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Contribuições da LIGHT Serviços de Eletricidade S.A. Audiência Pública nº 004/2005 TEIF-TEIP AP 004/2005 1 21/03/05 ANEXO I - O Sistema Gerador da LIGHT O Sistema Gerador da LIGHT é formado por sete usinas hidrelétricas, sendo cinco geradoras (Ilha dos Pombos, Fontes Nova, Nilo Peçanha, Pereira Passos e Santa Branca) e duas elevatórias (Santa Cecília e Vigário), além de um conjunto de reservatórios, barragens, diques e estruturas hidráulicas associadas. O quadro abaixo apresenta os principais dados destas usinas. Capacidade Instalada Energia Firme ** Energia Assegurada * (MWméd) Usina Rio (MW) (Mwméd) até 2002 após 2002 Unidades Geradoras ou de Bombeamento Início da Operação Ilha dos Pombos Paraíba do Sul 183 89 78 115 1 27 MW 1924 2 27 MW 1924 3 32 MW 1929 4 48 MW 1937 5 49 MW 1949 Fontes Nova Ribeirão das Lajes 132 116,1 97 104 A 44 MW 1940 B 44 MW 1942 C 44 MW 1947 Nilo Peçanha Desvio Paraíba-Piraí 380 325,9 338 335 11 48 MW 1953 12 48 MW 1953 13 71 MW 1954 14 71 MW 1954 15 71 MW 1954 16 71 MW 1954 Pereira Passos Ribeirão das Lajes 100 51,6 49 51 1 50 MW 1962 2 50 MW 1963 Santa Branca Paraíba do Sul 57 28,1 28 32 1 28,5 MW 1999 2 28,5 MW 1999 Santa Cecília Paraíba do Sul 33,6 - - - 1 8,4 MW 1952 2 8,4 MW 1952 3 8,4 MW 1953 4 8,4 MW 1954 Vigário Desvio Paraíba-Piraí 88 - - - 1 22 MW 1952 2 22 MW 1952 3 22 MW 1953 4 22 MW 1954 * Para efeito de definição da energia assegurada total considera-se que o bombeamento nas Usinas Elevatórias de Santa Cecília e Vigário reduz a energia assegurada em 98 MW médios ** A energia firme representa a energia média gerada no período crítico do Sistema Interligado Nacional e é um conceito corrente no Setor Elétrico, utilizado, inclusive, como fator de rateio na determinação da energia assegurada das usinas Este Sistema encontra-se inserido na bacia hidrográfica de maior desenvolvimento econômico do País, que é a bacia do Rio Paraíba do Sul. Pela transposição que realiza das águas desta bacia para a do Rio Guandu, participa também da principal bacia hidrográfica de domínio do Estado do Rio de Janeiro, igualmente de elevada expressão econômica. As pressões sociais e econômicas decorrentes desta inserção são expressivas, principalmente no que se refere aos usos múltiplos dos recursos hídricos, requisitando medidas adequadas de monitoramento hidrológico e ambiental, bem como de comunicação social e educação ambiental. O Sistema Gerador da LIGHT, conforme pode ser visto na figura abaixo, apresenta-se como um aproveitamento hidrelétrico não convencional. Parte deste Sistema é desenvolvido em

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ANEXO I - O Sistema Gerador da LIGHT O Sistema Gerador da LIGHT é formado por sete usinas hidrelétricas, sendo cinco geradoras (Ilha dos Pombos, Fontes Nova, Nilo Peçanha, Pereira Passos e Santa Branca) e duas elevatórias (Santa Cecília e Vigário), além de um conjunto de reservatórios, barragens, diques e estruturas hidráulicas associadas. O quadro abaixo apresenta os principais dados destas usinas.

Capacidade Instalada

Energia Firme **

Energia Assegurada *

(MWméd) Usina Rio

(MW)

(Mwméd)

até 2002

após 2002

Unidades Geradoras

ou de Bombeamento

Início da Operação

Ilha dos Pombos Paraíba do Sul 183 89 78 115 1 27 MW 1924 2 27 MW 1924 3 32 MW 1929 4 48 MW 1937 5 49 MW 1949 Fontes Nova Ribeirão das Lajes 132 116,1 97 104 A 44 MW 1940 B 44 MW 1942 C 44 MW 1947 Nilo Peçanha Desvio Paraíba-Piraí 380 325,9 338 335 11 48 MW 1953 12 48 MW 1953 13 71 MW 1954 14 71 MW 1954 15 71 MW 1954 16 71 MW 1954 Pereira Passos Ribeirão das Lajes 100 51,6 49 51 1 50 MW 1962 2 50 MW 1963 Santa Branca Paraíba do Sul 57 28,1 28 32 1 28,5 MW 1999 2 28,5 MW 1999 Santa Cecília Paraíba do Sul 33,6 - - - 1 8,4 MW 1952 2 8,4 MW 1952 3 8,4 MW 1953 4 8,4 MW 1954 Vigário Desvio Paraíba-Piraí 88 - - - 1 22 MW 1952 2 22 MW 1952 3 22 MW 1953 4 22 MW 1954 * Para efeito de definição da energia assegurada total considera-se que o bombeamento nas Usinas Elevatórias de Santa Cecília e Vigário reduz a energia assegurada em 98 MW médios ** A energia firme representa a energia média gerada no período crítico do Sistema Interligado Nacional e é um conceito corrente no Setor Elétrico, utilizado, inclusive, como fator de rateio na determinação da energia assegurada das usinas

Este Sistema encontra-se inserido na bacia hidrográfica de maior desenvolvimento econômico do País, que é a bacia do Rio Paraíba do Sul. Pela transposição que realiza das águas desta bacia para a do Rio Guandu, participa também da principal bacia hidrográfica de domínio do Estado do Rio de Janeiro, igualmente de elevada expressão econômica. As pressões sociais e econômicas decorrentes desta inserção são expressivas, principalmente no que se refere aos usos múltiplos dos recursos hídricos, requisitando medidas adequadas de monitoramento hidrológico e ambiental, bem como de comunicação social e educação ambiental. O Sistema Gerador da LIGHT, conforme pode ser visto na figura abaixo, apresenta-se como um aproveitamento hidrelétrico não convencional. Parte deste Sistema é desenvolvido em

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esquema de transposição de bacias hidrográficas, envolvendo, como citado anteriormente, 2 usinas elevatórias, o que lhe confere condições de operação e manutenção sui generis.

• O Contrato de Concessão Decreto Federal de 28 de maio de 1996 renovou as concessões de geração e de distribuição de energia elétrica da LIGHT com vistas à privatização da empresa. O correspondente Contrato de Concessão foi assinado em 04 de junho de 1996. Este contrato estabelece, em sua Cláusula Quinta - Encargos da Concessionária: "Quarta Subcláusula - Na operação dos aproveitamentos hidrelétricos que utilizam as águas dos rios Paraíba do Sul e Piraí, bem como do Ribeirão das Lajes, a CONCESSIONÁRIA deverá observar as seguintes restrições: I - manter a vazão do Rio Paraíba do Sul, a jusante da Barragem de Santa Cecília, dentro dos limites fixados pelo Poder Concedente, observadas as normas específicas, de forma a minimizar os eventuais impactos ambientais;

II - manter a vazão a jusante da Usina Hidrelétrica Pereira Passos em valores compatíveis com as necessidades de captação de água do Sistema Guandu, para abastecimento público;

III - manter a descarga de água requerida pela CEDAE - Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro, para abastecimento público, a partir da Usina Hidrelétrica Lajes, compreendendo todas as suas instalações (Usina Fontes Velha e Fontes Nova), zelando pela preservação ambiental e pelo atual nível de qualidade da água do Reservatório de Lajes;

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IV - operar os seus reservatórios de modo a minimizar os efeitos adversos das cheias do Rio Piraí, a jusante da Barragem de Santana. Quinta Subcláusula - Garantir o acesso e o trabalho de empregados da empresa responsável pela operação e manutenção dos sistemas de captação e adução de água destinados ao abastecimento público, localizados em áreas de propriedade da CONCESSIONÁRIA. Sexta Subcláusula - Participar, mediante a autorização do PODER CONCEDENTE, de empreendimentos associados ao controle de cheias do Rio Piraí e ao uso múltiplo das águas do sistema Ribeirão das Lages e do Rio Piraí." • A Interferência com o Abastecimento de Água da Região Metropolitana do Rio de Janeiro

(RMRJ) A principal interferência do Sistema Gerador da LIGHT com os usos múltiplos ocorre no atendimento aos requisitos de abastecimento público de água para a RMRJ. Como na área do entorno desta região não existem mananciais de água significativos, foram construídas, no início da década de 40, duas adutoras para fins de abastecimento público com capacidade total de 5,5 m³/s, utilizando-se as águas provenientes do Reservatório de Lajes após serem turbinadas pela Usina Hidrelétrica Fontes Nova. Devido às excelentes condições de preservação ambiental do Reservatório de Lajes, até hoje essa água é distribuída pela CEDAE sem tratamento, apenas sendo clorada diretamente na tubulação.

A obrigação de suprimento das "Adutoras de Lajes", também conhecidas como "Calha da CEDAE", encontra-se consignada no Contrato de Concessão. A operação e manutenção das estruturas hidráulicas para suprimento da "Calha" são suportadas pela LIGHT, bem como a conservação do Reservatório de Lajes em adequadas condições ambientais. Em 2005 estarão sendo iniciadas obras de recuperação das estruturas civis e dos equipamentos da tomada d'água dessas adutoras. Com vistas à preservação da qualidade ambiental do Reservatório de Lajes, conforme previsto no Contrato de Concessão, é realizado um trabalho contínuo de recuperação e conservação da vegetação natural da área de preservação permanente das margens do reservatório.

As usinas elevatórias permitem a transposição das águas da bacia do Rio Paraíba do Sul para a bacia do Ribeirão das Lajes através do Desvio Paraíba-Piraí, para serem utilizadas na geração das usinas Nilo Peçanha, Fontes Nova e Pereira Passos. Esta transposição é realizada pelas Usinas Elevatórias de Santa Cecília (recalque de 15 m) e de Vigário (recalque de 35 m).

O Desvio Paraíba-Piraí veio a constituir-se no mais importante reforço para o suprimento de água potável para a RMRJ. O Rio Guandu, que em condições naturais teria uma vazão de cerca de 25 m³/s, recebe uma contribuição média de 146 m³/s do Desvio Paraíba-Piraí e de 10 m³/s do Desvio Tócos-Lajes. Essa contribuição adicional permitiu a construção pela CEDAE da Estação de Tratamento de Água do Rio Guandu, que entrou em operação em 1955, e hoje processa 47 m³/s de água para atendimento da população da RMRJ. A obrigatoriedade de se manter a defluência das usinas do Complexo de Lajes em valores compatíveis com as necessidades de captação da Estação de Tratamento de Água do Rio Guandu é parte integrante do Contrato de Concessão.

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Adicionalmente, a disponibilidade hídrica do Rio Guandu transformou as suas margens em importante pólo industrial do Estado do Rio de Janeiro.

Do exposto, pode-se depreender que o desenvolvimento do Sistema Gerador da LIGHT, além de atender o suprimento de energia elétrica da sua área de concessão, proporcionou as condições necessárias para que fosse implementado o suprimento de água para abastecimento da RMRJ e o desenvolvimento industrial da área do entorno do Rio Guandu. • As Regras Operativas do Sistema Gerador da LIGHT O Sistema Gerador da LIGHT, por força da necessidade de regularização das vazões para permitir a transposição das águas do Rio Paraíba do Sul para o Rio Guandu, tem sido operado sob regras definidas pelo Governo Federal.

Assim sendo, por meio do Decreto nº 68.324, de 1971, foi aprovado o Plano de Regularização do Rio Paraíba do Sul, considerando os reservatórios de Santa Branca, Jaguari e Funil, e autorizando a construção do Reservatório de Paraibuna-Paraitinga. Este Decreto manteve a autorização concedida anteriormente à LIGHT para desvio das águas do Rio Paraíba do Sul na Usina Elevatória Santa Cecília até o máximo de 160 m³/s. Condicionou, ainda, a operação dos reservatórios à manutenção da descarga mínima a jusante da Usina Elevatória Santa Cecília em 90 m³/s, a partir da conclusão do Reservatório de Paraibuna-Paraitinga, e concedeu prazo de 180 dias para que o então Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica - DNAEE propusesse as regras operativas a serem adotadas pelos reservatórios do Rio Paraíba do Sul.

Através da Portaria nº 22, de 1977, o DNAEE publicou as regras para a operação dos reservatórios do Rio Paraíba do Sul na sua configuração final, a qual passou efetivamente a vigorar a partir de 28 de fevereiro de 1980. O Decreto nº 81.436, de 1978, incluiu nas regras operativas a redução, em condições hidrológicas adversas, da descarga mínima a jusante da Usina Elevatória Santa Cecília para 71 m³/s, a critério do DNAEE. Com fundamento nas regras estabelecidas na legislação citada acima, o conjunto de reservatórios do Rio Paraíba do Sul vem sendo operado, desde fevereiro de 1980, com o objetivo de regularizar a vazão afluente à Usina Elevatória Santa Cecília em 250 m³/s em condições hidrológicas normais (160 m³/s para bombeamento e 90 m³/s para jusante), ou em 190 m³/s em condições desfavoráveis (119 m³/s para bombeamento e 71 m³/s para a jusante). Nesta operação devem ser garantidas as seguintes defluências mínimas:

Paraibuna-Paraitinga 30 m3/s Santa Branca 40 m3/s Jaguari 10 m3/s Funil 80 m3/s Santa Cecília 71 m3/s Bombeamento Paraíba-Piraí 119 m3/s

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Para atender os seus objetivos, a Portaria nº 22 estabelece para os reservatórios curvas de operação e suas faixas de tolerância, matrizes de prioridade de deplecionamento e replecionamento em relação às curvas de operação e faixas de prioridade para equilíbrio dos volumes armazenados nos reservatórios. Define, também, uma curva limite de armazenamento para redução da afluência objetivo de Santa Cecília para 190 m³/s. • O Controle de Cheias Outro aspecto importante que deve ser considerado na operação do Sistema Gerador da LIGHT refere-se ao controle de cheias. A complexidade da bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul e do Desvio Paraíba-Piraí, com a ocupação das margens dos rios pelas comunidades, tem levado ao agravamento das restrições de descarga dos aproveitamentos, gerando a necessidade de grande envolvimento da empresa em atividades de relacionamento com as populações afetadas, desenvolvimento de regras operativas e instruções de operação especiais, bem como a implantação e ampliação dos recursos de monitoramento hidrológico em tempo real. • Os Comitês de Bacia Sistema Gerador da LIGHT se insere em duas bacias hidrográficas de grande expressão em termos de implantação dos modernos conceitos de gerenciamento de recursos hídricos. Na bacia do Rio Paraíba do Sul, o CEIVAP é o comitê de bacia de águas federais mais evoluído do país, já tendo, inclusive, implantado a cobrança pelo direito de uso dos recursos hídricos, preconizada na Lei nº 9.433/97. Na bacia do Rio Guandu, o seu comitê é o primeiro implantado em águas do Estado do Rio de Janeiro, que, por força da transposição das águas do Rio Paraíba do Sul, vem sendo levado a desenvolver em curto espaço de tempo conceitos de administração de recursos hídricos similares aos praticados pelo CEIVAP. Estas formas de organização têm exigido da LIGHT uma atuação pioneira e uma participação intensa nas atividades destes comitês, principalmente pela experiência adquirida nos longos anos de atuação nessas bacias. • A Situação Hidrológica Recente O sistema de reservatórios de regularização do Rio Paraíba do Sul vem sofrendo, desde a estação chuvosa 1995-1996, quando atingiu pela última vez o pleno armazenamento, um contínuo processo de deplecionamento, por força da ocorrência continuada de condições hidrológicas adversas e do atendimento dos múltiplos requisitos de vazão que devem ser garantidos. Este deplecionamento anormal dos reservatórios tem condicionado, desde 2001, uma operação de economia de água que reduziu drasticamente a energia gerada nas usinas da LIGHT, principalmente as operadas com águas do Desvio Paraíba-Piraí. De agosto a dezembro de 2001, o bombeamento objetivo na Usina Elevatória Santa Cecília foi reduzido de 160 para 130 m³/s e a defluência foi mantida em 71 m³/s.

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Em julho de 2002, o bombeamento objetivo em Santa Cecília foi reduzido de 160 para 130 m³/s, e em outubro para 119 m³/s. Por todo este período a defluência foi mantida em 71 m³/s. Em abril de 2003, dada a baixa recuperação do volume dos reservatórios na estação chuvosa que se encerrava, novamente foi estabelecida a redução do bombeamento para 119 m³/s e da defluência mínima para 71 m³/s, limites que vieram a ser oficializados pela Resolução ANA nº 211, de 26 de maio de 2003. A persistência do processo de deplecionamento dos reservatórios levou a nova redução das vazões afluentes, de 190 m³/s para 160 m³/s, aprovada pela Resolução ANA nº 282, de 04 de agosto de 2003. Com a recuperação das condições hidrológicas da bacia do Rio Paraíba do Sul ocorrida em 2004, a vazão objetivo em Santa Cecília foi novamente fixada em 190 m³/s através da Resolução ANA nº 465/2004. • Resumo Todos os condicionantes descritos acima refletem-se diretamente na operação das usinas da LIGHT, tendo como conseqüência, em alguns casos, o comprometimento da disponibilidade de suas unidades geradoras por razões não imputáveis à empresa.