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Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 1 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Anexos das Políticas de
Governo Eletrônicoe de
Tecnologia da Informação e Comunicação
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 2 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Índice Analítico 1. Anexo I – Relação de Sistemas Estruturadores da APM ..................................4 2. Anexo II – Proposições para Implantação das Políticas....................................5
2.1. Estratégia de Comunicação.................................................................................................. 5 2.2. Institucionalização ................................................................................................................ 6
2.2.1. Construir o marco legal e normativo para o Governo Eletrônico .................................... 7 2.2.2. Estabelecer equipe na Coordenadoria de Governo Eletrônico e Gestão da Informação 8 2.2.3. Criar/adaptar e atribuir responsabilidades às estruturas de institucionalização,
execução, formulação e gestão da Política de Governo Eletrônico................................ 8 2.2.4. Implantar Projetos ao Cidadão e às Empresas com o uso Inovador de Tecnologia ....... 8 2.2.5. Implantar projetos transversais ao governo apoiados por tecnologia ........................... 10 2.2.6. Preparar e capacitar gestores na APM em Governo Eletrônico ................................... 10 2.2.7. Projetos de impacto interno e externo (Novo Portal de Serviços ao Cidadão).............. 11
3. Anexo III – Proposição de Temas para os Grupos de Trabalho Permanentes..........................................................................................................................12
3.1. Canais de Acesso e de Entrega – Portal de Serviço........................................................... 12 3.2. Componentes de Serviços – Segurança da Informação, Certificação Digital e Pagamento
Eletrônico............................................................................................................................ 13 3.3. Interoperabilidade – Sistemas Estruturadores e Transversais ............................................ 14 3.4. Interoperabilidade – Geoprocessamento ............................................................................ 15
4. Anexo IV – Relação de Roteiros Propostos.....................................................17 5. Anexo V – Introdução aos Conceitos de Governo Eletrônico..........................18
5.1. Síntese dos Principais Conceitos........................................................................................ 18 5.2. Modelo de Referência para a Implantação de Programas de Governo Eletrônico Centrado
no Cidadão ......................................................................................................................... 19 6. Anexo VI – Referências de Melhores Práticas de Governança.......................26 7. Anexo VII – Visão Evolutiva .............................................................................28
7.1. De “Governo Eletrônico” a “Governança Eletrônica”........................................................... 28 8. Anexo VIII – Referências em Governo Eletrônico ...........................................32
8.1. Indicadores ......................................................................................................................... 36 8.2. Canadá............................................................................................................................... 43 8.3. Estados Unidos................................................................................................................... 46 8.4. Inglaterra (Reino Unido)...................................................................................................... 48 8.5. Austrália.............................................................................................................................. 55 8.6. Brasil (Governo Federal)..................................................................................................... 59 8.7. Estado do Paraná ............................................................................................................... 62 8.8. Estado de São Paulo .......................................................................................................... 67 8.9. Estado do Ceará................................................................................................................. 77 8.10. Estado de Minas Gerais...................................................................................................... 82 8.11. Visão geral da função de TIC nos Estados da Federação .................................................. 90
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 3 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Índice das Figuras
FIGURA 1 – SERVIÇOS PÚBLICOS CENTRADOS NO CIDADÃO..................................................................... 20 FIGURA 2 – MODELO DE REFERÊNCIA DE GOVERNO ELETRÔNICO CENTRADO NO CIDADÃO ....................... 21 FIGURA 3 – ÁREAS DE DOMÍNIO E PROCESSOS DO COBIT....................................................................... 27 FIGURA 4 – MODELO E-GOV DO REINO UNIDO......................................................................................... 55 FIGURA 5 – MODELO CENTRADO NO GOVERNO....................................................................................... 57 FIGURA 6 – MODELO CENTRADO NO CIDADÃO......................................................................................... 57 FIGURA 7 – LINHA DO TEMPO DO GOVERNO ELETRÔNICO EM SÃO PAULO ................................................. 70 FIGURA 8 – ESTRUTURA DO COMITÊ DE QUALIDADE DE GESTÃO PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO ........ 75 FIGURA 9 – ESTRUTURA FUNCIONAL DO CQGP (FONTE: LOPES, 2004).................................................... 76 FIGURA 10 – MODELO DE GESTÃO DE TIC DO ESTADO DO CEARÁ ............................................................ 78 FIGURA 11 – COMITÊ EXECUTIVO DE GOVERNANÇA ELETRÔNICA DE MINAS GERAIS .................................. 85
Índice das Tabelas TABELA 1 – RELAÇÃO DOS ROTEIROS PARA AS POLÍTICAS ....................................................................... 17 TABELA 2 – PRINCIPAIS PONTOS A SEREM OBSERVADOS NAS REFERÊNCIAS INTERNACIONAIS...................... 35 TABELA 3 – PRINCIPAIS PONTOS A SEREM OBSERVADOS NAS REFERÊNCIAS NACIONAIS .............................. 36 TABELA 4 – INDICADORES E A GESTÃO MUNICIPAL DE TIC ....................................................................... 37 TABELA 5 – CATEGORIZAÇÃO DE ÍNDICE DE REALIZAÇÃO EM TECNOLOGIA – TAI ....................................... 40 TABELA 6 – PRINCÍPIOS ORIENTADORES DE PROJETOS DE GOVERNO ELETRÔNICO ................................... 59 TABELA 7 – VINCULAÇÃO DAS EMPRESAS DE TI POR ESTADO ................................................................... 91
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 4 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
1. Anexo I – Relação de Sistemas Estruturadores da APM
• Central 156;
• Plataformas Georreferenciadas;
• Portal do Município;
• Serviço de Atendimento ao Cidadão – SAC;
• Serviços de Conectividade de Alto Desempenho1;
• Serviços de Mensageria (Correio Eletrônico);
• Sistema Municipal das Praças de Atendimento.
• Sistema Municipal de Compras, inclusive as Eletrônicas;
• Sistema Municipal de Execução Orçamentária (Gestão Financeira);
• Sistema Municipal de Folha de Pagamento;
• Sistema Municipal de Processos;
• Sistema Municipal de Protocolo (Tramitação Interna de Documentos);
• Sistema Municipal de Suprimentos.
• Sistema Municipal Orçamentário;
• Sistema Municipal Unificado de Cadastro.
1 Infra-estrutura de Call Center, Rede Metropolitana e Rede de Longa Distância de Dados, de Voz e de Imagem, Voz-sobre-IP (VoIP) dentre outros serviços de conectividade com alto valor agregado.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 5 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
2. Anexo II – Proposições para Implantação das Políticas
2.1. Estratégia de Comunicação
A comunicação facilita e colabora com a consolidação das mudanças
desejadas e na implementação de um Programa de Governo Eletrônico centrado no
cidadão. Deve-se usar um enfoque “multimídia” com sinergia entre os componentes,
Internet, televisão, rádio e imprensa escrita.
A construção de uma visão avançada de Governo Eletrônico pode ser incluída
também como ação de comunicação, mas é muito mais uma ação de alinhamento
às diretrizes do governo, que tem foco na gestão e na obtenção de resultados.
A realização de eventos presenciais, como realização de fóruns, palestras e
seminários são de especial importância. Estes podem ser de divulgação ampla dos
objetivos do programa e resultados alcançados, como específicos de temas técnicos
e/ou de interesse setorial. Deverá ser realizada uma análise de viabilidade para
definir os mecanismos e as alternativas viáveis a serem utilizados para a
implementação da estratégia de comunicação da política. A realização de parceria
com organizações da iniciativa privada e instituições acadêmicas deve ser uma das
alternativas a serem consideradas.
Entre as possibilidades de divulgação sugere-se:
• No Portal, área para as ações de Governo Eletrônico. Informações de
caráter público para divulgação e mesmo discussão do programa, com
possibilidade de consulta pública. Área reservada, para a troca de
documentos em elaboração, atas de reuniões, agenda de reuniões, etc.
Em eventos:
• Evento de lançamento da política de Governo Eletrônico;
• Evento de apresentação dos resultados do programa – anual;
• Eventos técnicos para o Fórum de Gestores, abertos a convidados.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 6 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
2.2. Institucionalização
A ação inicial deve ser a elaboração do plano da mudança decorrente da
implantação da Política de Governo Eletrônico no âmbito de toda a APM. São várias
as providências necessárias para facilitar a implementação da política de Governo
Eletrônico formulada. Por vezes, são restritas à SMG, mas na sua maioria são ações
transversais ao conjunto de órgãos e entidades do governo municipal. Além da
institucionalização da política, objetivo principal, o conjunto de medidas que é
sugerido pretende dar visibilidade às ações de Governo Eletrônico, dentro do
governo e para o cidadão, e conferir legitimidade ao esforço de mudança que se faz
necessário. Sugere-se prioritariamente:
• Revisar e atualizar os documentos legais vigentes e estruturas atuais
ligadas às questões de uso de TIC na APM;
• Construir o marco legal e normativo para o funcionamento do Governo
Eletrônico;
• Estabelecer equipe na Coordenadoria de Governo Eletrônico e Gestão da
Informação;
• Desenvolver o Programa de Comunicação do Governo Eletrônico;
• Avaliar as alternativas de criação dos Núcleos Setoriais e Seccionais de
e-Gov das Secretarias e Órgãos da Administração Pública Municipal;
• Criar, adaptar e atribuir responsabilidades às estruturas de
institucionalização, execução, formulação e gestão da política de Governo
Eletrônico;
• Implantar projetos focados nas necessidades do cidadão e das empresas,
com o uso inovador de tecnologia;
• Implantar projetos transversais ao governo apoiados por tecnologia;
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 7 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
• Preparar/capacitar gestores na administração municipal para atuação em
Governo Eletrônico;
• Definir o Programa de Desenvolvimento e Capacitação de Gestores de
Governo Eletrônico e de TIC para o Município;
• Criar a agenda do Comitê Executivo e dos Grupos de Trabalho
Permanentes;
• Criar os Grupos de Trabalho Temporários para a definição dos processos
de Categorização, Orçamentação, Compras e Acompanhamento de
Serviços de TIC;
• Definir as agendas e dos temas a serem tratados pelo Fórum de Gestores
de Governo Eletrônico;
• Definir projetos de impacto interno e externo (exemplo: Novo Portal do
Município de São Paulo integrado ao Serviço 156 e SAC; Serviços de
Mensagem por meio de Telefone Celular – SMS).
A seguir, detalham-se algumas das iniciativas listadas que são consideradas
fatores críticos de sucesso no processo de institucionalização da política de Governo
Eletrônico em toda a Administração Pública Municipal.
2.2.1. Construir o marco legal e normativo para o Governo Eletrônico
A legislação e as normas que regem o Governo Eletrônico devem ser de
cumprimento mandatório. Entre elas, a modificação do decreto de criação do STI,
estabelecendo a política de Governo Eletrônico e a criação dos Grupos de Trabalho
Permanentes. É necessário que legislação seja editada/alterada para o cumprimento
dos eventuais projetos de Governo Eletrônico, sejam de atendimento ao cidadão e
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 8 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
às empresas, sejam transversais ao governo, como por exemplo, o trâmite
obrigatório de documentos em meio eletrônico ou mecanismos de assinatura digital.
2.2.2. Estabelecer equipe na Coordenadoria de Governo Eletrônico e Gestão da Informação
Estabelecer um núcleo básico de pessoas qualificadas para o início das
atividades da Coordenadoria de Governo Eletrônico e Gestão da Informação ligadas
às questões de e-Gov e de TIC. O perfil das pessoas que devem compor este núcleo
requer a habilidade de competência para gerenciar e coordenar projetos de e-Gov e
de TIC, garantindo a execução da política e o estabelecimento gradual dos
princípios de governança em todos os Órgãos e Entidades da APM.
2.2.3. Criar/adaptar e atribuir responsabilidades às estruturas de institucionalização, execução, formulação e gestão da Política de Governo Eletrônico
Deve ser editado decreto governamental que estabeleça o conjunto de
responsabilidades de cada um dos atores da política governamental. Ao mesmo
tempo, editar as normas que regulamentam os novos fluxos de procedimentos, que
devem ser de cumprimento mandatório. A agenda dos Grupos de Trabalho
Permanentes deve ser definida para o primeiro ano de atividades e deve incluir o
estabelecimento da agenda para os anos seguintes.
2.2.4. Implantar Projetos ao Cidadão e às Empresas com o uso Inovador de Tecnologia
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 9 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Projetos ao cidadão e às empresas que sejam inovadores e ousados no uso
de tecnologia têm o atributo de atrair a atenção do cidadão para o conjunto de
serviços eletrônicos que são oferecidos pela administração pública. Um serviço bem
sucedido atrai a população para os serviços eletrônicos em geral. Devem ser
buscados projetos que tenham as características de alta utilização pela população
(comuns nas áreas de saúde e educação), em uma tecnologia que esteja disponível
a um grande número de indivíduos e de rápida implantação e obtenção de
visibilidade. Assim, são especialmente atraentes serviços e/ou informações que
possam se utilizar da tecnologia SMS, disponível na grande maioria dos aparelhos
celulares e com alta penetração nas populações urbanas das classes C e D. Estes
serviços ou informações são, normalmente, setoriais. Como um exemplo fictício de
serviço, um lembrete SMS no celular, na véspera, ao cidadão que teve uma consulta
especializada ou exame marcado pelo posto de saúde, usualmente com alguma
antecedência.
Alternativamente, podem ser oferecidos serviços a universos menores de
indivíduos, mas de caráter social relevante ou que atendam um conjunto de
especialistas. Como exemplo fictício, a possibilidade de envio da taxa de açúcar
periodicamente para uma base de dados que faça o monitoramento de uma pessoa
diabética, e a emissão de alarme para a unidade de saúde quando necessário, ou o
atendimento a demandas de empresas e classes profissionais, como advogados,
contabilistas, arquitetos, etc., tais como “sua demanda à Prefeitura está concluída,
consulte a Internet”.
A oferta de serviços a empresas deve ser orientada à vocação de São Paulo
como centro financeiro e como centro de negócios e empreendedorismo para a
pequena e média empresa. Serviços podem ser oferecidos que integrem cadeias
produtivas específicas, como a de turismo de eventos. Serviços que facilitem
sobremaneira o dia-a-dia das empresas têm adoção muito rápida já que empresas e
escritórios de contabilidade são informatizados. São particularmente facilitadores os
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 10 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
processos que facilitam a integração dos serviços estaduais, federais e municipais,
como na abertura de empresas, autorização para emissão de notas fiscais, etc.
2.2.5. Implantar projetos transversais ao governo apoiados por tecnologia
A adoção de TIC possibilita a criação de novos canais entre o governo e o
cidadão, que podem ser usados para a oferta de melhores serviços públicos ou de
novos serviços públicos. Podem, também ajudar a melhorar a eficiência e eficácia do
governo, melhorar a gestão dos recursos que administra e facilitar os processos de
descentralização da execução e centralização de informação para gestão.
Projetos transversais a todas as secretarias atraem a atenção do servidor
público e das estruturas gerenciais municipais para o potencial do uso de novas
tecnologias. Podem ser estabelecidos projetos que confirmem o papel institucional
da SMG como um todo e da sua Coordenadoria de Governo Eletrônico e Gestão da
Informação, como a adoção de uma ferramenta de e-procurement2 na administração
municipal e a obrigatoriedade do pregão eletrônico para determinadas modalidades
de licitação, o uso de documentos eletrônicos e a gestão eletrônica desses
documentos, assinatura eletrônica, uso do mesmo mecanismo de identificação do
cidadão que o governo federal, etc. Estas são apenas sugestões de projetos com a
característica de serem transversais ao governo.
2.2.6. Preparar e capacitar gestores na APM em Governo Eletrônico
A gestão Municipal deve ser preparada para o uso estratégico da tecnologia
nos projetos setoriais. Ao mesmo tempo, é necessário capacitar os Núcleos Setoriais
2 Aquisição direta ou indireta de produtos e serviços, utilizando a Internet e novas tecnologias para facilitar um fluxo contínuo e completo de atividades estratégicas de compra, por meio da conexão entre compradores e fornecedores.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 11 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
e Seccionais de Governo Eletrônico em Gestão de Projetos, e-Gov e modernização
administrativa.
2.2.7. Projetos de impacto interno e externo (Novo Portal de Serviços ao Cidadão)
Os governos brasileiros marcam presença na Internet há pouco mais de dez
anos. Os portais de serviços aos cidadãos são mais recentes, mas não podem ser
categorizados como inovação. Ao mesmo tempo, a tendência de queda do aumento
do número de acessos novos a sites, comum nos países mais avançados em
Governo Eletrônico, ainda não se manifestou no Brasil, e a expectativa é que o
número de acessos continue crescendo e que seja cada vez maior o número de
pessoas que se utiliza dos meios eletrônicos para se relacionar com o governo.
A experiência acumulada por governos brasileiros na oferta de serviços
eletrônicos ao cidadão permite a construção de um portal mais amigável, com
maiores detalhes nas informações, e com artefatos que facilitem a localização dos
serviços desejados. Um duplo desafio: atender aqueles que dependem do portal
para o desenvolvimento de sua atividade profissional ou econômica, e ao mesmo
tempo ser de fácil uso por aqueles que estão chegando à Internet pela primeira vez,
para usufruir do serviço. O novo portal de serviços da Prefeitura da Cidade de São
Paulo deve:
• Ter um design que remeta para os objetivos do governo de obtenção de
resultados de gestão e de atendimento ao cidadão e às empresas;
• Prover a base de integração à prestação de serviços, qualquer que seja o
canal escolhido pelo cidadão (156, SAC, telefone celular, fax, etc.);
• Identificar prioridades da população e da administração municipal para a
oferta de serviços públicos eletrônicos.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 12 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
3. Anexo III – Proposição de Temas para os Grupos de Trabalho Permanentes
3.1. Canais de Acesso e de Entrega – Portal de Serviço
O Grupo de Trabalho Portal de Serviços e Central 156 tem o objetivo de
planejar, coordenar e executar ações visando ampliar e melhorar a disponibilização,
através do Portal do Governo Municipal de São Paulo e da Central 156, de serviços
e informações aos cidadãos e à sociedade. Estes são instrumentos de acesso a
informações de caráter público, para o fortalecimento do exercício da cidadania e
resultado do trabalho integrado de todos os Órgãos da Administração Pública
Municipal de São Paulo.
O Portal deve ser o canal único na Internet onde o cidadão pode obter
informações e solicitar serviços de maneira simples e interativa. Deve ser orientado
com base em um padrão de identidade visual a ser utilizado por todos os Órgãos e
Entidades, com uma marca que transmita valores e missão do governo. O portal
governamental deve também orientar a criação de categorização dos serviços e
informações alinhados às necessidades do cidadão, facilitando o acesso, permitindo
fluidez na navegação, com o intuito de reduzir o tempo necessário para se alcançar
o serviço ou informação desejada. Para tanto, os critérios de categorização de
informações e serviços devem ser definidos a partir das perspectivas dos atores
externos à APM, com foco no cidadão, empresas, governos e servidores públicos.
Adicionalmente, o portal deve também cumprir o papel de agente de divulgação
institucional e de comunicação social, sendo um dos instrumentos de transparência
da gestão da administração pública. As atividades do Grupo de Trabalho são:
• Mobilização dos Órgãos e Entidades da APM para a oferta de novos
serviços ao cidadão;
• Realização de um inventário técnico dos serviços, informações e
equipamentos da APM;
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 13 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
• Padronização de apresentação gráfica e demais aspectos técnicos no
portal da Prefeitura;
• Elaboração de sistemática de treinamento, que racionalize, amplie e
dissemine a operacionalização de prestação de serviços e informações
pelo Portal e pela Central 156;
• Formulação de estratégias de integração e processos de atualização que
garantam informação atualizada precisa e confiável em todos os canais de
prestação de serviços e informação ao cidadão. É especialmente
importante a integração das bases de informações entre Portal, Central
156 e Praças de Atendimento;
• Realização de estudos de demandas da população para priorização de
oferta de serviços eletrônicos, ou alteração dos já existentes. Os critérios
de categorização de informações e serviços também devem ser definidos a
partir da visão dos atores externos à APM, com foco no cidadão,
empresas, governos e servidores públicos;
• Definição de serviços a serem ofertados, indicadores e padrões de
desempenho para a disponibilização, formatação e entrega desses
serviços e informações;
• Definição de padrões e normas que garantam acessibilidade.
3.2. Componentes de Serviços – Segurança da Informação, Certificação Digital e Pagamento Eletrônico
Grupo de Trabalho de Governo Eletrônico para planejar e coordenar ações
visando viabilizar o pagamento eletrônico dos serviços prestados pelo governo, a
utilização de certificação digital e a garantia de segurança da informação que está
sob a guarda do governo municipal.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 14 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
A certificação digital é utilizada para dar valor legal aos documentos
eletrônicos e para garantir sua eficácia probatória. A certificação digital aplica-se à
assinatura de documentos eletrônicos, autenticação de usuários, remetentes,
destinatários, bancos de dados, sistemas, aplicativos e processos, páginas web,
servidores, equipamentos ou quaisquer agentes do meio eletrônico que podem ser
identificados com garantia de autenticidade.
A vulnerabilidade dos ambientes eletrônicos tornou-se evidente quando
operações migraram para o mundo digital. A segurança da informação é a condição
fundamental da eficácia probatória. As atividades do Grupo de Trabalho são:
• Formulação e disseminação de estratégias e processos de segurança para
ambientes computacionais e sistemas especialistas e informações
utilizados para a oferta serviços públicos eletrônicos ofertados aos
relacionamentos G2B, G2C, G2E e G2G;
• Definição de políticas, padrões e diretrizes para o marco regulatório de
segurança e certificação digital;
• Definição da estratégia de implantação de procedimentos de pagamento
eletrônico, assinatura e certificação digital.
3.3. Interoperabilidade – Sistemas Estruturadores e Transversais
O objetivo deste grupo de trabalho é a melhoria dos processos estruturadores
da Administração Pública Municipal – aqueles que são comuns a todos os órgãos e
cujo aperfeiçoamento permite ganhos de escala, racionalização e melhoria do
atendimento à própria administração, aos servidores e mesmo ao cidadão. Também,
o desenvolvimento e integração de processos e sistemas de informação
intersetoriais, como protocolo, compras, contratos, patrimônio, o sistema financeiro,
correio eletrônico e outros. As atividades do Grupo de Trabalho são:
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 15 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
• Definição de processos de e-procurement, que vão além das compras
eletrônicas e contemplam a gestão de suprimentos da Prefeitura. Estudos
podem ser feitos localmente, por exemplo, em farmácias dos postos de
saúde, secretarias escolares, etc.;
• Melhoria dos processos de gestão de contratos de serviços para
racionalização de despesas;
• Definição de plataformas de comunicação padrão e integradas entre todos
os órgãos da Administração Pública Municipal (telefone, fax, correio
eletrônico, etc.);
• Definição de padrões para integração com sistemas de Informação e
mecanismos de identificação de outros poderes (federal e estadual), que
permitam agilidade no atendimento à população como, eventualmente, o
acesso aos cadastros sociais e de saúde.
3.4. Interoperabilidade – Geoprocessamento
O Grupo de Trabalho de Geoprocessamento tem como objetivo criar as
definições, estratégias e condições tecnológicas necessárias para que a APM possa
adotar soluções de sistemas baseados em bases de dados georeferenciadas que
possam ser compartilhadas pelos Órgãos e Entidades da APM. A partir dos
resultados gerados por este grupo, a APM poderá realizar diagnóstico e análise de
situações territoriais e humanas, planejar as ações de políticas públicas integradas e
o acompanhamento dos resultados das ações empreendidas. As atividades do
Grupo de Trabalho são:
• Realização de um inventário técnico dos recursos de geoprocessamento e
informações georeferenciadas da administração pública do Município de
São Paulo;
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 16 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
• Realização de estudos para a integração das informações
georeferenciadas do Município de São Paulo;
• Padronização de escalas, apresentação gráfica e demais aspectos
técnicos correlatos, considerando normas e padrões de âmbito nacional e
internacional utilizados por produtores de tecnologia e usuários de
geoprocessamento;
• Elaboração de sistemática de treinamento, que racionalize, amplie e
dissemine a operacionalização de processos que usam recursos de
geoprocessamento;
• Cooperação técnica de âmbito nacional e internacional, visando à
formulação de estratégias de integração de geoprocessamento e
cartografia no Município.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 17 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
4. Anexo IV – Relação de Roteiros Propostos
Cada diretriz deverá fazer referência a um roteiro de orientação contendo
detalhes das atividades e responsabilidades sobre um determinado processo.
Propõe-se o desenvolvimento de roteiros de orientação, que são apresentados na
tabela 1.
• R9 – Roteiro para Treinamento e Capacitação em TIC;
• R10 – Roteiro para Contratação de Auditoria Externa.
• R4 – Roteiro para Acordo de Níveis de Serviços;
• R5 – Roteiro para Medição de Serviços;
• R6 – Roteiro para Melhores Práticas de Segurança;
• R7 – Roteiro para Gestão de Ambientes;
• R8 – Roteiro para Suporte a Clientes.
MonitoramentoEntrega e Suporte de Serviços de TIC
• R3 – Roteiro para Compras de TIC.• R1 – Roteiro para Planejamento Estratégico de TIC.
• R2 – Melhores Práticas para Gestão de Projeto;
• R11 – Roteiro para Comunicação de objetivos e direcionamento.
Aquisição e Implementação de SoluçõesPlanejamento e Organização de TIC
• R9 – Roteiro para Treinamento e Capacitação em TIC;
• R10 – Roteiro para Contratação de Auditoria Externa.
• R4 – Roteiro para Acordo de Níveis de Serviços;
• R5 – Roteiro para Medição de Serviços;
• R6 – Roteiro para Melhores Práticas de Segurança;
• R7 – Roteiro para Gestão de Ambientes;
• R8 – Roteiro para Suporte a Clientes.
MonitoramentoEntrega e Suporte de Serviços de TIC
• R3 – Roteiro para Compras de TIC.• R1 – Roteiro para Planejamento Estratégico de TIC.
• R2 – Melhores Práticas para Gestão de Projeto;
• R11 – Roteiro para Comunicação de objetivos e direcionamento.
Aquisição e Implementação de SoluçõesPlanejamento e Organização de TIC
Tabela 1 – Relação dos Roteiros para as Políticas
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 18 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
5. Anexo V – Introdução aos Conceitos de Governo Eletrônico
5.1. Síntese dos Principais Conceitos
O desafio de promover o desenvolvimento econômico e social sustentável
impõe às administrações públicas a necessidade de repensar a governança e o
modelo de gestão pública, ao mesmo tempo em que exige mecanismos inovadores
de relacionamento com a sociedade. O desafio torna-se maior quando este
relacionamento sofre pressões do ambiente para que seja realizado de forma digital.
O papel fundamental do governo em uma sociedade contemporânea deve ser
o de universalizar as oportunidades individuais, institucionais e regionais (BARBOSA
FILHO, 2000), ao mesmo tempo em que dá suporte ao desenvolvimento de
tecnologias que promovam o salto necessário exigido para atender as demandas
dessa nova sociedade. Neste contexto, o programa de Governo Eletrônico objetiva a
modernização do Estado e atende a necessidade de mostrar maior eficiência e
melhoria da qualidade dos serviços públicos, além de criar um ambiente propício
para a inclusão social e fortalecimento da capacidade de formulação e
implementação de políticas públicas. Estes fatores podem levar também ao
incremento do processo de democratização, contribuindo para o aumento da
legitimação dos governos e estabelecimento de novas maneiras de gerir as
atividades públicas.
O termo “Governo Eletrônico” tornou-se popular no Brasil no final dos anos
90, sendo associado, no país e no restante do mundo, a movimentos de reforma do
Estado e à expansão da oferta de serviços públicos ao cidadão pela Internet. Nos
anos seguintes, ao se falar de Governo Eletrônico, conceitos mais abrangentes
passaram a ser descritos e incluíram vários tópicos: a melhoria nos processos da
administração pública, eficiência e efetividade, melhor governança, elaboração e
monitoramento das políticas públicas, integração entre governos, a prestação de
serviços e a democracia eletrônica, aqui sendo principalmente citados transparência,
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 19 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
participação e accountability3. Além destes temas, o combate à divisão digital,
chamada de inclusão digital, é abordado como dimensão importante das ações de
Governo Eletrônico, no Brasil e nos países em desenvolvimento. Esta é uma
questão importante, pois se trata de universalizar o acesso aos serviços públicos e
evitar o desenvolvimento da prestação de serviços eletrônicos que beneficie, dado o
problema de acesso, apenas as classes mais favorecidas da sociedade.
O Governo Eletrônico pode ser entendido como uma das principais formas de
modernização do Estado e está fortemente apoiado numa nova visão do uso das
novas tecnologias para a prestação de serviços públicos, mudando a maneira como
o governo interage com o cidadão, empresas e outros governos. Governo Eletrônico
não se restringe a simples automação dos processos e disponibilização de serviços
públicos através de serviços on-line na Internet (ABRAMSON e MEANS, 2001), mas
sim na transformação da maneira como o governo, através do uso da TIC, atinge os
seus objetivos para cumprimento do papel do Estado.
5.2. Modelo de Referência para a Implantação de Programas de Governo Eletrônico Centrado no Cidadão
O conceito de serviços públicos centrados nas necessidades do cidadão é
mostrado na figura 1. Pode-se observar duas camadas entre o cidadão e as diversas
Agências Governamentais. A Camada de Integração promove o compartilhamento
de informações através de bases de dados centralizadas, racionaliza a
interdependência entre as agências / entidades, cria novos processos e fluxos de
informação baseados no uso de recursos de TIC. Para conseguir esses resultados,
observa-se o uso de sistemas de informação governamentais conhecidos como
Government Resource Planning – GRP, e de bases de dados centralizadas como
infra-estrutura de integração entre as diversas Agências. O conceito de gestão
pública focada no cidadão, em geral, leva a adoção de sistemas conhecidos com 3 Capacidade de ser responsabilizado por suas ações.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 20 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Customer Relationship Management – CRM, para conhecer as necessidades dos
cidadãos e as suas formas de relacionamento com o governo, orientando a entrega
de serviços públicos, seja através de serviços em tempo real na Internet ou através
de outros canais como Praças de Atendimento – “one-stop-shop’s” e Centrais de
Relacionamento.
Figura 1 – Serviços Públicos Centrados no Cidadão
A Camada de Interface é o ponto de contato entre o cidadão e os serviços
públicos e é implementada através dos canais de acesso e entrega de serviços. Esta
camada isola o cidadão da complexa estrutura interna do governo. O conceito de
serviços públicos centrados no cidadão é pautado na visão de “negócio” e “na
percepção de valor” do cidadão. A utilização de sistemas de informações de CRM
como base de todos os serviços públicos oferecidos, promove uma convergência
natural entre os sistemas estruturadores governamentais, tendo como principais
impactos na percepção do cidadão: o tempo de resposta, a qualidade, a
transparência e a eficiência da administração pública.
Órgãos Órgãos
CidadãoIntegração
Interface
Os sistemas, informaOs sistemas, informaçções e processos ões e processos são construsão construíídos a partir de uma visão dos a partir de uma visão
que tem o Cidadão como centro do que tem o Cidadão como centro do modelo de gestão de servimodelo de gestão de serviçços pos púúblicos.blicos.
O Cidadão vê apenas os canais de O Cidadão vê apenas os canais de acesso e entrega dos serviacesso e entrega dos serviçços os
ppúúblicos, sem a necessidade de blicos, sem a necessidade de conhecer a complexidade da estrutura conhecer a complexidade da estrutura
interna do Governo. interna do Governo.
A interaA interaçção do Cidadão se dão do Cidadão se dáá na na Camada de InterfaceCamada de Interface..
Os Sistemas Estruturadores, Bases de Os Sistemas Estruturadores, Bases de Dados e InfraDados e Infra--estrutura compõem a estrutura compõem a
Camada de IntegraCamada de Integraççãoão..
Órgãos Órgãos
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 21 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
O modelo de referência proposto (figura 2) considera a tecnologia de
informação como o indutor e catalisador do processo de transformação do Estado,
tendo como filosofia os princípios do governo centrado no cidadão, a qualidade e
produtividade dos serviços públicos. Identifica os meios através dos quais os
serviços públicos podem ser oferecidos aos cidadãos e trata as questões ligadas ao
relacionamento entre entidades governamentais e não-governamentais – G2B, G2C,
G2E e G2G.
Incl
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Soci
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Qualidade d
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Foco na Sociedade
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Foco na Gestão
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Foco na Gestão
G2BServiços para
empresas
G2CServiços para
o cidadão
G2EServiços para
o servidor público
G2GServiços entre
Governos
G2BServiços para
empresas
G2CServiços para
o cidadão
G2EServiços para
o servidor público
G2GServiços entre
Governos
DivulgaçãoInstitucional
ComunicaçãoSocial
Sistemas de informação governamentais e departamentaisBases de dados, indicadores de gestão e métricas
Serviços de retaguarda e uso geralE-mail, fluxo de trabalho, automação de escritório
Infra-estrutura tecnológica Servidores, sistemas, aplicativos e circuitos de rede
Sistemas de informação governamentais e departamentaisBases de dados, indicadores de gestão e métricas
Serviços de retaguarda e uso geralE-mail, fluxo de trabalho, automação de escritório
Infra-estrutura tecnológica Servidores, sistemas, aplicativos e circuitos de rede
Infra-estrutura pública da Internet
Canais de curta e longa distância - redes de voz e dados
Infra-estrutura pública da Internet
Canais de curta e longa distância - redes de voz e dados
PORTAL e-GOVserviços na Internet
Call Center Lojas de AtendimentoOuvidoria
Serviços Web
PORTAL e-GOVserviços na Internet
Call Center Lojas de AtendimentoOuvidoria
Serviços Web
Figura 2 – Modelo de Referência de Governo Eletrônico Centrado no Cidadão
O modelo de referência explora as 4 (quatro) categorias de relacionamento
entre o governo e a sociedade caracterizado pelos cidadãos, empresas, servidores
públicos, agências governamentais e outros governos, estabelecendo critérios
distintos de fornecimento de serviços e informações baseado em uma infra-estrutura
tecnológica comum, para atender as relações:
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 22 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
a) G2B (Governo-Empresas) – caracterizada pela interação do governo com
as empresas do setor privado na troca de informações e processamento de
transações eletrônicas, buscando reduzir ao máximo as barreiras para se
fazer negócios com o governo;
b) G2C (Governo-Cidadão) – caracterizada pela interação do governo, de
forma ampla e completa, com o cidadão, provendo a ele informações e
serviços públicos que atendam as suas necessidades de contribuinte,
controlador das ações de governo, beneficiário e usuários dos serviços
públicos ao longo do ciclo da vida – infância, adolescência, maioridade e
terceira idade;
c) G2E (Governo-Servidor Público) – caracterizada pela interação do governo
com os funcionários do serviço público, provendo informações e prestação
de serviços necessários para o desenvolvimento de suas atividades
profissionais e benefícios decorrentes da sua relação com o governo;
d) G2G (Governo-Governo) – caracterizada pela interação dos diferentes
Órgãos e Entidades Governamentais e Governos nas diferentes esferas de
poder (municipal, estadual e federal), provendo informações, prestação de
serviços e processamento de transações para o desenvolvimento de suas
atividades.
As questões ligadas à infra-estrutura de TIC, tais como rede de voz e dados,
infra-estrutura pública de Internet, infra-estrutura tecnológica, serviços de uso geral e
sistemas de informação governamentais e departamentais, permitem que os
governos garantam a disseminação de padrões de excelência junto às agências
governamentais. Isso permitirá que o governo ofereça, nas diferentes categorias de
relacionamento, serviços de classe-mundial, apoiados em fluxo de informações e
transações de serviços de forma homogênea, consistente e integrada que suportam
o modelo proposto.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 23 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
A entrega de informações e de serviços nas diferentes categorias de
relacionamento pode dar-se através de diferentes canais, virtuais ou não. No
contexto da entrega de serviços e informações através de um canal virtual, o modelo
abrange os Portais Governamentais e Serviços Web:
a) Portal de Serviços – canal único na Internet onde o cidadão pode obter
informações e solicitar serviços de maneira simples e interativa. O portal
deve ser orientado com base em um padrão de identidade visual a ser
utilizado por todas as Agências Governamentais, criando assim uma marca
de Governo Eletrônico que transmita valores e missão do governo. O portal
governamental deve também orientar a criação de categorização dos
serviços e informações alinhados às necessidades do cidadão, facilitando o
acesso, permitindo fluidez na navegação, com o intuito de reduzir o tempo
necessário para se alcançar o serviço ou informação desejada. Para tanto,
os critérios de categorização de informações e serviços devem ser
definidos a partir de uma visão dos atores externos ao governo, com foco
no cidadão, empresas, governos e servidores públicos. Adicionalmente, o
portal deve também cumprir o papel de agente de divulgação institucional e
de comunicação social, sendo um dos instrumentos de transparência da
gestão da administração pública;
b) Serviços Web – transparente ao usuário final, este serviço permite a
integração das mais variadas plataformas sistêmicas através de
componentes de softwares disponíveis na Internet, baseados em padrões
abertos, implementados em arquitetura com mecanismos de controle e
segurança que possibilitam aplicações de negócios. Os Serviços Web
constituem hoje uma das mais poderosas alternativas para a integração de
arquiteturas, proprietárias ou não, apontando como uma tendência na área
de serviços de TIC. Esta arquitetura permite o aproveitamento do potencial
da Internet na geração de economias significativas na implementação de
infra-estrutura tecnológica para as Agências Governamentais, o que pode
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 24 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
ser traduzido em novas oportunidades de cooperação entre o governo e o
setor privado.
Embora exista uma forte tendência de abordar o acesso e a entrega de
serviços via portais governamentais na Internet, o modelo proposto prevê o amplo e
irrestrito uso de canais onde haja a interação do cidadão com o funcionário público,
transformando este em um facilitador do uso de TIC pela sociedade:
a) Lojas de Atendimento (One Stop Shop’s) – permitem oferecer serviços
públicos focados nas necessidades do cidadão, funcionando em um único
espaço físico e com o objetivo explícito de garantir a prestação integrada e
eficiente de serviços públicos das diferentes agências governamentais;
b) Central de Contato (Call Center) – permite ao cidadão ter acesso a todos
os serviços e informações através de um único número telefônico, que
apoiado pela TIC, permite ao cidadão contatar um servidor público, que
desempenhará o papel de agente facilitador na prestação do serviço;
c) Serviços de SMS (Short Message Service) e Aplicações Móveis – permite
ao cidadão receber informações do governo e acessar serviços
selecionados a partir de um dispositivo móvel;
d) Ouvidoria (Ombudsman) – cria um canal para receber opiniões,
reclamações e denúncias, garantindo o princípio da ética, da eficiência e
da transparência nas relações do governo com a sociedade. A Ouvidoria
atua no pós-atendimento, na mediação de conflitos entre o cidadão e as
Agências Governamentais, procurando personalizar o atendimento ao
cidadão através de uma interface puramente tecnológica – Ouvidoria
eletrônica no portal governamental – ou através do Central de Contato ou
Lojas de Atendimento.
Para atender todas estas questões é necessário fazer uso de vários
instrumentos como revisão dos processos administrativos e operacionais, gestão
orçamentária, motivação e capacitação dos recursos humanos envolvidos. Neste
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 25 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
contexto, surge a necessidade da formulação de uma Política de TIC para prover a
sustentação necessária para a gestão dos recursos de TIC dentro da Administração
Pública Municipal, a qual será integrada a esta política quando da sua publicação.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 26 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
6. Anexo VI – Referências de Melhores Práticas de Governança
A Política de TIC de está alinhada às melhores práticas contidas no COBIT
(Control Objectives for Information and Related Technology4 ), ITIL (IT Infrastructure
Library5), CBK (Common Body of Knowledge6), NBR ISO/IEC 17799:20017 e
Balanced Scorecard8. A sua estrutura considerou a organização das áreas de
domínio da gestão de TIC, o nível de maturidade e os mecanismos de governança
(processos, pessoas e tecnologia):
• Organização das Áreas de Domínio da Gestão de TIC: Definição dos
processos de governança, baseados no modelo COBIT, para os domínios:
Planejamento e Organização de TIC, Aquisição e Implementação de
Soluções, Entrega e Suporte de Serviços de TIC e Monitoramento;
• Equalização dos Níveis de Maturidade nas Áreas de Domínio: Diretrizes
para difusão das práticas de gestão de TIC de forma a equalizar os níveis
de maturidade em cada uma das áreas de domínio;
• Processos – Pessoas – Tecnologia: Os mecanismos de governança
estabelecem os aspectos críticos que devem ser observados de forma
homogênea pelos Órgãos e Entidades da APM no que diz respeito a
processos, pessoas e tecnologia.
A estrutura de governança consiste de um conjunto de 318 (trezentos e
dezoito) controles, organizados em 34 (trinta e quatro) processos, agrupados em 4
(quatro) domínios, aplicáveis a ambientes de TIC em uma organização, conforme
mostrado na figura 3, a seguir:
4 http://www.isaca.org/. 5 http://www.itil.co.uk/. 6 http://www.ISC2.org. 7 http://www.abnt.org.br/. 8 Kaplan e Norton, 2001.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 27 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Figura 3 – Áreas de Domínio e Processos do COBIT
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 28 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
7. Anexo VII – Visão Evolutiva
7.1. De “Governo Eletrônico” a “Governança Eletrônica”
Os termos Governança Eletrônica e Governo Eletrônico, em muitos textos,
parecem se confundir. Ora são utilizados como sinônimos, ora como subconjuntos, e
as fronteiras dos campos que os distinguem nem sempre ficam claras. A Unesco,
por exemplo, prefere colocar Governança Eletrônica como conceito mais
abrangente, que inclui as atividades de Governo Eletrônico. Essa definição demarca
bem a fronteira entre os dois conceitos. Começa pelo termo governança, que se
refere ao exercício de autoridade política, econômica e administrativa nos assuntos
de um país, incluindo a articulação dos cidadãos para defesa de seus interesses e o
exercício de seus direitos e obrigações. Boa governança é, então, caracterizada por
participação, transparência e accountability 9.Ainda na conceituação da Unesco, os
avanços nas tecnologias de comunicação e a Internet abriram oportunidades para
transformar o relacionamento entre o governo e cidadãos, contribuindo para alcançar
os objetivos da boa governança. A aplicação das tecnologias de informação e
comunicação para uma melhor governança, chamada de e-Governança, tem como
áreas: a e-Administração Pública, melhoria dos processos governamentais e do
trabalho interno do setor público com a utilização das tecnologias de informação e
comunicação; e-Serviços Públicos, melhoria na prestação de serviços ao cidadão,
muitas vezes chamado de e-Gov ou e-Governo e; a e-Democracia, maior
participação do cidadão, mais ativa, possibilitada pelo uso das tecnologias de
informação e comunicação no processo de tomada de decisão.
Entre as áreas de Governança Eletrônica no Brasil, os esforços
governamentais parecem ter se concentrado na área de prestação de serviços
públicos. Percebe-se que governos das esferas municipal, estadual e federal vêm
desenvolvendo ações, desde a segunda metade dos anos 90, para utilizar a Web
9 Para Castor (2000) esta palavra pode ser traduzida como imputabilidade, para outros, significa “responsabilização”. Para
outros, ainda, não tem tradução em português.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 29 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
como um canal de prestação de serviços públicos e de informação a cidadãos e
organizações. Mas o potencial do uso das tecnologias da Informação e
Comunicação para uma melhor governança é muito maior que a prestação
eletrônica de serviços, ainda que esta seja muito visível e importante.
A e-Administração Pública é a utilização das tecnologias de informação e
comunicação para a melhoria dos processos governamentais e do trabalho interno
ao setor público. Trata-se, também, de suporte digital à elaboração e implementação
de políticas públicas. O uso de tecnologia para auxiliar a implementação da política
pública, o planejamento, a tomada de decisão, e saber depois se, em decorrência
dos investimentos que o poder público fez na região, houve mudança nos
indicadores sociais. Monitora-se a implementação, faz-se o controle da política para
verificar se os recursos estão sendo aplicados onde devido e se os indicadores
sociais estão se alterando. Ainda, e-Administração Pública trata do suporte à
comunicação e trabalho em grupo de todos os participantes do processo. É comum
em governos, seja na esfera local, estadual ou federal, ter-se o governo distribuído
em várias unidades. Vários postos de saúde, escolas públicas, etc. A tecnologia
pode fazer o trabalho de suporte à comunicação, de workgroup, e viabilizar a
eficiência interna de processos - como os processos comuns de compra, viagens de
servidores, recursos humanos, controle de receitas e despesas, acompanhamento
do planejamento governamental, etc. A dimensão da e-Administração Pública inclui
também os esforços de integração de políticas entre as várias esferas de governo.
Tem-se uma política que é nacional, uma parte da esfera estadual, mas quem presta
o serviço ao cidadão é, em grande parte das áreas, o município. Com o uso de
tecnologia, é possível integrarem-se políticas nacionais, estaduais e locais, com
transferência de recursos, definição de atribuições e responsabilidades e sistemas
de monitoramento e transparência.
A segunda grande área de aplicação dos meios eletrônicos é a prestação
eletrônica de serviços públicos ao cidadão. Se durante algum tempo ela se
confundiu com o termo “governo eletrônico” agora em governança eletrônica
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 30 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
amplia-se o conceito. Não diz respeito só a internet, mas à prestação de serviços
eletrônicos utilizando quaisquer canais – telefonia fixa, celular, e-mail, correio
convencional, fax, no futuro a TV digital. No Brasil, assiste-se à construção efetiva de
um canal eletrônico de comunicação entre o governo e a sociedade – o telefone
celular – quase cem milhões de aparelhos em grande parte nas mãos de população
urbana das classes C e D, que pode ser utilizado como canal de entrega de serviços
públicos. Quando se fala de prestação de serviços, pode-se trabalhar na sua
automatização, mantendo o processo como é feito atualmente. Por exemplo, o
relacionamento do cidadão com a Secretaria da Fazenda Estadual ou com a
Arrecadação do Município, cada serviço separado um do outro. Mas também se
pode observar o ciclo da vida de um cidadão ou de uma empresa e oferecer-se os
serviços organizados dessa forma. A prestação de serviços será agrupada pelos
grandes eventos da vida do cidadão (ou da empresa) e não do relacionamento
pontual com uma entidade do poder público. Prestação eletrônica de serviços é
também a oferta em praças de atendimento integradas, não só entre si, mas também
aos demais canais – a Internet, o 156, o e-mail. Um banco de dados como o Guia de
Serviços, integrado, comum a todos os canais. Saber onde o serviço é prestado, a
que custo, em que horário, quais os documentos necessários, a quem é dirigido. Na
medida em que se dá transparência à prestação do serviço pode-se passar a
acordar níveis de serviço com a população.
Finalmente, e-Democracia é a comunicação do Estado com o cidadão, mas
também do cidadão com o Estado. Não só em uma direção, o Estado fornecendo
informação, mas o cidadão também contribuindo com o Governo. Comunicação
entre todos os participantes, entre todos os atores do processo político, seja dos
poderes Legislativo, Executivo ou Judiciário, cidadãos, empresas, ONGs,
administradores públicos. Transparência, mas mais do que isso, participação e
imputabilidade de responsabilidade a quem é responsável.
A visão evolutiva de governo eletrônico é de ampliação dos conceitos, rumo a
este de Governança Eletrônica. A Governança Eletrônica não inclui somente ações
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 31 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
governamentais. As TIC abriram oportunidades para transformar o relacionamento
entre sociedade e governo, contribuindo para alcançar a boa governança no setor
público. E, na definição de governança, a sociedade tem um papel importante, não é
só atribuição do Estado. Novas formas de relacionamento podem ser exploradas,
utilizando a tecnologia como suporte ao seu funcionamento.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 32 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
8. Anexo VIII – Referências em Governo Eletrônico
A gestão pública enfrenta hoje o enorme desafio de elaborar políticas públicas
que promovam o desenvolvimento econômico e social sustentável em um ambiente
de rápidas e profundas mudanças. O uso adequado de tecnologia cria as condições
necessárias para que o governo mostre maior transparência na gestão pública,
buscando maior eficiência e melhoria da qualidade dos serviços públicos, além de
criar um ambiente propício para a inclusão social e fortalecimento da capacidade de
formulação e implementação das políticas públicas.
Neste contexto, o Governo Eletrônico, ou e-Gov, pode ser entendido como
uma das principais formas de modernização do Estado e está apoiado no uso
estratégico e intensivo de TIC, utilizada nas relações internas dos Órgãos da
Administração Pública, e, principalmente, nas suas relações com o cidadão na
oferta de serviços públicos. A adoção intensa de tecnologia tem possibilitado a
mudança da administração pública burocrática para um novo modelo, caracterizado
pela eficiência, foco no cidadão, controle social, formatos organizacionais flexíveis e
horizontalizados, processo decisório descentralizado, uma administração pública
pró-ativa e inovadora.
A organização dos ativos tecnológicos do governo é necessária para que se
consiga realizar uma mudança efetiva na administração pública. O Governo
Eletrônico torna-se um elemento vital para viabilizar o conceito de gestão pública
centrada no cidadão, orientando os processos internos de governo e a sua dinâmica
de operação a partir da visão de uma administração focada no cidadão no que se
refere ao atendimento de suas necessidades de serviços.
Com o objetivo de orientar a elaboração de políticas públicas de e-Gov para o
Município de São Paulo que organize de forma eficiente os ativos tecnológicos do
Município, a consultoria analisou diversos modelos de implementação de Governo
Eletrônico no Brasil (estados do Paraná, São Paulo, Ceará e Minas Gerais). No
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 33 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
cenário internacional, é possível identificar inúmeras iniciativas bem sucedidas de
implementação de modelos de Governo Eletrônico e que podem ser tomadas como
referência para a orientação de políticas públicas de e-Gov. Os paises tomados
como referência para este trabalho foram: Austrália, Canadá, Estados Unidos e
Inglaterra. Os ambientes analisados têm um nível elevado de maturidade na adoção
e uso de recursos de TIC na implementação de estratégias de Governo Eletrônico.
A busca por referências mostrou que, mesmo em cidades bastante avançadas
em termos de oferta de serviços ao cidadão através da TIC, como é o caso de Nova
Iorque e Barcelona, a gestão municipal segue o modelo estruturador definido em
âmbito nacional e tem estruturas de operacionalização semelhantes às construídas
em nível estadual, ou regional. Por esta razão, as referências de países e de
estados são mais adequadas para a formação de uma visão de Governo Eletrônico
e para a definição de uma estrutura de gestão do Governo Eletrônico no Município.
A inclusão do estudo dos modelos referenciais dos países acima
mencionados se deve ao fato de suas experiências serem amplamente utilizadas na
construção de modelos internacionais. Por serem estes países parlamentaristas
(monárquico e federativo) e republicano federalista, a administração pública se dá de
maneira diferente daquela advinda ao Brasil com a Constituição de 1988. Embora
inspirado na forma de estado americano, o sistema legal brasileiro segue a tradição
romano-germânica, que estabelece papéis e responsabilidades diferentes às 3 (três)
esferas de poder (governo federal, estadual e municipal). O estudo, então, incluiu 4
(quatro) estados brasileiros, de modo a enriquecer e tornar mais próximo da
realidade brasileira o desenvolvimento da política de Governo Eletrônico.
O modelo de referência de Governo Eletrônico centrado no cidadão e o
modelo estruturador dos ativos tecnológicos do governo propostos como base para
a elaboração das políticas de e-Gov para o Município de São Paulo consideraram
padrões de classe mundial e de melhores práticas dos governos analisados.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 34 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
A consulta às políticas de Governo Eletrônico, tanto de nações como de
estados brasileiros, foi feita não perdendo de vista 2 (dois) pontos fundamentais:
Primeiro, o caráter único da cidade de São Paulo. Não existe município no Brasil que
se possa dizer similar a São Paulo. Internacionalmente, grandes cidades podem ser
listadas, semelhantes em população, mas não em organização política, nos desafios
enfrentados, na prestação de serviços, na escala do atendimento às várias
necessidades da população e da sociedade. Segundo, o fato de ser uma cidade com
características muito marcantes, não invalida que melhores práticas e experiências
de sucesso possam ser tomadas como referência. Há que avaliar, “traduzir” e
“localizar” a experiência acumulada por outros governos para a formulação da
política de Governo Eletrônico.
Os 4 (quatro) países10 utilizados como referência, apresentam indicadores
quantitativos e qualitativos na adoção de recursos tecnológicos que os tornam
destaque no ranking dos países que adotaram iniciativas de Governo Eletrônico e
demonstram ser uma boa base de comparação de melhores práticas em programas
desta natureza, sendo possível identificar vários pontos comuns entre os modelos
adotados. O quadro a seguir sintetiza os principais pontos a serem observados nas
referências internacionais:
Principais pontos a serem observados nas referências internacionais
Adoção de abordagem para implementação em fases de seus programas de Governo
Eletrônico: fase de identificação dos serviços requeridos por cada tipo de relacionamento; fase
de implementação dos serviços prioritários, fase do fomento ao uso de serviços através dos
canais digitais e fase de medição do sucesso da estratégia de Governo Eletrônico bem como do
retorno do investimento realizado em tecnologia.
Fomento à adoção de serviços on-line pelos Cidadãos como conseqüência da prioridade dada
por esses países às políticas públicas de fomento à inclusão digital.
10 Austrália, Canadá, Estados Unidos e Inglaterra.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 35 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Modelos referenciais para implementação de programas de Governo Eletrônico pautados na
visão de “negócio – atividade-fim de cada Órgão da administração direta” e “na percepção de
valor”, por parte dos usuários, dos serviços públicos, o que conduz a serviços mais eficientes e
a processos internos mais ágeis, com redução de custos e otimização dos recursos
tecnológicos.
Utilização de indicadores para medir o desempenho do uso dos recursos de TIC e a eficiência
dos serviços públicos.
Utilização de sistemas de informações para gestão de relacionamento como base de todos os
serviços públicos oferecidos, causando uma convergência natural entre os sistemas
estruturadores governamentais. A adoção de ferramentas de gestão de relacionamento por
esses governos induziu à revisão de processos, a reorganização dos serviços on-line e a
entrega de serviços de alto impacto na vida dos Cidadãos, tendo como principais impactos na
percepção do Cidadão: o tempo de resposta, a qualidade, a transparência e a eficiência da
administração pública.
Tabela 2 – Principais pontos a serem observados nas referências internacionais
Os 4 (quatro) estados brasileiros selecionados como referência (Paraná, São
Paulo, Ceará e Minas Gerais) indicam possibilidades para a estruturação de um
modelo de gestão dos recursos de e-Gov no Município. Os principais pontos a serem
observados nas referências escolhidas estão sintetizados no quadro a seguir:
Principais pontos a serem observados nas referências nacionais
Estrutura organizacional, papéis e responsabilidades.
Formação de recursos humanos para e-Gov.
Gestão da infra-estrutura de e-Gov (redes, serviços de rede, desenvolvimento, etc.).
Gestão do portal e demais canais de entrega de serviços eletrônicos.
Integração com outras instâncias de governo.
Marco legal composto por legislação específica para e-Gov.
Papéis e responsabilidades na definição de prioridade de desenvolvimento de serviços e processos eletrônicos.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 36 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Papel da estrutura de informática (companhias de processamento estaduais) e dos outros agentes na política de e-Gov, como Comitês e Secretaria Executiva.
Planejamento de Recursos organizacionais, tecnológicos e financeiros para e-Gov.
Política formal de inclusão digital ou de universalização de acesso.
Suporte gerencial e tecnológico ao projeto de e-Gov.
Tabela 3 – Principais pontos a serem observados nas referências nacionais
8.1. Indicadores
A seleção dos ambientes de Governo Eletrônico analisados foi baseada na
avaliação de um conjunto de indicadores internacionais, hoje disponíveis, que
medem o desempenho dos países no uso de recursos tecnológicos tais como o NRI
– Networked Readiness Index11 e TAI – Technology Achievement Index12
associados a indicadores sócio-econômicos como o Produto Interno Bruto – PIB e
Índice de Desenvolvimento Humano – IDH. Os indicadores NRI e TAI são os mais
conhecidos para avaliar o nível de preparo de cada país para adoção de tecnologia.
Esses indicadores foram analisados com o objetivo conhecer e avaliar as dimensões
do impacto da adoção de recursos tecnológicos na administração pública. A seguir
são feitas considerações a respeito do NRI e do TAI na implementação de novas
tecnologias.
11 The Networked Readiness Index 2003-2004: Overview and Analysis Framework – Soumitra Dutta, INSEAD; Amit Jain, INSEAD. Indicador criado pelo World Bank em cooperação com INSEAD. 12 Índice de Realização em Tecnologia foi desenvolvido para o Relatório de Desenvolvimento Humano 2001 – Making New Technologies Work for Human Development – PNUD.
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Indicadores e a Gestão Municipal de TIC
A avaliação de indicadores na formulação das políticas de e-Gov e de TIC para o Município de São
Paulo é relevantes e deve ser analisada em conjunto com outros indicadores que mostrem a
penetração de serviços de acesso aos canais digitais que comporão o Governo Eletrônico do
Município. Estes indicadores são: número de acessos telefônicos fixos e móveis, número de
computadores, acessos à Internet, demanda futura potencial da TV e Rádio Digitais.
Tabela 4 – Indicadores e a Gestão Municipal de TIC
O impacto dos benefícios potenciais trazidos pela adoção das novas
tecnologias de informação e comunicação depende da capacidade de uso, de
absorção, do estágio de maturidade e do preparo em que se encontra cada região
ou país. Um dos benefícios potenciais provenientes dessa adoção é o aumento da
competitividade de uma região ou de um país.
A partir da necessidade que cada país possui de entender e adaptar as
tecnologias globais para as exigências locais, alguns indicadores foram criados para
avaliar o nível de progresso tecnológico e a capacidade destes países em participar
do novo ambiente de negócios da era digital.
Apesar dos vários modelos criados para mensurar o uso e os benefícios dos
recursos de TIC, muitas dificuldades são encontradas para quantificar tais questões
pelo seu caráter intangível. Entretanto, existem indicadores que refletem
objetivamente o grau de penetração das novas tecnologias e vêm sendo
investigados de forma regular por organismos internacionais.
A estrutura de análise do NRI considera 3 (três) importantes premissas: a
existência de gestores externos (Cidadãos, Empresas e Governo) que possuem
interesse no desenvolvimento da TIC; a existência de um ambiente macroeconômico
e regulatório favorável para que os agentes intervenientes possam desempenhar o
seu papel, o nível de uso de TIC pelos agentes intervenientes e os respectivos
níveis de impacto dos benefícios obtidos pelo seu uso.
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Número da Página: 38 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
O NRI é composto de 3 (três) componentes: o ambiente para a oferta de TIC,
o nível de preparo dos agentes intervenientes para o uso de TIC e o nível de uso de
TIC pelos agentes intervenientes.
O nível de preparo para a adoção de tecnologia, medido pelo TAI, é
determinado em função de 4 (quatro) dimensões: criação de novas tecnologias;
difusão e adoção de novas tecnologias; difusão das tecnologias já existentes, que
são básicas para a entrada de novas; e a construção da habilidade humana para a
criação e conseqüente adoção de tecnologia. A metodologia usada para o cálculo
deste indicador é similar àquela utilizada para o cálculo do Índice de
Desenvolvimento Humano – IDH, onde os dados para sua construção advêm das
séries internacionais mais utilizadas e difundidas em relação ao uso de tecnologia.
Porém, em alguns países acabam por ser sub-dimensionados pela falta de
informação ou pela qualidade da coleta.
O objetivo do indicador não é medir apenas quem lidera o desenvolvimento
tecnológico, mas sim a condição do país, ou região, na criação e no uso de
tecnologia. O TAI usa 2 (dois) indicadores para capturar o nível de inovação na
sociedade: número de patentes concedidas per capita, para refletir a intensidade de
atividades novas; e o número de royalties e licenças obtidas no exterior,
demonstrando a evolução das inovações bem sucedidas ainda utilizadas e com
valor de mercado.
O TAI não é uma medida de como o país está liderando globalmente o
desenvolvimento tecnológico, mas se atém ao fato de como o país está participando
da criação e do uso da tecnologia, o que, obviamente, permite analisar a eficácia do
Governo Eletrônico.
Embora a pesquisa que levantou os dados para a elaboração do TAI tenha
considerado dados de 162 (cento e sessenta e dois) países, somente em 72
(setenta e dois) deles foi possível estimar o indicador com nível aceitável de
qualidade. O resultado da pesquisa obteve um mapa de disparidades que classifica
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os países em 4 (quatro) grupos com o TAI variando entre 0,066 (Moçambique) e
0,744 (Finlândia). Os países são assim classificados:
a) Países líderes (TAI acima de 0,5): aqui se encontram os países líderes da
economia mundial, onde a inovação tecnológica é auto-sustentável e,
conseqüentemente, o Governo Eletrônico apresenta as melhores formas e
as maiores diversidades de tipos, como Cingapura, Finlândia e Suécia.
Isso, porém, não conduz necessariamente ao Governo Eletrônico ótimo,
porque os Estados Unidos estão presentes no grupo, e embora possuam
um Governo Eletrônico excelente na esfera federal, possuem dificuldades
em relação aos sítios que oferecem serviços e informações na esfera
estadual (portais estaduais). Isso porque a medida é indiretamente de
eficácia, não de efetividade;
b) Países com potencial de liderança (TAI entre 0,35 e 0,39): a maioria dos
países assim agrupados tem investido alto em capacitação humana e
difusão de tecnologias consagradas, mas baixa difusão de tecnologias
inovadoras;
c) Países em adoção dinâmica (TAI entre 0,20 e 0,34): esses países estão na
dinâmica de uso de novas tecnologias. A maioria é composta de países em
desenvolvimento com capacitação humana significativamente alta e
indústrias importantes de alta tecnologia, mas com baixa propagação de
tecnologia inovadora e de tecnologia consagrada, como o Brasil e a Índia;
d) Países marginalizados (TAI abaixo de 0,20): a propagação tecnológica e a
capacitação são para esses países ainda um longo caminho a ser trilhado.
Grande parte da população não é beneficiária da difusão de qualquer tipo
de tecnologia.
A tabela 5 a seguir mostra os países pesquisados agrupados em 4 (quatro)
diferentes grupos: os Países Líderes; os Países com Potencial de Liderança; os
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Países em Adoção Dinâmica (o Brasil encontra-se neste grupo) e os Países
Marginalizados.
Tabela 5 – Categorização de Índice de Realização em Tecnologia – TAI
Os países que serviram de exemplo de melhores práticas apresentam o
indicador TAI acima de 0,5 e nesses países se observam elevados níveis de
desempenho operacional, eficiência e oferta de serviços públicos inovadores e de
alto valor para a Sociedade. Esses países adotaram o modelo de Governo Eletrônico
focado no cidadão e utilizam ferramentas de gerenciamento de relacionamento, do
tipo CRM – Customer Relationship Management (ou, na adaptação do termo para o
setor público, Citizen Relationship Management), para conhecer as necessidades
dos cidadãos e para orientar a entrega de serviços públicos, seja através de serviços
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Número da Página: 41 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
em tempo real na Internet ou através de outros canais como Lojas de Atendimento e
centrais de relacionamento.
Os 4 (quatro) países13 utilizados como referência, apresentam indicadores
quantitativos e qualitativos na adoção de recursos tecnológicos que os tornam
destaque no ranking dos países que adotaram iniciativas de Governo Eletrônico e
demonstram ser uma boa base de comparação de melhores práticas em programas
de Governo Eletrônico, sendo possível identificar vários pontos comuns entre os
modelos adotados:
• Os modelos referenciais para implementação de programas de Governo
Eletrônico nesses países são pautados na visão de “negócio – atividade-
fim de cada Órgão da administração direta” e “na percepção de valor”, por
parte dos usuários, dos serviços públicos, o que conduz a serviços mais
eficientes e a processos internos mais ágeis, com redução de custos e
otimização dos recursos tecnológicos;
• Utilização de sistemas de informações para gestão de relacionamento
como base de todos os serviços públicos oferecidos, causando uma
convergência natural entre os sistemas estruturadores governamentais. A
adoção de ferramentas de gestão de relacionamento por esses governos
induziu à revisão de processos, à reorganização dos serviços on-line e à
entrega de serviços de alto impacto na vida dos cidadãos, tendo como
principais impactos na percepção do cidadão: o tempo de resposta, a
qualidade, a transparência e a eficiência da administração pública;
• Esses modelos fomentam a adoção de serviços on-line pelos cidadãos
como conseqüência da prioridade dada por esses países nas políticas
públicas de fomento à inclusão digital;
• Utilizam indicadores para medir o desempenho do uso dos recursos de TIC
e a eficiência dos serviços públicos;
13 Austrália, Canadá, Estados Unidos e Inglaterra (Reino Unido).
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• Adotaram uma abordagem para implementação em fases de seus
programas de Governo Eletrônico: fase de identificação dos serviços
requeridos por cada tipo de relacionamento; fase de implementação dos
serviços prioritários, fase do fomento ao uso de serviços através dos canais
digitais e fase de medição do sucesso da estratégia de Governo Eletrônico
bem como do retorno do investimento realizado em tecnologia.
De acordo com a literatura, existem várias fases no desenvolvimento do
Governo Eletrônico, sendo uma tipologia muito utilizada aquela que define 5 (cinco)
estágios de maturidade, a saber:
• Presença on-line na Internet;
• Capacitações básicas de interação;
• Disponibilidade de serviços (transação/interação bidirecional);
• Entrega de serviços avançada;
• Transformação de serviços.
O Canadá classifica-se como uma boa referência em política de Governo
Eletrônico, pois, além de estar no grupo de países mais avançados segundo o TAI,
pela avaliação da tipologia de estágios de maturidade é o único país que se
encontra no estágio mais avançado, o de transformação de serviços (Accenture,
2005). Esta fase é caracterizada pela integração dos canais de acesso e de entrega
de serviços de todo o Governo. Organização, processo e tecnologia estão
orientados pelo modelo de Governo Eletrônico, não sendo mais iniciativas isoladas
e, sim, parte de uma ampla transformação do Governo. Neste estágio, a visão é de
entrega melhorada de serviços públicos oferecidos à sociedade e a medida-chave
do sucesso é o grau de utilização dos serviços oferecidos. Os outros 3 (três) países
mencionados, Austrália, Estados Unidos e Inglaterra encontram-se no estágio
maduro de entrega de serviços avançada.
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É importante ressaltar que a consultoria buscou nos modelos dos 4 (quatro)
países selecionados, os elementos aplicáveis aos possíveis modelos aderentes à
realidade da gestão pública brasileira e em particular, do Município de São Paulo.
8.2. Canadá
O Canadá é um exemplo mundial de Governo Eletrônico, devido à ênfase
institucional para o assunto. Um exemplo do avanço nível de integração alcançado
pelos órgãos governamentais do país é a uniformidade de identidade visual entre os
portais de governo, que possuem o mesmo estilo de apresentação de informações,
inclusive portais de serviços ou de informações específicas.
O país também se destaca pela inovadora possibilidade de customização da
página oficial do país de acordo com preferências pessoais14. Outra inovação é a
possibilidade de acesso através de tecnologias móveis
http://www.canada.gc.ca/mobile/wireless_e.html.
Em 2004, o Canadá foi considerado, pela quarta vez, o país número 1 em
Governo Eletrônico15, reafirmando sua condição de referência mundial em e-Gov.
Dentre os diversos princípios que conduziram o Canadá a essa posição, dois
deles merecem particular atenção. O primeiro diz respeito à valorização do conceito
de um só governo, que envolve esforços de integração horizontal, ou seja,
integração de serviços e bases de informação dos órgãos diretamente vinculados ao
Governo Federal, e, o que é mais complexo, de integração vertical, compreendendo,
agora, órgãos locais, estaduais, federais e mesmo internacionais. O segundo
princípio básico da experiência canadense de Governo Eletrônico se refere ao
cidadão, que foi colocado no centro absoluto das atenções, no tocante aos serviços
14 http://www.canada.gc.ca/canada/CC?action=customClientAction&nextPage=CCUserlogin&l=1 15 Pesquisa anual promovida pela Accenture, empresa de consultoria com especialização em tecnologia, gestão e outsourcing,
visando a mapear e qualificar experiências globais de Governo Eletrônico.
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oferecidos. Essa prioridade vai condicionar todo o processo de criação, formatação e
distribuição de conteúdo.
Partindo deste princípio, o Canadá oferece, a partir de seu portal nacional
(http://www.canada.gc.ca), uma grande variedade de portais de serviços e
informações. Um dos mais interessantes é o “Consulting with Canadians”, ou
“Consultando os Canadenses” (http://www.consultingcanadians.gc.ca), que reflete o
forte compromisso e ênfase do Canadá em envolver seus cidadãos no processo
decisório. Neste portal os cidadãos têm acesso às consultas públicas sobre temas
de interesse nacional e podem obter informações sobre o tema em consulta.
O Canadá também apresenta um esforço extra em oferecer informações
sobre as suas iniciativas de Governo Eletrônico, como pode ser visto no portal
http://www.gol-ged.gc.ca.
O Escritório do Chefe de Informações - CIOB16, ligado à Secretaria do
Conselho do Tesouro, tem como missão liderar a busca pela excelência da entrega
dos serviços e o gerenciamento das informações e tecnologia do Canadá.
Baseado nos princípios da confiança, reconhecimento, respeito, inovação,
colaboração e profissionalismo, o CIOB desenvolveu uma estrutura para a gerência
de informação e TIC baseada em um modelo integrado que compreende as
melhores práticas, metodologias, ferramentas e modelos, projetados para aumentar
a capacidade do Governo Canadense no gerenciamento dos investimentos de TIC,
o sucesso dos projetos e a minimização dos riscos.
O CIOB é hoje responsável por definir a direção estratégica do Governo, para
todas as áreas de gerência de informação e TIC, o que inclui: arquitetura, políticas e
padrões relacionados à tecnologia.
Buscando focar os serviços disponibilizados em tempo real, em dezembro de
2003, o Governo do Canadá transferiu ao Escritório de Serviços da Tecnologia de
16 Chief Information Officer Branch.
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Informação a responsabilidade pelas ações ligadas à iniciativa Governo On-line -
Government On-Line – GOL.
O objetivo do GOL é difundir o uso de TIC para fornecer aos Canadenses
serviços integrados, a qualquer tempo, em qualquer lugar e no idioma de sua
preferência, visto que o país possui duas línguas oficiais.
Para suportar esta iniciativa do Governo do Canadá, pode-se destacar o
programa desenvolvido com o objetivo de melhorar os serviços prestados aos
Canadenses, aumentado a eficiência e valor para centavo investido pelo Governo no
ganho de eficiência operacional, resultados no atendimento das necessidades dos
cidadãos, e cumprimento do alinhamento estratégico, resultando em processos de
transformação da máquina pública.
Este programa, dentre outros fatores, foca todas as ações de TIC de maneira
a gerir os esforços em busca da:
• Utilização da tecnologia como instrumento de transformação da estrutura
do Governo e dos serviços para melhor atender as necessidades dos
cidadãos;
• Gestão da entrega dos serviços ao cidadão de modo eficaz, por meio de
indicadores de desempenho;
• Uso da infra-estrutura para garantir acesso aos serviços, mesmo aqueles,
com dificuldades impostas por limitações físicas, financeiras ou culturais;
• Eficiência no controle financeiro dos investimentos necessários para
disponibilizar os recursos de TIC necessários ao modelo.
Para sustentar o programa de Governo Eletrônico, o Governo do Canadá
definiu algumas estruturas básicas17, de uso e aplicação geral, com o objetivo de:
• Alinhar os investimentos de TIC com estratégias de negócio e prestação
de serviços do Governo;
17 Referência à estrutura Enhanced Management Framework - http://www.cio-dpi.gc.ca/emf-cag/index_e.asp.
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Número da Página: 46 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
• Estabelecer critérios de responsabilidade das Agências no emprego dos
recursos financeiros voltados aos programas de TIC;
• Desenvolver cultura de escritório de gerenciamento de projetos;
• Identificar e gerir os riscos envolvidos com os projetos de TIC, em uma
base contínua.
8.3. Estados Unidos
Segundo o relatório da ONU e-Government Readiness, de 2004, os Estados
Unidos são o líder mundial em Governo Eletrônico, com a utilização mais avançada
das tecnologias de informação e comunicação na administração pública. Alguns dos
destaques são o portal FirstGov (http://www.firstgov.gov), bem como a abordagem
de Governo Eletrônico focada na integração de portais.
O portal nacional americano FirstGov (http://www.firstgov.gov) atrai cerca de 6
milhões de visitantes por mês. É a porta de entrada da população para mais de 180
milhões de páginas de governos federais e estaduais. O contraste dos Estados
Unidos em relação ao resto do mundo é evidente pelo fato de ser o país com a maior
participação no acesso global à Internet.
Um ponto forte da abordagem norte-americana é a aposta em portais
integrados. Diversos portais especializados, que coletam e consolidam informação
em um só local facilitam o encontro de informações pelos cidadãos e resultam em
eficiências operacionais para as agências governamentais.
Poucos países possuem a característica de incluir claramente um tempo de
resposta para as consultas feitas pelos cidadãos através de e-mails e formulários.
De acordo com o FirstGov, uma resposta será dada para todas as solicitações em
até 2 (dois) dias úteis, o que é comparável com as práticas do setor privado18.
18 http://answers.firstgov.gov/cgi-bin/gsa_ict.cfg/php/enduser/ask.php.
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Número da Página: 47 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
O modelo americano estabelecido pela Office of Management and Budget -
OMB, dos EUA, provê uma vasta base referencial de padrões, especificações e
tecnologias voltadas a permitir a definição dos componentes necessários para a
implementação da infra-estrutura de Governo Eletrônico. O modelo estruturador do
Governo Americano considera os seguintes aspectos:
• Definição dos indicadores e dos padrões de medida de desempenho, sob
as perspectivas do cidadão, de outros governos, das empresas e do
próprio governo patrocinador com base na adoção da TIC aos processos
administrativos e gerenciais;
• Definição de uma estrutura organizada que detalhe as operações de
“negócio” do governo, direcionando as funcionalidades e especificando a
infra-estrutura de suporte necessária;
• Definição e classificação dos componentes de serviço de maneira a
permitir o seu reuso, propiciando a criação de uma base estruturada de
funcionalidades aplicáveis dentro e fora do governo;
• Definição dos padrões, especificações e tecnologias empregadas no
suporte ao desenvolvimento, entrega e troca dos componentes de serviços
de “negócio”.
O modelo estruturador é composto por 4 (quatro) camadas, que estruturam e
ordenam os componentes dos serviços a serem ofertados:
• Camada Referencial de Acompanhamento de Desempenho;
• Camada Referencial de Negócios;
• Camada Referencial de Componentes de Serviços;
• Camada Referencial de Tecnologia.
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Número da Página: 48 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
8.4. Inglaterra (Reino Unido)
O Governo do Reino Unido desenvolveu uma estrutura de Governo Eletrônico
que busca, na tecnologia, permitir que os diferentes órgãos do governo se
comuniquem mais rapidamente e de maneira inovadora. Os sistemas de informação
são cada dia mais parte do relacionamento Estado-Cidadão, tornando-se fatores de
avaliação da capacidade com que o Governo atende as necessidades desta
Sociedade.
No Reino Unido, o Gabinete Oficial do Governo tem como objetivo fazer com
que o governo seja mais eficiente, trabalhando juntamente com os Escritórios do
Tesouro e do Primeiro Ministro, na coordenação das políticas e das ações
governamentais para busca da melhoraria da entrega dos serviços públicos,
desenvolvendo a capacidade dos departamentos no cumprimento de sua missão
institucional, e ainda divulgando padrões que assegurem práticas de boa
governança.
Dentre muitas atribuições, o Gabinete tem a responsabilidade, por meio da
Unidade de Governo Eletrônico – e-Government Unit, de trabalhar junto aos demais
departamentos do governo na busca da maximização dos investimentos e redução
dos gastos, na melhora da entrega de serviços públicos por meio da disponibilização
de serviços eletrônicos aderentes às necessidades do cidadão.
Esta unidade tem como principais responsabilidades:
• Definir políticas e planos para as iniciativas de TIC dentro do governo;
• Prover políticas, padrões, governança, referências para TIC no governo;
• Prover aplicações do uso de alta tecnologia, criando oportunidades de
fazer uso de TIC como instrumento de eficiência na entrega dos serviços;
• Em parceria com o Office of Government Commerce – OGC, monitorar os
grandes projetos de TIC no governo;
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 49 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
• Liderar as ações dentro do governo com relação ao desenvolvimento dos
profissionais envolvidos diretamente com as iniciativas de TIC;
• Identificar e socializar junto aos diferentes departamentos do governo as
tendências, as oportunidades, os riscos e as ameaças que as novas
tecnologias possam trazer no cumprimento do papel do Governo;
• Em parceria com o OGC gerenciar a relação do governo com os
fornecedores de serviços e componentes de TIC.
Conforme relatado por Pascale (2005), de setembro de 1999 a abril de 2004,
o órgão responsável pelo programa de Governo Eletrônico no Reino Unido era o
Office of the e-Envoy (OeE), criado para liderar e estabelecer as políticas da área de
TIC no âmbito da administração pública.
Em 2004 o Office of e-Government foi criado para substituir o OeE. O objetivo
do novo órgão era implementar a reforma do serviço público proposta pelo
Primeiro-Ministro Tony Blair, representando uma evolução no papel desempenhado
pelo OeE. O foco passou a ser garantir que a TIC apoiasse a transformação do
governo para que efetivamente prestasse um serviço público melhor e mais
eficiente.
Na mesma data da criação do Office of e-Government, a Secretaria de
Indústria e Comércio anunciou planos para apoiar o Painel de Inclusão Digital,
liderado pelo setor privado. Tal painel deveria orientar a indústria e o governo sobre
como atingir os cidadãos que ainda não são usuários dos serviços on-line. Foram
destacados 5 (cinco) princípios para nortear o futuro da prestação de serviços
públicos:
• Construção de serviços focados no cidadão;
• Migração para prestação de serviços por meio da Internet;
• Diminuição de custos de prestação de serviços;
• Uso da tecnologia para liberar os servidores do balcão de atendimento;
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
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• Maior automatização e integração das funções de back-office.
A Unidade de Governo Eletrônico se subordina ao Cabinet Office. Este órgão
coordena as políticas e a estratégia para todos os departamentos governamentais.
Seu objetivo é promover maior efetividade do governo ao assumir o papel de centro
de decisão. Trabalha em estreita colaboração com o Tesouro e com o Gabinete do
Primeiro Ministro a fim de executar as seguintes funções:
• Apoiar o Primeiro Ministro na liderança do Governo;
• Estabelecer a coordenação das políticas e das operações em todo o
governo;
• Promover o fornecimento de serviços e aumentar a capacidade dos
serviços públicos;
• Estabelecer padrões que garantam a boa governança, e sejam aderentes
aos códigos ministeriais e do serviço civil.
O Cabinet Office é composto por 3 (três) ministros, que fornecem liderança
estratégica para o órgão e coordenam a estratégia e as políticas de Governo. Além
dos 3 (três) ministros, conta com um grupo de servidores graduados, dentre eles, o
Coordenador da Segurança e Inteligência e o Secretário Permanente das
Comunicações Governamentais. Está organizado em comitês que lidam com
assuntos políticos relevantes, que envolvam mais de um órgão de governo,
resolvendo eventuais disputas e impasses.
O novo órgão, a Unidade de Governo Eletrônico, que incorporou a maioria
dos técnicos alocados no OeE, tem entre suas responsabilidades:
• Cumprir as metas já existentes para os serviços eletrônicos;
• Definir e implementar a estratégia de TIC que apóie a reforma do setor
público em todo o Governo;
• Definir a arquitetura, os requisitos e os padrões para infra-estrutura e
serviços de e-Gov. Para colocar esses princípios em prática, o novo órgão
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 51 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
trabalha em estreita colaboração com o Office of Government Commerce
(OGC), para promover, principalmente, o gerenciamento, a entrega e o
desempenho dos projetos de TIC do governo.
Em dezembro de 2003, o OGC disponibilizou uma série de novas diretrizes
para ajudar os departamentos de governo a melhorar sua estratégia para aquisições
de TIC e aumentar suas chances de sucesso nos projetos de tecnologia. Essas
diretrizes foram organizadas no documento Decision Map and Guidance for IT
Projects, que fornece um tutorial para os gerentes de projetos.
Essa orientação foi idealizada para ajudar os departamentos a decidir sobre a
melhor estratégia para suas compras de TIC, fornecendo, inclusive, modelos de
contratos que podem ser adotados pelos órgãos.
A Unidade de Governo Eletrônico é responsável por liderar o trabalho do
Directgov, portal de governo voltado ao cidadão, lançado em 2004 e construído com
foco nas necessidades da população e não na estrutura do governo.
A Unidade de Governo Eletrônico trabalha com os órgãos de governo para
que promovam economia nos custos e aumentem a prestação dos serviços públicos,
por meio da agregação desses serviços a partir das necessidades do cidadão.
As responsabilidades da Unidade de Governo Eletrônico incluem:
• Estratégia – desenvolver a política e planejamento de TIC no âmbito do
governo;
• Arquitetura – estabelecer políticas, projetos, padrões, governança,
conselhos e orientações para o Governo Central nos assuntos
relacionados à TIC;
• Inovação – fornecer alto nível de aconselhamento aos órgãos de governo
sobre oportunidades de inovação que contribuam para o aumento da
eficiência;
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• Financiamento de TIC – monitorar, em parceria com o Office of
Government Commerce (OGC), os projetos prioritários de Governo e
aconselhar as decisões relativas a investimento;
• Recursos Humanos de TIC – coordenar o segmento de profissionais de
TIC do Governo e liderar seu programa de capacitação;
• Pesquisa – identificar e comunicar tendências tecnológicas importantes,
oportunidades, ameaças e riscos para o governo;
• Gerenciamento de Fornecedores – coordenar de forma eficiente o
relacionamento do governo com os seus fornecedores.
A equipe alocada na Unidade de Governo Eletrônico funciona como uma força
tarefa que deve auxiliar o setor público nos seus projetos de TIC sempre que
necessário. Além de trabalhar em projetos específicos, essa equipe também presta
consultoria a departamentos e ministérios do governo, avaliando a viabilidade dos
projetos num estágio prévio à sua aprovação. Esse tipo de ação tem por objetivo
prevenir rumos indesejados ou projetos fracassados no âmbito do governo.
Como mais uma medida para aumentar o sucesso dos projetos de TIC do
Governo Britânico, foi criado um conselho de CIO’s que, entre outras coisas, deverá
melhorar a imagem dos projetos de TIC do governo perante o parlamento e o público
em geral. Vários órgãos de governo tiveram sérios problemas com TIC durante o
ano de 2004, o que fez com que o parlamento exigisse mais transparência no
gerenciamento dos projetos de Governo Eletrônico.
Esse conselho conta com a participação de 30 (trinta) CIO’s do Governo
Central, autoridades locais e outras agências públicas, como o Serviço Nacional de
Saúde - NHS, e deverá promover o papel dos CIO’s no setor público.
O Reino Unido tem por prática divulgar indicadores que medem o
desempenho do programa de Governo Eletrônico. Para tanto, produz regularmente
um relatório sobre a prestação de serviços eletrônicos, no qual são apresentados os
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
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serviços voltados aos cidadãos ou às empresas que estarão disponíveis por meio
eletrônico até o prazo final determinado pelo governo para concluir essa tarefa.
A meta do Reino Unido, segundo informava o relatório “Information age
government: benchmarking electronic service delivery” (UK, Julho, 2000), era ter
100% dos serviços em meio eletrônico até 2005.
No endereço http://www.govtalk.gov.uk/, sítio do GovTalk, pode-se encontrar
informações sobre as políticas adotadas para Governo Eletrônico no Reino Unido e
fórum de discussão sobre o tema.
Como nos outros governos centrados no cidadão, o Reino Unido tem o seu
modelo de Governo Eletrônico baseado nos seguintes princípios:
• Construir os serviços a partir das necessidades dos cidadãos;
• Fazer com que o governo e seus serviços sejam mais acessíveis pela
Sociedade;
• Promover a inclusão social;
• Fazer melhor uso da informação.
Para que isto fosse possível, o programa de Governo Eletrônico no Reino
Unido entende:
• Que os cidadãos querem interagir com os governos com seus próprios
termos e linguajar. Querem serviços de qualidade elevada, acessíveis,
convenientes e seguros. O cidadão não deve precisar compreender como
o governo está organizado, ou saber o papel dos Departamentos ou
Agências, se os serviços são prestados pelo governo central ou local;
• O governo deve ter em mente que todo serviço que pode ser ofertado
eletronicamente deve fazer uso de canais digitais. A estratégia é compor
um leque de opções de soluções que possam ser ofertadas pela Internet,
ou mesmo pelos telefones móveis, televisão digital e através dos Centros
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
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de Atendimento. Nada deve estar restrito a um único canal, pois se corre o
risco de manter a exclusão que tem marcado muitos projetos;
• Os novos serviços devem ser desenvolvidos de modo a estarem
disponíveis a todos e de maneira fácil de serem utilizados. A televisão
digital e os telefones móveis tornar-se-ão cada vez mais importantes como
meios de acessar serviços hoje disponíveis apenas na Internet. O governo
deve estar comprometido a fazê-lo mais fácil para que todos tenham
acesso, individualmente ou por meio de comunidades. O telefone
continuará a ser o meio preferido para acesso aos serviços públicos, o que
aponta para a necessidade de se desenvolverem os Centros de
Atendimento, com ferramentas para acesso às redes de informação,
operado por pessoal qualificado. Os sistemas de informação passarão a
ser a base de sustentação para o trabalho daqueles que têm a contato
direto com o com o público usuário;
• O conhecimento e a informação passarão a ser a cada dia recursos
valiosos para a operação do governo. Na essência deste movimento está a
necessidade para o setor público fazer o melhor uso deles. Implementar a
estratégia requer que as organizações adotem políticas de informação
coerentes e compatíveis com os níveis de serviço requeridos pela
sociedade.
A Figura 4 apresenta o modelo de Governo Eletrônico no Reino Unido.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
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Cidadão e Empresas -- Serviços
Parceiros
Canais de Acesso
TelefoneCelular
TVDigital
Quiosque ComputadorPessoal
AcessoPúblico
Lojas deAtendimento
Intranet
Informações do Governo Central
Informações do Governo Local
PortaisPortais
-- Acessos
-- Componentesde Serviços
-- Interoperabilidade
Figura 4 – Modelo e-Gov do Reino Unido
8.5. Austrália
A Austrália, através Departamento de Finanças e Administração, legisla,
regulamenta, garante, e incentiva a indústria e a comunidade no uso dos diferentes
instrumentos para a disseminação dos recursos de TIC na prestação dos serviços
públicos.
Tem como principal agência o Escritório de Gerenciamento da Informação do
Governo da Austrália19, uma estrutura multidisciplinar, com a missão de:
• Facilitar a criação de um ambiente tecnológico no âmbito do governo,
direcionando as ações de cada agência, ou órgão da administração
federal, no emprego de TIC na prestação dos serviços à sociedade;
• Promover a colaboração entre as agências, integrando soluções e
interagindo de modo a criar um ambiente de serviços completo;
• Encorajar a colaboração entre as agências visando a adoção de padrões,
alinhamento dos investimentos, práticas ligadas à segurança, à
19 http://www.agimo.gov.au.
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Número da Página: 56 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
privacidade, ao compartilhamento dos recursos de TIC e propriedade
intelectual, de modo a garantir benefícios através das agências que
formam o governo, em detrimento a benefícios individuais.
O Governo da Austrália reconhece que a entrega de serviços centrados no
cidadão é a chave do sucesso de programas de Governo Eletrônico. Ao invés de
requerer que os cidadãos compreendam e interajam com os complexos
relacionamentos entre Agências de Governo, o Modelo Centrado no Cidadão o
coloca no centro das ações do governo, fornecendo uma única relação para que os
cidadãos alcancem todo, ou grande parte, dos serviços de governo, conforme se
observa nas ilustrações a seguir.
O programa, iniciado em 1998 com o fornecimento de informações e tendo
progredido para o estágio atual de ser um provedor de serviços complexos para o
cidadão de serviços de Governo Eletrônico, baseia sua estrutura nos eventos do
cidadão quando inseridos na comunidade Australiana, entendo suas necessidades
no decorrer de sua vida.
À medida que os serviços se expandem e atingem uma maior quantidade de
pessoas, muitas das agências optaram por prestar seus serviços por meio de
intermediários e organizações da comunidade (terceiro setor). Com isto, o modelo
Australiano incorporou a visão moderna de gestão de recursos de TIC, focando suas
atividades na definição dos serviços e níveis de atendimento, repassando a terceiros
a tarefa de transacionar e efetivamente entregá-los ao cidadão.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 57 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Cidadão
Agências Agências Agências
Canais Canais Canais
O Cidadão precisa conhecer e responder àtoda a complexidade do Governo
Figura 5 – Modelo Centrado no Governo
Agências
Agências
Agências
Agências
O Cidadão vê apenas um canal de acesso, abstendo-se da complexidade da estrutura do
Governo.
CidadãoIntegração
Interface
Figura 6 – Modelo Centrado no Cidadão
O modelo do Governo Eletrônico da Austrália apóia-se nos seguintes pilares:
• Governança: alinhada ao conceito de ciclo de vida, é fator critico para
permitir que o governo foque suas iniciativas no desenvolvimento de
soluções focadas no cidadão, partindo da premissa de compartilhamento
dos recursos do estado de maneira a focar todos os esforços, dos sistemas
de informação, infra-estrutura, referências e pessoas no cumprimento da
missão do governo;
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Número da Página: 58 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
• Integração de arquitetura de serviços: com ênfase na interoperabilidade
dos diferentes sistemas, integração dos serviços, garantia de comunicação
entre os sistemas legados e aqueles implementados sob a nova visão,
flexibilidade e agilidade para responder as novas demandas e a difusão do
conceito de reuso ao invés da reinvenção;
• Gestão integrada dos recursos financeiros: garantindo que as diferentes
agências que compõem o governo, compartilhem os recursos de modo a
criar soluções que atenda as necessidades de prestação de serviços de
todo o governo, não somente as questões individuais de cada agência;
• Ciclo de vida dos programas que compõem o Governo Eletrônico:
incorporando ao estado a visão de produto, cumprindo as fases de
definição, aprovação, desenho, construção, implementação e suporte;
• Análise de Impacto e Alcance: todo programa deve conhecer, antes de seu
lançamento, o valor que trará ao programa de Governo Eletrônico,
avaliando cada iniciativa quanto:
o Ao número de pessoas que terão acesso, farão uso e serão atingidos
pelo programa;
o Escala de impacto do programa do ponto de vista financeiro,
econômico e social;
o A abrangência do programa, seja ofertado por uma única agência, ou
por múltiplas agências ou jurisdições (níveis de governo).
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Número da Página: 59 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Ensino Fundamental
Vacinação
IPTU
5
4
3
2
1
54321Índice do impacto econômico e social do programa de Governo Eletrônico
Índi
ce d
o al
canc
e do
pro
gram
a de
Gov
erno
Ele
trôn
ico
Menor benefício econômico e social àuma grande parcela
da população
Menor benefício econômico e social àuma pequena parcela
da população
Significante benefício econômico e social àuma pequena parcela
da população
Significante benefício econômico e social àuma grande parcela
da população
ComprasEletrônica
Programas de ação individuais das agências
Programas de ação entre agências
Programas de ação de Governo, envolvendo diferentes agências e jurisdições.
Tabela 6 – Princípios Orientadores de Projetos de Governo Eletrônico
8.6. Brasil (Governo Federal)20
A coordenação do Governo Eletrônico Federal Brasileiro é feita por um comitê
interministerial integrado pelos secretários executivos (ou cargos equivalentes de
segundo escalão, subordinados aos ministros), denominado Comitê Executivo de
Governo Eletrônico – CEGE, presidido pelo Chefe da Casa Civil da Presidência da
República. Compete a este Comitê:
• Definir estratégias e coordenar projetos de TIC no âmbito do Governo
Eletrônico;
• Definir diretrizes e metas para oferta de serviços e informações por meio
eletrônico;
20 Este tópico é extraído/adaptado de (Pinto e Fernandes, 2005), trabalho apresentado no CLAD (Outubro de 2005) em Santiago, Chile.
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• Definir padrões para prestação de serviços e gestão de infra-estrutura de
TIC;
• Definir diretrizes e parâmetros para o planejamento de TIC pelos
ministérios, inclusive para a elaboração do orçamento;
• Coordenar medidas de racionalização de gastos e controle de recursos em
TIC.
A Secretaria Executiva do CEGE é exercida pela Secretaria de Logística e
Tecnologia da Informação – SLTI, do Ministério de Orçamento, Planejamento e
Gestão, sendo o seu dirigente – secretário de Logística e Tecnologia da Informação
– o secretário executivo do Comitê. Nesta função, suas atribuições são:
• Elaborar relatório das atividades do CEGE, a ser encaminhada ao
presidente da República, com periodicidade semestral;
• Propor a constituição de grupos de trabalho e supervisionar tecnicamente
seus trabalhos;
• Propor e coordenar a realização de seminários e eventos;
• Propor e supervisionar tecnicamente a elaboração de estudos,
diagnósticos e outros documentos.
O papel de liderança exercido pela SLTI é decorrente das suas atribuições
como órgão responsável no plano técnico e operacional da política de informática e
informações na administração federal e pela coordenação do sistema que articula
essas atividades de forma matricial abrangendo o conjunto de entidades da
administração federal.
O CEGE foi criado por decreto presidencial em 18 de outubro de 2000, e na
mudança de governo o mesmo modelo prevaleceu. Em 2003, foram criados 8
Comitês Técnicos de Governo Eletrônico, substituindo os cinco grupos de trabalho
do governo anterior. Os Comitês Técnicos são integrados por representantes dos
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Número da Página: 61 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
órgãos e entidades da administração pública federal e atuam da coordenação e
articulação do planejamento e implementação de projetos nas suas respectivas
áreas:
• Implementação de software livre;
• Inclusão digital;
• Integração de sistemas;
• Sistemas legados e licenças de software;
• Gestão de sítios e serviços on-line;
• Infra-estrutura de rede;
• Relações governo para governo - G2G;
• Gestão de conhecimento e informação estratégica.
A SLTI coordena todos os comitês, à exceção de Software Livre (coordenado
pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI) e de Gestão de
Conhecimento e Informação Estratégica (coordenado pelo Ministério das Relações
Exteriores - MRE).
A implementação do Governo Eletrônico na Esfera Federal Brasileira
compreende o seguinte conjunto de projetos e ações:
• Projetos voltados para a oferta de serviços ao cidadão em meio eletrônico,
onde a criação de portais integradores de serviços e informações tem sido
a principal iniciativa;
• Expansão e melhoria da infra-estrutura de redes de comunicação,
destacando-se a constituição da infovia Brasil21;
• Convergência e integração entre os sistemas e bases de dados, com
destaque para o projeto e-ping – a definição de padrões de
interoperabilidade para sistemas e equipamentos de informática;
21 Rede de alto desempenho para uso exclusivo da administração pública federal.
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Número da Página: 62 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
• Construção do marco legal e normativo para as transações eletrônicas.
Existem, ainda, iniciativas e programas transversais que abrangem o conjunto
da administração pública e estão voltados para agendas que guardam relevante
afinidade com o programa de Governo Eletrônico: inclusão digital (Coordenado pela
SLTI/MPOG); universalização dos serviços de telecomunicações (MC – Ministério
das Comunicações); certificação digital (coordenado pelo ITI – Instituto Nacional de
Tecnologia da Informação); compras eletrônicas governamentais (SLTI/MPOG);
cartão magnético (comitê técnico interministerial de Governo Eletrônico); comércio
eletrônico (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
Outros projetos podem ser denominados como setoriais, pela sua autonomia
e pela estrutura organizacional e inserção institucional específica. Apesar da
dificuldade e complexidade da integração destes programas com o de Governo
Eletrônico, são responsáveis pelos resultados de maior impacto alcançados pela
administração federal brasileira na área de Governo Eletrônico. São eles: a
informatização das escolas (Ministério da Educação); informatização da Previdência
Social (Dataprev e INSS) e a informatização da arrecadação de tributos (Ministério
da Fazenda e Serpro).
8.7. Estado do Paraná
Em setembro de 2000, iniciou-se no Estado do Paraná o projeto de Governo
Eletrônico, que hoje tem enfoque em22:
• Ampliar a prestação de serviços por meio eletrônicos;
• Disponibilizar locais públicos de acesso ao Governo Eletrônico;
• Aproximar o cidadão paranaense do uso de novas tecnologias.
As características do projeto são:
• Foco no cidadão; 22 http://www.pr.gov.br/e-parana/ em 01/12/2005.
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Número da Página: 63 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
• Todos os serviços em um único portal;
• Redução de custos para a administração pública;
• Economia para o cidadão;
• Transparência na administração pública;
• Maior qualidade nos serviços;
• Democratização do acesso à informação e ao serviço público;
• Privacidade das informações do cidadão.
O e-Projeto de Governo Eletrônico originou-se de um contexto favorável, que
visava ampliar as ações tradicionalmente dirigidas à automação de processos
internos do governo, típica da informática pública brasileira. A presença precoce do
Paraná na Web, a existência de infra-estrutura de comunicação do governo, o
histórico de cooperação na construção de um site de serviços públicos e muitos
processos informatizados, foram antecedentes que contribuíram para a criação do
ambiente que facilitou a implementação do Governo Eletrônico no Estado. Em março
de 2001, o projeto foi formalizado, com a assinatura de decreto pelo governador do
Estado e publicação do portal de serviços do governo do Estado que incorporou a
página institucional do governo23 e o local eletrônico de prestação de serviços
estaduais - a Rede Cidadão24.
No texto do decreto que criava o “Sistema Governamental de Serviços
Eletrônicos”, denominado e-Paraná, afirmava-se que, através da tecnologia da
informação, o projeto visava aprimorar a qualidade dos serviços da administração
pública, especialmente no tocante à maior eficiência, publicidade, legalidade,
impessoalidade e finalidade, bem como ampliar o acesso da população a tais
serviços. A gestão do e-Paraná ficou a cargo de um comitê executivo, do qual faziam
parte alguns Secretários de Estado, os diretores gerais de todas as secretarias, o
Ouvidor Geral e os Diretores Presidente e Técnico da Celepar – Companhia de
23 http://www.pr.gov.br 24 http://www.redecidadao.pr.gov.br
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Número da Página: 64 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Informática do Paraná. A Celepar foi designada como secretaria executiva, cabendo-
lhe prover o apoio técnico administrativo necessário ao funcionamento do comitê e
do projeto. Ao comitê executivo competia a coordenação e regulamentação das
atividades compreendendo as funções de:
• Estabelecer diretrizes e propor projetos e novos serviços;
• Definir padrões de qualidade do atendimento aos usuários em geral;
• Regulamentar a obrigatoriedade de oferta de informações e serviços
eletrônicos;
• Propor melhorias e ações correlatas, incluindo as relacionadas à ampliação
de acesso da população aos serviços do e-Paraná.
Em 2004, novo decreto governamental alterou a composição do Comitê
Executivo, que é agora composto pelo Chefe da Casa Civil; pelos secretários de
Estado da Administração e da Previdência; Especial para Assuntos Estratégicos; o
Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; Comunicação
Social; Planejamento e Coordenação Geral; Especial de Corregedoria e Ouvidoria
Geral; o Presidente e o Diretor Técnico da Companhia de Informática do Paraná -
CELEPAR; e todos os Diretores Gerais das Secretarias de Estado.
Para que os objetivos principais pudessem ser alcançados (ampliação dos
serviços prestados por meios eletrônicos, acesso, e aproximar o cidadão do uso das
novas tecnologias), foram estabelecidos no âmbito do projeto ainda os objetivos de
implementação de infra-estrutura, de estratégia de comunicação e o que se chamou
de “camada geral”, que continha o projeto do portal, mecanismos de comunicação e
coordenação, normas e padrões, atribuição de responsabilidade pela atualização de
conteúdo nos diversos órgãos e secretarias, e outros.
O objetivo de ampliação dos serviços eletrônicos redundou na formação de
um grupo de trabalho multi-secretarias, que contou com a participação de outros
poderes. Após o lançamento do e-Paraná, foram sendo agregados ao portal serviços
voltados à Administração Pública, ao relacionamento do governo com outras esferas
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 65 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
de poder (Municípios do Paraná, assuntos econômicos e municipais, Prefeituras e
Câmaras Municipais e Tribunal de Contas); ao relacionamento de empresas com o
governo e ao relacionamento do governo com o cidadão.
Foram criados pontos públicos de acesso aos serviços eletrônicos em vários
órgãos e secretarias. Foi definido que deveriam ser estabelecidas parcerias com
empresas, com outras esferas governamentais (governo federal e municípios) com
escolas e universidades no sentido de fazer conhecidos os serviços estaduais e
ampliar o número de pontos de acesso da população.
Foram estabelecidas ações de alfabetização digital, tais como projetos de
treinamento interno (servidores públicos e o aumento do escopo do programa
Celepar na Comunidade, um programa dos funcionários da companhia de
informática do Estado, voluntário, para incentivar o primeiro contato com a Internet).
O governo Requião, eleito em 2002, trabalha na criação dos Telecentros
Paranavegar25, espaços públicos e gratuitos de utilização de computadores ligados à
internet, destinados especialmente àquelas parcelas da comunidade local que não
têm contato com as tecnologias da informação no trabalho ou na escola. Para a
concretização destes espaços, o Governo procura parceria com as Prefeituras
municipais, empresas privadas e terceiro setor. São consideradas prioritárias para as
ações deste Programa as cidades de menor Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal - IDH-M, do Paraná. Para o Governo do Estado do Paraná, o Programa de
Telecentros Paranavegar é uma estratégia de justiça social, usando a inclusão digital
como instrumento para o desenvolvimento local e regional, pois as comunidades,
adquirindo as habilidades advindas da TIC, recuperam cidadania e dignidade,
melhorando seu conhecimento e renda, incidindo positivamente sobre o IDH
municipal26.
25 Ver http://www3.pr.gov.br/e-parana/atp/telecentro/. 26 Descrição do programa dos telecentros Paranavegar - disponível em http://www3.pr.gov.br/e-parana/atp/telecentro/pdf/programa_telecentro.pdf.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 66 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Durante o período de implantação do projeto foram estabelecidos projetos de
revisão/ampliação de infra-estrutura de hardware, software e de comunicação do
Paraná. Foram estabelecidos mecanismos de segurança conforme os requisitos das
aplicações que estavam sendo colocadas na Internet. Foi reestruturado o
desenvolvimento de sistemas para dar suporte ao funcionamento do portal e à
ampliação da demanda por sistemas na Web. Foram desenvolvidas e incorporadas
ao portal e disponibilizadas ao governo novas ferramentas, como serviço de busca,
webmail, Chat, ferramentas automáticas de monitoramento de disponibilidade dos
serviços no portal. Devido à abrangência proposta, a arquitetura de hardware e
software foi sendo montada visando possibilitar a interligação das diferentes
plataformas que compunham o ambiente heterogêneo de processamento do Estado,
integrando aplicações do legado (mainframe) já existentes e mesmo uma série de
serviços na Internet anteriores ao projeto.
Experimentaram-se tecnologias que podem compor a infra-estrutura de
prestação de serviços públicos, como a tecnologia SMS - Short Message Services.
Nesta tecnologia foram desenvolvidas algumas aplicações piloto no Detran,
segurança pública e agronegócio.
A estratégia de comunicação envolveu o lançamento do projeto, mas também
ações de comunicação para assessores de imprensa dentro de todos os órgãos
governamentais, para o público interno do governo e ações de comunicação
contínua na mídia externa (rádio, jornais e televisão), material de divulgação e
promocional. Foi publicada uma página na Internet com o material do projeto,
legislação, notícias, etc., para servir de repositório das ações desenvolvidas.
Foram criados Grupos de Trabalho - GT, com representantes de várias
secretarias, à semelhança das Câmaras Técnicas do projeto federal. No caso do
Paraná, foram criados 3 (três) GT’s: Acesso e Alfabetização Digital, Serviços e
Normas e Padrões. A partir de 2003, estão em funcionamento 5 (cinco) Grupos de
Trabalho: inclusão digital, normas e padrões, pagamento eletrônico e certificação
digital, serviços e software livre.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 67 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
A participação dos técnicos das várias secretarias permite alavancar o projeto,
eles são agentes motivadores, multiplicadores e descobrem inúmeras oportunidades
da aplicação de tecnologia dentro dos seus órgãos de origem. As reuniões são
realizadas mensalmente, quando necessário quinzenalmente.
Um outro componente importante na estrutura de Governo Eletrônico, ainda
que não formalmente a ele ligada, é a Comissão dos Sistemas de Informação e
Telecomunicações do Estado - COSIT - instituída pelo decreto n°. 1604 e
regulamentada pelo decreto n°. 1605, ambos de 18/07/2003. Tem a finalidade de
integrar todos os Sistemas de Informações e Telecomunicações da Administração
Estadual, e coordenar a sua operacionalidade. A COSIT está vinculada à Secretaria
Especial para Assuntos Estratégicos - SEAE - competindo-lhe orientar, definir,
promover, coordenar e acompanhar as atividades de sistemas de tecnologias de
informação e telecomunicações, bem como estabelecer e executar a política para o
setor, no âmbito da Administração Estadual. Dentre as competências específicas da
COSIT estão a definição de diretrizes, limites e orientações para compras e
contratações ligadas à área dos Sistemas de Informação e Telecomunicações, bem
como aprovar, como condição para sua realização, as especificações técnicas de
todas as compras e contratações de serviços nessa área27.
À época da criação do e-Paraná, a visão de informatização do estado
segundo a estratégia de Governo Eletrônico serviu como orientação para a definição
de ações coordenadas da companhia de informática pública do estado.
8.8. Estado de São Paulo
Com a crescente demanda por informações, quer para os níveis hierárquicos
tomadores de decisão, quer para os demais níveis, sejam eles de média gerência ou
mesmo operacionais, os sistemas de informação tornam-se cada vez mais
27 Disponível em http://www.pr.gov.br/cosit.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 68 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
requisitados para o bom funcionamento do aparato público. Isto se torna mais
relevante num estado do porte de São Paulo, que conta com cerca de 40 milhões de
habitantes, uma população superior à de 178 países, segundo a Fundação Sistema
Estadual de Análise de Dados (Seade).
Em um esforço organizado visando a modernização da gestão pública
estadual, foi criado o programa Governo Eletrônico, que é um exemplo típico da
gestão por resultados e do governo em rede. No âmbito da administração pública
direta do Estado de São Paulo, todas as secretarias de governo têm uma rubrica
orçamentária específica para Governo Eletrônico. Estas rubricas têm atribuído um
gerente que responde para o gerente geral, lotado na Secretaria da Casa Civil.
São Paulo acompanhou a evolução histórica de implementação de serviços
públicos oferecidos à Sociedade, desde o estágio de presença em canais digitais
para o provimento apenas de informações até o estágio de transformação onde é
possível acessar serviços e realizar transações com Órgãos do Governo do Estado.
O Governo do Estado de São Paulo começou a fazer uso de canais digitais na
Internet para relacionar-se com o cidadão, em 1995, em ações isoladas de
diferentes Órgãos da Administração Pública Estadual, principalmente de empresas
públicas, que passaram a manter páginas (ou sítios) na Internet, para disponibilizar
informações para a Sociedade. Um marco nesse processo foi a instalação de uma
página na Internet chamada “Mídia Eletrônica – Negócios Públicos”, para divulgar os
editais de licitações, contratos e concursos públicos dos Órgãos da Administração
Pública Direta ou Indireta.
O processo de adoção de recursos tecnológicos por Órgão da Administração
Pública expandiu-se rapidamente e, em 1997, ultrapassou-se a fase de presença e
teve início a fase de interação, principalmente nas páginas da Secretaria da
Fazenda, construídas para oferecer aos cidadãos serviços públicos relacionados a
tributação e regularização fiscal de empresas em funcionamento no Estado.
Também nesse período, os órgãos governamentais criaram endereços eletrônicos
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 69 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
para receber reclamações, antes mesmo da criação das Ouvidorias, que só
começaram a surgir, no Estado, em 1999.
O passo seguinte foi a implantação de uma infra-estrutura tecnológica que
permitisse criar canais digitais para o acesso e entrega de serviços públicos nos
diversos níveis de relacionamento do governo do estado com a sociedade,
inaugurando a era das interações entre o governo e o cidadão, pela Internet. Essas
interações envolviam transação de valores, como o pagamento de impostos, e
compras governamentais pela Internet. Em 2000 foi inaugurada a Bolsa Eletrônica
de Compras e o Portal de Serviços do Governo do Estado, criando canais através
dos quais se tem acesso a todos os serviços públicos que já são prestados pelos
diversos Órgãos do Governo Estadual através da Internet (www.saopaulo.sp.gov.br).
Em 2002 foi lançado o serviço de Boletim de Ocorrência Eletrônico, que
permite ao cidadão registrar pela Internet queixa de vários tipos de ocorrências
policiais: perda de documentos; desaparecimento de pessoas, entre outros. São
Paulo possui hoje uma ampla gama de serviços públicos oferecidos através de
canais digitais e que proporcionam ao cidadão agilidade e conforto, além de total
liberdade de horário.
A figura 7 a seguir mostra na linha do tempo os principais eventos ligados à
história do Governo Eletrônico do Estado de São Paulo, no período de 1995 a 2004.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 70 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Figura 7 – Linha do Tempo do Governo Eletrônico em São Paulo
O Governo do Estado de São Paulo possui os 4 (quatro) sistemas de
informação que formam os principais sistemas estruturadores do estado: Sistema de
Administração Financeiro-Orçamentária, Portal Corporativo, Sistema de Arrecadação
Tributária e Portal de Compras.
O Sistema de Administração Financeiro-Orçamentária é gerido pela
Secretaria da Fazenda e começou a operar em janeiro de 1996. Este sistema é
denominado Sistema Informatizado de Administração Financeira para Estados e
Municípios (SIAFEM/SP) e foi um passo fundamental no caminho do governo em
rede no Estado de São Paulo. É derivado de um sistema desenvolvido pelo Governo
Federal (o SIAFI). O SIAFEM/SP é um sistema de informações que faz toda a
execução orçamentária (gastos) e financeira (pagamentos) do Estado, e que inclui
um banco de dados que é compartilhado por todos os demais Órgãos do Governo
do Estado de São Paulo. Todos os recursos públicos movimentados pelo Governo
do Estado de São Paulo são contabilizados pelo SIAFEM/SP; o sistema mantém o
registro dessa movimentação, para efeitos de controle pelo próprio governo, pelo
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 71 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Tribunal de Contas ou pela sociedade em geral. A implantação do SIAFEM foi uma
resposta direta ao problema do déficit orçamentário do Estado, já que permitiu um
controle muito maior de todos os gastos da administração pública.
O SIAFEM/SP alimenta outro sistema de informações responsável pelo
fornecimento de informações gerenciais, o SIGEO – Sistema de Informações
Gerenciais de Execução Orçamentária.
O SIAFEM foi constituído a partir do Sistema Integrado de Administração
Financeira do Governo Federal - SIAFI, utilizado atualmente pelos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário no âmbito do Governo Federal. São sistemas de
registros contábeis que eliminaram 25 milhões de lançamentos/ ano e 3,0 milhões de
papéis.
Como sistema complementar, mas também importante, criou-se, em 1998, o
Sistema Integrado de Informações Físico-Financeiras (SIAFÍSICO), que extrai do
SIAFEM/SP informações sobre todos os produtos comprados pelas inúmeras
repartições da administração pública; o sistema classifica os produtos e os
respectivos preços pagos; assim, permite que se conheçam valores de referência
para compras posteriores. Conhecidos esses valores de referência, os controles
internos têm meios para impedir que o Governo pague preços superiores aos já
pagos por produtos idênticos, e podem bloquear pagamentos. O SIAFÍSICO também
possibilitou a criação de um Portal de Compras para o Governo do Estado. Esse
portal foi inaugurado em 2000 e denomina-se Bolsa Eletrônica de Compras - BEC.
Consiste de um pregão feito pela Internet, para negociações automáticas de
produtos – até o valor de R$ 80 mil, entre órgãos do governo do estado
(compradores) e o setor privado (fornecedores). Obedece aos princípios de leilão
reverso, onde o vencedor é aquele que oferecer o menor preço.
Na BEC, o Governo fixa, para cada leilão, o preço máximo que está disposto
a pagar, calculado a partir do valor de referência extraído do sistema de informação
SIAFÍSICO. Esse preço máximo fixado não é conhecido pelas empresas
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 72 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
concorrentes, o que permite que, em muitos casos, o Governo pague ainda menos,
numa determinada compra, do que o valor inicialmente fixado. O Governo estuda a
fórmula legal para obrigar que todos os Órgãos da Administração Pública Direta
estadual realizem compras através da BEC. Todo o processo de compras realizadas
através da BEC é fiscalizado pela Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) e
pode ser acompanhado na página www.fazenda.sp.gov.br/bec.
Gerido também pela Secretaria da Fazenda, o Sistema Integrado da
Administração Tributária (SIAT) é um conjunto de sistemas de informações
orientados para realizar o ciclo completo da arrecadação tributária. O instrumento
que atende diretamente ao contribuinte – ou seja, a “agência tributária virtual”, via
Internet –, é chamado Posto Fiscal Eletrônico; nele, é possível realizar praticamente
todas as operações fiscais entre os contribuintes e o Estado.
Gerido pela Casa Civil, o governo do estado implantou, em 1996, o Sistema
Estratégico de Informações (SEI), com a finalidade inicial de interligar com rapidez
toda a cúpula do governo e prover informações estratégicas para os gestores
públicos. Este sistema surgiu em resposta à necessidade de sistematizar as
inúmeras informações gerenciais e estratégicas do governo. O SEI transformou-se
em um Portal Corporativo e é composto por mais de 60 sistemas aplicativos,
funciona em rede Intranet e está disponível para quase toda a Administração Pública
do Estado. Por meio desse Portal Corporativo, o governador e seus principais
assessores podem conferir em tempo real o andamento de uma infinidade de ações
do estado que envolva arrecadação, gastos, planejamento, obras e convênios,
dentre inúmeras outras. O maior benefício deste sistema é possibilitar um melhor
gerenciamento administrativo; criar condições para que haja contínuo diagnóstico da
execução do Plano de Governo; permitir melhor controle sobre gastos; e facilitar os
procedimentos para gerenciar resultados. Pode ser considerado como uma rede
informatizada que interliga o Governador e todo o nível executivo da administração
pública estadual (secretários, secretários adjuntos, chefes de gabinete, dirigentes de
empresas/ órgãos e assessores). Como solução tecnológica, caracteriza-se por um
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
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conjunto de ferramentas de TI para trabalho em grupo, constituindo-se num
groupware28. Permite cobrança de resultados e um diagnóstico contínuo da
execução do Plano de Governo.
Para uma gestão voltada a atender aos anseios da sociedade e alinhado à
visão do governo de que o uso intensivo da TIC é que cada vez mais é fundamental
para que os órgãos e poderes do estado integrem seus sistemas informatizados,
seus bancos de dados e que possam compartilhar o uso destas modernas
ferramentas, foi criado o Comitê de Qualidade da Gestão Pública, através do decreto
n°. 47.836 de 28 de maio de 2003.
O Comitê de Qualidade da Gestão Pública – CQGP, instituído em maio de
2003 (decreto n°. 47.836 de 27 de maio de 2003), tem entre outras, a atribuição de
formulação, proposição e implementação de diretrizes voltadas à elevação do nível
de eficiência e eficácia da Administração Pública Estadual mediante a evolução do
uso da TIC. Portanto, o CQGP é um órgão colegiado voltado para a formulação,
proposição e implementação de diretrizes referentes a:
• Elevação do nível de eficiência e eficácia da administração pública;
• Políticas de recursos humanos, suprimentos, atividades administrativas,
aquisições, contratações e terceirizações;
• Normas gerais relacionadas com o ambiente Internet e o Programa Acessa
São Paulo;
• Implementação de padrões e indicadores de qualidade para os serviços
públicos;
• Valorização no uso da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC);
• Fortalecimento do poder de compra do estado.
28 Groupware representa “uma família de aplicações baseadas em computador, que dá suporte a grupos de pessoas, engajadas em uma tarefa comum e que provê uma interface para compartilhar o ambiente, especialmente ao nível de comunicação, colaboração e suporte à decisão” (Ellis, et al., 1991).
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Número da Página: 74 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
O sítio na internet para divulgação de programas e projetos do CQGP está no
endereço www.cqgp.sp.gov.br.
A criação deste comitê foi motivada pela utilização intensiva da TIC no
governo. Tem por fundamento que, cada vez mais, é essencial que todos os órgãos
e poderes do estado integrem seus sistemas informatizados, seus bancos de dados
e que possam compartilhar o uso destas modernas ferramentas. É um colegiado que
conta para o exercício de suas atividades com o apoio de um Núcleo Técnico e um
Grupo Executivo de Tecnologia de Informação e Comunicação. O Núcleo Técnico é
formado por consultores originários de distintas entidades de governo e por técnicos
da PRODESP – Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo,
sediados no Palácio dos Bandeirantes e na FUNDAP – Fundação do
Desenvolvimento Administrativo. Dentre as atividades deste corpo funcional,
encontra-se a de atuar como facilitadores junto a todas as secretarias do Estado de
São Paulo, bem como aos poderes legislativo e judiciário, objetivando a
alavancagem de projetos inovadores.
O GETIC - Grupo Executivo de Tecnologia de Informação e Comunicação é
formado por técnicos especializados na gestão de recursos tecnológicos e
informações estratégicas de governo, que se encontram distribuídas por todas as
Secretarias de Estado e por algumas outras entidades públicas escolhidas. Cabe a
esse grupo estudar e promover a implementação das melhores práticas de gestão
vinculadas à tecnologia, bem como articular os projetos de tecnologia levados
avante nos diversos órgãos, de modo a aumentar a sinergia destas ações e melhor
vinculá-las às prioridades de governo.
Esses mesmos técnicos coordenam em cada uma das secretarias às quais se
encontram vinculados, um GSTIC - Grupo Setorial de Tecnologia de Informação e
Comunicação, que conta com a participação de especialistas representantes de
todos os órgãos vinculados àquela particular secretaria. Este fórum tem por
finalidade verticalizar as estratégias definidas no colegiado superior, o GETIC, bem
como integrar os esforços de modernização levados avante em cada secretaria.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 75 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
O manejo de todas as informações vinculadas às ações de tecnologia levadas
avante por esse corpo funcional é feito por meio da Internet, utilizando um sistema
especialmente desenhado para este fim, o SIGET – Sistema de Gestão da
Tecnologia de Informação e Comunicação, que tem como objetivos prioritários:
• Aprimorar as relações internas da administração e desta e com a
Sociedade;
• Contribuir para a capacitação dos recursos humanos (técnicos e usuários)
atuantes no segmento de TIC;
• Contribuir para a busca das melhores práticas quanto ao uso dos recursos
de TIC.
Na figura 8, abaixo, vê-se a estrutura do comitê responsável pela gestão da
estratégia de modernização do estado.
Comitê de Qualidade de Gestão Pública
Casa Civil – Planejamento – Fazenda – PGE – Assessores Especiais do Governador
GSTIC – Grupo Setorial de TIC
PRODESP
FUNDAP
Projetos EspeciaisGrupos
Técnicos
Núcleo de Apoio
Coordenação do S.E.I.Unidade de Gestão Estratégica
GETIC – Grupo Executivo
Imprensa Oficial
Figura 8 – Estrutura do Comitê de Qualidade de Gestão Pública do Estado de São Paulo29
No plano plurianual de governo, PPA2004/200730, visando dar uma melhor
identificação e futuro gerenciamento nas aplicações de recursos em TIC, o governo
do estado criou 4 (quatro) subdivisões no orçamento: 29 CQGP – estrutura http://www.cqgp.sp.gov.br/index.htm
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Número da Página: 76 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
• Governo Eletrônico 1 – Infra-estrutura - Ampliação e melhoria de recursos
de Hardware, Software e Telecomunicações;
• Governo Eletrônico 2 – Transações Internas - Desenvolvimento e
integração de Processos e Sistemas de Informação Intersetoriais;
• Governo Eletrônico 3 – Transações com a Sociedade - Expansão da oferta
de serviços eletrônicos à Sociedade (governo-cidadão, governo-
fornecedores, governo-outras esferas);
• Governo Eletrônico 4 – Inclusão Digital - Capacitação de cidadãos ao uso
de recursos da Tecnologia de Informação e Comunicação.
Está previsto para o quadriênio 2004 ~ 2007 investimentos da ordem de R$ 2
bilhões para projetos de TIC no Estado de São Paulo, visando aprimorar o governo
na sua gestão interna e no seu relacionamento com a sociedade.
A figura 9 ilustra a forma de atuação do Comitê de Qualidade da Gestão
Pública – CQGP.
Figura 9 – Estrutura Funcional do CQGP (Fonte: Lopes, 2004)31
30 PPA – Plano Plurianual (quadriênio 2004-2007). 31 PRODESP – Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo. COETEL – Conselho Estadual de Telecomunicações. CONEI – Conselho Estadual de Informática.
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Número da Página: 77 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Como visto no decreto de constituição do CQGP, as atribuições do SEI foram
transferidas para o Comitê. Desta forma, revisões e adequações estão em fase de
implementação no portal do SEI, visando torná-lo aderente à nova fase de
gerenciamento. Ao mesmo tempo, as demandas vindas do CQGP, apontam para a
criação de um portal de relacionamento que possibilite além das facilidades e
ferramentas disponibilizadas pelo SEI, o incremento de novas soluções que
permitam aos gestores públicos melhorias no seu trabalho diário.
A criação do CQGP decorreu da própria maturidade da comunidade gestora
do SEI, que em decorrência dos avanços obtidos com sua implementação e frente
aos desafios que o estado impõe e requer, deliberou pela constituição do referido
Comitê.
Com isto, fica ampliada a abrangência do SEI que passa a dispor de melhor
estrutura de funcionamento pela incorporação de outros colegiados do estado na
sua nova forma de atuação.
8.9. Estado do Ceará
Em 2003 o Governo do Estado do Ceará iniciou uma reforma administrativa
que incluiu a revisão do Modelo de Gestão da TIC na Administração Pública Federal.
A partir de então foi criada na Secretaria da Administração – SEAD, a Coordenadoria
de Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação – CGETI, que absorveu as
funções das extintas: Superintendência da Tecnologia da Informação – STI e
Coordenação do Projeto “Ceará Governo Eletrônico” e-Gov, que funcionavam na
Secretaria de Planejamento e Coordenação – SEPLAN, bem como as funções da
extinta Superintendência de Infra-estrutura Tecnológica – SUTEC, da SEAD
(GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, 2005). SEADE – Fundação Estadual de Análise de Dados e Estatística. EMPLASA – Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano. PGE – Procuradoria Geral do Estado. CEPAM – Fundação Prefeito Faria Lima – Centro de Estudos e Pesquisas da Administração Municipal.
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Número da Página: 78 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
A partir de 2003, a gestão estratégica da TIC na Administração Pública
Estadual é unificada na SEAD, através da CGETI, que exerce a função de Secretaria
Executiva do Conselho Superior de Tecnologia da Informação.
A figura 10 apresenta o modelo de gestão adotado pelo Governo do Estado
do Ceará.
Figura 10 – Modelo de gestão de TIC do Estado do Ceará32
Este modelo de gestão é composto pelas seguintes estruturas: Conselho
Superior de Tecnologia da Informação – CSTI, Secretaria da Administração – SEAD,
Coordenadoria de Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação – CGETI,
Comitê de Gestores de Tecnologia da Informação – CGTI, Comitês Gestores – CG,
Grupos de Trabalho – GT, Comissão de Programação Financeira e Crédito Público –
CPFCP, Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará – ETICE, órgãos e
entidades estaduais.
O CSTI é coordenado pela Secretaria da Administração – SEAD e composto
pelos Secretários da Administração, do Planejamento e Coordenação, da Fazenda,
da Ciência e Tecnologia e pelo Diretor-Presidente da ETICE, todos com direito a voz
e voto, tendo como competência deliberar sobre as estratégias e políticas gerais da 32 Componentes do Modelo de Gestão - http://www.etice.ce.gov.br/
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 79 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
tecnologia da informação na Administração Pública Estadual, sobre projetos
estratégicos de TI, incluindo as ações de Governo Eletrônico.
Compete à SEAD realizar a gestão estratégica da TIC, coordenar as ações de
Governo Eletrônico e gerenciar a infra-estrutura corporativa da tecnologia da
informação no estado. Compete ao Secretário da Administração presidir o Conselho
Superior de Tecnologia de Informação – CSTI.
A Coordenadoria de Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação –
CGETI é integrante da estrutura organizacional da SEAD e tem como atribuições:
• Coordenar o planejamento estratégico participativo de TIC, direcionando
recursos orçamentários para ações prioritárias;
• Definir e coordenar o processo de formulação de políticas, normas e
padrões de TIC, em parceria com os gestores de TI das setoriais;
• Otimizar os mecanismos para redução dos custos das aquisições e gastos
de TI, deslocando investimentos para aplicação em projetos focados na
estratégia;
• Coordenar o processo de diagnóstico, prospecção e difusão de novas
soluções relacionadas a TIC, aplicáveis à Administração Pública Estadual;
• Propor e incentivar a implantação de soluções de Governo Eletrônico,
alinhadas às ações de governo, apoiando a otimização dos processos,
buscando a melhoria contínua da qualidade dos serviços públicos e do
atendimento ao cliente;
• Avaliar o impacto das ações;
• Articular intercâmbio de soluções entre diferentes instâncias de governo;
• Prestar apoio técnico;
• Gerenciar o Programa de Gestão Estratégica de TIC, acompanhando o
orçamento o planejamento e a execução;
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 80 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
• Coordenar o comitê de gestores de TIC, os comitês gestores temáticos e
grupos de trabalho temáticos.
O Comitê de Gestores de Tecnologia da Informação – CGTI é vinculado à
SEAD e coordenado pela CGETI. É composto pelos gestores de TIC dos diversos
órgãos e entidades da Administração Pública Estadual, aos quais compete identificar
e implementar as ações e projetos de TIC, que viabilizem as estratégias e políticas
gerais, definidas ou deliberadas pelo CSTI, assegurando a compatibilidade e
qualidade das informações geradas, para subsidiar a tomada de decisões,
promovendo sinergia e integração entre as ações.
Os Comitês Gestores Temáticos são criados sempre que necessários,
vinculados a SEAD, sob coordenação da CGETI, com o objetivo de realizar a gestão
compartilhada de projetos e processos estratégicos e estruturadores de TIC no
âmbito da Administração Pública Estadual.
Esses comitês são compostos por representantes dos órgãos e entidades
estaduais, a serem designados por ato do Presidente do Conselho Superior de
Tecnologia da Informação. Tais comitês terão caráter permanente e poderão contar
com membros temporários.
Os Grupos de Trabalho serão instituídos quando necessário, vinculados à
SEAD, sob coordenação da CGETI, visando a definição de soluções estruturadoras
e estratégicas de TIC, a elaboração e a implementação de políticas, normas e
padrões de TIC, com o fim de assegurar a integração das ações intersetoriais na
área de Tecnologia da Informação.
A cada órgão e entidade estadual compete, através da sua área de TIC, a
operacionalização descentralizada da tecnologia de informação, de acordo com o
Modelo de Gestão da TIC da Administração Pública Estadual, com as políticas e
diretrizes gerais de TIC, emanadas dos órgãos competentes, e com o próprio plano
de TIC da setorial, alinhado ao planejamento geral de TIC e ao Plano de Governo do
Estado.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 81 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
A Comissão de Programação Financeira e Crédito Público – CPFCP é
vinculada à Secretaria da Controladoria – SECON. A ela compete autorizar a
liberação dos recursos necessários à aquisição de produtos e serviços de
informática e de contratação de mão-de-obra de TIC terceirizada, pelos diversos
órgãos e entidades estaduais. A autorização da CPFCP para a liberação dos
recursos necessários a estes tipos de aquisição e contratação fica condicionada ao
parecer técnico favorável da SEAD, emitido pela CGETI no caso de aquisição e
contratação de produtos e serviços de informática e pela Célula de Gestão de
Serviços Terceirizados – CESET para contratação de mão-de-obra de TIC, conforme
atos normativos estabelecidos.
Cabe à Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará – ETICE prestar
serviços de suporte técnico e de gestão na área de tecnologia da informação do
Governo do Estado, devendo buscar recursos e definir meios para manter o seu
pessoal continuamente atualizado. Os serviços são prestados por seus empregados
cedidos a outros órgãos através de convênios, prioritariamente para exercer funções
gerenciais. O quadro da ETICE é composto por analistas de sistemas, de
organização e métodos, de produção e programadores de computador, com
conhecimento nos negócios do governo e nas tecnologias da informação. O Diretor-
Presidente da ETICE deverá exercer também a função de Coordenador da CGETI.
Os objetivos da Política de TIC para administração pública do Estado de
Ceará buscam propiciar o aperfeiçoamento da gestão da TIC governamental e a
melhoria dos serviços públicos prestados para atendimento às necessidades e
expectativas do cidadão, alinhados às orientações estratégicas do Governo,
destacando-se:
• Promover a informatização do Governo do Estado;
• Dar ênfase ao desenvolvimento de sistemas estruturadores e integradores;
• Promover a convergência, interoperabilidade e integração de redes,
serviços e sistemas de informação.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 82 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
O documento de formalização da política destaca como importante diretriz a
busca da integração dos diversos sistemas de informação existentes no estado,
como meio de aperfeiçoamento da gestão e produção de informações gerenciais e
estratégicas.
Aponta para a necessidade de interação entre os gestores das áreas de TIC e
os responsáveis pela elaboração do PPA, das propostas orçamentárias e do plano
operativo, a fim de informar as projeções de despesas com TIC, instruído com os
seus planos de trabalho, justificando a sua importância e compatibilidade com as
prioridades, objetivos e estratégias do órgão a que pertencem.
O Governo do Ceará entende Governo Eletrônico como sendo a relação entre
o Governo e os cidadãos, baseada no uso intensivo de TIC, em especial a internet.
Portanto, declara a intenção de incentivar a utilização destas tecnologias como
forma de agilizar os processos administrativos internos, obter maior transparência
nas ações do governo e na melhoria da qualidade dos serviços prestados ao
cidadão.
8.10. Estado de Minas Gerais
O Governador Aécio Neves, ao assumir o Governo do Estado de Minas
Gerais em janeiro de 2003, determinou duas frentes de ação: ajuste à realidade e
Inovação, conforme descrito no PPAG – Plano Plurianual de Governo, parte do
Programa de Governo intitulado “Choque de Gestão”. O Governo passa a colocar
em prática um estilo de administração pública construído durante a campanha que
antecedeu a eleição - um governo moderno focado na eficiência e eficácia dos
serviços prestados aos cidadãos mineiros.
Com a implementação deste programa, denominado “Choque de Gestão”, o
Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão –
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 83 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
SEPLAG-MG, dá inicio à consolidação de uma nova maneira de administrar os
recursos públicos para a prestação de serviços e disponibilização de informações.
A frente de ação relativa ao ajuste à realidade consistiu na ampliação das
receitas, na redução das despesas, no contingenciamento orçamentário e financeiro,
no levantamento de informações e de potencialidades de racionalização do gasto
público, na implementação, integração e aperfeiçoamento de sistemas corporativos,
no aumento de controle da folha de pagamento e seu crescimento vegetativo, e em
uma reforma administrativa vigorosa.
A frente de ação relativa à inovação compreendeu a elaboração de novo
marco legal para a construção de uma administração pública estadual focada em
resultados para a Sociedade, com controle e participação social e transparência.
O Estado de Minas Gerais acumulou no passado recente pesados déficits
orçamentários criando uma das piores equações fiscais do país. Associado a esta
realidade, o Estado encontrava-se em uma situação precária no atendimento às
demandas sociais do estado. A reação do Governador Aécio Neves a este cenário
deu origem ao Projeto “Choque de Gestão”, com “o objetivo de melhorar a qualidade
e reduzir os custos dos serviços públicos, mediante a reorganização e a
modernização do arranjo institucional e do modelo de gestão do estado".
A base do modelo de gestão proposto no projeto “Choque de Gestão” é o
alinhamento, entre os órgãos da administração pública e seus servidores, da visão
de futuro, objetivos e prioridades do governo, expressos no Plano Mineiro de
Desenvolvimento Integrado (PMDI) e no Plano Plurianual de Ação Governamental
(PPAG). Em paralelo, foi implementado um processo permanente de racionalização
de processos e foi introduzido um novo patamar tecnológico de gestão desses
processos e informações e, um novo patamar de relacionamento com a sociedade
por meio da implementação de um programa de Governo Eletrônico.
Em janeiro de 2003, foi realizada uma significativa reforma administrativa,
com redução e fusão de Secretarias de Estado, superintendências da administração
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 84 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
direta e diretorias de autarquias e fundações e unidades administrativas de
hierarquias inferiores, com a extinção de 1.326 (um mil, trezentos e vinte e seis)
cargos comissionados, cerca de um quinto do total. O resultado desta reforma foi
uma estrutura de governo mais enxuta e horizontalizada.
Nessa reforma criou-se a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão
(SEPLAG), resultante da fusão das Secretarias de Estado de Planejamento e
Coordenação (SEPLAN) e de Recursos Humanos e Administração (SERHA), com o
intuito de racionalizar e aperfeiçoar permanentemente o governo estadual e o gasto
público.
Na SEPLAG-MG foram alocadas as atribuições referentes a planejamento,
orçamento, coordenação, gestão de pessoal, logística, patrimônio, tecnologia da
informação, modernização administrativa, ou seja, em uma mesma organização
foram alocadas a definição da estratégia e a gestão dos meios e instrumentos para
implementá-la.
Em agosto de 2003, a SEPLAG-MG conduz a primeira reunião do projeto de
criação do grupo de trabalho para revisão do papel de TIC no Estado, com a
presença de todas as Secretarias, apresentando os novos conceitos e práticas do
uso da tecnologia e sua ênfase no apoio das ações de Governo.
Como resultado final deste primeiro esforço, o Governo de Minas Gerais deu
início à criação de uma estrutura formal responsável pelo modelo de Governo
Eletrônico, que passa a direcionar os esforços do Governo na área de TIC.
Esta nova estrutura foi criada pelo decreto n°. 43.666 de 2003, o qual institui a
Política de Governança Eletrônica por meio da criação do Comitê Executivo de
Governança Eletrônica, composto por representantes de 21 (vinte e um) órgãos e
entidades do Poder Executivo Estadual.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 85 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Comitê Executivo deGovernança Eletrônica
Subcomitê de Gestão Estratégica de Informação e Tecnologia
Subcomitê Executivo de Governança Eletrônica
Grupos de Trabalho(Portal Minas)
Secretaria ExecutivaSEPLAG
Comitê Executivo deGovernança Eletrônica
Subcomitê de Gestão Estratégica de Informação e Tecnologia
Subcomitê Executivo de Governança Eletrônica
Grupos de Trabalho(Portal Minas)
Secretaria ExecutivaSEPLAG
Figura 11 – Comitê Executivo de Governança Eletrônica de Minas Gerais
Na mesma oportunidade, foi criado o Colegiado de Gestão Governamental
composto por 3 (três) câmaras temáticas setoriais, para promover a coordenação e
integração das políticas públicas e dos órgãos e entidades do poder executivo. O
Colegiado e suas Câmaras são integrados pelo Governador e seus Secretários,
sendo o Colegiado presidido pelo Governador, e as Câmaras pelo Secretário de
Estado de Planejamento e Gestão, todos eles apoiados e secretariados pela
SEPLAG-MG.
As câmaras do Colegiado de Gestão Governamental são de Coordenação
Geral, Planejamento, Gestão e Finanças, de Desenvolvimento Econômico e Infra-
estrutura e de Desenvolvimento Social e Cidadania. Esta estrutura colegiada é parte
fundamental da implementação da estratégia e do novo modelo de Gestão, assim
como do ajuste à realidade e da inovação.
A implementação do projeto “Choque de Gestão” teve implicações positivas
em diversas dimensões: Pessoas, Qualidade e Inovação na Administração Pública.
Em decorrência deste projeto foram instituídos diversos programas, entre eles o de
Governança Eletrônica.
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 86 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
O programa de Governança Eletrônica foi criado para apoiar o processo de
transformação do governo mineiro, propiciando as bases para a melhoria de
qualidade na prestação de serviços ao cidadão.
O projeto iniciou-se por um amplo diagnóstico da área de Tecnologia de
Informação e Comunicação e, na seqüência, foi desenvolvida a marca do programa:
“Minas on-line – todos os canais que levam o governo até você”.
Foi estruturado um novo portal do Governo Estadual, cuja base de dados está
integrada ao Lig-Minas (call center governamental), e em agosto de 2004, foi criada
uma unidade administrativa para implementar o programa, a Superintendência
Central de Governança Eletrônica, no âmbito da SEPLAG-MG.
Postados em conceitos largamente explorados pelos Governos dos Estados
Unidos, Reino Unido, Canadá e Brasil – Governo Federal, o modelo delineia as
ações em cada uma das camadas que compõem a arquitetura do modelo de
Governo Eletrônico com definições de parâmetros de desempenho, especificações
de negócios, componentes de serviços, modelos tecnológicos e arquitetura de
dados; o que permitiu o desenvolvimento de um plano de ação para incorporação ao
Plano Plurianual de Governo do Estado.
O modelo referencial de Governo Eletrônico adotado no Estado de Minas
Gerais buscou organizar os diferentes componentes da TIC para que o Governo,
alinhado às suas estratégias, estabeleça as relações de fluxo de informação e
transações entre os Órgãos da Administração Pública e a Sociedade (Cidadãos,
Empresas, Funcionalismo e Governos), com a garantia do estabelecimento de
indicadores de desempenho dos serviços públicos oferecidos. Considerando os
objetivos estratégicos estabelecidos no programa de Governo denominado “Choque
de Gestão”, os quais contemplam o provimento de serviços de qualidade ao
cidadão, a eficiência operacional e o controle orçamentário, o modelo leva em conta
as relações contidas em diferentes contextos. No contexto externo – foco no cidadão
– as premissas baseiam-se na eficácia e qualidade dos serviços públicos, no
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 87 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
estímulo ao desenvolvimento da Sociedade da informação, à inclusão digital e ao
controle social. No contexto interno – foco na modernização da gestão pública – as
premissas baseiam-se na desburocratização, transparência, desintermediação,
eficiência operacional e controle orçamentário.
• O modelo referencial proposto, embora ainda não implementado em toda a
sua extensão, tem auxiliado o governo do estado no cumprimento de suas
obrigações como gestor dos recursos públicos, provedor dos serviços
públicos essenciais, agente de desenvolvimento econômico e agente
regulador dos serviços de utilidade pública.
As questões ligadas à infra-estrutura de TIC, tais como rede de voz e dados,
infra-estrutura pública de Internet, infra-estrutura tecnológica, serviços de uso geral e
sistemas de informação governamentais e departamentais, permitem que o Governo
garanta a disseminação de padrões de excelência junto aos agentes
governamentais. Isso permitirá que o governo ofereça, nas diferentes categorias de
relacionamento, serviços de classe-mundial, apoiados em fluxo de informações e
transações de serviços de forma homogênea, consistente e integrada, suportando o
modelo de Governo Eletrônico.
A entrega de informações e de serviços nas diferentes categorias de
relacionamento pode ser dar através de diferentes canais, virtuais ou não, mas
apoiados pelo uso de TIC. No contexto da entrega de serviços e informações através
de um canal virtual, o modelo abrange os portais governamentais e serviços web
disponibilizados através da rede mundial – Internet:
• Portal Minas: canal digital na Internet onde o cidadão pode obter
informações e solicitar serviços aos mais diferentes Órgãos da
Administração Pública Direta e Indireta de uma maneira simples e
interativa. O portal foi orientado com base em um padrão de identidade
visual a ser utilizado por todos os agentes governamentais, criando assim
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 88 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
uma marca de Governo Eletrônico que transmita valores e missão do
governo.
O Portal Minas está orientado por categorização dos serviços e
informações alinhados às necessidades de seus usuários, facilitando o
acesso, permitindo fluidez na navegação, com o intuito de reduzir o tempo
necessário para se alcançar o serviço ou informação desejada. Para tanto,
os critérios de categorização de informações e serviços devem ser
definidos a partir da visão do cidadão, das empresas, dos governos e dos
servidores públicos.
O Portal Minas cumpre também o papel de agente de divulgação
institucional e de comunicação social, sendo um dos instrumentos de
transparência da gestão da administração pública;
• Serviços Web: existe o planejamento de adoção de planejamento de web
services de formas a permitir a integração das mais variadas plataformas
sistêmicas através de componentes de softwares disponíveis na Internet,
baseados em padrões abertos, implementados em arquitetura com
mecanismos de controle e segurança que possibilitam aplicações de
negócios. Esta tecnologia é hoje em uma das mais promissoras
alternativas para integração de arquiteturas, proprietárias ou não,
apontando como uma tendência na área de serviços de tecnologia da
informação.
A nova arquitetura permite o aproveitamento do potencial da rede mundial
pública na geração de economias significativas na implementação de infra-
estrutura tecnológica para os agentes governamentais, o que pode ser
traduzido em novas oportunidades de cooperação entre o governo e o
setor privado.
Embora exista uma forte tendência em abordar a entrega de serviços via
portais governamentais na Internet, o modelo referencial adotado pelo Governo do
Anexos: Pref. Sao Paulo - Politica e-Gov e TIC versao 14 anexos
Número da Página: 89 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Estado de Minas Gerais prevê o amplo e irrestrito uso de canais onde haja a
interação do cidadão com o funcionário público, transformando este em um
facilitador do uso de TIC pela sociedade:
• Lojas de Atendimento (PSIU – Posto de Serviço Integrado Único):
permitem oferecer serviços públicos focados nas necessidades do cidadão,
funcionando em um único espaço físico e com o objetivo explícito de
garantir a prestação integrada e eficiente de serviços públicos dos
diferentes Órgãos da Administração Pública;
• Central de Contato (Lig-Minas): permite ao cidadão ter acesso a serviços e
informações através de uma central de relacionamento em um único
número telefônico, que apoiado pelo uso de TIC, permite ao cidadão
contatar um servidor público, que desempenhará o papel de agente
facilitador na prestação do serviço.
Para encaminhar todas estas questões, foi necessário fazer uso de
instrumentos, muitos deles novos para a administração pública, fundamentais na
revisão dos processos administrativos e operacionais, gestão orçamentária,
motivação e capacitação dos recursos humanos envolvidos. Neste contexto, surgiu a
necessidade de formular uma política de gestão dos recursos de TIC dentro do
governo. A Governança de TIC se propõe a cumprir este papel, dando sustentação
necessária para o compartilhamento da gestão de recursos entre os agentes
governamentais.
A adoção de um modelo de governança permitiu a obtenção de ganhos no
desenvolvimento, implantação e operação de soluções, bem como nos processos de
aquisição e gestão de recursos humanos e de infra-estrutura, de modo a garantir
que a estrutura de gestão da infra-estrutura tecnológica esteja adequadamente
preparada para responder às necessidades e objetivos do programa de Governo
Eletrônico com produtividade crescente.
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Número da Página: 90 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
O modelo referencial incluiu também um modelo estruturador dos recursos
tecnológicos no estado. Normalmente as iniciativas de Governo Eletrônico, quando
presentes, são centradas em ações puramente tecnológicas, sem se ater as
diferentes camadas – Desempenho, Negócios, Componentes de Serviços e
Tecnologia – que devem compor o arcabouço dos serviços que os meios de
interação eletrônica exigem na disponibilização, formatação e entrega dos serviços.
8.11. Visão geral da função de TIC nos Estados da Federação
Buscando criar uma estrutura organizacional dentro dos governos estaduais
com a função de desenvolver, implantar e manter soluções de tecnologia de
informação, em especial infra-estrutura tecnológica e sistemas de informação, para
atender as necessidades dos diferentes Órgãos da Administração Pública, os
estados da federação criaram, ao longo das últimas décadas, empresas ou agências
vinculadas à estrutura do governo. Essas estruturas organizacionais funcionam, na
sua grande maioria, como braço tecnológico executor e, em alguns casos,
normativos para os assuntos relativos à aquisição, desenvolvimento e contratação
de serviços e bens de TIC.
Ao observar o cenário atual das empresas ou agências estaduais de
processamento de dados existentes em 26 (vinte e seis) unidades federativas,
verifica-se que a natureza jurídica dessas empresas se enquadra basicamente em 3
(três) tipos:
• Autarquia: entidade de direito público, com autonomia econômica, técnica e
administrativa, embora fiscalizada e tutelada pelo estado, o qual
eventualmente lhe fornece recursos, e constitui órgão auxiliar de seus
serviços;
• Pessoa jurídica de direito público: podemos citar como pessoas jurídicas
de direito público a união, os estados, os territórios e os municípios;
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Número da Página: 91 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
• Pessoa jurídica de direito privado: podemos citar como pessoas jurídicas
de direito privado: as empresas estatais, as associações sem fins
lucrativos, as fundações, os institutos, as Sociedades comerciais, agrícolas
e de prestação de serviços.
Das 26 (vinte e seis) empresas e agências responsáveis por tecnologia na
esfera estadual, 62% (sessenta e dois por cento) são pessoas jurídicas de direito
privado; 27% (vinte e sete por cento) são autarquias ou de direito público interno e
apenas 11% (onze por cento) são de natureza pessoa jurídica de direito público.
Com relação à vinculação dessas empresas ou agências de TIC nos diversos
estados da federação observa-se que 50% (cinqüenta por cento) estão
subordinadas ou vinculadas às Secretarias de Planejamento; 23% (vinte e três por
cento) estão subordinadas ou vinculadas às Secretarias de Administração; 15%
(quinze por cento) à Secretaria de Fazenda e 12% (doze por cento) a outros Órgãos
da Administração Pública Direta, como Casa Civil, Ciência e Tecnologia e Gabinete
do Governador.
O detalhamento da vinculação em cada estado da federação é mostrado na
tabela 7 a seguir.
Secretaria de Planejamento Gestão e Orçamento
Secretaria de Administração Recursos Humanos
Secretaria de Fazenda Receita
ES – ITI
GO – AGANP
MS – SGI
Gabinete Governador Casa Civil
AC – SEMTI
SP – PRODESP
TO – SIT
Assuntos Estratégicos Ciência e Tecnologia
AL – ITEC
AP – PRODAP
AM – PRODAM
DF – CODEPLAN
MA – UGT
MT – CEPROMAT
MG – PRODEMGE
PA – PRODEPA
RR – SEPLAN
SC – CIASC
BA – PRODEB
CE – ETICE
PB – CODATA
PE – ATI
PI – PRODEPI
RN – CODIN
RS – PROCERGS
SE – PRODASE PR – CELEPAR
RJ – PRODERJ
Tabela 7 – Vinculação das empresas de TI por Estado
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Número da Página: 92 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
No caso de Pernambuco, a vinculação é à Secretaria de Administração e
Reforma do Estado e a antiga FISEPE foi transformada em Agência de Tecnologia
da Informação – ATI, ficando as funções de governança de TIC sob a
responsabilidade da Secretaria e as de execução e coordenação técnica com a
Agência.
Em São Paulo, a vinculação da PRODESP é à Casa Civil. As
responsabilidades pela governança de TIC estão sob coordenação da Casa Civil
enquanto que a empresa manteve sua natureza jurídica, mas está dedicada às
atividades de braço tecnológico do Governo do Estado para implantação dos
projetos de Governo Eletrônico.
Já em Minas Gerais, a vinculação da PRODEMGE é à Secretaria de
Planejamento e Gestão – SEPLAG-MG. Embora a PRODEMGE seja o braço
executor de tecnologia no Estado, a SEPLAG-MG é responsável pelas ações de
Governança de TIC, tendo sido criada uma estrutura organizacional dedicada para
cuidar do programa de Governança Eletrônica – Diretoria Central de Governança
Eletrônica.
Há um movimento nacional de revisão dos papéis que essas empresas e
Órgãos de TIC dos estados devem desempenhar, e, por isso mesmo, não se
percebe ainda um modelo “vencedor”, mas sim tentativas de separar as atividades
de execução das de formulação de políticas de TIC. O mercado de serviços de TIC
torna-se cada vez mais dinâmico e diversificado em ofertas de bens e serviços,
enquanto as estruturas públicas perdem competitividade por motivos diversos.
Desde a gestão de pessoas até a capacidade de inovação e de investimento em
novas tecnologias, passando por gestões com viés partidário ou de cunho eleitoral.
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Número da Página: 93 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Comparação das Referências
Estado do Paraná Estado de São Paulo
Estado de Minas Gerais
Estado do Ceará
Estrutura organizacional (como é na lei/ como funciona de fato)
Comitê executivo com representantes de todas as secretarias. Grupos de trabalho com representantes das secretarias. Companhia de Informática – Celepar com as funções de secretaria executiva.
Comitê (CQGP) formado por representantes das secretarias da Casa Civil, Economia e Planejamento, Fazenda e Procuradoria Geral do Estado. È apoiado por um núcleo técnico e um grupo executivo. O grupo é composto por representantes de todas as secretarias.
Comitê Executivo de Governança Eletrônica, composto por representantes de 21 órgãos e entidades do Poder Executivo estadual e Colegiado de Gestão Governamental composto por 3 (três) câmaras temáticas setoriais.
Coordenadoria de Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação – CGETI, que exerce a função de Secretaria Executiva do Conselho Superior de Tecnologia da Informação, subordinada à Secretaria da Administração – SEAD.
Definição de prioridade de desenvolvimento de serviços/ processos eletrônicos - onde e por quem.
Secretarias de Estado e/ou pela Celepar. Os grupos de trabalho, especialmente o GT de Serviços, fazem recomendações ao Comitê Executivo.
Secretarias e/ ou pelo CQGP, em conjunto ao núcleo técnico e grupo executivo. A Prodesp têm membros no núcleo técnico e no grupo executivo.
Superintendência Central de Governança Eletrônica, vinculada à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão.
Conselho Superior de Tecnologia de Informação – CSTI, coordenado pela Secretaria da Administração – SEAD e composto pelos Secretários da Administração, do Planejamento e Coordenação, da Fazenda, da Ciência e Tecnologia e pelo Diretor-Presidente da ETICE, todos com direito a voz e voto.
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Número da Página: 94 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Comparação das Referências
Estado do Paraná Estado de São Paulo
Estado de Minas Gerais
Estado do Ceará
Planejamento de Recursos para e-Gov - quem faz e qual a formalização? (recursos organizacionais, tecnológicos e financeiros)
Celepar e cada secretaria. Os projetos de informatização são submetidos ao COSIT – Comissão de Sistemas e Telecomunicações do Estado, subordinada ao Secretário Especial de.Assuntos Estratégicos. Um dos diretores da Celepar acumula o cargo de secretário executivo da COSIT.
Cada secretaria, apoiada pelo Grupo Setorial de Tecnologia de Informação. Tais grupos são compostos por membros da secretaria e da Prodesp. O coordenador de cada grupo setorial tem assento no grupo executivo.
Diretoria Central de Infra-estrutura de Tecnologia de Informação e Comunicação – DCITIC, junto à Prodemge.
Cada secretaria, apoiada pela Coordenadoria de Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação – CGETI. A autorização da Comissão de Programação Financeira e Crédito Público - CPFCP para a liberação dos recursos fica condicionada ao parecer técnico favorável da SEAD, emitido pela CGETI ou pela Célula de Gestão de Serviços Terceirizados – CESET.
Suporte gerencial e tecnológico ao projeto de e-Gov
Empresa estadual de processamento (Celepar).
Empresa estadual de processamento (Prodesp).
Empresa estadual de processamento (Prodemge).
Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará – ETICE
Formação de RH para e-Gov
Ações dispersas, não-coordenadas. Criada em 2005 a Escola de Governo, que deve assumir a formação de RH para e-Gov.
Fundap. Não identificado. Não identificado.
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Número da Página: 95 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Comparação das Referências
Estado do Paraná Estado de São Paulo
Estado de Minas Gerais
Estado do Ceará
Papel da estrutura de informática e dos outros agentes na política de e-Gov, como comitês, secretaria executiva (onde estão, o que fazem, etc.).
Secretaria Executiva do Comitê Executivo. Participa de todos os Grupos de Trabalho. É também a Secretaria Executiva da COSIT.
Núcleo técnico, grupo executivo e grupos setoriais.
Não identificado. CSTI e CGETI
Gestão do portal e demais canais de entrega de serviços eletrônicos (por exemplo poupa-tempo, celular).
Celepar – portal e celular. Não existem centrais de atendimento integrado estaduais.
Prodesp apóia secretarias. Alguns portais são geridos por representantes do núcleo técnico e/ ou da secretaria da Casa Civil.
Diretoria Central de Gestão do Minas On Line – DCGMOL, junto à Prodemge.
Não identificado.
Gestão da infra-estrutura de e-Gov (redes, serviços de rede, desenvolvimento, etc.).
Celepar. Prodesp. Prodemge mais Subcomitê de Gestão Estratégica de Informação e Tecnologia (subordinado ao Comitê Executivo de Governança Eletrônica).
ETICE.
Integração com outros (governo federal, outros Estados, Municípios).
Por vezes conduzida pela Celepar, por vezes pelos projetos das áreas de governo
Por vezes conduzida pela Prodesp, por vezes pelos projetos das áreas de governo.
Não identificado. Não identificado.
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Número da Página: 96 de 96Data da Impressão: 23/05/2006
Comparação das Referências
Estado do Paraná Estado de São Paulo
Estado de Minas Gerais
Estado do Ceará
Política formal de inclusão digital ou de universalização de acesso
Telecentros Paranavegar, nos Município s de menor IDH do Estado.
Acessa São Paulo (infocentros).
Não identificado. Não identificado.
Marco legal, legislação de e-Gov
Decreto n°. 376933 - 26/03/2001 - Cria o Sistema Governamental de Serviços Eletrônicos denominado E-Paraná. Decreto n°. 2546 - 04/02/2004 – muda a redação do decreto mas mantém-se a estrutura básica. Regimento Interno do Comitê Executivo.
Decreto nº. 47.836, de 27 de Maio de 2003 - Altera a denominação do Comitê Estadual de Gestão Pública, cria os Grupos Setoriais de Tecnologia de Informação e Comunicação - GSTIC, extingue Conselhos e Grupos que especifica e dá providências correlatas.
Decreto n°. 43.666 de 2003, institui a Política de Governança Eletrônica.
DO 27/08/04-Decreto n°. 27.543, págs. 4 e 5-Política de Gestão - TI: Institui Políticas de Gestão da TI - Tecnologia da Informação.
33 Documentos disponíveis em www.pr.gov.br no item Governo Eletrônico.