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Ácido São compostos constituídos de hidrogênio e um ou mais elementos e que, em presença de alguns solventes ou água, reage com a produção de íons hidrogênio (H+). Agentes Oxidantes São agentes químicos que desprendem oxigênio e favorecem a combustão. Barreira Química São dispositivos ou sistemas que protegem o operador do contato com substâncias químicas irritantes, nocivas, tóxicas, corrosivas, líquidos inflamáveis, substâncias produtoras de fogo, agentes oxidantes e substâncias explosivas. Base São substâncias capazes de liberar íons hidroxilo (OH - ), quando em reação. Líquidos Inflamáveis São agentes químicos que, a uma temperatura igual ou inferior a 93oC, desprendem vapores inflamáveis. Ponto de Auto-Ignição

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cido

cido

So compostos constitudos de hidrognio e um ou mais elementos e que, em presena de alguns solventes ou gua, reage com a produo de ons hidrognio (H+).

Agentes Oxidantes

So agentes qumicos que desprendem oxignio e favorecem a combusto.

Barreira Qumica

So dispositivos ou sistemas que protegem o operador do contato com substncias qumicas irritantes, nocivas, txicas, corrosivas, lquidos inflamveis, substncias produtoras de fogo, agentes oxidantes e substncias explosivas.

Base

So substncias capazes de liberar ons hidroxilo (OH - ), quando em reao.Lquidos Inflamveis

So agentes qumicos que, a uma temperatura igual ou inferior a 93oC, desprendem vapores inflamveis.Ponto de Auto-Ignio

a temperatura mnima em que ocorre uma combusto, independente de uma fonte de calor.Substncias Corrosivas

So agentes qumicos que causam destruio de tecidos vivos e/ou materiais inertes.

Substncias Explosivas

So agentes qumicos que pela ao de choque, percusso, frico, produzem centelhas ou calor suficiente para iniciar um processo destrutivo atravs de violenta liberao de energia.

Substncias Irritantes

So agentes qumicos que podem produzir ao irritante sobre a pele, olhos e trato respiratrio.

Substncias Nocivas

So agentes qumicos que por inalao, absoro ou ingesto, produzem efeitos de menor gravidade.

Substncias Txicas

So agentes qumicos que, ao serem introduzidos no organismo por inalao, absoro ou ingesto, podem causar efeitos graves e/ou mortais.Substncias Produtoras de Fogo

So agentes qumicos slidos, no explosivos, facilmente combustveis, que causam ou contribuem para a produo de incndios.Substncia Qumica(Agente qumico, agente txico, toxicante, substncia txica, xenobitico)

todo o agente que contm uma atividade potencial intrnseco, capaz de interferir em um sistema biolgico levando a um dano, leso ou injria, quando absorvido pelas diversas vias de penetrao.

A atividade biolgica intrnseca de uma substncia pode ser modulada por diversos fatores, como dose, formulao, vias de penetrao, durao da exposio e interao com outras substncias qumicas. A forma da substncia tambm contribui para a modulao de seu efeito potencial intrnseco, medida que aquelas que se apresentam como gases, vapores e lquidos volteis facilmente so absorvidas pela via respiratria.As substncias qumicas so classificadas de diversos modos. Alm do estado fsico, as substncias qumica podem ser classificadas segundo Casarett, em: rgo-alvo (rgo de afinidade da substncia com o qual ela interage). Exemplo: crebro, rim, medula ssea (rgo formador das clulas sangneas). rgos ricos em gorduras, como o crebro, sofrem a ao de diversas substncias como, por exemplo, solventes orgnicos que tem grande afinidade por tecidos gordurosos.Uso: solventes, pesticidas (agrotxicos), aditivos de alimentos, etc.

Efeitos: Cancergenos, hepatotxicos (leso ao fgado), neurotxicos (leso ao sistema nervoso), mutagnicos, etc.Fonte: animal, planta txica, etc.

Grupo qumico: amina aromtica, hidrocarboneto aromtico, hidrocarboneto aliftico, hidrocarboneto halogenado.Requisitos de rtulos de segurana: explosiva, inflamvel, oxidante. Segundo a National Institute for Occupational safety and Health (NIOSH-EUA), entende-se tambm por substncia qumica aquela que apresenta potencial txico para:

Provocar irritao ou hipersensibilidade da pele, das membranas mucosas, dos olhos e das vias respiratrias.

Provocar cncer.

Provocar mutaes genticas.

Provocar malformaes congnitas.

Diminuir o estado de alerta ou alterar o comportamento humano.

Provocar a morte em animais de experimentao por diversas vias de penetrao

Provocar dano sade do homem, levando leso reversvel ou irreversvel, produzindo perigo vida, ou morte, pelas diversas vias de absoro, em qualquer concentrao ou quantidade e em qualquer tempo de exposio. Poeiras:

So partculas slidas que podem se apresentar em suspenso no ar, geradas de materiais orgnicos ou inorgnicos, como rochas, minrios, metais, carvo, madeira, produzidos por desintegrao, triturao, pulverizao e impacto. Elas no se difundem no ar, sedimentam-se sob a influncia da gravidade. Maior que 0,5 micras de dimetro.Fumos:

So partculas slidas geradas pela condensao de compostos metlicos, geralmente aps volatilizao de metais fundidos. Menor que 0,5 micras de dimetro. Exemplo: xidos metlicos (ZnO, CuO, FeO).Fumaas:

Partculas de carvo e fuligem.Nvoa:

Gotculas resultantes da disperso de lquidos - ao mecnica - mais de 0,5 micras de dimetroNeblina:

So partculas lquidas em suspenso no ar, formadas pela passagem rpida do ar nos lquidos ou pela condensao de umidade atmosfrica em torno de molculas de gases ou vapores. As neblinas difundem-se em maior extenso que os fumos. Menor que 0,5 micras de dimetro.Vapores:

So formas gasosas das substncias que esto normalmente no estado slido ou lquido, em possvel equbrio com sua fase lquida, e que podem voltar para o seu estado natural por aumento ou diminuio da temperatura.Os vapores difundem-se.Aerossis:

Partculas slidas ou lquidas dispersas por um longo perodo de tempo no ar.

Toxicidade

a capacidade latente, inerente, que uma substncia qumica possui. a medida do potencial txico de uma substncia. No existem substncias qumicas atxicas (sem toxicidade). No existem substncias qumicas seguras, que no tenham efeitos lesivos ao organismo. Por outro lado, tambm verdade que no existe substncia qumica que no possa ser utilizada com segurana, pela limitao da dose e da exposio ao organismo humano.

Os maiores fatores que influenciam na toxicidade de uma substncia so: freqncia da exposio, durao da exposio e via de administrao. Existe uma relao direta entre a freqncia e a durao da exposio na toxicidade dos agentes txicos. Uma substncia administrada por via oral numa dosagem de 100 mg pode apresentar apenas sintomas leves, ao passo que 10 mg da mesma substncia por via intravenosa podem levar a sintomas graves.

Para se avaliar a toxicidade de uma substncia qumica, necessrio conhecer: que tipo de efeito ela produz, a dose para produzir o efeito, informaes sobre as caractersticas ou propriedades da substncia, informaes sobre a exposio e o indivduo.A toxicidade de uma substncia pode ser classificada de vrias formas:

Segundo o tempo de resposta:a) Aguda

aquela em que os efeitos txicos em animais so produzidos por uma nica ou por mltiplas exposies a uma substncia, por qualquer via, por um curto perodo, inferior a um dia. Geralmente as manifestaes ocorrem rapidamente.

b) Subcrnica

aquela em que os efeitos txicos em animais produzidos por exposies dirias repetidas a uma substncia, por qualquer via, aparecem em um perodo de aproximadamente 10% do tempo de vida de exposio do animal ou alguns meses.

c) Crnica

aquela em que os efeitos txicos ocorrem aps repetidas exposies , por um perodo longo de tempo, geralmente durante toda a vida do animal ou aproximadamente 80% do tempo de vida.

Segundo a severidade

a) Leve

aquela em que os distrbios produzidos no corpo humano so rapidamente reversveis e desaparecem com o trmino da exposio ou sem interveno mdica.

b) Moderada

aquela em que os distrbios produzidos no organismo so reversveis e no so suficientes para provocar danos fsicos srios ou prejuzos sade.

c) Severa

aquela em que ocorrem mudanas irreversveis no organismo humano, suficientemente severas para produzirem leses graves ou a morte.Segundo a graduao de toxicidade proposta por Irwing Sax e adotada pela Agncia Americana de Proteo Ambiental (EPA), os nveis de toxicidade leve, moderada e severa so subdividos ainda em toxicidade:

a) Local aguda

Efeitos sobre a pele, as membranas mucosas e os olhos aps exposio que varia de segundos a horas.

b) Sistmica aguda

Efeitos nos diversos sistemas orgnicos aps absoro da substncia pelas diversas vias. A exposio varia de segundos a horas.

c) Local crnica

Efeitos sobre a pele e os olhos aps repetidas exposies durante meses e anos.

d) Sistmica crnica

Efeitos nos sistemas orgnicos aps repetidas exposies pelas diversas vias de penetrao durante um longo perodo de tempo.Outras classificaes

a) Desconhecida

aquela em que os dados toxicolgicos disponveis sobre a substncia so insuficientes.

b) Imediata

aquela que ocorre rapidamente aps uma nica exposio.

c) Retardada

aquela que ocorre rapidamente aps um longo perodo de latncia. Por exemplo, as substncias cancergenas.DOSE LETAL (DL 50) e CONCENTRAO LETAL (CL 50)

A informao da toxicidade de uma substncia obtida pelos dados de letalidade.

A Dose Letal (DL 50) a dose de uma substncia qumica que provoca a morte de 50% de um grupo de animais da mesma espcie, quando administrada pela mesma via.A Concentrao Letal (CL 50) a concentrao atmosfrica de uma substncia qumica que provoca a morte de 50% de um grupo de animais expostos, em um tempo definido.

DOSE-RESPOSTA

a relao entre o grau de resposta do sistema biolgico e a quantidade de txico administrada; muito usada em toxicologia experimental.

REAO ALRGICA

uma reao adversa a uma substncia qumica resultante de uma sensibilizao prvia do organismo quela substncia ou a uma estrutura similar. Para provocar uma reao alrgica, uma substncia qumica ou um produto do seu metabolismo combina-se com uma protena endgena (do prprio organismo) e forma um antgeno (alrgeno).

Este antgeno induz a formao de anticorpos (imunoglobulinas), num perodo de uma a duas semanas. Uma exposio susbseqente substncia resulta numa interao antgeno-anticorpo que provoca a reao alrgica, com liberao de histamina. A reao alrgica pode ser imediata ou retardada. Exemplos: rinite, asma, dermatite.ENZIMA

uma protena secretada por clulas que atua como um catalisador para induzir alteraes qumicas em outras substncias. As enzimas, atravs das reaes de oxidao, reduo e hidrlise, possibilitam a biotransformao dos agentes qumicos.SUSCETIBILIDADE OU SENSIBILIDADE

uma caracterstica especfica e inerente de um indivduo em apresentar uma reatividade ou resposta na presena de um determinado agente ou antgeno. HIPERSENSIBLIDADE OU HIPERSUSCETIBILIDADE

um aumento da reatividade individual a agentes exgenos. Alguns organismos desenvolvem reaes alrgicas e leses ao contato com uma substncia qumica, mesmo na presena de baixas doses.IDIOSSINCRASIA

uma reao anormal a uma substncia qumica, determinada geneticamente, em forma de uma extrema sensibilidade a baixas doses ou uma extrema insensibilidade a altas doses do agente qumico.EFEITO REVERSVEL E IRREVERSVEL

A reversibilidade ou irreversibilidade de um efeito txico determinada pela capacidade que um tecido ou um rgo tem de se regenerar. Por exemplo: o fgado tem uma grande capacidade de regenerao e muitas leses so reversveis. O sistema nervoso central constitudo de clulas diferenciadas que no se dividem e no se regeneram; assim, leses a este sistema so geralmente irreversveis. Efeitos cancergenos de substncias qumicas so tambm exemplos de efeitos txicos irreversveis.MUTAGENICIDADE

a capacidade de uma substncia qumica em induzir mudanas ou mutaes no material gentico das clulas (cromossomos) que podem ser transmitidas durante a diviso celular. Se as mutaes ocorrem no vulo ou no espermatozide, no momento da fertilizao, a resultante combinao do material gentico pode no ser vivel e a morte pode ocorrer no estgio inicial de diviso celular na gnese do embrio.

A mutao no material gentico pode no afetar a fase inicial da embriognese, mas resultar em morte do feto no perodo posterior de desenvolvimento, surgindo o aborto. As mutaes podem resultar em anomalias congnitas. Acredita-se que o evento inicial de carcinognese das substncias seja uma mudana nesse material gentico.CARCINOGENICIDADE

a capacidade especfica que uma substncia qumica tem de produzir cncer ou tumores em animais de laboratrio e no homem.

A induo de cncer pelas substncias qumicas ocorre atravs de uma srie complexa de reaes individuais. Existem duas seqncias. Numa primeira fase, a clula normal se transforma numa clula neoplsica, atravs da ativao do metablito qumico carcinognico, havendo uma combinao do DNA com o carcinognico final. Numa segunda fase, a partir da clula neoplsica, ocorre o crescimento, surgindo o cncer. Exemplos de substncias reconhecidamente carcinognicas para o homem:

Aflatoxinas, asbestos, benzeno, benzidina, cloreto de vinila, entre outras

Exemplos de substncias provavelmente carcinognicas:

Acrilonitrila, formaldedo, slica cristalina, brometo de vinila, entre outros.

TERATOGENICIDADE

a capacidade que uma substncia tem de desenvolver uma malformao no embrio (feto) em desenvolvimento. A influncia das substncias qumicas depende da fase da reproduo durante a qual a exposio substncia ocorre. As malformaes ocorrem no primeiro trimestre da gestao. O feto suscetvel entre o 20o e o 40o dia de gestao. No quadro abaixo esto apresentados rgos e a fase da gestao onde podem ocorrer as anomalias.Exemplos de substncias com potencial teratognico: mercrio, chumbo, cdmio, solventes, inseticidas (pesticidas), agrotxicos, monxido de carbono, lcool, fumo, talidomida.Vide tabela na pgina seguinte:

rgo de afinidadeFase da Gestao (dias)

Crebro15 25

Olhos24 40

Corao24 40

Membros Superiores24 36

Membros Inferiores24 36

Fonte: Encyclopaedia of Occupational Safety and Health.

INTERAO QUMICA

O uso crescente de substncias qumicas nas diversas atividades pelo homem aumenta a possibilidade da interao de efeitos dos agentes txicos. Segundo Casarett, a interao qumica pode ser classificada nos seguintes tipos:a) Sinergismo

quando o efeito combinado de dois agentes qumicos maior do que a soma de cada agente dado isoladamente. Por exemplo: o tetracloreto de carbono e o etanol (lcool etlico) so hepatotxicos (txicos ao fgado), porm, quando combinados, provocam leso heptica muito maior do que as leses individuais de cada substncia.b) Potencializao

quando uma substncia que no tem efeito txico sobre um rgo ou um sistema adicionada a uma substncia que tenha efeito txico sobre esse rgo, surgindo ento um efeito muito maior.c) Adio

quando o efeito combinado de duas substncias qumicas igual a soma dos efeitos de cada agente isoladamente.d) Antagonismo

quando duas substncias so administradas juntas, uma intereferindo na ao da outra, e vice-versa. Este efeito desejado em toxicologia e a base para a formao de antdotos.RISCO

a probabilidade do efeito txico inerente de uma substncia qumica aparecer em um sistema biolgico exposto. Os elementos para avaliao do risco so: propriedades fsico-qumicas da substncia, vias de exposio, propriedades metablicas, efeitos toxicolgicos, resultados de exposies imediata e prolongada em animais e resultados de estudos no homem.EXPOSIO

o contato do organismo com uma determinada substncia txica. Esto relacionadas exposio: as diversas vias de penetrao das substncias , a freqncia, a durao e a dose.