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ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE DEZEMBRO 2008 FICHAS TÉCNICAS DOS INDICADORES DA TERCEIRA FASE DO PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO DA SAÚDE SUPLEMENTAR - QUALIFICAÇÃO OPERADORAS, DA AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR – ANS 1- INDICADORES DA DIMENSÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE 1.1- TAXA DE INTERNAÇÃO DE 0 A 5 ANOS POR CAUSAS SELECIONADAS Conceituação Número de internações, por causas definidas, em crianças na faixa etária de 0 a 5 anos, em relação ao total de crianças na faixa etária de 0 a 5 anos com direito a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* Número de internações de 0 a 5 anos de idade por causas selecionadas Total de expostos para internação de 0 a 5 anos de idade x 100 *Observação: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta será ajustada pela metodologia estatística do Bayes Empírico, cuja fórmula simplificada pode ser representada pela seguinte equação: Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de ajuste) + (Taxa média de todas as operadoras) X (1 – Fator de ajuste).

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ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE DEZEMBRO 2008

FICHAS TÉCNICAS DOS INDICADORES DA TERCEIRA FASE DO

PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO DA SAÚDE SUPLEMENTAR -

QUALIFICAÇÃO OPERADORAS, DA AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE

SUPLEMENTAR – ANS

1- INDICADORES DA DIMENSÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE

1.1- TAXA DE INTERNAÇÃO DE 0 A 5 ANOS POR CAUSAS SELECIONADAS

Conceituação

Número de internações, por causas definidas, em crianças na faixa etária de 0 a

5 anos, em relação ao total de crianças na faixa etária de 0 a 5 anos com direito

a internação, na operadora, no período considerado.

Método de Cálculo*

Número de internações de 0 a 5 anos de idade por causas selecionadas

Total de expostos para internação de 0 a 5 anos de idade x 100

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

será ajustada pela metodologia estatística do Bayes Empírico, cuja fórmula

simplificada pode ser representada pela seguinte equação:

Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de

ajuste) + (Taxa média de todas as operadoras) X (1 – Fator de ajuste).

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Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

indicador (número de beneficiários da operadora expostos ao evento ou ao

procedimento).

Definição de termos utilizados no Indicador

Numerador – Número de internações de crianças na faixa etária de 0 a 5 anos

de idade completos (5 anos, 11 meses e 29 dias) cujo código do diagnóstico

principal, registrado na alta hospitalar, está contido nos grupos de diagnóstico

A00 a A09 do Capítulo I (Algumas doenças infecciosas e parasitárias); E40 a E63

e E86 do Capítulo IV (Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas); J00 a

J22, J45 e J46 do Capítulo X (Doenças do aparelho respiratório) da CID-10.

Denominador – Número total de crianças de 0 a 5 anos completos de idade (5

anos, 11 meses e 29 dias) com direito a serem internadas.

Interpretação do Indicador

Mede a participação relativa dos grupos de causas de internação no total de

internações com causa definida.

A distribuição dos grupos de causas pode sugerir associações com fatores

contribuintes ou determinantes das doenças. Por exemplo: proporções elevadas

de internações por doenças infecciosas e parasitárias refletem, em geral, baixas

condições socioeconômicas e sanitárias.

Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações de saúde em todos

os níveis de atenção (educação e saúde, promoção e prevenção, diagnóstico

precoce e tratamento) para saúde infantil.

Usos

Contribuir para a análise da situação epidemiológica e dos níveis de saúde da

população beneficiária, identificando questões críticas a serem melhor

investigadas.

Contribuir para a avaliação das condições de prestação de serviços de saúde e

subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação da assistência visando a

adoção de medidas para melhorar a qualidade da atenção básica à saúde nessa

faixa etária.

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Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

As doenças diarréicas e respiratórias persistem como graves problemas para a

criança e quando associadas à desnutrição colocam em risco a sua vida.

As doenças respiratórias são o primeiro motivo de consulta em ambulatórios e

serviços de urgência, o que demanda capacitação das equipes de saúde para

uma atenção qualificada, com continuidade, da assistência até a resolução

completa dos problemas, evitando-se internação hospitalar desnecessária e

finalmente a morte por esse motivo.

A pneumonia é uma das principais doenças da infância e a segunda causa de

morte em menores de 1 ano.

A asma e sua associação com a alergia e pneumonia merecem atenção especial,

seja por se tratar de uma das principais causas de internação e procura em

serviços de urgência, seja pela interferência na qualidade de vida da criança.

As parasitoses intestinais seguem com prevalência significativa na infância,

interferindo no desenvolvimento adequado da criança, o que demanda,

conjuntamente com a doença diarréica, ações intersetoriais integradas e

promotoras de acesso à água tratada e esgotamento sanitário, além de

tratamento adequado.

Meta

Atingir um valor situado no intervalo entre a taxa do setor e 70% da taxa do

setor.

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Pontuação

Resultado obtido pela operadora Pontuação

Nº de internações por causas

selecionadas em crianças de 0 a 5

anos

Valor de 0 a 1 Peso 2

S/ Informação ou resultado >= taxa do

setor*2,0 ou <= taxa do setor*0,2. 0 2

Resultado > taxa do setor*0,2 e < taxa do

setor*0,7. V1 (>0 e <1) V1 x 2

Resultado > taxa do setor e < taxa do

setor*2,0. V2 (>0 e <1) V2 x 2

Resultado <= taxa do setor e >= taxa do

setor*0,7. 1 2

V1= (Resultado da operadora – taxa do setor*0,2)/(taxa do setor*0,7 – taxa do

setor*0,2)

V2= 1 – (Resultado da operadora - taxa do setor)/(taxa do setor*2,0 – taxa do setor)

Taxa do setor = (Soma das internações de 0 a 5 anos de toda as operadoras / Soma de

expostos de 0 a 5 anos de todas as operadoras) x 100

Fonte de dados

Numerador: Item 1.1.5 (Quantidade) do Anexo IV - Sistema de Informações de

Produtos (SIP)

Denominador: Item 1.1.5 (Expostos) do Anexo IV - Sistema de Informações de

Produtos (SIP)

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Garantir o acesso e melhorar a qualidade da assistência à saúde nessa faixa

etária.

Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da

população beneficiária.

Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

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Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da prevenção e

qualificação da assistência.

Limitações e vieses do indicador

O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de um

mesmo paciente, pela mesma causa, no período analisado.

O sistema de informação utilizado pode não detectar inconsistências na

classificação de morbidade informada.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo

de regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agenda de Compromissos para a Saúde

Integral da Criança e Redução da Mortalidade Infantil. Série A. Normas e

Manuais Técnicos. Brasília: 2005.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística

Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a edição.

São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para

classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997.

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1.2- TAXA DE CITOLOGIA ONCÓTICA DE COLO DE ÚTERO

Conceituação

Número de exames citopatológicos de colo de útero realizados pela primeira vez

em beneficiárias na faixa etária de 25 a 59 anos em relação ao total de expostas

da operadora, na faixa etária de 25 a 59 anos, no ano considerado.

Método de cálculo

Nº de exames citopatológicos de 1ª vez expostas de 25 a 59 anos

Nº de expostas de 25 a 59 anos x 100

Definição de termos utilizados no indicador

Numerador - Exame colpocitopatológico de colo do útero de 1ª vez é o exame

Papanicolau realizado pela 1ª vez no ano, desconsiderando os exames repetidos

na mesma beneficiária, na faixa etária de 25 a 59 anos completos de idade. É o

colpocitopatológico de esfregaço de material do colo uterino para identificação de

células atípicas.

Denominador - Número de expostas para exame colpocitopatológico de colo de

útero de 1ª vez (25 a 59 anos) é o número total de mulheres com direito a

realizar o exame colpocitopatológico de colo de útero de 25 a 59 anos completos

de idade.

Interpretação do indicador

É um indicador de captação anual que permite a obtenção de cobertura do

exame Papanicolaou, ou seja, estima a freqüência relativa da população

beneficiária que está realizando o exame em relação ao total que deveria realizá-

lo anualmente.

O indicador permite avaliar o alcance da mobilização da população beneficiária em

relação ao rastreamento citopatológico num determinado período de tempo.

Taxas reduzidas podem refletir dificuldade de sensibilização para o rastreamento

do câncer de colo de útero por parte da operadora sobre profissionais de saúde e

beneficiárias, ou por dificuldades de acesso ao serviço.

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Usos

Estimar a cobertura deste procedimento para detecção precoce do câncer de colo

de útero.

Analisar a evolução da cobertura do exame, por operadora, identificando

tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de

estudos especiais.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Segundo o Consenso do Seminário Interno de Prevenção e Controle do Câncer -

INCA (MS), publicado nas Normas e Recomendações do INCA baseado nas

recomendações do National Cancer Institute (www.cancer.gov), Canadian Task

Force, U.S. Task Force e American Cancer Society o exame deve ser oferecido

para mulheres com atividade sexual (MS, 2002). Entretanto, para garantir

comparação com outros dados obtidos do programa nacional, utilizaremos a

faixa etária de 25 a 59 anos.

Programas de rastreamento, realizados com 1 exame citopatológico a cada 3

anos entre mulheres de 30 a 50 anos e a cada 6 anos entre 30 e 72 anos,

apresentaram redução de 1/3 na taxa de mortalidade por câncer de colo de útero

(MS, 2000).

Considera-se grupo de risco todas as mulheres com vida sexual, na faixa etária

de 25 a 59 anos.

Mulheres em grupo de alto risco em função de serem HIV positivas ou

imunodeprimidas devem realizar o rastreamento anualmente (MS, 2002).

A periodicidade de rastreamento recomendada é um exame citopatológico a cada 3

anos, após 2 exames negativos em dois anos consecutivos, a partir do primeiro

exame, para 80% das mulheres sob risco e o rastreamento anual (01 exame

citopatológico) para 100% das beneficiárias dos grupos de alto risco (MS, 2002).

Segundo a Organização Mundial de Saúde, os níveis de cobertura adequados

para controle do câncer do colo de útero devem ser superiores a 80% na

população alvo, em um determinado período de tempo (OMS, 2002).

A faixa etária de 25 a 59 anos é definida como prioritária para programas de

rastreamento populacional. A definição de faixa etária de risco não impede a

realização de exame citopatológico do colo do útero fora da faixa etária

estabelecida pelo indicador.

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Meta

A meta anual é de 28% de exames de citologia oncótica de primeira vez nas

mulheres na faixa etária de 25 a 59 anos (Realização de exame de citologia

oncótica em 80% das mulheres nessa faixa etária, no período de três anos).

Pontuação

Os valores para pontuação estabelecidos para este indicador foram obtidos a

partir das diretrizes da política nacional de controle do câncer.

Resultado obtido pela operadora Pontuação

Nº de exames de citologia oncótica em

cada 100 expostas de 50 a 69 anos Valor de 0 a 1 Peso 3

S/ Informação ou resultado = 0 0 0

Resultado >0 e < 28 v (>0 e <1) v x 3

Resultado > ou = 28 1 3

V= (Resultado >0 e < 28) /28

Fonte de dados

Numerador: Anexo IV - Sistema de Informações de Produtos (SIP)

Denominador: Anexo IV - Sistema de Informações de Produtos (SIP)

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Capacitar os profissionais de saúde no sentido de assegurar o exame citológico

(Papanicolaou) durante a consulta ginecológica, seguindo protocolo previamente

definido pelo Ministério da Saúde.

Incentivar a divulgação de informações a respeito do câncer de colo uterino e sua

ocorrência nas diversas faixas etárias da população feminina, dos fatores de risco -

como a infecção por HPV -, garantindo orientação adequada quanto à forma de

prevenção desta doença às mulheres atendidas nos serviços de saúde.

Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de

prevenção e qualificação da assistência.

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Construir sistema de informações que permita a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da

população beneficiária.

Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

Para as operadoras que não conseguem identificar seus beneficiários de acordo

com os critérios estabelecidos pelo indicador, a expectativa é que organizem o

seu sistema de informação.

Limitações e vieses

O número de expostas, no período sob análise, pode ser influenciado pelo tempo

de “exposição”, ou seja, do período de tempo em que aquela beneficiária tem o

direito de usufruir aquele procedimento naquela operadora em questão,

considerando a possibilidade da influência de outros fatores sobre o tempo de

exposição.

A utilização do número de procedimentos de 1ª vez como numerador no cálculo

deste indicador, em lugar de utilizar o número de expostas que realizaram o

exame, visa reduzir a possibilidade de superestimação do mesmo, o que

ocorreria com a inclusão de beneficiárias que realizaram mais de um exame num

mesmo período.

A utilização do número de procedimentos de primeira vez como numerador na

fórmula deste indicador permite identificar a quantidade de mulheres, conferindo

maior fidedignidade aos resultados.

Considerando as informações mencionadas anteriormente acerca do uso deste

indicador e que este serve para estimar a freqüência de utilização deste

procedimento, o mesmo não deve ser utilizado como único instrumento de

avaliação da qualidade da assistência prestada por uma determinada operadora.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Normas e

Recomendações do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Revista Bras. de

Cancerologia, V. 48, n. 3, p. 317 - 32. 2002.

Page 10: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Programa Nacional de

Prevenção do Câncer. Falando sobre câncer de colo de útero. 2000.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Programa Nacional

de Controle do Câncer do Colo de Útero – Viva Mulher.

IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio. Acesso e Utilização de

Serviços de Saúde 2003. Rio de janeiro 2005

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. National Cancer Control Programs,

Policies and managerial guidelines. 2nd Edition. Genebra: 2002.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde no

Brasil: conceitos e aplicações. Rede Interagencial de Informações para a Saúde -

Ripsa - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.

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1.3- TAXA DE MAMOGRAFIA

Conceituação

Número de mamografias realizadas pela 1ª vez em beneficiárias na faixa etária

de 50 a 69 anos em relação ao total de beneficiárias expostas, na faixa etária de

50 a 69 anos, no ano considerado.

Método de cálculo

Mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos que realizaram

exames de mamografia

Nº de mulheres expostas para o exame de mamografia na faixa etária

de 50 a 69 anos

x 100

Definição de termos utilizados no indicador

Numerador – Número de mulheres que realizaram exame de mamografia pela

1ª vez no ano, desconsiderando os exames repetidos na mesma beneficiária, na

faixa etária de 50 a 69 anos completos de idade. É o exame radiológico para a

detecção de alterações do tecido mamário que serve ao rastreamento do câncer

de mama.

Denominador – Número total de mulheres com direito a realizar o exame de

mamografia, de 50 a 69 anos completos de idade.

Interpretação do indicador

É um indicador de cobertura que estima a proporção de mulheres que realizaram

exame mamográfico na população beneficiária.

O indicador permite avaliar indiretamente o alcance da mobilização da população

beneficiária em relação ao rastreamento da doença num determinado período de

tempo.

Taxas reduzidas podem refletir dificuldade de sensibilização e captação da

população beneficiária para o rastreamento de câncer de mama ou dificuldades

de acesso ao serviço.

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Usos

Avaliar a cobertura deste procedimento para detecção do câncer de mama.

Analisar a evolução da cobertura do exame, por operadora, identificando

tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de

estudos especiais.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

A sensibilidade da mamografia para detecção do câncer de mama varia entre

46% e 88% e é dependente dos seguintes fatores: tamanho e localização da

lesão, densidade do tecido mamário, idade da paciente, qualidade do exame e

habilidade de interpretação do radiologista (MS, 2002)

Mulheres de alto risco para câncer de mama são aquelas que:

� têm um ou mais parentes de 1º grau (mãe, irmã ou filha) com câncer de

mama antes de 50 anos;

� têm um ou mais parentes de 1º grau (mãe, irmã, ou filha) com câncer de

mama bilateral ou câncer de ovário;

� apresentam história familiar de câncer de mama masculina;

� apresentam lesão mamária proliferativa com atipia comprovada em biópsia.

Mulheres com risco elevado de câncer de mama devem ser submetidas à

mamografia, anualmente, a partir dos 35 anos de idade (MS, 2004).

Recomenda-se realizar uma mamografia, pelo menos a cada 2 anos, em

mulheres de 50 a 69 anos de idade (MS, 2004).

Ensaios clínicos sugerem redução de 15% na mortalidade por câncer de mama

em mulheres de 50 a 69 anos, rastreada pela mamografia combinada com

exame clínico (MS, 2002).

A faixa etária de 50 a 69 anos é definida como prioritária para programas

organizados de rastreamento populacional, para esse exame. A definição de faixa

etária de risco não impede a realização de mamografia fora da faixa etária

estabelecida pelo indicador.

Meta

Realização de exame mamográfico em 60% das mulheres na faixa etária de 50 a

69 anos.

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Pontuação

Os valores para pontuação estabelecidos para este indicador foram obtidos a

partir das diretrizes da política nacional de controle do câncer.

Resultado obtido pela operadora Pontuação

Número de exames em cada 100

expostas de 50 a 69 anos Valor de 0 a 1 Peso 3

S/ Informação ou resultado = 0 0 0

Resultado >0 e < 60 v (>0 e <1) v x 3

Resultado >= 60 1 3

V= (Resultado > 0 e < 60 %) / 60

Fonte de dados

Numerador: Item 2.1.2 (nº de expostos) do Anexo IV - Sistema de Informações

de Produtos (SIP)

Denominador: Itens 2.1.2 (quantidade) do Anexo IV - Sistema de Informações

de Produtos (SIP)

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Incentivar o exame mamográfico para rastreamento do câncer de mama em

mulheres de 50 a 69 anos e na população de risco elevado.

Incentivar o exame clínico de mamas em todas as consultas ginecológicas, pelo

menos uma vez ao ano, em especial na população nas faixas etárias de risco

para a doença.

Incentivar a divulgação de informações a respeito do câncer de mama e sua

ocorrência nas diversas faixas etárias da população feminina dos fatores de risco

– história familiar, obesidade, fumo, exposição à radiação ionizante,

nuliparidade, etc. - garantindo às mulheres atendidas uma orientação adequada

quanto à forma de prevenção desta doença.

Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de

prevenção e qualificação da assistência.

Page 14: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Construir sistema de informações que permita a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da

população beneficiária.

Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

Para as operadoras que não conseguem identificar seus beneficiários de acordo

com os critérios estabelecidos pelo indicador, a expectativa é que organizem o

seu sistema de informação.

Limitações e vieses

O número de expostas, no período sob análise, pode ser influenciado pelo tempo

de “exposição”, ou seja, do período de tempo que aquela beneficiária tem o

direito de usufruir aquele procedimento naquela operadora em questão,

considerando a possibilidade da influência de outros fatores sobre o tempo de

exposição.

A utilização do número de expostas que realizaram o exame em lugar de utilizar

o número procedimentos como numerador no cálculo deste indicador visa

conferir maior fidedignidade ao resultado. Ou seja, é uma medida de avaliação

da freqüência relativa da população beneficiária que está realizando o exame.

Destarte, o mesmo não deve ser utilizado como único instrumento de avaliação

da qualidade da assistência prestada por uma determinada operadora.

Referências

ALBERTA MEDICAL ASSOCIATION – Canadian Guideline for The Early

Detection of Breast Cancer. Reviewed, 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Consenso para o

Controle do Câncer de Mama. 2004. 39 pp.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Normas e

Recomendações do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Revista Bras. de

Cancerologia, V. 48, n. 3, p. 317 - 32. 2002.

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA; SOCIEDADE

BRASILEIRA DE MASTOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA;

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CANCEROLOGIA. Projeto Diretrizes. 2002.

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IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio. Acesso e Utilização de

Serviços de Saúde 2003. Rio de janeiro 2005.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde

no Brasil: conceitos e aplicações / Rede Interagencial de Informações para a

Saúde - RIPSA - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.

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1.4- PROPORÇÃO DE PARTO CESÁREO

Conceituação

Percentual de partos cesáreos realizados em beneficiárias, de uma operadora, no

ano considerado.

Método de Cálculo

Número de partos cesáreos

Total de partos (normais + cesáreos) x 100

Definição de termos utilizados no Indicador

Numerador: Parto cesáreo é o procedimento cirúrgico no qual o concepto é

extraído mediante incisão das paredes abdominal e uterina.

Denominador: Parto normal é o procedimento no qual o concepto nasce por via

vaginal.

Interpretação do Indicador

Mede a ocorrência de partos cesáreos em relação ao total de partos realizados

em uma determinada operadora no período considerado.

Permite avaliar a qualidade da assistência prestada, uma vez que o aumento

excessivo de partos cesáreos, acima do padrão de 15% definido pela

Organização Mundial de Saúde - OMS, pode refletir um acompanhamento pré-

natal inadequado e/ou indicações equivocadas do parto cirúrgico em detrimento

do parto normal.Em geral, entre 70 e 80% de todas as gestantes podem ser

consideradas de baixo risco no início do trabalho de parto (OMS, 1996).

Usos

Avaliar, indiretamente, o acesso e a qualidade da assistência pré-natal e ao

parto, supondo que uma boa assistência diminua o valor do indicador.

Analisar as variações do indicador, por operadora, identificando tendências e

situações de desigualdade que possam demandar a realização de estudos

especiais.

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Subsidiar a elaboração e avaliação de políticas e ações de saúde voltadas para a

atenção materno-infantil e a assistência médico-hospitalar prestada aos

beneficiários de planos de saúde.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

A OMS preconiza que o total de partos cesáreos em relação ao número total de

partos realizados em um serviço de saúde seja de até 15%. Esta determinação

está fundamentada no conhecimento empírico de que apenas 15% do total de

partos apresentam indicação precisa de cesariana, ou seja, existe uma situação

real onde é fundamental para preservação da saúde materna e/ou fetal que

aquele procedimento seja realizado cirurgicamente e não por via natural (OMS,

1996).

A cesariana é um procedimento cirúrgico com indicações bem estabelecidas, o

que não justifica o seu aumento alarmante. Assumindo que as cesarianas que

ultrapassam a taxa recomendada pela OMS não teriam indicação médica,

milhões de cirurgias não justificadas estariam sendo realizadas anualmente,

trazendo risco para a mãe e, principalmente, para o recém-nascido.

Entre os potenciais riscos associados à cesariana, particularmente a cirurgia

eletiva, está o nascimento prematuro. A prematuridade é reconhecida como um

dos principais determinantes da morbimortalidade infantil, mesmo entre aqueles

recém-natos quase a termo.

Embora os nascimentos pré-termo espontâneos, sem complicações maternas,

respondam por 60% dos casos de prematuridade, a indução do trabalho de parto

e a cesárea eletiva vêm respondendo por parcelas crescentes dos casos de

partos prematuros, apresentando um crescimento importante nos últimos 20

anos.

Além da prematuridade limítrofe, alguns autores têm apontado para o maior

risco de morbidade respiratória em crianças nascidas a termo por cesárea

eletiva. Fetos com 37 a 38 semanas de gestação, quando comparados a fetos de

39 a 40 semanas, possuem 120 vezes mais chances de necessitarem suporte

ventilatório. Assim, o nascimento antes de 39 semanas deve ser realizado

somente por fortes razões médicas.

As normas nacionais estabelecem limites percentuais, por estado, para a

realização de partos cesáreos, bem como critérios progressivos para o alcance do

valor máximo de 25% para todos os estados brasileiros (Portaria Técnica/GM no.

Page 18: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

466 de 14 de maio de 2000). Percentuais elevados podem significar, entre outros

fatores, a concentração de partos considerados de alto risco, em municípios onde

existem unidades de referência para a assistência ao parto.

A proporção de partos cesáreos pagos pelo SUS passou de 23,92 em 2000 para

31,68, em 2007.

Proporção de partos cesáreos pagos pelo SUS (Brasil – 2000 a 2007)

Ano Indicador

2000 23,92

2001 25,06

2002 25,19

2003 26,41

2004 27,53

2005 28,61

2006 30,14

2007 31,68

Fonte: DATASUS

A análise deste indicador evidenciou que a parto cirúrgico predomina no mercado

privado de planos de saúde no Brasil. Foram identificadas altas taxas de

cesariana, variando de 64,30% em 2003 a 80,72% em 2006, valores muito

acima dos 15% recomendados pela OMS. O impacto negativo desta taxa, nos

dados nacionais, é expressivo, pois a proporção de cesarianas no Setor de Saúde

Suplementar é cerca de três vezes maior que a proporção encontrada no SUS e

duas vezes maior que a média nacional.

Comparada às taxas mundiais, observa-se que os valores do setor suplementar

são os mais elevados: nos países que compõem a OECD (Organization for

Economic Cooperation and Development), a variação nas taxas de cesarianas foi

desde taxas baixas de 14-18% na Holanda, República Tcheca, Eslováquia,

Noruega e Suécia, até taxas consideradas muito altas como as encontradas na

Coréia, Itália e México (39 a 33%). As taxas também foram muito mais altas que

a média nos Estados Unidos, Portugal e Austrália (variando de 26 a 30%).

Page 19: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Meta

A meta é atingir um máximo de 32% de partos cesáreos.

Pontuação

Resultado obtido pela operadora Pontuação

% de partos cesáreos Valor de 0 a 1 Peso 3

S/ Informação ou resultado = 100% 0 0

Resultado > 32% e < 100 % v (>0 e <1) v x 3

Resultado < ou = 32% 1 3

V= 1 – (((Resultado > 32% e <= 100 %) – 32) /68)

Fonte de dados

Numerador: Item 2.2.2 do Anexo IV - Sistema de Informações de Produtos

(SIP).

Denominador: Itens 2.2.1 e 2.2.2 do Anexo IV - Sistema de Informações de

Produtos (SIP).

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Incentivar o acompanhamento ao pré-natal a fim de reduzir as indicações de

cirurgia decorrentes de condições clínicas, de forma que o parto cirúrgico seja

realizado somente sob indicações precisas.

Incentivar a disseminação de informações a respeito das vantagens do parto

normal em comparação com o parto cesáreo e dos riscos da realização do parto

cesáreo na ausência de indicações precisas.

Implantar um sistema de informações sobre indicações de cesáreas a fim de

supervisionar a adequabilidade das indicações.

Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de

qualificação da assistência materno neonatal.

Criar campanhas de informação sobre os tipos de parto, seus benefícios e riscos,

procurando motivar a realização do parto normal sempre que indicado.

Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

Page 20: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Limitações e Vieses

Os dados são coletados por período de competência contábil, ou seja, mês e ano

em que a operadora recebe a cobrança do evento, o que nem sempre equivale à

data de sua ocorrência.

As variações geográficas desse indicador só se aplicam para o SUS onde é

possível relacionar o tipo de parto ao local de residência da parturiente.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Programa de Qualificação da Saúde Suplementar. Rio de Janeiro: ANS,

2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de

Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal

e Puerpério: atenção qualificada e humanizada - manual

técnico/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,

Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Brasília: Ministério

da Saúde, 2005. 158 p.

BRASIL. Ministério da Saúde/DATASUS, Sistema de Informações Hospitalares,

disponível em http//www.datasus.gov.br, acessado em abril de 2007.

ORGANIZATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT. Health at

a Glance: OECD Indicators 2005. OECD, Paris, 2005.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Assistência ao parto normal: um guia

prático. Genebra. 1996.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Assistência ao parto normal: um guia

prático. Genebra: 1996.

Page 21: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

1.5- PROPORÇÃO DE MULHERES SUBMETIDAS A PROCEDIMENTOS

SELECIONADOS DE NEOPLASIA DE MAMA

Conceituação

Percentual de mulheres com câncer de mama internadas para a realização de

procedimentos selecionados, em relação ao número total de mulheres com

câncer de mama internadas, no ano considerado.

Método de cálculo*

Número de mulheres com câncer de mama submetidas a

procedimentos selecionados

Número de mulheres internadas por câncer de mama

x 100

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

será ajustada pela metodologia estatística do Bayes Empírico, cuja fórmula

simplificada pode ser representada pela seguinte equação:

Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de

ajuste) + (Taxa média de todas as operadoras) X (1 – Fator de ajuste).

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

indicador (número de beneficiários da operadora expostos ao evento ou ao

procedimento).

Definição de termos utilizados no indicador

Numerador – Número de mulheres que realizaram pela 1ª vez no ano um dos

procedimentos selecionados: Quadrantectomia ou Mastectomia simples ou

Mastectomia radical ou Mastectomia radical modificada (com ou sem

Linfadenectomia Axilar) para tratamento de câncer de mama, cuja definição

compreende os grupos de diagnóstico C50 e D05 do Capítulo II (Neoplasias) da

CID – 10, desconsiderando os procedimentos repetidos na mesma beneficiária.

Page 22: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Denominador – Número de mulheres com internações em qualquer clínica pela

1ª vez no ano, desconsiderando as internações repetidas para a mesma

beneficiária, cujo código do diagnóstico principal, registrado na alta hospitalar,

está contido nos grupos de diagnóstico C50 e D05 do capítulo II (Neoplasias) da

CID-10.

Interpretação do indicador

Esse indicador permite avaliar o quanto das internações por neoplasia maligna de

mama foram motivadas para a realização dos procedimentos selecionados que

são indicados como possibilidade de tratamento dessa patologia.

De forma indireta, esse indicador infere o quanto a doença está sendo

diagnosticada e tratada oportunamente.

Permite medir a participação relativa das internações por neoplasia maligna de

mama em relação à população exposta da operadora no ano considerado.

Esse indicador avalia, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de

prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento e educação para a saúde)

de neoplasia maligna de mama.

A distribuição das causas de internação – no caso, a neoplasia maligna de mama

– reflete a demanda ambulatorial e hospitalar que, por sua vez, é condicionada

pela oferta de serviços da operadora.

Usos

Identificar os casos de câncer de mama na população beneficiária e orientar a

adoção de medidas de controle.

Analisar a evolução, por operadora, das internações hospitalares de neoplasia

maligna de mama, identificando situações de desequilíbrio que possam merecer

atenção especial.

Contribuir na realização de análises comparativas da concentração de recursos

médico-hospitalares disponíveis para tratamento da neoplasia maligna de mama,

para a população beneficiária da operadora.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

As neoplasias corresponderam a 4% das causas de internações hospitalares na

população feminina no Brasil, entre 1998 e 2003 A neoplasia maligna de mama

Page 23: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

correspondeu à terceira causa de internação (10%) por neoplasia na população

feminina, no mesmo período.

A estimativa de incidência da neoplasia maligna de mama no Brasil, em 2003, foi

de 46,35/100.000 mulheres.

Não foi publicada estimativa para o ano de 2004.

A estimativa de incidência da neoplasia maligna de mama no Brasil, em 2005, foi

de 53/100.000 mulheres.

A estimativa de incidência da neoplasia maligna de mama no Brasil, em 2006, foi

de 52/100.000 mulheres.

Conforme descrito no National Cancer Control Programmes – Policies and

managerial guidelines – espera-se que:

� das beneficiárias (população feminina) com suspeita de doença de mama,

mais de 70% recebam tratamento de acordo com protocolo nacional e/ou

internacional estabelecido para a doença; e

� das beneficiárias (população feminina) com diagnóstico de neoplasia de

mama, mais de 20% recebam tratamento para a doença de acordo com o

estadiamento.

A taxa de internação hospitalar por neoplasia maligna de mama, no Brasil, no

SUS, no período entre 2000 e 2006, variou de 2,71 a 3,45 por 10.000 mulheres.

Meta

A meta das internações por neoplasia de mama para procedimentos específicos

deve corresponder a 60% dos casos das internações por esta patologia.

Page 24: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Pontuação

Resultado obtido pela operadora Pontuação

% Mulheres com CA de Mama submetidas

a procedimentos selecionados entre todas

internadas com CA de Mama

Valor de 0 a 1 Peso 0,25

S/ Informação ou resultado = 0 0 0

Resultado > 0 e < 60 % v (>0 e <1) v x 0,25

Resultado = ou > 60 % 1 0,25

V= (Resultado > 0 e < 60 %) / 60

Fonte de dados

Numerador: Item 2.2.5.1 (Mulheres com câncer de mama submetidas a

procedimentos selecionados) do Anexo IV – Sistema de Informações de

Produtos.

Denominador: Item 2.2.5 (Mulheres internadas por câncer de mama) do Anexo

IV – Sistema de Informações de Produtos.

Ações esperadas para causar impacto positivo no indicador

Acompanhamento sistemático dos casos identificados, no sentido de controle da

doença e aumento da sobrevida dos beneficiários.

Pactuação e sensibilização dos prestadores sobre a importância do processo de

prevenção e qualificação da assistência.

Divulgação dos indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

Constituição de sistema de informações que permita a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da

população beneficiária.

Page 25: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Limitações e vieses do indicador

Tendo em vista que a causa da internação nem sempre é corretamente

registrada, a informação a respeito das causas de morbidade pode ser

mascarada pela presença de co-morbidades.

O indicador deve ser analisado em função da faixa etária da população feminina.

Esse indicador é construído a partir dos dados informados pelo SIP, que tem

envio trimestral. A operadora deverá estar atenta para computar a 1ª internação

da mulher relacionada ao câncer de mama.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de

Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília,

2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/mrmap.htm.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Câncer no Brasil:

Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativas de

incidência e mortalidade de câncer no Brasil. 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Consenso para o

Controle do Câncer de Mama. 2004. 39 pp.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística

Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a edição.

São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para

classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. National Cancer Control Programs,

Policies and managerial guidelines. 2nd Edition. Genebra: 2002.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde

no Brasil: conceitos e aplicações / Rede Interagencial de Informações para a

Saúde - Ripsa - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.

Page 26: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

1.6- PROPORÇÃO DE MULHERES SUBMETIDAS A PROCEDIMENTOS

SELECIONADOS DE NEOPLASIA DE COLO DE ÚTERO

Conceituação

Percentual de mulheres com câncer de colo de útero internadas para a realização

de procedimentos selecionados, em relação ao número total de mulheres com

câncer de colo de útero internadas, no ano considerado.

Método de cálculo*

Número de mulheres com câncer de colo de útero submetidas a

procedimentos selecionados

Número de mulheres internadas por câncer de colo de útero

x 100

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

será ajustada pela metodologia estatística do Bayes Empírico, cuja fórmula

simplificada pode ser representada pela seguinte equação:

Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de

ajuste) + (Taxa média de todas as operadoras) X (1 – Fator de ajuste).

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

indicador (número de beneficiários da operadora expostos ao evento ou ao

procedimento).

Definição de termos utilizados no indicador

Numerador – Número de mulheres que realizaram pela 1ª vez no ano um dos

procedimentos selecionados: histerectomia total (via alta ou baixa),

Histerectomia total ampliada (via alta ou baixa), Histerectomia total com

anexectomia uni ou bilateral (via alta ou baixa) e Traquelectomia (via alta ou

baixa) para tratamento de câncer de colo de útero, cuja definição compreende os

grupos de diagnóstico C53 e D06 do Capítulo II (Neoplasias) da CIC – 10,

desconsiderando os procedimentos repetidos na mesma beneficiária.

Page 27: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Denominador – Número de mulheres com internações em qualquer clínica pela

1ª vez no ano, desconsiderando as internações repetidas para a mesma

beneficiária, cujo diagnóstico principal, registrado na alta hospitalar, está contido

nos grupos de diagnóstico C53 e D06 do Capítulo II (Neoplasias) da CID – 10.

Interpretação do indicador

Esse indicador permite avaliar o quanto das internações por neoplasia maligna de

colo de útero foram motivadas para a realização dos procedimentos selecionados

que são indicados como possibilidade de tratamento dessa patologia.

De forma indireta, esse indicador infere o quanto a doença está sendo

diagnosticada e tratada oportunamente.

O denominador conterá os procedimentos do numerador e outros, considerando as

mulheres internadas com a doença.

Quanto maior o denominador em relação ao numerador maior o volume de

procedimentos realizados para tratamento de doença avançada e complicações.

Esse indicador avalia, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de

prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento e educação para a saúde)

de neoplasia maligna de colo de útero.

A distribuição das causas de internação – no caso, a neoplasia maligna de colo

de útero – reflete uma demanda ambulatorial e hospitalar que, por sua vez, é

condicionada pela oferta de serviços pela operadora.

Usos

Identificar os casos na população beneficiária e orientar a adoção de medidas de

controle.

Analisar a evolução, por operadora, das internações hospitalares de neoplasia

maligna de colo de útero, identificando situações de desequilíbrio que possam

merecer atenção especial.

Contribuir na realização de análises comparativas da concentração de recursos

médico-hospitalares disponíveis para tratamento da neoplasia maligna de colo de

útero, para a população beneficiária da operadora.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

As neoplasias corresponderam a 4% das causas de internações hospitalares na

população feminina no Brasil, entre 1998 e 2003. A neoplasia maligna de colo de

Page 28: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

útero correspondeu à quarta causa de internação (9%) por neoplasia na

população feminina, no mesmo período.

A estimativa de incidência de neoplasia maligna de colo de útero, no Brasil, em

2003, foi de 18,32/100.000 mulheres.

Não foi publicada estimativa para o ano de 2004.

A estimativa de incidência de neoplasia maligna de colo de útero, no Brasil, em

2005, foi de 22/100.000 mulheres.

A estimativa de incidência de neoplasia maligna de colo de útero, no Brasil, em

2006, foi de 20/100.000 mulheres.

Conforme descrito no National Cancer Control Programmes – Policies and

managerial guidelines –espera-se que:

� das beneficiárias (população feminina) com suspeita de doença de colo de

útero, mais de 70% recebam tratamento de acordo com protocolo

nacional e/ou internacional estabelecido para a doença; e

� das beneficiárias (população feminina) com diagnóstico de neoplasia de

colo de útero, mais de 20% recebam tratamento de acordo com o

estadiamento da doença.

A taxa de internação hospitalar por neoplasia maligna de colo de

útero, no Brasil, no SUS, no período entre 2000 e 2006 variou de 2,67

e 2,87 por 10.000 mulheres.

Meta

A meta das internações por neoplasia de colo de útero para procedimentos

específicos deve corresponder a 60% dos casos das internações por esta

patologia.

Page 29: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Pontuação

Resultado obtido pela operadora Pontuação

% Mulheres com CA Colo de Útero

submetidas a procedimentos selecionados

entre todas internadas com CA de Colo de

Útero

Valor de 0 a 1 Peso 0,25

S/ Informação ou resultado = 0 0 0

Resultado > 0 e < 60 % v (>0 e <1) v x 0,25

Resultado = ou > 60 % 1 0,25

V= (Resultado > 0 e < 60 %) / 60

Fonte

Numerador: Item 2.2.6.1 (Mulheres com câncer de colo de útero submetidas a

procedimentos selecionados) do Anexo IV – Sistema de Informações de

Produtos.

Denominador: Item 2.2.6 (Mulheres internadas por câncer de colo de útero) do

Anexo IV – Sistema de Informações de Produtos.

Ações esperadas para causar impacto positivo no indicador

Acompanhamento sistemático dos casos identificados, no sentido de controle da

doença e aumento da sobrevida dos beneficiários.

Pactuação e sensibilização dos prestadores sobre a importância do processo de

prevenção e qualificação da assistência.

Divulgação dos indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

Constituição de sistema de informações que permita a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da

população beneficiária.

Page 30: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Limitações e vieses do indicador

Tendo em vista que a causa da internação nem sempre é corretamente

registrada, a informação a respeito das causas de morbidade pode ser

mascarada pela presença de co-morbidades.

O indicador deve ser analisado em função da faixa etária da população feminina.

Esse indicador é construído a partir dos dados informados pelo SIP, que tem

envio trimestral. A operadora deverá estar atenta para computar a 1ª internação

da mulher relacionada ao câncer de colo de útero.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de

Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília,

2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Câncer no Brasil:

Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativas de

incidência e mortalidade de câncer no Brasil. 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Normas e

Recomendações do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Revista Bras. de

Cancerologia, V. 48, n. 3, p. 317 - 32. 2002.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística

Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a edição. São

Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para classificação de

Doenças em Português. EDUSP. 1997.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. National Cancer Control Programs, Policies

and managerial guidelines. 2nd Edition. Genebra: 2002.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde no

Brasil: conceitos e aplicações / Rede Interagencial de Informações para a Saúde

- Ripsa - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.

Page 31: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

1.7- TAXA DE INTERNAÇÃO POR DIABETES MELLITUS

Conceituação

Número de internações por Diabetes Mellitus, em relação ao total de expostos

para internação da operadora, no ano considerado.

Método de cálculo*

Nº de internações por Diabetes Mellitus

Total de expostos para internação e outros atendimentos

hospitalares

x 10.000

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

será ajustada pela metodologia estatística da Padronização Indireta por Faixa

Etária e Sexo e pelo Bayes Empírico, cuja fórmula simplificada pode ser

representada pela seguinte equação:

Taxa padronizada e estimada ou resultado padronizado e ajustado do

indicador = (RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico) X (Taxa da

população de referência).

RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico = (RIE da operadora sem

ajuste X Fator de ajuste) + (RIE média de todas as operadoras) X (1 – Fator de

ajuste).

RIE = Razão Informados Esperados = (Número de eventos informados pela

operadora) / (Número de eventos esperados para operadora caso ela tivesse as

mesmas taxas encontradas em cada faixa etária e sexo da população de

referência).

Razão Informados Esperados - RIE é um correlato ao termo em inglês

Standardized Incidence Rate – SIR ou ao termo Standardized Mortality Rate –

SMR.

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

Page 32: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

indicador (número de beneficiários da operadora expostos ao evento ou ao

procedimento).

Taxa da população de referência = Taxa média do evento na população tomada

como referência para a padronização de faixa etária/sexo.

Definição de termos utilizados no indicador

Eventos - Internações por diabetes mellitus corresponde ao número total de

internações por diabetes mellitus, cujo código do diagnóstico principal, registrado

na alta hospitalar, está contido nos grupos de diagnóstico E10 a E14, do Capítulo

IV (Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas) da CID-10. Inclui as

internações para a realização do procedimento de amputação de membros

inferiores (SIP - RN Nº 152/2007).

Expostos - Exposto para internações e outros atendimentos hospitalares é o

beneficiário que tem direito a usufruir dos atendimentos prestados a paciente

admitido para ocupar leito hospitalar em enfermaria, quarto, ou unidades de

curta permanência, terapia intensiva ou semiintensiva (SIP - RN Nº 152/2007).

Interpretação do indicador

Estima a magnitude da ocorrência de internações por diabetes mellitus em

relação à população exposta da operadora para internação no ano considerado,

sendo uma medida de morbidade hospitalar.

Compreende casos de diabetes do grupo primário: tipo 1 (insulino-dependente) e

tipo 2 (insulino não-dependente).

Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações de prevenção,

controle, tratamento e educação da diabetes mellitus no âmbito da operadora.

Usos

Subsidiar o processo de planejamento, gestão e avaliação de ações de atenção à

saúde para o diabetes mellitus.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Aproximadamente 30% dos pacientes com diabetes são hospitalizados duas ou

mais vezes no ano por complicações associadas à doença.

Múltiplas hospitalizações de crianças com diabetes acontecem por condições

agudas da doença, enquanto nos adultos as internações estão associadas às

Page 33: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

complicações crônicas, como doença cardiovascular e doença de membros

inferiores.

Em relação à questão econômica, pacientes com diabetes que apresentam

múltiplas hospitalizações no ano representam um custo três vezes maior ao

sistema de saúde, quando comparados com pacientes com diabetes que

apresentam uma única internação no mesmo período.

Dados disponíveis no Sistema de Informações Hospitalares/Datasus e Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística:

Taxa de internações por diabetes mellitus, por faixa etária e por sexo, na

população não coberta por planos privados de assistência hospitalar,

residente em municípios brasileiros selecionados (*) (x 10.000), no ano

de 2006

Idade Sexo masculino Sexo feminino

<1a 0,569 0,515

1-4a 0,737 0,696

5-9a 1,028 1,261

10-14a 1,743 2,475

15-19a 1,282 2,242

20-24a 1,544 2,284

25-29a 2,155 3,571

30-34a 3,145 3,711

35-39a 4,446 4,859

40-44a 8,038 6,976

45-49a 12,776 11,597

50-54a 19,512 23,272

55-59a 28,851 35,911

60-64a 31,848 40,939

65-69a 40,602 55,960

70-74a 49,503 67,100

75-79a 68,026 100,167

80e+a 70,847 97,549

Total 7,417 10,385

Fonte de dados: SIH/DATASUS; IBGE

Page 34: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

(*) municípios com menos de 10% de mortes com causa desconhecida e com capacidade

de realizar seis (06) ou mais internações SUS por 100 habitantes sem plano privado

hospitalar

SETOR SUPLEMENTAR

Taxa de internações por diabetes mellitus por 10.000 expostos

Brasil – 2005 e 2006

Brasil 2005 2006

Total 18,30 15,29

Fonte de dados: MS/ANS – Sistema de Informações de Produtos (SIP)

QQuuaaddrroo 11.. AAnnáálliissee ccoommppaarraattiivvaa ddaass ttaaxxaass ddee iinntteerrnnaaççõõeess ppoorr ddiiaabbeetteess

mmeelllliittuuss eennttrree aass ooppeerraaddoorraass ccoomm ee sseemm PPrrooggrraammaass ddee PPrroommooççããoo ddaa

SSaaúúddee ee PPrreevveennççããoo ddee RRiissccooss ee DDooeennççaass nnaa SSaaúúddee SSuupplleemmeennttaarr nneessttaa

áárreeaa,, eemm 22000055 ee 22000066..

Indicador

Resultados das

operadoras com

Programas na área

Resultados das

operadoras que não

apresentaram

Programas na área

ano 2005 2006 2005 2006

Taxa de internações por

diabetes mellitus 13,25 10,65 19,45 16,52

Fonte de dados: MS/ANS – Sistema de Informações de Produtos (SIP)

Meta

Atingir um valor situado no intervalo entre a taxa padronizada do setor e 70% da

taxa padronizada do setor.

Page 35: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Pontuação

Resultado obtido pela operadora Pontuação

Nº Internações por Diabetes Mellitus

por 10.000 expostos Valor de 0 a 1 Peso 2

S/ Informação ou resultado >= taxa

padronizada do setor*2,0 ou <= taxa

padronizada do setor*0,2.

0 2

Resultado > taxa padronizada do setor*0,2 e

< taxa padronizada do setor*0,7. V1 (>0 e <1) V1 x 2

Resultado > taxa padronizada do setor e <

taxa padronizada do setor*2,0. V2 (>0 e <1) V2 x 2

Resultado <= taxa padronizada do setor e

>= taxa padronizada do setor*0,7. 1 2

V1= (Resultado da operadora – taxa do setor*0,2)/(taxa do setor*0,7 – taxa do

setor*0,2)

V2= 1 – (Resultado da operadora - taxa do setor)/(taxa do setor*2,0 – taxa do setor)

Taxa padronizada do setor = (Total de internações informadas por todas as

operadoras/Total de internações esperadas de todas as operadoras) x Taxa média de

internações da população de referência

Fonte de dados

Numerador: Item 3.2.2. do Anexo IV do Sistema de Informações de Produtos–

SIP - (RN Nº 152/2007).

Denominador: Item 1.4. do Anexo II do Sistema de Informações de Produtos–

SIP - (RN Nº 152/2007).

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Redução do número de internações/ano por ações educativas para os

beneficiários e acompanhamento sistemático ambulatorial dos casos identificados

de Diabetes Mellitus.

Page 36: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Limitações e vieses

O sub-registro de diagnósticos nas hospitalizações, entre os quais o de diabetes,

é um problema comum em diversos sistemas de saúde. Análises sobre o impacto

do Diabetes Mellitus devem considerar e manejar esta situação, o que tem sido

usualmente realizado em outros países através da metodologia do risco

atribuível.

O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de um

mesmo paciente, pela mesma causa, durante o período analisado.

A análise do indicador em populações muito pequenas será corrigida por

metodologia estatística especifica.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar –

Sistema de Informações de Produtos - SIP.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar –

Sistema de Informações de Beneficiários - SIB.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1101/GM. Disponível em:

<www.saude.gov.br>.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Manual

Técnico de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças na Saúde

Suplementar. 2. ed. rev e atual. Rio de Janeiro: ANS, 2007. Disponível em:

<http://www.ans.gov.br/portal/upload/biblioteca/manual_promo_prev.pdf>.

BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação de Hipertensão e Diabete. Programa de

Prevenção de Doenças Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal no Sistema Único

de Saúde. Cadernos de Atenção Básica – Diabete Melito – Sistema Único de

Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de

Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília,

2002. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm>.

Acesso em 2008.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. Disponível em:

<http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm>. Brasil. Acesso em 2008.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística

Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a edição.

Page 37: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para

classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Atualização Brasileira sobre Diabetes,

2008. www.diabetes.org.br.

Page 38: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

1.8- TAXA DE INTERNAÇÃO POR DOENÇAS HIPERTENSIVAS

Conceituação

Número de internações por Doenças Hipertensivas em expostos, em relação ao

total de expostos da operadora para internação, no ano considerado.

Método de cálculo*

Número de internações por doença hipertensiva

Total de expostos para internação e outros atendimentos

hospitalares

x 10.000

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

será ajustada pela metodologia estatística da Padronização Indireta por Faixa

Etária e Sexo e pelo Bayes Empírico, cuja fórmula simplificada pode ser

representada pela seguinte equação:

Taxa padronizada e estimada ou resultado padronizado e ajustado do

indicador = (RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico) X (Taxa da

população de referência).

RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico = (RIE da operadora sem

ajuste X Fator de ajuste) + (RIE média de todas as operadoras) X (1 – Fator de

ajuste).

RIE = Razão Informados Esperados = (Número de eventos informados pela

operadora) / (Número de eventos esperados para operadora caso ela tivesse as

mesmas taxas encontradas em cada faixa etária e sexo da população de

referência).

Razão Informados Esperados - RIE é um correlato ao termo em inglês

Standardized Incidence Rate – SIR ou ao termo Standardized Mortality Rate –

SMR.

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

Page 39: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

indicador (número de beneficiários da operadora expostos ao evento ou ao

procedimento).

Taxa da população de referência = Taxa média do evento na população tomada

como referência para a padronização de faixa etária/sexo.

Definição de termos utilizados no indicador

Eventos - Internações por doença hipertensiva corresponde ao número total de

internações por doença hipertensiva, cujo código do diagnóstico principal,

registrado na alta hospitalar, está contido nos grupos de diagnóstico I10 a I15 do

Capítulo IX (Doenças do aparelho circulatório) da CID-10.

Expostos - Exposto para internações e outros atendimentos hospitalares é o

beneficiário que tem direito a usufruir dos atendimentos prestados a paciente

admitido para ocupar leito hospitalar em enfermaria, quarto, ou unidades de

curta permanência, terapia intensiva ou semiintensiva.

Interpretação do indicador

Estima a magnitude da ocorrência de internações por doença hipertensiva em

relação à população exposta para internação da operadora no ano considerado,

sendo uma medida de morbidade hospitalar na operadora.

Compreende os casos de doença cardíaca e renal hipertensiva e hipertensão

secundária.

Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações de prevenção,

controle, tratamento e educação dos casos de hipertensão arterial no âmbito da

operadora.

Usos

Subsidiar o processo de planejamento, gestão e avaliação de ações de atenção à

saúde para a hipertensão arterial.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

A elevação da pressão arterial representa um fator de risco independente, linear

e contínuo para a doença cardiovascular. A hipertensão arterial apresenta custos

médicos e socioeconômicos elevados, decorrentes principalmente das suas

complicações, tais como: doença cerebrovascular, doença arterial coronariana,

Page 40: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

insuficiência cardíaca, insuficiência renal crônica e doença vascular de

extremidades.

Com o critério atual de diagnóstico de hipertensão arterial (PA> 140/90mmHg) a

prevalência na população urbana brasileira varia de 22,3% a 43,9%,

dependendo do município.

Dados disponíveis no Sistema de Informações Hospitalares/Datasus e Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística:

Taxa de internações por doença hipertensiva, por faixa etária e por sexo,

na população não coberta por planos privados de assistência hospitalar,

residente em municípios brasileiros selecionados (*) (x 10.000), no ano

de 2006

Idade Sexo masculino Sexo feminino

<1a 0,277 0,167

1-4a 0,246 0,109

5-9a 0,205 0,125

10-14a 0,276 0,276

15-19a 0,417 1,054

20-24a 0,952 2,103

25-29a 1,938 3,803

30-34a 2,891 5,091

35-39a 4,954 6,828

40-44a 9,215 11,777

45-49a 15,281 20,835

50-54a 25,125 31,419

55-59a 37,918 41,223

60-64a 42,304 44,351

65-69a 54,802 59,850

70-74a 70,970 75,674

75-79a 101,072 115,563

80e+a 119,854 136,379

Total 9,085 12,285

Fonte de dados: SIH/DATASUS; IBGE

Page 41: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

(*) municípios com menos de 10% de mortes com causa desconhecida e com capacidade

de realizar seis (06) ou mais internações SUS por 100 habitantes sem plano privado

hospitalar

Meta

Atingir um valor situado no intervalo entre a taxa padronizada do setor e 70% da

taxa padronizada do setor.

Pontuação

Resultado obtido pela operadora Pontuação

Nº Internações por Doenças

Hipertensivas por 10.000 expostos Valor de 0 a 1 Peso 2

S/ Informação ou resultado >= taxa

padronizada do setor*2,0 ou <= taxa

padronizada do setor*0,2.

0 2

Resultado > taxa padronizada do setor*0,2 e

< taxa padronizada do setor*0,7. V1 (>0 e <1) V1 x 2

Resultado > taxa padronizada do setor e <

taxa padronizada do setor*2,0.

V2 (>0 e

<1) V2 x 2

Resultado <= taxa padronizada do setor e >=

taxa padronizada do setor*0,7. 1 2

V1= (Resultado da operadora – taxa do setor*0,2)/(taxa do setor*0,7 – taxa do

setor*0,2)

V2= 1 – (Resultado da operadora - taxa do setor)/(taxa do setor*2,0 – taxa do setor)

Taxa padronizada do setor = (Total de internações informadas por todas as operadoras /

Total de internações esperadas de todas as operadoras) x Taxa média de internações da

população de referência

Fonte de dados

Numerador: Item 3.2.1. do Anexo IV do Sistema de Informações de Produtos –

SIP - (RN Nº 152/2007).

Page 42: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Denominador: Item 1.4. do Anexo II do Sistema de Informações de Produtos –

SIP - (RN Nº 152/2007).

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Redução do número de internações/ano por ações educativas para os

beneficiários e acompanhamento sistemático ambulatorial dos casos identificados

de hipertensão arterial.

Limitações e vieses do indicador

O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de um

mesmo paciente, pela mesma causa, durante o período analisado.

A análise do indicador em populações muito pequenas será corrigida por

metodologia estatística especifica.

Referências

BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar – Sistema

de Informações de Produtos - SIP.

BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar – Sistema

de Informações de Beneficiários - SIB.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria nº 1101/GM. Disponível em:

<www.saude.gov.br>.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Manual

Técnico de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças na Saúde

Suplementar. 2. ed. rev e atual. Rio de Janeiro: ANS, 2007. Disponível em:

<http://www.ans.gov.br/portal/upload/biblioteca/manual_promo_prev.pdf>.

BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação de Hipertensão e Diabete. Programa de

Prevenção de Doenças Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal no Sistema Único

de Saúde. Cadernos de Atenção Básica – Hipertensão Arterial Sistêmica.

Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de

Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília,

2002. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm>.

Acesso em 2008.

Page 43: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. Disponível em:

<http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm>. Brasil. Acesso em 2008.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística

Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a edição.

São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para

classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE

HIPERTENSÃO; SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. V Diretrizes

Brasileiras de Hipertensão Arterial. 2006.

Page 44: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

1.9- PROPORÇÃO DE HOMENS SUBMETIDOS A PROCEDIMENTOS

SELECIONADOS DE NEOPLASIA DE PRÓSTATA

Conceituação

Percentual de homens com câncer de próstata internados para realização de

procedimentos selecionados, em relação ao número total de homens com câncer

de próstata internados, no ano considerado.

Método de cálculo*

Número de homens com câncer de próstata submetidos a

procedimentos selecionados

Número de homens internados por câncer de próstata

x 100

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

será ajustada pela metodologia estatística do Bayes Empírico, cuja fórmula

simplificada pode ser representada pela seguinte equação:

Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de

ajuste) + (Taxa média de todas as operadoras) X (1 – Fator de ajuste).

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

indicador (número de beneficiários da operadora expostos ao evento ou ao

procedimento).

Definição de termos utilizados no indicador

Numerador – Número de homens que realizaram pela 1ª vez no ano um dos

procedimentos selecionados: prostatavesiculectomia radical e prostatectomia a

céu aberto para tratamento do câncer de próstata, cuja definição compreende o

grupo de diagnóstico C61 do Capítulo II (Neoplasias) da CID-10, desconsiderando

os procedimentos repetidos no mesmo beneficiário.

Denominador – Número de homens com internações em qualquer clínica pela 1ª

vez no ano, desconsiderando as internações repetidas para o mesmo beneficiário,

Page 45: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

cujo diagnóstico principal, registrado na alta hospitalar, está contido no grupo de

diagnóstico C61 do Capítulo II (Neoplasias) da CID-10.

Interpretação do indicador

Esse indicador permite determinar o quanto das internações por neoplasia maligna

de próstata foram motivadas para a realização dos procedimentos selecionados

(prostatavesiculectomia radical e prostatectomia a céu aberto), que são indicados

como possibilidade de tratamento da neoplasia maligna de próstata.

De forma indireta, esse indicador infere o quanto a doença está sendo

diagnosticada e tratada oportunamente.

O procedimento que compõe o numerador (prostatavesiculectomia radical

retropúbica) é o procedimento padrão-ouro para o tratamento de câncer de

próstata localizado.

O denominador conterá os procedimentos do numerador e outros, considerando os

homens internados com a doença.

Quanto maior o denominador em relação ao numerador maior o volume de

procedimentos realizados para tratamento de doença avançada e complicações.

Esse indicador avalia, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de

prevenção e controle (diagnóstico, tratamento e educação para a saúde) de

neoplasia maligna de próstata.

Usos

Identificar casos na população beneficiária e orientar a adoção de medidas de

controle.

Analisar a evolução por operadora das internações hospitalares de neoplasia

maligna de próstata, identificando situações de desequilíbrio que possam

merecer atenção especial.

Contribuir para a realização de análises comparativas da concentração de

recursos médico-hospitalares disponíveis para tratamento da neoplasia maligna

de próstata, para a população beneficiária da operadora.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

As neoplasias corresponderam a 4% das causas de internações hospitalares na

população masculina no Brasil, entre 1998 e 2003. A neoplasia maligna de

Page 46: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

próstata correspondeu à quinta causa de internação (5%) por neoplasia na

população masculina, no mesmo período.

A incidência estimada de neoplasia maligna de próstata para 2003 no Brasil foi

de 40,5 /100.000 homens.

A incidência estimada de neoplasia maligna de próstata para 2005 no Brasil foi

de 51/100.000 homens.

A incidência estimada de neoplasia maligna de próstata para 2006 no Brasil foi

de 51 /100.000 homens.

A incidência estimada de neoplasia maligna de próstata para 2008 no Brasil é de

52 / 100.000 homens.

Conforme descrito no National Cancer Control Programs – Policies and

managerial guidelines, espera-se que:

� dos expostos com suspeita de neoplasia maligna de próstata, mais de 70%

recebam tratamento adequado de acordo com protocolo nacional

estabelecido para a doença; e

� dos expostos com diagnóstico de neoplasia maligna de próstata, mais de

20% recebam tratamento curativo adequado para a doença de acordo com

o estadiamento definido pela biópsia.

A taxa de internação hospitalar por neoplasia maligna de próstata, no Brasil, no

SUS, no período entre 2000 e 2007 variou de 0,74 a 1,55 por 10.000 homens.

Meta

A meta das internações por neoplasia de próstata para procedimentos específicos

deve corresponder a 60% dos casos das internações por esta patologia.

Page 47: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Pontuação

Resultado obtido pela operadora Pontuação

% de homens com CA Próstata submetidos

a procedimentos selecionados entre todos

internados com CA de Próstata

Valor de 0 a 1 Peso 0,25

S/ Informação ou resultado =0 0 0

Resultado > 0 e < 60 % v (>0 e <1) v x 0,25

Resultado = ou >60 % 1 0,25

V= (Resultado > 0 e < 60 %) / 60

Fonte de dados

Numerador: Item 3.2.6.1 (Homens com câncer de próstata submetidas a

procedimentos selecionados) do Anexo IV – Sistema de Informações de

Produtos.

Denominador: Item 3.2.6 (Homens internados por câncer de próstata) do

Anexo IV – Sistema de Informações de Produtos.

Ações esperadas para causar impacto positivo no indicador

Acompanhamento sistemático dos casos identificados, no sentido de controle da

doença e aumento da sobrevida dos beneficiários.

Pactuação e sensibilização dos prestadores sobre a importância do processo de

prevenção e qualificação da assistência.

Divulgação dos indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

Constituição de sistema de informações que permita a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da

população beneficiária.

Page 48: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Limitações e vieses do indicador

Tendo em vista que a causa da internação nem sempre é corretamente

registrada, a informação a respeito das causas de morbidade pode ser

mascarada pela presença de co-morbidades.

O indicador deve ser analisado em função da faixa etária da população

masculina.

Esse indicador é construído a partir dos dados informados pelo SIP, que tem

envio trimestral. A operadora deverá estar atenta para computar a 1ª internação

do homem relacionada ao câncer de próstata.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de

Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília,

2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Câncer no Brasil:

Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Programa Nacional

de Controle do Câncer da Próstata. Documento de Consenso. 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativas de

incidência e mortalidade de câncer no Brasil. 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativas de

incidência e mortalidade de câncer no Brasil. 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativas de

incidência e mortalidade de câncer no Brasil. 2006.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística

Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a edição.

São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para

classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. National Cancer Control Programs,

Policies and managerial guidelines. 2nd Edition. Genebra: 2002.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde no

Brasil: conceitos e aplicações/Rede Interagencial de Informações para a Saúde -

Ripsa - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.

Page 49: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

1.10- PROPORÇÃO DE PESSOAS SUBMETIDAS A PROCEDIMENTOS

SELECIONADOS DE NEOPLASIA DE CÓLON E RETO

Conceituação

Percentual de homens e mulheres com câncer de cólon e reto internados para

realização de procedimentos selecionados, em relação ao número total de

homens e mulheres com câncer de cólon e reto internados, no ano considerado.

Método de cálculo

Número de homens e mulheres com câncer de cólon e reto

submetidos a procedimentos selecionados

Número de homens e mulheres internados por câncer de cólon e

reto

x 100

Observação: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

será ajustada pela metodologia estatística do Bayes Empírico, cuja fórmula

simplificada pode ser representada pela seguinte equação:

Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de

ajuste) + (Taxa média de todas as operadoras) X (1 – Fator de ajuste).

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

indicador (número de beneficiários da operadora expostos ao evento ou ao

procedimento).

Definição de termos utilizados no indicador

Numerador – Número de pessoas que realizaram pela 1ª vez no ano um dos

procedimentos selecionados: amputação abdomino-perineal do reto (completa),

colectomia total com ileo-reto-anamastose, colectomia total com ileostomia,

proctocolectomia total, proctocolectomia total com reservatório ileal e

retossigmoidectomia abdominal para tratamento de câncer de colon e reto, cuja

definição compreende os grupos de diagnóstico C18 a C20 e D01.0 a D01.2 do

Page 50: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Capítulo II (Neoplasias) da CID-10, desconsiderando os procedimentos repetidos

no mesmo beneficiário.

Denominador – Número de pessoas com internações em qualquer clínica pela

1ª vez no ano, desconsiderando as internações repetidas para os mesmos

beneficiários, cujo diagnóstico principal, registrado na alta hospitalar, está

contido grupos de diagnóstico C18 a C20 e D01.0 a D01.2 do Capítulo II

(Neoplasias) da CID-10.

Interpretação do indicador

Esse indicador permite determinar quanto das internações, por neoplasia maligna

de cólon e reto, foram motivadas para a realização dos procedimentos selecionados

que são indicados como possibilidade de tratamento dessa neoplasia.

De forma indireta, esse indicador infere o quanto a doença está sendo

diagnosticada e tratada oportunamente.

O denominador conterá os procedimentos do numerador e outros, considerando as

pessoas internadas com a doença.

Quanto maior o denominador em relação ao numerador maior o volume de

procedimentos realizados para tratamento de doença avançada e complicações.

Esse indicador avalia, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de

prevenção e controle (diagnóstico, tratamento e educação para a saúde) de

neoplasia maligna de cólon e reto.

Usos

Identificar casos na população beneficiária e orientar a adoção de medidas de

controle.

Analisar a evolução por operadora das internações hospitalares de neoplasia

maligna de cólon e reto, identificando situações de desequilíbrio que possam

merecer atenção especial.

Contribuir para a realização de análises comparativas da concentração de

recursos médico-hospitalares disponíveis para tratamento da neoplasia maligna

de cólon e reto, para a população beneficiária da operadora.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

As neoplasias corresponderam a 4% das causas de internações hospitalares na

população geral no Brasil, entre 1998 e 2003. A neoplasia maligna de cólon e

Page 51: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

reto e ânus correspondeu à oitava causa de internação (54%) por neoplasia na

população, no mesmo período.

A incidência estimada de neoplasia maligna de cólon e reto para 2003 no Brasil

foi de 10,96/100.000 homens e 11,73/100,000 mulheres.

A incidência estimada de neoplasia maligna de cólon e reto para 2005 no Brasil

foi de 12/100.000 homens e 15/100.000 mulheres.

A incidência estimada de neoplasia maligna de cólon e reto para 2006 no Brasil

foi de 13 /100.000 homens e 15/100.000 mulheres.

A incidência estimada de neoplasia maligna de cólon e reto para 2008 no Brasil é

de 13 / 100.000 homens e 15/ 100.000 mulheres.

Conforme descrito no National Cancer Control Programs – Policies and

managerial guidelines, espera-se que:

� dos expostos com suspeita de neoplasia maligna de cólon e reto, mais de

70% recebam tratamento adequado de acordo com protocolo nacional

estabelecido para a doença; e

� dos expostos com diagnóstico de neoplasia maligna de cólon e reto, mais

de 20% recebam tratamento curativo adequado para a doença de acordo

com o estadiamento definido pela biópsia.

A taxa de internação hospitalar por neoplasia maligna de cólon e reto, no Brasil,

no SUS, no período entre 1998 e 2003 se manteve em 1,01/10.000 habitantes.

Meta

A meta das internações por neoplasia de cólon e reto para procedimentos

específicos deve corresponder a 60% dos casos das internações por esta

patologia.

Page 52: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Pontuação

Resultado obtido pela operadora Pontuação

% de pessoas com CA Colón e Reto

submetidas a procedimentos Específicos

entre todas internadas com CA Colón e Reto

Valor de 0 a 1 Peso 0,25

S/ Informação ou resultado = 0 0 0

Resultado > 0 e < 60 % v (>0 e <1) v x 0,25

Resultado = ou > 60 % 1 0,25

V= (Resultado > 0 e < 60 %) / 60

Fonte de dados

Numerador: Item 3.2.5.1 (Pessoas com câncer de cólon e reto submetidas a

procedimentos selecionados) do Anexo IV – Sistema de Informações de

Produtos.

Denominador: Item 3.2.5 (Pessoas internadas por câncer de cólon e reto) do

Anexo IV – Sistema de Informações de Produtos.

Ações esperadas para causar impacto positivo no indicador

Acompanhamento sistemático dos casos identificados, no sentido de controle

da doença e aumento da sobrevida dos beneficiários.

Pactuação e sensibilização dos prestadores sobre a importância do processo de

prevenção e qualificação da assistência.

Divulgação dos indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

Constituição de sistema de informações que permita a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da

população beneficiária.

Page 53: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Limitações e vieses do indicador

Tendo em vista que a causa da internação nem sempre é corretamente

registrada, a informação a respeito das causas de morbidade pode ser

mascarada pela presença de co-morbidades.

O indicador deve ser analisado em função da faixa etária da população.

Esse indicador é construído a partir dos dados informados pelo SIP, que tem

envio trimestral. A operadora deverá estar atenta para computar a 1ª internação

da pessoa relacionada ao câncer de cólon e reto.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de

Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília,

2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/mrmap.htm.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Câncer no Brasil:

Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativas de

incidência e mortalidade de câncer no Brasil. 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativas de

incidência e mortalidade de câncer no Brasil. 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativas de

incidência e mortalidade de câncer no Brasil. 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Falando sobre

câncer de intestino. 2003.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística

Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a edição.

São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para

classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. National Cancer Control Programs,

Policies and managerial guidelines. 2nd Edition. Genebra: 2002.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde no

Brasil: conceitos e aplicações/Rede Interagencial de Informações para a Saúde -

Ripsa - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.

Page 54: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

1.11- NÚMERO DE CONSULTAS ODONTOLÓGICAS INICIAIS POR

EXPOSTO

Conceituação

Número de consultas odontológicas iniciais, realizadas em cada exposto da

operadora, no período considerado.

Método de cálculo*

Total de consultas odontológicas iniciais

Total de expostos para consultas odontológicas iniciais

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

será ajustada pela metodologia estatística do Bayes Empírico, cuja fórmula

simplificada pode ser representada pela seguinte equação:

Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de

ajuste) + (Taxa média de todas as operadoras) X (1 – Fator de ajuste).

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

indicador (número de beneficiários da operadora expostos ao evento ou ao

procedimento).

Definição de termos utilizados no indicador

Numerador - Total de consultas odontológicas iniciais: total de atendimentos

com consultas odontológicas destinadas ao exame e diagnóstico para a

elaboração do plano de tratamento, incluindo anamnese, preenchimento de ficha

clínica odontolegal, diagnóstico das doenças e anomalias bucais do paciente e

prognóstico. Neste item não devem ser informadas as consultas de caráter

emergencial ou pericial, a serem lançadas no item 1.9.7 “Outros Procedimentos”.

Denominador - Total de expostos para consultas odontológicas iniciais: total de

beneficiários expostos e expostos não beneficiários sob responsabilidade da

Page 55: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

operadora, que estão fora do período de carência no item em questão (consulta

odontológica inicial), no período considerado.

Interpretação do indicador

A atenção odontológica em nível individual é uma importante estratégia para a

qualificação do acesso à assistência na medida em que possibilita a avaliação por

um profissional de saúde, visando à prevenção das doenças bucais, avaliação dos

fatores de risco individuais, realização de diagnóstico precoce com redução das

seqüelas e limitação dos danos, contribuindo para a redução dos custos com

tratamento odontológico, melhora nas condições de saúde bucal e aumento da

qualidade de vida dos indivíduos.

Desta forma, este indicador estima o acesso da população exposta à assistência

odontológica individual, visando à execução de um plano preventivo-terapêutico

estabelecido a partir de uma avaliação/ exame clínico, no âmbito da atenção

suplementar à saúde.

Usos

Analisar o acesso e cobertura à consulta odontológica inicial, na atenção

suplementar à saúde, identificando variações e tendências que demandem a

implementação de ações para a ampliação do acesso qualificado ao serviço

odontológico.

Analisar a orientação dos modelos assistenciais praticados na assistência

odontológica suplementar.

Subsidiar o planejamento, o monitoramento e a avaliação dos serviços

odontológicos prestados pela operadora.

Poderá ser influenciado pela infra-estrutura da rede prestadora de serviços e pelo

modelo operacional da operadora, quando existirem barreiras para o acesso às

consultas odontológicas iniciais.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Em 2003, o Ministério da Saúde concluiu a realização de um levantamento

epidemiológico, denominado Projeto SB Brasil: Condições de Saúde Bucal da

População Brasileira, para avaliar os principais agravos bucais em diferentes

grupos etários da população brasileira. A metodologia utilizada nesta pesquisa foi

recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), na quarta edição

Page 56: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

(1997) da publicação Oral health surveys: basic methods, e sugere a composição

da amostra em determinadas idades-índice e faixas etárias para verificar a

ocorrência das doenças bucais ao longo da vida, uma vez que estas apresentam

forte correlação com a idade do indivíduo.

O número de indivíduos em cada faixa etária, ou idade-índice, foi preconizado de

acordo com a prevalência e severidade das doenças bucais, não havendo

correlação com a representatividade desses grupos etários na população

brasileira.

O SB Brasil constitui um marco na epidemiologia em saúde bucal, representando

a mais ampla pesquisa já empreendida no país, e gerou resultados importantes

para o incremento das ações de planejamento e avaliação na área de saúde

bucal coletiva. Os resultados do estudo foram referência para a construção dos

parâmetros dos indicadores odontológicos do Programa de Qualificação da Saúde

Suplementar.

O parâmetro utilizado para o indicador Consultas Odontológicas Iniciais baseou-

se na necessidade de tratamento, em nível individual, das principais doenças

bucais. A distribuição da necessidade de tratamento para a cárie dentária,

segundo os grupos etários de 18 a 36 meses, 5 anos, 12 anos, 15 a 19 anos, 35

a 44 anos, 65 a 74 anos e macrorregião do país, foi medida pelas variáveis

TRATA_1 necessidade de restauração de 1 face, TRATA_2 necessidade de

restauração de 2 ou mais faces, TRATA_3 necessidade de coroa, TRATA_4

necessidade de faceta estética, TRATA_5 necessidade de tratamento pulpar e

restauração, TRATA_6 necessidade de extração e TRATA_8 necessidade de

selante; e a distribuição da necessidade de tratamento periodontal, dos

indivíduos com ceo-d/ COP-D=0, foi medida pelas variáveis MAXCPI_2 presença

de cálculo, MAXCPI_3 presença de bolsa 4-5 mm, MAXCPI_4 presença de bolsa 6

mm e mais, de acordo com os resultados do Projeto SB Brasil: Condições de

Saúde Bucal da População Brasileira – Resultados Principais.

A Necessidade de tratamento para a cárie dentária e a necessidade de

tratamento periodontal, em indivíduos com ceo-d/ CPO-D=0, segundo faixa

etária, medidas pelas variáveis descritas acima, estão demonstradas no quadro

abaixo:

Page 57: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Fonte: Projeto SB Brasil: Condições de Saúde Bucal da População Brasileira –

Resultados Principais.

Meta

De acordo com o parâmetro nacional, estabelecido a partir dos resultados do

Projeto SB Brasil, a meta é a realização de 0,60 consulta inicial/exposto/ano,

ampliando o acesso à assistência odontológica suplementar por meio da consulta

odontológica inicial.

Faixa Etária Número de

indivíduos

Número de

indivíduos

com

necessidade

de tratamento

para cárie

dentária

Número de

indivíduos

com ceo-d/

CPO-D=0 e

necessidade

de tratamento

periodontal

Número de

indivíduos

com

necessidade

de tratamento

odontológico

individual/

100

indivíduos

18 a 36 meses 12117 3344 - 27,60

5 anos 26641 14931 - 56,05

12 anos 34550 19738 3680 67,78

15 a 19 anos 16833 11139 1864 77,25

35 a 44 anos 13431 8450 3210 86,81

65 a 74 anos 5349 1670 393 38,57

Total 108921 59272 9147 62,82

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Pontuação

A pontuação do indicador foi definida de acordo com o quadro abaixo:

Resultado obtido pela operadora Pontuação

Número de Consultas Odontológicas Iniciais

por Exposto Peso 2

S/ Informação ou resultado = 0 0

Resultado > 0 e <= 0,10 0,8

Resultado > 0,10 e < 0,60 1,8

Resultado >= 0,60 2

Fonte

Numerador: Sistema de Informações de Produtos (SIP) - Anexo II - Item 1.7

consultas odontológicas iniciais (n° de eventos)

Denominador: Sistema de Informações de Produtos (SIP) - Anexo II - Item 1.7

consultas odontológicas iniciais (n° de expostos)

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Conhecer o perfil epidemiológico dos beneficiários, identificar os indivíduos

acometidos pelas doenças cárie e periodontal com necessidade de tratamento em

nível individual, e adotar estratégias de busca ativa para a captação de expostos

e aumento da cobertura assistencial.

Desenvolver programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças

com enfoque multiprofissional, de modo a inserir a consulta odontológica

individual nos cuidados básicos de saúde, visando a integralidade e a qualificação

da assistência à saúde.

Limitações e vieses

O indicador poderá ser influenciado pela contagem cumulativa de consultas

odontológicas iniciais, considerando a possibilidade de realização e registro de

mais de uma consulta, no mesmo indivíduo, durante o período analisado.

Poderão ocorrer inconsistências no registro das informações referentes ao

numerador, por parte das operadoras, uma vez que não devem ser informadas

as consultas de caráter pericial, emergencial, de revisão e/ou manutenção.

Page 59: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Referências

BRASIL. Portaria MS n° 493/GM, de 13 de março de 2006. Aprova a Relação

de Indicadores da Atenção Básica – 2006. Disponível em:

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2006/portaria_493.pdf. Acesso em: 7

jan. 2008.

BRASIL. Portaria MS nº 91/GM, de 10 de janeiro de 2007. Regulamenta a

unificação do processo de pactuação de indicadores do Pacto pela Saúde,

a serem pactuados por Municípios, Estados e Distrito Federal.

BRASIL. Portaria MS nº 325/GM, de 21 de fevereiro de 2008. Estabelece

prioridades, objetivos e metas do Pacto pela Vida para 2008, os

indicadores de monitoramento e avaliação do Pacto pela Saúde e as

orientações, prazos e diretrizes para a sua pactuação.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Projeto SB

Brasil 2003: condições de saúde bucal da população brasileira 2002-

2003. Brasília, DF, 2004. Disponível em:

http://dtr2004.saude.gov.br/dab/cnsb/vigilancia.php. Acesso em: 7 jan. 2008.

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1.12- TAXA DE PESSOAS SUBMETIDAS À APLICAÇÃO PROFISSIONAL DE

FLÚOR

Conceituação

Número de pessoas que receberam aplicação tópica profissional de flúor, em

cada 100 expostos da operadora, no período considerado.

Método de Cálculo*

Total de pessoas submetidas à fluorterapia

Total de expostos para procedimentos preventivos x 100

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

será ajustada pela metodologia estatística do Bayes Empírico, cuja fórmula

simplificada pode ser representada pela seguinte equação:

Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de

ajuste) + (Taxa média de todas as operadoras) X (1 – Fator de ajuste).

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

indicador (número de beneficiários da operadora expostos ao evento ou ao

procedimento).

Definição dos termos utilizados no indicador

Numerador - Total de pessoas submetidas à fluorterapia: número total de

pessoas que receberam Fluorterapia pela 1ª vez no ano em consultório ou

escovódromo (verniz, gel, bochecho e/ou outros veículos), desconsiderando as

aplicações repetidas no mesmo beneficiário.

Denominador - Total de expostos para procedimentos preventivos: total de

beneficiários expostos e expostos não beneficiários sob responsabilidade da

operadora, que estão fora do período de carência no item em questão

(procedimentos preventivos), no período considerado.

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Interpretação do indicador

A aplicação tópica de flúor é um importante método de prevenção, de baixo

custo, fácil aplicação e, se utilizado oportunamente, proporciona a proteção

específica do indivíduo contra a cárie dentária, reduzindo em proporção

significativa a incidência da doença.

O flúor pode ser utilizado como agente preventivo e terapêutico na modulação da

atividade de cárie dentária. O mecanismo de ação, dinamicamente importante,

depende da presença de fluoretos constantemente na boca, disponível para

atuação no processo de cárie. Em baixa concentração e alta freqüência de

aplicação, os fluoretos alteram o metabolismo das bactérias inibindo a produção

de ácidos e elevando o pH da placa bacteriana; reduzem a aderência microbiana

ao esmalte dentário; interferem diretamente no processo de desmineralização,

favorecendo a formação de fluoreto de cálcio e a remineralização dentária.

A aplicação tópica profissional de produtos fluoretados é um mecanismo

importante na redução da atividade de cárie, mas deve-se ressaltar que somente

um conjunto de medidas possibilitará o não desenvolvimento da doença.

Desta forma, este indicador estima a cobertura e o acesso dos indivíduos à

aplicação tópica de flúor, sob orientação de um profissional de saúde, com

finalidade terapêutica (remineralização de mancha branca ativa) e/ou preventiva

da doença cárie, na atenção suplementar à saúde.

Usos

Analisar o acesso à aplicação tópica profissional de flúor, na atenção suplementar

à saúde, identificando variações e tendências que demandem a implementação

de ações para a prevenção da doença cárie.

Possibilitar a realização de análises epidemiológicas comparativas, observando a

série histórica do indicador, e correlacionando o uso do flúor com a incidência de

cárie na população exposta.

Analisar a orientação dos modelos assistenciais praticados na assistência

odontológica suplementar.

Subsidiar o planejamento, o monitoramento e a avaliação das ações para a

prevenção e redução da doença cárie.

Page 62: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Em 2003, o Ministério da Saúde concluiu a realização de um levantamento

epidemiológico, denominado Projeto SB Brasil: Condições de Saúde Bucal da

População Brasileira, para avaliar os principais agravos bucais em diferentes

grupos etários da população brasileira. A metodologia utilizada nesta pesquisa foi

recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), na quarta edição

(1997) da publicação Oral health surveys: basic methods, e sugere a composição

da amostra em determinadas idades-índice e faixas etárias para verificar a

ocorrência das doenças bucais ao longo da vida, uma vez que estas apresentam

forte correlação com a idade do indivíduo.

O número de indivíduos em cada faixa etária, ou idade-índice, foi preconizado de

acordo com a prevalência e severidade das doenças bucais, não havendo

correlação com a representatividade desses grupos etários na população

brasileira.

O SB Brasil constitui um marco na epidemiologia em saúde bucal, representando

a mais ampla pesquisa já empreendida no país, e gerou resultados importantes

para o incremento das ações de planejamento e avaliação na área de saúde

bucal coletiva. Os resultados do estudo foram referência para a construção dos

parâmetros dos indicadores odontológicos do Programa de Qualificação da Saúde

Suplementar.

Pesquisas científicas identificam a idade do indivíduo como um dos fatores

associados ao risco de desenvolvimento da doença cárie. De acordo com os

resultados do ataque de cárie na dentição decídua, apresentados nas tabelas 7 a

9 do Projeto SB Brasil: Condições de Saúde Bucal da População Brasileira –

Resultados Principais, uma criança brasileira com 3 anos de idade, ou menos,

possui em média um dente com experiência de cárie (ceo-d=1,07). Aos 5 anos,

esta média aumenta para quase 3 dentes (ceo-d=2,8). O componente cariado

representa 82,14% do índice na idade de 5 anos e 96,26% na faixa etária de 18

a 36 meses.

Quanto ao ataque de cárie na dentição permanente, crianças brasileiras de 12

anos de idade e adolescentes de 15 a 19 anos apresentaram, respectivamente,

em média, 2,8 e 6,2 dentes com experiência de cárie, sendo o componente

cariado responsável por 58,27% e 42,14% do índice, respectivamente.

O parâmetro utilizado para o indicador Taxa de Pessoas Submetidas à Aplicação

Profissional de Flúor baseou-se na distribuição da atividade de cárie dos

Page 63: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

indivíduos examinados, segundo os grupos etários de 18 a 36 meses, 5 anos, 12

anos, 15 a 19 anos, 35 a 44 anos, 65 a 74 anos, por macrorregião do país,

medida pelas variáveis TRATA_1 necessidade de restauração de 1 face, TRATA_2

necessidade de restauração de 2 ou mais faces, TRATA_7 necessidade de

remineralização de mancha branca, TRATA_8 necessidade de selante, de acordo

com os resultados apresentados no Projeto SB Brasil: Condições de Saúde Bucal

da População Brasileira – Resultados Principais.

A atividade de cárie, identificada pelas variáveis acima, possibilita classificar os

indivíduos nas situações de risco moderado e alto, conforme recomendações da

Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo (SES-SP).

A distribuição da atividade de cárie, segundo faixa etária, está demonstrada no

quadro abaixo:

Faixa Etária Número de

indivíduos

Número de

indivíduos com

atividade de cárie

Número de

indivíduos com

atividade de

cárie/ 100

indivíduos

18 a 36 meses 12117 3482 28,74

5 anos 26641 14617 54,87

12 anos 34550 18689 54,09

15 a 19 anos 16833 10240 60,83

35 a 44 anos 13431 7535 56,10

65 a 74 anos 5349 1183 22,12

Total 108921 55746 51,18

Fonte: Projeto SB Brasil: Condições de Saúde Bucal da População Brasileira – Resultados

Principais.

Meta

O parâmetro acima baseou-se na distribuição dos indivíduos com risco moderado

e alto para a cárie, conforme os resultados do Projeto SB Brasil. Desta forma, a

meta estabelecida para este indicador é a cobertura de 50,0 pessoas/ 100

expostos/ ano, de modo a estimular o acesso ao flúor tópico profissional nos

Page 64: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

indivíduos de maior risco, visando à diminuição da atividade de cárie no setor

suplementar.

Pontuação

A pontuação do indicador foi definida de acordo com o quadro abaixo:

Resultado obtido pela operadora Pontuação

Nº de pessoas que receberam aplicação tópica

profissional de flúor em cada 100 expostos Peso 2

S/ Informação ou resultado = 0 0

Resultado > 0 e <= 10,0 0,8

Resultado > 10,0 e < 50,0 1,8

Resultado >= 50,0 2

Fonte

Numerador: Sistema de Informações de Produtos (SIP) - Anexo IV - Item 4.1

pessoas submetidas à fluorterapia (quantidade)

Denominador: Sistema de Informações de Produtos (SIP) - Anexo II - Item

1.9.1 procedimentos preventivos (n° de expostos)

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Conhecer o perfil epidemiológico dos beneficiários, identificar os grupos de risco

para doença cárie e adotar estratégias de busca ativa, organizando a rede

assistencial para a prestação de serviços voltados para a prevenção, em nível

individual e/ou coletivo.

Utilizar o flúor tópico profissional (1) com finalidade terapêutica na

remineralização das manchas brancas ativas, intervindo nos estágios iniciais da

doença inibindo a progressão das lesões cariosas; (2) com finalidade preventiva

atuando no processo de desmineralização dentária, de modo a evitar o

aparecimento dos sinais clínicos da doença cárie.

Desenvolver programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças

que realizem a aplicação tópica profissional de flúor em nível coletivo.

Implantar uma política de capacitação e educação permanente para a rede de

prestadores, visando à uniformidade operacional e ao desenvolvimento de

práticas centradas na promoção da saúde e na prevenção das doenças bucais.

Page 65: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Limitações e vieses

Considerando que o registro da ação se dá pela 1ª aplicação de

flúor/exposto/ano, uma operadora que realize a ação apenas uma vez ao ano

poderá ter percentual de cobertura semelhante à outra que a realize com maior

freqüência.

Poderão ocorrer inconsistências no registro das informações referentes ao

numerador, por parte das operadoras, uma vez que não devem ser informados

os procedimentos repetidos no mesmo indivíduo.

Referências

BRASIL. Portaria MS n° 493/GM, de 13 de março de 2006. Aprova a Relação

de Indicadores da Atenção Básica – 2006. Disponível em:

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2006/portaria_493.pdf. Acesso em: 7

jan. 2008.

BRASIL. Portaria MS nº 91/GM, de 10 de janeiro de 2007. Regulamenta a

unificação do processo de pactuação de indicadores do Pacto pela Saúde,

a serem pactuados por Municípios, Estados e Distrito Federal.

BRASIL. Portaria MS nº 325/GM, de 21 de fevereiro de 2008. Estabelece

prioridades, objetivos e metas do Pacto pela Vida para 2008, os

indicadores de monitoramento e avaliação do Pacto pela Saúde e as

orientações, prazos e diretrizes para a sua pactuação.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Projeto SB

Brasil 2003: condições de saúde bucal da população brasileira 2002-

2003. Brasília, DF, 2004. Disponível em:

http://dtr2004.saude.gov.br/dab/cnsb/vigilancia.php. Acesso em: 7 jan. 2008.

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE SÃO PAULO. Recomendações sobre o

uso de produtos fluorados no âmbito do SUS/SP em função do risco de

cárie dentária. São Paulo, SP, 2000. Disponível em: http://

www.saude.sp.gov.br/ftpsessp/novo_site/bucal/bucal_protocolo.doc

Page 66: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

1.13- TAXA DE PESSOAS MENORES DE 15 ANOS QUE RECEBERAM

SELANTES

Conceituação

Número de pessoas (menores de 15 anos de idade) que receberam selantes, em

cada 100 expostos da operadora (menores de 15 anos de idade), no período

considerado.

Método de Cálculo*

Total de pessoas que receberam selantes (menores de 15 anos)

Total de expostos para selantes (menores de 15 anos) x 100

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

será ajustada pela metodologia estatística da Padronização Indireta por Faixa

Etária e pelo Bayes Empírico, cuja fórmula simplificada pode ser representada

pela seguinte equação:

Taxa padronizada e estimada ou resultado padronizado e ajustado do

indicador = (RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico) X (Taxa da

população de referência).

RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico = (RIE da operadora sem

ajuste X Fator de ajuste) + (RIE médio de todas as operadoras) X (1 – Fator de

ajuste).

RIE = Razão Informados Esperados = (Número de eventos informados pela

operadora) / (Número de eventos esperados para operadora caso ela tivesse as

mesmas taxas encontradas em cada faixa etária da população de referência).

Razão Informados Esperados - RIE é um correlato ao termo em inglês

Standardized Incidence Rate – SIR ou ao termo Standardized Mortality Rate –

SMR.

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

Page 67: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

indicador (número de beneficiários da operadora expostos ao evento ou ao

procedimento).

Taxa da população de referência = Taxa média do evento na população tomada

como referência para a padronização de faixa etária.

Definição dos termos utilizados no indicador

Numerador - Total de pessoas que receberam selantes (menores de 15 anos):

número de pessoas, menores de 15 anos completos de idade (até 14 anos, 11

meses e 29 dias), que receberam pelo menos 1 (um) selante em qualquer

elemento dentário, pela 1ª vez no ano, desconsiderando as aplicações repetidas

no mesmo beneficiário.

Denominador - Total de expostos para selantes (menores de 15 anos): número

de pessoas menores de 15 anos completos de idade (até 14 anos, 11 meses e 29

dias) com direito a receber selantes.

Interpretação do indicador

Os índices ceo-d e CPO-D são os mais utilizados mundialmente como referência

para o diagnóstico das condições de ataque à cárie dentária e avaliação dos

programas de saúde bucal. Há diferenças importantes quanto aos componentes

do índice segundo o nível de saúde e a existência ou não de serviços

odontológicos satisfatórios. Em países com acentuadas desigualdades sociais e

nos quais o acesso aos serviços de saúde é limitado, como o caso do Brasil e

demais países latino-americanos, o aumento do índice durante a infância se dá

em função, essencialmente, do componente cariado. De acordo com os

resultados do levantamento epidemiológico SB Brasil: Condições de Saúde Bucal

da População Brasileira, concluído pelo Ministério da Saúde em 2003, este

componente representa 96,26% do índice na faixa etária de 18 a 36 meses,

82,14% do índice na idade de 5 anos e 58,27% do índice aos 12 anos, sendo as

superfícies de fóssulas e fissuras as mais atacadas pela cárie.

O selamento dentário, aliado a outros recursos preventivos, representa um

importante método de proteção específica para as superfícies de fóssulas e

fissuras e, aplicado oportunamente, reduz significativamente a incidência de

cárie na medida em que impede o acúmulo de placa bacteriana e facilita a

higienização.

Page 68: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Desta forma, este indicador estima a cobertura de selantes, visando à prevenção

da doença cárie nas superfícies de fóssulas e fissuras dentárias, em indivíduos

menores de 15 anos, na atenção suplementar à saúde.

Usos

Analisar a cobertura de selantes na atenção suplementar à saúde, identificando

variações e tendências que demandem a implementação de ações para a

prevenção da cárie de fóssulas e fissuras.

Possibilitar a realização de análises epidemiológicas comparativas, observando a

série histórica do indicador, e correlacionando o selamento dentário com a

incidência de cárie em fóssulas e fissuras, na população de expostos menores de

15 anos.

Analisar a orientação dos modelos assistenciais praticados na assistência

odontológica suplementar.

Subsidiar o planejamento, o monitoramento e a avaliação das ações para a

prevenção e redução da doença cárie.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Em 2003, o Ministério da Saúde concluiu a realização de um levantamento

epidemiológico, denominado Projeto SB Brasil: Condições de Saúde Bucal da

População Brasileira, para avaliar os principais agravos bucais em determinadas

idades-índice e faixas etárias da população brasileira.

Este estudo mediu a distribuição da necessidade de selantes através da variável

TRATA_8, do Projeto SB Brasil: Condições de Saúde Bucal da População

Brasileira – Resultados Principais, definida como número de dentes com

necessidade de selantes, segundo as faixas etárias 18 a 36 meses, 5 anos e 12

anos, por macrorregião do país. A necessidade de selantes foi registrada na

presença simultânea das seguintes condições: quando o dente estava presente

na cavidade bucal há menos de dois anos; o dente homólogo apresentava

experiência de cárie; e na presença de placa visível clinicamente. Através desta

variável foi possível calcular o número de indivíduos que apresentavam

necessidade de selantes.

De acordo com os resultados do ataque de cárie, apresentados no Projeto SB

Brasil: Condições de Saúde Bucal da População Brasileira – Resultados Principais,

aproximadamente 27% das crianças de 18 a 36 meses apresentaram pelo menos

Page 69: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

um dente decíduo com experiência de cárie (ceo-d= 1,1) sendo que esta

proporção chega 60% nas crianças de 5 anos de idade (ceo-d=2,8), destacando-

se que o componente cariado é responsável por mais de 80% do índice na idade

de 5 anos e 90% nas crianças de 18 a 36 meses.

As crianças brasileiras de 12 anos de idade apresentaram, em média, 3 dentes

com experiência de cárie (CPO-D=2,78), sendo o componente cariado

responsável por 58,27% do índice.

A fim de estabelecer uma projeção entre os resultados obtidos para as faixas

etárias especificadas acima e o restante da população brasileira, foi adotada uma

metodologia estatística conforme ficha técnica específica da padronização. Esses

resultados foram a referência utilizada para a definição do parâmetro deste

indicador.

O número de indivíduos da população brasileira, menores de 15 anos de idade,

com necessidade de selantes está demonstrado no quadro abaixo:

Fontes: Projeto SB Brasil: Condições de Saúde Bucal da População Brasileira – Resultados Principais, 2003. (2) Censo Demográfico Brasileiro- IBGE, 2000.

Meta

De acordo com o parâmetro acima, calculado a partir da necessidade de selantes

nos indivíduos da população brasileira com menos de 15 anos, a meta

estabelecida para este indicador é a cobertura de 3,70 pessoas menores de 15

anos de idade/ 100 expostos menores de 15 anos de idade/ ano, buscando

estimular a realização do selamento dentário na população de maior risco,

visando à prevenção da cárie em fóssulas e fissuras.

Faixa E táriaN úm ero to ta l de

ind iv íduos

Pro jeção do núm ero de

ind iv íduos com necessidade de

selan tes

Pro jeção do núm ero de ind iv íduos com

necessidade de selan tes/ 100

ind iv íduos

01-03 anos 9.806.906 103.924 1,0604-06 anos 10.121.197 238.239 2,3507-09 anos 9.776.642 357.257 3,6510-12 anos 10.325.823 512.767 4,9713-14 anos 7.022.244 424.653 6,05Tota l 47.052.812 1.636.839 3,48

Page 70: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Pontuação

Os valores para pontuação da operadora neste indicador foram definidos de

acordo com o quadro abaixo:

Resultado obtido pela operadora Pontuação

Nº pessoas com menos de 15 anos que receberam selantes, em cada 100 expostos com menos de 15 anos

Valor de 0 a 1 Peso 2

S/ Informação ou resultado < = 0,30 0 2

Resultado > 0,30 e < 3,70 v (>0 e <1) v x 2

Resultado >= 3,70 1 2

V = (Resultado > 0,30 e < 3,70) – 0,30 / 3,40

Fonte

Numerador: Sistema de Informações de Produtos (SIP) - Anexo IV - Item 4.4

pessoas que receberam selantes menores de 15 anos (quantidade)

Denominador: Sistema de Informações de Produtos (SIP) - Anexo IV - Item 4.4

pessoas que receberam selantes menores de 15 anos (n° de expostos)

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Conhecer o perfil epidemiológico dos beneficiários, identificar os grupos de risco

para a cárie de fóssulas e fissuras e adotar estratégias de busca ativa,

organizando a rede assistencial para a prestação de serviços voltados para a

prevenção da doença.

Desenvolver programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças

que utilizem o selamento na dentição permanente como estratégia de ação para

a redução da cárie de fóssulas e fissuras em menores de 15 anos de idade.

Implantar uma política de capacitação e educação permanente para a rede de

prestadores, visando à uniformidade operacional e ao desenvolvimento de

práticas centradas na promoção da saúde e na prevenção das doenças bucais.

Page 71: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Limitações e vieses

Poderão ocorrer inconsistências no registro das informações referentes ao

numerador, por parte das operadoras, uma vez que não devem ser informados

os procedimentos repetidos no mesmo indivíduo.

Referências

BRASIL. Portaria MS n° 493/GM, de 13 de março de 2006. Aprova a Relação de Indicadores da Atenção Básica – 2006. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2006/portaria_493.pdf. Acesso em: 7 jan. 2008. BRASIL. Portaria MS nº 91/GM, de 10 de janeiro de 2007. Regulamenta a unificação do processo de pactuação de indicadores do Pacto pela Saúde, a serem pactuados por Municípios, Estados e Distrito Federal. BRASIL. Portaria MS nº 325/GM, de 21 de fevereiro de 2008. Estabelece prioridades, objetivos e metas do Pacto pela Vida para 2008, os indicadores de monitoramento e avaliação do Pacto pela Saúde e as orientações, prazos e diretrizes para a sua pactuação. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Projeto SB Brasil 2003: condições de saúde bucal da população brasileira 2002-2003. Brasília, DF, 2004. Disponível em: http://dtr2004.saude.gov.br/dab/cnsb/vigilancia.php. Acesso em: 7 jan. 2008.

Page 72: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

1-14- TAXA DE PESSOAS COM 15 ANOS OU MAIS SUBMETIDAS À

TERAPIA PERIODONTAL BÁSICA

Conceituação

Número de pessoas (com 15 anos de idade ou mais) que realizaram terapia

periodontal básica, em cada 100 expostos da operadora (com 15 anos de idade

ou mais), no período considerado.

Método de Cálculo*

Total de pessoas submetidas à terapia periodontal básica (15 anos ou mais)

Total de expostos para terapia periodontal básica (15 anos ou mais) x 100

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

será ajustada pela metodologia estatística da Padronização Indireta por Faixa

Etária e pelo Bayes Empírico, cuja fórmula simplificada pode ser representada

pela seguinte equação:

Taxa padronizada e estimada ou resultado padronizado e ajustado do

indicador = (RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico) X (Taxa da

população de referência).

RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico = (RIE da operadora sem

ajuste X Fator de ajuste) + (RIE médio de todas as operadoras) X (1 – Fator de

ajuste).

RIE = Razão Informados Esperados = (Número de eventos informados pela

operadora) / (Número de eventos esperados para operadora caso ela tivesse as

mesmas taxas encontradas em cada faixa etária da população de referência).

Razão Informados Esperados - RIE é um correlato ao termo em inglês

Standardized Incidence Rate – SIR ou ao termo Standardized Mortality Rate –

SMR.

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

Page 73: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

indicador (número de beneficiários da operadora expostos ao evento ou ao

procedimento).

Taxa da população de referência = Taxa média do evento na população tomada

como referência para a padronização de faixa etária.

Definição de termos utilizados no Indicador

Numerador - Total de pessoas submetidas à terapia periodontal básica (15 anos

ou mais): número total de pessoas, com 15 anos completos de idade ou mais,

que receberam pela 1ª vez no ano os procedimentos de Raspagem Supra e/ou

Subgengival, alisamento coronário e/ou radicular (com ou sem curetagem de

bolsa periodontal), desconsiderando os procedimentos repetidos no mesmo

beneficiário.

Denominador - Total de expostos para terapia periodontal básica (15 anos ou

mais): número de pessoas com 15 anos completos de idade ou mais com direito

a realizar Terapia Periodontal Básica.

Interpretação do Indicador

De acordo com os resultados do levantamento epidemiológico Projeto SB Brasil:

Condições de Saúde Bucal da População Brasileira, concluído pelo Ministério da

Saúde em 2003, a ocorrência de sangramento gengival como maior grau de

condição periodontal está presente em 18,77% dos indivíduos na faixa etária de

15 a 19 anos de idade, 9,97% de 35 a 44 anos e 3,27% de 65 a 74 anos.

Quanto à presença de cálculo, como maior grau de condição periodontal

apresentado pelos indivíduos, foi encontrado um percentual de 33,4% na faixa

de 15 a 19 anos, 46,76% de 35 a 44 anos e 21,74% de 65 a 74 anos.

A placa bacteriana é o principal fator etiológico da gengivite e da periodontite. A

terapia periodontal básica, que compreende a orientação e motivação para a

higiene bucal, remoção mecânica de placa e cálculo, polimento coronário e/ou

alisamento radicular e remoção dos fatores retentivos de placa, é um importante

método de eliminação dos depósitos bacterianos nas superfícies dentárias e,

realizada oportunamente, proporciona a proteção específica do indivíduo contra

as periodontopatias.

Desta forma, este indicador estima a cobertura de procedimentos periodontais

básicos visando à redução dos fatores de risco, à prevenção e à limitação dos

Page 74: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

danos ocasionados pela gengivite e periodontite, em indivíduos com 15 anos de

idade ou mais, na atenção suplementar à saúde.

Usos

Analisar a cobertura de terapia periodontal básica, na atenção suplementar à

saúde, identificando variações e tendências que demandem a implementação de

ações para a prevenção e intervenção precoce nas periodontopatias.

Possibilitar a realização de análises epidemiológicas comparativas, observando a

série histórica do indicador, e correlacionando a realização de procedimentos

periodontais básicos com a incidência de gengivite e periodontite, na população

de expostos com 15 anos de idade ou mais.

Analisar a orientação dos modelos assistenciais praticados na assistência

odontológica suplementar.

Subsidiar o planejamento, o monitoramento e a avaliação das ações para a

promoção da saúde bucal, prevenção e controle das doenças periodontais.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Em 2003, o Ministério da Saúde concluiu a realização de um levantamento

epidemiológico, denominado Projeto SB Brasil: Condições de Saúde Bucal da

População Brasileira, para avaliar os principais agravos bucais em determinadas

idades-índice e faixas etárias da população brasileira.

Este estudo mediu a distribuição das prevalências de sangramento gengival e

cálculo, através do Índice Periodontal Comunitário (CPI), segundo as faixas

etárias de 15 a 19 anos, 35 a 44 anos e 65 a 74 anos, por macrorregião do país,

de acordo com os resultados apresentados na tabela 27 do Projeto SB Brasil:

Condições de Saúde Bucal da População Brasileira – Resultados Principais.

A fim de estabelecer uma projeção entre os resultados obtidos para as faixas

etárias especificadas acima e o restante da população brasileira, foi adotada uma

metodologia estatística conforme ficha técnica específica da padronização. Esses

resultados foram a referência utilizada para a definição do parâmetro deste

indicador.

Page 75: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

A distribuição das prevalências de sangramento gengival e cálculo na população

brasileira, segundo o maior grau de condição periodontal, está demonstrada no

quadro abaixo:

Fontes:

Projeto SB Brasil: Condições de Saúde Bucal da População Brasileira – Resultados

Principais, 2003.

Censo Demográfico Brasileiro - IBGE, 2000.

Meta

De acordo com o parâmetro acima, calculado a partir das prevalências de

sangramento gengival e cálculo na população brasileira, a meta estabelecida

para este indicador é a cobertura de 50,0 pessoas com 15 anos de idade ou

mais/ 100 expostos com 15 anos de idade ou mais/ ano, buscando estimular a

realização de procedimentos periodontais básicos, visando à prevenção e ao

controle das doenças periodontais (gengivite e periodontite).

F a ix a E tá r iaN ú m e ro to ta l d e

in d iv íd u o s

P ro je ç ã o d o n ú m e ro d e

in d iv íd u o s c o m s a n g ra m e n to e /o u

c á lc u lo

P ro je ç ã o d o n ú m e ro d e

in d iv íd u o s c o m n e c e s s id a d e d e

T P B / 1 0 0 in d iv íd u o s

1 5 -1 9 a n o s 1 7 .9 3 9 .8 1 5 9 .2 5 7 .7 9 7 5 1 ,6 02 0 -2 4 a n o s 1 6 .1 4 1 .5 1 5 8 .9 1 0 .1 3 0 5 5 ,2 02 5 -2 9 a n o s 1 3 .8 4 9 .6 6 5 7 .8 4 9 .9 2 7 5 6 ,6 83 0 -3 4 a n o s 1 3 .0 2 8 .9 4 4 7 .3 3 3 .7 2 4 5 6 ,2 93 5 -3 9 a n o s 1 2 .2 6 1 .5 2 9 6 .6 6 7 .9 4 3 5 4 ,3 84 0 -4 4 a n o s 1 0 .5 4 6 .6 9 4 5 .4 0 7 .3 0 9 5 1 ,2 74 5 -4 9 a n o s 8 .7 2 1 .5 4 1 4 .1 2 0 .7 8 1 4 7 ,2 55 0 -5 4 a n o s 7 .0 6 2 .6 0 1 3 .0 1 3 .7 9 4 4 2 ,6 75 5 -5 9 a n o s 5 .4 4 4 .7 1 5 2 .0 5 5 .2 0 7 3 7 ,7 56 0 -6 4 a n o s 4 .6 0 0 .9 2 9 1 .5 0 6 .9 4 6 3 2 ,7 56 5 -6 9 a n o s 3 .5 8 1 .1 0 6 9 9 9 .7 3 4 2 7 ,9 27 0 -7 4 a n o s 2 .7 4 2 .3 0 2 6 4 1 .5 9 2 2 3 ,4 07 5 -7 9 a n o s 1 .7 7 9 .5 8 7 3 4 3 .3 4 5 1 9 ,2 98 0 a n o s e m a is 1 .8 3 2 .1 0 5 2 5 1 .8 1 9 1 3 ,7 4T o ta l 1 1 9 .5 3 3 .0 4 8 5 8 .3 6 0 .0 4 8 4 8 ,8 2

Page 76: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Pontuação

Os valores para pontuação da operadora neste indicador foram definidos de

acordo com o quadro abaixo:

Resultado obtido pela operadora Pontuação

Nº de pessoas com 15 anos de idade ou mais que

realizaram terapia periodontal básica, em cada 100

expostos

Peso 1

S/ Informação ou resultado = 0 0

Resultado > 0 e <= 7,0 0,4

Resultado > 7,0 e < 50,0 0,8

Resultado >= 50,0 1

Fonte

Numerador: Sistema de Informações de Produtos (SIP) - Anexo IV - Item 4.2

pessoas submetidas à terapia periodontal básica (quantidade)

Denominador: Sistema de Informações de Produtos (SIP) - Anexo IV - Item 4.2

pessoas submetidas à terapia periodontal básica (n° de expostos)

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Conhecer o perfil epidemiológico dos beneficiários, identificar os grupos de risco

para as doenças periodontais e adotar estratégias de busca ativa, organizando a

rede assistencial para a prestação de serviços voltados para a prevenção e

intervenção precoce.

Desenvolver programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças

que utilizem a terapia periodontal básica como estratégia de ação para a redução

das doenças periodontais em maiores de 15 anos de idade.

Implantar uma política de capacitação e educação permanente para a rede de

prestadores, visando à uniformidade operacional e ao desenvolvimento de

práticas centradas na promoção e prevenção da saúde bucal.

Page 77: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Limitações e Vieses

O indicador estima a cobertura de terapia periodontal básica apenas em expostos

maiores de 15 anos de idade.

Considerando que o registro da ação é por 1ª terapia periodontal

básica/exposto/ano, uma operadora que realize a ação apenas uma vez ao ano

poderá ter percentual de cobertura semelhante à outra que a realize com maior

freqüência.

O indicador poderá ser influenciado pela composição etária da carteira de

beneficiários.

Poderão ocorrer inconsistências no registro das informações referentes ao

numerador, por parte das operadoras, uma vez que não devem ser informados

os procedimentos repetidos no mesmo indivíduo.

Referências

BRASIL. Portaria MS n° 493/GM, de 13 de março de 2006. Aprova a Relação

de Indicadores da Atenção Básica – 2006. Disponível em:

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2006/portaria_493.pdf. Acesso em: 7

jan. 2008.

BRASIL. Portaria MS nº 91/GM, de 10 de janeiro de 2007. Regulamenta a

unificação do processo de pactuação de indicadores do Pacto pela Saúde,

a serem pactuados por Municípios, Estados e Distrito Federal.

BRASIL. Portaria MS nº 325/GM, de 21 de fevereiro de 2008. Estabelece

prioridades, objetivos e metas do Pacto pela Vida para 2008, os

indicadores de monitoramento e avaliação do Pacto pela Saúde e as

orientações, prazos e diretrizes para a sua pactuação.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Projeto SB

Brasil 2003: condições de saúde bucal da população brasileira 2002-

2003. Brasília, DF, 2004. Disponível em:

http://dtr2004.saude.gov.br/dab/cnsb/vigilancia.php. Acesso em: 7 jan. 2008.

Page 78: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

1.15- TAXA DE DENTES COM TRATAMENTO ENDODÔNTICO CONCLUÍDO

Conceituação

Número de dentes com tratamento endodôntico concluído, em cada 10 expostos

da operadora, no período considerado.

Método de Cálculo*

Total de dentes com tratamento endodôntico concluído

Total de expostos para endodontia

x 10

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

será ajustada pela metodologia estatística da Padronização Indireta por Faixa

Etária e pelo Bayes Empírico, cuja fórmula simplificada pode ser representada

pela seguinte equação:

Taxa padronizada e estimada ou resultado padronizado e ajustado do

indicador = (RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico) X (Taxa da

população de referência).

RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico = (RIE da operadora sem

ajuste X Fator de ajuste) + (RIE médio de todas as operadoras) X (1 – Fator de

ajuste).

RIE = Razão Informados Esperados = (Número de eventos informados pela

operadora) / (Número de eventos esperados para operadora caso ela tivesse as

mesmas taxas encontradas em cada faixa etária da população de referência).

Razão Informados Esperados - RIE é um correlato ao termo em inglês

Standardized Incidence Rate – SIR ou ao termo Standardized Mortality Rate –

SMR.

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

indicador (número de beneficiários da operadora expostos ao evento ou ao

procedimento).

Page 79: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Taxa da população de referência = Taxa média do evento na população tomada

como referência para a padronização de faixa etária.

Definição de termos utilizados no Indicador

Numerador - Total de dentes com tratamento endodôntico concluído: número

total de dentes que receberam Tratamento Endodôntico Concluído (independente

do nº de condutos).

Denominador - Total de expostos para endodontia: total de beneficiários

expostos e expostos não beneficiários, sob responsabilidade da operadora, que

estão fora do período de carência no item em questão (endodontia), no período

considerado.

Interpretação do Indicador

Dentre as principais causas das doenças da polpa dentária está a doença cárie. A

progressão da lesão cariosa para as regiões mais profundas da estrutura dentária

agride a polpa, causando um processo inflamatório. Quando esta inflamação

progride e torna-se irreversível ocorre a necessidade de tratamento endodôntico,

em função da odontalgia ou da evolução para a necrose (morte) da polpa. De

acordo com os resultados do levantamento epidemiológico Projeto SB Brasil:

Condições de Saúde Bucal da População Brasileira, concluído pelo Ministério da

Saúde em 2003, 8,11% dos indivíduos examinados possuíam, pelo menos, 1

dente com indicação endodôntica.

Altas taxas de tratamento endodôntico sugerem um modelo assistencial

insatisfatório, com baixo estímulo às ações de promoção e prevenção.

No entanto, devemos atentar para o fato que tratamentos endodônticos também

são indicados por causas não evitáveis com ações preventivas, tais como

traumatismo dentário ou por indicação protética. Portanto, taxas muito baixas de

tratamento endodôntico não são desejadas, pois sugerem dificuldade de acesso

aos serviços especializados e de maior complexidade.

Desta forma, este indicador estima o risco (probabilidade) dos expostos

realizarem tratamento endodôntico nas dentições decídua e permanente,

motivado pela progressão da cárie e doença periodontal, na atenção suplementar

à saúde.

Page 80: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Usos

Dimensionar a realização de tratamento endodôntico, na atenção suplementar à

saúde, identificando variações e tendências que demandem a implementação de

ações para a prevenção da cárie e doença periodontal, o diagnóstico precoce das

lesões inflamatórias da polpa e o acesso aos serviços especializados.

Possibilitar a realização de análises epidemiológicas comparativas, observando a

série histórica do indicador, e correlacionando as ações implementadas com a

taxa de dentes com tratamento endodôntico concluído.

Analisar a orientação dos modelos assistenciais praticados na atenção

odontológica suplementar, bem como a existência de barreiras para o acesso aos

procedimentos de maior complexidade.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Em 2003, o Ministério da Saúde concluiu a realização de um levantamento

epidemiológico, denominado Projeto SB Brasil: Condições de Saúde Bucal da

População Brasileira, para avaliar os principais agravos bucais em determinadas

idades-índice e faixas etárias da população brasileira.

Este estudo mediu a distribuição da necessidade de endodontia através da

variável TRATA_5 do Projeto SB Brasil: Condições de Saúde Bucal da População

Brasileira – Resultados Principais, definida como número de dentes com

necessidade de tratamento pulpar e restauração, segundo as faixas etárias 18 a

36 meses, 5 anos, 12 anos, 15 a 19 anos, 35 a 44 anos, 65 a 74 anos, por

macrorregião do país. O registro desta variável foi realizado quando havia

necessidade de tratamento endodôntico, previamente à colocação de restauração

ou coroa, devido à cárie profunda e extensa, ou trauma.

Segundo a pesquisa, 8,11% dos indivíduos examinados possuíam, pelo menos, 1

dente com indicação endodôntica.

A fim de estabelecer uma projeção entre os resultados obtidos para as faixas

etárias especificadas acima e o restante da população brasileira, foi adotada uma

metodologia estatística conforme ficha técnica específica da padronização. Esses

resultados foram a referência utilizada para a definição do parâmetro deste

indicador.

Page 81: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

A distribuição de dentes com necessidade de tratamento endodôntico, em cada

10 indivíduos da população brasileira, está demonstrada no quadro abaixo:

Fontes:

Projeto SB Brasil: Condições de Saúde Bucal da População Brasileira – Resultados

Principais, 2003.

Censo Demográfico Brasileiro- IBGE, 2000.

Faixa EtáriaNúmero total de

indivíduos

Projeção do número de dentes com indicação de endodontia

Projeção do número de dentes com indicação

de endodontia / 10 indivíduos

01-04 anos 13.162.418 695.211 0,5305-09 anos 16.542.327 2.029.986 1,2310-14 anos 17.348.067 2.804.686 1,6215-19 anos 17.939.815 3.086.774 1,7220-24 anos 16.141.515 2.698.689 1,6725-29 anos 13.849.665 2.140.977 1,5530-34 anos 13.028.944 1.810.049 1,3935-39 anos 12.261.529 1.507.809 1,2340-44 anos 10.546.694 1.137.483 1,0845-49 anos 8.721.541 820.782 0,9450-54 anos 7.062.601 579.987 0,8255-59 anos 5.444.715 390.237 0,7260-64 anos 4.600.929 288.722 0,6365-69 anos 3.581.106 197.757 0,5570-74 anos 2.742.302 134.106 0,4975-79 anos 1.779.587 77.613 0,4480 anos e mais 1.832.105 67.684 0,37Total 166.585.860 20.468.552 1,23

Page 82: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Meta

Considerando como parâmetro nacional 1,20 dentes com indicação de

endodontia/ 10 indivíduos, e tendo em vista que existem indicações de

tratamento endodôntico por causas não evitáveis através de medidas

preventivas, foi estabelecido para este indicador um limite inferior permitindo

uma redução de até 75% do parâmetro nacional. Sabendo que a realização de

endodontias acima dos padrões esperados indica um modelo assistencial

insatisfatório, centrado em práticas curativas, em detrimento das ações de

promoção e prevenção, foi estabelecido para o indicador um limite superior

permitindo um aumento de até 75% do parâmetro nacional.

Diante do exposto, a meta estabelecida para este indicador é um valor maior ou

igual a 0,30 e menor ou igual a 1,20 dentes com tratamento endodôntico

concluído/ 10 expostos/ ano.

Pontuação

Os valores para pontuação da operadora neste indicador foram definidos de

acordo com o quadro abaixo:

Resultado obtido pela operadora Pontuação

Nº de dentes com tratamento endodôntico

concluído, em cada 10 expostos Valor de 0 a 1 Peso 1

S/ Informação ou resultado <= 0,10 e >= 2,10 0 1

Resultado > 0,10 e < 0,30 V1 (>0 e <1) v x 1

Resultado > 1,20 e <2,10 V2 (>0 e <1) v x 1

Resultado >= 0,30 e <= 1,20 1 1

V1 = (Resultado > 0,10 e < 0,30) – 0,10/ 0,20

V2 = 1- ((Resultado > 1,20 e <2,10) – 1,20/ 0,90)

Fonte

Numerador: Sistema de Informações de Produtos (SIP) - Anexo IV - Item 4.3

dente com tratamento endodôntico concluído (quantidade)

Denominador: Sistema de Informações de Produtos (SIP) - Anexo II - Item

1.9.6 endodontia (n° de expostos)

Page 83: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Conhecer o perfil epidemiológico dos beneficiários, identificar os grupos de risco

para cárie e doença periodontal, e adotar estratégias de busca ativa, organizando

a rede assistencial para a prestação de serviços voltados para a prevenção dos

fatores de risco, diagnóstico precoce e intervenção adequada.

Desenvolver programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças

que utilizem ações para a redução das lesões inflamatórias da polpa.

Implantar uma política de capacitação e educação permanente para a rede de

prestadores, visando à uniformidade operacional e ao desenvolvimento de

práticas centradas na promoção da saúde e na prevenção das doenças bucais.

Limitações e Vieses

Poderá ser influenciado pelo tempo de permanência do beneficiário no plano,

quando este for insuficiente para evitar endodontias por meio de ações de

promoção e prevenção implementadas pela operadora; e quando não houver

possibilidade de evitar endodontias, diante da entrada de novos beneficiários

com a necessidade já instalada.

O indicador poderá ser influenciado pela composição etária da carteira de

beneficiários.

Referências

BRASIL. Portaria MS n° 493/GM, de 13 de março de 2006. Aprova a Relação

de Indicadores da Atenção Básica – 2006. Disponível em:

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2006/portaria_493.pdf. Acesso em: 7

jan. 2008.

BRASIL. Portaria MS nº 91/GM, de 10 de janeiro de 2007. Regulamenta a

unificação do processo de pactuação de indicadores do Pacto pela Saúde,

a serem pactuados por Municípios, Estados e Distrito Federal.

BRASIL. Portaria MS nº 325/GM, de 21 de fevereiro de 2008. Estabelece

prioridades, objetivos e metas do Pacto pela Vida para 2008, os

indicadores de monitoramento e avaliação do Pacto pela Saúde e as

orientações, prazos e diretrizes para a sua pactuação.

Page 84: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Projeto SB

Brasil 2003: condições de saúde bucal da população brasileira 2002-

2003. Brasília, DF, 2004. Disponível em:

http://dtr2004.saude.gov.br/dab/cnsb/vigilancia.php. Acesso em: 7 jan. 2008.

Page 85: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

1.16- TAXA DE EXODONTIAS DE PERMANENTES

Conceituação

Número de exodontias de permanentes, realizadas em cada 10 expostos da

operadora (com 12 anos de idade ou mais), no período considerado.

Método de cálculo*

Nº de exodontias de permanentes

Total de expostos para exodontia x P (**) x 10

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

será ajustada pela metodologia estatística da Padronização Indireta por Faixa

Etária e pelo Bayes Empírico, cuja fórmula simplificada pode ser representada

pela seguinte equação:

Taxa padronizada e estimada ou resultado padronizado e ajustado do

indicador = (RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico) X (Taxa da

população de referência).

RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico = (RIE da operadora sem

ajuste X Fator de ajuste) + (RIE médio de todas as operadoras) X (1 – Fator de

ajuste).

RIE = Razão Informados Esperados = (Número de eventos informados pela

operadora) / (Número de eventos esperados para operadora caso ela tivesse as

mesmas taxas encontradas em cada faixa etária da população de referência).

Razão Informados Esperados - RIE é um correlato ao termo em inglês

Standardized Incidence Rate – SIR ou ao termo Standardized Mortality Rate –

SMR.

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

indicador (número de beneficiários da operadora expostos ao evento ou ao

procedimento).

Page 86: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Taxa da população de referência = Taxa média do evento na população tomada

como referência para a padronização de faixa etária.

Definição de termos utilizados no indicador

Numerador - Total de exodontias de permanentes: total de procedimentos de

extrações de permanentes normalmente implantados, à exceção das extrações

de siso incluso/semi-incluso e extrações com indicação ortodôntica, que devem

ser informadas no item de despesa “Cirurgia Odontológica”.

Denominador - Total de expostos para exodontia: total de beneficiários

expostos e expostos não beneficiários, sob responsabilidade da operadora, que

estão fora do período de carência no item em questão (exodontia), no período

considerado.

P(**): percentual de beneficiários em planos odontológicos, com 12 anos de

idade ou mais, do setor suplementar.

Interpretação do indicador

Os estudos epidemiológicos realizados na área de saúde bucal têm fornecido

informações sobre as condições bucais e as necessidades de tratamento das

populações, apontando a cárie e a doença periodontal, evitáveis com ações

preventivas, como as doenças responsáveis pela maioria das perdas dentárias.

De acordo com os resultados do levantamento epidemiológico Projeto SB Brasil:

Condições de Saúde Bucal da População Brasileira, concluído pelo Ministério da

Saúde em 2003, 13,64% dos indivíduos com 12 anos de idade ou mais possuem,

pelo menos, 1 dente permanente com indicação para exodontia.

Sabe-se que as perdas dentárias são influenciadas pelas condições sociais dos

indivíduos, bem como pelo modelo de atenção odontológica praticado no país,

baseado no acesso limitado e na realização de ações curativas, centrado nas

seqüelas das doenças e não na prevenção das mesmas, e que tem nas extrações

dentárias a solução prática e econômica para o alívio da dor.

Altas taxas de exodontias sugerem um modelo assistencial insatisfatório, com

dificuldade de acesso aos serviços odontológicos básicos e baixo estímulo às

ações de promoção e prevenção.

Desta forma, este indicador estima o risco (probabilidade) dos expostos, com 12

anos de idade ou mais, realizarem exodontias de permanentes, motivadas pela

progressão da doença cárie ou da doença periodontal, na atenção suplementar à

saúde.

Page 87: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Usos

Possibilitar a realização de análises epidemiológicas comparativas, observando a

série histórica do indicador, correlacionando a implementação de ações de

promoção, prevenção e diagnóstico precoce, com a taxa de exodontias, na

população de expostos com 12 anos de idade ou mais.

Dimensionar a magnitude dos procedimentos mutiladores na dentição

permanente.

Analisar a orientação dos modelos assistenciais praticados na assistência

odontológica suplementar.

Subsidiar o planejamento, o monitoramento e a avaliação das ações para a

prevenção e diminuição das seqüelas da cárie e doença periodontal.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

O Projeto SB Brasil: Condições de Saúde Bucal da População Brasileira avaliou os

principais agravos bucais em determinadas idades-índice e faixas etárias da

população brasileira.

Este estudo mediu a distribuição da necessidade de exodontias de permanentes

através da variável TRATA_6 do Projeto SB Brasil: Condições de Saúde Bucal da

População Brasileira – Resultados Principais, definida como número de dentes

com necessidade de exodontia, segundo as faixas etárias de 12 anos, 15 a 19

anos, 35 a 44 anos, 65 a 74 anos e macrorregião do país. De acordo com a

variável, um dente é registrado como indicado para extração quando foi

totalmente destruído pela cárie; quando apresenta mobilidade que compromete

sua recuperação periodontal; por indicação protética ou ortodôntica. Segundo a

pesquisa, 13,64% dos indivíduos com 12 anos de idade ou mais possuíam, pelo

menos, 1 dente com indicação para exodontia.

A fim de estabelecer uma projeção entre os resultados obtidos para as faixas

etárias especificadas acima, e o restante da população brasileira, foi adotada

uma metodologia estatística conforme ficha técnica específica da padronização.

Esses resultados foram a referência utilizada para a definição do parâmetro deste

indicador.

A distribuição da necessidade de exodontia de permanentes, em cada 10

indivíduos da população brasileira com 12 anos de idade ou mais, segundo faixa

etária, está demonstrada no quadro abaixo:

Page 88: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Faixa Etária Número total de

indivíduos

Projeção do número

de dentes com

indicação de

exodontia

Projeção do número

de dentes com

indicação de

exodontia/ 10

indivíduos

12-14 anos 10.547.058 1.568.758 1,49

15-19 anos 17.939.815 5.423.772 3,02

20-24 anos 16.141.515 7.916.300 4,90

25-29 anos 13.849.665 8.212.285 5,93

30-34 anos 13.028.944 8.172.338 6,27

35-39 anos 12.261.529 7.806.459 6,37

40-44 anos 10.546.694 6.740.779 6,39

45-49 anos 8.721.541 5.579.862 6,40

50-54 anos 7.062.601 4.519.663 6,40

55-59 anos 5.444.715 3.484.538 6,40

60-64 anos 4.600.929 2.944.578 6,40

65-69 anos 3.581.106 2.291.904 6,40

70-74 anos 2.742.302 1.755.073 6,40

75-79 anos 1.779.587 1.138.936 6,40

80 anos e mais 1.832.105 1.172.547 6,40

Total 130.080.106 68.727.791 5,28

Fontes:

Projeto SB Brasil: Condições de Saúde Bucal da População Brasileira – Resultados

Principais, 2003.

Censo Demográfico Brasileiro- IBGE, 2000.

Meta

O parâmetro nacional, de 5,28 dentes com indicação de exodontia/ 10 indivíduos

com 12 anos de idade ou mais, é considerado elevado quando comparado aos

padrões internacionais.

Desta forma, a meta estabelecida para este indicador propõe uma redução de

70% do parâmetro nacional, ou seja, a realização de 1,60 exodontias de

permanentes/ 10 expostos com 12 anos de idade ou mais/ ano, buscando reduzir

o número de exodontias na dentição permanente, no setor suplementar.

Page 89: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Pontuação

A pontuação do indicador foi definida de acordo com o quadro abaixo:

Resultado obtido pela operadora Pontuação

Nº exodontias de permanentes por cada

10 expostos Valor de 0 a 1 Peso 1

S/ Informação ou resultado >= 3,20 0 1

Resultado < 3,20 e > 1,60 v (>0 e <1) v x 1

Resultado <=1,60 1 1

V = 1- ((Resultado < 3,20 e > 1,60) – 1,60/ 1,60)

Fonte

Numerador: Sistema de Informações de Produtos (SIP) - Anexo II - Item 1.9.5

exodontia (n° de eventos)

Denominador: Sistema de Informações de Produtos (SIP) - Anexo II - Item

1.9.5 exodontia (n° de expostos)

P(**): Sistema de Informação de Beneficiários (SIB)

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Conhecer o perfil epidemiológico dos beneficiários, identificar os grupos de risco

para as doenças cárie e periodontal e adotar estratégias de busca ativa,

organizando a rede assistencial para a prestação de serviços voltados para a

prevenção das doenças e redução dos fatores de risco, diagnóstico precoce e

intervenção adequada.

Desenvolver programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças

com o objetivo de evitar as exodontias na dentição permanente.

Implantar uma política de capacitação e educação permanente para a rede de

prestadores, visando à uniformidade operacional, de modo a evitar medidas

mutiladoras, estimulando as práticas centradas na promoção da saúde bucal e

prevenção de doenças.

Limitações e vieses

Poderá ser influenciado pelo tempo de permanência do beneficiário no plano,

quando este for insuficiente para evitar exodontias por meio de ações de

Page 90: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

promoção e prevenção implementadas pela operadora; e quando não houver

possibilidade de evitar as exodontias diante da entrada de novos beneficiários

com a necessidade já instalada.

O indicador poderá ser influenciado pela composição etária da carteira de

beneficiários.

Referências

BRASIL. Portaria MS n° 493/GM, de 13 de março de 2006. Aprova a Relação

de Indicadores da Atenção Básica – 2006. Disponível em:

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2006/portaria_493.pdf. Acesso em: 7

jan. 2008.

BRASIL. Portaria MS nº 91/GM, de 10 de janeiro de 2007. Regulamenta a

unificação do processo de pactuação de indicadores do Pacto pela Saúde,

a serem pactuados por Municípios, Estados e Distrito Federal.

BRASIL. Portaria MS nº 325/GM, de 21 de fevereiro de 2008. Estabelece

prioridades, objetivos e metas do Pacto pela Vida para 2008, os

indicadores de monitoramento e avaliação do Pacto pela Saúde e as

orientações, prazos e diretrizes para a sua pactuação.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Projeto SB

Brasil 2003: condições de saúde bucal da população brasileira 2002-

2003. Brasília, DF, 2004. Disponível em:

http://dtr2004.saude.gov.br/dab/cnsb/vigilancia.php. Acesso em: 7 jan. 2008.

Page 91: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

2- INDICADORES DA DIMENSÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA

2.1- LIQUIDEZ DA NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO

Conceito

O ILNCG representa o quanto a operadora emprega de recursos de curto prazo no

financiamento de suas operações.

Método de Cálculo

NCG

TILNCG =

Definição de termos utilizados no Indicador

T: o Saldo de Tesouraria (T) representa, principalmente, a diferença entre

aplicações financeiras e disponibilidades de curto prazo, e os empréstimos e

financiamentos bancários de curto prazo.

NCG: A Necessidade de Capital de Giro (NCG) representa a demanda de recursos

de natureza operacional que, pelo seu forte vínculo com as operações, assume

caráter de longo prazo.

VARIÁVEL FÓRMULA ACP 121 + 122 AOP 12 – 121 - 122 PCP 217 POP 2 – 217 – (23 + 24 + 25) NCG [AOP]-[POP]

T [ACP]-[PCP] ILNCG [T]/Módulo([NCG])

ACP – Ativo de curto prazo.

AOP – Ativo operacional.

PCP – Passivo de curto prazo.

POP – Passivo operacional.

Page 92: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Os números das fórmulas são referentes aos códigos das contas contábeis

definidas no plano de contas das operadoras (Instrução Normativa Nº 09 de 14

de fevereiro de 2007).

Interpretação do Indicador

Valores positivos indicam que o saldo de tesouraria é uma aplicação de recursos

e não uma fonte.

Parâmetros e Dados Estatísticos

O parâmetro é dado pelo comportamento do mercado para cada modalidade de

operação.

Meta

A ILNCG da operadora deve ser maior que 2.

Pontuação

Segundo percentil da Modalidade

Resultado obtido pela operadora Pontuação

Índice de Liquidez de Necessidade de Capital de Giro

Valor de 0 a 1

Peso 1

Sem informação/Situado no intervalo de %5II LNCG ≤ 0 0

Situado no intervalo de 2%5 << LNCGII V (>0 e <1) V

Situado no intervalo de 2≥LNCGI 1 1

Onde, V = %5

%5

2 I

IILNCG

−−

Referências

VIEIRA, M. V. Administração estratégica do capital de giro. Editora Atlas. São

Paulo: 2005.

Page 93: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

2.2- LIQUIDEZ CORRENTE

Conceito

Representa o quanto existe de ativo circulante para cada unidade monetária de

dívida a curto prazo.

Método de Cálculo

Ativo Circulante =LCI

Passivo Circulante

Definição de termos utilizados no Indicador

Ativo circulante: são aplicações no curto prazo de recursos da operadora

Passivo circulante: são as fontes de recursos de curto prazo da operadora

Interpretação do Indicador

Quanto maior o indicador, mais alta a capacidade da empresa financiar suas

necessidades de capital de giro.

Parâmetros e Dados Estatísticos

O parâmetro é dado pelo comportamento do mercado para cada modalidade de

operação.

Meta

A Liquidez Corrente da operadora deve ser maior que 2.

Page 94: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Pontuação

Segundo percentil da Modalidade

Resultado obtido pela operadora Pontuação

Índice de Liquidez Corrente Valor de 0 a

1 Peso 2

Sem informação/Situado no intervalo de %5II LC ≤ 0 0

Situado no intervalo de 2%5 << LCII V (>0 e <1) V x 2

Situado no intervalo de 2≥LCI 1 2

Onde, V = %5

%5

2 I

IILC

−−

Referências

ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. Sexta Edição, São

Paulo: Atlas, 2001.

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2.3- PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Conceito

Representa a identidade contábil medida pela diferença entre o total do ativo e

os grupos do passivo exigível e resultados de exercícios futuros. Indica, em

outras palavras, o volume dos recursos próprios da empresa, pertencente a seus

acionistas ou sócios.

Método de Cálculo

=PLI Patrimônio Líquido

Interpretação do Indicador

Quanto maior o indicador, maior o volume dos recursos próprios.

Parâmetros e Dados Estatísticos

O parâmetro é dado pelo comportamento médio do mercado para cada

modalidade de operação e porte da operadora.

Meta

O Patrimônio Líquido da operadora deve estar entre os 5% maiores, de acordo

com sua modalidade e porte.

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Pontuação

Segundo percentil da Modalidade e Porte

Resultado obtido pela operadora Pontuação

Patrimônio Líquido Valor de 0 a

1 Peso 1

Sem informação/Situado no intervalo de %5II PL ≤ 0 0

Situado no intervalo de %95%5 III PL << V (>0 e <1) V

Situado no intervalo de %95II PL ≥ 1 1

Onde, V = %5%95

%5

II

II PL

−−

Referências

ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. Sexta Edição, São

Paulo: Atlas, 2001.

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2.4- ADICIONAL EM GARANTIAS FINANCEIRAS (EM PROVISÕES)

Conceito

Para receber uma pontuação positiva no Programa de Qualificação, a operadora

precisa ter, para o ano de 2007, 60% das Provisões Exigidas. Dessa forma, o

indicador em questão representa o percentual do adicional que a operadora

possui em relação a essa exigência.

Método de Cálculo

=GFADIC Provisões Calculadas – 0,6 * Provisões Exigidas

0,6 * Provisões Exigidas

Definição de termos utilizados no Indicador

Provisões Calculadas: soma dos valores das provisões calculadas de acordo

com as informações contidas no DIOPS;

Provisões Exigidas: soma dos valores das provisões exigidas, de acordo com a

norma RN160.

Interpretação do Indicador

Quanto maior o adicional em Garantias Financeiras, maior será a segurança

desta operadora.

Meta

O GFADIC da operadora deve estar entre os 5% maiores GFADIC de acordo

com seu segmento.

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Pontuação

Segundo percentil da Modalidade

Resultado obtido pela operadora Pontuação

Adicional de garantias financeiras Valor de 0 a

1 Peso 2

Sem informação/Situado no intervalo de 0≤GFADIC 0 0

Situado no intervalo de %950 IADICGF << V (>0 e <1) V x 2

Situado no intervalo de %95IADICGF ≥ 1 2

Onde, V = %5%95

%5

II

IADICGF

−−

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3- INDICADORES DA DIMENSÃO ESTRUTURA E OPERAÇÃO

3.1- TAXA DE BENEFICIÁRIO EM PLANO ANTIGO

Conceituação

Percentual de beneficiários ativos em planos de saúde não registrados na ANS

em relação aos beneficiários ativos da operadora no período analisado.

Método de Cálculo

No. de beneficiários em planos de saúde não registrados na ANS

Total de beneficiários ativos da operadora X 100

Definição de termos utilizados no Indicador

No. de beneficiários em planos de saúde não registrados na ANS:

quantidade de beneficiários ativos com planos anteriores à Lei nº 9965/98 e não

adaptados a esta, no último mês do período analisado.

Total de beneficiários ativos da operadora: quantidade de beneficiários

ativos no período analisado.

Beneficiários ativos: beneficiários que aderiram a planos da operadora e não

foram cancelados até o último dia do período analisado.

Interpretação do Indicador

1. Expressa a proporção de beneficiários com planos antigos em uma

operadora.

2. Revela o percentual de beneficiários que estão sob melhor condição de

regulação da ANS.

Usos

1. Dimensionar o contingente de beneficiários em planos com início de vigência

anterior à Lei 9.656/98.

2. Contribuir para o direcionamento das políticas de migração e adaptação de

contratos.

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3. Subsidiar análises sobre o interesse da operadora na migração e adaptação de

contratos.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

O valor do indicador tem como parâmetro o resultado observado no setor.

Meta

A operadora possuir proporção de 0% de beneficiários em planos antigos.

Pontuação

Resultado Obtido Pela Operadora Pontuação

% de Beneficiários em Planos Antigos Valor de 0 a 1 Peso 2

Resultado = 100% 0 0

Resultado < 100% e > 0% V (> 0 e < 1) V x 2

Resultado = 0% 1 2

V= 1 – (resultado <100% e > 0%)

Fonte

MS/ANS – Sistema de Informações de Beneficiários (SIB)

MS/ANS – Sistema de Registro de Produtos (RPS)

MS/ANS/DIPRO/GGEOP/CIPRO – Anexos da RN 95/2005

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Estimular a empresa para conhecimento das causas e identificação de ações de

intervenção.

Limitações e Vieses

1. Confiabilidade das informações enviadas pelas operadoras;

2. Indicador provisório – sua permanência está condicionada ao alcance do

setor de valor tendendo a 0%;

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3. O indicador é muito sensível a aumentos e diminuições do nº de

beneficiários da carteira da operadora, independente de possível redução

no nº de beneficiários em planos antigos.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo

de regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

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3.2- DISPERSÃO DA REDE ASSISTENCIAL MÉDICO-HOSPITALAR

Conceituação

Percentual dos municípios listados na área geográfica de abrangência e atuação

dos planos, que apresentam indicação de rede assistencial para operadoras com

segmentação Médico-hospitalar ao final do ano em análise.

Método de Cálculo

Somatório do nº de municípios com indicação de prestador hospitalar

Somatório nº de municípios com previsão de cobertura assistencial hospitalar

x 100

Definição de termos utilizados no Indicador

Área Geográfica de Abrangência dos planos: área em que a operadora fica

obrigada a garantir todas as coberturas de assistência à saúde contratadas pelos

beneficiários.

Área de Atuação dos planos: especificação dos municípios ou UF de acordo

com a abrangência adotada acima.

Municípios com indicação de prestador: total dos municípios com indicação

de prestador hospitalar. Para os planos com área geográfica de abrangência

Estadual, Grupo de Estados e Nacional serão contabilizados os municípios

contidos em cada UF.

No cálculo do numerador serão contabilizados os prestadores hospitalares

(Hospital Geral ou Hospital Especializado) informados na rede assistencial da

operadora no RPS.

Municípios com previsão de cobertura assistencial hospitalar: total dos

municípios indicados na área de atuação dos planos com segmentação hospitalar

Registrados, Adequados e Em Adequação no sistema RPS/ARPS. No cálculo do

denominador serão considerados apenas os municípios que apresentam

disponibilidade dos prestadores hospitalares não exclusivos do SUS, segundo a

informação contida no CNES/DATASUS.

Page 103: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Situações excetuadas:

Serão contabilizados neste indicador apenas os municípios e prestadores que

estiverem localizados no conjunto dos municípios que contemplem 90% dos

beneficiários da operadora em planos com cobertura hospitalar.

No caso de beneficiários vinculados a planos anteriores a lei 9.656/98, como não

existe informação da área de atuação no cadastro destes planos no SCPA, será

entendida como área de previsão de cobertura assistencial os municípios de

residência dos beneficiários.

Serão desconsiderados os beneficiários vinculados a planos registrados no RPS

que indicarem, nos Dados Gerias deste registro, que o plano opera

exclusivamente com livre escolha.

Operadoras com segmentação Médico-hospitalar que apresentem beneficiários

em planos exclusivamente odontológicos serão avaliadas apenas quanto à

indicação de prestadores hospitalares.

A classificação dos estabelecimentos será verificada a partir da informação do

CNES constante nos prestadores informados pelas Operadoras no RPS. Quando

este cadastro não estiver informado, mas existir no CNES, serão considerados os

CNPJ informados neste sistema para identificar e contabilizar a disponibilidade

destes prestadores.

Interpretação do Indicador

Verifica o quanto à disponibilidade de prestadores hospitalares na rede

assistencial da operadora está coerente com a área geográfica de

abrangência/atuação prevista para cobertura assistencial definida nos planos,

favorecendo um melhor acesso para os beneficiários.

Usos

Acompanhar a distribuição dos prestadores nas áreas previstas para oferta de

cobertura assistencial.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

O parâmetro é dado pelo comportamento da medida de tendência central, a

mediana, por segmento.

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Meta

Apresentar um resultado de 100% dos municípios (com beneficiários) da área

geográfica de abrangência/atuação dos planos das operadoras, com

disponibilidade de prestador com serviços hospitalares.

Pontuação

Resultado Obtido Pela Operadora Pontuação

% de municípios com previsão de

cobertura assistencial que

disponibiliza prestador hospitalar

Valor de 0 a 1 Peso 1

Resultado = 0% 0 0

Resultado > 0% e < 100% V (> 0 e < 1) V x 1

Resultado = 100% 1 1

V= (Resultado > 0% e < 100%)

Fonte

MS/ANS – Sistema de Registro de Produtos (RPS)

MS/DATASUS/CNES

MS/ANS – Sistema de Informações de Beneficiários (SIB)

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Incentivar a estruturação da rede assistencial das operadoras, observando se a

indicação de prestadores hospitalares para área geográfica de

abrangência/atuação descrita nos planos representa uma distribuição coerente

com o melhor acesso dos beneficiários.

Limitações e Vieses

1. Não avaliada neste indicador a dispersão geográfica, quanto à

disponibilidade de prestadores hospitalares em municípios limítrofes;

2. Não avalia a distribuição dos demais estabelecimentos não hospitalares,

para as operadoras com segmentação Médico-hospitalar, vinculados a

rede assistencial da operadora.

Page 105: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de

regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

RN nº. 100, de 3 de junho de 2005.

Consulta pública ANS nº 26/2006. Minuta e anexos de RN disponibilizados para

consulta pública no período de 28/12/2006 a 24/02/2007.

Page 106: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

3.3- DISPERSÃO DA REDE ASSISTENCIAL EXCLUSIVAMENTE

ODONTOLÓGICA

Conceituação

Percentual dos municípios listados na área geográfica de abrangência e atuação

dos planos, que apresentam indicação de rede assistencial odontológica ao final

do ano em análise.

Método de Cálculo

Somatório do nº de municípios com indicação de prestador odontológico

Somatório nº de municípios com previsão de cobertura assistencial odontológica

x 100

Definição de termos utilizados no Indicador

Área Geográfica de Abrangência dos planos: área em que a operadora fica

obrigada a garantir todas as coberturas de assistência à saúde contratadas pelos

beneficiários.

Área de Atuação dos planos: especificação dos municípios ou UF de acordo

com a abrangência adotada acima.

Municípios com indicação de prestador: total dos municípios com indicação

de prestador odontológico. Para os planos com área geográfica de abrangência

Estadual, Grupo de Estados e Nacional serão contabilizados os municípios

contidos em cada UF.

No cálculo do numerador serão contabilizados os prestadores informados na rede

assistencial da operadora no RPS.

Municípios com previsão de cobertura assistencial

hospitalar/odontológica: total dos municípios indicados na área de atuação

dos planos com segmentação odontológica, Registrados, Adequados e Em

Adequação no sistema RPS/ARPS.

Page 107: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Situações excetuadas:

Serão contabilizados neste indicador apenas os municípios e prestadores que

estiverem localizados no conjunto dos municípios que contemplem 90% dos

beneficiários da operadora em planos com cobertura odontológica.

No caso de beneficiários vinculados a planos anteriores a lei 9.656/98, como não

existe informação da área de atuação no cadastro destes planos no SCPA, será

entendida como área de previsão de cobertura assistencial os municípios de

residência dos beneficiários.

Serão desconsiderados os beneficiários vinculados a planos registrados no RPS

que indicarem, nos Dados Gerais deste registro, que o plano opera

exclusivamente com livre escolha.

A disponibilidade dos estabelecimentos será verificada a partir da informação dos

prestadores informados pelas Operadoras no RPS.

Interpretação do Indicador

Verifica o quanto disponibilidade de prestadores odontológicos na rede

assistencial da operadora está coerente com a área geográfica de

abrangência/atuação prevista para cobertura assistencial definida nos planos,

favorecendo um melhor acesso para os beneficiários.

Usos

Acompanhar a distribuição dos prestadores nas áreas previstas para oferta de

cobertura assistencial.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

O parâmetro é dado pelo comportamento da medida de tendência central, a

mediana, por segmento.

Meta

Apresentar um resultado de 100% dos municípios (com beneficiários) da área

geográfica de abrangência/atuação dos planos das operadoras, com

disponibilidade de prestador com serviços odontológicos.

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Pontuação

Resultado Obtido Pela Operadora Pontuação

% de municípios com previsão de

cobertura assistencial que

disponibiliza prestador Odontológico

Valor de 0 a 1 Peso 1

Resultado = 0% 0 0

Resultado > 0% e < 100% V (> 0 e < 1) V x 1

Resultado = 100% 1 1

V= (Resultado > 0% e < 100%)

Fonte

MS/ANS – Sistema de Registro de Produtos (RPS)

MS/DATASUS/CNES

MS/ANS – Sistema de Informações de Beneficiários (SIB)

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Incentivar a estruturação da rede assistencial das operadoras, observando se a

indicação de prestadores odontológicos para área geográfica de

abrangência/atuação descrita nos planos representa uma distribuição coerente

com o melhor acesso dos beneficiários.

Limitações e Vieses

Não avaliada neste indicador a dispersão geográfica, quanto à disponibilidade de

prestadores odontológicos em municípios limítrofes.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de

regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

RN nº. 100, de 3 de junho de 2005.

Consulta pública ANS nº 26/2006. Minuta e anexos de RN disponibilizados para

consulta pública no período de 28/12/2006 a 24/02/2007.

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3.4- DISPERSÃO DE PROCEDIMENTOS E SERVIÇOS BÁSICOS DE SAÚDE

Conceituação

Percentual dos municípios listados na área de geográfica de abrangência e

atuação dos planos, que apresentam disponibilidade de procedimentos e serviços

básicos de saúde na rede assistencial da operadora ao final do ano em análise.

Método de Cálculo

Somatório do nº de municípios com disponibilidade mínima de procedimentos e serviços básicos de saúde

Somatório do nº de municípios com previsão de cobertura assistencial

x 100

Definição de termos utilizados no Indicador

Área Geográfica de Abrangência dos planos: área em que a operadora fica

obrigada a garantir todas as coberturas de assistência à saúde contratadas pelos

beneficiários.

Área de Atuação dos planos: especificação dos municípios ou UF de acordo

com a abrangência adotada acima.

Procedimentos e serviços básicos de saúde: serviços com maior

disponibilidade local para os beneficiários (Anatomopatologia, Eletrocardiograma,

Patologia clínica, Radiodiagnóstico, Ultra-sonografia e Fisioterapia).

Municípios com disponibilidade mínima de procedimentos e serviços

básicos de saúde: total dos municípios com indicação de prestador(es) na rede

assistencial da operadora com disponibilidade mínima de 4 dos 6 procedimentos

ou serviços básicos de saúde. Para os planos com área geográfica de

abrangência Estadual, Grupo de Estados e Nacional serão contabilizados os

municípios contidos em cada UF.

Municípios com previsão de cobertura assistencial: total dos municípios

indicados na área de atuação dos planos Registrados, Adequados e Em

Adequação no sistema RPS/ARPS. Para os planos com área geográfica de

abrangência Estadual, Grupo de Estados e Nacional serão contabilizados os

municípios contidos em cada UF.

Page 110: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Situações excetuadas:

Serão contabilizados neste indicador apenas os prestadores que estiverem

localizados nos municípios que contemplem 90% dos beneficiários da operadora

em planos não exclusivamente odontológicos.

No caso de beneficiários vinculados a planos anteriores a lei 9.656/98, como não

existe informação da área de atuação no cadastro destes planos no SCPA, será

entendida como área de previsão de cobertura assistencial os municípios de

residência dos beneficiários.

Serão desconsiderados os beneficiários vinculados a planos registrados no RPS

que indicarem, nos Dados Gerais deste registro, que o plano opera

exclusivamente com livre escolha.

A disponibilidade dos procedimentos e serviços básicos de saúde será verificada

a partir da informação do CNES constante nos prestadores informados pelas

Operadoras no RPS. Quando este cadastro não estiver informado, mas existir no

CNES, será considerado o CNPJ informado neste sistema para identificar e

contabilizar a disponibilidade destes serviços.

Interpretação do Indicador

Verifica a disponibilidade mínima considerada de procedimentos e serviços

básicos de saúde encontrada na área prevista para oferta de cobertura

assistencial, definida nos planos das operadoras.

Usos

Acompanhar a oferta dos prestadores nas áreas de atuação dos planos que

favoreça a dispersão dos procedimentos e serviços básicos de saúde.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

O parâmetro é dado pelo comportamento da medida de tendência central, a

mediana, por segmento.

As operadoras exclusivamente odontológicas não terão avaliação neste indicador.

Meta

Apresentar um resultado de 90% dos municípios da área geográfica de

abrangência/atuação dos planos das operadoras, com disponibilidade mínima de

procedimentos e serviços básicos de saúde.

Page 111: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Pontuação

Resultado Obtido Pela Operadora Pontuação

% de municípios com previsão de

cobertura assistencial que

disponibilizam procedimentos e

serviços básicos de saúde

Valor de 0 a 1 Peso 2

Resultado < = 10% 0 0

Resultado > 10% e < 90% V (> 0 e < 1) V x 2

Resultado > = 90% 1 2

V= (Resultado > 10% e < 90%)

Fonte

MS/ANS – Sistema de Registro de Produtos (RPS)

MS/DATASUS/CNES

MS/ANS – Sistema de Informações de Beneficiários (SIB)

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Incentivar a estruturação da rede assistencial das operadoras, observando se a

indicação de prestadores para área geográfica de abrangência/atuação descrita

nos planos apresenta uma distribuição dos procedimentos e serviços básicos de

saúde coerente com o melhor acesso dos beneficiários.

Limitações e Vieses

1. O indicador não avalia a indisponibilidade local dos prestadores;

2. O indicador não avalia a dispersão geográfica, quanto à disponibilidade de

prestadores em municípios limítrofes.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de

regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

RN nº. 100, de 3 de junho de 2005.

Consulta pública ANS nº 26/2006. Minuta e anexos de RN disponibilizados para

consulta pública no período de 28/12/2006 a 24/02/2007.

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3.5- DISPERSÃO DE SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 24 HORAS

Conceituação

Percentual dos municípios que possuem beneficiários da operadora e que

apresentam rede assistencial com disponibilidade de serviços de urgência e

emergência 24 horas ao final do ano em análise.

Método de Cálculo

nº de municípios que disponibilizam serviços de Urgência e Emergência 24 horas

nº de municípios com beneficiários da operadora

x 100

Definição de termos utilizados no Indicador

Municípios que disponibilizam serviços de Urgência e Emergência 24

horas: Total dos municípios com beneficiários e que apresentam rede

assistencial não exclusiva do SUS que disponibiliza serviços de Urgência e

Emergência 24 horas em prestador Hospitalar ou Não-Hospitalar.

Municípios com beneficiários da operadora: Total dos municípios listados a

partir do município de residência dos beneficiários de cada operadora,

identificados no cadastro do SIB, independente da área de atuação (cobertura

assistencial) prevista nos planos.

Situações excetuadas:

Serão contabilizados neste indicador apenas os municípios com mais de 300

beneficiários vinculados a planos não exclusivamente odontológicos.

Serão desconsiderados os beneficiários vinculados a planos registrados no RPS

que indicarem, nos Dados Gerais deste registro, que o plano opera

exclusivamente com livre escolha.

Apenas os municípios que apresentam rede assistencial com oferta de serviços

de Urgência e Emergência 24 horas em prestadores hospitalares ou Não-

Hospitalares identificados a partir do cadastro dos prestadores no RPS e com

confirmação da disponibilidade destes serviços no Cadastro Nacional dos

Estabelecimentos de Saúde (CNES) / DATASUS / MS serão contabilizados no

Page 113: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

numerador. Além disso, a disponibilidade destes serviços será verificada a partir

da informação do CNES constante nos prestadores informados pelas Operadoras

no RPS. Quando este cadastro não estiver informado, mas existir no CNES, será

considerado o CNPJ informado neste sistema para identificar e contabilizar a

disponibilidade dos mesmos.

Interpretação do Indicador

Verifica se a dispersão quantitativa dos serviços de Urgência e Emergência 24

horas em prestadores hospitalares ou Não–Hospitalares da operadora está

coerente em relação à localização dos seus beneficiários por município de

residência.

Usos

Acompanhar a configuração da rede assistencial da operadora em conformidade

ao seu crescimento, observando a melhor possibilidade de acesso local dos

beneficiários aos serviços de Urgência e Emergência 24 horas.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

O parâmetro é dado pelo comportamento da medida de tendência central, a

média de disponibilidade deste recurso do setor suplementar e a mediana, no

segmento Médico-hospitalar.

As operadoras exclusivamente odontológicas não terão avaliação neste indicador.

Meta

Apresentar um valor igual a 90% dos municípios com disponibilidade serviços de

urgência e emergência 24 horas, para aqueles com mais de 300 beneficiários.

Page 114: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Pontuação

Resultado Obtido Pela Operadora Pontuação

% de municípios com beneficiários

com disponibilidade de serviços de

urgência e emergência 24 horas

Valor de 0 a 1 Peso 2

Resultado < = 10% 0 0

Resultado > 10% e < 90% V (> 0 e < 1) V x 2

Resultado > = 90% 1 2

V= (Resultado > 10% e < 90%)

Fonte

MS/ANS – Sistema de Registro de Produtos (RPS)

MS/DATASUS/CNES

MS/ANS – Sistema de Informações de Beneficiários (SIB)

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Incentivar a estruturação da rede assistencial hospitalar, formada por

prestadores hospitalares e Não-Hospitalares localizados em municípios que

permitam melhores condições de acesso dos beneficiários aos serviços de

urgência e emergência 24 horas.

Limitações e Vieses

1. O indicador não avalia a indisponibilidade local dos serviços de urgência e

emergência 24 horas;

2. O indicador não avalia a dispersão geográfica dos serviços, quanto à

disponibilidade de prestadores em municípios limítrofes;

3. Não avalia a suficiência dos serviços em relação ao quantitativo dos

beneficiários.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de

regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

RN nº. 100, de 3 de junho de 2005.

Page 115: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

BRASIL. Portaria MS nº 2.048/GM, de 5 de novembro de 2002. Aprova o

Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência.

(ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR).

Consulta pública ANS nº 26/2006. Minuta e anexos de RN disponibilizados para

consulta pública no período de 28/12/2006 a 24/02/2007.

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3.6- TAXA DE INTERNAÇÃO DE BENEFICIÁRIOS NA REDE HOSPITALAR

DO SUS

Conceituação

Número de internações identificadas de beneficiários da operadora na rede

hospitalar do SUS para cada 1.000 beneficiários da operadora, no período

considerado.

Método de Cálculo*

Total de internações de beneficiários da operadora na rede hospitalar do SUS

Total de Beneficiários da Operadora

x 1000

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta

será ajustada pela metodologia estatística do Bayes Empírico, cuja fórmula

simplificada pode ser representada pela seguinte equação:

Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de

ajuste) + (Taxa média de todas as operadoras) X (1 – Fator de ajuste)

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

indicador (número de beneficiários da operadora expostos ao evento ou ao

procedimento)

Definição de termos utilizados no Indicador

Total de internações de beneficiários da operadora na rede hospitalar do

SUS: número de internações realizadas por beneficiários da operadora, de planos

que prevêem assistência hospitalar (segmentação hospitalar com obstetrícia e

hospitalar sem obstetrícia ou referência ou plano antigo com previsão de

cobertura hospitalar), no período considerado.

Total de beneficiários da operadora: total de beneficiários da operadora em

planos que prevêem assistência hospitalar, no período considerado.

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Interpretação do Indicador

1. Estima, de forma aproximada, as chances (probabilidade) dos beneficiários da

operadora serem internados na rede hospitalar do SUS.

2. Expressa a incapacidade da operadora em responder à demanda de internação

hospitalar de seus beneficiários.

Usos

1. Calcular a probabilidade de beneficiários de planos privados estarem utilizando

a rede hospitalar do SUS.

2. Subsidiar a análise da utilização da rede hospitalar do SUS pelas operadoras,

por porte , modalidade de operadora e variações regionais.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

O parâmetro é dado pelo comportamento da mediana das operadoras do

segmento Médico-Hospitalar.

Meta

Valor igual ou menor que a 25 % da medida de tendência central do segmento

Pontuação

Resultado Obtido Pela Operadora Pontuação

Nº de internações de beneficiários da

operadora na rede hospitalar do SUS

por 1000

Valor de 0 a 1 Peso 2

Resultado > = 75% do maior resultado do

estrato após ajuste Bayes 0 0

Resultado < 75 % do maior resultado do

estrato após ajuste Bayes e > 25 % da

mediana após ajuste Bayes

V (> 0 e < 1) V x 2

Resultado < = 25% da mediana após

ajuste Bayes 1 2

V= 1 – ((Resultado < 75 % do maior resultado do estrato após ajuste Bayes e > 25 %

da mediana do segmento médico-hospitalar após ajuste Bayes - (0,25*mediana do

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segmento médico-hospitalar após ajuste Bayes)) / (0,75*maior resultado do estrato após

ajuste Bayes) – (0,25*mediana do segmento médico-hospitalar após ajuste Bayes)

Fonte

MS – Sistema SIH/Datasus

MS/ANS – Sistema de Informações de Beneficiários (SIB)

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Oferecer rede de prestação de serviços hospitalar com internação acessível e

adequada à demanda dos beneficiários

Limitações e Vieses

1. Impossibilidade de identificação de alguns beneficiários internados no SUS

pelo Sistema de Informação de Beneficiários - SIB.

2. Dificuldades na identificação de beneficiários que possuem planos de mais

de uma operadora.

3. Dificuldades na identificação de beneficiários que foram internados em

caráter particular;

4. O numerador indicado, número de internações e não número de

beneficiários internados impossibilita o cálculo direto de

probabilidade/risco do indicador, permitindo apenas uma aproximação na

interpretação do resultado.

Referências

Scatena, Maria Ângela Nogueira, 2004.O Ressarcimento ao SUS: Análise do

Perfil de Utilização do Sistema Único de Saúde segundo o período de

contratação dos planos. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro:

ENSP/FIOCRUZ.

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3.7- PERCENTUAL DE QUALIDADE CADASTRAL

Conceituação

É uma medida da qualidade dos dados cadastrais de beneficiários de uma

operadora, relativa aos campos de identificação do beneficiário e de identificação

do plano ao qual está vinculado que é obtida por meio do número de

beneficiários ativos identificados e com planos identificados em relação ao total

de beneficiários ativos no ano considerado no Sistema de Informações de

Beneficiários.

Método de Cálculo

N.º de beneficiários ativos identificados no cadastro da operadora e com planos identificados

Total de beneficiários ativos da operadora no Cadastro de Beneficiários na ANS

x 100

Definição de termos utilizados no Indicador

Beneficiário: pessoa física, titular ou não-titular, que possua direitos e

obrigações legais celebrados com operadora de plano privado de assistência à

saúde, para garantia da assistência médico-hospitalar e/ou odontológica.

Beneficiário ativo: beneficiário com vínculo contratual vigente no Cadastro de

Beneficiários na ANS.

Beneficiário ativo identificado: beneficiário ativo, titular ou não-titular, cujos

conteúdos dos campos seguintes estejam preenchidos e válidos:

• “Nome do beneficiário” e “Data de nascimento do beneficiário” para

ambos, beneficiário titular e não-titular;

• Se beneficiário ativo titular, pelo menos dois dos quatro campos de

identificação complementar: “CPF”, “PIS/PASEP”, “Cartão Nacional de

Saúde - CNS” ou “Nome da mãe do beneficiário”;

• Se beneficiário não-titular ativo, pelo menos dois dos quatro campos de

identificação complementar: “CPF”, “PIS/PASEP”, “Cartão Nacional de

Saúde - CNS” ou “Nome da mãe do beneficiário” exigido para o

beneficiário titular; ou um dos quatro campos de identificação

complementar e o código do titular ao qual é dependente.

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• Se o campo referente ao vínculo do beneficiário não estiver preenchido,

considera-se o critério adotado para beneficiário titular para a

identificação do beneficiário, isto é, pelo menos dois dos quatro campos de

identificação complementar preenchidos.

• O campo “Nome do beneficiário” é considerado válido quando o último

sobrenome do beneficiário não for abreviado com apenas uma letra ou o

campo não contiver apenas uma palavra, presença de números, caracteres

especiais ou espaços à esquerda do nome;

• O campo “Data de nascimento do beneficiário” é considerado válido,

quando a data de nascimento for maior que 01/01/1902, menor ou igual a

data de adesão ou menor que a data de mudança do plano; menor ou

igual à data de envio do arquivo de cadastro/atualização de beneficiários;

• Os campos “CPF”, “PIS/PASEP” e “CNS” são considerados válidos quando o

dígito verificador esteja validado e houve no máximo 10 (dez) repetições

para cada um desses no Cadastro de Beneficiários da operadora.

• O campo “Nome da mãe” é considerado válido quando o último sobrenome

da mãe não for abreviado ou não contiver apenas uma palavra, presença

de números, caracteres especiais ou espaços à esquerda do nome e

houver no máximo 10 (dez) repetições desse nome no cadastro de

beneficiários da operadora.

Beneficiário ativo com plano identificado: beneficiário, titular ou não-titular,

cujo conteúdo dos campos seguintes esteja preenchido e válido:

• Para planos posteriores à Lei 9.656/98, o campo “Número do código do

plano na ANS”;

• Para planos anteriores à Lei 9.656/98, o campo “Número do código do

plano na operadora”;

• Os campos “Número do código do plano na ANS” e “Número do código do

plano na operadora” são considerados válidos, se estiverem preenchidos

conforme o registrado no Registro de Planos de Saúde – RPS e o

cadastrado no Sistema de Cadastro de Planos Antigos – SCPA,

respectivamente.

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Beneficiários ativos da operadora no Cadastro de Beneficiários na ANS:

todos os beneficiários ativos da operadora existentes no Cadastro de

Beneficiários na ANS.

Interpretação do indicador

• Avalia a qualidade do preenchimento dos campos identificadores do

beneficiário e do plano ao qual o beneficiário está vinculado.

• Quanto maior o valor do indicador, maior a qualidade dos dados da

operadora no Cadastro de Beneficiários na ANS, tanto em relação aos

dados de beneficiários como aos dados de planos, possibilitando identificar

indivíduos e respectivas coberturas.

Usos

• Avaliar e acompanhar a qualidade dos dados da operadora no Cadastro de

Beneficiários na ANS em relação à identificação de beneficiários e de

planos;

• Incentivar a operadora a aprimorar a qualidade dos seus dados no

Cadastro de Beneficiários na ANS.

Meta

100% de beneficiários ativos identificados no cadastro da operadora e com

planos identificados

Pontuação

Resultado Obtido Pela Operadora Pontuação

% do resultado de identificação do

beneficiário Valor de 0 a 1 Peso 3

Resultado = 0% 0 0

Resultado > 0% e < 100% V (>0 e < 1) V x 3

Resultado = 100% 1 3

V= (Resultado > 0% e < 100%)

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Fonte de Dados

MS/ANS – Sistema de Informações de Beneficiários, Registro de Planos de Saúde

(RPS) e Sistema de Cadastro de Planos Antigos (SCPA)

Ações esperadas para causar impacto positivo no indicador

• Aprimoramento das ações orientadoras e sancionadoras da ANS sobre as

operadoras com baixa qualidade cadastral;

• Ação da operadora junto aos seus beneficiários para apuração das

informações não disponíveis ou inadequadamente informadas.

Limitações e Vieses do indicador

O método de cálculo não permite que o indicador seja ponderado de acordo com

a relação entre o número de campos de identificação complementar (isto é,

“CPF”, “PIS/PASEP”, “CNS” e “Nome da mãe do beneficiário”) com conteúdo

válido e o número de campos de identificação complementar informados no

registro.

Este indicador reflete a qualidade do preenchimento dos campos identificadores

do beneficiário e do plano, não refletindo, porém, a qualidade dos demais

atributos constantes no Cadastro de Beneficiários na ANS.

Referências

Brasil. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Resolução Normativa (RN) nº

88, de 04 de janeiro de 2005. Atualiza o Sistema de Informações de

Beneficiários – SIB e aprova novas normas para o envio de informações

de beneficiários das operadoras de planos de assistência à saúde à ANS,

revoga a Resolução Normativa RN n.º 17, de 11 de novembro de 2002,

com as alterações introduzidas pelas Resoluções Normativas RN n.º 37,

de 05 de maio de 2003, e RN nº 53, de 14 de novembro de 2003, e dá

outras providências. Disponível em:

http://www.ans.gov.br/portal/site/legislacao/legislacao_integra.asp?id=633&id_o

riginal=0. Acesso em 19 de maio de 2008.

Brasil. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Instrução Normativa (IN) nº 15

da Diretoria de Desenvolvimento Setorial, de 5 de janeiro de 2005.

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Brasil. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Instrução Normativa (IN) nº 18

da Diretoria de Desenvolvimento Setorial, de 30 de dezembro de 2005.

Brasil. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Resolução Normativa (RN) nº

100, de 3 de junho de 2005. Altera a RN 85 e dá outras providências.

Disponível em

http://www.ans.gov.br/portal/site/legislacao/legislacao_integra.asp?id=700&id_o

riginal=0.

Brasil. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Resolução Normativa (RN) nº

85, de 7 de dezembro de 2004. Dispõe sobre a concessão de Autorização de

Funcionamento das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde, e dá

outras providências. Disponível em

http://www.ans.gov.br/portal/site/legislacao/legislacao_integra.asp?id=625&id_o

riginal=0. Acesso em 19 mai. 2008.

Brasil. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Instrução Normativa (IN) nº 9

da Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos, de 4 de fevereiro de 2005.

Define o procedimento de envio das informações do Registro de

Produtos previsto na Resolução Normativo - RN nº 85, de 07 de

Dezembro de 2004. Disponível em

http://www.ans.gov.br/portal/site/legislacao/legislacao_integra.asp?id=641&id_o

riginal=0. Acesso em 19 mai. 2008.

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3.8- PROPORÇÃO DE RESSARCIMENTO AO SUS

Conceituação

Total dos valores de AIH pagas pela operadora em relação ao total dos valores

de AIH cobradas, no período considerado (acumulado).

Método de Cálculo

Total dos valores de AIH pagas

Total dos valores de AIH cobradas X 100

Definição de termos utilizados no Indicador

Período considerado: corresponde ao ano de início da cobrança de

ressarcimento ao SUS (2000) até o ano base de análise.

Total de valores de AIH pagas: corresponde total acumulado dos valores de

AIH cobradas e pagas pela operadora em todas as instâncias do processo de

ressarcimento ao SUS. Inclui-se no numerador os valores de AIH parceladas,

que corresponde ao total acumulado dos valores de AIH cobradas e parceladas

(parcelamentos quitados ou em pagamento) pela operadora referente aos

débitos do ressarcimento ao SUS.

Total de valores de AIH cobradas: corresponde ao total acumulado dos

valores de AIH cobradas à operadora em todas as instâncias do processo de

análise de ressarcimento ao SUS. Exclui-se do denominador:

1. Total de valores de AIH a vencer: corresponde ao total dos valores

de AIH cobradas e não pagas pela operadora em todas as instâncias do processo

de ressarcimento ao SUS, cuja GRU tenha o vencimento posterior ao período de

análise.

2. Total de valores de AIH suspensas por liminar: corresponde ao

total dos valores de AIH cobradas e não pagas pela operadora, que estão

judicialmente suspensas de cobrança no período de análise.

3. Total de valores de AIH com depósitos judiciais: corresponde ao

total de valores de AIH cobradas e não pagas pela operadora, para as quais a

operadora efetuou depósito judicial, por estar questionando a cobrança em juízo,

no período de análise.

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Interpretação do Indicador

1. Estima o que foi ressarcido pela operadora ao SUS.

2. Expressa o cumprimento da operadora das suas obrigações de ressarcir ao

SUS pelas internações de seus beneficiários.

Usos

Analisar o grau de cumprimento das operadoras do ressarcimento ao SUS e suas

variações por porte, modalidade de operadora e região.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

O parâmetro é o cumprimento das operadoras com 100% de ressarcimento ao

SUS.

Meta

Pagamento de todas as AIH cobradas pela ANS após o processo de análise do

ressarcimento no período analisado.

Pontuação

Resultado Obtido Pela Operadora Pontuação

% de Ressarcimento efetuado pela

operadora Valor de 0 a 1 Peso 1

Resultado = 0% 0 0

Resultado > 0 < 100% V (> 0 e < 1) V x 1

Resultado = 100% 1 1

V= (Resultado > 0% < 100%)

Fonte

MS/ANS – Sistema de Controle de Impugnações (SCI)

MS/ANS – Sistema de Controle de Processos Judiciais (SCPJ)

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Ressarcir todas as internações de beneficiários da operadora que foram

realizadas no SUS, cobradas pela ANS.

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Limitações e Vieses

1. Dificuldades operacionais no processamento do ressarcimento devido ao

elevado volume de processos administrativos e judiciais.

2. Dificuldades no levantamento dos valores atualizados. Portanto, os valores

não incluem juros, multa e encargos.

3. Dificuldade no levantamento dos valores totais depositados judicialmente.

Referências

Aguiar, Bruna [et al], 2008. Índice de Desempenho da Saúde Suplementar e

Indice de Ressarcimento ao SUS: um estudo comparativo.

Scatena, Maria Ângela Nogueira, 2004.O Ressarcimento ao SUS: Análise do

Perfil de Utilização do Sistema Único de Saúde segundo o período de

contratação dos planos. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro:

ENSP/FIOCRUZ.

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3.9- TAXA DE VARIAÇÃO DO NÚMERO DE BENEFICIÁRIOS

Conceituação

Percentual da variação de beneficiário na operadora no período analisado.

Método de Cálculo

Nº. de beneficiários no último dia do período analisado – Nº. de

beneficiários no primeiro dia do período analisado

Nº de beneficiários no primeiro dia do período analisado

X 100

Definição de termos utilizados no Indicador

No. de beneficiários no período analisado: quantidade de beneficiários ativos

no primeiro e último dia do período analisado

Interpretação do Indicador

Expressa a variação do número de beneficiários em uma operadora no período

analisado.

Usos

1. Permitir a comparação retrospectiva da quantidade de beneficiários de uma

operadora.

2. Subsidiar análises de expansão e retração da carteira de beneficiários.

3. Contribuir para análises sobre qualidade dos serviços prestados pelas

operadoras

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

O indicador é elaborado utilizando a taxa de variação do mercado, que é

calculado de acordo com o segmento Médico-Hospitalar ou Exclusivamente

Odontológico.

Meta

Operadoras com indicador igual ou maior que a Taxa de variação de beneficiários

apurada no seu segmento.

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Pontuação

Resultado Obtido Pela Operadora Pontuação

% de Variação de Beneficiários da

operadora Valor de 0 a 1 Peso 1

Sem informação ou resultado < = 50% da

Taxa de variação do segmento 0 0

Resultado > 50% da Taxa de variação do

segmento e < Taxa de variação do

segmento

V (> 0 e < 1) V x 1

Resultado > = Taxa de variação do

segmento 1 1

V= ((Resultado > 50% da Taxa de variação do segmento e < Taxa de variação do

segmento) - (0,5* Taxa de variação segmento)) / (0,5* Taxa de variação segmento)

Fonte

MS/ANS – Sistema de Informações de Beneficiários (SIB)

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Estimular a empresa para conhecimento das causas para variação de sua carteira

e identificar ações de intervenção.

Limitações e Vieses

Confiabilidade das informações enviadas pelas operadoras.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo

de regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

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3.10- ÍNDICE DE REGULARIDADE DE ENVIO DOS SISTEMAS DE

INFORMAÇÃO

Conceituação

Corresponde ao grau de cumprimento das obrigações periódicas das operadoras,

quanto aos encaminhamentos devidos dos dados dos sistemas de informações

(Sistema de Informações do Beneficiário (SIB), Sistema de Informações de

Produtos (SIP) e DIOPS), dentro dos prazos estabelecidos nos Atos Normativos

da ANS.

Método de Cálculo

34412

DIOPSEnvioSIPEnvioSIBEnvio++

X 100

Medicina de grupo, odontologia de grupo, filantropia, autogestão não mantida,

autogestão mantida*, seguradora e cooperativa médica e odontológica.

* Para o ano base de análise 2007 as autogestões mantidas permanecem isentas

do encaminhamento dos dados DIOPS. A partir do ano base de análise 2008

todas as operadoras terão os três sistemas avaliados neste indicador.

Definição de termos utilizados no Indicador

Envio SIP/SIB/DIOPS: número de envios periódicos desses dados pela operadora

à ANS, dentro dos prazos estabelecidos nas normas. Nos casso onde houve

necessidade de reenvio de sistema para correção ou por indisponibilidade

comprovada dos sistemas, considera-se como envio periódico, sempre a data do

primeiro encaminhamento dos dados realizado pela operadora.

Interpretação do Indicador

Demonstra o grau de efetividade das obrigações devidas das operadoras quanto

à regularização do DIOPS, SIB, SIP, dentro dos prazos estabelecidos nas normas,

quando devidos pela operadora.

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Usos

Permitir o acompanhamento da operadora em relação ao cumprimento às

normas estabelecidas para DIOPS, SIB e SIP.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Número de obrigações definidas nos atos normativos da ANS

Meta

Cumprimento das obrigações devidas em 100%.

Pontuação

Resultado Obtido Pela Operadora Pontuação

% de regularidade Valor de 0 a 1 Peso 3

Resultado = 0% 0 0

Resultado > 0% e < 100% V (> 0 e < 1) V x 3

Resultado = 100% 1 3

V = (Resultado > 0% < 100%)

Fonte

MS/ANS – DIOPS

MS/ANS – Sistema de Informações de Produtos (SIP)

MS/ANS – Sistema Cadastro de Operadoras

MS/ANS – Sistema de Informações de Beneficiários (SIB)

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Rever as rotinas operacionais para atendimento integral e tempestivo das

informações periódicas requisitadas pelos normativos da ANS.

Limitações e Vieses

Não avalia a qualidade dos dados informados nos sistemas de informações (SIB,

SIP e DIOPS).

Page 131: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de

regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

Page 132: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

4- INDICADORES DA DIMENSÃO SATISFAÇÃO DOS BENEFICIÁRIOS

4.1- PROPORÇÃO DE PERMANÊNCIA DOS BENEFICIÁRIOS

Conceituação

Relação entre o tempo de permanência de uma coorte de beneficiários em suas

operadoras e o tempo máximo possível para este grupo em um período de 36

meses.

Método de Cálculo

Somatório dos meses de permanência dos beneficiários da coorte, no período

de análise

Número de beneficiários da coorte x 36 meses

Definição de termos utilizados no Indicador

Meses de permanência: tempo (em número de meses) em que não se

verificou cancelamento do vínculo existente do beneficiário, com a operadora.

Beneficiários da coorte: subconjunto dos beneficiários que tinham vínculo com

a operadora no início do período de análise, constituído pelos beneficiários que

permaneceram por 36 meses, somados aos beneficiários que cancelaram o

contrato antes desse tempo, de acordo com o item Critérios de inclusão.

Período de análise: triênio compreendido pelo ano base e dois anos anteriores

ao mesmo.

Critérios de inclusão:

Para inclusão no cálculo do indicador os seguintes motivos de cancelamento do

SIB serão considerados: rompimento do contrato por iniciativa do beneficiário;

transferência de carteira.

Critérios de exclusão:

Serão excluídos do cálculo do indicador os vínculos com os seguintes motivos de

cancelamento: término da relação de vinculado a um beneficiário titular;

desligamento da empresa (para planos coletivos); óbito; exclusão decorrente de

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mudança de código de beneficiário, motivada pela adaptação de sistema da

operadora; alteração individual do código do beneficiário; inclusão indevida de

beneficiário; fraude (art. 13 da Lei nº 9.656/98), inadimplência.

Observação:

1. A nomenclatura empregada no sistema (SIB) refere-se a todos os tipos de

contratos coletivos. Para os planos coletivos por adesão, o motivo de

cancelamento “desligamento da empresa (para planos coletivos)” denota o

desligamento do clube ou associação ao qual o beneficiário estava vinculado.

Pontuação

Resultado Obtido Pela Operadora Pontuação

Proporção de permanência dos

beneficiário em 36 meses Valor de 0 a 1 Peso 1

Resultado = 0 0 0

Resultado > 0 e < 1 V (> 0 e < 1) V x 1

Resultado = 1 1 1

V = Resultado

Interpretação do Indicador

1. Informa a fração do tempo máximo possível de vínculo a uma operadora,

utilizada pela coorte de beneficiários no período estudado.

2. Avalia indiretamente a satisfação do beneficiário com o serviço prestado,

com base na proporção do tempo de permanência do mesmo em uma

operadora, para o período estudado.

Usos

1. Analisar o grau de permanência dos beneficiários em uma operadora.

2. Contribuir para avaliações sobre satisfação dos beneficiários, desde que sejam

identificados os motivos da permanência e do cancelamento.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Recomenda-se que a pontuação obtida pelo indicador seja utilizada para

comparações no interior de um mesmo segmento (médico-hospitalar ou

exclusivamente odontológico).

Page 134: ANEXO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 182 DE 19 DE … · a internação, na operadora, no período considerado. Método de Cálculo* ... As parasitoses intestinais seguem com prevalência

Meta

100% dos beneficiários com permanência de 36 meses

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Estimular a operadora e o contratante a conhecer os motivos de desligamento

dos beneficiários dos seus planos, para que estas possam intervir, visando à

permanência destes na operadora.

Limitações e Vieses

1. Confiabilidade das informações fornecidas pelas operadoras.

2. O indicador considera conjuntamente os planos individuais e coletivos, não

permitindo análises por estas dimensões. Também não considera

separadamente os registros com informação ignorada para o tipo de contratação.

3.Nas análises a serem realizadas, o tempo de permanência será limitado à data

do último envio do SIB.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de

regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

Legislação de Saúde Suplementar.

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4.2- PROPORÇÃO DE BENEFICIÁRIOS COM DESISTÊNCIA NO PRIMEIRO

ANO

Conceituação

Proporção de beneficiários que ingressaram nos dois anos anteriores ao ano

avaliado pelo Programa de Qualificação e desistiram do vínculo com a operadora

no primeiro ano do contrato.

Método de Cálculo*

Nº de beneficiários que ingressaram no biênio anterior ao ano base e

desistiram no primeiro ano de contrato

Total de beneficiários que ingressaram no biênio anterior ao ano base

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja a taxa bruta,

será ajustada pela metodologia estatística do Bayes Empírico, cuja fórmula

simplificada pode ser representada pela seguinte equação:

Taxa ajustada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de

ajuste) + (Taxa média de todas as operadoras) X (1 – Fator de ajuste)

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse

fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta

progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do

indicador (número de beneficiários da operadora expostos ao evento ou ao

procedimento).

Definição de termos utilizados no indicador

Beneficiários que ingressaram e desistiram no primeiro ano de contrato:

beneficiários que assinaram contrato com a operadora nos dois anos anteriores

ao ano base de avaliação do Programa de Qualificação e romperam esse contrato

no primeiro ano de vigência pelos motivos de cancelamento determinados no

item Critérios de inclusão.

Beneficiários que ingressaram:- subconjunto dos beneficiários que assinaram

contrato com a operadora nos dois anos anteriores ao ano base de avaliação do

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Programa de Qualificação da Saúde Suplementar, constituído pelos beneficiários

que romperam esse contrato no primeiro ano de vigência pelos motivos de

cancelamento determinados no item Critérios de inclusão, somados àqueles que

permaneceram com o contrato por mais de um ano.

Biênio anterior ao ano base: período de dois anos anteriores ao ano base de

avaliação do Programa de Qualificação.

Observação 1: o período de análise do tempo de permanência dos beneficiários

inicia-se no primeiro dia do biênio anterior ao ano base de avaliação do Programa

de Qualificação da Saúde Suplementar e encerra-se no o último dia do referido

ano base.

Critérios de inclusão:

Para inclusão no cálculo do indicador os seguintes motivos de cancelamento do

SIB serão considerados: rompimento do contrato por iniciativa do beneficiário;

transferência de carteira.

Critérios de exclusão:

Serão excluídos do cálculo do indicador os vínculos com os seguintes motivos de

cancelamento: término da relação de vinculado a um beneficiário titular;

desligamento da empresa (para planos coletivos); óbito; exclusão decorrente de

mudança de código de beneficiário, motivada pela adaptação de sistema da

operadora; alteração individual do código do beneficiário; inclusão indevida de

beneficiário; fraude (art. 13 da Lei nº 9.656/98), inadimplência.

Observação 2: a nomenclatura empregada no sistema (SIB) refere-se a todos os

tipos de contratos coletivos. Para os planos coletivos por adesão, o motivo de

cancelamento “desligamento da empresa (para planos coletivos)” denota o

desligamento do clube ou associação ao qual o beneficiário estava vinculado.

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Pontuação

Resultado Obtido Pela Operadora Pontuação

Proporção de beneficiários que

desistiram no primeiro ano de contrato Valor de 0 a 1 Peso 1

Resultado = 1 0 0

Resultado > 0 e < 1 V (> 0 e < 1) V x 1

Resultado = 0 1 1

V = 1 – Resultado

Interpretação do Indicador

1. Indica a fração de beneficiários que permaneceu por menos de um ano após

ingresso na operadora.

2. Avalia indiretamente a satisfação do beneficiário com o serviço prestado, com

base na proporção de beneficiários com desistência no primeiro ano de contrato.

Usos

1. Analisar o grau de desistência dos beneficiários de uma operadora.

2. Contribuir para avaliações sobre satisfação dos beneficiários, desde que sejam

identificados os motivos do cancelamento.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Recomenda-se que a pontuação obtida pelo indicador seja utilizada para

comparações no interior de um mesmo segmento (médico-hospitalar ou

exclusivamente odontológico).

Meta

Nenhum beneficiário com desistência no primeiro ano.

Fonte

MS/ANS – Sistema de Informações de Beneficiários (SIB).

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Estimular a operadora a conhecer os motivos de desligamento dos beneficiários

dos seus planos, para que estas possam intervir, visando à permanência destes

na operadora.

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Limitações e Vieses

1. Confiabilidade das informações fornecidas pelas operadoras.

2. O indicador considera conjuntamente os planos individuais e coletivos, não

permitindo análises por estas dimensões. Também não considera

separadamente os registros com informação ignorada para o tipo de contratação.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de

regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

Legislação de Saúde Suplementar.

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4.3- SANÇÃO PECUNIÁRIA EM PRIMEIRA INSTÂNCIA

Conceituação:

É a soma dos valores das multas de uma operadora em um período.

Método de Cálculo:

Somatório das multas aplicadas à operadora, no período analisado

Definição de termos utilizados no indicador

Multas aplicadas na operadora: multas aplicadas à operadora no período

analisado, referentes a processos julgados em primeira instância. Serão

excluídas do cálculo do indicador as multas provenientes das representações

feitas à Diretoria de Fiscalização por parte das demais diretorias.

Período analisado: ano base de avaliação do Programa de Qualificação da

Saúde Suplementar

Pontuação

Resultado Obtido Pela Operadora Pontuação

Valor total das multas aplicadas na

operadora Valor de 0 a 1 Peso 1

Resultado >= média do porte x2 0 0

Resultado > 0 e < média do porte x2 V (> 0 e < 1) V x 1

Resultado = 0 1 1

V = (1 – (Resultado / (Media do porte x 2)) x 0,9

Média do porte= valor médio das multas aplicadas às operadoras de um mesmo porte

conforme definido na RN 124

Interpretação do Indicador

O indicador baseia-se no valor total das multas aplicadas a uma operadora no

período analisado.

O valor de cada multa está diretamente relacionado à gravidade da infração

praticada e ao porte da operadora segundo a RN124.

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Usos

Medir a gravidade do conjunto das infrações à legislação cometidas por parte das

operadoras.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Recomenda-se que a pontuação obtida pelo indicador seja utilizada para

comparações no interior de um mesmo segmento (médico-hospitalar ou

exclusivamente odontológico). Para o cálculo da média do porte utiliza-se o

valor médio das multas aplicadas às operadoras de um mesmo porte conforme

definido na RN 124.

Meta

Operadora com zero de sanção pecuniária.

Fonte

MS/ANS – Sistema de Informações de Beneficiários (SIB), Sistema Integrado de

Fiscalização (SIF).

Ações esperadas para causar impacto no indicador

As operadoras devem cumprir a Legislação de Saúde Suplementar.

Limitações e Vieses

Lapso de tempo entre a reclamação e o julgamento.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de

regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

Legislação de Saúde Suplementar (RN 124).