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1 -ANEXO A- Entrevista com António Laginha

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-ANEXO A-

Entrevista com António Laginha

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Entrevista com António Laginha

António Laginha é bailarino, professor de dança e coreógrafo. Foi co-fundador da

Companhia de Dança de Lisboa, fundador e actual director do Centro de Dança de

Oeiras.

As lesões fazem parte da vida profissional dos bailarinos.

Lembra-se da lesão que teve maior impacto em si?

Sim! Perfeitamente... foi uma rotura do menisco do joelho esquerdo há vinte anos atrás.

Andei meses com o joelho a inchar e não se sabia o diagnóstico... fiquei muito tempo na

incerteza e só depois é que ficou de baixa quando fui operado. Passados estes vinte

anos ainda tive que fazer nova operação ao joelho.

Além dessa lesão também tenho hérnias discais e lombalgias, para não falar em

mazelas mais pequenas.

Como lidou com a situação na altura?

Eu sempre fui uma pessoa muito bem disposta e levo sempre as coisas com calma...

Quando tive a lesão fiquei, talvez, mais triste... Fiquei triste porque estava

impossibilitado de fazer aquilo que mais gosto que é dançar e porque tive de colaborar

no processo de substituição do meu papel para outro bailarino e depois ficar a assistir

ao outro a dançar no meu lugar.

Tomando em conta a sua experiência como bailarino, coreógrafo e professor:

Como acha que, na generalidade, os bailarinos lidam com a situação de lesão?

Em qualquer artista que trabalhe com o corpo a lesão é muito significativa.

Para os bailarinos as lesões são um dos seus maiores medos... se for grave pode

impedir que dance e pode acabar com a sua carreira. A lesão e a possibilidade de lesão

afecta tanto psicologicamente o bailarino que é muito frequente encontrar bailarinos

que dizem sonhar que um dia acordam com lesões.

A verdade é que o grau ou gravidade da lesão também determina a preocupação...

Quando é uma lesão pequena o bailarino não se preocupa tanto do que quando é

grave.

Os bailarinos querem mesmo muito trabalhar e “esgatanham-se” para conseguirem

papéis nos espectáculos... Acho que o bailarino só está feliz se estiver a trabalhar. Por

3

isso, quando se vê na situação inversa acho que a pessoa se sente muito diminuída

porque acha que devia era estar a trabalhar.

Acontece que quando há uma lesão todo o investimento que o bailarino fez nas aulas,

nos exercícios de preparação física e nos ensaios “vai por água abaixo”... isto para

não falar na parte artística que também fica muito debilitada com a falta de trabalho.

Por isso, considero que sofrer uma lesão é um duplo problema: 1) o bailarino não

produz, não dança e não se valoriza e, 2) perde a forma física e artística, e o corpo tem

que se readaptar outra vez e isso demora muito tempo e requer grandes investimentos.

O bailarino está sempre no fio da navalha... a lesão incapacitante é um risco com que

se tem que viver constantemente... por isso considero que é uma profissão de elevado

stress nesse aspecto.

Na literatura tem sido referido que os bailarinos ignoram os primeiros sinais de

lesão e mantêm-se a dançar mesmo com dores, agravando assim a sua condição

física. Tendo em conta a sua experiência, encontra explicação para tal facto?

Não concordo com essa afirmação. Os bailarinos não ignoram... aliás, é impossível

ignorar qualquer lesão. Todos os bailarinos sabem que continuar a dançar ao primeiro

sinal de lesão pode piorá-la... mas tentam sempre ir até ao limite para ver se não é só

algo passageiro. Pode-se dizer que se colocam numa posição esperançosa em que

pensam que não é nada de grave. Só depois de tentarem tudo em casa (gelo, pomadas

etc) e verem que a lesão não melhora e que não têm mais nenhuma hipótese é que

ficam de baixa.

Para o bailarino o estar de baixa, contrariamente a outros profissionais, é muito

negativo. Por isso, os bailarinos fazem tudo para não parar de dançar... parar é a

morte do artista!

Apesar de recorrerem ao apoio médico e à fisioterapia, tem-se observado que

alguns bailarinos desistem a meio do processo de reabilitação das lesões. Que

factores podem contribuir para esta situação?

Eu acho que quando os bailarinos começam a ficar melhor na fisioterapia, obrigam-se

a trabalhar achando que o trabalho moderado até pode ajudar a melhorar a condição,

ao contrário do estar na inactividade. Os bailarinos consideram que quanto mais

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estiverem parados e no inactivo mais difícil será a readaptação... eles pensam “é

melhor voltar mesmo com dores do que estar aqui de papo para o ar”.

Alguma vez desistiu de um processo de reabilitação a meio?

Eu nunca desisti porque cumpro sempre tudo à risca.

Por fim, na sua opinião em que é que a Psicologia pode contribuir para ajudar

bailarinos em situação de lesão?

A Psicologia pode ser muito útil para incutir auto-confiança nos bailarinos e prepará-

los para o processo de estar parado.

Acho que pode ser importante para desvalorizar a gravidade da lesão naqueles

bailarinos que ficam muito assustados com a possibilidade de terminarem a carreira e

que aumentam o valor da lesão.

Também pode ser útil para aqueles que ignoram o processo que aí vem... ajudar a

prepará-los para saberem reagir e apoiá-los nos momentos mais difíceis.

Penso que um bom apoio psicológico pode ajudar nestas situações que além de

traumáticas para o físico também são traumáticas a nível psicológico.

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-ANEXO B-

Relativos ao Projecto de Investigação

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- ANEXO B1-

Questionário POMS

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Perfil de Estados de Humor – POMS Trata-se da adaptação portuguesa da versão reduzida do Profile of Mood States -

POMS (McNair, Loor & Droppleman, 1971).

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-ANEXO B2-

Questionário de Percepção de Evolução da Funcionalidade

Física

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Questionário de Percepção de Evolução da Funcionalidade Física

QPEFF Nome: Companhia de Dança: Sexo: Fem. Masc. Idade: Data: INSTRUÇÕES: estamos interessados em saber o que pensa acerca da sua

situação de lesão. Por favor, leia cada frase com atenção e faça um círculo no

número (percentagem) que melhor descreve o seu caso.

1) Antes de me lesionar a minha condição condição física geral era:

0-----10-----20-----30-----40-----50-----60-----70-----80-----90-----100 péssima suficiente boa muito boa excelente 2) Antes de me lesionar a minha capacidade física para dançar era:

0-----10-----20-----30-----40-----50-----60-----70-----80-----90-----100 péssima suficiente boa muito boa excelente 3) Depois de me lesionar a minha condição física geral era:

0-----10-----20-----30-----40-----50-----60-----70-----80-----90-----100 péssima suficiente boa muito boa excelente

4) Depois de me lesionar a minha capacidade física para dançar era:

0-----10-----20-----30-----40-----50-----60-----70-----80-----90-----100 péssima suficiente boa muito boa excelente

5) A minha recuperação desde o momento que me lesionei até ao presente é:

0-----10-----20-----30-----40-----50-----60-----70-----80-----90-----100 nenhuma relativa parcial muito boa total

10

6) O valor que melhor descreve a minha capacidade física actual para dançar é:

0-----10-----20-----30-----40-----50-----60-----70-----80-----90-----100 nenhuma suficiente boa muito boa total

7) Comparando experiências anteriores de lesão, a rapidez da recuperação desta lesão (tendo em conta o grau de gravidade) foi:

0-----10-----20-----30-----40-----50-----60-----70-----80-----90-----100 muito pior média igual superior muitíssimo superior

8) Considero que a utilidade do apoio psicológico para a recuperação foi:

0-----10-----20-----30-----40-----50-----60-----70-----80-----90-----100 nenhuma pouca média boa elevada

FIM

Obrigada Sugestão de questionário para avaliação da percepção de recuperação em indivíduos lesionados, com base nas indicações sugeridas pelos autores McDonald e Hardy (1990).

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-ANEXO B3-

Questionário de Distorções Cognitivas face à Situação de

Lesão em Bailarinos

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Questionário de Distorções Cognitivas face à Situação de Lesão em Bailarinos

QDCSLB Nome: Companhia de Dança: Sexo: Fem. Masc. Idade: Data: INSTRUÇÕES: Por favor, leia as afirmações seguintes e avalie o quanto

acredita em cada uma delas. Tente estimar como se sente sobre cada

afirmação a maior parte do tempo.

4 3 2 1 0

Totalmente Muito Moderadamente Pouco Nada

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Exemplo O mundo é um lugar perigoso.

Quanto é que acredita nisso? (Por favor, faça um círculo) 4 3 2 1 0 Total- Muito Modera- Pouco Nada mente damente

1) Crê, em muitos aspectos, que o seu futuro é negativo (por exemplo, a reabilitação vai ser difícil ou ineficaz; nunca mais conseguirei dançar tão bem como dantes; a lesão vai piorar)

4 3 2 1 0

2) Acredita que a lesão é o pior que lhe podia ter acontecido, que é insustentável e insuportável.

4 3 2 1 0

3) Crê que é uma pessoa cheia de defeitos e aspectos negativos (por exemplo: sou distraído/a; sou irresponsável)

4 3 2 1 0

4) Acredita que os avanços positivos na sua recuperação são meros sucessos fáceis e sem grande valor.

4 3 2 1 0

5) Foca-se exclusivamente nos aspectos negativos da sua situação de lesão e sente-se incapaz de considerar quaisquer aspectos positivos.

4 3 2 1 0

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6) Considera que a lesão é um acontecimento negativo e que acontecimentos negativos geralmente lhe estão sempre a acontecer.

4 3 2 1 0

7) Possui uma perspectiva tudo-ou-nada face à sua recuperação (por exemplo, se a fisioterapia não me reabilitar depressa nem vale a pena lá ir; a reabilitação é uma total perda de tempo).

4 3 2 1 0

8) Acredita que deve ou tem necessariamente que reabilitar depressa, ou voltar a dançar como dantes, ou voltar a trabalhar o mais depressa possível etc.

4 3 2 1 0

9) Crê que o estar lesionado, reabilitar pouco depressa, ou não conseguir ainda dançar é culpa só sua.

4 3 2 1 0

10) Acredita que a responsabilidade de recuperar da lesão é daqueles que cuidam de si.

4 3 2 1 0

11) Ao ver outros recuperar mais depressa conclui que é inferior e menos capaz que estes.

4 3 2 1 0

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*Sugestão de questionário de avaliação de distorções cognitivas em bailarinos lesionados baseada na lista de distorções cognitivas da obra “ Feeling Good: The New Mood Therapy” do autor David Burns (1989).

12) Está preso à ideia de que se tivesse feito as coisas de outra forma não se teria lesionado e tem dificuldade em pensar no que pode fazer agora para melhorar.

4 3 2 1 0

13) Está sempre a perguntar a si próprio “E se...” (por exemplo: “E se voltar a lesionar-me?”, “E se nunca voltar a dançar como dantes?”).

4 3 2 1 0

14) Acredita que os seus sentimentos relativos à lesão prevêem o futuro (por exemplo: sinto-me sem esperança, logo, não existe possibilidade de recuperação.)

4 3 2 1 0

15) Crê que é impossível pensar de forma diferente face à sua situação de lesão e nada o consegue convencer do contrário.

4 3 2 1 0

16) Acredita que aquilo que julga é necessariamente a verdade. (por exemplo: se eu for fazer fisioterapia, não vou conseguir fazer o que me pedem; Ela conseguiu recuperar bem...mas eu nunca vou conseguir)

4 3 2 1 0

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-Anexo B4-

Contractos de Participação na Investigação

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Estudo 1

Contracto de participação no projecto de investigação sobre o impacto

psicológico das lesões em bailarinos

Informação para os participantes: Os bailarinos incorrem frequentemente em lesões que produzem impacto psicológico que pode ser significativo, além dos problemas físicos. Este estudo pretende investigar e tipificar a resposta psicológica de bailarinos profissionais ao fenómeno de lesão, com vista a poder ajudá-los melhor a recuperar. Procedimentos: Ao participar neste estudo ser-lhe-á pedido que complete dois questionários a título estritamente confidencial. Não existem respostas certas ou erradas pois estas apenas revelam a sua experiência pessoal face à lesão.

Certificado de participação:

Eu, _____________________________, certifico que tenho mais de 18 anos, (nome e apelido)

sou bailarino profissional, conheço os procedimentos e que voluntariamente

participo no estudo: Impacto Psicológico das Lesões nos Bailarinos

Profissionais.

Assinatura do Participante

______________________ Assinatura do Responsável

_______________________

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Estudo 2

Contracto de participação no projecto de investigação para avaliar a percepção de efectividade duma intervenção psicológica na optimização do

processo de recuperação e na reaquisição do bem-estar pós-lesão

Informação para os participantes: Os bailarinos incorrem frequentemente em lesões que produzem, além dos custos físicos, um impacto psicológico que pode ser significativo. Este estudo pretende investigar e tipificar a resposta psicológica de bailarinos profissionais ao fenómeno de lesão, bem como avaliar a utilidade do apoio psicológico para a recuperação e bem-estar pós-lesão. Procedimentos: Ao participar neste estudo ser-lhe-á pedido que complete dois questionários estritamente confidenciais cuja finalidade é avaliar o impacto psicológico da condição de lesão. Não existem respostas certas ou erradas pois estas apenas revelam a sua experiência pessoal face à lesão. Conforme o impacto psicológico avaliado poderá ser-lhe sugerido que participe num processo de apoio psicológico estritamente confidencial (15 sessões, 1 vez por semana, 50 minutos) cuja finalidade é ajudá-lo na reaquisição do bem-estar pós-lesão bem como optimizar o processo de reabilitação. No fim, ser-lhe-á pedido que complete três questionários cujo objectivo é avaliar a eficácia do programa de apoio psicológico efectuado.

Certificado de participação:

Eu, _____________________________, certifico que tenho mais de 18 anos, (nome e apelido)

sou bailarino profissional, que estou lesionado e em processo de reabilitação,

que conheço os procedimentos e que voluntariamente participo no estudo:

Impacto Psicológico das Lesões nos Bailarinos Profissionais.

Assinatura do Participante

______________________ Assinatura do Responsável

_______________________

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-ANEXO C –

Planificação de Programa de Intervenção Psicológica na

Reabilitação e Prevenção da Lesão em Bailarinos

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Planificação de Programa de Intervenção Psicológica na

Reabilitação e Prevenção da Lesão em Bailarinos

O projecto não é uma simples representação

do futuro, mas um futuro para fazer, um futuro

a construir, uma ideia a transformar em acto.

Jean Marie Barbier

Título

“psicoEnsaios para Retomar o Palco”

Preâmbulo

Este programa é baseado na revisão bibliográfica efectuada e no levantamento de

informação colhida junto de um bailarino profissional (Anexo-A) e da experiência da autora

no estágio académico na Escola Superior de Dança de Lisboa.

Objectivo Geral:

O programa visa promover a recuperação psicológica de bailarinos profissionais em

situação de lesão músculo-esquelética, contribuindo para a optimização da sua reabilitação

física.

Simultaneamente pretende-se que tenha impacto na aquisição e treino de competências de

resistência psicológica ao distresse em situações futuras de lesão, bem como de protecção

para a diminuição da sua incidência.

Local

Em instalações de companhias e escolas de formação profissional de dança em Portugal

Serviços envolvidos

Companhias de dança portuguesas

Escolas de formação profissional de bailarinos

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação

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E deverão ser contactados para potenciais parcerias:

Faculdade de Motricidade Humana

Faculdades de Ciências da Saúde (Fisioterapia, Reabilitação)

Ministério da Cultura

Ministério da Educação

Ministério da Saúde

Ministério da Juventude e Desporto

SiART – Sindicato de Trabalhadores dos Espectáculos

Comissão de Trabalhadores da Companhia Nacional de Bailado

Staff

1 Psicólogo

1 Fisioterapeuta/técnico de reabilitação

População alvo

Bailarinos (sexo masculino e feminino) que tenham sofrido lesão significativa no último

ano, e/ou todos os outros que queiram beneficiar da aprendizagem de estratégias para

melhorar a sua capacidade de resistência psicológica a potenciais situações de lesão. Desta

forma é possível a partilha de experiências entre participantes lesionados e não-lesionados,

fomentar redes de apoio mútuo, permitir a aprendizagem por modelagem e diminuir uma

crença errada comum a muitos artistas sobre o receio de “contágio” de lesão.

Por lesão significativa entende-se: qualquer lesão que resulte em dor ou desconforto e que

cause pelo menos uma das seguintes condições: 1) que impossibilite a actividade

performativa nas aulas, ensaios ou espectáculos; 2) que obrigue a mudanças na performance

durante aulas, ensaios ou espectáculos; 3) que tenha impacto negativo significativo na

performance do indivíduo; 4) que se faça acompanhar por distresse emocional que interfira

na capacidade de concentração e de manutenção da atenção nas aulas, ensaios ou

espectáculos (Krasnow, Mainwaring, & Kerr, 1999).

São referenciados para acompanhamento individual em regime psicoterapêutico

aqueles com lesão significativa e que a perturbação psicológica assim o exija.

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Estratégias de implementação do programa

• Levantamento e identificação de instituições e projectos que estejam a decorrer na

área geográfica a ser definida e que sejam susceptíveis de articularem com este

programa

• Identificar e mobilizar estruturas (formais ou informais) já existentes com

intervenção junto da população alvo que aceitem investir nos objectivos do

programa

• Estabelecer um acordo de colaboração entre as entidades intervenientes no projecto

e identificar as responsabilidades específicas e as partilhadas

• Identificar as redes de suporte já existentes para apoio aos bailarinos

• Apresentar e divulgar as mais-valias do programa junto da população alvo

• Constituir grupos de bailarinos com interesse nos objectivos do programa

• Avaliar as necessidades gerais do grupo e identificar situações específicas que

impliquem trabalho individualizado

• Promover a educação sobre a lesão e a sua inter-relação com o domínio psicológico

• Promover a aprendizagem e aquisição de competências através de estratégias

psicológicas úteis para a gestão e adaptação a situações de lesão, numa perspectiva

de resolução de problemas:

1. fomentar a consciência sobre o impacto dos processos cognitivos no

funcionamento emocional e comportamental

2. aprendizagem de estratégias de regulação da ansiedade a nível somático e

cognitivo

3. aprendizagem de estratégias de alteração de estilos de pensamento e crenças

disfuncionais

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4. promover a resistência emocional através da aquisição de técnicas

cognitivas e comportamentais

5. trabalho sobre medos e preocupações relativos à lesão, ao processo

reabilitativo, à imagem corporal e ao retorno à actividade

6. aprendizagem de estratégias comportamentais e cognitivas de gestão da dor

e da perda

7. promover a motivação e o empenho através de estratégias cognitivas

8. fomentar a utilização da estratégias adquiridas

• Permitir o envolvimento social e colaboração intra e intergrupos com os objectivos

de estabelecer/fortalecer redes de suporte social

1. estabelecer metas comuns

2. criar ambiente envolvente e coeso através de actividades de grupo

3. partilha de informação no grupo e com bailarinos recuperados de lesão

4. promover a continuação do envolvimento dos indivíduos no seu grupo de

suporte social e na assistência aos ensaios e espectáculos.

5. promover a procura e o envolvimento em redes de apoio social

Cronograma das acções

Fases Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8

Preparação

Diagnóstico

Implementação

Avaliação

Fase de preparação (identificação/mobilização dos serviços e estruturas/protocolos/

divulgação do programa, durante 2 meses)

Fase de diagnóstico prévio (diagnóstico da situação e dos indivíduos envolvidos, durante

15 dias)

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Fase de implementação do programa

1ª Etapa: Formação de grupos e selecção de casos a serem assistidos individualmente

através de entrevistas feitas pelo psicólogo (uma semana).

2ª Etapa: Fomento da participação e do envolvimento intragrupal (conhecimento do

programa, dos participantes, criação de confiança, eliminação de barreiras, estabelecimento

duma rede de cooperação, consciencialização da dinâmica de grupo (duas semanas)

3ª Etapa: Execução do programa em si. Psicoeducação sobre as consequências psicológicas

da lesão, aquisição e treino de competências psicológicas e promoção do suporte social

(quatro meses).

Fase de avaliação do programa (durante a implementação através de questionários de

resposta V e F, no final através da aplicação de questionários de percepção de mudança e de

satisfação e 1 mês depois através de um questionário de avaliação de conhecimentos

adquiridos)

Conteúdos do programa

A implementação do programa terá a duração de 4 meses e meio, com uma sessão de grupo

semanal de 90 minutos em horário pós-laboral.

O grupo terá no máximo 10 elementos.

A avaliação de cada sessão será realizada através da resposta dos participantes a um

questionário de resposta V ou F sobre os temas abordados na sessão anterior. Desde a

primeira sessão é importante que se refira que o propósito dos questionários é avaliar se

informação e os conhecimentos estão a ser eficazmente transmitidos e de que não se trata de

uma avaliação dos participantes em si.

1º Sessão Fomento da participação e do envolvimento intragrupal-I

No final desta sessão os participantes deverão:

• Conhecer o programa

• Identificar os participantes do grupo

• Indicar algumas afinidades e diferenças entre os participantes

• Conhecer as regras do funcionamento do grupo

• Expor expectativas para o programa com base na sua experiência

• Reconhecer a finalidade do programa

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Processo

Dinâmica de grupo e exposição

Staff

Psicólogo

Materiais

contracto de confidencialidade grupal (Anexo- C2)

bola/balão

folha de papel branco

diário de anotações pessoais (Anexo– C3, auto-registo de notas dos tópicos mais relevantes

a ser utilizado durante todo o programa)

Desenvolvimento da sessão

Na primeira etapa da sessão, o responsável deve começar por se apresentar, expor de modo

concreto a finalidade do programa, o modo como vai ser executado, que temas vão ser

abordados, que duração vai ter e outras particularidades. Será importante debater

expectativas e responder a dúvidas iniciais sobre o programa.

Definir desde logo quais as regras base do funcionamento do programa e do grupo. São

discutidos temas como a confidencialidade, assiduidade, pontualidade, participação e a

realização de trabalhos de casa. No final deverá ser assinado o contracto de

confidencialidade grupal.

Seguidamente, encorajar as apresentações através de dinâmicas grupais.

“Nomes” – O grupo senta-se numa roda (o responsável também está na roda). Um elemento

recebe a bola e diz o seu nome e algo mais que queira acrescentar sobre si. A bola é passada

em volta, e cada participante que a recebe diz o seu nome (de forma clara e audível) e

informações acerca de si. Depois de todos se terem apresentado e de a bola voltar ao

princípio, quem estiver na posse dela atira-a para qualquer outro membro da roda. Este

deverá dizer o nome de quem lhe atirou a bola, e por sua vez atirá-la a outro que deve

proferir o nome do que lhe atirou a bola, e assim por diante. Quem não se lembrar do nome

de quem lhe atirou a bola, pergunta qual é, repete-o, e só depois prossegue o jogo. O

objectivo é todos se lembrarem dos nomes de cada participante.

Para possibilitar o desenvolvimento das relações interpessoais no grupo, poderá ser

utilizada a seguinte dinâmica:

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“Biografias” – São distribuídas folhas a todos os participantes. Solicitar que cada

participante faça perguntas ao seu colega do lado que incluam: 1) aspectos de auto-

caracterização pessoal (nome, idade, gostos...); 2) as expectativas do colega face ao grupo e

ao programa; e aponte as suas características físicas e comportamentais observáveis. No

final, cada participante fará a leitura da biografia que realizou e apresentará o colega a quem

ela corresponde.

Avaliação da sessão

Realizada na sessão seguinte através da resposta dos participantes a um questionário de

resposta V ou F sobre os temas abordados na sessão.

2º sessão- Fomento da participação e do envolvimento intragrupal –II

No final desta sessão os participantes deverão:

• Hierarquizar metas comuns

• Revelar confiança no grupo e no programa

• Valorizar a criação duma rede de cooperação

Processo

Dinâmica de grupo e exposição

Staff

Psicólogo

Materiais

alfinetes

imagens de celebridades

cartolina

post-its

Desenvolvimento da sessão

A sessão tem início com a dinâmica de grupo “V.I.P.”, cujo objectivo é fomentar a quebra

de gelo inicial, o inter-relacionamento e o apoio mútuo.

“V.I.P.” - À medida que cada participante entra na sala, o responsável prega-lhe uma

imagem de uma celebridade nas costas com a ajuda dum alfinete. Os participantes andam

pela sala e tentam adivinhar quem são fazendo perguntas, cujas respostas só poderão ser

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“sim” ou “não”, aos outros participantes. Assim que alguém descobrir quem é, prega o

cartão ao peito e continua a ajudar os outros.

Após a dinâmica de grupo, todos os participantes se sentam e falam sobre a experiência.

Exploram-se os objectivos do programa com maior detalhe e identificam-se metas.

Depois distribuem-se post-its e é pedido aos participantes que pensem naquilo que

pretendem atingir ou melhorar com base no programa e que o escrevam.

Cada participante vai colar os post-it na cartolina que diz “as minhas expectativas”.

Discutem-se expectativas, nomeadamente aquilo que é comum e aquilo que as difere e o

que é passível de ser concretizado através do programa.

No final preenchem o questionário de avaliação da sessão anterior.

Avaliação da sessão

Realizada na sessão seguinte através da resposta dos participantes a um questionário de

resposta V ou F sobre os temas abordados na sessão.

3º sessão – A lesão: interacções entre o domínio físico e o psicológico

No final desta sessão os bailarinos deverão conseguir:

• identificar a sua forma de reagir quando sofre uma lesão

• reconhecer as relações entre o domínio físico e psicológico no curso duma lesão

• compreender o que contribui para agravar ou minorar uma lesão

• dar exemplos dos três principais sistemas de respostas envolvidos na situação de

lesão: cognitivo, emocional e comportamental;

• conhecer o carácter interactivo entre pensamentos, sentimentos e comportamentais,

bem como diferenciá-los;

• identificar sinais de má adaptação à situação de lesão;

• reconhecer que é possível regular processos cognitivos e estados emocionais, bem

como modificar comportamentos (perceber a capacidade de auto-controlo);

• avaliar o seu funcionamento psicológico actual através de estratégias de auto-

monitorização

Processo

Exposição, partilha e discussão

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Staff

Psicólogo

Técnico de reabilitação/fisioterapeuta

Materiais

lista de sentimentos (Anexo- C3)

registo de pensamentos, sentimentos e comportamentos (Anexo- C5)

questionário

Desenvolvimento da sessão

Após o preenchimento do questionário de avaliação de conhecimentos da sessão anterior,

partilhar no grupo experiências pessoais de lesão e do seu impacto.

Exposição do modelo integrado de resposta à lesão desportiva (adaptado de Wiese-Bjornstal

et al., 1998) de modo interactivo através de actividades em que o grupo se envolva na

identificação dos diferentes modos de resposta à lesão - recorrer a exemplos de cada

participante.

Desta forma ilustrar-se-ão as semelhanças da experiência da lesão entre os membros do

grupo, bem como as diferenças pessoais entre eles e fomentar-se-á a aprendizagem da

identificação dos sistemas de resposta pós-lesão.

Em seguida, enfatizar a influência interactiva entre pensamentos, sentimentos e

comportamentos. Através de perguntas realizadas ao grupo, procurar-se-á saber qual o

conhecimento dos participantes sobre a influência dos pensamentos nos sentimentos.

Recorrer a exemplos de pensamentos comuns e incentivar os participantes a reconhecer que

sentimentos lhes poderão estar associados.

Exemplos:

Pensamentos Sentimentos (a completar pelos

participantes)

Não serei capaz de voltar a dançar como

dantes.

Desesperança

Já tive lesões anteriores e continuei a

dançar.

Menos pressão, esperança...

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Através da mesma estratégia, envolver a resposta comportamental. Desta forma será

possível exemplificar como os pensamentos podem intensificar ou diminuir sentimentos e

de forma geral dar a conhecer o poder dos pensamentos na regulação emocional, bem como

o efeito dessa interacção na resposta comportamental.

Numa fase final, consolidar o conhecimento. Apresentar folha de auto-registo com colunas

para registar os pensamentos comuns, as emoções e os comportamentos associados.

Realizar o preenchimento da folha com os exemplos do grupo e dar a cada participante uma

folha de registo para preencher em casa e trazer na sessão seguinte.

Exposição, realizada pelo técnico de reabilitação/fisioterapeuta, sobre carácter físico das

lesões e que atitudes e comportamentos são úteis para melhorar.

Avaliação da sessão

Realizada na sessão seguinte através da resposta dos participantes a um questionário de

resposta V ou F sobre os temas abordados na sessão.

4ª sessão – Ansiedade e a lesão

No final desta sessão os participantes deverão:

• Reconhecer a ansiedade como uma resposta comum à situação de lesão

• Identificar o papel da ansiedade no processo de reabilitação física da lesão

• Comparar ansiedade adaptativa e desadaptativa

• Indicar respostas somáticas, pensamentos e comportamentos de stresse

• Identificar preocupações e medos subjacentes à ansiedade

• Reconhecer o stresse como factor que contribui para a predisposição do surgimento

de lesões – os fenómenos de “overtraining” e “burnout”

• Conhecer estratégias eficazes de redução da ansiedade disfuncional (relaxamento

muscular progressivo e respiração diafragmática)

• Valorizar a prática do relaxamento como técnica efectiva de gestão da ansiedade,

para os momentos pós e pré lesão

Processo

Exposição, partilha, discussão e treino

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Staff:

Psicólogo

Técnico de reabilitação/fisioterapeuta

Materiais

post-its de 3 cores (cognição, emoção e sinais físicos),

folha de instruções de relaxamento e de respiração diafragmática (Anexo – C6)

folha de registo das dificuldades sentidas no relaxamento (Anexo- C7)

questionário

Desenvolvimento da sessão

Início com a resposta ao questionário de revisão da sessão anterior.

Rever os principais conteúdos da sessão anterior e correcção/ “tirar dúvidas” do trabalho de

casa sugerido.

Explanação do conceito de ansiedade, com ênfase no modelo de stresse e nos conceitos de

ansiedade adaptativa e desadaptativa. Recorrer a exemplos dos participantes para elaborar

uma lista de sinais físicos, emocionais e cognitivos de ansiedade desadaptativa (distresse).

Para tal, recorrer ao uso de post-it com cores diferentes em que os participantes escrevem os

sinais e no final agrupar num quadro os diferentes grupos e sinais que foram dados como

exemplo.

Discussão sobre os principais pensamentos e preocupações relacionados com a lesão que

possam contribuir significativamente para o aumento de emoções negativas e elevação da

ansiedade.

Explicação sobre impactos negativos da ansiedade no processo de reabilitação física

(aumento da dor, tensão muscular, deficiência do sistema imunitário e da capacidade de

sarar lesões, diminuição da capacidade de concentração e da motivação) e na criação de

condições para o surgimento de lesões. Para tal, contar com a ilustração de casos de

experiência profissional em reabilitação de lesões de um técnico de

reabilitação/fisioterapeuta.

Apresentar aos participantes as estratégias comportamentais de gestão da ansiedade,

nomeadamente, o treino de relaxamento muscular progressivo e a técnica de respiração

diafragmática enfatizando a importância de aprender a relaxar/descansar e a conhecer os

31

sinais de um corpo cansado, tanto para a melhoria das condições de reabilitação como para

a prevenção de lesões.

No final, realizar o treino de relaxamento muscular progressivo seguido da técnica de

respiração diafragmática.

Para TPC, sugere-se o treino de relaxamento muscular progressivo com registo das

dificuldades sentidas.

Avaliação da sessão

Realizada na sessão seguinte através da resposta dos participantes a um questionário de

resposta V ou F sobre os temas abordados na sessão.

5ª Sessão – Identificar pensamentos e o seu papel no processo de

reabilitação

No final desta sessão os participantes deverão:

• Definir pensamento automático

• Identificar pensamentos automáticos disfuncionais

• Reconhecer a influência desses pensamentos na auto-confiança, motivação e na

capacidade de recuperação de lesões

• Identificar crenças erradas face à procura dos cuidados de saúde adequados

• Saber automonitorizar pensamentos automáticos

Processo

Exposição, role-play, discussão, partilha e treino

Staff:

Psicólogo

Materiais

guião de role-play (Anexo- C8)

folha de ajuda para a identificação de pensamentos automáticos (Anexo- C9)

folha de registo para automonitorização de pensamentos automáticos (Anexo- C5)

questionário

32

Desenvolvimento da sessão

Iniciar com a entrega do questionário de avaliação da sessão anterior.

Rever as estratégias comportamentais de controlo da ansiedade abordadas na sessão

anterior, bem como analisar em conjunto as dificuldades sentidas na realização do TPC.

Incentivar a continuação da realização do treino de relaxamento e enfatizar o facto de os

resultados não serem imediatos e a necessidade de prática para obter os efeitos desejados.

Rever o aspecto interactivo entre pensamentos, sentimentos e comportamentos.

Explicar o conceito de “pensamento automático”.

Recorrendo à discussão de experiências pessoais, identificar crenças erradas relativas à

“cura mágica” e ao uso da auto-medicação e, promoção da procura dos cuidados de saúde

adequados e em tempo útil em situação de lesão significativa.

É realizado um role-play de um bailarino em sessão de fisioterapia. Pede-se aos membros

que se voluntariem – sendo que há preferência pelos bailarinos lesionados. Durante o role-

play surgiram pensamentos e crenças que contribuem de modo significativo na

interpretação da situação em questão. No final, dar tempo de reflexão e partilha de ideias.

Incentivar os participantes para identificar os pensamentos automáticos negativos com o

auxílio de uma folha com perguntas de ajuda, enfatizando que os pensamentos automáticos

negativos são responsáveis por intensificar experiências negativas e diminuir o bem-estar.

No final há discussão sobre o impacto dos pensamentos na eficácia da reabilitação

(nomeadamente ao nível da confiança no tratamento, na auto-confiança e na motivação) e

recorre-se a exemplos reais dos participantes.

Para ajudar no treino da identificação de pensamentos automáticos, pede-se aos

participantes que em casa, quando sentirem uma forte reacção a qualquer coisa, pararem e

notarem no que estão a pensar nesse momento e registar esse pensamento.

Avaliação da sessão

Realizada na sessão seguinte através da resposta dos participantes a um questionário de

resposta V ou F sobre os temas abordados na sessão.

33

6ª sessão – Pensamentos automáticos e respostas racionais

No final desta sessão os participantes deverão:

• Reconhecer a possibilidade de auto-controlo sobre pensamentos automáticos

• Definir resposta racional

• Conhecer os efeitos da resposta racional no processo de reabilitação

• Indicar evidências contra pensamentos automáticos negativos

• Expor, com base nas evidências, respostas racionais alternativas

• Reconhecer a importância dos efeitos das respostas racionais alternativas no

processo de reabilitação

Processo

Exposição, partilha, treino e discussão

Staff:

Psicólogo

Materiais

guião de role-play (Anexo - C8)

folha com lista de perguntas para encontrar evidências (Anexo- C10)

folha de registo de pensamentos com espaço para resposta alternativa (Anexo-C11)

questionário

Desenvolvimento da sessão

Iniciar com a entrega do questionário de avaliação da sessão anterior.

Fazer revisão da sessão passada e do TPC.

Mostrar que os pensamentos automáticos podem ser considerados como hábitos, e que com

treino podem ser modificados por outro tipo de pensamentos mais apropriados, isto é,

respostas racionais.

Explicar o conceito de resposta racional e o seu efeito na optimização do processo de

reabilitação através do fomento da confiança no tratamento, na auto-confiança e motivação.

Recorrer a exemplo de pensamento automático negativo do role-play utilizado na sessão

anterior (escolhido pelos participantes). Promover a identificação do sentimento e

comportamentos associados. Incentivar os participantes a encontrar provas contra o

pensamento automático negativo através do apoio de uma lista de perguntas. Com base

34

nessas alternativas, pedem-se sugestões para a elaboração de um conjunto de pensamentos

alternativos e mais adaptativos.

No final, reflecte-se sobre o potencial efeito desses pensamentos alternativos na confiança,

na motivação e nos sentimentos.

Para TPC fornecer folha de registo para que os participantes possam registar as respostas

racionais.

Avaliação da sessão

Realizada na sessão seguinte através da resposta dos participantes a um questionário de

resposta V ou F sobre os temas abordados na sessão.

7ª sessão – Interrelação entre lesão e emoções

No final desta sessão os participantes deverão:

• Indicar emoções específicas relacionadas com a lesão (tristeza, irritabilidade,

hostilidade...)

• Diferenciar emoções primárias e secundárias

• Identificar pensamentos associados a essas emoções

• Reconhecer a importância da gestão das emoções

Processo

Exposição, partilha, treino e discussão

Staff:

Psicólogo

Materiais

lista de emoções (Anexo – C4)

diário das emoções (Anexo- C12)

questionário

Desenvolvimento da sessão

Iniciar com a entrega do questionário de avaliação da sessão anterior.

Fazer revisão da sessão passada e do TPC.

35

Expor o papel das emoções no funcionamento do indivíduo e definir o conceito. Explanar

através de exemplos a diferença entre emoções primárias e secundárias, enfatizando o papel

de defesa das últimas. Referir a possibilidade e o interesse de gerir emoções.

Utilizando a imagética, propor aos participantes que se foquem na sua situação de lesão (os

não lesionados podem recordar episódios prévios ou imaginar) de olhos fechados e que

tenham especial atenção àquilo que sentem. Através da lista de emoções, pedir aos

participantes que identifiquem as emoções que sentiram relativas à situação de lesão.

Baralham-se as folhas e contabiliza-se a frequência das emoções para compreender as que

são mais comuns. Discutem-se as respostas.

Em grupo, propõem-se os pensamentos que podem estar relacionados com as três emoções

mais comuns. Em conjunto realiza-se o debate sobre esses pensamentos e tenta-se chegar a

respostas alternativas que promovam emoções mais adaptativas.

Para treino, pede-se que os participantes mantenham um diário de emoções e que no final

de cada semana verifiquem para as suas três emoções mais comuns, quais os pensamentos

que lhes estão associados e que recorram ao uso de respostas alternativas.

Avaliação da sessão

Realizada na sessão seguinte através da resposta dos participantes a um questionário de

resposta V ou F sobre os temas abordados na sessão.

8ª Sessão - Medos e preocupações

No final desta sessão os participantes deverão:

• Identificar medos e preocupações relativos à lesão

• Identificar medos e preocupações face ao processo de reabilitação

• Identificar medos desadaptativos face ao retorno à actividade

• Saber como lidar com o medo de ser ultrapassado por colegas

• Conhecer estratégias para diminuição do medo excessivo

• Reconhecer a importância de redes de apoio mútuo (através da dinâmica)

Processo

Dinâmica de grupo, partilha de experiências, discussão e resolução de problemas.

36

Staff:

Psicólogo

Técnico de reabilitação/fisioterapeuta

Materiais

folhas em branco

urna em papelão

questionário

Desenvolvimento da sessão

Iniciar com a entrega do questionário de avaliação da sessão anterior. Fazer revisão da

sessão passada e do TPC.

Distribuir uma folha de papel branco para cada participante e pedir que escrevam os seus

receios e preocupações face à lesão, ao processo de reabilitação, ao retorno à actividade, a

possibilidade de ser ultrapassado por colegas e outros. Cada participante dobra a sua folha e

coloca na urna.

No fim, a urna é aberta e passada de participante em participante enquanto retiram uma

folha. Cada participante lê os medos da folha que retirou da urna. Discutem-se os medos e

os receios, constatam-se os que são comuns, partilham-se experiências e procura-se chegar

a resoluções e atenuações dos receios através da estratégia de descatastrofização

(contribuindo assim para a noção de que mesmo que os receios se vierem a concretizar a

pessoa tem hipótese de lidar com as consequências).

Nesta sessão poderá ser útil a participação de um técnico de reabilitação/fisioterapeuta para

que os participantes possam expor receios relativos aos processos de reabilitação física e

incentivados, se for caso disso, a procurar ajuda competente.

Avaliação da sessão

Realizada na sessão seguinte através da resposta dos participantes a um questionário de

resposta V ou F sobre os temas abordados na sessão.

37

9ª sessão- Construção de redes de apoio mútuo

No final desta sessão os participantes deverão:

• Reconhecer a importância da cooperação inter-individual na resolução de problemas

• Conhecer estruturas de apoio social

• Identificar a importância de criar relações de trabalho positivas com os colegas

• Saber recorrer a estruturas de apoio social fora da identidade laboral (família,

amigos, comunitárias, etc)

• Saber gerir e tomar iniciativa social

Processo

Dinâmica de grupo, partilha de experiências, discussão e resolução de problemas.

Staff:

Psicólogo

Representante duma estrutura social para bailarinos (associação...)

Materiais

lenços de pano

quadrados de cartolina

quadrados de folha de papel-alumínio

folhas de papel brancas

tesouras

fita-cola

cola

agrafador

questionário

Desenvolvimento da sessão

Iniciar com a entrega do questionário de avaliação da sessão anterior. Fazer revisão dos

temas abordados na sessão anterior

Dinâmica de grupo “os náufragos”. Solicitar aos participantes que se agrupem em duplas e

que se sentem no chão, um diante do outro. É narrada uma história a respeito de um

naufrágio no qual os dois náufragos (os participantes) encontraram uma ilha solitária.

Explica-se que tudo poderia correr razoavelmente bem se não fosse o facto de um deles ser

cego e o outro não ter braços. Assim, um dos participantes será vendado nos olhos e

38

representará o cego (preferência por participante não lesionado) e o outro terá as mãos

amarradas atrás das costas e representará o náufrago sem braços (preferência por

participante lesionado). Enfatizar que é necessário que ambos cooperem para garantir a sua

sobrevivência (assim como na vida real... o participante lesionado poderá contar com a

ajuda do participante não lesionado desde que tome a iniciativa e o direccione).

Continuar a história e acrescentar que, só conseguiram salvar do navio o seguinte material:

um quadrado de cartolina com 40 cm de lado, um quadrado de papel-alumínio de 40 cm,

uma folha de papel branca, uma tesoura, fita-cola, cola e um agrafador.

Prosseguir dizendo que se aproximam nuvens de chuva e os dois deverão construir,

utilizando o material, um objecto para recolher a água doce da chuva de modo a garantir

mais alguns dias de sobrevivência (é importante referir que não interessa o formato do

objecto e sim a sua funcionalidade). Referir que a comunicação entre os náufragos é

extremamente importante e que será dificultada pelo facto de que todos os “sobreviventes”

estarão a falar ao mesmo tempo.

É oferecido um tempo limite de 10 ou 15 minutos. Durante o processo convém estimular os

participantes a persistir.

No final da actividade avaliam-se os recipientes, fazem-se comentários à actividade e

debate-se a importância do apoio mútuo.

Numa segunda fase participará um elemento representante duma estrutura de apoio social

que divulgará a sua iniciativa, vantagens e como se superaram obstáculos para a sua

manutenção.

Em TPC os participantes são incentivados a cada uma trazer na próxima sessão uma lista de

6 respostas úteis para suporte social (clubes, associações...) com os respectivos contactos, a

ser partilhada no grupo.

Avaliação da sessão

Realizada na sessão seguinte através da resposta dos participantes a um questionário de

resposta V ou F sobre os temas abordados na sessão.

39

10º sessão- Lidar com a dor

No final desta sessão os participantes deverão:

• Conhecer os aspectos multidimensionais da dor e o papel da cognição, dos afectos

e do comportamento no controlo e gestão da dor

• Reconhecer a existência dum limiar de tolerância da dor que a ser ultrapassado

agravará ou gerará lesões (janela de oportunidade do desempenho não nocivo)

• Saber como valorizar a sensação de dor

• Identificar a imagética como estratégia eficaz no controlo da dor

• Saber como focar as sensações de dor e interpretá-las de modo adaptativo, não

negando a sua existência

Processo

Exposição, partilha de experiências e treino

Staff:

Psicólogo

Materiais

questionário

Desenvolvimento da sessão

Iniciar com a entrega do questionário de avaliação da sessão anterior. Fazer revisão dos

temas abordados na sessão anterior e do TPC.

Expor o papel da cognição, dos afectos e do comportamento no controlo e gestão da dor.

Falar sobre a importância de reconhecer as sensações de dor de forma adaptativa. Debater

sobre a necessidade de conhecer os limites físicos do corpo e respeitá-los mesmo que isso

signifique parar de imediato.

Focar o perigo da negação da gravidade da lesão e o papel da catastrofização no processo de

reabilitação. Tempo de reflexão e debate em grupo.

Sensibilizar a que valorizem numa escala de dor a sua experiência pessoal.

Apresentar a imagética como estratégia eficaz para o controlo e gestão da dor e proceder ao

seu treino. Incentivar os participantes a realizar o treino em casa.

40

Avaliação da sessão

Realizada na sessão seguinte através da resposta dos participantes a um questionário de

resposta V ou F sobre os temas abordados na sessão.

11º sessão - Lidar com a perda

No final desta sessão os participantes deverão:

• Saber identificar e modificar crenças disfuncionais em relação à perda

• Saber como lidar com a perda do papel (espectáculo) e do protagonismo

• Saber lidar com possíveis alterações da imagem corporal

• Saber como reorientar para escolhas possíveis e novas formas de satisfação numa

perspectiva de estabelecimento de novos objectivos e resolução de problemas

• Construir planos de acção orientados por objectivos realistas e concretos

Processo

Exposição, partilha de experiências, dinâmica de grupo e resolução de problemas

Staff:

Psicólogo

Materiais

folhas de papel branco

cartolina

post-it verdes e brancos

folha guião para resolução de problemas (Anexo – C13)

questionário

Desenvolvimento da sessão

Iniciar com a entrega do questionário de avaliação da sessão anterior. Fazer revisão das

dificuldades do treino realizado em casa, e rever os temas abordados na sessão anterior.

Pedir aos participantes que escrevam na folha uma frase que defina o conceito de perda e

debater ideias através do método de questionamento. Concluir se se trata de um conceito

realista e adaptativo, ou se por outro lado, é disfuncional. Se for disfuncional, pedir a

colaboração de todos para a sua modificação.

41

Incentivar a expressão dos receios face a potenciais perdas no desempenho físico e artístico,

no protagonismo, alterações da imagem corporal ou outros.

“A Árvore”– Numa cartolina desenhar uma árvore, o tronco (representa o grupo) e umas

nuvens escuras no céu. Cada participante coloca nos ramos da árvore post-its verdes onde

escreveu as suas aspirações (desenho ou palavra) e post-its brancos nas nuvens com as

perdas que receia. Numa perspectiva de resolução de problemas, utilizar a experiência de

dificuldades de cada participante face à situação de lesão e incentivar o grupo a debater o

máximo de possíveis soluções (brainstorming) e a arquitectar planos para atingir os

objectivos concretos e realistas. No final incentiva-se a execução dos planos sugeridos e à

sua posterior avaliação.

Avaliação da sessão

Realizada na sessão seguinte através da resposta dos participantes a um questionário de

resposta V ou F sobre os temas abordados na sessão

12ª sessão – Promoção da motivação para por em prática o aprendido

No final desta sessão os participantes deverão:

• Reconhecer a função da motivação e do incentivo no desempenho de actividades

• Identificar o uso das auto-instruções como estratégia de auto controlo e de confronto

• Descriminar os dois tipos de auto-instruções (positivas e negativas) e compreender

os seus efeitos

• Reconhecer o papel das auto-instruções na motivação e a influência no

comportamento e na auto-confiança

• Criar um conjunto de auto-instruções positivas que incentivem o planeamento para

concretização de objectivos realistas.

Processo

Exposição, partilha de experiências e treino

Staff:

Psicólogo

Materiais

folhas de papel branco

questionário

42

Desenvolvimento da sessão

Iniciar com a entrega do questionário de avaliação da sessão anterior. Fazer revisão da

técnica de resolução de problemas e do TPC.

Mostrar de forma interactiva como a motivação medeia a actividade e incentiva a

concretização de objectivos. Explicar como em estados de desânimo e distresse essa

capacidade pode estar diminuída. Exemplificar como o auto-diálogo pode ser considerado

uma ajuda útil para incentivar estratégias que promovam o empenho na procura do bem-

estar ou na melhoria do desempenho.

Clarificar o conceito de auto-instrução, bem como das suas variáveis – positiva e negativa.

Explanar como é que o treino de auto-instrução é realizado.

Recorrer a uma estratégia dinâmica com três participantes voluntários, sendo que pelo

menos um dos participantes esteja lesionado. Um dos participantes faz de pensamento,

outro (de preferência lesionado) faz de um sujeito que verbaliza muito medo das possíveis

dores durante um processo de fisioterapia e o terceiro faz papel de fisioterapeuta. O

objectivo é o participante-pensamento reduzir o medo e os receios através de auto-

instruções positivas e motivar o participante-sujeito a fazer um exercício de fisioterapia com

o terceiro participante. No final, se tudo correr bem e o sujeito ficar motivado para realizar

o exercício, o participante-pensamento é incentivado a reforçar o comportamento do

participante-sujeito.

No final debate-se a experiência e cada participante é incentivado a elaborar uma lista de

auto-afirmações que ajudem a motivar para cumprir o plano de satisfação de objectivos que

surgiu da sua resolução de problemas no TPC da sessão anterior.

Avaliação da sessão

Realizada na sessão seguinte através da resposta dos participantes a um questionário de

resposta V ou F sobre os temas abordados na sessão

13º sessão – Reflexão e debate

No final desta sessão os participantes deverão:

• Ter verbalizado outros assuntos pertinentes à sua experiência que até então não

tenham sido focados ou trabalhados de forma satisfatória pelo programa elaborado.

• Ter obtido orientações para a problemática verbalizada

43

Processo

Discussão sobre os temas auto-propostos, partilha de experiências e orientações

Staff:

Psicólogo

Materiais

Não há

Avaliação

Realizada na sessão seguinte através da resposta dos participantes a um questionário de

resposta V ou F sobre os temas abordados na sessão.

14ª sessão - Consolidar as competências e treino das respostas

No final desta sessão os participantes deverão:

• Saber como e quando utilizar as estratégias psicológicas visadas

• Reconhecer a importância de continuar a treinar as estratégias para optimizar

resultados

• Completar uma avaliação do impacto do programa

Processo

Discussão e treino

Staff:

Psicólogo

Materiais

lanche

máquina fotográfica

questionários

Cd com os registos em branco para que possam ser impressos

Desenvolvimento da sessão

Iniciar com a entrega do questionário de avaliação da sessão anterior. Através da utilização de situações hipotéticas e do uso da imagética, os participantes são

incentivados a analisar o processo psicológico e a utilizar as estratégias de coping

44

aprendidas e treinadas durante o programa. O objectivo é consolidar o que foi abordado,

incentivar o treino e esclarecer dúvidas relativamente ao seu procedimento.

Os participantes recebem um Cd com folhas de registo em branco para que possam

imprimir e continuar o seu treino.

Pedir feedback aos participantes sobre o programa, contrastando a situação inicial com a

actual. Relembrar e enfatizar aos participantes que é necessário que continuem a empregar

as estratégias que aprenderam de forma a ser cada vez mais fácil obter resultados.

É importante que nesta sessão se expressem preocupações face ao final do programa para

que possam ser trabalhadas e se preencha um questionário de satisfação com o programa e

com os resultados da acção.

No final é, igualmente, importante reforçar o esforço e empenho dos participantes. Tal pode

ser feito com um lanche realizado em conjunto e uma fotografia de grupo para memória.

Custos do programa

Psicólogo x 14 sessões = 700€

Fisioterapeuta/Técnico de reabilitação x 2 sessões = 150€

Representante duma associação x 1 sessão = 50€

Materiais = 100€

Preparação do programa/deslocações/outros custos = 100€

Total = 1100€

Acresce o valor dos acompanhamentos individuais (cada sessão 50€) – por enquanto não

contabilizável.

Avaliação do programa

Recursos

• avaliar se existe diferença entre os custos previstos e o financiamento real

• avaliar se existem os materiais previstos

• avaliar se as instalações são adequadas

• avaliar a efectiva presença dos técnicos e profissionais previstos

45

Processo

• em todas as sessões os participantes assinam uma ficha de presenças para que se possa

avaliar quem foi envolvido no programa.

• monitorizar-se-á quantas sessões previstas foram realizadas

• monitorizar-se-á que actividades seguiram a programação e registar-se-ão as alterações que

foram feitas.

• verificar-se-á a utilização/ não utilização dos materiais

Impacto

• em todas as sessões haverá um espaço dedicado à avaliação da aquisição dos conhecimentos

transmitidos na sessão anterior através de um questionário de cerca de 5 perguntas com

resposta verdadeiro ou falso (Anexo – C14 )

• Na última sessão será pedido o preenchimento de um questionário sobre a satisfação global

com o programa e com os resultados da acção (Anexo – C15)

• Aplicação do questionário POMS (McNair, Loor & Droppleman, 1971) em dois tempos

(início/fim da acção) nos bailarinos lesionados (Anexo - B1)

• Aplicação de um questionário de avaliação de conhecimentos, um mês após a conclusão do

programa (Anexo – C16)

Obstáculos previstos

Eventual dificuldade na implementação deste programa por carência de recursos

financeiros.

A possibilidade de haver poucos participantes devido à carga laboral intensa destes

profissionais ou de se verificarem poucos casos de lesão no período de implementação do

programa.

Acrescentam-se ainda, dificuldades na avaliação da especificidade do contributo do

programa para uma efectiva recuperação física mais célere, bem como, dificuldade na

avaliação da especificidade da intervenção em termos preventivos (muitos factores co-

intervenientes e uma população de investigação com incidência de lesão relativamente

pequena para a realização de estudos quantitativos).

É ainda importante referir, a dificuldade de garantir a validade de generalizar este programa

a outras populações, nomeadamente, ao contexto desportivo devido às especificidades

relativas a cada população.

46

Referências bibliográficas para a elaboração da planificação do programa

Fernández-Ballesteros, R. (2002). Valoración de programas. In R. Fernández-

Ballesteros (Ed.) Introducción a la evaluatión psicológica II. Madrid: Ediciones

Pirâmide.

Mainwaring, L.M., Krasnow, D. & Kerr, G. (2001) ‘And The Dance Goes On:

Psychological Impact of Injury’. Journal of Dance, Medicine and Science. 5 (4), 105–

115.

Taylor, J., & Taylor, C. (1995). Psychology of Dance. Champaign: Human Kinetics.

Young, T.L. (2006). The handbook of project management: A practical guide to

effective policies and procedures. London: Kogan Page.

47

-ANEXO C1-

Contracto de Confidencialidade

48

Contracto de confidencialidade grupal Este é o contracto de confidencialidade entre todos os membros do grupo: ........................................................................................................................

(nome do grupo) O contracto implica que todos os membros abaixo assinados reconhecem a necessidade de manter privada e confidencial toda e qualquer informação pessoal partilhada nas sessões. Por informação pessoal e privada entende-se qualquer informação partilhada por qualquer membro do grupo no grupo em todos os momentos. Assim, toda e qualquer informação pessoal e privada não deverá ser partilhada com ninguém fora deste mesmo grupo, mesmo que o participante desista do programa. Assinaturas Data

Assinatura do Responsável ........................................... Data: ..................................

49

-ANEXO C2-

Diário de Anotações Pessoais

50

Diário de Anotações

Sessão:__________________________________ Data:________________ O que é que se abordou na sessão de hoje? _______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

O que foi mais útil para mim? _______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

As minhas dúvidas ou dificuldades: _______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

51

- ANEXO C3-

Lista de Sentimentos

52

Lista de Sentimentos

Triste Inseguro/a Nervoso/a Enraivecido/a Preocupado/a Envergonhado/a

Contente/a Orgulhoso/a Desgostado/a Assustado/a Zangado/a Excitado/a

Irritado/a Magoado/a Feliz Culpado/a Frustrado/a Desapontado/a

Desesperançado/a Humilhado/a ...

Outros Sentimentos:

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

53

-ANEXO C4-

Registo de Pensamentos, Sentimentos e Comportamentos

54

O Registo

Pensamento

O que disse a mim mesmo?

Sentimento

O que senti?

Comportamento

O que fiz?

55

-ANEXO C5-

Instruções do Treino de Relaxamento Muscular Progressivo e

Respiração Diafragmática

56

Relaxamento muscular progressivo

Notas : Se o seu lado dominante for o esquerdo, começa pelo braço e perna esquerdos.

Os tempos de contracção e de relaxamento de cada grupo muscular são de, aproximadamente, 15 e 35 segundos, respectivamente. A contracção do pé não deve ultrapassar os 5 segundos.

1 3

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57

Instruções para o Relaxamento Muscular Progressivo Uma adaptação dos exercícios de D. C. Bernstein & T. D. Borkovec

Antes de iniciar o treino, leia atentamente: 1. O relaxamento muscular progressivo é uma técnica em que 16 grupos musculares são relaxados um depois do outro. Cada grupo é primeiro tenso e depois relaxado. 2. É importante que o largar da tensão nos grupos musculares seja repentino (não lento). 3. Procure uma posição confortável, numa cadeira ou deitado com almofada a apoiar o pescoço. 4. Dê tempo (30-35 seg) para sentir calor, peso ou mesmo leveza e só depois passe para o outro grupo muscular. 5. O treino é essencial. Relaxar é como qualquer outra aptidão que se aprende. É necessário praticar várias vezes para atingir resultados positivos. 6. A técnica de relaxamento depois de aprendida pode ser utilizada como resposta às sensações de tensão ou ansiedade do dia-a-dia. 7. Tente não se mover durante o exercício e mantenha os olhos fechados durante todo o treino. 8. Tente respirar pela barriga e não pelo peito. Verifique se está confortavelmente instalado e de olhos fechados. Proteja-se do frio com roupa quente ou uma manta/cobertor. (Pode gravar a sua voz e segui-la durante o treino de relaxamento)

58

1) Grupo Muscular: Mão e Antebraço Dominantes

Direccione a sua atenção para a mão e para o antebraço dominantes. Para certas pessoas é o direito, para outras o esquerdo. Vai cerrar com força o punho para provocar tensão na mão e no antebraço. AGORA.(10-15 Seg.) RELAXE. Note o contraste entre as sensações de relaxamento e tensão. ( 30-35 Seg.)

2) Grupo Muscular: Bíceps Dominante

Foque agora a atenção para o braço/bíceps. Mantendo a mão e o antebraço tão relaxados quanto possível, vai levantar o ombro, empurrá-lo para trás e pressionando-o contra o chão. AGORA.(10-15 seg.) RELAXE. Observe a diferença entre as sensações de relaxamento e tensão.(30-35 seg.) 3) Grupo Muscular: Mão e Antebraço Não Dominantes

Focalize o outro lado. Para uns o lado esquerdo para outros o direito. Direccione a atenção para a mão e para o antebraço. Vai cerrar com força o punho para provocar tensão na mão e no antebraço. AGORA.(10-15 seg.) RELAXE. Note o contraste entre as sensações de relaxamento e tensão. (30-35 seg.) 4) Grupo Muscular: Bíceps Não Dominante

Atenção agora para o braço/bíceps. Mantendo a mão e o antebraço tão relaxados quanto possível, vai levantar o ombro, empurrá-lo para trás e pressionando-o contra o chão. AGORA.(10-15 seg.) RELAXE. Observe a diferença entre as sensações de relaxamento e tensão.(30-35 seg.)

5) Grupo Muscular: Testa

Concentre-se nos músculos da testa. Vai levantar as sobrancelhas continuando com os olhos fechados, e vai enrugar firmemente a testa. AGORA.(10-15 seg.) RELAXE. Sinta a diferença entre as sensações de tensão e relaxamento. (30-35 seg.)

6) Grupo Muscular: Parte média da cara – nariz

Atenção agora aos olhos, bochechas e nariz. Com os olhos ainda fechados, franza firmemente o nariz com força. AGORA.(10-15 seg.) RELAXE. Concentre-se nas sensações de relaxamento.(30-35 seg.)

59

7) Grupo Muscular: Parte inferior da cara e queixo

Direccione agora a atenção para os maxilares e boca. Cerre os dentes com força, puxe os cantos da para trás como quem ri, mas com a boca fechada. AGORA. (10-15 seg.) RELAXE. Note a diferença entre relaxamento e tensão. (30-35 seg.)

8) Grupo Muscular: Pescoço e Garganta

Concentre-se nos músculos do pescoço. Contraia o queixo contra o peito mas impeça-o de lhe tocar. AGORA. (10-15 seg.) RELAXE. Distinga as sensações de relaxamento das sensações de contracção. (30-35 seg.)

9) Grupo Muscular: Peito, ombros, e parte superior das costas

Foque-se nos músculos dos ombros, costas e peito. Devagar vá inspirando profundamente. Sustenha a respiração enquanto se inclina para trás, com o peito para fora e tentando juntar as omoplatas. AGORA.(10-15 seg.) RELAXE. Verifique as diferenças entre tensão e relaxamento. (30-35 seg.)

10) Grupo Muscular: Abdómen

Concentre-se agora nos músculos do abdómen. Encolha a barriga com força como se fosse levar um murro. AGORA. (10-15 seg.) RELAXE. Note bem as diferenças entre a contracção e o relaxamento. (30-35 seg.)

11) Grupo Muscular: Coxa Dominante

Atenção à coxa e nádega do membro dominante. Para certas pessoas é a direita, para outras a esquerda. Encolha a nádega e aperte a coxa, como que a fugir de uma injecção. AGORA. (10-15 seg.) RELAXE. Observe a diferença entre as sensações. (30-35 seg.)

12) Grupo Muscular: Barriga da Perna Dominante

Foque-se agora na barriga da mesma perna. Vai flectir o pé, puxando os dedos em direcção à cabeça. AGORA (10-15 seg.) RELAXE. Concentre-se na sensação de relaxamento. (30-35 seg.)

60

13) Grupo Muscular: Pé Dominante

Concentre-se agora no seu pé. Vai torcer o pé para dentro e encaracolar os dedos. AGORA. (5 seg.) RELAXE. Note bem a diferença entre as sensações de relaxamento e tensão.(30-35 seg.)

14) Grupo Muscular: Coxa Não Dominantes

Atenção agora ao outro lado. Para certas pessoas o esquerdo, para outras o direito. Focalize a coxa e a nádega. Encolha a nádega e aperte a coxa, como que a fugir de uma injecção. AGORA.(10-15 seg.) RELAXE. Observe a diferença entre as sensações.(30-35 seg.)

15) Grupo Muscular: Barriga da Perna não Dominante

Foque-se agora na barriga da perna. Vai flectir o pé, puxando os dedos em direcção à cabeça. AGORA (10-15 seg.) RELAXE. Concentre-se na sensação de relaxamento e liberte-se de qualquer tensão.(30-35 seg.)

16) Grupo Muscular: Pé não Dominante

Concentre-se agora no pé. Vai torcer o pé para dentro e encaracolar os dedos. AGORA. (5 seg.) RELAXE. Note bem a diferença entre as sensações de relaxamento e tensão.(30-35 seg.) Aprecie as sensações de relaxamento… liberte-se de qualquer tensão e deixe-se ficar

relaxado…(3 minutos) De trás para a frente… de 4 para 1…para terminarmos o treino de relaxamento…

4…comece a mexer as pernas e os pés…3… mexa agora os braços e mãos…2…mexa a

cabeça e o pescoço… 1… pode abrir os olhos e espreguiçar-se à sua vontade.

61

Respiração Abdominal

Quando estiver numa posição confortável (sentado/a ou deitado/a), coloque as mãos sobre a barriga (nível do umbigo) e concentre-se no seu movimento de respiração; S A inspiração (deixar o ar entrar) e a expiração (deixar o ar sair) devem ser executadas com suavidade e lentamente; S Inspire pelo nariz; expire pela boca, deixando o ar sair sem esforço S Inspire em 4 segundos e, logo de seguida, expire em 8 segundos; faça uma pausa Atenção! A regra mais importante é que a expiração demora o dobro do tempo de

uma inspiração. (senão conseguir suster a inspiração e/ou expiração durante os 4 e 8 segundos, pode inspirar em 3 segundos e expirar em 6) Repita durante 3 a 4 minutos e dê tempo para observar como relaxou e como a sua respiração está mais suave. Tal como qualquer técnica, a respiração abdominal exige treino. Quanto mais vezes fizer maior são as hipóteses de conseguir um relaxamento eficaz.

62

-ANEXO C6-

Registo das Dificuldades Sentidas no Relaxamento

63

Registo de Relaxamento Indique o valor de percentagem do relaxamento conseguido no final de cada treino utilizando a seguinte escala:

0-----10-----20-----30-----40-----50-----60-----70-----80-----90-----100 Nada Pouco Moderado Elevado Excelente

Data e Local

Treino Valor de relaxamento

Dificuldades sentidas

1 2

1 2

1 2

1 2

1 2

1 2

1- Treino de relaxamento muscular progressivo 2- Treino de relaxamento muscular progressivo e Respiração diafragmática

64

-ANEXO C7-

Guião de Role-Play

65

Guião de Role-Play

Fisioterapeuta: Bom dia! Vamos começar?

• (Lá vamos nós...)

Vamos...

Fisioterapeuta: Vamos começar por dobrar a perna assim ...

• (Já começaram as dores. Daqui a pouco vai começar a ficar

insuportável)

Está-me a doer um pouco...

Fisioterapeuta: É normal que possa doer um pouco... vamos fazer agora

assim...

• (Nem sei o que estou aqui a fazer, isto não vai resultar. Isto é horrível!

Não pode haver pior)

Auch

Fisioterapeuta: Terminamos por hoje!

• (Finalmente...isto é tudo mau, mesmo)

Óptimo

Fisioterapeuta: Em casa deve fazer este exercício e continuar a medicação

• (A minha situação deve ser mesmo gravíssima, já estou a tomar esta

medicação há quase 1 mês!....nunca mais vou recuperar)

Mas continua assim tão mal?

66

Fisioterapeuta: Não. Está a evoluir bem...mas precisa de continuar com a

prescrição para continuar a recuperar

• (Só me diz isto para eu não me preocupar...este inchaço no joelho não

engana ninguém...Tenho a certeza que vai demorar muito tempo até que

possa dançar outra vez)

Falta muito tempo até eu poder começar a dançar?

Fisioterapeuta: O repouso e os exercícios são fundamentais... não lhe posso

dizer quanto tempo falta ao certo, mas o importante é que continue a recuperar.

• (Pois, pois...grande coisa! Será que ele não percebe que não posso ficar

à espera... tanto trabalho para agora ficar aqui parado... Que raiva...)

Ok! Que remédio...

• (Vou começar já amanhã a trabalhar...se inchar ponho gelo e já

está...isto vai passar. As aulas até vão ajudar a sarar melhor)

Vou fazer os exercícios que me recomendou.

Fisioterapeuta: Muito bem, então vamos marcar a próxima sessão.

• (Próxima sessão!? Está bem está... aqui não se trabalha nada que eu

não possa trabalhar nos ensaios...Isto não resulta, é uma perda de

tempo)

Sim... pode ser na próxima sexta-feira.

Muito obrigado.

Fisioterapeuta: Até à próxima!

• (Não acredite muito nisso!)

Até à próxima...

67

- ANEXO C8-

Auxiliar para a Identificação de Pensamentos Automáticos

68

Questões para Ajudar a Identificar

• O que é que eu estava a dizer a mim próprio quando me comecei a sentir assim?

• Que imagens ou memórias estava a pensar?

• Estava a pensar sobre mim, o futuro ou a minha vida? O quê?

• Qual era a pior coisa que me podia acontecer?

Pensamentos

Automáticos

69

-ANEXO C9-

Questões de ajuda na procura de resposta alternativa ao

pensamento negativo

70

Questões de ajuda na procura de resposta alternativa ao pensamento negativo

Já tive alguma experiência que mostrou que este pensamento é sempre e

completamente verdadeiro?

Se o/a meu/minha melhor amigo/a tivesse este pensamento, o que é que eu

lhe dizia?

Se o/a meu/minha melhor amigo/a soubesse que eu pensava assim, o que é

que me diria? Que provas daria para me mostrar que esse pensamento não é

100% verdadeiro?

Quando não me sinto assim, penso nesta situação de forma diferente?Como?

No passado, quando me senti assim, o que disse a mim mesmo que me

ajudou a sentir melhor?

Já estive numa situação semelhante a esta? O que aconteceu? Existe

alguma diferença entre esta situação e as outras? O que aprendi com as outras

situações que me possa ajudar agora?

Será que estou a ignorar contradições ao meu pensamento que até são

importantes?

Daqui a cinco anos, se olhasse para esta situação, pensaria de outra forma?

Em que é que me focaria?

Existe alguma coisa de positivo, nesta situação, que eu esteja a ignorar?

Estou a tirar conclusões precipitadas sem provas concretas?

Estou-me a culpar por algo de que não tenho total controlo?

71

-ANEXO C10-

Registo de Pensamentos, Sentimentos e Comportamentos com

Resposta Alternativa

72

Registo de Pensamentos, Sentimentos e Comportamentos com Resposta Alternativa

Situação Onde? O quê? Quando? Com quem? Como?

Sentimentos

a) o que senti b) quanto senti 0-100%

Pensamento Negativo

a) no que é que estava a pensar? b) qual era o pensamento central?

Provas contra esse

pensamento

Pensamento Alternativo

*Utilizar com a lista de questões de ajuda na procura de resposta alternativa ao pensamento negativo

73

-ANEXO C11-

Diário de Emoções

74

Diário de Emoções

Tipo de Emoções 2ª Feira

3ª Feira

4ª Feira

5ª Feira

6ª Feira

Sábado Domingo

Feliz

Interessado/a

Entusiasmado/a

Com medo

Compaixão

Grato/a

Orgulhoso/a

Seguro/a

Magoado/a

Triste

Confiante

Arrependido/a

Irritado/a

Ressentido/a

Zangado/a

Desprezado/a

Culpado/a

Nervoso/a

Esperançoso/a

Aborrecido/a

Enraivecido/a

Desanimado/a

Desesperançado/a

Outra:

Outra:

Outra:

Outra:

75

-ANEXO C12-

Guião para Resolução de Problemas

76

1) Definir o problema de forma objectiva, específica e concreta.

2) Escreva todas as soluções possíveis para resolver o problema (mesmo aquelas que pensa serem más ideias ou ridículas).

1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8)

2) As vantagens e desvantagens de cada solução:

Vantagens Desvantagens

77

4) Escolha a solução que lhe pareça melhor.

5) Faça um plano para implementar a solução O que é preciso fazer e como o vai fazer:

6) Implemente o plano (acção)

7) Avalie o resultado.

Resolveu o problema? Melhorou as condições? Verifique se o plano foi eficaz ou precisa de ser revisto. Senão resolver, procure implementar outra solução.

78

-ANEXO C13-

Questionários de Revisão de Conhecimentos do Programa

79

Questionário de revisão da sessão 1

Instruções: . Por favor, leia cada frase com atenção e faça um círculo na letra que melhor descreve aquilo que pensa sobre cada afirmação.

V- Verdadeiro F- Falso

Identifico mais de 50% das pessoas que fazem parte do grupo V F

A confidencialidade refere-se ao facto de não poder partilhar os

assuntos pessoais e privados dos membros do grupo a outras pessoas

V

F

A assiduidade e a pontualidade são meras regras que podem ser

quebradas sem qualquer problema

V F

O objectivo do programa é a aprendizagem de estratégias para me

ajudar a lidar melhor com situações de lesão

V F

Consigo nomear mais de 50% dos nomes das pessoas que fazem

parte do meu grupo

V

F

80

Questionário de revisão da sessão 2

Instruções: Por favor, leia cada frase com atenção e faça um círculo na letra que melhor descreve aquilo que pensa sobre cada afirmação.

V- Verdadeiro F- Falso

O objectivo deste programa é transformar-me numa pessoa totalmente diferente

V F

É pouco importante contar com o apoio dos outros

V

F

No final do programa terei aprendido formas de lidar com a situação

de lesão

V

F

A minha participação e a troca de experiências é útil para mim e para

os outros

V F

Eu confio nas pontencialidades deste programa

V F

Eu confio no grupo V

F

81

Questionário de revisão da sessão 3

Instruções: Por favor, leia cada frase com atenção e faça um círculo na letra que melhor descreve aquilo que pensa sobre cada afirmação.

V- Verdadeiro F- Falso

A lesão só afecta o físico

V F

Os pensamentos têm um papel importante na maneira como interpreto as situações

V

F

A negação da lesão é uma resposta adaptativa à lesão

V

F

As mudanças de humor são características de uma reacção à lesão

V F

Não é possível controlar aquilo que penso, sinto ou faço

V F

Os pensamentos influenciam a recuperação pós-lesão

V

F

82

Questionário de revisão da sessão 4

Instruções: Por favor, leia cada frase com atenção e faça um círculo na letra que melhor descreve aquilo que pensa sobre cada afirmação.

V- Verdadeiro F- Falso

A ansiedade pós-lesão existe

V F

A ansiedade é sempre algo negativo V

F

A elevação da tensão muscular é um sinal típico de ansiedade pós-

lesão e dificulta o processo de reabilitação física

V

F

Elevado stresse pode promover a ocorrência de lesões

V F

O relaxamento é eficaz na redução dos sintomas da ansiedade

V F

Fiz o relaxamento e não me senti logo relaxado. Devo estar a fazer algo errado.

V F

83

Questionário de revisão da sessão 5

Instruções: Por favor, leia cada frase com atenção e faça um círculo na letra que melhor descreve aquilo que pensa sobre cada afirmação.

V- Verdadeiro F- Falso

A auto-confiança pode ficar diminuída por pensamentos negativos V F

Os pensamentos podem intensificar sentimentos negativos V

F

A motivação não é importante para a recuperação das lesões

V

F

Associados a sentimentos negativos podem estar pensamentos

negativos

V F

Eu sei tudo sobre o tratamento de lesões e considero que não faz

sentido recorrer à ajuda de especialistas

V F

84

Questionário de revisão da sessão 6

Instruções: Por favor, leia cada frase com atenção e faça um círculo na letra que melhor descreve aquilo que pensa sobre cada afirmação.

V- Verdadeiro F- Falso

Não se pode fazer nada quanto aos pensamentos automáticos V F

Um pensamento mais realista e menos negativo pode ajudar-me no processo de recuperação pós-lesão

V

F

É possível encontrar alternativas aos pensamentos negativos

V

F

Se eu pensar que “não consigo suportar os exercícios da fisioterapia”

posso encontrar provas contra isso

V F

“Já suportei coisas piores, os exercícios são necessários para me sentir melhor”, permitem combater o pensamento negativo da

afirmação anterior

V F

85

Questionário de revisão da sessão 7

Instruções: Por favor, leia cada frase com atenção e faça um círculo na letra que melhor descreve aquilo que pensa sobre cada afirmação.

V- Verdadeiro F- Falso

A irritação é uma emoção secundária V F

A tristeza é um sentimento comum quando existe lesão V

F

Não existem pensamentos associados às emoções V

F

É possível gerir e controlar emoções

V F

Reconhecer e gerir emoções é benéfico para a recuperação das lesões

V F

86

Questionário de revisão da sessão 8

Instruções: Por favor, leia cada frase com atenção e faça um círculo na letra que melhor descreve aquilo que pensa sobre cada afirmação.

V- Verdadeiro F- Falso

O medo pode dificultar o processo de recuperação V F

O medo de voltar a lesionar-se aumenta a ansiedade e pode provocar recidivas

V

F

É possível controlar e gerir o medo

V

F

O apoio dos outros em nada me pode ajudar na superação dos medos

V F

Sei que mesmo que aquilo que receio possa acontecer, existem

formas para lidar com isso

V

F

87

Questionário de revisão da sessão 9

Instruções: Por favor, leia cada frase com atenção e faça um círculo na letra que

melhor descreve aquilo que pensa sobre cada afirmação.

V- Verdadeiro F- Falso

Pensar sobre todo o tipo de soluções possíveis pode ajudar a chegar a

uma solução viável

V F

O apoio dos colegas em nada pode ser útil para o atingir dos meus

objectivos

V

F

As estruturas de apoio social são importantes fontes de apoio fora do

local de trabalho

V

F

Consigo identificar pelo menos 3 estruturas de apoio social

V F

88

Questionário de revisão da sessão 10

Instruções: Por favor, leia cada frase com atenção e faça um círculo na letra que melhor descreve aquilo que pensa sobre cada afirmação.

V- Verdadeiro F- Falso

A dor é uma sensação complexa que envolve só o pensamento V F

É importante reconhecer a nossa experiência de dor para evitar o

agravamento de lesões

V

F

Imaginar a cura ou lugares relaxantes permite gerir melhor a intensidade da dor e uma melhor recuperação

V

F

A dor não me avisa de nada

V F

89

Questionário de revisão da sessão 11

Instruções: Por favor, leia cada frase com atenção e faça um círculo na letra que melhor descreve aquilo que pensa sobre cada afirmação.

V- Verdadeiro F- Falso

A perda é um sentimento comum quando existe lesão V F

É possível lidar com a perda estabelecendo novas metas e planos V

F

Existem pensamentos que influem no sentimento de perda V

F

Esses pensamentos não podem ser modificados

V F

Reconhecer pensamentos ligados à perda e modificá-los pode ter

grande utilidade no processo de recuperação

V

F

90

Questionário de revisão da sessão 12

Instruções: Por favor, leia cada frase com atenção e faça um círculo na letra que melhor descreve aquilo que pensa sobre cada afirmação.

V- Verdadeiro F- Falso

A motivação medeia a acção V F

Aquilo que digo a mim próprio não influencia em nada o meu empenho nas actividades

V

F

As auto-instruções negativas aumentam a motivação V

F

As auto-instruções positivas sozinhas permitem-me atingir os meus objectivos

V F

91

Questionário de revisão da sessão 13

Instruções: Por favor, leia cada frase com atenção e faça um círculo na letra que melhor descreve aquilo que pensa sobre cada afirmação.

V- Verdadeiro F- Falso

(a definir) V F

(a definir) V

F

(a definir) V

F

(a definir) V F

92

-ANEXO C14-

Questionários de Avaliação da Satisfação

93

Q.S.P.M.P.L.* * Questionário de satisfação e percepção de mudança para participantes lesionados

Instruções: . Por favor, leia cada frase com atenção e faça um círculo na resposta que melhor descreve aquilo que pensa sobre cada afirmação.

Sentimentos

Antes de entrar no Programa... Com que frequência se sentia incomodado/a por emoções como por exemplo ansiedade, tristeza, irritabilidade, frustração?

Nada mesmo

Poucas vezes

Algumas vezes

Várias vezes

Sempre

No final do Programa... Com que frequência se sente incomodado/a por emoções como por exemplo ansiedade, tristeza, irritabilidade, frustração?

Nada mesmo

Poucas vezes

Algumas vezes

Várias vezes

Sempre

94

Saúde Física

Antes deste programa... como considerava a sua condição física para dançar?

Excelente

Muito Boa

Boa

Razoável

Péssima

Saúde Física

Depois deste programa... como considera a sua condição física para dançar?

Excelente

Muito Boa

Boa

Razoável

Péssima

95

Efeitos do Programa na Saúde Física

Como quantifica a influência, na sua recuperação da lesão, dos conhecimentos adquiridos através do programa:

Grande influência

Alguma influência

Razoável influência

Pouca influência

Nenhuma influência

Mudanças

Como avalia a sua mudança de atitude face à lesão e ao saber lidar com ela?

Mudou muitíssimo

Mudou bastante

Mudou pouco

Mudou quase nada

Não mudou

96

Satisfação Global

Quanto ao programa em si, de que forma correspondeu às suas expectativas?

Superou as expectativas

Alcançou a maioria das expectativas

Alcançou metade das expectativas

Alcançou menos de metade das expectativas

Não correspondeu a nenhuma expectativa

Na sua opinião, o que podia melhorar? __________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________

97

O grupo

No grupo que foi criado durante o programa, sentiu-se apoiado pelos seus membros?

Sim, muito mesmo

Sim, bastante

Sim, razoavelmente

Sim, um pouco

Não, nada mesmo

98

Q.A.S.P.N.L.* *Questionário de avaliação da satisfação para os participantes não lesionados

Instruções: . Por favor, leia cada frase com atenção e faça um círculo na resposta que melhor descreve aquilo que pensa sobre cada afirmação.

Utilidade

Quanto aos conhecimentos transmitidos no programa, que grau de importância lhe atribui:

Grande importância

Muita importância

Alguma importância

Pouca importância

Nenhuma importância

Mudanças

Como avalia a sua mudança de atitude face à lesão e ao saber lidar com ela?

Mudou muitíssimo

Mudou bastante

Mudou pouco

Mudou quase nada

Não mudou

99

Satisfação Global

Quanto ao programa em si, de que forma correspondeu às suas expectativas?

Superou as expectativas

Alcançou a maioria das expectativas

Alcançou metade das expectativas

Alcançou menos de metade das expectativas

Não correspondeu a nenhuma expectativa

Recomendaria a participação neste programa a outras pessoas? Sim__ Não__ Na sua opinião, o que podia melhorar? __________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________

100

O grupo

No grupo que foi criado durante o programa, sentiu-se apoiado pelos seus

membros?

Sim, muito mesmo

Sim, bastante

Sim, razoavelmente

Sim, um pouco

Não, nada mesmo

101

-ANEXO C15-

Questionário de Avaliação dos Conhecimentos

102

Q.A.C.

Instruções: . Por favor, leia cada frase com atenção e faça um círculo na letra que melhor descreve aquilo que pensa sobre cada afirmação.

V- Verdadeiro F- Falso

As lesões significativas afectam só o físico da pessoa V F

Identificar e modificar pensamentos automáticos negativos é impossível V

F

É possível e desejável para o processo de recuperação, gerir emoções

V F

O relaxamento aumenta os estados de ansiedade V F

Na respiração abdominal o importante é fazer força para respirar

V F

As auto-instruções são afirmações que posso utilizar para me motivar a atingir objectivos

V F

O relaxamento muscular não requer treino e os seus resultados são imediatos

V F

Considerar várias soluções possíveis ajuda na resolução dos problemas

V F

A melhor maneira de lidar com o problema é ignorar que ele existe V F

É importante conhecer os pensamentos por detrás das emoções desagradáveis

V F

Existem frases que digo a mim mesmo que podem desmotivar-me

V F

É possível lidar com a perda e reorientar-me para novos objectivos V F

103

A lesão é a “morte do artista” logo não há nada a fazer V F

Quando alguém se lesiona deve saber que o melhor é isolar-se V F

Quando se está lesionado não existem vantagens em ver colegas a dançar ou assistir aos ensaios

F V

É possível diminuir sentimentos desagradáveis através da mudança de pensamento

V F

O que eu penso sobre uma situação é sempre a verdade V F

Imaginar situações agradáveis ou mesmo a recuperação total da lesão ajuda a diminuir a sensação de dor e tensão

V F

A ansiedade só serve para nos sentirmos pior V F

Confiar nas minhas capacidades e daqueles que de mim cuidam é benéfico para a minha recuperação

V F

Acreditar que apesar da lesão ser uma situação difícil é ultrapassável é estar a mentir a mim próprio

V F

Conhecer a minha forma de reagir à lesão é importante para que possa lidar melhor com ela

V F

Relaxar só serve para aqueles que são preguiçosos e que não têm mais nada que fazer

V F

Conhecer e gerir a minha ansiedade pode-me ajudar a diminuir a recidiva de lesões

V F

Distrair é a melhor estratégia para diminuir a preocupação e o medo face às situações

V F

Só tem medo que é fraco V F

104

Se sou bailarino/a não é possível dar-me com outras pessoas que não o sejam

V F

Registar pensamentos é útil pois permite conhecer a forma como penso e gerir melhor as emoções

V F

Senão obtenho resultados imediatos à realização duma técnica psicológica, então é porque estou a fazer tudo mal e a técnica não funciona comigo

V F

Conhecer o modo como reajo às lesões é importante para prevenir más adaptações futuras

V F

A partilha de experiências pessoais face às lesões é importante V F

Fim