parcerias. Nós tivemos problemas com as oficinas no passado. Agora, os esforços são na construção de vantagens competitivas num processo que inclui todo o sector. Queremos lidar com pequenas empresas e aproveitar as características empreen-dedoras das oficinas independentes.”

SuceSSo global a nível localUm painel entre Aidan Quinn, Chartis (seguradora global da AIG) e McClean Stuart da gestora de sinistros MIS, que destacou a situação na Irlanda. Gerir sinistros na Irlanda do Norte e na República da Irlanda (que têm regras

completamente diferentes) mostram que o conhecimento local é a chave para o sucesso comercial da Chartis em mercados como a Ir-landa. “Na Chartis levamos a sério as parcerias, a forma como interagimos com os parceiros, como recolhemos e analisamos os dados e, mais importante, sempre lembrando que um relacionamento é uma estrada de dois sentidos “, disse Aidan.

eStabelecer proceSSoS de reparação preparadoS para o futuroNo fecho do primeiro dia do IBIS, Chris Weeks do Direct Line Group e Lesley Upham da Thatcham deram uma visão do mundo das parcerias empresariais comercialmente vanta-josas e do trabalho entre seguradora e centros de pesquisa no desenvolvimento e métodos de reparação de sinistros. Chris é defensor da reparação de peças em vez da substituição na rede de oficinas da Direct Line. A investigação Thatcham não apenas validou as vantagens económicas deste método como também tem ajudado os profissionais a recuperar e reparar mais peças. “Em última análise, fazer oficinas

mais rentáveis”, disseram Chris e Lesley ‘ melhorando os fluxos de caixa por não ficar amarrado ao fornecimento de peças. “

relaçõeS para o futuro - hojeO segundo dia começou com o que foi provavelmente a mais divertida e inesperada apresentação do IBIS por Felix Tenniglo (se-guradora InShared) e Klaassen Cees (ABS). “O mercado de seguros holandês é muito maduro, com experiência na criação de redes”, disse Fe-lix, “mas há uma mudança significativa no peso e importância das seguradoras na Holanda. Seguro tornou-se uma ‘commodity’ “ A ABS é uma rede de oficinas Holandesa e a mensagem de Cees para as oficinas de reparação era clara: “as oficinas vão passar de independentes para redes”.A apresentação conjunta focalizou a evolução significativa do funcionamento das segurado-ras que operam 100% baseadas na internet e os desafios que isto representa para as oficinas de reparação.

parceriaS vantajoSaS para todaS aS parteS envolvidaSJosep Ferro do grupo espanhol de oficinas CRC compartilhou algumas estatísticas interessan-tes: o preço-hora em Espanha é de €36 , mas varia entre € 30-70, há 15.000 a 20.000 oficinas (empresas em geral, muito pequenas) e cerca de seis milhões de carros reparados por ano. Representando reparadores em todo o mundo, Josep desafiou seguradoras e oficinas para terem uma posição mais “compreensiva” uns dos outros. “Como uma oficina, eu sou 99% fornecedor e 1% cliente”disse Josep.

adaptação para o SuceSSoPara a sessão final do IBIS 2012, George Avery da seguradora número um nos EUA, a State Farm, e Mike LeVasseur da Auto Body, uma oficina convencionada, apresentaram uma visão geral e muito honesta das relações seguradora / oficina nesse país. Mike é apenas um dos 1.003 reparadores autorizados da State Farm, mas a sua influência e o “feedback” é claramente valorizado. O que aprendemos? Que os KPIs (Indicadores de Performance) são enganosos quando analisados isoladamente e a coisa mais importante a fazer em qualquer relação de negócio é ouvir. “Compromisso, compromisso e compromisso!” disse Mike.Ficou o compromisso de organizar o IBIS 2013, desta vez centrado no fenómeno de consolida-ção (agrupamento) neste sector.

o preço-hora em eSpanha é de €36, maS varia entre € 30-70, há 15.000 a 20.000 oficinaS (empreSaS em geral, muito pequenaS) e cerca de SeiS milhõeS de carroS reparadoS por ano.

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entrevista

"Tal como para as empresas de desmanTelamenTo de veículos de fim-de-vida, conseguem produzir valor aTraves dos residuos produzidos, o mesmo princípio pode Transpor-se para a oficina".

Pedro Pinheiro, Managing Director - Safetykleen Iberia

"Os resíduOs, ecOnOmicamente falandO, têm valOr"

s empresas estão mais moti-vadas para o cumprimento das obrigações ambientais? Considera que o sector da re-paração automóvel é dos mais

cumpridores da legislação ambiental? PP – O Dossier ambiente está na primeira página da ordem do dia, é uma, das maiores obrigações legais e sociais de uma empresa, mas penso que ainda estamos aquém do ide-al, para o nosso tecido empresarial. O sector automóvel pela sua exposição, é mais visível a aplicação das exigências ambientais que têm vindo a ser expressas na lei, no entanto, o sector automóvel não deixa de ser o reflexo do que se passa em todo o tecido empresa-rial. Há exemplos de excelência, há exemplos de transição (este representará a grande maioria das empresas) e há ainda os que não cumprem minimamente e nem revelam qualquer preocupação com este assunto. Considera que a legislação é adequada ao sector da reparação? Estamos a falar de micro e pequenas empresas.PP – Nas ultimas décadas, e em toda a Euro-pa, a gestão de resíduos tem tido progressos consideráveis. Partindo do princípio que a nossa legislação decorre de uma normativa Europeia, teremos que considerar que no seu todo, estará objectivamente adequada às necessidades de um pais desenvolvido e que respeita o ambiente. Pelo que, no sentido da competitividade é equitativo a todos os sectores. Quais são as principais preocupações da Safetykleen na relação com o mercado como empresa prestadora de serviço na área do ambiente?PP – Conseguir ter uma conotação de empresa prestadora de um serviço sério, de qualidade e que cumpre escrupulosamente com todos os requisitos legais necessarios e expressos na lei. Sermos percebidos como uma empresa inovadora pela diversidade de

A

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19 www.anecra.pt

serviços e soluções que oferecemos, específi-camente ao sector automóvel. Trabalhamos para ser uma referência, procuramos ofere-cer um serviço global cada vez mais abran-gente a toda a area ambiental. Pretendemos que os nossos clientes confiem em nós, e sejam os nossos confidentes. Procuramos diferenciar-nos constantemente atraves de uma oferta dinamica e que se reavalia constantemente. Temos uma característica unica e que nos distingue, a fusão entre o comercial e o técnico que realiza o serviço nas suas visitas regulares aos nossos clientes. Podemos encontrar no mercado uma boa aborda-gem comercial, sabemos que isso pode ter influência na decisão do cliente, mas o mais importante é a continuidade, a fiabilidade a relação duradoira e o seu acompanhamen-to. É precisamente este aspecto que mais valorizamos e onde nos consideramos mais capazes.Queremos ser vistos no mercado como uma empresa parceira dos seus clientes e que os ajuda no cumprimento das principais obrigações legais, libertando-os para que se dedicarem naquilo que sabem fazer melhor - o seu negócio.Qual a política da Safetykleen na gestão de pessoas e na relação com os clientes.PP – O Cliente é o centro das nossas aten-ções, como tal, contamos com operacionais multifacetados: com uma boa formação

comercial e de legislação ambiental, capazes de dar resposta com soluções mais adequa-das e vantajosas às necessidades do Cliente. Promovemos o contacto com o cliente, é exemplo disso a autonomia que têm para decidir no momento das visitas, a recolha de quantidades reduzidas, como é o caso da recolha de ½ recipiente com valor ajustado à quantidade recolhida, ou a celebração de novos contratos no momento, para mais tipos de resíduos, assegurando a entrega de toda a documentação e suporte administra-tivo legal. O que fazem para se manterem actualizados quanto às necessidades do mercado?PP – Através do constante contacto dos nos-sos comerciais e técnicos no dia a dia junto do mercado, obrigatoriamente essa acção leva à procura de soluções mais ajustadas. Investimos muito na formação dos nossos técnicos, por forma a facilitar a interecção com os clientes, criando uma maior dinâ-mica entre ambas as partes. Isto confere--nos a capacidade de sermos flexíveis e nos

adaptarmos às necessidades do mercado.Quanto custa a gestão ambiental às empre-sas?PP – Na optima só da gestão dos resíduos perigosos, variável em função do volume de trabalho da oficina, estimamos um valor médio que anda na ordem dos 1,00€ a 2,00€ por entrada de viatura. Estamos a falar de valores médios, logo cada caso é um caso que terá que ser avaliado em concreto. Que medidas pensa que podem ser adopta-das para reduzir os custos das empresas?PP – Temos vindo a passar aos nossos clientes que os resíduos, economicamente falando, têm valor. Uma boa gestão dos resíduos, entregando os resíduos mais valorizáveis, estes podem atingir valores de receita consideráveis, reduzindo assim os custos de gestão dos resíduos perigosos. Uma boa gestão dos resíduos valorizáveis, sem fugas ou desvios, podem contribuir para uma facturação positiva para o produ-tor do resíduo.Tal como para as empresas de desmantela-mento de veículos de fim-de-vida, conse-guem produzir valor atraves dos residuos produzidos, o mesmo princípio pode transpor-se para a oficina, é um exercício muito simples que pode ser colocado no seu dia à dia.

DECRETO-LEI Nº196/2003 REGIME APLICÁVEL À GESTÃO DE VEÍCULOS EM FIM DE VIDA (VFV)«Valorização» qualquer das operações aplicáveisaos VFV e seus componentes previstas noanexo II-B da Decisão n.o 96/350/CE, da ComissãoEuropeia, de 24 de Maio;OPERAÇÕES DE VALORIZAÇÃOR 4 Reciclagem/recuperação de metais e de ligasR 8 Recuperação de componentes de catalisadoresR 9 Refinação de óleos e outras reutiliza-ções de óleos

É uma questão de pôr em pratica o princípio ambiental do volume de resíduos produzi-dos de uma forma segregada, criando a ten-dencia de obtenção de uma valorização mais tarde, seguindo este princípio os resíduos que hoje não são valorizaveis podem-no ser no futuro. Existem empresas que estão

"Queremos ser vistos no mercado como uma empresa parceira dos seus clientes e Que os ajuda no cumprimento das principais obrigações legais..."

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entrevista

constantemente à procura de mais e melho-res formas de reutilização e reciclagem. Faz parte das novas metas para a gestão de resíduos trazidas com o novo Diploma sobre a gestão de resíduos.

DECRETO-LEI Nº73/2011 DE 17 DE JUNHO DE 2011Novas metas para a gestão de resíduos.Com o objectivo de fomentar a reutilização, reciclagem e outras formas de valorização dos resíduos, pretende-se que, até 2020:Resíduos urbanos (papel, cartão, vidro, plástico, etc.) reutilizados e reciclados aumente para 50%.Resíduos reutilizados, reciclados e sujeitos a outras formas de valoriza-ção aumente para 70%.Na gestão de resíduos é dada prioridade à redução, reutilização e reciclagem.

Tanto por uma preocupação ambiental como económica, é da responsabilidade de todos fazer uma gestão correcta dos resíduos, e isso passa pela formação das pessoas desde o ponto da sua produção. Com práticas que visem a minimização dos resíduos, passando pela sua separação, e até à sua gestão por empresas especializadas, como é o caso da Safetykleen. Esta é a razão da nossa mais recente aposta, que são as Acções de Formação de Gestão de Resíduos, integrado no serviço de Assessoria da Safetykleen. É uma formação certificada que não só conta para o previsto na lei (De-creto-Lei nº7/2009), como também consi-deramos ser uma ferramenta de valorização e credibiliza os nossos clientes. Trabalhar em colaboração com pessoas informadas promove a busca por soluções com maiores benefícios para ambas as partes. É esse o nosso caminho, formar, informar e servir.

Clientes esclarecidos valorizam mais o trabalho do seus fornecedores. Concorda com as medidas propostas pela ANECRA, como seja uma taxa de gestão de resíduos a incluir nas facturas aos clientes?PP - Sim, sem dúvida, porque tem que se aplicar o princípio da transparência e da equidade entre os operadores, ficando assim legítimo exigir-se o escrupuloso cum-primento da legislação ambiental por parte de todos os operadores, neste caso de todo o sector. Elimina-se o efeito de custo para as empresas passando a ser gerido na optica da Despesa e Receita. Esta medida com uma boa implementação e fiscalização, resolveria em grande medida muitos dos problemas ambientais que se associam ao sector.Protocolo ANECRA - Safetykleen. Que be-nefícios para os associados e para a própria Safetykleen? PP – Para a Safetykleen é uma questão de prestígio estar ligada a uma associação como a ANECRA, uma associação centená-ria com uma forte representação do sector da reparação automóvel, área para o qual a Safetykleen está fortemente vocacionada. Entendemos que este protocolo nos per-mite o acesso a mais conhecimento sobre o sector, convergindo interesses em que os as-sociados e clientes possam usufruir de uma forma vantajosa e unica de todos os serviços prestados pela Safetykleen em Portugal, tais como: gestão global de resíduos; assessoria ambiental; seguro de responsabilidade am-biental; e sistemas de lavagem, entre outros.Deste modo, estamos conjuntamente a desenvolver ums série de Packs de Serviço Global que permitam disponibilizar de uma forma simples e com vantagens conside-ráveis para uma correcta gestão e reenca-minhamento dos resíduos, para todos os associados da ANECRA.Os associados da ANECRA são empresas que estimamos, pelo simples facto de serem empresas que pertencem a uma associação centenaria, significa que se preocupam com as questões do sector onde estão inseridos e consequentemente com os seus direitos e o cumprimento das suas obrigações.

"É da responsabilidade de todos fazer uma gestão correcta dos resíduos, e isso passa pela formação das pessoas desde o ponto da sua produção.

20 Anecra 2012

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Anecra 2012

ara garantir que os veículos cir-culam em condições de segu-rança, com baixa sinistralidade e poluindo ao mínimo o am-biente, estes são por obrigação legal, submetidos às chamadas

Inspeções Técnicas a Veículos (ITV).Estas inspeções técnicas realizam-se em Cen-tros de Inspeções devidamente habilitados para o efeito, que possuem pessoal, instala-ções e equipamentos próprios para realizar este tipo de inspeções.Estes Centros de Inspeção são classificados em centros de categoria A ou categoria B, em função do tipo de inspeções para as quais estão habilitados a fazer.Existem diferentes tipos de Inspeções Técni-cas a Veículos, entre as quais se destacam as inspeções técnicas obrigatórias, as inspeções técnicas extraordinárias, as inspeções téc-nicas para atribuição de nova matrícula e as inspeções técnicas facultativas. Inspeções TécnIcas ObrIgaTórIasEste é o tipo mais comum de inspeções. Apli-ca-se a todos os veículos a partir dos 4 anos de idade. São inspeções técnicas obrigatórias que se realizam regularmente, espaçadas em períodos de tempo bem definidos.Estas inspeções têm como objetivo a verifi-cação do estado e funcionamento dos vários

sistemas do veículo e seus componentes, em especial aqueles que têm implicação direta na segurança do veículo e nas emissões de gases poluentes para a atmosfera, de acordo com as características originais homologadas ou resultantes de transformações autorizadas nos termos do Regulamento do Código da Estrada.Estas inspeções permitem a deteção atempa-da de deficiências nos veículos, contribuindo para evitar acidentes rodoviários motivados por falhas mecânicas e outras, controlar

as emissões de gases poluentes e reduzir o consumo de combustível.Este tipo de inspecções são efetuadas nos centros de inspeção de categoria A e de categoria B.

Inspeções TécnIcas exTraOrdInárIasSão inspeções que se realizam oca-sionalmente. Têm como objetivo identificar ou confirmar ocasionalmente as condições de segurança dos veículos,

22

tÉcnica

Inspeções TécnIcas

P

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Os dIferenTes TIpOs de Inspeções TécnIcas a VeículOs, e Os TIpOs de defIcIêncIas.

O parque automóvel a circular nas estradas tem vindo sempre a aumentar ao longo dos anos. Para uma circulação automóvel em segurança e amiga do ambiente, numa altura em cada vez mais se fala em sustentabilidade ambiental, é necessário que os veículos estejam em boas condições de estado e de funcionamento.

parTe I

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em consequência da alteração das suas características construtivas ou funcio-nais, por acidente ou outras causas que comprometem a segurança do veículo.Este tipo de inspeções é efetuado nos Cen-tros de Inspeção de categoria B.As Inspeções Extraordinárias realizam-se nas seguintes situações:- Veículos acidentados- Veículos adaptados para a utilização deGás de Petróleo Liquefeito (GPL) ou outro combustível- Veículos de transporte coletivo de crianças- Veículos com afixação de películas coloridas

Inspeções TécnIcas para aTrIbuIção de nova MaTrículaAs inspeções técnicas para atribuição de nova matricula têm como objectivo a identificação

de veículos anteriormente matriculados e a verificação das respectivas características, e confirmar as suas condições de segurança e de funcionamento. Este tipo de inspeções é efetuado nos Cen-tros de Inspeção de categoria B.

Inspeções TécnIcas FaculTaTIvas Os Centros de Inspeção podem também realizar verificações técnicas ao veículo, por iniciativa do seu proprietário.As inspecções facultativas não promovem a aprovação ou reprovação do veículo. O único objectivo destas inspeções técnicas é alertar

o proprietário do veículo para a existência de qualquer deficiência que este apresente.As verificações técnicas realizadas são as definidas para uma inspecção técnica obri-gatória, sendo no final da inspeção fornecido um relatório da inspeção identificando as deficiências do veículo verificadas na inspe-ção. Este relatório não substituiu a Ficha de Inspecção e o selo oficial, nem altera a data da próxima Inspeção Periódica Obrigatória a realizar pelo veículo.Este tipo de inspeção é aconselhável, princi-palmente, para as situações de veículos que tenham estado muito tempo imobilizados,

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situações de compra de veículos usados, situações de veículos que vão iniciar viagens longas, ou situações de dúvidas na sequência de uma reparação envolvendo os sistemas de segurança do veículo.Uma Inspeção Facultativa permite o conhe-cimento antecipado de eventuais deficiências do veículo, reduzindo substancialmente, ou mesmo eliminando, possíveis problemas e custos directos e indirectos de grande importância.

Tipos de deficiências dos veículosNas inspeções técnicas são observadas deficiências nos veículos, que se classificam em três tipos:Tipo 1 – Deficiências que não afectam gra-vemente as condições de funcionamento do veículo nem directamente as suas condições de segurança, não implicando, por isso, nova apresentação do veículo a inspeção para verificação da reparação efectuada. Estas deficiências têm que ser reparadas, sendo exigido para a aprovação do veículo numa nova inspeção ou reinspeção, a verificação da referida reparação.Tipo 2 – Deficiências que afectam grave-mente as condições de funcionamento do veículo ou directamente as suas condições de segurança, ou que ponham em dúvida a sua identificação, devendo:1- O veículo ser apresentado no centro de inspeção, para verificação da reparação efectuada;2 - Proceder o utente à regularização nos serviços competentes do IMTT, quando se trate de problemas de identificação relativos a livrete.Os veículos que apresentem deficiências do tipo 2 nos sistemas de direcção, suspen-são ou travagem, não podem transportar passageiros nem carga enquanto não forem aprovados.Tipo 3 – deficiências muito graves que im-plicam a paralisação do veículo ou permitem somente a sua deslocação até ao local de reparação, devendo esta situação ser confir-mada em posterior inspecção.Os veículos são reprovados em inspecção ou reinspecção sempre que:1 - Sejam verificadas mais de cinco defici-ências do tipo 1 em códigos de deficiência diferentes.

2 - Sejam verificadas uma ou mais deficiên-cias do tipo 2 ou 3.3 - Não seja efectuada a correcção da deficiência ou deficiências anteriormente anotadas (1 passa a 2), excepto as relacionadas com livrete.

o inspeTor

O profissional ponto chave na realização das Inspeções Técnicas a Veículos (ITV) é o inspetor. A atividade profissional de inspetor está regulamentada pelo Decreto-Lei nº 258/2003, de 21 de Outubro, podendo ser exercida por inspetores titulares de diferentes tipos de licenças, sendo que cada licença corresponde aos tipos de inspeções que o seu titular está habilitado a efetuar:Licença Tipo A - Inspeções técnicas periódi-cas a automóveis ligeiros;

Licença Tipo B - Inspeções técnicas periódi-cas a automóveis ligeiros, pesados e reboques com peso bruto superior a 3500 kg;Licença Tipo C - Inspeções técnicas periódi-cas, extraordinárias e para atribuição de nova matrícula a automóveis ligeiros;Licença Tipo D - Inspeções técnicas periódi-cas, extraordinárias e para atribuição de nova matrícula a automóveis ligeiros, pesados e reboques com peso bruto superior a 3500 kg.Estas licenças são válidas por um período de cinco anos, estando a sua renovação dependente do cumprimento de requisitos respeitantes ao tempo de exercício da profis-são e à frequência de formação contínua de atualização de conhecimentos.Para a obtenção de cada licença, o candida-to a inspetor tem que reunir requisitos de acesso previstos no Decreto-Lei nº 258/2003, de 21 de Outubro, dos quais se destaca a conclusão com aproveitamento de um curso de formação profissional de inspec-ção de veículos, previamente reconhecido pelo Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT).A principal entidade que ministra os cursos de formação profissional para obtenção das licenças de inspetor, é o CEPRA – Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel.Uma correta inspeção do veículo depende dos conhecimentos e capacidades técnicas do inspetor que a realiza. Neste sentido, a boa formação profissional do inspetor tem um papel decisivo.Neste artigo será dado ênfase ao inspetor de Licença Tipo A., que é a primeira licença que um candidato a inspetor pode obter. A licença Tipo A é um pré-requisito para a obtenção de todas as outras licenças.

tÉcnica

360º

Utilize apenas um sistema de aplicação de pintura e obtenha uma maior rentabilidade.

Estreie uma pistola em cada utilização!

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3M Reparação Automóvel3M PPS e 3M Sistema Accuspray. Pistola de Aparelho HVLP.

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Maximize os

benefícios do PPS

asesAposte numa combinação ganhadora.

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entrevista

As quAse duAs décAdAs de experiênciA no AftermArket dão A AndreA tAschini umA visão estrAtégicA únicA sobre As potenciAlidAdes e dificuldAdes do mercAdo.

Andrea Taschini, Director da Unidade de Negócios After-market da Sogefi Filtration B.V.

“Acredito no desenvolvimento positivo do Am”

ual é o futuro do aftermarket no seio da Sogefi?Criámos uma nova divisão (AM) há dois anos. Com isso também centralizámos a sede em Paris

e realizámos novos investimentos em logís-tica, marketing, compras e qualidade. Isso é a confirmação do facto de este grupo acreditar no desenvolvimento positivo do AM.Várias companhias OE tais como a Sogefi orga-nizam o seu modelo de negócio em apenas 1 ou 2 produtos, pensa que esta posição é sustentável no futuro?Quase todos os fabricantes de componentes para carros são especializados na venda de uma ou duas linhas de produto. Por outro lado, há já muito tempo que tem havido uma tendência no alargamento da gama de produtos. Eu não sou completamente contra esta tendência, mas acredito que o produto deve ser fabricado em lugar de ser apenas vendido. Além disso, eu penso que é importante ter o “know how” na companhia. A nossa área não permite a venda de produtos sem mais-valias incorporadas. Na minha opinião ser fabricante é uma mais-valia muito forte.

Q

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27 www.anecra.pt

Devido à pressão nos preços, o mercado tem testemunhado um aumento de companhias que compram peças não homologadas a países de baixo custo, colocam-nas em embalagens bonitas e vendem-nas com uma marca. Como vê este problema? É uma ameaça à Sogefi?

Eu não penso que seja uma ameaça para a Sogefi. É uma ameaça para os condutores. De facto se considerarmos esses produtos no prisma da segurança e manutenção do automóvel, são perigosos porque aparen-temente parecem seguros mas podem provocar grandes danos ao veículo e avariá-

-lo. Quando falamos de qualidade nós não aceitamos compromissos, está no DNA do Grupo Sogefi.E pensa que a marca ainda é uma mais--valia?Definitivamente. Cerca de 75% dos filtros vendidos na Europa pertencem a marcas OE muito conhecidas. Somente 25% pertencem a marcas não OE ou rótulos privados. Posso imaginar que as pessoas prefiram “marcas premium” a marcas “low cost”.A crise tem travado as pessoas de adquiri-rem novos carros na Europa, isto significa que o aftermarket independente está a beneficiar com esta conjuntura?Carros mais antigos são uma vantagem para o AM, mas nestes anos de crise o número de quilómetros conduzidos caiu dramatica-mente enquanto a duração dos produtos cresceu. Por isso essa vantagem não se faz sentir.

Unidade fabril da Sogefi, fabricante de filtroS italiano, qUe conta com Uma oferta de repUtadaS marcaS: pUrflUx, fram, pbr, tecnocar, croSland, fiaam, cooperS.

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Anecra 2012

s adesivos utilizados para a cola-gem de vidros devem conseguir uma união duradoura no tem-po, oferecer uma boa resistência

aos impactos, e absorver as deformações que o habitáculo sofre durante o funciona-mento do veículo. Os poliuretanos combi-nam uma boa flexibilidade e alongamento de ruptura com boas características de resistência. Devido ao seu estado “plástico--elástico”, podem absorver as vibrações e impactos, voltando à sua posição original sem sofrer tensões.Outra das características importantes que apresentam é a rigidez estrutural necessária para que o vidro colado faça parte integran-te da estrutura do veículo.

Pistolas e bicos utilizados Para a aPlicação do adesivo.Tipos de PoliuretanosOs adesivos que se utilizam actualmente na fixação de vidros são à base de poliure-tano, polímero com um grupo de uretano na unidade estrutural que se vai repetindo.

28

OOs primeiros pára-brisas uniam-se à carroçaria por fixações mecânicas. Mais tarde utilizaram-se os rebites de borracha. Os inconvenientes deste tipo de uniões, eram as montagens caras e a necessidade de uma colagem adicional, o deu lugar à união por adesivos. Dentro destes apareceu o poliuretano, que se mantém, graças às propriedades mecânicas que possui.

tÉcnica

POLIURETANOS PARA FIXAÇÃO DE VIDROS NO AUTOMÓVEL

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Os poliuretanos obtêm-se por reacção de diisocianatos e diálcoois.Os poliuretanos para fixação de vidros apresentam-se em estado viscoso na aplica-ção, e à medida que secam ou endurecem, vão adquirindo consistência e resistência. Existem poliuretanos com muitas dife-rentes formas de viscosidade, elasticidade, resistência mecânica, e dureza. É impor-tante mencionar que qualquer adesivo de poliuretano não serve para a fixação de vidros. Na hora de escolher o poliureta-no adequado, requerer-se-á que possua umas determinadas características. Cada construtor de automóveis define as suas próprias especificações técnicas, ainda que possam coincidir em maior ou menor grau. Portanto, é essencial que o adesivo utilizado tenha sido testado por algum organismo especializado e externo, que certifique que cumpre os requisitos determinados.

Poliuretanos monocomponentes. Neste tipo de poliuretanos, a reacção de polimerização progride desde o exterior, em contacto com o ar, ao interior da massa de adesivo. O poliuretano polimeriza, endurece, por efeito da humidade atmosférica formando um material elástico como a borracha. Por esta razão é importante o grau de humi-dade do ar (quantidade de vapor de água que contém), já que segundo seja maior ou menor, a polimerização será mais rápida ou mais lenta. À medida que vai polimerizando forma-se uma pele que vai engrossar até

atingir o centro do cordão. Normalmente, o tempo de cura dos poliuretanos de um componente varia entre 0,5 e 2 horas, para veículos sem airbag, e entre 1 e 4 horas para veículos com airbag.

Os poliuretanos de um componente endu-recem do exterior para o interior do cordão, através do contacto com a hu-midade atmosférica.

Poliuretanos bicomponentes. Neste tipo de poliuretano a reacção de polimerização progride em todas as direcções. Os produtos bicomponentes são reticulados quimica-mente mediante a mistura de dois compo-nentes, adesivo e endurecedor (componente A + componente B). O adesivo, ao misturar--se com o seu catalizador produz uma reacção de polimerização, provocando a sua secagem num tempo relativamente curto quando comparado com os poliuretanos monocomponentes. O tempo de endureci-mento necessário é, geralmente, entre 0,5 a 1 hora, para veículos com airbag.

Os poliuretanos bicomponentes endure-cem em todas as direcções do cordão, após

a mistura dos dois componentes.

CaraCterístiCas dos poliuretanosAs características mecânicas do poliuretano fazem com que seja o adesivo utilizado na fixação de vidros.

O poliuretano aplica--se em forma de cordão triangular.

As características funda-mentais para determinar se um poliuretano tem um comportamento

mecânico adequado são a elasticidade, a dureza, e a resistência. Estas características podem ser avaliadas através dos vários dados facultados pelo fabricante sobre o seu produto, sendo os mais significativos: resis-tência à tracção; dureza Shore A (resistência a impactos); alongamento na ruptura; e mó-dulo de corte. Além destas características,

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os fabricantes proporcionam outros dados úteis para a aplicação do produto: tempo de formação de pele; velocidade de polimeriza-ção ou endurecimento; temperatura de apli-cação; consistência (tixotropía, viscosidade); faixa de temperaturas de aplicação; etc.Resistência a tracção. É a capacidade do material em suportar um esforço de tracção sem romper. Os valores de resistência à tracção (ISO 37) dos poliuretanos no merca-do actual costumam encontrar-se entre os 4,5 e 8 N/mm2.Dureza. É a resistência que um material oferece ao ser penetrado por outro. A du-reza Shore-A mede a reacção elástica sobre o material no impacto de um corpo duro. Os valores de dureza Shore-A (ISO 868) costumam encontrar-se entre 50 e 60.Alongamento de ruptura. Este valor indica o grau de deformação que o material pode atingir antes da sua ruptura. Os valores de alongamento de ruptura (ISO 37) costu-mam encontrar-se entre os 300% e 500% (longitude final entre 3 a 5 vezes a longitude inicial).Modulo de corte. Relaciona a força aplicada com o alongamento sofrido por um corpo. Um material muito elástico tem um mó-dulo baixo, e no sentido inverso, materiais rígidos com pouca elasticidade apresentam módulos elevados. Um poliuretano de alto módulo, na fixação de vidros, é aquele cujo módulo de ruptura em esforço cortante é superior a 2,5 MPa. Alguns construtores de automóveis projectam os seus veículos de forma a que o adesivo cumpra uma função totalmente estrutural, para poder diminuir assim o peso da estrutura resistente (car-roçarias de alumínio). Estes veículos levam um adesivo de fábrica de alto módulo, e para a reposição do pára-brisas utilizar-se-á também o mesmo tipo de poliuretano. Não é recomendável utilizar poliuretanos de alto módulo em veículos não preparados para este tipo de adesivo, já que, pela sua rigidez, podem aparecer problemas de rupturas, transmissão de ruído, etc.Viscosidade. É a força de fricção existente entre as moléculas do material. É inversa-mente proporcional à temperatura (maior temperatura corresponde a menos viscosi-dade, isto é, mais fluidez). Esta caracterís-tica influência a facilidade de extrusão do produto.Tixotropía ou estabilidade. É a resistência ao escorrimento do material. É uma proprie-dade física apenas relativa à capacidade do material para se sustentar, e aumenta com a temperatura.Aderência inicial. É a capacidade de suporte de um produto antes do seu endurecimen-to. A mais tixotrópica corresponde mais aderência inicial.Tempo de formação de pele. É o tempo que o material demora a endurecer a sua capa

externa, definindo assim o tempo que pode permanecer o produto fora da sua emba-lagem antes de aderir às superfícies. Varia segundo as condições climáticas existentes. Quanto menor for a humidade relativa e a temperatura, maior será o tempo de formação de pele. Os tempos de formação de pele geralmente variam entre os 10 e os 25 minutos a uma temperatura de 23ºC, e a uma humidade relativa de 50%.Velocidade de polimerização ou de cura. É o número de milímetros de espessura do material que endurecem ou secam num tempo determinado. A velocidade de endu-recimento será maior ou menor conforme o tipo de poliuretano. O endurecimento total de um poliuretano monocomponente, de secagem por humidade atmosférica, pode durar várias semanas. No entanto, a resis-tência estrutural necessária para garantir a segurança dos ocupantes, atinge-se em menor tempo.Temperatura de aplicação. É a tempera-tura ambiente óptima para a aplicação do adesivo. Costuma estar no intervalo entre 5ºC a 35ºC.Temperatura de aquecimento ou utilização. É a temperatura a que se deve encontrar o adesivo para a sua aplicação. Alguns poliu-retanos aquecem-se em estufas específicas para atingir uma temperatura adequada (aproximadamente entre 60º a 80ºC), que facilite a sua extrusão.Tempo de entrega. Tempo de espera para entregar o veículo ao cliente. Este tempo é em função da velocidade de polimerização. É importante que esteja indicado claramen-te o tempo de espera em função do tipo de veículo, com ou sem airbag, para garantir a união e a segurança dos ocupantes do veículo.Resistência eléctrica. Através deste parâ-metro mede-se a condutividade eléctrica do produto. Quanto maior for o valor da resistência eléctrica, menos condutor será o material. Para evitar o risco de interferên-cias no funcionamento de antenas, telefo-nes móveis, navegadores por satélite (GPS), utilização de monitores de vídeo, sensores de chuva, bem como outros dispositivos deste tipo, a propriedade requerida ao adesivo é não ser condutor de electricidade. Este tipo de adesivos está especialmente recomendado em carroçarias de alumínio, já que reduz a corrosão por contacto entre diferentes materiais.

Actualmente as características predomi-nantes para seleccionar o adesivo adequado a cada trabalho a realizar são: o módulo de corte (alto ou médio); a resistência eléctrica (não condutor); e o tempo de entrega ao cliente. As características que marcam a facilidade de aplicação do produto devem ser valorizadas por cada reparador.

As substituições de vidros no automóvel realizam-se com relativa frequência, pelo que os adesivos a utilizar devem cobrir os requisitos de origem, sendo necessário seleccionar o adesivo adequado ao modelo de veículo.

O tempo de entrega do veículo deve ser res-peitado para garantir a união e a segurança dos ocupantes.

tÉcnicaAdesivo – Poliuretano

Garante a união

O pára-brisas ajuda a resistência estrutural da carroçaria

Resistência a impactos

Absorção de deformações

(rigidez adequada)

Sem airbag

Com Airbag

Maior tempo de espera

Menor tempo de espera

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reportagem

Monroe, TrW, ValVoline, YokohaMa, hYflex e MuiTas ouTras Marcas, aposTaM no WTcc, o segundo caMpeonaTo do auToMobilisMo de circuiTos Mais iMporTanTe logo a seguir à forMula 1.

AftermArket ApostA no WtCC

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Campeonato do Mundo de Carros de Turismo invadiu Portimão nos dias 2 e 3 de Junho. Tiago Monteiro e inú-

meras marcas do aftermarket foram figuras de cartaz.Depois da estreia em 2010, o WTCC visitou pelo segundo ano o Autódromo Internacio-nal do Algarve. A competitividade deste Campeonato do Mundo proporciona, sem dúvida, algumas das melhores corridas em termos de espetá-culo para o público. Considerado o melhor campeonato de car-ros de Grande Turismo, o WTCC trouxe ao Algarve carros das grandes marcas que nos últimos anos têm dado grande espetáculo: Seat, BMW, Chevrolet, etc. De destacar a presença de um dos melhores pilotos portugueses, Tiago Monteiro, que foi cabeça de cartaz durante o fim-de-sema-na da prova portuguesa.Reputadas marcas ligadas ao aftermarket como a Monroe, TRW, Valvoline, Brose, Yokohama, entre muitas outras, também estiveram em foco no fim de semana.

Tiago MonTeiro, PiloTo WTCCA sua ligação com o patrocinador Monroe parece estar a funcionar muito bem. O que mais retém desta parceria?A paixão que a Monroe tem pelo desporto automóvel, obviamente é uma área onde estão envolvidos, faz todo o sentido, mas não só, eles também têm uma verdadeira paixão pela competição, é uma equipa dinâmica com um marketing muito forte, muito bom, é uma marca que eu conheço há muitos anos, desde miúdo que eles tinham sempre campanhas muito divertidas na televisão, muito fortes, que marcavam, e por isso foi também uma grande honra quando comecei

a trabalhar com eles em 2011. As coisas têm corrido muito bem realmente porque acho que nos complementamos, eles querem realmente algo diferente, e a relação tem sido muito boa a todos os níveis e por isso também espero que seja uma relação por muitos anos.

Pedro diaz, direCTor de Vendas e MarkeTing TrWQual a importância do WTCC para a TRW?Os eventos do WTCC servem para de alguma forma mostrar a nossa presença enquanto fornecedores de equipamento de segurança, ou seja, a TRW é uma marca que fornece muitos equipamentos ligados à segurança e no desporto automóvel apenas faria sentido patrocinarmos o Safety Car porque é aquele que passa exactamente essa mensagem de segurança. Por outro lado, estes eventos servem para também de algu-ma forma confraternizarmos com os nossos clientes, passarmos um bom momento, fora do dia-a-dia do trabalho, podemos assim proporcionar aos clientes uma experiência mais por dentro do WTCC.

E a iniciativa “Mecânico por um fim-de--semana”, está a correr bem?Aquilo que fazemos todos os anos é uma espécie de um concurso via Internet e divul-gamos também nas várias publicações do sector, em que fazemos algumas perguntas para que os mecânicos de Portugal possam responder e depois fazemos um sorteiro final. Essa experiencia consiste em o mecâ-nico passar um fim-de-semana completo a acompanhar a equipa da Chevrolet, ou seja, a trabalhar nos carros da Chevrolet, este ano tivemos a sorte porque é um mecânico com bastante experiência na área da competição automóvel, ele está muito satisfeito, é uma iniciativa para poder proporcionar a um mecânico que ganhe esse concurso uma experiencia única.

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reportagem

Paulo SantoS, DiviSão De venDaS valvoline - KrautliComo está a evoluir o negócio da Valvoline em Portugal?O negócio da Valvoline em Portugal está a evoluir muito favoravelmente, em relação ao ano passado estamos com um cresci-mento na ordem dos 52 / 53%, na situação económica em que o país se encontra isso é muito bom. Partimos o ano passado de um número muito superior ao que tínhamos perspectivado, e de facto continuar a cres-cer a este ritmo significa que estamos no bom caminho.

Muriel WolDer, Director De MarKeting eMea Para oS valvoline Service centerA Valvoline tem uma forte presença no WTCC. Está satisfeito com esse facto?Sim claro, o desporto motorizado faz parte da nossa herança, está no nosso sangue, o WTCC é um dos campeonatos que mais se

identifica com os carros dos nossos clientes finais, por isso é óptimo. Como descreve o projeto Valvoline Service Center?O programa Valvoline Service Center é um

programa que desenvolvemos para apoiar o canal independente, existe muita pres-

são no mercado das oficinas OEM que estão a prolongar o período de garantia possivelmente de 3 anos para 5 a 7 anos, por isso existe muita pressão no canal independente e precisam de muito apoio para os ajudar a construir

o seu negócio e manter os clientes a regressar à oficina, por isso proporcio-

namos uma linha de marca Valvoline e as ferramentas de apoio para desenvolverem

o seu negócio, formando-os em novos pro-dutos, como podem vender os seus serviços com produtos premium e desenvolver pro-gramas que os ajudem a atraiar novos clien-tes às oficinas. É muito importante a esse canal diferenciar-se do canal OEM onde as pessoas compram os seus carros, por isso é de facto um programa abrangente que os ajuda a construir o seu negócio. Estamos de momento activos em Portugal, temos cerca de 50 Valvoline Service Center nesta região e estamo-nos a expandir em toda a Europa. Por isso é um programa importante para a Valvoline, de apoio ao nosso negócio.

oScar Blanco, Director De venDaS eSPanha & Portugal valvolineA venda dos produtos Valvoline em Portugal está de acordo com as previsões?Sim, estamos a realizar um ano muito bom apesar das circunstâncias económicas que o país vive, as vendas estão muito acima do que tínhamos perspectivado e dos objec-tivos traçados, por isso estamos muito satisfeitos com as vendas alcançadas até à data em Portugal.

Mário torreS, hyflexPorquê a aposta da Hyflex no WTCC?Somos uma empre-sa que trabalha no ramo industrial, somos fabricantes de luvas, já estamos em Portugal há mais de 30 anos, estar no WTCC foi uma forma de ganhar outro tipo de visibili-dade da nossa marca, foi uma decisão que tomámos o ano passado em ser um dos maiores patrocinadores do WTCC.

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Bruno Correia, piloto Safety Car do WtCCComo tem sido a sua experiência nestes dois anos que está em parceria com a TRW no Safety Car?É realmente um campeonato muito im-portante, no cenário mundial é o segundo campeonato mais importante de automo-bilismo de circuitos, é um campeonato que tem características diferentes porque os carros são muito idênticos aos do dia-a-dia,

e este ano e mais uma vez estou como piloto oficial e permanente do Safety Car, com um belo Chevrolet Camaro, vermelho da cor da TRW, acarreta muita responsabilidade, é um campeonato que tem a imagem da FIA. Este ano o campeonato continua muito atractivo, sempre com mais de 20 carros em pista, grandes disputas. Sem o Safety Car não há corridas, é uma peça fulcral nas corridas da FIA, e estou muito satisfeito por representar Portugal.

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O Regime Jurídico da Concorrência, foi recentemente alterado com a publicação da Lei n.º 19/2012, de 8 de Maio que entra em vigor, em 7 de Julho.O diploma agora publicado, revoga o Decreto-Lei n.º 18/2003, de 11 de Junho que estabelecia o anterior regime geral da defesa e promoção da concorrência.O actual Regime Jurídico, cumpre o “Memo-rando com a Troika” e dá resposta à evolução verificada na legislação e jurisprudência da União Europeia, em matéria de Concorrên-cia, visando uma eficaz promoção e aplicação das suas regras e procedendo à respetiva harmonização. Com estes pressupostos e, sendo influenciado pelo Direito Comunitá-rio propõe-se, no seu essencial, disciplinar a actuação dos sujeitos económicos no mercado, ou seja, regular a concorrência entre as empresas no mercado, através de uma disciplina criada pelo Estado.Nesse sentido, contempla entre os seus primados, a simplificação e introdução de uma maior autonomia nas regras sobre a aplicação de procedimentos de concorrên-cia, em particular, no que diz respeito aos procedimentos penais e administrativos; a racionalização das condições de abertura de investigação; a harmonização da legislação nacional e europeia sobre controlo de con-centrações de empresas; a garantia de maior clareza e segurança jurídica na aplicação do Código do Processo Administrativo no controlo de concentrações e promoção da equidade e, por último, a celeridade e a efici-ência dos procedimentos de recurso judicial de decisões da Autoridade da Concorrência.Da análise que efetuamos ao novo diploma legal, destacamos as alterações normativas que dizem respeito à avaliação do abuso de posição dominante, aos poderes de investi-gação e inquérito, à avaliação da concentra-ção de empresas, ao reforço dos poderes e deveres da Autoridade da Concorrência e a introdução do “Regime de Clemência” para as empresas que colaborarem com a investi-gação das práticas anti-concorrenciais. De salientar ainda que resultam reforçados, os poderes da Autoridade da Concorrência em matéria de busca e apreensão, a qual tem sido alvo de alguma polémica e de manifes-tações de discordância, por parte daqueles que defendem que a implementação de uma

medida desta natureza, não pode deixar de ser efetuada, à margem de uma ordem judicial que garanta a legalidade. Com efeito, as buscas, passam, no âmbito do novo diploma legal, a poder ser feitas também, em casas e veículos de trabalha-dores, gestores, donos e colaboradores das entidades visadas e a apreensão, pode abrangerá, igualmente, correios electrónicos, não carecendo de prévia autorização judicial, ainda que sujeita a posterior Despacho.Por outro lado, a figura jurídica de “Abuso de posição dominante”, passou a consagrar um elenco exemplificativo de práticas, susceptí-veis de se considerarem abusivas, por uma ou mais empresas.

Assim, pode ser considerado abusivo, nos termos do artigo 11º da Lei nº 19/2012, de 8 de Maio, nomeadamente:- Impor, de forma direta ou indireta, preços de compra ou de venda ou outras condições de transação não equitativas;- Limitar a produção, a distribuição ou o desenvolvimento técnico, em prejuízo dos consumidores;- Aplicar, relativamente a parceiros comer-ciais, condições desiguais no caso de pres-tações equivalentes, colocando-os, por esse facto, em desvantagem na concorrência;- Subordinar a celebração de contratos à aceitação, por parte dos outros contraen-tes, de prestações suplementares que, pela sua natureza ou de acordo com os usos comerciais, não tenham ligação com o objeto desses contratos;

- Recusar o acesso a uma rede ou a outras infraestruturas essenciais por si controladas, contra remuneração  adequada, a qualquer outra empresa, desde que, sem esse acesso, esta não consiga, operar como concorrente da empresa em posição dominante no mercado a montante ou a jusante, a menos que esta última demonstre que, por motivos operacionais ou outros, tal acesso é impossível em condições de razoabilidade.

Por outro lado, o “Abuso de dependência económica” consagrado no artigo 12º do mesmo diploma, prevê:- A proibição, na medida em que seja susce-tível de afetar o funcionamento do mercado ou a estrutura da concorrência, a exploração abusiva, por uma ou mais empresas, do estado de dependência económica em que se encontre relativamente a elas qualquer em-presa fornecedora ou cliente, por não dispor de alternativa equivalente.Entende-se que uma empresa não disponha de alternativa equivalente, quando o fornecimento do bem ou serviço em causa, nomeadamente, o serviço de distribuição, seja assegurado por um número restrito de empresas e quando a empresa não puder obter idênticas condições, por parte de outros parceiros comerciais num prazo razoável.Estabelece ainda, com carácter enunciativo, comportamentos que podem ser considera-dos, como “abuso de dependência econó-

legislação

Novo Regime Jurídico da Concorrência

O actual Regime JuRídicO, cumpRe O “memORandO cOm a tROika” e dá RespOsta à evOluçãO veRificada na legislaçãO e JuRispRudência da uniãO euROpeia.

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mica”, e integra nas mesmas, as situações previstas, para a figura do abuso de posição dominante, a rutura injustificada, total ou parcial, de uma relação comercial estabele-cida, tendo em consideração as relações co-merciais anteriores, os usos reconhecidos no ramo da atividade económica e as condições contratuais estabelecidas.O novo regime da concorrência, prevê ainda, a possibilidade de se estabelecerem negocia-ções e compromissos que permitam cessar a prática anticoncorrencial entre a Autoridade da Concorrência e os infratores, conceden-do condições para se repor a legalidade da situação e evitar a condenação.Encontra-se ainda, consagrada na nova Lei, a possibilidade da Autoridade da Concor-rência, estabelecer que esses compromissos sejam de natureza estrutural, traduzidos, designadamente, na obrigatoriedade de venda de um activo.Ao nível da concentração de empresas, enquanto operação sujeita a controlo pela Autoridade da Concorrência, registou-se uma alteração, não ao nível do conceito em si, mas dos critérios necessários à notificação daquela entidade, após a conclusão do acor-do e, previamente, à sua realização. Os artigos 36º e 37º da nova Lei não sujeita todas as operações de concentração, a notifi-cação. Porém, sempre que em consequência da operação de concentração, se adquira, crie

ou reforce uma quota igual ou superior a 50% no mercado nacional de determinado bem ou serviço ou numa parte substancial deste, essa operação, estará sujeita a notificação, independentemente, do volume de negócios. Por outro lado, caso a operação de concen-tração adquira, crie ou reforce uma quota igual ou superior a 30% e inferior a 50%, no mercado nacional de determinado bem ou serviço e o volume de negócios realizado individualmente em Portugal, no último exercício, por pelo menos duas das empresas que participam na operação de concentra-ção, seja superior a cinco milhões de euros, líquidos de impostos com estes diretamente relacionados, encontra-se de igual forma, sujeita a notificação prévia.

Se o conjunto das empresas participantes na concentração, faturarem no último exercício, mais de 100 milhões de euros e o volume de negócios realizado individualmente em Portugal, por pelo menos duas dessas em-presas, for superior a cinco milhões de euros, verifica-se também, a sujeição a notificação prévia, nos termos legais. A nova Lei, prevê ainda, a possibilidade de recurso das Decisões da Autoridade da Concorrência, para o novo tribunal da Concorrência, embora lhe seja concedido efeito “meramente devolutivo”, salvo se lhe for atribuído, exclusiva ou cumulativamente, com outras medidas provisórias, o efeito suspensivo. Por outro lado, o efeito pode também, ser suspensivo se o visado prestar caução e o requerer em Tribunal, considerando que a coima lhe causa “prejuízo considerável”.Alteram-se ainda, os prazos de prescrição, consagrando-se uma alargamento, para três e cinco anos, consoante os casos.Inovador, é também, o escrutínio pela Assembleia da República previsto na atual legislação e, que impõe, que pelo menos uma vez por cada sessão legislativa, se realize um debate em plenário, sobre politica de concorrência.

Isabel Figueira Gabinete Jurídico da ANECRA

Resultam RefoRçados,os podeRes da autoRidade da ConCoRRênCiaem matéRia de busCa e apReensão, a qual temsido alvo de alguma polémiCa e de manifestaçõesde disCoRdânCia.

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viagem de automóvel começou em Helsínquia no dia 12 de Maio e terminou a sul de Skedsmokorset a 14 de Maio. Foram necessárias 46 horas

para concluir a viagem e, durante esse tempo, os dois pilotos noruegueses conduziram 2536,4 quilómetros com um único depósito de gasóleo. Trata-se do percurso medido mais longo que qualquer automóvel não modificado com motor a gasóleo alguma vez percorreu em estradas europeias sem ter de reabastecer. Com 70,93 litros de combustível no depósito, o automóvel consumiu uma média de 0,279648 litros de gasóleo por cada 10 km. “Contámos com um automóvel muito efi-ciente ao nível do consumo de combustível, além de um jogo de pneus concebidos para

uma resistência ao rolamento extremamen-te baixa. A baixa resistência ao rolamento representou uma contribuição importante para o baixo consumo de combustível e sem prejudicar as características do automóvel.”, explicou Knut Wilthil, um dos dois pilotos.

Um agradável desafio Acompanhado por Henrik Borchgrevink, Knut Wilthil estabeleceu o recorde num Ford Mondeo ECOnetic com um motor a gasóleo de 1,6 litros. O automóvel foi equipado com os novos pneus da Continental, os ContiEco-Contact 5, que têm como uma das principais características a pouca resistência ao rolamento a consequente redução do consumo de combustível e das emissões de CO2. As dimensões dos pneus foram de 205/60 R16 com uma pressão de 2,8 Bar.

Novo recorde europeu com pNeus coNtiNeNtalUm Ford mondeo eConetiC Com qUatro pneUs ContieCoContaCt 5, o modelo da gama Continental orientado para eConomia de CombUstível, Foi tUdo o qUe dois pilotos norUegUeses Utilizaram para estabeleCer Um novo reCorde eUropeU para a mais longa viagem de aUtomóvel possível sem terem de reabasteCer.

ambiente

A Uma parceria bem-sUcedida A experiência dos condutores no que toca a longas viagens com um único depósito de combustível também lhes facultou uma perspetiva aprofundada sobre como ava-liar as características de um automóvel. “Logo que começámos a viagem no carro, notei que os pneus estavam a rolar espan-tosamente bem e que também tinham uma excelente aderência. Há um sítio no percurso que faço do trabalho para casa onde normalmente tiro o pé do acelera-dor e deixo o carro rolar pela descida da última colina até uma rotunda. “Com os pneus ContiEcoContact 5, notei que posso retirar o pé do pedal muito antes do que habitualmente faço,” declarou Knut Wilthil, que não tem quaisquer dúvidas de que a combinação do automóvel com os pneus foi importante para o sucesso na tentativa de alcançar o recorde.

Solução Global

Equipamentos

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Solução Global

Equipamentos

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40 Abril 2012

BREVES

Blue Print - Válvula de Controle de Sucção da Bomba InjetoraA Blue Print, especialista em peças para veículos Asiáticos e Americanos, lançou recentemente no mercado uma impor-tante Válvula de Controle de Sucção da Bomba Injetora para a Toyota, com a referência ADT36846C.Certos modelos da Toyota equipados com o motor 2.0 D4-D podem ter pro-blemas de funcionamento na Válvula de Controle de Sucção da Bomba Injectora, podendo levar a perdas repentinas de po-tência, que podem ser periódicas e muitas vezes levar a que se acenda a luz de avaria do motor.As válvulas originais podem prender ou atrasar a sua operação, situação que é causada pelo desgaste da sede da válvula.

Grupo Bosch continua a crescer em Portugal Vendas das empresas Bosch em Portugal mantiveram-se acima dos mil milhões de euros. Cerca de 350 novos colaboradores em Portugal; Volume de exportação de 937 milhões de euros reforça posição no conjunto das maiores empresas exportadoras portuguesas;13 milhões de euros investidos no desenvolvimento de produtos.Para o Grupo Bosch, 2011 foi um ano po-sitivo em termos de desenvolvimento do negócio em Portugal. Influenciado pelo aumento das encomendas da indústria automóvel, principalmente ao nível dos equipamentos de multimédia produzidos

em Braga, o volume total das vendas de todas as empresas Bosch em Portugal au-mentou 3,3 por cento, para 1.047 milhões de euros, mantendo-se acima dos mil milhões de euros, valor alcançado pela primeira vez em 2010.

“BP Segurança ao Segundo”Miguel Barbosa, pluri-Campeão Nacional de Todo-o-Terreno e de Velocidade, foi um dos convidados da BP Portugal no âmbito do projecto de prevenção rodovi-ária “BP Segurança ao Segundo”.Esta acção – a terceira deste projecto – realizou-se esta quarta-feira, dia 30 de Maio, na Escola Secundária João de Deus, sendo que o piloto português aproveitou para dar o testemunho da sua experiência enquanto condutor profissional e no dia-a-dia nas estradas, partilhando-a com uma audiência de jovens entre os 14 e os 17 anos, naturalmente futuros conduto-res.“Esta é uma iniciativa muito interes-sante e que, a meu ver, se reveste de uma importância enorme já que é dirigida a jovens que a curto prazo também serão condutores e condutoras”, refere Miguel Barbosa.

Dunlop qualifica todos os pneus para a nova etiqueta de pneus da UE A Dunlop, um dos líderes mundiais no fabrico de pneus de alta performance, anuncia que concluiu a classificação de cerca de 1.000 pneus diferentes, abran-gendo 50 tipos de pneus que fabrica na

Europa, permitindo-lhe estar preparada para a nova etiqueta europeia a ser introduzida a 1 de novembro de 2012. A partir de 30 de maio deste ano, todos os pneus na Europa irão entrar num período voluntário de etiquetagem, considerado como uma fase de experimentação para a nova exigência de etiquetagem de pneus na Europa, que irá passar a vigorar em Novembro. A nova etiqueta de pneus Europeia irá informar os clientes sobre os 3 principais atributos de desempenho dos pneus: eficiência do consumo de combustível, desempenho da aderência em piso molhado e nível de ruído externo do rolamento.

A DuPont Refinish apresenta o ChromaVision® ProApós o sucesso, durante mais de 10 anos, a proporcionar às suas oficinas a possibilidade de beneficiar do Chro-maVision®, a DuPont Refinish acaba de lançar o seu espectrofotómetro de nova geração – o ChromaVision® Pro – que estará disponível juntamente com o sempre popular ChromaVision® original. Um avanço, que vai mais além na já vasta gama de ferramentas da DuPont Refinish, o ChromaVision® Pro é lançado para aumentar a confiança do utilizador e a fiabilidade das suas correspondências de cor – algo em que o após-venda da marca de tinta tem trabalhado arduamente para desenvolver.

MANN+HUMMELProfissional do Aftermaket do ano 2012O prémio de profissional do ano 2012 foi atribuído pela Autodistribution International a Petra Engels. Petra Engels é responsável pelo negócio mundial com o aftermarket automóvel independente na MANN+HUMMEL, sendo a primeira mulher a receber este galardão. A chefe de vendas foi se-leccionada de um total de seis no-meados durante a 23ª Convenção ADI em Bruxelas. Através dos seus 18 parceiros de negócio, esta organização representa cerca de 500 grandes armazenistas e está presente em mais de 29 países.

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Goodyear apresenta os seus pri-meiros pneus com etiqueta AAA Goodyear apresenta os seus primeiros pneus com etiqueta AA na Europa (segun-do a nova etiqueta europeia de pneus), sob a marca EfficientGrip AA Edition. O pneu protótipo, desenvolvido em quatro tamanhos, fornece a melhor aderência em piso molhado e resistência ao rolamento, que um pneu pode disponibilizar atual-mente. O pneu EfficientGrip AA Edition será utilizado principalmente para apro-fundar a Investigação e Desenvolvimento de novos pneus, que alcancem elevada classificação na etiqueta, assim como para demonstrações de pneus em diversos eventos. Os EfficientGrip AA Edition revelam um importante avanço tecnoló-gico, fornecendo pneus com pontuações elevadas nos principais parâmetros de segurança e meio ambiente, estabelecidos pelo Regulamento de Etiquetas Europeu.

Folheto FAEA FAE lançou um folheto para apoio aos catálogos, e facilitar a pesquisa das refe-rencias nos diversos catálogos. Por exem-plo ref. X verifica-se no folheto em que catálogo está essa mesma ref. Com mais de 50 anos de experiência, a marca catalã FAE, da companhia Francisco Albero S.A., é líder em peças eléctricas de substituição para veículos a motor.

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om a presente designação, a ANECRA procura oferecer um plano formativo diversificado, que dê resposta às necessidades mais prementes dos seus associados profissionais do Sector Auto-móvel, baseando-se na auscultação realizada às Necessidades de Formação e nas sugestões ou pedidos efectuados pelas empresas associadas

SABIA QUE o Atestado de Formação de Técnicos para Intervenções em Sistemas de Ar Condicionado em Veículos a Motor é obrigatório nos termos previstos no Decreto-Lei nº 56/2011, de 21 de Abril?SABIA QUE o seu incumprimento constitui contra ordenação ambiental grave?(Decreto-Lei nº 56/2011, de 21 de Abril - artigo 18º nº 2 alínea C))2 — Constitui contra -ordenação ambiental grave, punívelnos termos da Lei n.º 50/2006, de 29 de Agosto,alterada pela Lei n.º 89/2009, de 31 de Agosto, a práticados seguintes actos:c) A execução de intervenções em sistemas de arcondicionado instalados em veículos a motor, sem oatestado de formação previsto no artigo 14.º do presentedecreto -lei;(Lei n.º 50/2006, de 29 de Agosto, alterada pela Lei n.º 89/2009, de 31 de Agosto – artigo 22º nº 3)3 — Às contra -ordenações graves correspondem as seguintes coimas:a) Se praticadas por pessoas singulares, de € 2000 a € 10 000 em caso de negligência e de € 6000 a € 20 000em caso de dolo;b) Se praticadas por pessoas colectivas, de € 15 000 a € 30 000 em caso de negligência e de € 30 000 a € 48 000 em caso de dolo.

A ANECRA promove a realização de Curso de Atestação de Técni-cos para Intervenções em Sistemas de Ar Condicionado de Veículos a Motor com a duração de 13,5 horas.A frequência do curso com aproveitamento permite a obtenção do Atestado de formação de técnico para intervenções em sistemas de ar condicionado instalados em veículos a motor (Validade de 7 anos)Estes cursos são válidos para o cumprimento da obrigação legal das 35h anuais de formação.

CONDIÇÕESA realização de cada curso está condicionada a um número mínimo de 12 inscrições.

VALOR DA INSCRIÇÃO

CALENDARIZAÇÃO 11 e 12 de Junho de 2012 - Lisboa – Sede da ANECRA (COMPLETO)13 e 14 de Junho de 2012 - Leiria – Local a definir (COMPLETO)18 e 19 de Junho de 2012 - Porto – Local a definir (COMPLETO)20 e 21 de Junho de 2012 - Aveiro – Local a definir (COMPLETO)25 e 26 de Junho de 2012 - Faro – Local a definir 27 e 28 de Junho de 2012 - Torres Vedras – Local a definir

COMO INSCREVER-SEOs interessados deverão contactar o Gabinete para a Qualificação da ANECRA.

Patrícia PazGabinete para a Qualificação

formação

C

Novo módulo de formação de TécNicos para iNTerveNções em sisTemas de ar coNdicioNado em veículos a moTor coloca aNecra Na lideraNça da valorização profissioNal No secTor auTomóvel.

Curso sóCio Não sóCioAtestação de Técnicos para Intervenções em Sistemas 125,00€ 150,00€de Ar Condicionado de Veículos a Motor

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Use lubrificantes recomendados pelo Armindo Araújo e tenha o piloto na sua oficina. Para além de fazer parte da lista de pontos de assistência recomendados pelo Bi-campeão do mundo de ralis e ter acesso a material de comunicação e brindes exclusivos, poderá efectuar acções com a presença do piloto do WRC.

Para fazer parte da rede de oficinas do campeão ligue707 507 070 (dias úteis das 9h às 20h).

Adesão sujeita a critérios definidos pela Galp Energia

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