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* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência. ANEXO V – RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS NA AP Nº 003/2015 O presente anexo apresenta as respostas e esclarecimentos da ANEEL referentes às contribuições recebidas na AP 003/2015 relativa à definição da quota anual da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE de 2015. As contribuições estão representadas sob a forma de extratos retirados dos textos integrais apresentados na audiência pública, de forma a destacar a mensagem principal do autor da contribuição. A contribuição em sua forma integral pode ser acessada no endereço www.aneel.gov.br no link Audiências/Consultas/Fórum. Ao início de cada comentário é identificado seu autor. As contribuições estão agregadas por temas. Para cada tema, são apresentadas todas as contribuições que o abordaram. As Respostas podem ser individuais ou únicas por grupo de contribuições, dependendo do grau de congruência entre elas, e buscará contemplar todos os pontos levantados pelas contribuições de forma direta ou indireta, explicitando, quando for o caso, sobre sua incorporação ou não na decisão final. É importante ressaltar que boa parte das contribuições foi respondida, direta ou indiretamente, no corpo da Nota Técnica. I – ORÇAMENTO DA CDE I.1. Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) Contribuições dos Agentes 1. Abrace “(iii) a Abrace solicita maior detalhamento e transparência com relação ao recadastramento das unidades consumidoras, bem como a validação e respectivas variações, pela Aneel, da quantidade de unidades consumidoras que deixaram de ser enquadradas como beneficiárias da TSEE; (iv) A Abrace sugere a verificação da cobertura legal para inclusão na CDE de parcela dos custos associados à Tarifa Social, considerando que a Aneel postergou em quatro meses o prazo legal de recadastramento definido em ato normativo para comprovação da continuidade do atendimento aos critérios de elegibilidade para aplicação da Tarifa Social, prorrogação de prazo essa que impactou significativamente a proposta de orçamento da CDE para cobertura dos custos associados ao baixa renda; 2. Equatorial Energia No que se refere à estimativa de repasses da CDE para a cobertura dos subsídios à Tarifa Social de Energia Elétrica em 2015, “a Equatorial Energia entende que a ANEEL deve compatibilizar os três processos, a saber: (i) os novos valores das bandeiras tarifárias; (ii) os resultados das RTEs das distribuidoras, que passarão a vigorar a partir de 1º de março de 2015; e (iii) o cálculo do montante da CDE referente aos descontos da TSEE Adicionalmente, tendo-se em vista que o desconto da TSEE irá incidir sobre as bandeiras é importante avaliar a premissa de cálculo dos descontos – ele considera apenas o desconto sobre a tarifa usual (Bandeira Verde), ou considera também os descontos sobre as bandeiras amarela e vermelha? Esta condição precisa ser avaliada de forma a garantir que o processo de apuração da subvenção CDE e da receita das Bandeiras sejam compatíveis entre si.”

ANEXO V RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES … · à Tarifa Social, considerando que a Aneel postergou em quatro meses o prazo legal de recadastramento definido em ato normativo

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* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

ANEXO V – RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS NA AP Nº 003/2015

O presente anexo apresenta as respostas e esclarecimentos da ANEEL referentes às contribuições

recebidas na AP 003/2015 relativa à definição da quota anual da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE de 2015. As contribuições estão representadas sob a forma de extratos retirados dos textos integrais apresentados na audiência pública, de forma a destacar a mensagem principal do autor da contribuição. A contribuição em sua forma integral pode ser acessada no endereço www.aneel.gov.br no link Audiências/Consultas/Fórum. Ao início de cada comentário é identificado seu autor. As contribuições estão agregadas por temas. Para cada tema, são apresentadas todas as contribuições que o abordaram. As Respostas podem ser individuais ou únicas por grupo de contribuições, dependendo do grau de congruência entre elas, e buscará contemplar todos os pontos levantados pelas contribuições de forma direta ou indireta, explicitando, quando for o caso, sobre sua incorporação ou não na decisão final. É importante ressaltar que boa parte das contribuições foi respondida, direta ou indiretamente, no corpo da Nota Técnica. I – ORÇAMENTO DA CDE I.1. Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) Contribuições dos Agentes

1. Abrace “(iii) a Abrace solicita maior detalhamento e transparência com relação ao recadastramento das unidades consumidoras, bem como a validação e respectivas variações, pela Aneel, da quantidade de unidades consumidoras que deixaram de ser enquadradas como beneficiárias da TSEE; (iv) A Abrace sugere a verificação da cobertura legal para inclusão na CDE de parcela dos custos associados à Tarifa Social, considerando que a Aneel postergou em quatro meses o prazo legal de recadastramento definido em ato normativo para comprovação da continuidade do atendimento aos critérios de elegibilidade para aplicação da Tarifa Social, prorrogação de prazo essa que impactou significativamente a proposta de orçamento da CDE para cobertura dos custos associados ao baixa renda;

2. Equatorial Energia

No que se refere à estimativa de repasses da CDE para a cobertura dos subsídios à Tarifa Social de Energia Elétrica em 2015, “a Equatorial Energia entende que a ANEEL deve compatibilizar os três processos, a saber: (i) os novos valores das bandeiras tarifárias; (ii) os resultados das RTEs das distribuidoras, que passarão a vigorar a partir de 1º de março de 2015; e (iii) o cálculo do montante da CDE referente aos descontos da TSEE Adicionalmente, tendo-se em vista que o desconto da TSEE irá incidir sobre as bandeiras é importante avaliar a premissa de cálculo dos descontos – ele considera apenas o desconto sobre a tarifa usual (Bandeira Verde), ou considera também os descontos sobre as bandeiras amarela e vermelha? Esta condição precisa ser avaliada de forma a garantir que o processo de apuração da subvenção CDE e da receita das Bandeiras sejam compatíveis entre si.”

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(Fls. 2 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Resposta da SGT Acatado parcialmente. Os repasses mensais da CDE para a subvenção da Tarifa Social são homologados por meio de Despachos da Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição - SRD, conforme metodologia estabelecida na REN nº 472/2012. A previsão de gastos da CDE com o custeio da TSEE foi atualizada para o valor de R$ 2,165 bilhões, conforme Memorando nº 174/2015- SRD/ANEEL, considerando os resultados da Revisão Tarifária Extraordinária de 2015 das concessionárias de distribuição, dentre outros parâmetros, incluindo o cronograma aprovado pela ANEEL para o recadastramento de unidades consumidoras na subclasse residencial baixa renda. Não há previsão de subvenção da CDE para a cobertura dos descontos aplicados sobre os adicionais das bandeiras tarifárias amarela e vermelha, uma vez que os novos valores, vigentes a partir de 2 de março de 2015, foram calculados considerando o mercado ajustado, ou seja, já incorporando a compensação pelos descontos concedidos à subclasse residencial Baixa Renda. I.2. Universalização Contribuições dos Agentes

1. Abrace (v) a Abrace sugere revisão nos valores orçados na CDE para o PLpT em 2015, reduzindo sua previsão de aportes na ordem de pelo menos 50%, buscando melhor alocação dos seus custos no tempo”;

2. Equatorial Energia

“Com relação ao PLPT, os dispêndios previstos para a execução do Programa em 2015 totalizam R$ 875.000.000, conforme informação do MME que consta do Ofício nº 012/2015-SEE-MME, de 20 de janeiro de 2015”. (...) “Em resumo, com relação ao PLPT a CELPA e CEMAR tem previsto o recebimento de R$ 445 milhões, o que corresponde a pouco mais que 50,09% de todo orçamento previsto para o PLPT em 2015. Caso os valores explicitados acima não estejam previstos no orçamento da CDE para 2015, as empresas solicitam sua devida consideração, para que não ocorram problemas de repasse das parcelas para realização do programa, e consequente atraso na execução das obras e das ligações”.

3. KV Consultoria Ltda. “Com relação ao item DESPESAS onde observa-se um aumento de R$ 18 bilhões em 2014 para R$ 26 bilhões em 2015 temos as seguintes considerações: 1 – Universalização – o programa deveria ser paralizado pois é um contrasenso em ano de crise hidoenergética investir em atendimento novos e economicamente inviáveis consumidores. Economia será de R$ 875 milhões. Resposta da SGT Acatada parcialmente. Dadas as contribuições solicitando maior detalhamento e transparência das informações, o Ministério de Minas e Energia - MME encaminhou as informações complementares, que são apresentadas a seguir. A prorrogação do Programa Luz para Todos, para o período de 2015 a 2018, definida pelo Decreto nº 8387 de 31/12/2014, visou garantir a continuidade de 27 contratos firmados no âmbito do PAC 2 (2011-2014), a

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(Fls. 3 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

contratação de atendimentos às comunidades isoladas e novas demandas. A necessidade de recursos para o Programa para este período (2015-2018) é da ordem de R$ 4,08 bilhões, assim distribuídos: continuidade e conclusão de 27 contratos, de R$ 1,83 bilhão; atendimentos às comunidades isoladas, de R$ 920 milhões; e novas demandas, de R$ 1,33 milhões. O Orçamento para o ano de 2015, no valor de R$ 875 milhões, foi definido em razão das limitações orçamentárias e financeiras que envolvem a CDE e limita-se a dar continuidade aos contratos que estão em andamento para que não haja desmobilização de equipes em vários Estados. Para os 27 contratos em andamento as distribuidoras já adquiriram material, total ou parcial, e realizaram a contratação da mão de obra correspondente, tendo, portanto, obrigações a cumprir com fornecedores e prestadores de serviços. Para o ano de 2015, visando dar continuidade a esses contratos e garantir minimamente que não haja paralização das obras, são necessários R$875 milhões de CDE, assim distribuídos: 40 milhões de despesas já realizadas com obras já concluídas e com solicitações de pagamentos já processadas ou em processamento na Eletrobras; e 635 milhões para a execução de 75.000 ligações em 2015. I.3. Efeito da não adesão à prorrogação de concessões Contribuições dos Agentes

1. Abrace vii) não podem as tarifas ser utilizadas para arrecadar recursos destinados à compensação do efeito da não adesão à prorrogação das concessões de geração ou à indenização dos ativos de geração e transmissão”;

2. EDP “Outro item presente no orçamento da CDE para 2015 é a Subvenção Redução Tarifária Equilibrada. Criada com o princípio de assegurar o equilíbrio da redução das tarifas em 2013, este fator perdeu sua razão de existir, na medida em que após essa data cada concessionária teve reajuste de custos de maneira diferente entre si. O referido valor fazia sentido em se chegar a uma tarifa determinada apenas em 2013, e não nos anos subsequentes. Houve, nesse período, inclusive a interligação de parte das distribuidoras que recebem essa subvenção. Isso demonstra como este montante não guarda mais relação com o contexto tarifário atual. O Grupo EDP acredita que, na ausência de definição em Lei ou Decreto que dê tratamento à evolução deste item de custo, a ANEEL possuirá discricionariedade para propor o seu fim, caso entenda que não é mais pertinente no contexto atual”. Resposta da SGT Não acatado. O repasse de recursos da CDE para compensar o efeito da não adesão à prorrogação das concessões de geração de energia elétrica, assegurando o equilíbrio da redução das tarifas de que trata o art. 1º, § 2º, da Lei n. 12.783/2013, tem previsão legal no inciso VIII, art. 13, da Lei n. 10.438/2002, e no art. 4º do Dec. n. 7.891/2013. A ausência de previsão regulamentar para o encerramento dessa subvenção não autoriza a ANEEL de desconsiderá-la para fins de orçamento da CDE. I.4. Indenizações de Concessões Contribuições dos Agentes

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(Fls. 4 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

1. Zona da Mata Geração

“Zona da Mata Geração requer à ANEEL que considere o valor da indenização devida pela reversão da UHE Neblina (R$ 14.853.642,78) no cômputo da Quota Anual da CDE, promovendo os pertinentes ajustes nos artigos 1º e 2º e nos ANEXO I e II da minuta de Resolução Homologatória submetida à audiência pública, determinando, ainda, à ELETROBRAS que providencie o imediato pagamento à vista da indenização em seu valor integral e atualizado”.

2. KV Consultoria Ltda. “Com relação ao item DESPESAS onde observa-se um aumento de R$ 18 bilhões em 2014 para R$ 26 bilhões em 2015 temos as seguintes considerações: 4 – Os valores referentes às indenizações de ativos de geração e transmissão de energia elétrica, por ocasião da prorrogação de concessões nos termos da Lei nº 12.783/2013, merecem uma justificativa muito mais aprimorada sobre o aumento de 54% saltando de R$ 3,2 bilhões em 2014 para R$ 4,9 bilhões em 2015. Resposta da SGT Acatado parcialmente. Quanto às indenizações de ativos de geração e transmissão de energia elétrica, por ocasião da prorrogação de concessões nos termos da Lei 12.783/2013, os valores foram informados pelo MME, por meio do Ofício nº 012/2015-SEE-MME. Conforme condições de parcelamento definidas na Portaria Interministerial MME/MF 580/2012 e nos contratos celebrados com as concessionárias, o saldo devedor em 31/12/2014 foi acrescido de atualização monetária pelo IPCA estimado de 2015 e de juros remuneratórios de 5,59% a.a., totalizando R$ 4.897.802.145, sendo R$ 3.512.848.846,72 referentes aos ativos de transmissão e R$1.384.953.298,49 ao setor de geração. I.5. Devolução dos recursos do Dec. 7.945/2013 Contribuições dos Agentes

1. ABRACE (xx) a propósito da recomposição da CDE, dado o atual saldo devedor da ordem de 12,5 bilhões de reais , a Aneel deveria lançar, como item de receita da CDE, o valor de, no mínimo, 5 bilhões de reais a título de devolução dos valores repassados às distribuidoras nos termos do art. 4º-A do Decreto n.º 7.891/2013, pois, ao reduzir os valores de restituição, torna-se necessário buscar outras fontes de receitas, o que, diante da recusa do Tesouro Nacional em realizar novo aporte de recursos financeiros, resulta em aumento da cota da CDE, com consequente imposição de ônus adicional para os consumidores livres, consumidores esses que contribuíram para a formação do saldo da CDE e que, portanto, incorrem em custos financeiros por conta do repasse de recursos da CDE às distribuidora”. Resposta da SGT Acatado parcialmente. É entendimento desta Superintendência que a forma de devolução desses recursos à CDE (montante e prazo) deve ser definida pelo Poder Executivo, responsável pela regulamentação e programação orçamentária do fundo. O MME, por meio do Ofício nº 054/2015-SEE-MME, informou que no orçamento da CDE de 2015 deverá ser considerado o recolhimento por meio de quotas pagas pelos consumidores cativos, a título de devolução dos recursos recebidos pelas distribuidoras no período de janeiro de 2013 a janeiro de 2014, o montante equivalente a ¼ do saldo devedor, o que resulta em R$ 3,136 bilhões.

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(Fls. 5 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

I.6. Subsídios Tarifários Contribuições dos Agentes

1. KV Consultoria Ltda. “Com relação ao item DESPESAS onde observa-se um aumento de R$ 18 bilhões em 2014 para R$ 26 bilhões em 2015 temos as seguintes considerações: 2 – Subsidios tarifários – deveria ser revisto o valor de subsidio à irrrigação de R$ 580 milhões já que com a crise hídrica não há água disponível nem para uso humano menos ainda para irrigação.

2. ABRACE “Sem prejuízo à proposta de isonomia do rateio dos subsídios tarifários apresentada na seção 2, a Abrace solicita ao regulador que apresente informações mais detalhadas a respeito da evolução dos dispêndios em relação aos subsídios tarifários. É muito importante que toda a sociedade tenha acesso a informações sobre todos os custos vinculados aos subsídios, separando-os de forma que seja possível avaliar a razoabilidade e sustentabilidade de cada um deles. Se esses custos continuarem aumentando na mesma proporção verificada nos últimos anos, a médio e longo prazo eles se tornaram insustentáveis, visto que sua participação no custo total da energia ganha cada vez mais relevância. Por isso, a Abrace solicita à Aneel para que seja feito estudo aprofundado sobre como os benefícios das políticas públicas voltadas para subsídios tarifários impactam o setor como um todo. Questiona-se se os objetivos vislumbrados, quando da criação desses subsídios, já foram alcançados. Se eles já foram alcançados, qual a justificativa para manutenção dos mesmos? Se ainda não foram, qual seria a expectativa de cumprimento desses objetivos e como alcançá-los de forma mais eficiente? Embora a Abrace tenha conhecimento de que qualquer decisão a respeito de políticas públicas não seja de competência da Aneel, a Associação acredita que seja papel do regulador fazer as devidas avaliações para prover ao Poder Concedente e formuladores de políticas informações que resultem em um diagnóstico concreto em relação à sustentabilidade dessas políticas, de forma a se delinear uma estratégia de médio e longo prazo para que seja possível cumprir os objetivos de forma eficiente.” Resposta da SGT Parcialmente acatado. A previsão de gastos com Subsídios Tarifários foi atualizada considerando o resultado da revisão tarifária extraordinária das distribuidoras em 2015, que resultou em aumento das tarifas, entretanto, não foram consideradas previsões de aumento ou redução do consumo de energia elétrica, dada a dificuldade associada à estimativa da reação da demanda em relação ao atual cenário econômico. A composição dos gastos com subsídios tarifários, por tipo de desconto concedido, foi apresentada na Nota Técnica nº 14/2014-SGT/SRG/ANEEL, conforme abaixo:

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(Fls. 6 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Os valores dos repasses da CDE para o custeio dos subsídios tarifários são definidos nas resoluções homologatórias dos reajustes e revisões de cada distribuidora, sendo apresentado por tipo de desconto. Compete à ANEEL dar a devida transparência a esses valores, o que tem sido feito anualmente na definição do orçamento da CDE e nos processos tarifários de cada distribuidora. I.7. Carvão Mineral Contribuições dos Agentes

1. ABRACE “(vi) a Abrace apela à Aneel para que os valores realizados em 2014 com as subvenções ao carvão mineral sejam utilizados como referência para 2015, bem como para que seja oferecido maior detalhamento quanto ao montante oferecido para consulta pública;”

2. Adriano Anaia Pereira “(i) Revisão/redução dos valores previstos com a compra de carvão mineral para a UTE Presidente Médici – Fase A; (ii) A Eletrobras deve disponibilizar em sua homepage, no mínimo, as seguintes informações de cada Usina Termelétrica de Propriedade da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica – CGTEE, relativas aos últimos 5 (cinco) anos (2010 a 2014): ... (iii) aperfeiçoamento da legislação relativa a CDE com o objetivo de proporcionar maior transparência das informações. Resposta da SGT Acatado parcialmente. A previsão de despesas com a compra de carvão mineral e combustíveis secundários de empreendimentos que utilizam matéria-prima nacional, no valor de R$ 1,216 bilhões, informado pelo MME, por meio do Ofício nº 012/2015-SEE-MME, considera o disposto na Resolução Normativa nº 500/2012 e a previsão de despacho das usinas beneficiárias em 2015 realizada pelo Operador Nacional do Sistema – ONS. A composição desse gasto é apresentada na figura abaixo.

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(Fls. 7 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Fonte: Eletrobras Quanto à contribuição para a redução dos valores previstos com a compra de carvão mineral para a UTE Presidente Médici – Fase A, em função da redução da geração de energia, informamos que o reembolso da CDE para o carvão mineral deve, por dispositivo legal, garantir a compra mínima contratada. Dessa forma, ainda que a geração na UTE Presidente Médici – Fase A esteja comprometida, o contrato de compra de carvão deve ser cumprido e as quantidades do combustível eventualmente podem ser realocadas nas demais usinas a carvão beneficiárias da CDE.

Por fim, enfatizamos que há determinação da ANEEL, no art. 16 da REN 500/2012, para que a Eletrobras divulgue todas as informações a respeito dos custos de combustíveis de usinas a carvão mineral pela CDE, incluindo montantes de energia gerados, quantidades e custos da compra mínima e dos reembolsos efetuados, movimentação financeira, etc. Nesse sentido, os resultados da CDE-carvão encontram-se disponíveis no sítio da Eletrobras na Internet. I.8. Recursos do Tesouro Contribuições dos Agentes

1. KV Consultoria Ltda. Com relação ao item RECEITAS que reduziram em R$ 11,8 bilhões os aportes do Tesouro Nacional questiona-se como pode a Aneel, através de um simples ofício da STN-Secretaria do Tesouro Nacional, impor aos consumidores o pagamento deste montante se a Lei nº 12.783/2013, autorizou a União a destinar à CDE os créditos? É obvio que se o governo federal deseja manter políticas públicas não pode exigir que o consumidor as pague”.

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(Fls. 8 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Resposta da SGT Não considerado. A decisão quanto ao montante de recursos do Tesouro Nacional a serem destinados à CDE é de competência da União. II – ORÇAMENTO DA CCC Análise da SRG Sobre a rubrica CCC, a ABRACE alegou que o rateio entre os cotistas da Conta é indevido, defendendo o rateio igualitário entre todos os consumidores.

Novamente enfatizamos, uma vez que o rateio da CCC está inserido na sistemática da CDE, definida por dispositivos legais, tal discussão transcende a definição do orçamento de 2015.

Sobre a despesa alocada ao gás natural em Manaus, a ABRACE argumentou que o tema carece de maior discussão, a ser subsidiada por mais informações a serem fornecidas pela Agência sobre o planejamento do consumo e o preço do gás natural.

Sobre o assunto, informamos que a definição do preço regulatório do gás natural está sendo tratada no processo nº 48500.006917/2005-46, e que, enquanto não há a fixação do preço definitivo, está sendo praticado, por métrica contratual, o valor médio entre o requerido pelo fornecedor e o exigido pelo comprador. Ademais, assim que definido o preço final, o que deve ocorrer em 2015, os efeitos serão retroativos desde o início do fornecimento do gás natural, porém colocados em fluxo de caixa e absorvidos somente nos preços futuros do produto.

Com relação à falta de dados sobre o planejamento do consumo do gás natural e seu rebatimento no orçamento, informamos que, uma vez que há os dispositivos contratuais do ship-or-pay (100%) para o transporte e de take-or-pay (80%) para a commodity, as quantidades efetivamente consumidas em pouco alteram as despesas previstas.

A ABRACE questionou também a inexistência de prestação de contas, pela ANEEL, dos gastos realizados pela CCC. Sobre este ponto enfatizamos que a prestação de contas da CCC deve ser providenciada pela Eletrobras, gestora da Conta, pelos meios determinados pela ANEEL, especialmente no art. 54 da Resolução nº 427/2011. Ademais, ainda que descumprido o citado dispositivo, os resultados da CCC estão disponíveis no endereço eletrônico da Eletrobras.

A ABRACE propôs que a ANEEL avalie se o resultado financeiro dos montantes exportados pela Amazonas Energia e liquidados no mercado de curto prazo devem ser retornados à CCC.Em análise, ponderamos que a devolução à CCC é devida, sendo todo o montante contabilizado abatido do orçamento de 2015.

A ABRACE solicitou informações acerca das providências da ANEEL em relação às decisões judiciais liminares em favor dos beneficiários da CCC contra os limites de preços de combustíveis definidos pela Agência. Informamos, em sentido amplo, que foram tomadas providências para a reversão das citadas decisões judiciais, porém a memória das ações, por ser extensa e por não interferir no orçamento da CCC para 2015, poderá ser requerida em momento posterior.

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(Fls. 9 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

A ABRACE indicou a existência de uma diferença entre o montante de geração, em Manaus, considerado no plano anual de operação de 2014, e o montante efetivo apurado pelo ONS. Por isso, solicita que a ANEEL apresente um balanço entre os valores previstos e os realizados nos anos anteriores. Consideramos a solicitação pertinente e informamos serão tomadas providências no sentido de levantar as informações solicitadas.

A ABRACE destacou a importância de uma maior transparência nas informações referentes às parcelas de tributos não recuperados no período de 2009 a 2013 e da repactuação de dívidas e outros valores. Concordamos com a ponderação; o detalhamento das informações será solicitado à Eletrobras para disponibilização ao público, bem como os valores deverão ser auditados e fiscalizados pela Agência.

As empresas de distribuição do grupo Eletrobras fizeram solicitações para a inclusão de despesas ao orçamento não previstas inicialmente, tais como custo com o aluguel de unidades geradoras, atualização de despesas com combustíveis, com a compensação de créditos, receita de subrrogação, reembolso do custo de SCDs instalados, custo de contratos de energia, despesas acessórias com combustíveis e de glosas com consumo de combustíveis. Em análise, ponderamos que, salvo melhor juízo, somente serão incorporadas ao orçamento as despesas validadas pela Eletrobras gestora da CCC. Tal decisão se rebate tão somente no orçamento da CCC e não se vincula ao reconhecimento, pela gestora da CCC e pela ANEEL, das despesas arroladas. A Equatorial Energia solicitou correção do montante de geração nos sistemas isolados da CELPA, em função de atrasos na interligação de localidades. Em análise, ponderamos que a correção é de ordem pequena e não compromete o orçamento previamente levantado.

A Equatorial Energia solicitou que o orçamento seja revisto de forma a considerar decisão judicial que suspende os limites de preços de combustíveis em favor da CELPA. Em análise, ponderamos que, salvo melhor juízo, somente serão incorporadas ao orçamento as despesas validadas pela Eletrobras gestora da CCC. Tal decisão se rebate tão somente no orçamento da CCC e não se vincula ao reconhecimento, pela gestora da CCC e pela ANEEL, das despesas arroladas. A FIESP questionou a falta de informações sobre a manutenção da despesa com o gás natural em Manaus, apesar de sua interligação ao SIN. Informamos que a manutenção dessa despesa na CCC advém da interpretação da Lei nº 12.111/2009 (§6º do art. 3º) combinada com o Decreto nº 7.246/2010 (§ 3º do art. 11), que garante o ressarcimento da CCC mesmo após a interligação da localidade ao SIN. A FIESP também questionou a metodologia de cálculo do fator de perdas eficientes. Quanto a essa contribuição, informamos os fatores de corte foram calculados conforme metodologia definida no Capítulo VII da REN 427/2011. A Petrobras solicitou o provisionamento de R$ 2,5 bilhões e a garantia da ANEEL de que a provisão já constante do orçamento, de R$ 1,849 bilhão, seja de fato utilizada para pagar as despesas de gás natural em Manaus. Solicitou também a inclusão, no orçamento, de R$ 28 milhões para o pagamento de consumo de combustíveis líquidos utilizados na UTE Tambaqui. Em análise, ponderamos que, salvo melhor juízo, somente serão incorporadas ao orçamento as despesas validadas pela Eletrobras gestora da CCC. Tal decisão se rebate tão somente no orçamento da CCC e não se vincula ao reconhecimento, pela gestora da CCC e pela ANEEL, das despesas arroladas. Sobre a utilização do reembolso para a finalidade correta,

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(Fls. 10 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

destacamos que a ANEEL fiscaliza a utilização dos recursos e, caso encontre eventual desvio de finalidade ou recepcione reclamação do credor, pode atuar para solucionar a pendência.

Por fim, a Petrobras fez argumentações quanto à possibilidade de desembolso da CCC para o ressarcimento, via subrrogação, do custo de implantação do gasoduto Urucu-Coari-Manaus. Em análise, lembramos que o assunto, tratado no processo nº 48500.006917/2005-46, não compõe o objeto da presente Audiência Pública. III – RESTOS A PAGAR Contribuições dos Agentes

1. ABRACE “(x) a Abrace reitera pedido encaminhado na carta COR-DIR-006, protocolada na Aneel no dia 6 de fevereiro, para a disponibilização de maior detalhamento das contas apresentadas, como essa de “restos a pagar”, bem como da extensão do prazo para envio de contribuições;

2. ABRADEE “Parte dos restos a pagar do ano anterior - item (III.1.7 da NT 14/2015) - no valor de R$ 2,9 bilhões, refere-se aos atrasos dos repasses financeiros da CDE às distribuidoras atinentes às subvenções tarifárias. Neste sentido, solicitamos que - a exemplo do Despacho ANEEL nº 182/2015 que garantiu o remuneração da Selic aos Agentes credores no Mercado de Curto Prazo de mercado pelos diferimentos das datas de liquidação financeira na CCEE1 - seja: (i) considerado no cálculo da nova Quota o adicional de remuneração financeira pelo atraso correspondente; e (ii) estabelecido que o repasse das subvenções às distribuidoras contemple esses respectivos valores de remuneração”.

3. CEMIG “A CEMIG está com valores a receber de CDE em atraso, que não foram repassadas pela ELETROBRAS, referente à Resolução Homologatória nº 1.700/2014, dos meses de agosto de 2014 a janeiro de 2015, ou seja, 6 parcelas de R$49.271.804,28 (valores históricos) e, ao mesmo tempo, foi publicada a Resolução Homologatória n° 1.856/2015, com os valores a pagar de CDE. Considerando a situação financeira da Cemig Distribuição S.A. – Cemig D, é necessário fazer um encontro de contas destes valores, conforme datas de pagamentos regulamentados. Considerando que existem normas para atualização de valores em caso de atraso de pagamento, a CEMIG entende que a mesma regra será aplicada para atualizar os repasses não realizados pela ELETROBRAS para a Cemig D. Neste sentido, a CEMIG solicita que, a exemplo do Despacho ANEEL nº 182/2015, que garantiu a remuneração da Selic aos Agentes credores no Mercado de Curto Prazo pelos diferimentos das datas de liquidação financeira na CCEE1, seja: (i) considerado no cálculo da nova Quota o adicional de remuneração financeira pelo atraso correspondente; e (ii) estabelecido que o repasse das subvenções às distribuidoras contemple esses respectivos valores de remuneração”.

4. CPFL

“Inserção de novo item. 45A. A parcela de restos a pagar referente ao atraso no repasse de recursos referentes às subvenções tarifárias seja remunerada aos credores aplicando-se a taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – SELIC. De forma isonômica ao tratamento adotado no Despacho ANEEL nº 182/2015, que garantiu a remuneração da SELIC aos Agentes credores no Mercado de Curto Prazo de mercado pelos diferimentos das datas de liquidação financeira na CCEE, é necessária a consideração no cálculo da nova Quota o adicional de

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(Fls. 11 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

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remuneração financeira, via SELIC, pelo atraso dos repasses financeiros da CDE às distribuidoras atinentes às subvenções tarifárias. Assim, que o repasse das subvenções estabelecido às distribuidoras deverá contemplar esses respectivos valores de remuneração”.

5. EDP “Em relação à atualização monetária dos valores recebidos em atraso ou até mesmo dos não recebidos, o Grupo EDP pleiteia que este montante seja contemplado pelo item “Restos a pagar do ano anterior”.

6. Equatorial Energia

“Em função de problemas de caixa ocorridos em 2014, a CDE deixou de honrar diversos pagamentos ao longo do ano – o problema alcançou praticamente todas as distribuidoras, e diversas rubricas cuja responsabilidade de cobertura recai sobre a CDE. De fato, o orçamento apresentado destaca um valor de R$ 2,9 bilhões referentes a restos a pagar do ano anterior. (...) “Deste modo, a Equatorial solicita que (i) seja considerado no cálculo da nova Quota o adicional de remuneração financeira pelo atraso correspondente; e (ii) seja estabelecido que o repasse das subvenções às distribuidoras contemple esses respectivos valores de remuneração”.

7. KV Consultoria Ltda. “Com relação ao item DESPESAS onde observa-se um aumento de R$ 18 bilhões em 2014 para R$ 26 bilhões em 2015 temos as seguintes considerações: 5 – Tambem carece de justificativa o aumento significativo de restos a pagar de 2014 no total de R$ 2,9 bilhões. Como pode ter ocorrido um erro tão significativo em 2014?

8. ABRADEE “Ademais, diferentemente do caso de repasse da CDE às Subvenções Tarifárias - as respectivas datas são definidas nas REHs de aprovação de reajuste ou revisão tarifária das distribuidoras - não há regulamento equivalente para o ressarcimento dos dispêndios da CCC. Essa lacuna regulatória ocasiona reembolsos em datas incompatíveis com os prazos de vencimentos dos compromissos assumidos pelas distribuidoras perante seus fornecedores, causando, dessa forma, desequilíbrios financeiros pela incidência de encargos moratórios no atraso dos pagamentos. Assim, solicitamos dessa Agência: (iii) regulamentar, brevemente, os procedimentos de ressarcimento dos dispêndios da CCC às distribuidoras”.

9. ANACE Restos a pagar do ano anterior (R$ 2,94 bilhões) – não estão discriminadas quais quotas da CDE não foram aportadas em 2014, restando dúvidas sobre a quem caberia o pagamento desse saldo devedor. É sabido que, ao longo do ano de 2014, os recursos disponíveis na CDE foram intensamente utilizados para atender diversos objetivos, entre eles o efeito da não adesão à prorrogação das concessões de geração de energia elétrica, a cobertura de custos associados com a contratação de energia, etc. Por isso, é necessário um maior detalhamento desse item de forma a identificar quais foram os motivos dessa insuficiência de recursos, pois, dependendo da origem, a insuficiência deve ser alocada ao ACR, ao ACL ou a ambos”. Resposta da SGT Acatado parcialmente. Os restos a pagar de 2014 devem-se à insuficiência de transferência de recursos do Tesouro Nacional em relação ao valor orçado para aquele ano. A Eletrobras, por meio da Carta CTA-DF-1026, encaminhou informações complementares relativas aos restos a pagar de 2014, atualizando o seu valor

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(Fls. 12 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

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e informando a sua composição por rubrica de gastos, conforme Tabela 2 da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/SRG/ANEEL. É entendimento desta Superintendência que, pela ausência de previsão legal e regulamentação pelo Executivo, não cabe a aplicação de remuneração (juros e mora) sobre valores de reembolso efetuados em atraso pela Eletrobrás. Por outro lado, nosso entendimento é de que cabe a atualização monetária dos valores, no caso elegendo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA como referencial, haja visto se tratar do parâmetro de atualização das quotas anuais adotado até o ano de 2012. Ainda, recomenda-se que, face à ausência de regramento anterior, e tendo em vista a repercussão como custo ao fundo setorial, a aplicação de atualização monetária seja aplicada apenas a partir da competência de março de 2015, inclusive para o saldo acumulado de restos a pagar de competências anteriores. Com relação aos repasses da CDE efetuados sem data previamente fixada, enquanto não houver regra específica que defina a data de reembolso, como no caso da CCC, recomenda-se considerar a atualização monetária mensal para os reembolsos não praticados a partir do mês subsequente à competência do crédito. IV – RATEIO DA QUOTA ANUAL DA CDE Contribuições dos Agentes

1. ABRACE “(i) para eliminar a distorção hoje existente, que consiste em subsídio cruzado entre grandes e pequenos consumidores, e assegurar tratamento isonômico, o que pressupõe a consideração das circunstâncias à vista das quais a alocação de custos é feita, deve a Aneel estabelecer que o encargo seja cobrado sob a forma de percentual do valor final da fatura de energia; (ii) ademais, deve ser feita ao menos a separação da CDE em duas componentes tarifárias: uma cobrada na TUSD e outra na TE”; ‘(vii) não podem as tarifas ser utilizadas para arrecadar recursos destinados à compensação do efeito da não adesão à prorrogação das concessões de geração ou à indenização dos ativos de geração e transmissão; (viii) caso essas finalidades sejam custeadas via tarifa, deve ser obedecido ao princípio da proporcionalidade e à noção da própria Aneel de que deve haver correspondência entre a percepção de benefícios e a alocação de custos, motivo pelo qual os agentes do mercado livre não devem ser onerados com o rateio das despesas referentes à “Subvenção Redução Tarifária Equilibrada” e à “Indenização de Concessões”, as quais decorrem exclusivamente dos efeitos da Lei n.12.783/2013, que destinou ao ACR toda a renda hidráulica; (ix) a Aneel tem que se atentar, ainda, para o rateio dos custos relacionados à indenização das transmissoras, uma vez que os benefícios tarifários advindos da renovação das concessões não restaram apenas sobre o consumo, mas também aos agentes de geração a partir deste ano, motivo pelo qual deve a Aneel buscar solução que mantenha a isonomia entre as classes do setor, equilibrando benefícios e responsabilidades diante dos custos e políticas definidas; (xi) a Aneel não deve tratar os valores relativos a restos a pagar no cálculo da tarifa de uso, pois, se assim o fizer, deixará de observar que os recursos da CDE destinados a cobertura de despesas do mercado cativo devem ser aqueles lastreados em operações de crédito realizadas pela CCEE no âmbito da Conta ACR, em créditos de Itaipu que o tesouro nacional possui e no próprio saldo da CDE; (xii) a Aneel deve tratar os valores de restos a pagar como repasses realizados pela CDE para suportar despesas do mercado cativo, até mesmo porque a dívida que as distribuidoras têm como a CDE é maior que os 3 bilhões de reais inicialmente declarados pela Eletrobras como déficit do fundo setorial;

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(Fls. 13 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

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(xiii) da mesma maneira que não se deveria cobrar mais dos grandes consumidores de energia pelas políticas públicas que alteraram sua forma de cobrança, as despesas da CCC deveriam voltar a ser rateadas nacionalmente, retirando o sobrepeso “criado” para os consumidores dos submercados SE/CO e S; (xxi) as despesas relativas à CDE devem ser alocadas aos consumidores localizados nos sistemas isolados, mediante cota atribuída à distribuidora local, pois o art. 13 da Lei n.º 10.438/2002 atribui o pagamento de CDE a todos os agentes que comercializam energia com consumidor final, bem como o art. 4º da Lei n.º 12.111/2009, estabelece que os sistemas isolados serão considerados como integrados ao SIN “a partir da data prevista no contrato de concessão para a entrada em operação da linha de transmissão de interligação dos sistemas”.

2. ABRACEEL “a Abraceel propõe que sejam alocados na parcela da CDE relativa ao consumidor cativo (CDE_TE) os seguintes itens de custo: i. Pagamento dos recursos recebidos pelas distribuidoras no período de janeiro de 2013 a fevereiro de 2014, nos termos do Art. 4º-A do Dec. 7.891/2013, no valor de R$ 1,4 bilhão, conforme proposto pela Nota Técnica nº 14/2014-SGT/SRG/ANEEL; ii. Pagamento dos valores a título de subvenção para a Redução Tarifária Equilibrada, no valor de R$ 398 milhões, que foram utilizados em 2-13 exclusivamente para reduzir a Tarifa de Energia (TE) dos consumidores cativos; e iii. Indenização de ativos de geração das concessões prorrogadas pela Lei 12.783/13, cujo benefício econômico foi alocado exclusivamente ao ACR através do mecanismo de cotas de energia, cujo valor deve ser segregado pela Aneel a alocado na CDE_TE”.

3. AES BRASIL “solicita-se que os valores das cotas de CDE sejam recalculados mantendo o rateio de 4,53 S/SE/CO x 1 N/NE para os itens já contemplados pela CDE anteriormente à Lei 12.783/13, sendo os itens posteriores à referida Lei rateados exclusivamente pela participação de mercado de cada agente, evitando onerar inadequadamente os consumidores do S/SE/CO”.

4. ABIQUIM “Tendo em conta que a CDE se faz um instrumento de fomentação de políticas públicas no âmbito do setor elétrico, é forçoso reconhecer que algumas das rubricas elencadas e apresentadas pela Nota Técnica nº 14/2015-SGT/SRG/ANEEL não deveriam ter os seus valores arcados pelos consumidores de energia, mas sim pelos contribuintes por meio do seu aporte pelo Tesouro Nacional. Também nesse sentido, fica evidente que alguns custos reconhecidos no cômputo da CDE não haveriam de ser suportados pelos consumidores que atuam no mercado livre, já que se referem exclusivamente ao custeio de ocorrências do ambiente de contratação regulado. Disso decorre a necessidade de revisão das rubricas e consequentes valores, adequando-se a CDE ao mercado de energia elétrica em consonância com as suas finalidades e aplicações. No rol das rubricas incluídas erroneamente nos custos da CDE para quitação pelos consumidores livres, chamam atenção a indenização dos ativos das concessões prorrogadas na forma da Lei nº 12.783/13 — cujos valores não se tem indicação — juntamente com as despesas relacionadas à não adesão de poucas geradoras à prorrogação”. (...)”Nesse sentido, a ABIQUIM afirma ser imprescindível a separação da CDE em duas componentes tarifárias: uma cobrada na TUSD e outra na TE com vistas a privilegiar a isonomia e o equilíbrio entre os ambientes livre e regulado”.

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(Fls. 14 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

“Nessa linha de raciocínio, são questionáveis e carentes de auditagem a rubrica nominada “Restos a Pagar” de anos anteriores. Certamente, fica comprometida qualquer alocação desses custos sem a necessária indicação de sua legitimidade e autenticidade, inclusive quanto a sua segmentação nos diferentes mercados. Finalmente, com maior relevância e peso na majoração da CDE, a incorporação das despesas da CCC merece revisão e adoção de medidas em prol da transparência, racionalização de despesas e previsibilidade pelos agentes”.

5. ANACE “Baixa Renda e III.1.2 - Universalização – PLpT (R$ 2,97 bilhões) – é entendimento da ANACE que tais itens integram as políticas públicas, que devem ser pagos pelo contribuinte brasileiro, e não pelo consumidor de energia elétrica, seja ele livre ou cativo. Subsídios Tarifários (R$ 5,81 bilhões) – subitens 31 e 32 - os referidos subsídios, tais como para a categoria irrigante/ agricultor ou água, esgoto e saneamento, integram também políticas públicas, que devem ser pagas pelo contribuinte brasileiro, e não pelo consumidor de energia elétrica, seja ele livre ou cativo. Em relação ao valor utilizado no ano de 2014, esse item teve uma elevação de 42%, que comprometerá consideravelmente os reajustes tarifários ao longo do ano de 2015, afetando significativamente a competitividade da indústria nacional. Subvenção Redução Tarifária Equilibrada (R$ 389 milhões) – subitens 38 e 39 – como a MP 579, convertida posteriormente na Lei nº 12.783/2013, veio a beneficiar sobretudo o mercado cativo, essa quota da CDE claramente não pertence ao ACL, tendo em vista que a citada Lei alocou toda energia oriunda das renovações das concessões ao mercado regulado, mais especificamente, às concessionárias de distribuição de energia elétrica, não destinando qualquer quota de energia ao ACL. Indenização de Concessões (R$ 4,90 bilhões) – observamos que não é discriminado o que é parcela referente à indenização dos ativos de geração e o que é referente à indenização dos ativos de transmissão. Conforme regulamentado pela Lei nº 12.783/2013, as concessões foram revertidas em sua totalidade para benefício do mercado cativo, assim, não há que se falar em participação do ACL no pagamento de qualquer indenização, pelos motivos já expostos no item anterior. Vale destacar que somente esse item teve uma elevação de 54% em relação ao dispêndio do ano de 2014, devendo ser totalmente alocado para o ACR. Restos a pagar do ano anterior (R$ 2,94 bilhões) – não estão discriminadas quais quotas da CDE não foram aportadas em 2014, restando dúvidas sobre a quem caberia o pagamento desse saldo devedor. É sabido que, ao longo do ano de 2014, os recursos disponíveis na CDE foram intensamente utilizados para atender diversos objetivos, entre eles o efeito da não adesão à prorrogação das concessões de geração de energia elétrica, a cobertura de custos associados com a contratação de energia, etc. Por isso, é necessário um maior detalhamento desse item de forma a identificar quais foram os motivos dessa insuficiência de recursos, pois, dependendo da origem, a insuficiência deve ser alocada ao ACR, ao ACL ou a ambos”.

6. CELESC “Observamos ainda que as quotas de CCC alocadas a cada distribuidora por meio da Resolução Normativa no 427/2011 eram obtidas através do custo unitário em R$/MWh aplicado ao mercado de referência da distribuidora, não havendo diferenciação por regiões ou submercados. Observando os princípios de criação e objetivos da CDE através da sua regulamentação pela Lei no 10.438/2002 (e nova redação pela da Lei no 12.783/2013) contribuímos nesta Audiência Pública propondo que, a semelhança do sistema de bandeiras tarifárias, o custo unitário das quotas seja uniforme para todas as concessionárias de energia elétrica, abarcando a sociedade brasileira de maneira igualitária, evitando-se as distorções apresentadas e seus impactos”.

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(Fls. 15 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

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7. CEMIG “Trata do critério de rateio da quota anual da CDE - TUSD entre as concessionárias de distribuição do SIN. Atualmente aplicam-se dois critérios para o rateio da quota: a manutenção da relação entre o custo unitário da CDE entre os Subsistemas S/SE/CO e N/NE, de 4,53, e a variação do mercado de cada agente. Conforme a própria agência destacou em sua planilha, citada acima, existe uma discrepância no montante total de cotas a serem distribuídos entre as distribuidoras. Assim, pelo princípio da isonomia, a CEMIG entende que é mais adequado utilizar, na metodologia de rateio, a composição do mercado de distribuição de cada agente. Da mesma maneira, nosso entendimento é que seja abandonado o critério de rateio da quota pela relação entre o custo unitário da CDE entre os Subsistemas S/SE/CO e N/NE, que atualmente é de 4,53. Uma vez que os encargos setoriais têm natureza bastante similar aos tributos, com a particularidade de serem aplicados somente em um setor da economia especificamente, sugerimos a esta Agência que se atente a dois princípios da administração pública, quais sejam, o Princípio da Igualdade e os Princípios da Razoabilidade e da Proporcionalidade”.

8. EDP “O Grupo EDP pleiteia também que a relação de 4,53 no rateio das quotas entre S/SE/CO e N/NE seja revista, uma vez que, pelos motivos citados acima, o sentido desta divisão se perdeu com as alterações observadas no âmbito da Conta de Desenvolvimento Energético desde sua criação”.

9. ELEKTRO “A questão a ser enfrentada é a possibilidade, ou não, de serem alterados critérios de rateio da CDE, diante do que determina o §3º do artigo 13 da Lei nº 10.438/02. De início, cumpre observar que a CDE sofreu sensível alteração em sua destinação e custeio desde sua criação” (...)”O Decreto nº 8.221/2014 define que alguns custos serão rateados a partir de quotas da CDE, pagas por todos os agentes que comercializem energia com consumidor final, mediante encargo tarifário, proporcional ao mercado cativo das concessionárias de distribuição, incluído nas tarifas de energia elétrica, e de repasses feitos pela União, na forma da lei, considerando o saldo de recursos arrecadados em períodos anteriores” (...) “Dessa forma, embora o §3º do artigo 13 da Lei 10.438, na redação dada pela Lei nº 12.783, determine que se observe, no rateio das quotas, proporcionalidade às estipuladas em 2012 para os agentes, é fato que a Lei fez menção a um rateio concreto, que levou em consideração aspectos técnicos concretos e que, em última análise, teve como fundamento o Decreto nº 73.102 / 73. Conclui-se, então, que a estipulação dos critérios possui feição REGULAMENTAR e não legal em sentido estrito. E tal conclusão é reforçada pelas disposições do §6º do artigo 4º-C do Decreto nº 8.221, que seria inconstitucional caso se admitisse uma reserva legal absoluta, o que não nos parece razoável. Até porque, diga-se, a proporção original era estipulada em Regulamento. Não se deve imaginar que o legislador tenha desejado petrificar uma realidade de fato, permeada de questões técnicas, e por isso mesmo pertinente à regulamentação a cargo do executor da lei, ou seja, do Poder Executivo. A Lei não fixou a proporção ou os critérios, quem o fez foi o regulamento. Ademais, a possibilidade de alteração dos critérios de rateio inter-regionais se mostra de rigor, justamente para permitir a plena vigência do artigo 28 da Lei nº 10.848, que é expresso ao exigir do Estado, como Ente Regulador, que observe, em sua regulamentação “critérios e instrumentos que assegurem tratamento isonômico quanto aos encargos setoriais entre os consumidores sujeitos ao fornecimento exclusivo por concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica e demais usuários, observada a legislação em vigor”.

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(Fls. 16 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Dessa forma, e no intuito de propiciar, a um só tempo: (i) o cumprimento harmônico entre as disposições das Leis n]s 10.438 e 10.848 bem como do Decreto 8.221; e (ii) que não se perenizem formas de quotização da CDE que lhe distorçam a real finalidade, acentuando um indesejável subsídio cruzado – acerca do qual, poder-se-ia dizer, consistiria medida ilegal, frente ao art. 28 da Lei nº 10.848, cuja eficácia deve ser entendida da forma mais ampla possível, eis que guardião dos princípios da isonomia e da modicidade tarifária. Entende-se pela possibilidade de alteração da metodologia de rateio da CDE por meio de ato do Poder Executivo” (...)“em nome da redução das assimetrias relacionadas a custos não gerenciáveis pelas distribuidoras e que ocasionam impactos desiguais para os consumidores das diferentes áreas de concessão, defendemos que o rateio da CDE seja feito considerando a igualdade de custos unitários para todas as regiões do país”.

10. LIGHT (...) “embora o escopo de despesas da CDE tenha sido ampliado com o advento da MP 579, posteriormente convertida na Lei nº 12.783/2013, a finalidade legal não era de produzir ampliação deste encargo tarifário, tampouco repercutir em transferências de recursos entre as regiões geográficas. Cabe destacar que os diversos encargos que passaram a integrar o escopo de obrigações da CDE, a partir da Lei nº 12.783/2013, detinham critério original de rateio que privilegiava a distribuição equânime entre regiões geográficas e consumidores, Deste modo, parece razoável que diante da alteração da finalidade legal de redução do encargo da CDE (que passou de aprox. R$ 3,5 bilhões, em 2012, para aprox. R$ 21 bilhões, em 2015), sejam mantidos os critérios originais de rateio dos encargos adicionados ao escopo da CDE, sob pena de se produzir enorme distorção ao sobrecarregar consumidores das regiões S/SE/CO com obrigações antes distribuídas de forma equânime entre todo o país. Por fim, cabe trazer a baila o dispositivo da Lei nº 10.848/2004, que preconiza a necessidade de tratamento isonômico na distribuição dos encargos setoriais entre os consumidores” (...) “A NT nº 014/2014-SGT/SRG/ANEEL, ao apresentar os dispêndios da CCC que compõe a cota de CDE para o ano de 2015, inclui parcelas referentes a compromissos anteriores da CCC, que perfazem o montante de aproximadamente R$ 2,5 bilhões (parágrafos 30 a 32). Destaca-se que como tais passivos são, em sua maior parte, de períodos anteriores à edição da MP 579/2012, certo é que o critério de rateio deveria seguir aquele vigente à época em que tais dispêndios foram realizados”

11. PISA Indústria de Papéis Ltda “Primeiramente que reconsiderem a separação da CDE em duas componentes tarifárias: uma cobrada na TUSD e outra na TE, de forma a reestabelecer o equilíbrio na distribuição deste encargo entre o Mercado Livre e o Mercado Regulado. Sugerimos assim que qualquer despesa de CDE que esteja relacionada apenas ao Mercado Regulado não deve ser alocada aos consumidores livres, atribuindo-as a componente TE_CDE”. “A rediscussão e redefinição da alocação correta dos custos para garantir que a isonomia entre os mercados Livre e Regulado ocorra efetivamente e de forma a não onerar o mercado livre em detrimento do regulado”. “A adoção da isonomia da cobrança da CDE entre os subsistema”s. “Finalmente, rogamos ao regulador que corrija a distorção causada pela alocação de subsídios e a parte da TSEE que passaram a fazer parte da CDE, pois entendemos que essa mudança de rateio onera desproporcionalmente o setor privado”.

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(Fls. 17 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

12. ANACE “Por fim, a ANACE propõe que seja aberta discussão junto ao Poder Concedente com relação ao rateio da CDE, na mesma linha utilizada por essa Agência em relação ao ESS, na Nota Técnica nº 15/ 2015, evitando custos concentrados em determinado submercado.

13. Concemig “O Conselho considera que a adoção do critério proposto pela ANNEL fere um princípio constitucional ao tratar de forma desigual os consumidores das regiões S/SE/CO em relação aos das demais regiões, fazendo com que os primeiros subsidiem os últimos. Não há qualquer razão para isso e muito menos previsão legal. Também é oportuno lembrar que os consumidores das regiões S/SE/CO já são onerados pelo rateio da energia de Itaipu, que exclui os consumidores das regiões N/NE. Assim já fomos onerados com a majoração da tarifa de Itaipu, que foi corrigida 46% desde janeiro de 2015. O Conselho entende que o rateio da Energia de Itaipu deveria ser feito entre todos os consumidores do país”. Resposta da SGT A discussão quanto à forma de rateio da CDE, seja devido à existência de diferentes custos para as regiões do País, seja em razão da alocação tarifária entre consumidores livres e cativos, se apresenta como foco principal desta Audiência Pública. É plenamente compreensível a leitura dos agentes, os quais tinham uma sinalização cada vez mais clara da alocação de custos associada à utilização dos serviços de energia elétrica. No entanto, por força legal, uma nova política pública foi instituída, limitando consideravelmente a atuação da ANEEL, seja pela existência de Lei que definiu a forma de rateio da CDE, ou ainda, se caracterizada com força regulamentar, não se permite ao órgão regulador divergir de tal comando. O rateio proporcional da CDE considerando as quotas de 2012 é impositivo e carrega pesos distintos entre as regiões N/NE e S/SE/CO, os quais decorrem de um encadeamento histórico relacionado à antiga CCC dos sistemas Interligados, como bem apontado em algumas contribuições. Esta diferença entre regiões sempre foi percebida e até questionada, no entanto em nenhum momento pode a ANEEL alterar tal critério de alocação, sempre em respeito à legalidade. É importante destacar que o critério de proporcionalidade das quotas teve seu texto alterado em conjunto com a incorporação das novas atribuições da CDE pela MP 579/2012, de forma que deve ser entendida como uma regra plena e válida. Destaca-se que essa relação foi preservada quando da redução de 75% da quota da CDE em 2013, assim como a forma de cobrança nas tarifas (TUSD/TUST – R$/MWh). No que tange a alocação tarifária, salvo regulamento específico relativo à CDE-TE (artigos 4º-A e 4º-C do Dec. 7.891/2013), é preciso observar primeiramente que a CDE se transfere às tarifas em razão da alocação de custo único (quota) a ser alocado a todos os agentes que comercializam energia com o consumidor final, na proporção da energia comercializada. Historicamente, sua cobrança evoluiu de uma cobrança inicial diretamente na TE - Tarifa de Energia, que incidia sobre comercializadores e geradores com contratos de compra e venda de energia, passando a uma cobrança por meio das tarifas de uso, TUSD e TUST, faturadas em MWh, ou seja, atingindo diretamente todos os consumidores finais na razão de seu consumo no SIN, excluindo ainda a autoprodução de energia. Nesse ponto, cabe destacar o disposto no Dec. 5.163/2004:

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(Fls. 18 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

“Art. 74. Os autoprodutores e produtores independentes não estão sujeitos ao pagamento das quotas da Conta de Desenvolvimento Energético - CDE, tanto na produção quanto no consumo, exclusivamente com relação à parcela de energia elétrica destinada a consumo próprio.” A definição de um custo unitário em R$/MWh, cobrado na TUSD/TUST, de igual valor para todos os consumidores finais de uma mesma distribuidora/transmissora, não distinguindo entre consumidores cativos ou livres, ou mesmo entre consumidores de Alta e Baixa Tensão, está em consonância com o disposto na Lei 10.848/2004: “Art. 28. A regulamentação estabelecerá critérios e instrumentos que assegurem tratamento isonômico quanto aos encargos setoriais entre os consumidores sujeitos ao fornecimento exclusivo por concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica e demais usuários, observada a legislação em vigor.” A utilização da TUSD/TUST como mecanismo de arrecadação das CDE se manteve de forma expressa com a MP 579. Como bem apontado pelas contribuições, vários dos custos incorporados pela CDE tinham repercussão distinta nas tarifas antes da MP 579, em muitos casos limitando-se a um rateio entre consumidores cativos, e em outros casos afetando distintamente os subgrupos tarifários (Alta Tensão e Baixa Tensão), fruto da evolução técnica dos regulamentos da ANEEL quanto aos procedimentos de abertura tarifária e plenamente aderentes as competências desta Agência. No entanto, uma vez afetados pela CDE, retira-se do regulador a competência de alocação desses custos, da mesma forma em relação às receitas. Por exemplo, não cabe a ANEEL definir que os recursos do Tesouro devem atender a CCC ou ainda os descontos tarifários, que as multas sejam destinadas exclusivamente a universalização, entre outros. Consequentemente, restringe-se a ANEEL a definir as quotas anuais da CDE, as quais decorrem da diferença entre um rol de despesas e um rol de receitas, que não devem repercutir em prejuízo ao gestor da conta (Eletrobrás), restando sua alocação tarifária a se realizar em função do consumo de energia elétrica, no caso uma componente da TUSD ou TUST em MWh, de mesmo valor para todos os consumidores da concessionária, distinguindo-se apenas entre as regiões N/NE e S/SE/CO. V – PAGAMENTO DA QUOTA ANUAL DA CDE Contribuições dos Agentes

1. ABRADEE “Conforme justificativa contida no Voto do Diretor Relator dessa AP: "...as concessionárias de distribuição estão sem cobertura tarifária suficiente para honrar com os novos valores trabalhos, entendo pertinente que a quota de CDE correspondente à competência de janeiro de 2015 deva compreender apenas o duodécimo dos valores de Resto a Pagar...proponho, ainda, que o recolhimento da quota mensal da CDE relativa à competência de janeiro de 2015 seja feita em duas parcelas..." Solicitamos que: (i) esse mesmo procedimento seja aplicado à competência de fevereiro, haja vista a manutenção da mesma condição que justificou o tratamento excepcional dado em janeiro; e (ii) as demais parcelas da quota de CDE, a partir da terceira, sejam ajustadas algebricamente para compor o recolhimento remanescente. Cabe destacar que, mesmo com esse importante diferimento parcial, as distribuidoras arcarão com um aumento da ordem de 80% sobre o recolhimento dessas duas parcelas se comparado às atuais coberturas

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(Fls. 19 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

tarifárias. Neste sentido, torna-se necessário que a Agência instrua o Agente executor da CDE a priorização do pagamento da parcela de Resto a Pagar de 2014”.

2. AES BRASIL “Conforme justificativa contida no Voto do Diretor Relator dessa AP: "...as concessionárias de distribuição estão sem cobertura tarifária suficiente para honrar com os novos valores trabalhos, entendo pertinente que a quota de CDE correspondente à competência de janeiro de 2015 deva compreender apenas o duodécimo dos valores de Resto a Pagar...proponho, ainda, que o recolhimento da quota mensal da CDE relativa à competência de janeiro de 2015 seja feita em duas parcelas..." Solicitamos que: (i) esse mesmo procedimento seja aplicado à competência de fevereiro, haja vista a manutenção da mesma condição que justificou o tratamento excepcional dado em janeiro, pois os novos valores de CDE serão faturados a partir de 1º de março de 2015, sendo o efeito caixa percebido pela concessionária somente 30 dias após esta data; e (ii) as demais parcelas da quota de CDE, a partir da terceira, sejam ajustadas algebricamente para compor o recolhimento remanescente”.

3. CELESC “Por meio de Voto relativo ao Processo 48500.005122/2014-91, o nobre Diretor Relator sensibilizou-se com a situação e propôs que (itens 55 e 57,fls.16) a primeira quota seja estabelecida em caráter provisório, considerando a insuficiência de cobertura tarifária das distribuidoras. Assim, a quota de CDE referente à competência de janeiro de 2015 compreenderá apenas o duodécimo dos valores de Resto a Pagar, com sua liquidação devendo ser feita de forma parcelada. No entanto, frisamos que mesmo que o pagamento da CDE correspondente à competência de janeiro seja feita de forma fracionada nos dias 10 e 24 de fevereiro, o montante pago em fevereiro é 84% superior ao montante que Celesc D. dispõe na cobertura tarifária. Adicionalmente, os demais componentes da conta CDE, deverão ser divididos em 11 parcelas com início de pagamento a partir da 2a parcela (fls.56). Salienta-se que para a competência de fevereiro, com correspondente recolhimento em 10 de março, entendemos que as concessionárias de distribuição de energia elétrica estarão sem cobertura tarifária suficiente para honrar com os valores propostos. Com base no exposto, a nossa contribuição em relação ao rateio da quotas da CDE é que sejam utilizadas as mesmas premissas do rateio do Decreto no 7.891, art. 4º , que define que as quotas anuais devem ser pagas pelas concessionárias de distribuição em duodécimos a partir do processo tarifário ordinário ou extraordinário de 2015”.

4. CPFL

Fluxo de pagamento da Quota de CDE- USO PROPOSTA 1. “Art. 3º Homologar as quotas provisórias da CDE - USO do ano de 2015, devidas pelas concessionárias de distribuição, conforme o Anexo I desta Resolução: §1º As quotas mensais de janeiro e fevereiro de 2015, serão equivalentes às quotas mensais da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE fixadas no Anexo I da Resolução Homologatória nº 1.699, de 7 de abril de 2014 e devem ser pagas até o dia 10 do mês subsequente. §2º O saldo remanescente será rateado em dez parcelas mensais, a partir da competência de março de 2015, devem ser pagas até o dia 10 do mês subsequente”. Justificativa: “A Audiência Pública 007/2015, que visa colher subsídios para análise dos pedidos de Revisão Extraordinária – RTE de Concessão de Distribuição de Energia, a qual homologará a cobertura tarifária para a nova quota de CDE estabelecida provisoriamente pela REH 1.856/2015, propõe a data do dia 01/03/2015 para vigência da RTE. Diante a esse cronograma e a data proposta para o pagamento da competência de fevereiro, em 10/03/2015, entende-se que as distribuidoras não terão tempo hábil para o faturamento com as

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(Fls. 20 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

novas tarifas e, consequentemente, não arrecadarão o montante suficiente para fazer frente a esse novo custo que representa elevações superiores à 1000%”. PROPOSTA 2: “Art. 3º Homologar as quotas provisórias da CDE - USO do ano de 2015, devidas pelas concessionárias de distribuição, conforme o Anexo I desta Resolução: §1º Os pagamentos dos valores de competências de janeiro e fevereiro de 2015, deverão se limitar às quotas fixadas no Anexo I da Resolução Homologatória nº 1.699, de 7 de abril de 2014. Para os valores faltantes, deverá ser feito o encontro de contas entre os valores definidos para essas competências e o saldo a receber referente ao atraso de repasse das subvenções tarifárias do ano de 2014 constantes da conta de “Restos a pagar do ano anterior” de cada distribuidora. §2º O saldo remanescente será rateado em dez parcelas mensais, a partir da competência de março de 2015, e devem ser pagas até o dia 10 do mês subsequente”. Justifica 2: “Em que pese a primeira proposta solicitada pela CPFL ser mais aderente ao crítico momento financeiro vivido pelo setor elétrico, como alternativa propõe-se que tanto os valores da competência de janeiro quanto o da competência de fevereiro levem em consideração os respectivos montantes não recebidos pelas distribuidoras referentes aos subsídios tarifários concedidos do ano de 2014. O objetivo da Alternativa 2 é diminuir os dispêndios a serem arcados pela conta de CDE para o ano de 2015 e por consequente diminuir os valores devidos do ano anterior. Ademais, a proposta visa estender o tempo para o inicio do pagamento integral da nova quota a fim de que as distribuidoras possam ter homologadas as respectivas coberturas tarifárias e tempo hábil para faturamento e arrecadação dos montantes necessários para fazer frente aos novos dispêndios”. Postergação da primeira parcela da CDE-ENERGIA Proposta: “Art. 5º Homologar as quotas provisórias da CDE – ENERGIA do ano de 2015, devidas pelas concessionárias de distribuição, conforme o Anexo II desta Resolução, em atendimento ao art. 4º-A do Decreto nº 7.891, de 23 de janeiro de 2013. Parágrafo único. Os valores anuais que constam do Anexo II deverão ser recolhidos à Eletrobrás, em duodécimos, a partir do mês de início de vigência do respectivo processo tarifário da concessionária em 2015, ordinário ou extraordinário, até o dia 10 do mês subsequente”. Justificativa: “Quanto à quota provisória da CDE - ENERGIA, na Resolução Homologatória nº 1.856/15, em seu Artigo 5º, Parágrafo Único, prevê o recolhimento a partir do mês do respectivo processo tarifário da concessionária em 2015, ordinário ou extraordinário, até o dia 10 do mês subsequente. No entanto, se a Revisão Tarifária Extraordinária – RTE, objeto da Audiência Pública nº 007/2015, for homologada em fevereiro de 2015, o vencimento da primeira parcela da quota CDE – ENERGIA será em 10 de março, ou seja, numa data em que as distribuidoras não terão faturamento suficiente para honrar esse compromisso. Sugere-se, portanto, que o recolhimento dessa quota CDE - ENERGIA seja a partir do mês subsequente ao início de vigência do respectivo processo tarifário da concessionária em 2015, ordinário ou extraordinário, com vencimento no dia 10 do mês subsequente, ou seja, se a RTE for homologada em fevereiro de 2015, o vencimento da primeira parcela da quota CDE - ENERGIA será em 10 de abril, data em que a distribuidora terá faturado o suficiente para tal”.

5. CEMIG “A CEMIG propõe a revisão dos valores das parcelas de CDE referente aos meses de competência fevereiro e março/2015, com vencimento em março e abril/2015, respectivamente, para o mesmo valor da parcela referente ao mês de competência de janeiro/2015, conforme publicado na Resolução Homologatória n° 1.856/2015. Propõe-se ainda que o saldo restante dos pagamentos dessas competências seja dividido nos

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(Fls. 21 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

nove meses seguintes. Essa alternativa diminui o impacto financeiro no caixa das distribuidoras. Essa medida é necessária, uma vez que os novos valores da CDE serão incorporados às tarifas no início de março de 2015 (proposta da Agência através da AP 007/2015), e a arrecadação desses novos valores de CDE só terão efeito integral a partir de maio de 2015”.

6. EDP

“o Grupo EDP pleiteia que a cobertura tarifária contemple os custos de CDE no período tarifário, que inclui as quotas do ano civil seguinte, ou que a definição dos pagamentos das quotas da CDE seja concatenada com a cobertura tarifária nos respectivos meses, ou que, quando a diferença entre o valor do ano anterior e o proposto for muito divergente, as distribuidoras tenham direito a uma Revisão Tarifária Extraordinária”. “Considerando os valores em questão nesta audiência pública, presentes no Anexo I da Resolução Homologatória n° 1.856, de 3 fevereiro de 2015, o Grupo EDP pleiteia que o valor da quota mensal de janeiro seja estendida para fevereiro, e que a diferença entre a quota proposta pela Agência e a proposta pelo Grupo EDP seja diluída entre os meses de março a dezembro. Tal mecanismo é necessário para concatenar a receita arrecadada e os custos, uma vez que existe a previsão de uma Revisão Tarifária Extraordinária a ser aplicada a partir de 1º de março”.

7. ELFSM

“A Resolução Homologatória 1.856, de 03/02/2015, homologou as quotas anuais provisórias da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE para o ano de 2015, devidas pelas concessionárias de distribuição. Nos termos do § 1º, do art. 3º da referida Resolução, a quota mensal provisória do mês de janeiro de 2015 deverá ser paga em duas parcelas iguais, nos dias 10 e 24 de fevereiro de 2015. Já com relação às quotas mensais provisórias de fevereiro a dezembro de 2015, de expressivos valores, estabelece o § 2º do art. 3º da referida Resolução, que as mesmas deverão ser pagas até o dia 10 do mês subsequente, ou seja, a quota relativa ao mês de fevereiro deverá ser paga até o dia 10 de março, e assim sucessivamente. Entretanto, o pleito de Revisão Tarifária Extraordinária – RTE das concessionárias de distribuição para contemplar a cobertura tarifária, inclusive das novas quotas da CDE, para o ano de 2015, somente ocorrerá após a fixação definitiva de seus valores. Considerando que a fixação definitiva das novas quotas anuais da CDE para o ano de 2015 ainda depende da conclusão da Audiência Pública nº 003/2015, a Santa Maria entende que haverá outro grave descasamento no seu fluxo de caixa, podendo acarretar danos irreversíveis, haja vista a difícil situação financeira pela qual vem atravessando as distribuidoras. Dessa forma, a Santa Maria entende que não há condições de suportar os pagamentos dos valores das novas quotas mensais da CDE do ano de 2015 sem que o seu fluxo de caixa esteja plenamente concatenado com o faturamento e os respectivos recebimentos, ou seja, é indispensável que ocorra a arrecadação dos valores antes do efetivo recolhimento, não sendo possível que as distribuidoras suportem a formação da CDE com recursos próprios, a um custo financeiro elevadíssimo. Assim, propomos que sejam mantidos para os meses de fevereiro a dezembro do ano de 2015, em caráter provisório e até a fixação definitiva das novas quotas anuais da CDE para o ano de 2015, os mesmos valores recolhidos referentes aos mesmos meses de fevereiro a dezembro do ano de 2014. Após a fixação definitiva das novas quotas anuais da CDE para o ano de 2015, a data de recolhimento da primeira quota mensal do ano de 2015 seja alterada para o dia 10 do segundo mês subsequente à homologação da Revisão Tarifária Extraordinária – RTE que irá contemplar a cobertura tarifária, e assim sucessivamente para as demais quotas”.

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(Fls. 22 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

8. LIGHT “A LIGHT reforça o pleito da ABRADEE sobre a necessidade de concatenação do fluxo de pagamentos da nova quota da CDE com o faturamento das novas tarifas, a serem homologadas pela Revisão Tarifária Extraordinária prevista para 1º de março de 2015. Portanto, considerando que a receita gerada pelas novas tarifas só afetará o caixa da empresa a partir de abril de 2015, solicitamos que a quota da CDE a ser recolhida em março, referente à competência de fevereiro, receba tratativa semelhante à da competência de janeiro, que compreendeu apenas o duodécimo dos valores de "Restos a Pagar". Em consequência, as demais parcelas da quota de CDE, a partir da terceira, deveriam ser ajustadas algebricamente para compor o recolhimento remanescente”.

9. ABRADEE “Neste sentido, objetivando a simplicidade operacional e coerente com o exposto no Voto do Relator da AP nº 06/2015 (Conta Centralizadora dos Recursos das Bandeiras Tarifárias): "32. Para a operacionalização da CCRBT, a SGT recomenda primeiramente que a reversão de receitas à conta e o subsequente repasse às distribuidoras sejam realizados observando o resultado líquido, obtidos pela diferença entre os custos a que cada distribuidora tem direito à cobertura pela Conta e a sua receita futurada com a aplicação das bandeiras." Solicitamos dessa Agência, de forma análoga, que o recolhimento das quotas à CDE pelas distribuidoras seja abatido do valor a receber relativo às subvenções tarifárias”.

10. CERIPA “A proposta para esse grupo específico de distribuidoras seria no sentido da Aneel promover a fixação dos recursos a receber ou a recolher para Eletrobrás de forma líquida, ou seja, a Permissionária que tiver fixação de valor de encargo setorial a recolher à Eletrobrás maior que os valores a receber referente aos subsídios tarifários, teria os valores fixados pela diferença a serem pagos mensalmente e, caso contrário, tendo a Permissionária o maior valor para receber do que a pagar a fixação dos valores mensais seriam apenas os de recebimento”. Resposta da SGT Acatado parcialmente. Com base nos argumentos apresentados pelas concessionárias de distribuição e acompanhando o encaminhamento do Diretor Relator quanto à definição da quota de janeiro/2015, recomendamos que a quota de fevereiro/2015 tenha valor idêntico aquele, com pagamento em duas parcelas, até os dias 10 e 24 de março/2015. Consequentemente, as demais quotas mensais seriam definidas pela diferença entre o valor da quota anual e as quotas definidas para janeiro e fevereiro, dividindo-se então em 10 parcelas idênticas. Também, convém registrar que com a relação à CDE-TE, a primeira parcela prevista é a de competência março/2015, portanto com pagamento a ser realizado até 10 de abril. Quanto às demais propostas, destaca-se a impossibilidade de definição de encontro de contas por iniciativa da ANEEL, tendo em vista a competência de definição de prioridades de destinação de recursos pertencer ao Ministério de Minas e Energia. Considerando a atual condição da conta CDE, com diversos pagamentos de reembolso em atraso, entendemos que compensação de valores acabaria por privilegiar um grupo de agentes face aos demais. Não obstante, concordamos que a proposta seria de boa utilidade para a gestão financeira da conta.

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(Fls. 23 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

VI – OUTROS Contribuições dos Agentes

1. ABCM “Nossa sugestão, é que os Restos a Pagar do Ano Anterior referente ao reembolso do carvão sejam pagos, imediatamente, regularizando esse passivo. Adicionalmente, é fundamental que os pagamentos referentes a 2015 ocorram nas datas previstas. Entendemos que o fluxo financeiro para pagamento do reembolso aos geradores de energia a partir do carvão mineral deva ser priorizado face a importância do pagamento aos supridores de combustível, visto a sua dependência financeira do setor elétrico, para tanto vimos sugerir a adequação do marco regulatório ora em vigor (Decreto 4541/2002). Destaca-se que essa proposta de priorização não altera a proposta de orçamento anual da CDE, apenas garante a operação contínua das empresas fornecedoras de carvão e, consequentemente, a segurança eletro-energética do sistema”.

2. Infracoop “Porém, assim como as concessionárias, mas em proporcionalidade muito maior, (ver anexo oficio nº124/2014 – DR/ANEEL) as cooperativas permissionárias atendem maior número de consumidores rurais e irrigantes (entre outros subsidiados pela CDE). O impacto para estes agentes se dá em escala bem maior e isto já está afetando a continuidade da qualidade dos serviços prestados. Como compete à Eletrobrás a movimentação dos recursos da CDE e a fiscalização e definição dos valores à Aneel, que fiscaliza, também, a qualidade dos serviços prestados, entendemos que estão presentes os dois agentes que podem definir a liberação URGENTE dos recursos atrasados às cooperativas permissionárias”. Resposta da SGT Não acatado. A competência de definição de prioridades de destinação de recursos pertence ao Ministério de Minas e Energia. (Decreto 4541/2002). Cumpre registrar que a ANEEL tem relatado com frequência ao MME a preocupação apresentada pelas cooperativas permissionárias e outros agentes com relação ao fluxo de reembolsos da CDE.

3. CEMIG “O novo patamar de encargos tarifários, associado ao aumento das despesas com compra de energia, impõe às distribuidoras uma realidade de inadimplência incompatível com a cobertura tarifária atual, por dois motivos complementares: Primeiro porque a inadimplência regulatória é estabelecida no processo de revisão tarifária, sendo componente da Parcela B. Isso implica que os aumentos da Parcela A (encargos e compra de energia) percebidos em volumes absurdos não são refletidos em aumento da Parcela B e consequentemente na cobertura de inadimplência. Segundo porque o novo nível tarifário que será observado após a aplicação das novas bandeiras tarifárias, a revisão tarifária extraordinária e o próprio reajuste ordinário anual, notoriamente repercutirá em aumento da inadimplência. Dessa forma, a CEMIG sugere ao Regulador uma sistemática ou recurso adicional para as Distribuidoras suportarem o esperado aumento de inadimplência no setor elétrico”.

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(Fls. 24 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

4. LIGHT “O acréscimo da base de encargos setoriais tem o efeito direto de gerar um subdimensionamento do valor de Receitas Irrecuperáveis reconhecido no último processo de Revisão Tarifária (RTP). Ocorre que, na ocasião da RTP, a base de encargos setoriais ao qual foi aplicado o percentual de inadimplência regulatório1 era significativamente inferior a atual. Em consequência, o valor de Receitas Irrecuperáveis, em termos absolutos, reconhecido na tarifa deixa de refletir de forma adequada a total de encargos setoriais atualmente recolhidos do consumidor. No caso da LIGHT, na RTP de novembro de 2013 foram reconhecidos R$ 15.049.152 para receitas irrecuperáveis dos encargos setoriais, valor resultante da multiplicação do percentual de inadimplência pela soma dos encargos setoriais incorporados na tarifa. Na ocasião foi considerada uma quota anual da CDE igual a R$ 70.911.928, valor significativamente inferior ao atualmente proposto, de R$ 1.415.349.492. Caso as receitas irrecuperáveis dos encargos setoriais fossem calculadas com a nova quota da CDE, seu reconhecimento tarifário aumentaria de R$ 15.049.152 para R$ 63.507.587, ambos em moeda de novembro de 2013”. (...) “Diante do exposto, a LIGHT solicita que a Agencia instrua procedimento para o recálculo das Receitas Irrecuperáveis dos encargos setoriais de forma a considerar a nova quota de CDE, bem como incorpore esse adicional no processo de Revisão Tarifária Extraordinária, previsto para 1º de março de 2015”.

5. EDP “é pleiteado pelo Grupo EDP que o aumento de custo de Receitas Irrecuperáveis seja repassado à tarifa, em razão do aumento de custos relacionado à Parcela A.

6. ABRADEE “Nesse sentido, sem prejuízo da proposta de monitoramento da evolução dos índices de inadimplência, de perdas não técnicas e de mercado de energia citada em tópico anterior desta contribuição, torna-se necessário que a Agencia instrua procedimento para o recálculo das Receitas Irrecuperáveis dos encargos setoriais, haja vista o "efeito mecânico" do aumento da base de encargos ao qual foi aplicado o percentual de inadimplência considerado no último processo revisional, bem como incorpore esse adicional resultante no processo de Revisão Tarifária Extraordinária, previsto para início de março de 2015”. Resposta da SGT Não considerado. A cobertura tarifária relacionada às receitas irrecuperáveis (inadimplência) é afeta às revisões tarifárias e relacionada aos custos operacionais das distribuidoras, devendo ser em tais processos avaliada.

7. EDP “Como consequência da Lei 12.783/2013, o regime de formação e utilização dos recursos da CDE foi alterado, entre eles a cobertura dos subsídios tarifários anteriormente compreendidos nas tarifas das distribuidoras. De uma maneira geral, as distribuidoras estão sendo penalizadas com a cobrança de ICMS várias vezes de uma mesma fonte, algo parecido com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira – CPMF cobrada até 2007. Deste modo, o Grupo EDP propõe que o recolhimento do encargo da CDE seja feito pelo valor líquido entre o pagamento do encargo pelas distribuidoras e o repasse dos subsídios pela CDE. Assim, a base de cálculo do ICMS será neutra.

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(Fls. 25 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

A título de exemplo, considerando o montante disposto na Nota Técnica nº 14/2014-SGT/SRG/ANEEL referente a subsídios de aproximadamente R$ 8,3 bilhões (R$ 5,8 bilhões de Subsídios Tarifários + R$ 0,4 bilhões de Subvenção Redução Tarifária Equilibrada + R$ 2,1 bilhões de Baixa Renda), e estipulando uma média de ICMS de 25% (dado que cada estado pratica uma taxa própria), as distribuidoras arcarão com o pagamento adicional de R$ 2,1 bilhões referente a este imposto caso a proposta do Grupo EDP não seja aceita”.

8. ELEKTRO “As empresas concessionárias de distribuição de energia elétrica, em consequência da citada exigência, vêm recolhendo aos cofres públicos estaduais os montantes de ICMS incidentes sobre as subvenções recebidas, e efetuando o respectivo repasse de tais importes aos consumidores. Na definição das quotas anuais da CDE para o ano 2015, percebe-se que todos os subsídios tarifários, inclusive àquele referentes a TSEE estão considerados, serão recolhidos por cada distribuidora e serão recuperados com a aplicação das tarifas ao mercado final de cada concessionária conforme rateio previsto na legislação. Nessa formatação, o consumidor ao pagar a sua fatura de energia, com a inclusão da CDE, estará automaticamente recolhendo os impostos estaduais pertinentes (ICMS) incidentes sobre a tarifa. Num segundo momento a Eletrobras, como agente financeiro do conta CDE, depositará para a distribuidora o montante de subsídios dessa empresa que integrou a quota total. As empresas então serão taxadas pelas fazendas estaduais e cobrarão essa diferença dos consumidores afetados pelos subsídios, inclusive àqueles enquadrados como “baixa renda”. Entendemos que ao procedermos isso estamos prejudicando uma parte muito grande do mercado, mais intensamente aqueles que menos consomem, quais sejam os clientes beneficiados pela TSEE. Dessa forma solicitamos que quando do recolhimento da cota à CDE, seja excluído o valor a receber relativo aos subsídios”. Resposta da SGT Não acatado. A incidência do ICMS sobre as subvenções da CDE tem sido objeto de acompanhamento da ANEEL, pois apresenta reflexo direto nos custos dos consumidores finais de energia elétrica, apesar de não ser matéria da sua competência. Por sua vez este tema acaba por envolver diferentes tratamentos praticados pelos órgãos estaduais de receita, o que não garante que a proposta em tela seja suficiente para excluir a incidência do ICMS como levantado. Também, mais importante, é a ausência de competência para a ANEEL efetuar o encontro de contas ou compensação de valores que venha a alterar a quota mensal da CDE.

9. Glauco Brito “Senhores Como é grande a indignação da população brasileira em relação a atuação do Governo Federal e de seus órgãos como a ANEEL. Promovem medidas eleitoreiras como segurar os preços de energia elétrica e combustíveis para se reeleger e depois de conseguirem seus objetivos promovem aumentos absurdos para encobrir suas incompetências administrativas e os rombos de suas corrupções. Em relação a consulta pública sou totalmente contra o aumento das tarifas elétricas nas regiões Norte/Nordeste para sustentar os planos sociais de Luz para Todos. Esses programas já estão contemplados na composição tarifária dos custos de energia. E também o Governo e ANEEL não fiscalizam esse programa. Levando energia para grandes latifundiários, que geralmente são políticos e corruptos e ladrões do dinheiro público. Também não promovem desenvolvimento social e estipulam prazos para as comunidades realmente carentes saiam de suas condições de pobreza e miséria e vivam eternamente dependentes das tarifas

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(Fls. 26 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

sociais. Mas o interesse do Governo Federal não é promover o desenvolvimento social e sim perpetuar a miséria para ter seus currais eleitorais e os corruptos se manterem no poder. Os senhores do Governo e ANEEL estão massacrando a classe trabalhadora assalariada que leva esse país nas costas. Com todos esses aumentos ao mesmo tempo (energia, combustíveis, impostos , etc) os senhores irão levar o país a recessão e com certeza aumentarão os níveis de desempregados no país. Irei consultar o Ministério Público para saber se essa consulta pública é válida através da internet como a ANEEL vem fazendo. Os senhores sabem que a grande maioria da população não tem acesso a esse tipo de comunicação e quando tem como a grande massa de adolescentes não sabe questionar seus direitos. Como não quero apenas criticar e apontar erros vou dar minha opinião de onde os senhores devem buscar recursos para esse programa social: 1 – Como a geração e distribuição de energia são concessões do Governo Federal os senhores devem verificar quais concessionárias vêm apresentando lucro e diminuir o lucro das mesmas. Essas empresas sim devem fazer um sacrifício não a população brasileira. Até porque quando essas empresas vão muito bem elas não saem distribuindo seus lucros para programas sociais. Mas Senhores peçam as empresas que apresentem seus balanços contábeis e planilhas de custos verdadeiros e não fraudulentos como é comum neste pais; 2 – Também mandem essas empresas apresentarem relatórios verdadeiros de suas perdas técnicas e só após elas diminuírem essas perdas autorizem algum aumento de energia; 3 – Senhores também solicitem que essas empresas apresentem relatórios verdadeiros de suas perdas de faturamento, só após as mesmas diminuírem essas perdas autorizem algum aumento de energia; 4 – Senhores também solicitem que essas empresas apresentem relatórios verdadeiros de custos operacionais, só após as mesmas diminuírem esses custos autorizem algum aumento de energia; 5 – Fiscalizem ou mandem fiscalizar as obras de construções das hidrelétricas e de linhões. Verifiquem se os consórcio estão cumprindo o planejamento da obra (ou se existe planejamento de obra). Se não estiverem viabilizem para que os mesmos cumpram esses prazos e fiscalizem; 6 – Por fim, senhores temos universidades públicas Federais e Estaduais de Engenharia Elétrica (Mecânica) de excelência com programas de pesquisas e pós-graduação. Consultem esses centros para verificarem se já não existem soluções viáveis para diversificação da matriz energética do país, com o uso de fontes renováveis de energia como o uso da energia solar. Com certeza existem dezenas e centenas de pesquisas que já foram abandonadas por seus autores devido a política do governo federal de privilegiar as grandes construtoras do país que fazem e as hidrelétricas e a Petrobras com a venda de combustíveis. Só após tudo isso solicitem um aumento de tarifa para o povo brasileiro tão massacrado”. Resposta da SGT Não considerada. As sugestões apresentadas quanto ao custeio dos programas de universalização não estão aderentes à legislação a que se sujeita a ANEEL. No que se refere aos procedimentos de fiscalização recomendamos o acompanhamento das audiências publicas relacionadas à qualidade dos serviços ou mesmo aos processos de revisão tarifária, estando a ANEEL a disposição para prestar esclarecimentos sobre os mesmos. Ademais, cumpre informar que a ANEEL, por meio de programas de pesquisa e desenvolvimento (P&D), custeados com recursos das tarifas de energia, tem uma grande proximidade com as universidades e centros de pesquisa nacionais, os quais têm contribuído fortemente para em análises e aprimoramentos do setor elétrico nacional.

10. Mônica Rocha “Sou a favor da tarifa social, mas acho que este custo não tem que ser repassado à classe média, e sim bancado pelos governos. Isto porque a situação atual é que temos uma minoria que paga pelo que consome (

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(Fls. 27 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

e com muito sacrfício, como a classe média), e uma grande parte, que NÃO PAGA NADA PELO CONSUMO, OU PIOR , QUANDO PAGA, PAGA À PODERES PARALELOS, COMO AS MILÍCIAS”. “Acho mesmo que a tarifa social DEVE sem implantada em TODOS os locais, pois a situação atual é inadmissível. Porém, sugiro que ANTES de repassar seus custos àqueles que já pagam suas contas, solucione-se o problema do furto generalizado de energia, para o qual os governos e responsáveis tem feito vista grossa até o momento. Creio que a arrecadação vai ser tão grande, que além de não precisar repassar os custos aos contribuintes/cidadão (PAGANTES), será possível até mesmo reduzir os valores da tarifa atual. Se TODOS pagarem, não fica caro para ninguém”. Resposta da SGT Não considerada. A destinação do custo da tarifa social à CDE e seu critério de rateio estão definidos em Lei ou regulamentos que restringem a atuação da ANEEL. No que se refere ao furto de energia, concordamos que se trata de um problema relevante no país e que acaba onerando os bons pagadores, e no que cabe a ANEEL temos nos empenhado na elaboração de regulamentos e ações que visem sua redução.

11. PISA Indústria de Papéis Ltda (não acatada) “Abertura, detalhamento e ampliação do prazo para discussão de todos os elementos nas Despesas e Receitas que comporão o Orçamento de 2015 visando a clareza dos valores’. “Para a indústria é de extrema relevância entender se essa cobrança extraordinária da CDE se restringirá ao ano de 2015 ou se prosseguirá nos anos seguintes e qual sua magnitude; esses dados devem também ser divulgados e discutidos com a maior brevidade possível”. “Após as devidas revisões e reavaliações, que seja criado um período de transição de pelo menos 90 dias até que a implementação da CDE seja efetivada, isso é fundamental para que os consumidores e principalmente a indústria busque mecanismos de mitigação de eventuais custos adicionais”.

12. ANACE “Dado o prazo exíguo que os agentes tiveram para manifestação e questionamentos, a ANACE entende ser necessário um tempo maior para que tais dúvidas sejam discutidas e sanadas e solicita a essa Agência que atenda a solicitação de extensão de prazo”.

13. ABRACE “(x) a Abrace reitera pedido encaminhado na carta COR-DIR-006, protocolada na Aneel no dia 6 de fevereiro, para a disponibilização de maior detalhamento das contas apresentadas, como essa de “restos a pagar”, bem como da extensão do prazo para envio de contribuições;”

14. Adriano Anaia Pereira “(iii) aperfeiçoamento da legislação relativa a CDE com o objetivo de proporcionar maior transparência das informações” Resposta da SGT Não acatado. A extensão do prazo de contribuições não pode ser acatada dada a urgência da definição das quotas da CDE para o ano de 2015, com prejuízo no fluxo de caixa do Fundo. No entanto, reconhecemos que o aprimoramento dos procedimentos para definição dos elementos de despesas e receitas da CDE tem se mostrado um grande desafio para a ANEEL, apresentando diversos obstáculos para sua maior objetividade e

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(Fls. 28 da Anexo da Nota Técnica nº 33/2015-SGT/ANEEL, de 26/2/2015).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

transparência, principalmente devido a ausência de uma regulamentação clara e precisa do Poder Executivo. No que se refere às informações de responsabilidade da ANEEL, temos como principio a disponibilização das fontes de dados e planilhas de cálculo que lhes dão suporte, bem como procedemos a realização de Audiências e Consultas Públicas com vistas a colher opiniões e possíveis aperfeiçoamentos na condução de nossos processos. No que se refere à previsão plurianual da CDE, com a alteração da forma de definição da CDE após a MP 579, é preciso destacar a relevância dos aportes do Tesouro Nacional, os quais acabam por ser elemento determinante da grandeza do repasse aos consumidores. Desta forma, o conhecimento dos cenários futuros da CDE está diretamente ligado ao interesse de manutenção das políticas públicas a esta vinculadas e ao grau de participação de recursos públicos na cobertura de seus custos. Não obstante, entendemos que a elaboração de estudos de cenários futuros da CDE, e das tarifas de forma geral, devem ser incluídos na agenda de atividades da Agência.