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ÍNDICE
1. Introdução ..................................................................................................... 3
2. Apresentação de Documentos Técnicos ................................................... 9
2.1. Informações Gerais sobre a Implantação do Hospital ........................... 9
3. Avaliação das Características da Localidade .......................................... 12
3.1. Investigação do Entorno ......................................................................... 13
3.2. Levantamento de Aspectos Naturais..................................................... 13
4. Sistema Eficiente do Uso da Energia ....................................................... 14
4.1. Iluminação Natural .................................................................................. 15
4.2. Iluminação Artificial ................................................................................ 15
5. Sistema Eficiente do Uso da Água ........................................................... 15
5.1. Consumo Eficiente .................................................................................. 16
6. Reformas ..................................................................................................... 16
6.1. Canteiro de Obra ..................................................................................... 16
7. Gestão de Resíduos de Coleta Seletiva do Lixo na Obra ....................... 18
7.1. Para Resíduos Sólidos ............................................................................ 18
8. Gestão de Resíduos e Coleta Seletiva do Lixo Durante a
Operação do Hospital .................................................................................... 20
9. Poluição Sonora ......................................................................................... 21
10. Ambiente Olfativo ..................................................................................... 21
3
1. Introdução
As Diretrizes de Licenciamento e Gestão Ambiental aqui contidas visam
apresentar um roteiro para a elaboração da documentação necessária à
obtenção das Licenças Ambientais imprescindíveis ao Projeto, em cumprimento
ao item VII do Art. 10 da Lei no. 11.079 de 30 de dezembro de 2004.
Este roteiro deve ser entendido como orientativo, visto que sua aplicabilidade
está relacionada com as exigências dos órgãos de controle ambiental da
Administração Pública.
4
Cabe à Concessionária avaliar a situação do projeto e proceder conforme as
exigências legais.
Para o presente projeto a escolha do terreno ocorreu em momento anterior ao
processo licitatório.
A Concessionária, na elaboração dos estudos, deverá, também, garantir que o
empreendimento esteja de acordo com a legislação específica para o bioma
local, devendo para tanto solicitar, através de Carta Consulta, ao setor
responsável, a relação de documentação necessária para requerer a licença
ambiental.
A Concessionária também deverá garantir o atendimento à legislação federal,
estadual e municipal, aplicável ao empreendimento, tanto para o processo de
licenciamento quanto para as demais autorizações ambientais e urbanísticas
necessárias para a sua operação.
É de responsabilidade da Concessionária o processo de licenciamento ambiental
e construtivo do Hospital e a obtenção, por sua conta e risco, em tempo hábil,
das Licenças Ambientais necessárias à viabilização do Hospital, devendo mantê-
las e renová-las, conforme o caso, durante o Prazo da Concessão em
atendimento à legislação ambiental, incluindo autorizações, certidões, alvarás de
qualquer natureza, necessárias ao regular desenvolvimento de suas atividades
perante os órgãos públicos municipais, estaduais e federais competentes para a
implantação e operação do Hospital, devendo atender as seguintes normas e
quaisquer outras que lhes substituam, regulem ou interpretem:
Lei 6938/81
Resolução CONAMA 237/97
Lei Estadual 997/76
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Decreto Estadual 8468/76
Decreto Estadual 47397/02
Resolução CONAMA 001/86
Norma Regulamentadora 18 da Portaria 3214/78 – M.T.E.
Norma Regulamentadora 9 – M.T.E.
Elaboração de Termo de Referência para o Programa de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.
Para a solicitação de Licença Prévia a Concessionária deverá providenciar ao
menos os documentos a seguir enumerados e qualquer outro que os órgãos
competentes solicitarem:
Impresso denominado "Solicitação de" - devidamente preenchido.
Procuração.
Cópia do contrato social, registrado na Junta Comercial do Estado –
JUCESP (exceto para empresas recém constituídas).
Certidão da Prefeitura Municipal de Limeira.
Manifestação do órgão ambiental municipal.
Comprovante de Fornecimento de água e coleta de esgotos.
Memorial de Caracterização do Empreendimento – MCE.
Plantas.
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Croqui de Localização – Indicando o uso do solo e construções
existentes nas imediações do empreendimento, num raio mínimo de
100 m.
Disposição física dos equipamentos (layout).
Mapa de acesso ao local, com referências.
Roteiro de acesso até o local a ser licenciado para permitir a
inspeção no local.
Outorga de implantação do empreendimento emitida pelo SAAE, se
houver captação de águas subterrâneas ou superficiais ou
lançamento de efluentes líquidos em corpo d´água.
Estudo de Viabilidade de Atividade para empreendimentos
localizados nas áreas potencialmente críticas para a utilização das
águas subterrâneas, conforme mapa publicado pela Resolução SMA
14 de 06/03/2010, que captam água subterrânea em vazões
superiores a 50 m3/h ou que disponham efluentes líquidos, resíduos
e substâncias no solo.
Anuência da empresa Concessionária, se o empreendimento
pretenda se instalar próximo a rodovias e lançar suas águas pluviais
na faixa de domínio dessas rodovias.
Para a licença de instalação devem adicionalmente ser apresentados os
seguintes documentos:
Documento demonstrando como serão cumpridas as Exigências
Técnicas constantes da Licença Prévia.
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Documento de origem florestal (DOF).
Certidão de Uso e Ocupação do Solo.
A Concessionária deverá cumprir regularmente com todas suas obrigações no
desenvolvimento, construção e implantação do Hospital, de modo a não
prejudicar a posterior obtenção da Licença de Operação pelo Poder Concedente.
O presente Anexo tem caráter referencial cabendo à Concessionária atender a
todas as exigências legais e condicionantes formuladas pelo órgão ambiental
competente para emitir as licenças.
Os seguintes PRINCÍPIOS devem nortear todo o projeto:
A prevalência do interesse público;
A melhoria contínua da qualidade ambiental;
A manutenção de equilíbrio ambiental;
Adoção de critérios construtivos que promovam o uso racional dos
recursos naturais:
o Uso racional de energia
o Uso racional da água
Adoção de critérios construtivos que promovam a valorização das
áreas verdes;
A mitigação e minimização dos impactos ambientais;
A recuperação do dano ambiental;
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Observância total à legislação e às normas relacionadas com o
empreendimento;
A busca permanente de soluções negociadas entre o Poder Público e
a iniciativa privada para a redução dos impactos ambientais;
A adoção no processo de planejamento, de normas relativas ao
desenvolvimento urbano e econômico que priorize a proteção
ambiental, a utilização adequada do espaço territorial e dos recursos
naturais;
A melhoria constante da qualidade do ar, da água, do solo, da
paisagem e dos níveis de ruído e vibrações, mantendo-os dentro dos
padrões técnicos estabelecidos pelas legislações de Controle de
Poluição Ambiental Federal, Estadual e Municipal no que couber;
O acondicionamento, armazenamento, a coleta, o transporte, a
reciclagem, o tratamento e a disposição final dos resíduos sólidos;
O cumprimento de normas de segurança no tocante à manipulação,
armazenagem e transporte de produtos, substâncias, materiais e
resíduos perigosos ou tóxicos;
A garantia de crescentes níveis de salubridade ambiental, através do
provimento de infraestrutura sanitária e de condições de salubridade
das edificações;
O estabelecimento de indicadores ambientais para o Hospital;
A gestão integrada dos resíduos sólidos que deve inserir em seu
contexto um programa de Coleta Seletiva.
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2. Apresentação de Documentos Técnicos
Os documentos abaixo indicados, de forma exemplificativa, poderão ser exigidos
pela autoridade ambiental competente durante o processo de licenciamento
ambiental:
2.1. Informações Gerais sobre a Implantação do Hospital
2.1.1. Situação/localização do Hospital no Município:
Descrição detalhada dos acessos e meios de transporte público que
atendem ao local.
2.1.2. Planta de Situação do Hospital em relação à zona urbana do
município (escala mínima 1:5.000), indicando os seguintes elementos:
Orientação magnética;
Demarcação da área prevista para o empreendimento, indicando as
principais vias de acesso e suas denominações oficiais;
Uso do solo nas faixas que circundam a gleba proposta para o
parcelamento do solo, num raio aproximado de 500 (quinhentos)
metros, indicando o uso predominante (residencial, comercial,
industrial, institucional, outros) e evidenciando a presença de escolas,
hospitais, creches, museus, parques, etc.;
Localização dos recursos hídricos, se existentes;
Demarcação das áreas de preservação permanente – APPs;
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Demarcação da direção predominante dos ventos
2.1.3. Informações das Concessionárias de Serviço Público:
Possibilidade ou não de ligação ao Sistema de Esgotamento Sanitário
do Município.
Possibilidade ou não de ligação a Rede de Transmissão Elétrica do
Município.
2.1.4. Identificação e caracterização das ÁREAS DE PRESERVAÇÃO
PERMANENTE (APP) incidentes sobre o terreno.
2.1.5. Relatório Fotográfico atualizado e representativo do terreno de
construção.
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2.1.6. Levantamento Planialtimétrico do terreno.
2.1.7. Aerofoto, Imagem de Satélite e/ou Imagem de Radar, sempre que
possível, com delimitação da área prevista para o empreendimento e
orientação magnética.
2.1.8. Quadro Resumo Diagnóstico Ambiental do Terreno devidamente
preenchido e assinado.
2.1.9. Definição do Descarte de Esgoto: descrever sucintamente o volume
e a qualidade do esgoto que pretende lançar na rede do município,
informando:
População a ser atendida;
Vazão de início de plano e de final de plano (m³/dia);
Informação de todas as substâncias que podem estar presentes nos
efluentes.
2.1.10. Definição do Sistema de Abastecimento de Água: informar se o tipo
de abastecimento será através de rede pública ou através de sistema
independente.
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2.1.11. Identificação dos Impactos Ambientais que advirão da implantação
do empreendimento sobre os meios diagnosticados.
2.1.12. Plano de Controle Ambiental contendo as propostas de medidas
mitigadoras e compensatórias aos impactos identificados no item anterior.
2.1.13. Declaração informando se a área está sujeita em qualquer tempo a
alagamento e/ou inundação, com informação da respectiva cota máxima de
cheia/inundação.
2.1.14. Anotações de Responsabilidade Técnica dos técnicos responsáveis
pelos laudos, estudos, levantamentos, declarações, pareceres e projetos
apresentados, devidamente pagos e registrados junto ao respectivo
Conselho de Classe.
Outros documentos poderão ser exigidos pela autoridade ambiental competente,
durante o processo de licenciamento ambiental. Ficará a cargo da
Concessionária a elaboração de todo e qualquer documento exigido para fins de
licenciamento ambiental.
3. Avaliação das Características da Localidade
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Avaliar as possíveis intervenções no local de prestação de serviços, bem como
junto às pessoas que serão beneficiadas pelos mesmos, visando-se uma
atuação eficaz na gestão ambiental.
3.1. Investigação do Entorno
É fundamental que a Concessionária mantenha comunicação com instituições
locais para estabelecer programas específicos ao meio ambiente, tal como
coleta seletiva de lixo, sendo certo que tais instituições podem, inclusive,
fornecer dados sobre planos e programas já existentes.
De suma importância que a Concessionária analise o estágio de
desenvolvimento urbano da região, da proximidade de infraestruturas, da
acessibilidade quanto à malha de transportes públicos, acessos existentes,
fontes de recursos, redes de abastecimento e serviços urbanos disponíveis.
A adoção de medidas para exploração racional das redes e recursos locais
disponíveis (energia, energia renovável, água, saneamento) é fundamental para
minimizar novos impactos na área (resíduos, manutenção das infraestruturas,
etc.).
3.2. Levantamento de Aspectos Naturais
Avaliar o tipo de clima, verificar a carta solar local, bem como a orientação do
terreno, dos ventos dominantes, dos índices pluviométricos e de outros dados é
essencial para que se identifique as melhores oportunidades de aproveitamento
energético dos recursos naturais.
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4. Sistema Eficiente do Uso da Energia
Buscar, sempre que possível, sistemas de energia que reduzam o consumo e o
desperdício, optando por alternativas energéticas menos impactantes. É
importante buscar a redução do consumo energético, a fim de garantir o
atendimento à demanda crescente de energia no País.
Um sistema eficiente de uso racional de energia demanda a inserção de uma
equipe responsável pelo serviço de manutenção que deverá:
Manter-se atualizada acerca das condições de funcionamento dos
equipamentos, observando aqueles com inadequado funcionamento ou
danificados, como lâmpadas queimadas ou piscando, zumbido excessivo
em reatores de luminárias e mau funcionamento de instalações
energizadas;
Efetuar manutenções periódicas nos aparelhos elétricos, extensões,
filtros, recipientes dos aspiradores de pó e nas escovas das enceradeiras,
evitando ao máximo o uso de extensões elétricas;
Indicar os locais e medidas com possibilidade de redução do consumo de
energia, tais como: desligamento de sistemas de iluminação, instalação
de interruptores, instalação de sensores de presença, rebaixamento de
luminárias etc., com posterior repasse aos colaboradores de todas as
orientações referentes à redução do consumo de energia; e
Verificar se existem vazamentos de vapor ou ar nos equipamentos de
limpeza, sistema de proteção elétrica e as condições de segurança de
extensões elétricas utilizadas em aspiradores de pó, enceradeiras, etc.
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4.1. Iluminação Natural
Deverá ser priorizada a iluminação natural e garantir uma iluminação artificial
adequada, reduzindo efeitos de ofuscamento e desvios de níveis de iluminação
ambiente.
4.2. Iluminação Artificial
Na medida do possível, minimizar de forma considerável o consumo de energia
elétrica, utilizando sempre que possível a iluminação natural.
Sempre que possível, a iluminação deverá primar por:
Lâmpadas eficientes, de baixo consumo com reatores de alto fator de
potência, tipo T8;
Luminárias de alto rendimento;
Sistema de sensor de presença nas áreas da não presença permanente
de pessoas;
Aquecimento Solar;
Setorização e controles automáticos de iluminação (circuitos
independentes); e
5. Sistema Eficiente do Uso da Água
É de grande importância que a Concessionária adote medidas para se evitar o
desperdício de água, prevendo a redução de consumo e seu uso racional pelos
colaboradores, através de conscientização e sinalização.
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5.1. Consumo Eficiente
Emprego de equipamentos hidráulicos e componentes economizadores, tais
como restritores de vazão, bacias sanitárias de volume reduzido, arejadores,
torneiras de acesso restrito, entre outros. As tecnologias economizadoras para
os pontos de consumo podem ser controladores de vazão ou controladores do
tempo de uso ou uma combinação dos dois.
Sempre que possível, deverão ser utilizados equipamentos de limpeza com jatos
de vapor de água saturada sob pressão e de lavadoras de pressão com vazão
máxima de 360 litros/hora.
Adicionalmente, devem ser adotados critérios especiais e privilegiados para
aquisição e uso de equipamentos e complementos que promovam a redução do
consumo de água.
6. Reformas
6.1. Canteiro de Obra
Na Logística e Segurança nos Canteiros de Obras deverá/deverão:
- ser previstos local e horário para entrada e saída de veículos, evitando
transtorno nas vias de acesso (trânsito, ruído, etc);
- ser verificado o horário mais adequado para entrada e saída de veículos,
prevendo local para carga e descarga de materiais, colocação de caçambas e
estacionamento de veículos, a fim de evitar a ocupação de vias públicas;
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- ser previstos rampas em locais dentro da construção e nas vias de acesso, bem
como mecanismos de contenção na probabilidade de erosões ou
desmoronamento de terra;
- haver zelo pela segurança na circulação dos pedestres e funcionários com
placas, sinalizações de pontos das diversas áreas da obra e depósito de
materiais;
- ser avaliada a viabilidade de adotar no canteiro sistemas de reuso de água
visando a um consumo mínimo desses recursos, bem como analisado o sítio
quanto ao posicionamento das redes públicas, a fim de evitar perfurações de
redes;
- ser monitorado as entregas de materiais e os procedimentos de estocagem
com a finalidade de evitar derramamentos ou vazamentos;
- ser adotado práticas adequadas de manutenção e limpeza das ferramentas,
equipamento e veículos utilizados nos canteiros, adotando-se uma sistema de
contenção de efluentes;
- ser instaladas contenções e tomar cuidados especiais na estocagem de
produtos inflamáveis ou que gerem resíduos perigosos;
- ser adotado medidas de proteção nas práticas passíveis de geração de faíscas
e de lançamento de fragmentos ou material particulado excessivo, bem como
para minimizar incômodos gerados, tais como: poeira, ruído e mau cheiro.
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7. Gestão de Resíduos de Coleta Seletiva do Lixo na Obra
7.1. Para Resíduos Sólidos
Os resíduos sólidos deverão ser separados conforme o Programa Interno de
Separação de Resíduos Sólidos, em recipientes para coleta seletiva nas cores
internacionalmente identificadas. No Programa de Coleta Seletiva de Resíduos
Sólidos, serão observadas as seguintes regras:
a) Para Materiais Não Recicláveis:
Materiais que não apresentam condição técnica de reaproveitamento e são
denominados rejeitos (tais como: lixo de banheiro, papel higiênico, lenço de
papel e outros como cerâmicas, pratos, vidros pirex e similares, trapos e roupas
sujas, toco de cigarro, cinza e ciscos segregados) deverão ser acondicionados
separadamente, o mesmo ocorrendo para materiais como acrílico e lâmpadas
fluorescentes.
A seu turno, materiais como papéis plastificados, metalizados ou parafinados,
papel carbono e fotografias, fitas e etiquetas adesivas, copos descartáveis de
papel, espelhos, vidros planos, cristais e pilhas deverão ser acondicionados em
separado e enviados para o fabricante.
Para o descarte de materiais potencialmente poluidores deverão ser elaborados
manuais de procedimentos a serem observados, como no caso das pilhas e
baterias. Os materiais que contenham em suas composições chumbo, cádmio,
mercúrio e seus compostos devem ser dispostos para descarte junto aos
estabelecimentos que os comercializam ou à rede de assistência técnica
autorizada pelas respectivas indústrias para repasse aos fabricantes ou
importadores, a fim de que estes adotem, diretamente ou por meio de terceiros,
os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final
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ambientalmente adequada, em face dos impactos negativos causados ao meio
ambiente pelo descarte inadequado desses materiais.
b) Para Materiais Recicláveis
Para materiais secos recicláveis será seguida a padronização internacional de
identificação por cores nos recipientes coletores: verde para vidro, azul para
papel, amarelo para metal, vermelho para plástico e branco para lixo não
reciclável.
Deverá a Concessionária fornecer sacos de lixo nos tamanhos adequados a sua
utilização com vista à otimização do uso e redução da destinação de resíduos
sólidos, assim como para potencializar a utilização dos sacos de lixo,
adequando-se capacidade e necessidade, a fim de esgotar, dentro do bom senso
e da razoabilidade, o seu volume útil de acondicionamento.
c) Coleta de Resíduos Produzidos no Canteiro de Obras
A partir da identificação e da classificação por categoria1 dos resíduos
produzidos no canteiro de obras, deverá ser promovido e organizado um sistema
de coleta eficiente, a fim de minimizar o problema da deposição clandestina,
estimulando-se, dessa forma, a sua deposição em local regular e legalmente
1 Resíduos de Classe A: concreto, blocos de concreto, blocos cerâmicos, argamassas, outros componentes cerâmicos, tijolos e assemelhados, etc. Resíduos de Classe B: madeira, plásticos, papelão e papéis, metais, etc. Resíduos de Classe C: gesso de revestimento, chapas de gesso acartonado, amianto, etc. Resíduos de Classe D: ferramentas e embalagens contaminadas por resíduos perigosos, tintas, solventes,
etc.
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estabelecida. A partir de uma coleta eficaz é possível introduzir práticas de
reciclagem para o reaproveitamento desses materiais.
Deverá ser evitado derramamento ou vazamento de materiais e resíduos,
escolhendo-se transportadoras adequadas ao tipo de material transportado.
Deverão ser classificados os resíduos da obra de acordo com o tipo e o volume
gerado, bem como verificada a possibilidade de redução na geração de resíduos,
utilizando-se produtos que tenham menos embalagens ou evitando perda ou
desperdício de produtos.
Deverá ser definido um Plano de Gerenciamento de Resíduos com observância
às leis e normas de classificação de acordo com a fase em que a obra se
encontra e definir alternativas de destinação de resíduos com base nas melhores
alternativas econômicas e ambientais, eis que muitos resíduos podem ser
reutilizados dentro da obra ou comercializados.
Deverá ser definida a logística de triagem, acondicionamento e transporte interno
de acordo com a destinação, devendo ser levantado as empresas qualificadas
para transporte e destinação final dos resíduos. A contratação dessas empresas
dar-se-á mediante a apresentação de licenças ambientais dos transportadores e
dos locais de destino.
8. Gestão De Resíduos E Coleta Seletiva Do Lixo Durante A Operação Do
Hospital
Fica à cargo do Poder Concedente elaborar sua gestão de resíduos e coleta
seletiva durante a operação do hospital, cabendo à Concessionária,
principalmente aos seus funcionários prestadores de serviço dentro do hospital,
aderir aos planos e cumpri-los adequadamente.
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9. Poluição Sonora
Deverá ser definindo as configurações prioritárias da operação que são
suscetíveis de gerar problemas acústicos, bem como coletar a demanda dos
ocupantes para identificar necessidade de melhorias, identificando-se metas
numéricas que possam proporcionar melhoria no ambiente acústico dos espaços
considerados.
A qualidade acústica deverá primar pelo respeito ao nível superior do referencial
em vigor para cada indicador acústico, nos termos da legislação pertinente
aplicável.
A poluição sonora deverá ser limitada com o intuito de garantir o direito à
tranquilidade de todo o entorno, identificando-se as fontes de ruído para o
exterior causadas pelos ruídos dos equipamentos técnicos e da operação como
um todo.
Os equipamentos emissores de ruído devem estar localizados adequadamente,
a fim de limitar a propagação de ruído para além dos limites do local onde os
serviços serão prestados, fixando-se limites para os níveis de emissão sonora e
de emergência.
10. Ambiente Olfativo
- Identificar as fontes de odores provenientes de materiais constituintes da
edificação (pinturas, vernizes, etc.) e da operação (equipamentos e rejeitos de
ar viciado, etc), limitando-se a sua propagação em função do contexto.
Adicionalmente, será necessário adotar medidas para tratar os resíduos que
possam ser fontes de odores com o intuito de evitar difusão.